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ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA INFANTE D.

HENRIQUE

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MARÍTIMA

Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas

Apontamentos Teóricos de
Órgãos de Máquinas

Cap. 3 – Seleção de Materiais para Construção


Mecânica e Aplicações Marítimas

Redigido, adaptado e adotado para a disciplina por:

Rosa Marat-Mendes
(Professora Coordenadora)

2024
Folhas de Apoio à unidade curricular Órgãos de Máquinas Seleção de Materiais

Índice
3. Seleção de Materiais................................................................................................................... 3
3.1 Materiais para componentes mecânicos ................................................................................... 3
3.1.1. Aços de construção – normas ................................................................................................................. 6
3.1.1.1. Extratos da norma EN 10027-1...........................................................................................................................6
3.1.1.2. Extratos das Normas NP EN 10025-2004, EN 10137 e EN 10210.......................................................8
3.1.2. Ligas de Alumínio – normas ................................................................................................................. 14
3.1.2.1. Extratos da Norma 485-2.................................................................................................................................... 15
3.1.3. Compósitos – normas de ensaios mecânicos ................................................................................ 29
3.1.4. Outras normas de aços............................................................................................................................ 31
3.1.4.1. Extratos das Normas NP EN 10025-1994.................................................................................................... 31
3.1.4.2. Extratos das Normas AISI/SAE/ASTM .......................................................................................................... 36
3.1.4.3. Norma DIN 17100 (aço C60 e aço CK45) ..................................................................................................... 40
3.1.4.4. Outras Propriedades ............................................................................................................................................. 42

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3. Seleção de Materiais

3.1 Materiais para componentes mecânicos


A seleção de um material para uma peça de máquina ou componente estrutural é uma das decisões mais
importantes que o Engenheiro deve tomar. É convencional classificar os materiais de engenharia nas três
principais famílias gerais: metais; polímeros e elastómeros; cerâmicos e vidros; compósitos.

Os materiais metálicos, como os aços e as ligas de alumínio, são amplamente usados em aplicações
mecânicas devido à sua combinação de resistência mecânica, rigidez, resistência à corrosão e redução de
peso:
- Os aços de elevado limite elástico têm sido mais utilizados na construção metálica nos últimos
anos, permitindo reduções significativas de peso em aplicações de construção mecânica soldada.

- As ligas de alumínio são comumente usadas em aplicações aeronáuticas e navais devido à sua
capacidade de reduzir o peso e resistência à corrosão.

Os materiais compósitos reforçados com fibras têm sido cada vez mais utilizados em aplicações
estruturais críticas, como na indústria aeronáutica e automotiva, onde a redução de peso aliada à resistência
mecânica é uma necessidade importante:
- Na indústria aeronáutica, o Boeing 787 e o Airbus A350-XWB têm uma grande proporção de
materiais compósitos avançados em elementos estruturalmente críticos, o que não era comum em
aeronaves construídas há alguns anos.

- Na indústria automotiva, a introdução de motorizações híbridas e elétricas aumentou o peso das


baterias, tornando a redução de peso na carroceria uma prioridade. Por isso, a utilização de materiais
compósitos tem sido cada vez mais comum nesta indústria. Também estudos recentes mostram que
os compósitos de fibra de carbono são superiores às convencionais estruturas de metal no que diz
respeito à absorção de energia por peso unitário num evento de impacto dinâmico.

É de extrema importância a correta avaliação das características mecânicas, físicas e químicas dos
materiais para uma determinada aplicação, sendo fundamental considerar ainda outros fatores, tais como: os
custos de aquisição e de processamento; a disponibilidade dos materiais no mercado; os processos de fabrico
a utilizar; etc.

É raro que o desempenho de um componente dependa de apenas uma propriedade. M.F. Ashby
desenvolveu um método usando cartas/gráficos para seleção de materiais, mostrando dados de várias
propriedades para as famílias e classes de materiais.

O gráfico de "bolhas" da Figura 3.1 representa uma visão qualitativa das relações do módulo de Young 𝐸
em relação à massa específica (densidade) 𝜌 do material, verificando-se como se relacionam a rigidez/peso
!
de vários materiais. As linhas tracejadas no canto inferior direito do gráfico indicam as relações " = 𝑀 (índice

de performance) que ajudam na escolha do material em termos de projeto para a menor massa possível. Os

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diagramas resumem as propriedades dos materiais de um modo compacto e de fácil acesso, mostrando a
faixa abrangida por cada família e classe de material.

Para um acesso rápido às comparações de materiais, a Figura 3.1, por exemplo, mostra que da família
dos Metais, a classe mais leve é a das ligas de magnésio e a mais pesada é a das ligas de tungstênio, que
por sua vez também são as mais rígidas e as ligas de chumbo são as menos rígidas.

O gráfico de "bolhas" da Figura 3.2, mostra qualitativamente a relação da resistência mecânica 𝜎# com a
massa específica (densidade) 𝜌 do material, verificando-se como se relacionam a resistência/peso para vários
materiais. Já o gráfico da Figura 3.3 mostra a relação entre o módulo de Young 𝐸 e o custo relativo por
unidade de volume 𝐶𝑣 𝑅. As diretrizes ajudam a seleção para maximizar rigidez/custo unitário.
,

No Cap. 5.4 da referencia bibliográfica (M.F. Ashby. Seleção de Materiais no projeto mecânico) pode
encontrar-se uma explicação sucinta do procedimento a seguir na seleção de um material para uma aplicação
específica através dos gráficos de “bolhas” propostos por Asbhy.

Figura 3.1 – Gráfico do módulo de Young 𝐸 em função da densidade 𝜌. As “bolhas” englobam dados para
uma determinada classe de material. As linhas a tracejado diagonais mostram a velocidade de onda
longitudinal. As diretrizes de 𝐸/𝜌, 𝐸 $⁄% /𝜌 e 𝐸 $⁄' /𝜌 constantes permitem a seleção de materiais para projeto
de peso mínimo. (M.F. Ashby. Seleção de Materiais no projeto mecânico)

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Figura 3.2 – Gráfico da resistência mecânica 𝜎# em função da densidade 𝜌 (resistência ao limite elástico
para metais e polímeros, resistência à compressão para cerâmicos, resistência ao rasgamento para
elastómeros, resistência à tração para compósitos). As diretrizes de 𝜎# /𝜌, 𝜎# %⁄' /𝜌 e 𝜎# $⁄% /𝜌 constantes são
usadas em projeto de peso mínimo. (M.F. Ashby. Seleção de Materiais no projeto mecânico)

Figura 3.3 – Gráfico do módulo de Young 𝐸 em função do custo relativo por unidade de volume 𝐶𝑣 𝑅. As
diretrizes ajudam a seleção para maximizar rigidez/custo unitário. (M.F. Ashby. Seleção de Materiais no
projeto mecânico)

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A utilização de materiais em projeto mecânico está no entanto também sujeita a códigos e normas, nunca
se referindo a um único material, mas sim a classes ou subclasses. Também para ter sucesso no mercado,
um produto deve ser economicamente viável e bem-sucedido em termos de desempenho, possuir atração
para o consumidor, e ser competitivo com seus concorrentes. Tudo isso depende da escolha do material e do
modo como ele é processado.

De seguida, inclui-se documentação variada e extratos de códigos e normas relativas a materiais de uso
mais generalizado em construção mecânica.

3.1.1. Aços de construção – normas

3.1.1.1. Extratos da norma EN 10027-1


A norma EN 10027-1-2005 define o sistema de designação dos aços, conforme descrito nos exemplos das
tabelas seguintes:

Tabela 3.1 – Aços Estruturais (Structural steels – S): (ex. EN 10025-x).

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Tabela 3.2 – Aços para aplicações sujeitas a pressão (Pressure steels – P): (ex. EN 10028-x)

Tabela 3.3 – Aços para linhas de tubagens (Line Pipe – L): (ex. EN 10028-x)

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Tabela 3.4 – Aços para Engenharia (Engineering Steels – E): (ex. EN 10025-2)

3.1.1.2. Extratos das Normas NP EN 10025-2004, EN 10137 e EN


10210
No que se refere aos aços de construção soldáveis de aplicação geral, a norma NP EN 10025 – 2004,
e suas atualizações, especifica as condições de fornecimento e as propriedades dos aços de construção
soldáveis laminados a quente, estando dividida nas seguintes partes:

NP EN 10025-2, Produtos laminados a quente de aços de construção - Parte 2: Condições técnicas de


fornecimento para aços de construção não ligados. (Hot rolled products of structural steels - Technical delivery
conditions for non-alloy structural steels).

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NP EN 10025-3, Produtos laminados a quente de aços de construção – Parte 3: Condições técnicas de


fornecimento de aços de construção soldáveis de grão fino no estado normalizado/laminado normalizado.
(Hot rolled products of structural steels - Technical delivery conditions for normalized/normalized rolled
weldable fine grain structural steels).
A utilização destes aços é de extrema importância em aplicações estruturais soldadas altamente
solicitadas susceptíveis de funcionamento a baixas temperaturas, para as quais é fundamental
garantir valores determinados da energia de rotura por choque (ensaio Charpy) à temperatura mínima de
funcionamento.

NP EN 10025-4, Produtos laminados a quente de aços de construção – Parte 4: Condições técnicas de


fornecimento para aços de construção soldáveis de grão fino obtidos por laminagem termomecância (Hot
rolled products of structural steels - Technical delivery conditions for thermomechanical rolled weldable fine
grain structural steels).

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NP EN 10025-5, Produtos laminados a quente de aços de construção – Parte 5: Condições técnicas de


fornecimento para aços com resistência à corrosão. (Hot rolled products of structural steels - Technical
delivery conditions for structural steels with improved atmospheric corrosion resistance).

NP EN 10025-6, Produtos laminados a quente de aços de construção – Parte 6: Condições técnicas de


fornecimento para aços de construção de alto limite elástico no estado temperado e revenido (Hot rolled
products of structural steels - Technical delivery conditions for flat products of high yield strength structural
steels in the quenched and tempered condition).

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NP EN 10137-2 (1999) Chapas e placas de grandes dimensões de aços de construção de alto limite de
elasticidade, temperados e revenidos ou endurecidos por precipitação – Parte 2: Condições de
fornecimentos de aços temperados e revenidos.

NP EN 10210-1 (2008) Perfis ocos estruturais acabados a quente de aços não ligados e de grão fino – parte
1: Condições técnicas de fornecimento (Hot finished structural hollow sections of non-alloy fine grain steels –
Technical delivery conditions).

Perfis ocos de secção rectangular ou circular, vulgarmente designados por:

RHS – rectangular hollow sections – perfil oco de secção quadrada ou retangular acabado a quente

CHS – circular hollow sections – perfil oco de secção circular acabado a quente

Todas estas normas especificam, entre outros, os seguintes parâmetros, com maior relevância no âmbito do
projeto de estruturas e equipamentos mecânicos:

o composição química;
o propriedades mecânicas: tensão limite de elasticidade, tensão de rotura, extensão de rotura e
ductilidade;
o propriedades de impacto a baixa temperatura: ensaio Charpy;
o outras caraterísticas:
• maquinabilidade;

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• aptidão para a dobragem;


• soldabilidade dos aços: usando o parâmetro de carbono equivalente, adotando-se a
definição do IIW – International Institute for Welding, calculado pela expressão:

𝑀𝑛 𝐶𝑟 + 𝑀𝑜 + 𝑉 𝑁𝑖 + 𝐶𝑢 ( 3.1 )
𝐶𝐸𝑉 = 𝐶 + + +
6 5 15

Este parâmetro é usado para entender como os diferentes elementos de liga afetam a dureza do aço a ser
soldado, sendo assim um parâmetro essencial para determinação da soldabilidade de um aço.

As adições de carbono e outros elementos de liga, tais como o manganês, o silício, o molibdénio, ou o cobre
e o níquel, tendem a aumentar a dureza e consequentemente diminuir a soldabilidade.

Tabela 3.5 – CEV vs soldabilidade.

Carbono equivalente (%CEV) Soldabilidade


Até 0,35 Excelente
0.36–0.40 Muito bom
0.41–0.45 Bom
0.46–0.50 Razoável
Mais de 0.50 Mau

Perfis ocos estruturais de aços não ligados

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Perfis ocos estruturais de aços de grão fino

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3.1.2. Ligas de Alumínio – normas


No que se refere às ligas de alumínio utilizadas em aplicações de engenharia, temos as seguintes normas:

NP EN 485-1(2008) + A1(2011) Alumínio e ligas de alumínio em chapas, bandas e placas – Parte 1:


Condições técnicas de inspeção e de fornecimento.

NP EN 573-2 (2009) Alumínio e ligas de alumínio. Composição química dos produtos trabalhados. Parte 2:
Sistema de designação baseado nos símbolos químicos.

NP EN 573-1 (2008) Alumínio e ligas de alumínio. Composição química e forma dos produtos trabalhados.
Parte 1: Sistema de designação numérica.

Codificação utilizada para ligas de alumínio para produtos trabalhados (extrusão; laminagem) (diferente
da que é utilizada para produtos vazados) em função dos elementos de liga preponderantes:

• Série 1XXX - essencialmente alumínio puro com um mínimo de 99,00% (série 1000);
• Série 2XXX - ligas com cobre (série 2000);
• Série 3XXX - ligas com manganés (série 3000);
• Série 4XXX - ligas com silício (série 4000);
• Série 5XXX - ligas com magnésio (série 5000);
• Série 6XXX - ligas com magnésio e silício (série 6000);
• Série 7XXX - ligas com zinco (série 7000);
• Série 8XXX - ligas com outros elementos (série 8000);
• Série 9XXX – série não utilizada (série 9000).

Por exemplo, as ligas 7068, 7075, 7040, 6061, 6063, 6056, 2024 e 5052 são utilizadas na indústria
aeronáutica e aeroespacial.

Na indústria naval utilizam-se essencialmente as ligas das séries 5XXX (magnésio) em produtos
laminados, como barras e chapas, e as séries 6XXX (magnésio-silício) em perfis obtidos por extrusão, sendo
exemplo as ligas: 5052, 5059, 5083, 5086, 5183, 6061, 6063, 6005A, 6082.

NP EN 485-2 (2011) Alumínio e ligas de alumínio em chapas, bandas e placas espessas – Parte 2:
Características mecânicas.
Esta norma especifica as características mecânicas, tais como a tensão de rotura ou a tensão à
cedência entre outras, apresentando 46 quadros de 46 diferentes ligas de alumínio.
As tabelas seguintes são alguns extratos da norma NP 485-2 (2011).

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3.1.2.1. Extratos da Norma 485-2

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Alumínio Naval

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3.1.3. Compósitos – normas de ensaios mecânicos

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3.1.4. Outras normas de aços

3.1.4.1. Extratos das Normas NP EN 10025-1994

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3.1.4.2. Extratos das Normas AISI/SAE/ASTM

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C60

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CK45

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3.1.4.3. Norma DIN 17100 (aço C60 e aço CK45)

Aço C60 (norma DIN) Û 1060 (AISI) Û 1,0601 (W. Nº)

aço carbono médio de 60% - Aços para ferramentas

Description and application

Quenched and tempered steel for heavy duty parts in machines, vehicles.

Chemical composition (weight %)

C Si Mn Cr Mo Ni V W Others
0.61 max.0.40 0.75 max.0.40 max.0.10 max.0.40 - - (Cr+Mo+Ni)=max.0.63

Designations by standards

Ravne RavneNo. JUS W.Nr. DIN EN AFNOR BS


C60 519 C1730 1.0601 C60 1C60 1C60 060A62

UNI JIS SIS GOST UNE ASTM CSN


C60 S58C - 60(G) - 1060 12061

Mechanical properties in the hardening and tempering condition:

Diameter Yield strength Tensile strength Elongation Reduction of area


(mm) (Rp0.2,N/mm2) (N/mm2) (Lo=5 x do, %) (%)
up to 16 570 830 - 980 11 20
16 - 40 490 780 - 930 13 30
40 - 100 450 740 - 890 14 35

Mechanical properties in the normalized condition:

Diameter Yield strength Tensile strength Elongation


(mm) (Rp0.2,N/mm2) (N/mm2) (Lo=5 x do, %)
16 - 100 380 690 - 890 14

Physical properties (avarage values) at ambient


temperature:
Modulus of elasticity [10 exp(3) N/mm^2]: 210
Density [g/cm^3]: 7.85
Thermal conductivity [W/m.K]: 46.5
Electric resistivity [Ohm mm^2/m]: 0.127
Specific heat capacity[J/g.K]: no data

Mean coefficient of thermal expansion between


20 C and ...C [in 10 exp(-6) m/(m.K)]:

100 C 200 C 300 C 400 C 500 C


11.1 12.1 12.9 13.5 13.9

Steel properties vs. temperature

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Aço CK45 (Norma DIN) Û 1045 (AISI) Û 1,1191 (W. Nº)

aço carbono médio de 45% - Aços de construção base melhorado para órgãos de
máquinas

Description and application

Component parts for vehicles, shafts, bushings, crankshafts, connecting rods and parts for the machine
building industry and steel for axes, knives, hammers, etc.

Chemical composition (weight %)

C Si Mn Cr Mo Ni V W Others
0.46 max.0.40 0.65 max.0.40 max.0.10 max.0.40 - - (Cr+Mo+Ni)=max.0.63

Designations by standards
Tempering diagram
Ravne RavneNo. JUS W.Nr. DIN EN AFNOR BS
CK45 620 C1531 1.1191 Ck45 C45E XC45 080M46

UNI JIS SIS GOST UNE ASTM CSN


C45 S45C 1672 45 F.1140-C45k 1045, 1042 12050

Hot forming temperature [C]: 1050 - 850


Annealing temperature [C]: 650 - 700
Hardness after annealing [HB]: 207
Normalizing temperature [C]: 840 - 870
Hardening [C]: 820 - 850, 830 - 860
Quenchant: water, oil
Tempering [C]: 540 – 680

Mechanical properties in the hardening and tempering condition:

Diameter Yield strength Tensile strength Elongation Reduction of area Impact strength
(mm) (Rp0.2,N/mm2) (N/mm2) (Lo=5 x do, %) (%) (J)
up to 16* 340* 580 - 770* 17* - -
17 - 100* 305* 580 - 770* 17* - -
101 - 160* 275* 560 - 750* 15* - -
up to 16 500 700 - 850 14 35 30
17 - 40 430 650 - 800 16 40 30
41 - 100 370 630 - 780 17 45 30
Note: * - in normalized condition.

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3.1.4.4. Outras Propriedades

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Referências Bibliográficas:

[1] Budynas, R. Nisbett, J.K. Shigley’s Mechanical Engineering Design. 9th Edition, McGraw-Hill. 2011.

[2] Franco Correia, V. Órgãos de Máquinas, Textos de Apoio, Volume 1. ENIDH. 2021.

[3] Marat-Mendes, R. Apontamentos teóricos de Elementos de Máquinas I. ESTSetúbal, IPS. 2017.

[4] M.F. Ashby. Seleção de Materiais no projeto mecânico. 2011.

[5] EN 10025, EN 10028, EN 10027, EN 10210, EN 10137 – Normas de aços de construção

[6] EN 573, EN 485 – Normas de Ligas de alumínio

[7] DIN 17100 – Norma alemã de aços de construção

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