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Revista FOCO.

ISSN: 1981-223X

AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE LOGÍSTICA REVERSA DE PNEUS


INSERVÍVEIS NO SUL DO AMAZONAS

Jonas Onis Pessoa1


Jonatan Onis Pessoa2

Resumo
O sistema de logística reversa é um importante instrumento voltado à mitigação da
problemática dos pneus inservíveis, visto que sua correta implementação propicia a coleta,
transporte e destinação ambientalmente adequada deste material. No entanto, embora previsto
na Resolução CONAMA 416/2009, a efetiva aplicação desse sistema ainda se configura em
um grande desafio para diversas cidades brasileiras. Neste contexto, o presente trabalho teve
como objetivo realizar uma avaliação sobre a logística reversa de pneus inservíveis em
Humaitá-AM a fim de contribuir para a formulação de futuras ações e políticas voltadas a
destinação ambientalmente correta desses resíduos no município. Para tanto, elaborou-se um
questionário com doze perguntas para os proprietários dos principais estabelecimentos do
ramo de pneus em Humaitá. Adicionalmente, foi elaborado um segundo questionário com sete
perguntas com a finalidade de analisar a percepção e posicionamento do Poder Público em
relação à temática da pesquisa. Os resultados apontaram que a maior parcela dos entrevistados
afirma não ter ciência da legislação dos pneumáticos e não realizam a prática da logística
reversa de pneus inservíveis em seus empreendimentos. O Poder Público, por sua vez, em
dissonância com a Resolução CONAMA 416/2009, realiza a coleta, o transporte e a
destinação inadequada dos pneus inservíveis. Portanto, os pneumáticos representam um
passivo ambiental em Humaitá-AM. Sendo assim, faz-se necessário a proposição e aplicação
de ações de conscientização e fiscalização acerca da Resolução CONAMA 416/2009 no
município.

Palavras-chave: Risco ambiental. Legislação. Saúde pública. Resíduos sólidos.

1
Mestre em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Possui
graduação em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM e
especialização em Perícia e Auditoria Ambiental pelo Centro Universitário Internacional - UNINTER
(2013).
2
Mestre em Engenharia Civil e Ambiental pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).
Possui graduação em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal do Amazonas – UFAM.
221
EVALUATION OF THE REVERSE LOGISTIC SYSTEM OF
INSECTIBLE TIRES IN SOUTHERN AMAZONAS

Abstract
The reverse logistics system is an important instrument aimed at mitigating the problem of
waste tires, since its correct implementation favors the collection, transportation and
environmentally adequate disposal of this material. However, although envisaged in
CONAMA Resolution 416/2009, the effective application of this system is still a major
challenge for several Brazilian cities. In this context, the present work had as objective to
perform an evaluation on the reverse logistics of waste tires in Humaitá-AM in order to
contribute to the formulation of future actions and policies aimed at the environmentally
correct destination of these wastes in the municipality. Therefore, a questionnaire with twelve
questions was elaborated for the owners of the main establishments of the tire branch in
Humaitá. Additionally, a second questionnaire with seven questions was elaborated with the
purpose of analyzing the perception and positioning of the Public Power in relation to the
thematic of the research. The results showed that the greater part of the respondents stated that
they were not aware of tire legislation and did not practice reverse logistics of waste tires in
their projects. The Public Power, in turn, in dissonance with CONAMA Resolution 416/2009,
performs the collection, transportation and improper disposal of waste tires. Therefore, the
tires represent an environmental liability in Humaitá-AM. Therefore, it is necessary to
propose and apply awareness and inspection actions regarding CONAMA Resolution
416/2009 in the municipality.

Keywords: Environmental risk. Legislation. Public health. Solid waste.

INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, a crescente geração de resíduos sólidos bem como a sua
inadequada disposição final tem se tornado uma das grandes preocupações da sociedade, visto
que o acúmulo desses materiais no meio tem resultado em uma série de danos sociais,
econômicos e ambientais ao ecossistema (CALDAS, 2007).
Dentre os diferentes tipos de materiais, os pneus têm ocupado papel de destaque no
âmbito das discussões relacionada à problemática dos resíduos sólidos (GARDIN et. al.,
2010). Segundo Greca e Morilha (2003), os pneus inservíveis constituem um passivo
ambiental, que resulta em sério risco ao meio ambiente e à saúde pública, tendo em vista suas
peculiaridades de durabilidade, quantidade, volume e peso.
A partir da constatação acerca dos riscos relacionados aos pneus inservíveis, tem-se
notado que diversas estratégias passaram a ser engendradas visando atenuar os seus efeitos
adversos. Neste sentido, destaca-se a promulgação da Resolução 416, de 30 de setembro de

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2009, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) que dispõe sobre a prevenção à
degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente
adequada, e dá outras providências.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei 12.305 de 2 de agosto de
2010, também se configura em outra importante ferramenta voltada a mitigar a problemática
dos pneus. A partir da publicação desta lei, todos fabricantes, importadores e comerciantes de
pneus, e outros materiais, passaram a ser obrigados a estruturar e implementar sistemas de
logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma
independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos.
É plausível afirmar que ambos instrumentos legais têm, em linhas gerais,
impulsionado uma maior discussão acerca dos pneus inservíveis e permitido relativos avanços
acerca deste tema no Brasil. Contudo, em grande parte do país, esse passivo ambiental ainda
representa uma série ameaça a qualidade do meio ambiente e à saúde pública.
Na cidade de Humaitá-AM, por exemplo, a ausência de um Plano Municipal de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos aliado ao significativo crescimento de sua frota de
veículos, e por conseguinte aumento do número de pneus no município, representa um sério
risco à salubridade ambiental e à saúde da população. De acordo com dados do Departamento
Nacional de Trânsito (DENATRAN), em dezembro de 2012 a frota de Humaitá-AM estava
estimada na ordem de 2743 veículos, sendo uma das mais expressivas do estado do
Amazonas.
Diante do exposto, o presente trabalho tem como objetivo realizar uma avaliação sobre
o sistema de logística reversa de pneus inservíveis em Humaitá-AM, indicando suas
principais características bem como seus desafios, e assim contribuir para a formulação de
futuras ações e políticas voltadas a destinação ambientalmente correta desses resíduos no
município. Dentro dessa perspectiva, o estudo contempla uma sistemática revisão teórica
sobre a importância da logística reversa, impactos, destinação e legislação de pneus
inservíveis; apresentação e discussão dos questionários aplicado nas revendas, borracharias e
órgão da Prefeitura de Humaitá com a finalidade de alcançar os objetivos traçados na pesquisa
e, por fim, expõe algumas considerações finais acerca da temática do trabalho.

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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1.1 IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA REVERSA

A logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social


caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a
coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu
ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada
(BRASIL, 2009).
Devido à constatação dos efeitos adversos dos resíduos sólidos no meio ambiente, à
crescente conscientização ecológica da sociedade e aumento do rigor da legislação ambiental,
a logística reversa hoje não é mais vista como uma técnica geradora de custos e sim, como um
diferencial competitivo para empresas, pois agrega valor a imagem da organização e pode
reduzir seus gastos econômicos (AGUIAR; FURTADO, 2010).
Sob o ponto de vista econômico, Lacerda (2002) afirma que os processos de logística
reversa têm trazido retornos paras as empresas. O reaproveitamento de materiais e a economia
com embalagens retornáveis têm trazido ganhos que estimulam cada vez mais novas
iniciativas e esforços em desenvolvimento e melhorias nos processos de logísticas reversas.
Como exemplo disso, Aguiar & Furtado (2010), cita o caso dos pneus inservíveis, cujas fibras
de borracha serve como matéria-prima na reconstrução de asfalto, além de outros
aproveitamentos que serão discutidos em um dos tópicos deste trabalho. Outro ponto também
de grande importância na logística reversa é a economia que ela traz para as empresas que
substituem suas matérias-primas virgens por matérias-primas recicladas, dessa forma ganham
com a obtenção dos preços mais baixos.
Em termos ecológicos, Aguiar e Furtado (2010) enfatizam que a logística reversa
também tem sua importância, pois através dela os produtos usados são encaminhados para
destinos corretos aumentando assim o tempo de uso dos aterros sanitários e diminuindo
também a poluição que os produtos causam ao não voltarem ao ciclo produtivo. Com isso, as
empresas que aplicam à logística reversa além de ganharem economicamente também ganham
na parte social, pois agregam valor a sua imagem ao adotarem essa estratégia. Vale a pena
ressaltar também que a logística reversa representa para empresa uma parcela importante na
busca da implantação da NBR ISO 14000, onde a empresa para conseguir a certificação deve
dar uma destinação adequada aos resíduos gerados por ela e para isso ela utiliza os processos
da logística reversa.

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1.2 IMPACTOS DOS PNEUS INSERVÍVEIS NO MEIO AMBIENTE

O pneu possui papel fundamental e indiscutível na vida diária das pessoas, tanto no
transporte de passageiros como no transporte de cargas. Esse papel torna-se ainda mais
importante nos países em desenvolvimento, como o Brasil, onde o transporte de bens é feito,
em sua grande maioria, por caminhões e carretas (SPECHT, 2004). No entanto, o pneu
também pode desencadear uma série de efeitos adversos no ecossistema quando o mesmo é
considerado inservível e não recebe uma destinação final ambientalmente correta.
Segundo o CONAMA (2009), os pneus inservíveis são aqueles que apresentam danos
irreparáveis em sua estrutura não se prestando mais à rodagem ou à reforma. Em relação aos
impactos ambientais dos pneus, Nohara e outros (2006) destacam que, mesmo classificados
no grupo de resíduos inertes – os que, em tese, representariam menor grau de periculosidade
ambiental – os pneus ocupam papel de destaque na discussão dos seus impactos reais sobre o
meio ambiente e a sobre saúde pública.
De acordo com Spreafico e outros (2012), apesar de proibido por lei, o descarte
indiscriminado de pneus na natureza ainda é recorrente no Brasil. A prática é comum,
principalmente em grandes centros urbanos que não cresceram de forma planejada e
ordenada. Nestes locais, por falta de infraestrutura ou mesmo instruções à população, os
pneus são jogados em lixões, aterros, lagos, rios e córregos, causando impactos negativos ao
meio ambiente, tais como contaminação do solo, através de liberação de substancias tóxicas,
enchentes e em alguns casos, surgimento de doenças, tais como a dengue e leptospirose.
De acordo com Souza (2009) a queima dos pneus também representa uma ameaça de
contaminação ao solo e aos lençóis freáticos, uma vez que os produtos químicos tóxicos e os
metais pesados liberados pelo pneu em sua combustão podem durar até 100 anos no meio
ambiente. Muitas vezes os pneus são jogados em córregos, lagos ou rios, o que provoca a
diminuição da calha desses locais que consequentemente ficam mais passíveis a enchentes,
causando inundações às vias e residências próximas, além das doenças eminentes a este tipo
de situação. Adicionalmente, a queima de pneus sem nenhum tipo de tratamento ou filtro da
fumaça emitida que libera substâncias altamente tóxicas, que podem representar riscos de
mortalidade prematura, deterioração das funções pulmonares, problemas do coração,
depressão do sistema nervoso e central.
Outra grande preocupação acerca dos pneus inservíveis refere-se à sua disposição em
aterros sanitários. Souza (2009) afirma que essa prática não é recomendada devido a forma e

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composição, dificuldade de compactação decomposição e redução na vida útil do aterro. Os
pneus podem reter ar e gases em seu interior, fazendo com que o pneu tenda a ir para a
superfície do aterro (como um balão) quebrando, assim, a camada de cobertura. Com uma
rachadura nessa camada, os resíduos se tornam expostos, novamente atraindo insetos,
roedores e pássaros, e permitem que os gases escapem sem controle. Além disso, o pneu é um
caminho, também, para que a água das chuvas entre, produzindo uma quantidade maior de
chorume.

1.3 DESTINAÇÃO FINAL DOS PNEUS INSERVÍVEIS

Indubitavelmente, um dos maiores desafios relacionados à problemática dos pneus


inservíveis refere-se a sua destinação final, pois uma significativa parcela desses resíduos
ainda é disposta inadequadamente no ecossistema e representam um sério risco ao meio
ambiente e à saúde pública. No entanto, devido à maior conscientização ambiental e por força
da legislação, tem-se observado o surgimento de diversas alternativas que buscam dar uma
melhor destinação final aos pneumáticos e mitigar os passivos ambientais relacionados a esse
tipo de resíduo.
Dentre a ampla variedade de opções de disposição final de pneus que estão sendo
propostas atualmente, destaca-se: coprocessamento na indústria cimenteira (combustível),
desvulcanização ou regeneração de borracha de pneus, artefatos e artesanatos de borracha,
contenção e proteção de encostas, pneus na construção civil e asfalto borracha (MATTIOLI et.
al., 2009).
O coprocessamento é a técnica que permite a queima de resíduos em fornos de
cimento mediante dois critérios básicos: reaproveitamento de energia, para que o material seja
utilizado como substituto do combustível, ou reaproveitado como substituto de matéria-prima,
de forma que o resíduo a ser eliminado apresente características similares às dos componentes
normalmente empregado na produção do clínquer (RIBEIRO, 2005). O pneu inservível,
devido ao seu elevado poder calorífico, semelhante ao do coque de petróleo e superior ao do
carvão, é utilizado nas cimenteiras como combustível alternativo ao coque de petróleo e
carvão mineral.
A utilização dos pneus inservíveis nos fornos das cimenteiras oferece as seguintes
vantagens: elimina totalmente o pneu descartado; não produz resíduo; utiliza grandes volumes
de pneus descartados; conserva os recursos naturais de combustível fóssil; não requer nenhum
pré-processo; sua queima produz menos emissões do que a queima do carvão e possui amparo

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legal (CIMINO, 2004; KAMIMURA, 2002). Por outro lado, Mattioli e outros (2009)
destacam que em alguns casos, faz-se necessário o controle de eventuais emissões de
poluentes atmosféricos, o que muitas das vezes é apresentado como uma desvantagem dessa
técnica.
Outra alternativa de destinação final dos pneus inservíveis é a desvulcanização,
também conhecida como regeneração. Neste processo a borracha é separada dos demais
componentes e desvulcanizada, passando por modificações que a torna mais plástica e apta a
receber nova vulcanização, mas sem as mesmas propriedades da borracha crua. (OLIVEIRA;
CASTRO, 2007).
Os produtos do processo de desvulcanização podem ser reaproveitado para a produção
de novos artefatos – tapetes, pisos industriais, quadras esportivas, sinalizadores de trânsito,
rodízios para móveis, rodos domésticos, tiras para indústria de estofados, câmaras de ar etc.
(BONENTE, 2005). Mattioli e outros (2009) enfatizam que a produção de artefatos de
borracha por meio dos pneumáticos inservíveis é cada vez maior no Brasil e tem como
vantagens a destinação adequada aliada à inclusão social e geração de renda.
Conforme visto acima, várias são as possibilidades de destinação de pneus inservíveis,
no entanto para Oliveira e Castro (2007) a solução mais promissora para os pneus inservíveis
é fazer o pneu velho voltar para as estradas. Mas sob a forma de asfalto. Os pesquisadores
descobriram que era possível adicionar à composição asfáltica um percentual de borracha de
pneu triturada. A medida aumenta em mais do que o dobro a durabilidade do asfalto. Os
fabricantes do asfalto-borracha prometem ainda outros benefícios, como uma maior aderência
e a redução sensível dos ruídos de atrito. Apesar de ter preço de mercado 30% acima do
convencional, o asfalto-borracha, segundo seus fabricantes, vale o investimento, porque chega
a durar até três vezes mais, dependendo das condições climáticas e da carga de tráfego nas
rodovias.

1.4 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL APLICADA AOS PNEUS INSERVÍVEIS

A preservação do meio ambiente, no Brasil e no mundo, tornou-se um tema


amplamente debatido em todos os meios, devido a crescente degradação ambiental. O
governo tem buscado punir as práticas das empresas que apresentam impactos ambientais
negativos. Nesse sentido, a legislação ambiental está se tornando cada vez mais rigorosa,
garantindo que normas sejam obedecidas em prol da preservação ambiental (SANTOS et. al.,

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2013). No âmbito da problemática dos pneumáticos, destaca-se que no final dos anos 90, mais
especificamente em 1999, foi publicada a resolução do CONAMA que introduziu o princípio
da responsabilidade do produtor e do importador pela destinação final ambientalmente
adequada de pneus. Em 1999 foi aprovada a Resolução nº 258/99 do CONAMA (Conselho
Nacional do Meio Ambiente) que instituiu a responsabilidade do produtor e do importador
pelo ciclo total do produto, ou seja, a coleta, o transporte e a disposição final. Desde 2002 os
fabricantes e importadores de pneus devem coletar e dar a destinação final para os pneus
usados. Os distribuidores, revendedores, reformadores e consumidores finais são
corresponsáveis pela coleta dos pneus servíveis e inservíveis, os quais devem colaborar com a
coleta (PARRA et. al., 2010).
Evidentemente, a promulgação de uma legislação específica representou um
significativo avanço na tentativa de mitigar os efeitos adversos dos pneus no Brasil. No
entanto, a partir deste ponto, reconheceu-se também que algumas lacunas ainda deveriam ser
preenchidas. Por essa razão, a Resolução CONAMA nº 258/99 entrou em revisão em 2006
pelo IBAMA e em setembro de 2009 foi aprovada a Resolução CONAMA nº 416/09,
substituindo a resolução anterior (BRASIL, 2009).
Conforme ressaltado por Parra et. al. (2010), a Resolução CONAMA nº 416/09 tem
como base a Resolução CONAMA nº 258/99, porém com algumas alterações e acréscimos,
para uma melhor destinação, pontos de coleta e centrais de armazenamento que tem como
responsáveis os próprios fabricantes e importadores, visando uma melhor logística da
destinação.
Além da abordagem direta acerca da instalação obrigatória de pontos de coleta de
pneus em municípios com mais de cem mil habitantes, Silva Filho (2010), apud Brasil (2009)
considera como um avanço no setor a logística reversa, a responsabilidade compartilhada e o
princípio da hierarquia na gestão. Por outro lado, o autor, cita como negativo o fato da lei não
indicar as fontes de recursos para custear as mudanças, nem aponta as linhas de
financiamento, benefícios econômicos e fiscais para o setor. Ainda de acordo com o autor,
deve-se realizar um detalhamento para a implementação da logística reversa na prática,
responsabilidade compartilhada e os acordos setoriais.

2 METODOLOGIA

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O processo de logística reversa de pneus inservíveis engloba diversos segmentos da


sociedade. Sendo assim, uma das primeiras etapas do presente trabalho constitui-se em
realizar o levantamento dos principais agentes envolvidos no sistema de logística reversa de
pneumáticos em Humaitá-AM: revendedoras, borracharias e demais distribuidores de pneus e
adicionalmente a Prefeitura do município, representada pela sua Secretaria Municipal de Meio
Ambiente e Turismo (SEMATUR).
A partir da etapa anterior, foi elaborado um questionário contendo doze perguntas a
fim de realizar um diagnóstico do sistema de logística reversa em quatorze dos principais
estabelecimentos do ramo de pneus (revendedoras, borracharias e outros distribuidores)
presentes em Humaitá-AM. Neste questionário abordou-se os assuntos relacionadas ao
armazenamento, coleta, transporte, destinação, impactos e orientações referente aos
pneumáticos. Além disso, foi elaborado um questionário com sete perguntas para a Secretaria
Municipal de Meio Ambiente e Turismo do município com a finalidade de analisar a
percepção e posicionamento do Poder Público em relação à temática da pesquisa.
Para fins de análise dos resultados obtidos neste trabalho, todas as respostas, de ambos
os questionários, foram discutidas tendo por base a legislação ambiental e trabalhos
encontrados na literatura relacionados aos resíduos sólidos e, em especial, aos pneumáticos.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1 COLETA E ARMAZENAMENTO DE PNEUS INSERVÍVEIS

O primeiro tópico abordado no questionário diz respeito a coleta e forma de


armazenamento de pneus inservíveis nas borracharias e demais pontos de revendas deste
resíduo. Em relação ao primeiro item deste tópico, observou-se que 50% (cinquenta por
cento) dos estabelecimentos pesquisados recebem pneus inservíveis enquanto os demais 50%
(cinquenta por cento) não realizam essa atividade. No que tange a coleta de pneumáticos, o
primeiro parágrafo do art. 1 da Resolução CONAMA 416/2009 ressalta que os distribuidores,
os revendedores, os destinadores, os consumidores finais de pneus e o Poder Público deverão,
em articulação com os fabricantes e importadores, implementar os procedimentos para a
coleta dos pneus inservíveis existentes no País. Sendo assim, nota-se que metade dos
entrevistados ainda estão em dissonância com os aspectos legais exposto anteriormente.

229
A respeito do armazenamento de pneus inservíveis, o artigo 10 da Resolução
CONAMA 416/2009 apregoa que o armazenamento temporário deste resíduo deve garantir as
condições necessárias à prevenção dos danos ambientais e de saúde pública. Segundo dados
da pesquisa, os pneus inservíveis, após serem o recolhidos por parte dos proprietários dos
estabelecimentos, são dispostos no pátio ou em depósito coberto e arejado até o momento do
seu recolhimento pelos caminhões da Prefeitura. Salienta-se que o adequado armazenamento
dos pneus é de extrema importância, visto que esse material pode servir de abrigo para
procriação de vetores de inúmeras doenças, tais como a dengue e a leptospirose, por exemplo
(SANTOS et. al., 2002; MANO et. al., 2005; SOUZA, 2009; PARRA et. al., 2010).
Conforme observado anteriormente, não são todos os estabelecimentos que dispõe de
um lugar adequado para armazenar os pneumáticos. Uma parte dos entrevistados afirmam que
dispõe os pneus inservíveis na calçada para posterior coleta dos mesmo pela prefeitura.
Acerca dessa prática, Spreafico e outros (2012) destacam que o armazenamento dos pneus
inservíveis junto à calçada não é correto, pois ocasiona poluição visual podendo acarretar
acidentes por obstrução das ruas, avenidas e passeio, e bem como nos períodos de chuvas
criarem mosquitos da dengue, endemia local.
Tendo em vista a importância da coleta de pneus inservíveis dentro do sistema de
logística reversa, buscou-se avaliar junto aos entrevistados o seu grau de disponibilidade
quanto à questão do recebimento voluntário dos pneus inservíveis em seus estabelecimentos.
Cerca de 62,28% (sessenta e quatro vírgula vinte e oito por cento) dos pontos de comércio de
pneumáticos afirmaram que se um consumir se propor a devolver um pneus inservíveis no seu
ponto receberia o material espontaneamente. Por outro lado, os demais 35,72% (trinta e cinco
vírgula setenta e dois por cento) dos entrevistados declaram que não aceitaria os pneus
inservíveis em seu empreendimento e indicaria outro local para seus clientes acondicionar
temporariamente esse resíduo.
Uma das razões mais citadas pelos proprietários para justificar sua indisponibilidade
quanto ao recebimento espontâneo de pneus inservíveis refere-se a falta de um local adequado
para essa finalidade. Neste mesmo sentido, Spreafico e outros (2012) ao realizar um
diagnóstico da logística reversa de pneus inservíveis na região norte do Ceará também
observaram que grande parte das borracharias e demais pontos de revendas de pneumáticos
não dispunham de um local próprio para armazenar provisoriamente os pneus inservíveis e,
portanto, não realizavam a disposição voluntária destes resíduos nos estabelecimentos. A
partir desta constatação nota-se que uma parcela dos comerciantes de pneus ainda não se
considera parte integrante do sistema logística reversa dos pneumáticos comercializados. Esse

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posicionamento por parte deste grupo de entrevistados é preocupante, visto que o


armazenamento de pneus é uma das etapas iniciais da logística reversa, e a sua não
consolidação pode comprometer seriamente todas demais etapas subsequentes deste sistema.
Ainda em relação a coleta de pneus inservíveis observou-se que 85,71% (oitenta e
cinco vírgula setenta e um por cento) dos entrevistados afirmaram que não realizam qualquer
tipo de políticas a fim de estimular os consumidores a devolver os pneus inservíveis nos seus
respectivos estabelecimentos. Esse resultado possivelmente está associado ao fato dos pontos
de comercialização ainda não dispor de um local apropriado para realizar as coletas dos pneus
inservíveis, o que, por sua vez, seja um reflexo da falta de informação por parte dos
comerciantes acerca da temática logística reversa de pneumáticos.
De modo diferente ao verificado neste trabalho, Aguiar e Furtado (2010) ao realizar
um estudo sobre a aplicação da logística reversa nas revendas de pneus em Fortaleza
observaram que a maioria das empresas tentam de alguma forma conscientizar os clientes a
deixarem nas lojas os pneus usados para que elas possam dar uma destinação correta.
Segundo esses autores, essa conscientização ocorre de forma sutil, para não afastar os clientes
e nem para que eles achem que a revenda se beneficia economicamente com a devolução do
pneu usado.
O art. 8, da Resolução CONAMA 416/2009, destaca que os fabricantes e os
importadores de pneus novos, de forma compartilhada ou isoladamente, deverão implementar
pontos de coleta de pneus usados, podendo envolver os pontos de comercialização de pneus,
os municípios, borracheiros e outros. No primeiro parágrafo deste artigo está previsto também
que os fabricantes e os importadores e pneus novos deverão implementar, nos municípios
acima de 100.000 (cem mil) habitantes, ao menos um ponto de coleta no prazo máximo de até
1 (um ano), a partir da publicação da Resolução CONAMA 416/2009. Sabe-se que, de acordo
com o último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística realizado
em 2010, a população de Humaitá-AM está estimada na ordem de 44.116 habitantes.
No entanto, deve-se salientar que mesmo com uma população abaixo de cem mil
habitantes, a cidade de Humaitá não está eximida de realizar a coleta de seus pneus
inservíveis. Neste sentido, vale a pena ressaltar o segundo parágrafo do art. 8 da Resolução
CONAMA 416/2009, o qual elucida que os municípios onde não houver ponto de coleta serão
atendidos pelos fabricantes e importadores através de sistemas locais e regionais apresentados
no Plano de Gerenciamento de Coleta, Armazenamento e Destinação de Pneus Inservíveis
(PGP). Até o presente momento, não há informações sobre a implementação do PGP em

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Humaitá, o que torna a questão dos pneus inservíveis um passivo ambiental recorrente no
município.

3.2 TRANSPORTE, DESTINAÇÃO E IMPACTOS DOS PNEUS INSERVÍVEIS

A destinação dos pneus inservíveis deve ser realizada de modo a evitar danos ou riscos
à saúde pública e à segurança bem como deve priorizar a mitigação dos impactos ambientais
adversos. Paradoxalmente, segundo dados obtidos neste trabalho, cerca de 57,14% (cinquenta
e sete e quatorze por cento) dos entrevistados disponibilizam seus resíduos pneumáticos para
ser coletado pela Prefeitura de Humaitá e posteriormente serem transportados e dispostos no
lixão municipal. Esse cenário representa um sério risco à saúde pública e ao meio ambiente,
pois pode favorecer o surgimento e proliferação de doenças e causar a poluição da água, o ar e
solo (MANO et. al., 2005; SOUZA, 2009).
Com relação a destinação dos pneus inservíveis nos demais estabelecimentos
analisados, constatou-se que cerca de 7, 14% (sete vírgula quatorze por cento) dos
entrevistados afirmam realizar a recapagem, outros 7, 14% (sete vírgula quatorze por cento)
asseguram que uma parte do resíduo é coletado pela prefeitura e a outra é destinada a defesa
de embarcações. A opção de dispor os pneus inservíveis sob uma cobertura de solo ou a
queima do mesmo foi relatada por outra 7, 14% (sete vírgula quatorze por cento) e 21,42%
(vinte e um vírgula quarenta e dois por cento) relatam não ter conhecimento sobre destinação
dos pneus comercializados em seus pontos.
Conforme pode ser constatado acima, as principais estratégias de destinação final dos
pneus inservíveis observadas em Humaitá não são compatíveis com as diretrizes gerais
preconizadas na Resolução CONAMA 416/2009, visto que essas formas de disposição final
não inibem, por exemplo, o abandono ou lançamento dos pneus em corpos d’água, terrenos
baldios ou alagadiços, a disposição em aterros sanitários e a sua queima a céu aberto.
Ressalta-se que todas as últimas formas de disposição final dos pneus inservíveis citadas
anteriormente são vetadas no art. 15 da Resolução CONAMA 416/2009.
Ao realizar uma análise sobre as tecnologias de destinação final de pneus inservíveis
praticadas pelas principais empresas do Brasil e que são citadas no Relatório de Pneumáticos
do IBAMA, percebe-se que praticamente nenhuma dessas medidas é realizada no município
de Humaitá (IBAMA, 2012). Sabe-se que tais tecnologias são amplamente aceitas pelos
órgãos ambientais competentes ao passo que as práticas de disposição final de pneus
inservíveis verificadas em Humaitá não estão em conformidade com a Resolução CONAMA

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416/2009. Sendo assim, nota-se que essa temática ainda necessita avançar bastante no sentido
de garantir uma destinação final ambientalmente correta dos pneumáticos em Humaitá-AM.
Durante a pesquisa foi possível evidenciar que a maioria (64,29%) dos
consumidores/clientes finais de pneus não questionam acerca da destinação final deste
material. Somente 35,71% (trinta e cinco vírgula setenta e um por cento) dos consumidores
realizam algum questionamento sobre a questão da disposição final dos pneumáticos
comercializados nos pontos de revenda. Notou-se também que todos os revendedores de
pneus têm ciência sobre pelo ao menos um dos efeitos adversos deste material. Os principais
impactos negativos apontados pelos revendedores foram o aumento da poluição do meio
ambiente, surgimento e proliferação da dengue, abrigo para roedores e vetores de doenças e
obstrução de parte do sistema de drenagem urbana (boca de lobo). A partir do exposto acima,
é possível observar que, embora essa temática seja de extrema importância para a sociedade, a
população e os comerciantes ainda não estão devidamente sensibilizados e conscientes para
participar adequadamente do sistema de logística reversa de pneus. Diante disso, faz-se
necessário uma melhor orientação entre os diferentes segmentos envolvidos nesta temática.

3.3 ORIENTAÇÕES SOBRE O SISTEMA DE LOGÍSTICA REVERSA DE PNEUS

A implantação de qualquer tipo de sistema deve ser precedida por um adequado


trabalho de orientação que garanta sua correta execução. No contexto dos pneumáticos, a
Resolução CONAMA 416/2009 preconiza que os fabricantes e importadores de pneus
deverão realizar programas educativos a serem desenvolvidos juntos aos agentes envolvidos
e, principalmente, junto aos consumidores a fim de nortear as etapas que compreende desde a
coleta até a destinação final dos pneus.
No entanto, dados da pesquisa revelam que, de um modo geral, os entrevistados ainda
não estão devidamente orientados acerca do sistema de logística reversa de pneus inservíveis
em Humaitá-AM. Neste sentido, destaca-se, por exemplo, que a maioria dos entrevistados
(78,57%) não recebem do fabricante ou importador qualquer tipo de informação sobre a
correta destinação dos pneus inservíveis. Apenas 21,43% (vinte um vírgula quarenta e três por
cento) dos entrevistados afirmam receber do fabricante algum tipo de orientação acerca da
disposição dos resíduos pneumáticos.
A partir do presente estudo observou-se também que dos quatorze entrevistados,
somente três tem conhecimento de alguma legislação relacionada aos pneus enquanto os

233
demais onze entrevistados afirmam não ter ciência de nenhum instrumento legal referente aos
pneumáticos. Outro dado importante notado nesta pesquisa refere-se à ausência de orientação
por parte do Poder Público. Segundo informações da Secretaria Municipal de Meio Ambiente
e Turismo (SEMATUR) de Humaitá, a Prefeitura não realiza ações específicas voltadas à
conscientização para a destinação correta dos pneus inservíveis. Sabe-se que o dever de
estruturar e implementar a logística reversa cabe aos fabricantes e importadores de
pneumáticos. Entretanto, é importante destacar que as ações de educação ambiental por parte
do Poder Público sobre essa temática poderiam contribuir bastante para mitigar os efeitos
adversos dos pneus na cidade de Humaitá. Além disso, a atuação do Poder Público
fortaleceria algumas campanhas importantes relacionadas à questão dos pneumáticos, tais
como a campanha da Vigilância Sanitária contra a dengue.

CONCLUSÃO

Embora a logística reversa represente uma importante ferramenta capaz de contribuir


para mitigação da problemática dos pneus inservíveis, sua prática ainda não é efetivamente
observada na cidade de Humaitá-AM. A maior parcela dos entrevistados afirmam não ter
ciência da legislação dos pneumáticos e não realizam a aplicam a logística reversa de pneus
inservíveis em seus empreendimentos. O Poder Público, por sua vez, em dissonância com a
Resolução CONAMA 416/2009, realiza a coleta, o transporte e a destinação inadequada dos
pneus inservíveis. Sendo assim, os pneumáticos representam um passivo ambiental e sério
risco à saúde e ao meio ambiente em Humaitá. Diante disto, faz-se necessário a proposição e
aplicação de ações de conscientização e fiscalização sobre a aplicação da Resolução
CONAMA 416/2009.

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