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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Curso de Licenciatura em Administração Pública

Disciplina: Ciências Politicas

O REGIME POLÍTICO MOÇAMBICANA

Graça Samuel Jemusse


Código do estudante: 51230605

Chimoio, 09/2023
UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Curso de Licenciatura em Administração Pública

Disciplina: Ciências Politicas

O REGIME POLÍTICO MOÇAMBICANA

Trabalho de Campo a ser submetido na Coordenação


do Curso de Licenciatura em Administração Pública
da UnISCED.

Graça Samuel Jemusse


Código do estudante: 51230605

Chimoio, 09/2023
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Índice

1. Introdução................................................................................................................................. 4

1.1. Objectivos ......................................................................................................................... 5

1.1.1. Objectivo Geral.......................................................................................................... 5

1.1.2. Objectivos Especificos .............................................................................................. 5

1.2. Metodologia ...................................................................................................................... 5

2. Regime Politico ........................................................................................................................ 6

2.1. O Regime politico Moçambicano ..................................................................................... 6

2.2. Organização do poder político em Moçambique .............................................................. 7

2.2.1. Órgãos de soberania................................................................................................... 7

2.2.2. Presidente da República............................................................................................. 7

2.2.3. Assembleia da República........................................................................................... 7

2.2.4. O Governo ................................................................................................................. 8

2.2.5. Tribunais .................................................................................................................... 8

2.2.6. Conselho Constitucional ............................................................................................ 8

2.3.1. Província .................................................................................................................... 9

2.3.2. Distrito ....................................................................................................................... 9

2.3.3. Posto Administrativo ................................................................................................. 9

2.3.4. Partidos Políticos ....................................................................................................... 9

3. Conclusão ............................................................................................................................... 10

Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 11


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1. Introdução

De acordo com a constituição em vigor, o regime político em Moçambique é presidencialista:


o chefe de Estado é igualmente chefe do governo. No entanto, existe desde 1985 o cargo
de Primeiro Ministro, que tem o papel de coordenador e pode dirigir as sessões do Conselho de
Ministros na ausência do presidente. O parlamento tem a designação de Assembleia da República
e é constituído por 250 assentos. Para além do Presidente da República e dos membros do
parlamento, os presidentes e os membros das assembleias dos municípios e das províncias (desde
2009) são igualmente eleitos democraticamente, para mandatos de cinco anos.
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1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Conhecer o Pegime Político Moçambicano

1.1.2. Objectivos Especificos


 Discutir os Tipos de Regime Politico em Moçambique;
 Compreender a funcionalidade em cada regime;

1.2. Metodologia

Para Fonseca (2002), métodos significa a organização e logos, estudo sistemático, pesquisa,
investigação, ou seja; Metodologia é o estudo da organização dos caminhos a serem percorridos
para a realizar uma pesquisa ou um estudo dos instrumentos utilizados para a obtenção do trabalho.

Para por este trabalho de investigação em andamento, foram usados com caminhos para a sua
obtenção, consulta de obras na internet, referentes ao tema em causa e a revisão bibliográfica. A
creditamos que estes procedimentos ajudaram recolher dados eficaz em busca dos conteúdos do
tema deste trabalho
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2. Regime Politico

Na conceção aristotélica, um regime político corresponde a uma certa distribuição dos cargos
governativos em obediência a um qualquer critério de justiça aceite por aqueles que, no mesmo,
ocupam a posição de governantes ou governados. Tal é válido tanto para os regimes puros
(monarquia, aristocracia e politeia ou república) como para os regimes desviados (tirania,
oligarquia e democracia), pelo que também estes últimos são justos num certo sentido
(Aristóteles 1998: 1280a10).

Há, pois, dois elementos a considerar na definição de um regime político, que podemos
qualificar como externo e interno:

O elemento externo releva da estrutura organizatória do regime, ou seja, da distribuição


dos cargos governativos (por um só na monarquia e na tirania, pelos poucos na
aristocracia e na oligarquia, pelos muitos na república e na democracia);
O elemento interno corresponde à conceção de justiça partilhada por governantes e
governados em cuja razão essa mesma distribuição é aceitável. Assim, tal conceção será,
consoante os casos, monárquica, tirânica, aristocrática, oligárquica,

2.1. O Regime politico Moçambicano

De acordo com a constituição em vigor, o regime político em Moçambique é presidencialista:


o chefe de Estado é igualmente chefe do governo. No entanto, existe desde 1985 o cargo
de Primeiro Ministro, que tem o papel de coordenador e pode dirigir as sessões do Conselho de
Ministros na ausência do presidente.

O parlamento tem a designação de Assembleia da República e é constituído por 250 assentos.


Para além do Presidente da República e dos membros do parlamento, os presidentes e os
membros das assembleias dos municípios e das províncias (desde 2009) são
igualmente eleitos democraticamente, para mandatos de cinco anos.

Moçambique elege os seus representantes políticos a três níveis

A nível nacional elege o chefe de estado, o Presidente da República, e o parlamento,


a Assembleia da República. O presidente é eleito para um mandato de cinco anos
por sufrágio direto, desde 1994. O parlamento tem 250 membros, eleitos para um
período de cinco anos por representação proporcional.
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A nível provincial são eleitas Assembleias Provinciais, por um período de cinco ano e
cuja função é monitorizar o governo provincial.
A nível local, são eleitos o Presidente do Conselho Municipal e os partidos que integram
as Assembleias Municipais, em cidades e vilas consideradas municípios pela
Assembleia da República.

O poder político em Moçambique está sendo organizado em órgãos de soberania e órgãos locais
do Estado (arts. 133º e 262º da Constituição da República). Os órgãos da soberania respondem
ao nível central, os órgãos locais ao nível local.

2.2. Organização do poder político em Moçambique


Neste capítulo vamos analisar, como o poder político, que vimos em cima como a “soberania”
dentro dum Estado, está sendo organizado em Moçambique. O Estado não tem pês para ir ao
encontro com os cidadãos, não tem orelhas para ouvir as preocupações deles e nem tem boca para
falar com eles.
2.2.1. Órgãos de soberania
São órgãos da soberania o Presidente da República, a Assembleia da República, o
Governo, os Tribunais e o Conselho Constitucional (art. 133º da Constituição da
República de Moçambique).

2.2.2. Presidente da República


O Presidente da República é o chefe do Estado de Moçambique. Ele representa Moçambique
internamente e no estrangeiro. Ele tem a tarefa de controlar o funcionamento correcto dos
órgãos do Estado (art. 146º da Constituição da República de Moçambique). O Presidente da
República deve zelar que as garantias da constituição serão cumpridas.
O Presidente da República é eleito pelo povo. A eleição deve ser directo, igual, secreto, pessoal
e periódico. Eleições têm lugar de cinco em cinco anos. O Presidente da República só pode ser
eleito de novo uma vez (art. 147º da Constituição da República de Moçambique). Para as demais
competências do Presidente da República veja 146º a 163º da Constituição da República.

2.2.3. Assembleia da República


A Assembleia da República é a assembleia representativa de todos os cidadãos moçambicanos
(art. 168º da Constituição da República de Moçambique). A Assembleia da República é o mais
alto órgão legislativo na República de Moçambique. Ela determina as normas que regem o
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funcionamento do Estado e a vida económica e social através de leis e deliberações (art. 169º
da Constituição da República de Moçambique).

A Assembleia da República é constituída por 250 deputados. Esses são eleitos em eleições
directas, iguais, secretos, pessoais e periódicos (art. 170º da Constituição da República de
Moçambique). Os deputados são os representantes do povo moçambicano. Eles devem exprimir
a vontade dos cidadãos nas deliberações da Assembleia da República. As leis aprovadas pela
Assembleia da República espelham aquilo que o povo quer. As leis são implementadas pelo
governo e pela administração pública. Pelo cumprimento das leis velam os tribunais. Deste
modo, a nossa constituição consta o controle mútuo dos poderes dos órgãos da soberania.

2.2.4. O Governo

O Governo de Moçambique é o Conselho de Ministros (art. 200º da Constituição da República).


Esse é composto pelo Presidente da República, Primeiro/a Ministro/a e pelos Ministros (art. 201º
da Constituição da República de Moçambique). Certamente já ouvimos falar do Primeiro/a
Ministro/a, do Ministro/a da Educação, da Agricultura, das Obras Públicas e Habitação, do
Trabalho, do Interior, da Justiça, e outros. Estes compõem o governo de Moçambique chefiados
pelo Presidente da República.

2.2.5. Tribunais
Os tribunais têm como objectivo garantir e reforçar a legalidade como factor da estabilidade
jurídica. Eles devem garantir o respeito pelas leis, asseguram os direitos e liberdades dos
cidadãos, punem as violações da lei e decidem os problemas de acordo como está escrito na lei
(art. 212º n.º 2 da Constituição da República de Moçambique). As decisões dos Tribunais são
do cumprimento obrigatório para todos os cidadãos e demais pessoas jurídicas e prevalecem
sobre as decisões de outras entidades (art. 215º da Constituição da República de Moçambique).

2.2.6. Conselho Constitucional


Ao Conselho Constitucional compete administrar a justiça em matérias de natureza jurídico-
constitucional (art. 241º da Constituição da República de Moçambique). Bem como os tribunais
velam sobre o cumprimento das leis, o Conselho Constitucional zela sobre o cumprimento da
Constituição da República de Moçambique. Uma das tarefas do Conselho Constitucional é
apreciar, se leis violam a constituição (art. 244 n.º 1 lit. A da Constituição da República). Cabe
ainda ao Conselho Constitucional – entro outras atribuições – validar e proclamar os resultados
eleitorais.
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2.3. Órgãos locais do Estado


Os órgãos locais do Estado têm como função à representação do Estado ao nível local para a
administração e o desenvolvimento do respectivo território. Ao mesmo tempo, eles contribuem
para a integração e unidade nacionais (art. 262º da Constituição da República de Moçambique).
2.3.1. Província
A província é a maior unidade territorial da organização política, económica e social da
administração local do Estado. Províncias são constituídas por distritos, postos administrativos
e localidades (art. 11º da Lei n.º 8/2003 de 19 de Maio, Lei dos Órgãos Locais do Estado).

2.3.2. Distrito
O Distrito é a unidade territorial principal da organização e funcionamento da administração
local do Estado e base da planificação do desenvolvimento económico, social e cultural da
República de Moçambique. O distrito é composto por postos administrativos e localidades. (art.
12º da Lei dos Órgãos Locais do Estado).

2.3.3. Posto Administrativo


O Posto administrativo é a unidade territorial imediatamente inferior ao distrito, tendo em vista
garantir a aproximação efectiva dos serviços da administração local do Estado às populações e
assegurar maior participação dos cidadãos na realização dos interesses locais. O Posto
administrativo é constituído por localidades (art. 13º da Lei dos Órgãos Locais do Estado).

2.3.4. Partidos Políticos


São partidos políticos as organizações de cidadãos constituídas com objectivo fundamental de
participar democraticamente na vida política do país. Partidos políticos têm a finalidade de
concorrer de acordo com a Constituição da República e as leis, para a formação e expressão da
vontade política dos cidadãos. Partidos políticos intervêm, nomeadamente, no processo
eleitoral, mediante apresentação ou patrocínio de candidatura (art. 1º da Lei n.º 7/91 de 23 de
Janeiro).
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3. Conclusão

A Frelimo, Frente de Libertação de Moçambique, foi o movimento que dirigiu a luta de


libertação nacional que culminou com a independência nacional em 25 de Junho de 1975. Desde
então que esse movimento político ou os seus sucessores dirigem a política nacional. Em 1978,
a Frente tornou-se num partido político marxista-leninista, denominado Partido Frelimo,
e Samora Machel ocupou a presidência do país, num regime de partido único, desde a
independência até à sua morte em 1986.

Nós todos somos cidadãos moçambicanos. Temos direitos e deveres consagrados na


Constituição da República de Moçambique. Um dos direitos é participar na vida política da
nação, que também é um dever dos cidadãos. Só, muitas das vezes, os termos como “Estado”,
“governo”, “democracia” e outros, ou as competências e tarefas dos órgãos centrais do Estado,
como Presidente da República, Assembleia da República, Primeiro(a) Ministro(a), Conselho
Constitucional etc. não são bem conhecidas nas nossas comunidades e nos nossos bairros.
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Referências Bibliográficas

Konrad-Adenauer-Stiftung (Fundação Konrad Adenauer), Maputo Bairro de Coop, Rua B n.º


139; Tel.: 21 41 68 04, Fax: 21 41 68 10 Email: info.maputo@kas.de
Zacarias Filipe Zinocacassa, Manuel Lino Chico Júnior
Dra. Grit Ludwig, Assessora, Deutscher Entwicklungsdienst (DED – Serviço Alemão de
Cooperação Técnica e Social)
Eleição indirecta de governadores abre novo capítulo na política moçambicana». VOA, Voice
of America. 15 de outubro de 2019. Consultado em 8 de agosto de 2023

Moçambique: Nyusi reeleito Presidente com 73% dos votos». DW, Deutsche Welle. 27 de
outubro de 2019. Consultado em 8 de agosto de 2023

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