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ORAÇÃO

Deus está levantando um exército de intercessores muito grande. Há um santo reboliço nos
arraiais de Deus em toda a Terra e grupos se mobilizam para intercederem cada vez mais.
E curiosamente, esse exército está encarnando o espírito de um guerreiro.
Queremos deixar muito claro que quando usamos o termo guerreiro de oração, não falamos
de uma organização ou um grupo, mas falamos de uma identidade.

O que é um guerreiro de oração?


É um combatente espiritual. Deus mesmo está conosco como um "poderoso guerreiro" (Jr.
20:11a). A palavra no hebraico aí, é gibbor. Ela aparece 159 vezes no Velho Testamento,
sendo a primeira em Gênesis 6:4. Significa: "poderoso; por implicação, guerreiro;
campeão, chefe, gigante, homem valoroso, valente, forte". O Dicionário Expositório de
Vine comenta: "No contexto de batalha, a palavra é melhor entendida para referir-se à
categoria de guerreiros. O gibbor é um guerreiro provado; especialmente quando usado em
combinação com chayil ("força")". (A versão revisada da JUERP traduz por "homens
valorosos" (Josué 1:14), enquanto a da SBB por "homem valente" e a Bíblia de Jerusalém
por "homens de guerra".)
"Davi, que se provou um guerreiro, atraiu "valentes" para seu bando enquanto era
perseguido por Saul (2 Sm. 23). Quando ele subiu ao trono como rei, esses homens se
tornaram parte do corpo militar de elite.
O rei simbolizava a força do reino. Ele tinha que liderar suas tropas em batalha, e como
comandante esperava-se que fosse um "herói" (1 Sm. 18:7). O rei é descrito como um
herói: "Cinge a espada no teu flanco, herói, cinge a tua glória e a tua majestade" (Sl. 45:3 -
SBB). A expectativa messiânica incluía a esperança de que o Messias fosse um "poderoso"
(Is. 9:6)". (Nas versões portuguesas traduz-se por Deus Forte).
"O Deus de Israel é um Deus poderoso, forte (Is. 10:21). Ele tem o poder de libertar: "O
Senhor teu Deus está no meio de ti, poderoso para salvar-te; Ele Se deleitará em ti com
alegria; renovar-te-á no Seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo" (Sf. 3:17). A tocante
confissão de Jeremias (32:17) ressalta o poder de Deus na criação (v.17) e na redenção (v.
18). A resposta à enfática pergunta "Quem é o Rei da glória", no Salmo 24, é: "O Senhor
forte e poderoso, o Senhor, poderoso nas batalhas" (v. 8).
A Septuaginta (versão grega do V.T.) dá as seguintes traduções: dunatos (poderoso, forte,
potente, capaz de governar) e ischuros (forte, poderoso, potente). A SBB dá estes sentidos:
"forte, valente, homem valoroso, guerreiro".
Há 487 referências no Velho Testamento a exército, sendo que cerca de 270 retratam um
dos nomes de Deus, Jeová Sabaoth, o Senhor dos Exércitos. Este é o último nome de Deus
que o Velho Testamento nos dá e aparece em dias de crise, quando o povo precisava de
uma intervenção dos exércitos do Altíssimo. A partir dos livros de Samuel, o nome
aparece, sendo mais freqüente nos Salmos e livros proféticos. A primeira referência está
em 1 Samuel 1:3, dizendo que Elcana e Ana subiam cada ano da sua cidade a Siló "a
adorar e a sacrificar ao Senhor dos Exércitos". A segunda menção é na súplica de Ana, a
favor de um filho: "E fez um voto dizendo: Senhor dos Exércitos, se benignamente
atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não
esqueceres, e lhe deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida..."
(1 Sm. 1:11).
Pelo que vemos, Samuel é o primeiro a registrar o nome de Jeová Sabaoth. Sua mãe o usa e
depois ele o faz, referindo-se à uma situação de guerra, diante de Saul: "Assim diz o
Senhor dos Exércitos: Castigarei a Amaleque pelo que fez a Israel; ter-se oposto a Israel no
caminho, quando este subia do Egito. Vai, pois, agora e fere a Amaleque, e destrói
totalmente a tudo o que tiver; nada lhe poupes..." (1 Sm. 15:2,3).
Ora, Amaleque é um símbolo de Satanás, que se opõe ao povo de Deus e tenta destruí-lo,
mas o Senhor disse a Moisés:
"Escreve isto para memória num livro, e repete-o a Josué; porque Eu hei de riscar
totalmente a memória de Amaleque de debaixo do Céu. E Moisés edificou um altar, e lhe
chamou: O Senhor é minha bandeira (Jeová Nissi). E disse: Porquanto o Senhor jurou,
haverá guerra do Senhor contra Amaleque de geração em geração" (Ex. 17:14-16) (Conf.
Dt. 25:15-19).
Jeová Sabaoth e Jeová Nissi, caminham juntos e são nomes de Deus que apontam para a
realidade de um confronto espiritual, de geração em geração, do povo de Deus na terra
contra Satanás. Mas não estamos sozinhos. O Senhor tem Suas hostes incontáveis de anjos,
que são Seus exércitos de guerreiros, trabalhando sempre a favor dos santos. E no meio das
batalhas Ele é nosso Nissi, nossa vitória, nossa bandeira. De fato Ele está conosco "como
poderoso guerreiro" (gibbor).

O cumprimento da Palavra
Vivemos dias proféticos, quando profecias milenares se cumprem diante dos nossos olhos.
Nunca a Igreja esteve tão consciente da realidade espiritual que influencia a vida terrena,
tanto no Reino de Deus quanto no de Satanás. Sentimos na carne o grande confronto entre
os poderes da luz e das trevas. Parece que o adversário reuniu todas as suas forças e
poderes malignos, para um golpe de desespero, tentando conquistar o que pode durante o
tempo que lhe resta. Por outro lado, os Céus se têm aberto e há um derramar do Espírito de
Deus e luzes são compartilhadas com os guerreiros do Senhor, que recebem as estratégias
de guerra para vencer o inimigo. Deus levanta hoje um exército de guerreiros espirituais a
quem equipa e dirige para saquear o inferno e povoar o Céu. A profecia de Joel, que se
refere aos tempos do fim, declara:
"O Senhor levanta a Sua voz diante do Seu exército (chayil); porque muitíssimo grande
(rab) é o Seu arraial; porque é poderoso quem executa as Suas ordens; sim, grande é o Dia
do Senhor" (Joel 2:11).
Chayil quer dizer uma força, exército, virtude, valor, capaz, grandes forças, poder, riqueza,
valente, virtuoso, digno.
Rab quer dizer "abundante (em quantidade, tamanho, idade, número, qualidade)". Isso
demonstra que Deus levanta um exército capaz, qualificado com Sua habilidade divina,
amadurecido, ousado, digno, virtuoso, possuidor de todos os recursos de toda ordem para
fazer a batalha, grande em número e poder. E agora a voz de comando se faz ouvir:
"Proclamai isto entre as nações, apregoai guerra santa; suscitai os valentes (gibbor);
cheguem-se, subam todos os homens de guerra. Forjai espadas das vossas relhas de arado,
e lanças das vossas podadeiras; diga o fraco: Eu sou forte (gibbor). Apressai-vos, e vinde,
todos os povos em redor, e congregai-vos; para ali, ó Senhor, faze descer os teus valentes
(gibbor) Joel 3:9-11)."
O Senhor dos Exércitos é um guerreiro (gibbor) e suscita os Seus guerreiros (gibbor) e até
mesmo o que se acha fraco diga: "Sou um guerreiro!"(gibbor) Ele tem os Seus valentes,
Seus guerreiros e os mobiliza para que sejam devidamente treinados e participem da
batalha final contra os poderes do inferno.
Ora, como o confronto é espiritual, o treinamento também o é. Portanto, temos vindo ao
longo dos últimos sete anos e meio instruindo o povo de Deus, em geral, e os intercessores,
em particular, na vida de comunhão com Ele e obediência à Sua Palavra, na dependência
do Espírito Santo e autoridade do Senhor Jesus, buscando conformar-se com Sua imagem.

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