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Resumo de Egito e Mesopotâmia

1. A importância da agricultura: tanto Egito quanto Mesopotâmia desenvolveram


sistemas de irrigação sofisticados para aproveitar as águas dos rios Nilo e Tigre/Eufrates,
respectivamente, e garantir o abastecimento de alimentos. Esse fato é importante por ter dado
origem a sociedades sedentárias e mais complexas.

2. A escrita cuneiforme: foi desenvolvida na Mesopotâmia e permitiu a documentação


de informações como leis, poemas, histórias e registros comerciais, além de ter influenciado
a escrita posterior em outras culturas.

3. A religião politeísta: tanto no Egito quanto na Mesopotâmia, a religião era


politeísta, com a adoração de múltiplos deuses. Os faraós egípcios eram considerados
divindades, enquanto na Mesopotâmia havia uma hierarquia de divindades liderada pelo
deus supremo.

4. O uso de monumentos: tanto no Egito quanto na Mesopotâmia, havia a construção


de monumentos grandiosos como pirâmides, templos, ziggurats e palácios, que serviam para
legitimar o poder dos governantes, abrigar as divindades e promover o desenvolvimento
artístico.

5. A influência na cultura ocidental: a cultura egípcia e mesopotâmica exerceu grande


influência na formação da cultura ocidental, em áreas como arquitetura, matemática,
astronomia, literatura, filosofia e religião, o que torna o estudo dessas civilizações importante
para compreender a origem de muitos aspectos da nossa cultura.

1. Uma breve introdução à idade antiga


Artes da "idade antiga" cada uma
representando certa civilização.
A Idade Antiga ou Antiguidade foi um período da história que se iniciou com a
invenção da escrita, por volta de 4000 a.C. a 3500 a.C., quando os sumérios desenvolveram a
escrita cuneiforme na Mesopotâmia, e se estendeu até a queda do Império Romano do
Ocidente em 476 d.C. e o início da Idade Média no século V. Esse período foi marcado pela
existência de diversas civilizações antigas, tais como as civilizações do Egito e
Mesopotâmia, a China, as civilizações clássicas como Grécia e Roma, os Persas, os Hebreus
e os Fenícios, além de outros povos como os Celtas, Etruscos, Eslavos e povos germanos
como os visigodos, ostrogodos, anglos e saxões.

Na Antiguidade, os Estados começaram a ser formados com certo grau de


nacionalidade, territórios e organização mais complexas que outras cidades encontradas
antes desse período da história. Por isso, a Antiguidade foi um período importantíssimo da
história, pois muitas das bases da organização política, social e cultural foram desenvolvidas
nessa época. O estudo das civilizações antigas, como Egito e Mesopotâmia, é fundamental
para entender as origens de muitos elementos da nossa sociedade atual, como a escrita, a
organização política, as bases da religião e muitos outros aspectos culturais que
influenciaram a história do mundo.

No período da Antiguidade, grandes civilizações surgiram devido à necessidade de se


estabelecer em um local propício para a agricultura. Essas civilizações se desenvolveram em
regiões próximas a grandes rios como Tigre, Eufrates, Nilo, Indo e Huang He. A
Mesopotâmia, localizada entre os rios Tigre e Eufrates, é conhecida como berço da
civilização e foi habitada por diversos povos como Acádios, Babilônios, Assírios e Caldeus.

2. A Mesopotâmia

A pintura retrata a convivência dos habitantes da Mesopotâmia com as construções monumentais que
marcavam a paisagem urbana, evidenciando a riqueza e complexidade da sociedade mesopotâmica.

A Mesopotâmia, localizada entre os rios Tigre e Eufrates, foi o berço de uma das
civilizações mais antigas da história. Ao longo de sua história, a região foi ocupada por
diversos povos mesopotâmicos, incluindo sumérios, babilônios, hititas, assírios e caldeus,
que se misturaram e travaram guerras entre si. A região é conhecida por sua rica história e
legado cultural que influenciou a arte, a arquitetura, a religião e a ciência. Atualmente é
habitada principalmente pelo povo árabe, com uma minoria de curdos e turcomanos.
Região do Crescente
Fértil, onde os povos
mesopotâmicos habitaram e
expandiram se domínio.

O Crescente Fértil, região entre os rios Tigre e Eufrates, é fundamental para entender a
história da Mesopotâmia, pois seu solo fértil permitiu a agricultura e a sedentarização
humana. Essa região abriga diversos povos e reinos antigos, como os sumérios, acadianos,
assírios e babilônicos, que deixaram importantes legados na geometria e na astronomia.

Povos da mesopotâmia

Os sumérios, 4000 a.C à 1900 a.C e


A escultura mostra uma
lenda sumérica de Tiamat, o
Monstro do Caos e Utu, Deus
do Sol. A história destaca a
luta entre o caos e a ordem, um
tema comum na mitologia de
muitas culturas, incluindo a
sociedade suméria.

Os Sumérios foram os primeiros a criar cidades na Mesopotâmia, enfrentando


obstáculos naturais como as cheias dos rios Tigre e Eufrates. Para controlar a água,
construíram diques, barragens e canais de irrigação. Eles também desenvolveram a escrita
cuneiforme, que era usada para registrar transações comerciais e, posteriormente, se
transformou em um sistema de sílabas. Essa escrita era feita em placas de argila mole com
um estilete em forma de cunha.
A sociedade suméria tinha escravidão, mas poucos escravos. Os Acadianos, um grupo
de nômades do deserto da Síria, dominaram as cidades-estados sumérias em 2300 a.C. Os
sumérios se destacavam na trabalhos em metal, lapidação de pedras preciosas e escultura.
Eles também criaram a zigurate, uma torre em forma de pirâmide com vários terraços e um
templo no topo, que foi copiada por outros povos na região.
Os escribas sumérios
faziam tabuinhas de barro de
tamanho e forma adequados para
escrever. Depois de escritas, a
maioria das tabuinhas era deixada
para secar e poderiam ser
reutilizadas ao umedecer a argila.
No entanto, quando se queria
evitar alterações nos textos ou
criar exemplares para biblioteca,
as tabuinhas eram cozidas no
forno para tornar sua superfície
inalterável. Na imagem, uma
tabuinha comemorativa da
restauração do templo da deusa
Ninimpa pelo rei de Larsa, do
século XIX a.C.

Os Sumérios eram politeístas e valorizavam muito o culto aos deuses. Eles deixavam
estatuetas de pedra diante dos altares para representar suas orações. Os templos tinham
oficinas para artesãos, que ajudaram a prosperidade da Suméria. Além disso, os sumérios
foram os primeiros a construir veículos com rodas.

As cidades sumérias eram autônomas, cada uma com seu próprio governo
independente. Em 2330 a.C., o rei Sargão I, da cidade de Acad, unificou as cidades e formou
o primeiro império da região. Entretanto, o império acadiano não durou muito tempo e foi
destruído por povos inimigos cerca de cem anos depois.

Os babilônios, de 1900 a.C à 1600 a.C


A civilização
babilônica foi uma das
principais da Mesopotâmia,
tendo alcançado grande
destaque na Antiguidade. Um
exemplo marcante da
arquitetura babilônica é o
Portão de Ishtar, um
monumento monumental da
cidade de Babilônia, decorado
com azulejos coloridos e
relevos de animais míticos.
Os babilônios foram um povo que se estabeleceu ao norte dos sumérios e conquistou
diversas cidades da região mesopotâmica, formando um império com capital em Babilônia.
O rei Hamurabi, que governou por volta de 1750 a.C., ficou famoso por sua legislação, o
Código de Hamurabi, baseado no princípio de talião. Este código é um dos mais antigos
conjuntos de leis escritas da história e foi desenvolvido para organizar e controlar a
sociedade, impondo punições proporcionais aos delitos cometidos pelos criminosos, de
acordo com a máxima "olho por olho, dente por dente".

Eles tinham um calendário preciso para monitorar as cheias do rio Eufrates e facilitar a
agricultura. além de serem excelentes observadores dos astros e terem criado o relógio de
sol. Nabucodonosor, outro imperador babilônico, ficou conhecido por sua administração e
construiu os Jardins Suspensos da Babilônia e a Torre de Babel. Sob seu comando, os
babilônios conquistaram o povo hebreu e a cidade de Jerusalém. Após a morte de Hamurabi,
o império babilônico foi invadido por povos vindos do norte e do leste.

Os hititas, de 1600 a.C à 1200 a.C


As ruínas da antiga
capital do Império Hitita em
Hatusa, atual Turquia, revelam
a grandiosidade e
engenhosidade dessa
civilização.

Os Hititas foram um povo indo-europeu que fundou um poderoso império na Anatólia


Central no 2º milênio a.C., expandindo-se até a Síria e conquistando a Babilônia. Sua língua
indo-europeia é a origem da maioria dos idiomas falados na Europa. Eles utilizavam ferro e
cavalos em seus carros de guerra, o que foi uma novidade na região, e tinham um exército
comandado por um rei, que também era juiz supremo e sacerdote. As rainhas, na sociedade,
detinham relativo poder. A escrita hitita era baseada em representações pictográficas e
cuneiforme.

Os hititas acreditavam em várias divindades relacionadas aos aspectos da natureza,


seguindo o politeísmo comum na antiguidade. Em 1200 a.C., foram dominados pelos
assírios, cujo poderio militar foi decisivo para a queda do Império Hitita por volta do século
12 a.C.
Os assírios, de 1200 a.C à 612 a.C
A cena de caça aos
leões do rei Assurnasirpal é
um relevo em pedra esculpido
pelos assírios no século IX
a.C. que retrata o rei caçando
leões com sua comitiva. Além
de demonstrar a habilidade do
rei como caçador, a cena
também tem um aspecto
guerreiro, já que a caça aos
leões simbolizava a habilidade
militar dos assírios.

Os assírios viveram na região norte da Babilônia e se destacaram pela organização


militar. Eles viam a guerra como uma forma de desenvolver sua sociedade e conquistar
poder, mas eram extremamente cruéis com os inimigos vencidos, o que gerava revoltas
populares. Conquistaram a Babilônia e expandiram seu império até o Egito. Assurbanipal foi
um importante rei do período de maior glória do Império Assírio.

Assurbanipal foi um importante rei assírio que reinou entre 668 e 627 a.C. durante o
qual a Assíria se tornou a primeira potência mundial. O império assírio incluía territórios
como a Babilônia, a Pérsia, a Síria e o Egito. Porém, durante seu reinado, a Babilônia se
libertou e capturou a cidade de Ninive. Com a morte de Assurbanipal, a decadência do
império se acentuou e foi derrubado pelos babilônios e persas uma década mais tarde. Apesar
de ser conhecido por seu poder militar, a cultura assíria também se destacou pela ciência e
matemática, como a divisão do círculo em 360 graus e a criação de sistemas de navegação
geográfica. A ciência médica assíria também influenciou outras regiões, incluindo a Grécia.

Os caldeus, de 612 a.C à 539 a.C


Os caldeus foram um
antigo povo que habitou a
região da Mesopotâmia,
localizada entre os rios Tigre e
Eufrates, no que hoje é o
território do Iraque. Eles
surgiram como um grupo
nômade, mas mais tarde
estabeleceram um império que
abrangeu grande parte da
Mesopotâmia e áreas vizinhas.
Os caldeus são conhecidos por
sua arquitetura, matemática,
astronomia e literatura, sendo
responsáveis por importantes
avanços nessas áreas.

A Caldeia é uma região ao sul da Mesopotâmia, formada por depósitos dos rios
Eufrates e Tigre, com cerca de 250km ao longo dos rios e 60km em largura. Os Caldeus
foram uma tribo que se tornou parte do Império da Babilônia e seu mais importante soberano
foi Nabucodonosor, que conquistou Jerusalém em 587 a.C. e construiu grandes edifícios com
tijolos coloridos. Em 539 a.C., o rei dos persas, Ciro, conquistou Babilônia e a transformou
em uma província do império persa.

Uma das obras mais importantes construídas pelos Caldeus foi o Jardim Suspenso da
Babilônia, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. Acredita-se que tenha sido
construído por ordem de Nabucodonosor II, por volta de 600 a.C., para sua esposa, que
sentia saudades das montanhas de sua terra natal. Tal Jardim simbolizava o poder e a
riqueza do Império Babilônico e sua construção é um exemplo da habilidade e técnica
avançada dos caldeus na arquitetura e engenharia.

Aspectos das sociedades mesopotâmicas

A Mesopotâmia foi habitada por diversos povos, cada um com suas peculiaridades,
como a habilidade guerreira dos assírios e o foco em agricultura dos sumérios. Apesar disso,
é possível encontrar semelhanças em termos de organização social, religião e economia entre
esses povos.

Classes sociais e Vida Cotidiana


Escola sumérica, onde
um aluno aprende a escrever
em tabuletas de argila. Os
sumérios foram os primeiros a
desenvolver um sistema
escolar, conhecido como
Edubba (Casa de Tabuleta),
onde o ensino e a escrita eram
feitos em tabuletas de argila
secas.

A sociedade mesopotâmica era dividida em classes sociais, com os dominantes


(nobres, sacerdotes, militares e comerciantes) tendo o poder e os dominados (camponeses,
pequenos artesãos e escravos) consumindo o que produziam e entregando excedentes para os
dominantes. O rei era a posição mais elevada, com poderes políticos, religiosos e militares.

As pessoas mais humildes e os escravos tinham um estilo de vida semelhante, com


uma alimentação simples de pão, tâmaras, cerveja leve e, às vezes, legumes, lentilha, feijão e
peixe, carne era raro. As habitações também eram simples, feitas de tijolos crus e palmeiras,
com telhados planos que às vezes vazavam. As casas não tinham janelas e eram iluminadas
com lampiões de óleo de gergelim, enquanto os ricos tinham casas mais confortáveis e
melhor alimentação. Porém, todos eram igualmente vulneráveis às epidemias.

Religião

Os povos mesopotâmicos adoravam diversas divindades e acreditavam que elas


poderiam fazer tanto o bem quanto o mal, tais deuses possuiam defeitos e características por
vezes humanas. Eles acreditavam em gênios, demônios, heróis, adivinhações e magia. Cada
divindade era uma força da natureza e do dono da sua cidade, com Maduk sendo, por
determinado período, o deus da Babilônia. Eles também acreditavam em gênios bons que
ajudavam os deuses a defender-se contra os demônios e procuravam conhecer a vontade dos
deuses através de sonhos, eclipses e movimentos dos astros, dando origem à astrologia.

Política e economia
Stela de Ur-Nammu,
um símbolo da centralização
do poder na Mesopotâmia. A
obra mostra o rei Ur-Nammu
recebendo a lei das mãos do
deus Shamash, evidenciando o
forte controle da religião sobre
a política e o poder divinizado
do rei na região.

A organização política da Mesopotâmia contava com um soberano divinizado e seus


assessores, os burocratas-sacerdotes. Eles eram responsáveis por administrar a distribuição
de terras, o sistema de irrigação e as obras hidráulicas. O sistema financeiro, por sua vez, era
controlado por um templo que funcionava como um banco, emprestando sementes e
cobrando juros sobre as mesmas.

Em termos gerais, a forma de produção predominante na Mesopotâmia baseava-se na


propriedade coletiva das terras, administrada pelos templos e palácios. Os indivíduos só
usufruíam da terra enquanto membros dessas comunidades. Acredita-se que quase todos os
meios de produção estavam sob controle dos déspotas, que personificavam o Estado, e dos
templos. O templo era o centro que recebia toda a produção, distribuindo-a de acordo com as
necessidades, além de proprietário de boa parte das terras, conhecido como cidade-templo.

As terras, que teoricamente pertenciam aos deuses, eram entregues aos camponeses
pela corporação de sacerdotes que as administrava. Cada família recebia um lote de terra e
devia entregar ao templo uma parte da colheita como pagamento pelo uso útil da terra. As
propriedades particulares eram cultivadas por assalariados ou arrendatários. Embora a
escravidão existisse entre os sumérios, o número de escravos era relativamente pequeno.

Agricultura e comércio
A agricultura de
irrigação era a base da
economia na Mesopotâmia.
Essa técnica permitia o cultivo
de trigo, cevada, linho,
gergelim, frutas, raízes e
legumes em grande escala..
A economia da Baixa Mesopotâmia baseava-se na agricultura de irrigação, cultivando
diversos produtos como trigo, cevada, linho, gergelim, árvores frutíferas, raízes e legumes.
Os instrumentos de trabalho eram rudimentares, mas a utilização do bronze no final do
segundo milênio a.C. revolucionou a agricultura. Além disso, a criação de animais como
carneiros, burros, bois, gansos e patos era bastante desenvolvida.

Os comerciantes eram empregados pelos templos e palácios, mas também podiam


fazer negócios por conta própria, graças à localização geográfica e à falta de matérias-
primas. As caravanas comerciais viajavam para vender produtos e buscar matérias-primas,
como madeira, cobre e estanho. O comércio era baseado em troca de mercadorias, como
cevada e metais, mas o uso de recibos, escrituras e cartas de crédito era comum. O comércio
teve um papel importante na sociedade mesopotâmica e contribuiu para a desagregação da
forma de produção dominante.

As ciências
Sacerdotes babilônicos
observando o céu, a
astronomia e a astrologia na
antiga Mesopotâmia eram
muito valorizadas.

Os babilônios eram excelentes observadores do céu e desenvolveram a astronomia


como principal ciência. Os sacerdotes eram os principais estudiosos, sendo a astronomia
muito ligada à astrologia. Utilizavam as torres dos templos como observatórios astronômicos
e tinham conhecimento das diferenças entre planetas e estrelas, além de prever eclipses
lunares e solares. Criaram uma forma de medir o tempo, dividindo o ano em meses, os meses
em semanas, as semanas em sete dias, os dias em 24 horas, as horas em 60 minutos e os
minutos em 60 segundos. Esses conhecimentos influenciaram a astronomia dos gregos, dos
árabes e deram origem à astronomia europeia.

A matemática alcançou grande progresso entre os caldeus, principalmente devido às


necessidades do dia a dia. Os mesopotâmicos utilizavam um sistema matemático
sexagesimal, baseado no número 60, e conheciam resultados de multiplicação, divisão, raízes
quadradas e cúbicas, além de equações de segundo grau. Os matemáticos indicavam os
passos a serem seguidos nas operações por meio de exemplos multiplicados, sem divulgar as
fórmulas. Também criaram a divisão do círculo em 360 graus, tabelas de logaritmos e
unidades de medida de comprimento, superfície, capacidade e peso.

Na Mesopotâmia, a medicina se desenvolveu bastante, com a catalogação de plantas


medicinais e uso de medicamentos à base de plantas, além de tratamentos cirúrgicos. Os
médicos eram respeitados, mas acreditavam que a origem dos males poderia ser sobrenatural
e trabalhavam em conjunto com exorcistas e adivinhos para tratar seus pacientes.

Letras e escrita
A Epopeia de Gilgamesh é um poema
épico sumério que remonta a cerca de 2000 a.C.,
sendo uma narrativa sobre as aventuras do rei
Gilgamesh, de Uruk, em busca da imortalidade. É
considerada a obra literária mais antiga da história
da humanidade

A escrita cuneiforme, usada pelos sumérios, era ideográfica, ou seja, os objetos


representados expressavam ideias. Mais tarde, eles começaram a usar uma escrita
convencional, que representava os sons da fala humana, chamada escrita fonética. Essa
escrita era utilizada em registros de contabilidade, rituais mágicos e textos religiosos. A
literatura mesopotâmica não era muito rica, mas destaca-se o Mito da Criação e a Epopeia de
Gilgamesh, uma aventura de amor e coragem de um herói semi-deus em busca do segredo da
imortalidade

Artes
Representação artística
dos Jardins Suspensos da
Babilônia, uma das Sete
Maravilhas do Mundo Antigo..

A arte mesopotâmica não era tão impressionante quanto a egípcia, mas a arquitetura se
destacou pela construção de templos e palácios luxuosos, considerados cópias das estruturas
celestiais. A região não tinha muita disponibilidade de pedras, então as construções eram
feitas principalmente de tijolos e ladrilhos de argila. O zigurate, uma torre de múltiplos
andares, foi a estrutura mais característica das cidades-estados sumerianas e um exemplo
notável da arquitetura mesopotâmica.

O Direito
O Código de Hamurabi é o mais antigo texto de leis já descoberto, sendo ele uma
coletânea de leis que mescla tradições sumérias e semitas. Contém 282 leis que abrangem
quase todos os aspectos da vida babilônica, incluindo comércio, herança, direitos da mulher,
adultério, escravidão e punições. Suas principais características são a lei de Talião,
desigualdade perante a lei, divisão da sociedade em classes e igualdade de filiação na
distribuição da herança. O código reflete a preocupação em disciplinar a vida econômica e
garantir o regime de propriedade privada da terra, invocando os deuses da justiça na
aplicação das leis.

Legado

Os povos mesopotâmicos deixaram um legado significativo para a cultura ocidental.


Dentre as suas contribuições, podemos destacar a divisão do tempo em anos de 12 meses e a
semana de 7 dias, além da divisão do dia em 24 horas. Também foi a partir dos
mesopotâmicos que adotamos a crença nos horóscopos e os doze signos do zodíaco, assim
como a previsão de eclipses. Outra herança cultural importante é o hábito de fazer o plantio
de acordo com as fases da lua. Em termos matemáticos, os mesopotâmicos nos deixaram o
processo aritmético das operações matemáticas como multiplicação, divisão, soma e
subtração, além das raízes quadrada e cúbica. Ainda, a circunferência de 360 graus também é
uma invenção mesopotâmica que temos presente na nossa cultura até hoje.

3. O Antigo Egito
A imagem que retrata
as estruturas arquitetônicas
imponentes e antigas
construídas há cerca de 4.500
anos, durante a época dos
faraós: as pirâmides.

O Antigo Egito é uma das mais antigas civilizações do mundo, com registros que
datam de aproximadamente 6 mil anos. Sua localização desértica às margens do Rio Nilo
permitiu o desenvolvimento de uma cultura complexa, que se destacou na arte, ciência,
comércio e religião. Apesar de situado numa região desértica, o Vale do Nilo era muito fértil
e teve um papel decisivo na economia do Antigo Egito. Neste contexto, a diferença entre os
que tinham e os que não tinham posses era acentuada, caracterizando a sociedade egípcia
como uma sociedade estratificada. O Egito também se encontrava localizado no crescente
fértil, portanto, as civilizações egípcias e mesopotâmicas tiveram muitos contatos.
Mapa retratando a
extensão do antigo império
egípcio. Repare na
proximidade com a Arábia e a
Mesopotâmia.

As fases da história egípcia

A história do Egito pode ser dividida em três fases distintas: o Antigo Império, o
Médio Império e o Novo Império. Durante esses períodos, o Egito se destacou em diversos
aspectos, como arte, ciência, comércio e religião. No entanto, a partir do século VII a.C., o
Egito começou a ser invadido por diversos povos e perdeu seu antigo esplendor. Abaixo,
uma breve explicação sobre cada um desses períodos.

Antigo Império, de 3200 a.C à 2100 a.C


Vê se a estátua do faraó
Quéops, cuja pirâmide mortuária foi construida
durante o Antigo Império.

Durante o Antigo Império, o Egito viveu um período de grande desenvolvimento.


Foram construídas obras de drenagem e irrigação, que ajudaram a expandir a agricultura.
Além disso, durante esse período foram construídas as grandes pirâmides dos faraós Quéops,
Quéfren e Miquerinos, que serviam como seus túmulos. As pirâmides eram construídas com
muitos objetos preciosos, como móveis e joias, que eram levados para o seu interior.
Com o tempo, o faraó conquistou cada vez mais poderes. No entanto, isso acabou
gerando conflitos com os grandes proprietários de terra e os chefes dos diversos nomos, que
procuraram diminuir o seu poder. Essas disputas acabaram por enfraquecer o poder político
do Estado.

Médio Império, de 2100 a.C à 1580 a.C


Representação da cidade de Tebas, capital
do Egito durante o Médio Império

Durante o Médio Império do Egito, que durou de cerca de 2050 a.C. até 1750 a.C., os
faraós recuperaram o poder político do império, com a capital sendo transferida para a cidade
de Tebas. Nesse período, houve conquistas territoriais e um aumento da prosperidade
econômica. No entanto, algumas agitações internas enfraqueceram o império novamente, o
que permitiu que os hicsos, um povo nômade de origem asiática, invadissem o Egito em
torno de 1750 a.C. Os hicsos governaram o Egito por cerca de 170 anos.

Novo Império, de 1580 a.C à 715 a.C


Pintura encaustica de uma garota. Essas
pinturas eram colocadas no rosto das múmias, e
essa, em específico, foi feita após a queda do
império Egípcio, enquanto o Egito era dominado
por Roma. Tal domínio aconteceu após o fim do
Novo Império

O período final do Antigo Egito, conhecido como Novo Império, começou com a
expulsão dos hicsos e foi marcado por uma série de conquistas territoriais que trouxeram
grande prosperidade econômica. Entretanto, no final desse período, houve agitações internas
e uma nova onda de invasões, o que resultou no enfraquecimento do Estado. Assim, o Egito
foi conquistado sucessivamente por várias potências estrangeiras, como os assírios em 670
a.C., os persas em 525 a.C., os gregos em 332 a.C. e, finalmente, pelos romanos em 30 a.C.
Esse período de conquistas e invasões marcou significativamente a história do Egito e deixou
um legado cultural e arqueológico valioso.

As características do Antigo Egito


Esta antiga ilustração
egípcia marca o modo como a
vida cotidiana era tomada
nesta sociedade.

Política e sociedade

Os egípcios eram organizados em comunidades chamadas nomos, que eram


controlados por chefes chamados nomarcas. Essas comunidades se agrupavam em dois
reinos rivais: o reino do Alto Egito e o reino do Baixo Egito. Em cerca de 3.200 a.C., o reino
do Norte dominou o reino do Sul, unificando o Egito e dando origem ao faraó, que tinha
poder hereditário e era visto como um representante dos deuses na Terra. Esse tipo de
governo é chamado de monarquia teocrática.

Abaixo, vemos como a sociedade egípcia era dividida


A pirâmide social do
Antigo Egito marca o meio
como, durante grande parte da
história, a sociedade foi
dividida.

No Egito Antigo, o faraó era o líder supremo que exercia diversas funções, como a
justiça, as funções religiosas, a fiscalização das obras públicas e o comando do exército. O
faraó era considerado um deus vivo e intermediário entre os deuses e a população. Abaixo do
faraó, em ordem de importância, estavam o Vizir do Alto Egito, o do Baixo Egito e o Sumo-
Sacerdote de Amon-Rá. Os nomarcas eram os governadores dos nomos, as comunidades
patriarcais que foram agrupadas em dois reinos rivais e posteriormente unificados pelo faraó
Menés. A centralização política do Egito não foi constante, e em 2300 a.C. o Estado
dissolveu-se devido a contendas internas e invasões, o que marcou o fim do Antigo Império
e o restabelecimento dos nomos como principal unidade de organização sócio-política.
Estátua mortuária do faraó Mentuhotep II,
responsável por reunificar o Antigo Egito durante
o médio império.

No final do século XXI a.C., o faraó Mentuhotep II conseguiu restabelecer o Estado


centralizado egípcio, após um período de dissolução. Durante o Médio Império, houve uma
retomada da servidão coletiva, possibilitando a construção de canais de irrigação e a
mudança da capital para Tebas. Esse período chegou ao fim em 1580 com a dominação dos
hicsos. A expulsão desses invasores deu início ao Novo Império, que foi marcado pela
expansão das fronteiras egípcias e dominação de outros povos como hebreus, fenícios e
assírios. Esse período foi interrompido por uma série de invasões que culminaram com o
controle do Egito pelos assírios, persas, macedônios e romanos ao longo da Antiguidade.
Além disso, o Egito foi controlado pelos árabes, turcos e britânicos por mais de 2500 anos.

Economia

A economia do Antigo Egito era baseada principalmente na agricultura. As cheias do


Rio Nilo fertilizavam o solo, permitindo o cultivo de grãos, frutas, legumes e plantas têxteis,
como linho e papiro. Os egípcios também criavam animais, como vacas, ovelhas, cabras e
porcos, para consumo e produção de laticínios, carne e couro.
como no transporte de
mercadorias.

Os barcos no Antigo Egito ajudavam tanto na atividade de Pesca

O comércio era realizado principalmente por barcos que navegavam pelo Nilo e pelo
Mar Vermelho, possibilitando o intercâmbio de produtos com outras civilizações, como o
trigo da Síria e o cobre da região do Sinai. A produção artesanal de objetos em cerâmica,
metal, vidro e pedra também era importante para a economia egípcia.

A moeda não era utilizada no Antigo Egito, o comércio era feito através de escambo,
ou seja, troca direta de produtos. O governo centralizado controlava a distribuição de bens e
serviços, além de cobrar impostos em grãos e outros produtos agrícolas.

Religião
As deidades egípcias
eram variadas e apresentavam
variados traços de
antropozoomorfia.

A religião desempenhou um papel fundamental na sociedade egípcia antiga. Os


egípcios acreditavam na existência de muitos deuses e deusas, cada um com seu próprio
papel e personalidade. O faraó era considerado um deus vivo e atuava como intermediário
entre os deuses e o povo. As pessoas depositavam sua fé nos deuses para proteção, saúde e
prosperidade, oferecendo oferendas, fazendo orações e realizando rituais.

Os templos eram os centros religiosos mais importantes do Egito Antigo, onde os


sacerdotes realizavam as cerimônias religiosas e cuidavam dos deuses. Acreditava-se que os
deuses habitavam as estátuas que eram mantidas nos templos, por isso, os templos eram
considerados as casas dos deuses.
A religião também influenciou muitos aspectos da vida cotidiana, desde as práticas
funerárias até a arte e a arquitetura. Acreditava-se que a vida após a morte era uma
continuação da vida terrena, e por isso os egípcios construíam elaborados túmulos e
realizavam rituais funerários para garantir a continuidade da vida após a morte.

Em resumo, a religião era um elemento central da vida egípcia antiga, fornecendo uma
base para a organização social, política e cultural da sociedade. É a partir dela que podemos
compreender rituais como o da mumificação.

Rituais

O processo de mumificação era uma técnica usada pelos antigos egípcios para preservar o corpo dos
mortos. O processo incluía a remoção dos órgãos internos, a desidratação do corpo com sais e a aplicação de
resinas e óleos para preservação. A mumificação permitia que o corpo fosse colocado em um sarcófago e
enterrado com seus pertences, acreditando-se que a alma continuaria a viver na vida após a morte

A sociedade egípcia possuía diversos rituais que envolviam tanto a vida quanto a
morte. O culto à vida e a busca pela eternidade eram aspectos fundamentais da religião
egípcia.

Durante a vida, os egípcios acreditavam na existência de diversos deuses e deusas que


controlavam os aspectos da natureza, da fertilidade e da proteção. Dessa forma, eram
realizados cultos e oferendas aos deuses, a fim de assegurar a proteção divina em suas vidas.

Na morte, os egípcios acreditavam que a vida continuava em outro plano. Para garantir
uma passagem segura para a vida após a morte, eram realizados rituais funerários e a
mumificação dos corpos. Os rituais incluíam a leitura de fórmulas mágicas e a deposição de
oferendas de alimentos, bebidas e objetos pessoais do falecido em seu túmulo.

A crença na vida após a morte era tão forte que os egípcios construíam tumbas
suntuosas para seus faraós e nobres, conhecidas como pirâmides. Nessas construções, eram
depositados tesouros, alimentos e objetos pessoais, a fim de garantir uma vida plena e
próspera na vida após a morte.
Os rituais de vida e morte eram considerados fundamentais para a manutenção da
ordem e da harmonia na sociedade egípcia. Eles permitiam a conexão entre o mundo dos
deuses e dos homens, a garantia da proteção divina e a busca pela eternidade da alma. Nem
sempre tais rituais eram feitos com seres humanos, já que animais também eram idolatrados
e os que eram considerados sagrados também sofriam o processo de mumificação.

Conhecimentos e artes
A arte egípcia foi profundamente
influenciada pela religião e pelos faraós, e tinha
como objetivo a glorificação dos deuses e da vida
dos líderes egípcios. A imagem apresentada é um
detalhe do trono de Tutancâmon, que retrata o
faraó com sua esposa Ankhsenamun à direita.
Essa obra foi criada por volta de 1327 a.C..

Os egípcios foram uma civilização antiga que desenvolveu conhecimentos importantes


em diversas áreas, como na matemática, estudo dos astros, química e saúde. Na área da
saúde, eles criaram tratamentos médicos, realizaram delicadas intervenções cirúrgicas e
trataram doenças. Outra técnica que os egípcios aperfeiçoaram foi a mumificação, que
consistia em preservar os corpos dos mortos para a vida após a morte. Além disso, eles
desenvolveram técnicas para lidar com problemas práticos, como o controle das inundações,
a construção de sistemas hidráulicos e a preparação da terra para a semeadura. Na arte, as
manifestações eram voltadas para a glorificação dos deuses e da vida dos faraós, com
destaque para a arquitetura e engenharia na construção de pirâmides e templos.

Escrita e escribas
O papiro era um dos
meios de comunicação mais
utilizado no Antigo Egito.

A escrita egípcia é uma das mais antigas formas de escrita no mundo e foi utilizada
pelos antigos egípcios durante milênios. A escrita hieroglífica egípcia era uma forma de
escrita pictográfica que utilizava imagens para representar objetos e ideias. Essas imagens
eram escritas em linhas horizontais ou verticais e podiam ser lidas da esquerda para a direita
ou da direita para a esquerda, dependendo do objeto representado.

A escrita hieroglífica era utilizada para escrever em papiros, paredes de templos,


tumbas e monumentos. Além da escrita hieroglífica, os egípcios desenvolveram outras
formas de escrita, como a escrita hierática e a demótica. A escrita hierática era uma forma
simplificada da escrita hieroglífica utilizada pelos escribas para escrever em papiros. A
escrita demótica, por sua vez, era uma forma ainda mais simplificada da escrita hierática
utilizada para escrever documentos do dia a dia.

A escrita egípcia foi uma ferramenta importante na preservação da história e cultura


egípcia. Graças à escrita, podemos hoje ler textos que nos fornecem informações valiosas
sobre a vida cotidiana, a religião, a política, a economia e a ciência dos antigos egípcios. A
escrita também permitiu a criação de importantes documentos legais, como contratos de
compra e venda, testamentos e tratados de paz.

Os escribas eram uma classe privilegiada no antigo Egito, responsáveis por dominar a
escrita hieroglífica e registrar informações importantes para o governo e para a religião. Eles
eram altamente valorizados pela sociedade, e o seu conhecimento era passado de geração em
geração.

Os escribas trabalhavam em diversas áreas, como o registro de impostos, a redação de


leis, a produção de textos religiosos e a correspondência entre governantes. Eles também
eram responsáveis por escrever os nomes dos faraós nas paredes dos templos e tumbas, bem
como descrever os acontecimentos mais importantes da vida dos reis.

Além de escrever, os escribas também tinham a função de realizar cálculos


matemáticos, como medir terras para a cobrança de impostos e calcular o volume de grãos
armazenados. Sua importância na sociedade egípcia era tamanha que muitas vezes eles eram
retratados nas paredes das tumbas, lado a lado com os faraós.

Vida cotidiana
A vida cotidiana no
Antigo Egito, para o cidadão
comum, era bastante simples

A vida cotidiana no Antigo Egito era bastante simples para a maioria da população,
que vivia em pequenas cabanas feitas de junco, madeira e barro. Essas casas eram
construídas em locais elevados para evitar as inundações e tempestades de areia. Os
camponeses possuíam poucos móveis e utensílios de cozinha e comiam com as mãos, já que
não havia talheres. A alimentação era baseada em pão, cebola, alho, favas, lentilhas,
rabanetes, pepinos e, às vezes, peixe, regada por cerveja não fermentada. As roupas eram
simples, com os homens e meninos vestindo apenas uma tanga e as mulheres usando uma
longa túnica. Já os ricos possuíam casas confortáveis e bem mobiliadas, com trajes mais
requintados e pesadas joias de ouro, prata e pedras semipreciosas. Além disso, os egípcios
tinham seus jogos e divertimentos, como pesca, caça, luta, natação e jogos de tabuleiro, entre
outros.

Legado

O antigo Egito deixou um legado duradouro para o Ocidente, que se estendeu por
séculos. Desde a arquitetura monumental das pirâmides e templos até a medicina avançada,
matemática e filosofia, os egípcios antigos influenciaram significativamente o
desenvolvimento da civilização ocidental. Um exemplo disso é a arquitetura, que teve um
impacto significativo na Europa e em outras partes do mundo. Os estilos arquitetônicos
egípcios, como as colunas e os entalhes em relevo, foram copiados e adaptados em muitas
outras culturas. As pirâmides, em particular, foram uma fonte de inspiração para muitas
outras construções monumentais, como o Coliseu Romano e a Catedral de Notre-Dame em
Paris.

A medicina egípcia também deixou um legado duradouro. Os médicos egípcios


antigos foram pioneiros em muitas áreas, como a cirurgia, e desenvolveram técnicas
avançadas de diagnóstico e tratamento. A ideia de que a doença era causada por causas
naturais e não por forças sobrenaturais foi um conceito revolucionário que influenciou o
desenvolvimento da medicina na Grécia antiga e além.

A matemática egípcia também foi muito avançada para a sua época, com o uso de
frações e números decimais, o sistema de numeração hieroglífica e o cálculo de áreas e
volumes. Esses conhecimentos foram amplamente utilizados em áreas como a astronomia e a
engenharia, e foram fundamentais para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia
ocidentais.

Por fim, a filosofia e a religião egípcia também deixaram uma marca indelével na
cultura ocidental. As ideias de vida após a morte, a moralidade e a ética foram influenciadas
pelas crenças egípcias, e ainda têm impacto na sociedade contemporânea. A arte egípcia, que
muitas vezes retrata cenas da vida após a morte, também influenciou a arte e a literatura
ocidentas.

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