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SINOPSE DO CASE: SISTEMA CARDIOVASCULAR: Como é afetado pelo

Sedentarismo1

Roberth Cleydson Martins Coelho Junior2


Jacqueline Maria Maranhao Pinto Lima3

1. DESCRIÇÃO DO CASO
Um paciente foi encaminhado ao pronto socorro, após analisar o prontuário e
conversar com o seu médico, revelou-se que tinha 45 anos, era obeso, ex-atleta de
judô, atualmente sedentário, profissão médico com execução de 10 horas de trabalho
interrupto/dia, estresse, com frequentes crises de hipertensão, dislipidemia e
ansiedade. Após realizar sua jornada de trabalho no turno matutino, referiu cefaleia
forte, tontura e sudorese. foi examinado, com pico hipertensivo, apresentando
inúmeras cáries dentárias, disúria e teve diagnóstico de infarto agudo do miocárdio.

2. IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DO CASO


2.1. Descrição das decisões possíveis
Sabemos que os homens foram nômades e caçadores-coletores durante
milhares de anos de evolução. Nos últimos tempos houve uma redução drástica e
repentina da quantidade de atividade física na vida diária, comparado com nossos
antepassados, que passavam o dia procurando alimento e fugindo do perigo, hoje não
precisamos nem ir até o restaurante ou supermercado, se resolve tudo por um
smartphone, e quando precisa se locomover ainda utiliza-se um automóvel.
Fora muitas outras comodidades que nos foram dadas com a tecnologia,
mas nosso corpo não foi adaptado para esse tipo de estilo de vida sedentário e

1 Sinopse do Case apresentado à disciplina de Anatomofisiologia da Unidade de Ensino Superior


Dom Bosco – UNDB
2 Aluno do 1° período do curso de Odontologia da UNDB

3 Professora e Orientadora.
moderno ainda, e assim acaba acarretando diversas patologias em quem se
acomoda.
A mais comum é um sistema cardiovascular menos eficiente, já que a atividade
física regular é crucial para manter a saúde do coração promovendo a circulação
sanguínea adequada, fortalecendo o musculo cardíaco e controlando a pressão
arterial. A inatividade pode contribuir para o acúmulo de placas nas artérias
(Aterosclerose) aumentando o risco de um possível ataque cardíaco e derrames.
Com a falta de exercícios não terá o gasto calórico, e nesse desequilíbrio
consumo calórico e gasto energético com o tempo vai se acumulando cada vez mais
gordura no corpo e caso não tenha uma alimentação balanceada pode acabar se
tornando obeso, que foi outro imbróglio que o paciente em questão apresentava, e a
obesidade é uma doença multifatorial, ou seja, que acaba gerando outras patologias,
como a sudorese excessiva pelo esforço que o coração tem para bombear o sangue,
a prevalência de hipertensão em obesos é algo que já se tem confirmado na literatura
e é duas vezes maior a chance de ter um infarto do que uma pessoa regulamente
ativa.
Não foi encontrado nenhum estudo em que se confirme a ligação entre a carie
dentaria com problemas cardiovasculares, essa pode ser mais uma doença que se
originou da obesidade do paciente que poderia ter uma dieta rica em açúcares, mas
existe estudos que indicam que a periodontite, inflamação que afeta os tecidos de
suporte dos dentes ou gengiva, possui uma bactéria Porphyromonas gingivalis pode
resultar em formação de placa aterosclerótica na artéria aorta e desenvolver para um
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), mostrando a importância de ter uma saúde bucal e
que a odontologia não se limita somente a dentes, sendo importante até para prevenir
um acidente cardiovascular.
Uma coisa fundamental para nossa sobrevivência é ter o coração batendo e
isso deve-se bastante ao ciclo cardíaco, é caracterizado pelos eventos relacionados
ao fluxo e pressão sanguínea que ocorrem desde o início de um batimento cardíaco
até o próximo batimento. Sendo que o coração possui 4 câmaras, sendo dois átrios e
dois ventrículos, que serão mais explicados mais a frente, e possui dois movimentos
principais, sendo o relaxamento para encher de sangue, denominada diástole, e
depois uma contração que vai ejetar esse sangue, chamada de sístole.
Agora será explicado mais a fundo as estruturas topográficas do coração, tanto
a parte externa quanto a interna, começando pela parte interna, como foi dito
anteriormente, possuímos dois átrios (câmaras superiores) e dois ventrículos
(câmaras inferiores e mais fortes), mas possuem funções diferentes um do outro, e
muitos médicos até dizem que temos um coração direito e esquerdo, a passagem do
sangue pelo coração inicia-se pelo átrio direito que recebe o sangue desoxigenado ou
venoso do corpo pelas veias e depois de passar pela válvula tricúspide o sangue vai
para o ventrículo direito que vai fazer o papel de ejetar esse sangue pela artéria
pulmonar (única artéria que transporta sangue venoso) para realizar a hematose nos
alvéolos pulmonares, e oxigenar esse sangue, mas ainda não acabou, depois retorna
pela veia pulmonar e ‘’deságua’’ no átrio esquerdo onde vai contrair para o ventrículo
esquerdo e vai enviar esse sangue até a artéria aorta que vai distribuir esse sangue
oxigenado para o corpo com entrega de oxigênio e nutriente aos tecidos e depois
passa pelas capilares tornando esse sangue venoso novamente que vai retornar para
o coração por veias e reiniciar o processo.
Já a parte externa possui 3 camadas que serão explicadas na ordem dentro
para fora, a mais interna é o endocárdio que reveste as camaras do coração, átrios e
ventrículos, e tem uma superfície lisa para facilitar o fluxo sanguíneo, logo depois
temos a parte contrátil que é o musculo cardíaco miocárdio, responsável pelas
contrações que impulsionam o sangue e parte vital para um bombeamento eficiente,
e a parte mais externa é o pericárdio um saco membranoso que reveste e protege o
coração, e além disso na parte externa do coração é rodeado de grandes vasos
sanguíneos, artérias e veias que são importantíssimas para um bom funcionamento
do corpo e circulação sanguínea.
O débito cardíaco consiste em uma medida para verificar a quantidade de
sangue que o coração bombeia por minuto para o sistema circulatório. Ele é o produto
da frequência cardíaca (número de batimentos por minuto) pelo volume sistólico
(quantidade de sangue bombeada a cada contração cardíaca). Ou seja, débito
cardíaco = frequência cardíaca x volume sistólico. Este é um importante indicador da
eficiência do coração em fornecer sangue ao corpo. Fatores como atividade física,
necessidades metabólicas e condições de saúde influenciam o débito cardíaco.
Já estamos cansados de ver a importância de ter um estilo de vida saudável, é
até hoje a melhor forma de se prevenir de um acidente cardiovascular, praticando
exercícios regulares, com uma alimentação saudável e balanceada tendo um controle
sobre o peso, consequentemente ficando com um colesterol e pressão nos eixos, além
de inúmeros benefícios físicos e mentais, tal como diminuição do estresse e uma
sensação de bem-estar consigo mesmo, por isso cada vez mais importante a
divulgação da informação e repressão de hábitos maléficos a saúde como tabagismo,
sedentarismo e o álcool. E sermos exemplos de uma vida saudável e incentivando as
pessoas que convivemos para no futuro sermos recompensados com uma boa saúde.

2.2. Argumentos capazes de fundamentar cada decisão


O exercício físico realizado regularmente provoca importantes adaptações
autonômicas e hemodinâmicas que vão influenciar o sistema cardiovascular, com o
objetivo de manter a homeostasia celular diante do incremento das demandas
metabólicas. Há aumento no débito cardíaco, redistribuição no fluxo sanguíneo e
elevação da perfusão circulatória para os músculos em atividade (Monteiro e Sobral
Filho, 2004)
Dentro dessa proposta de estudar a insuficiência cardíaca, temos verificado
que o exercício físico representa, hoje, uma alternativa extremamente importante no
tratamento desses pacientes. (Brum, Patricia et al., 2004)
Segundo o estudo de campo realizado, a prevalência de hipertensão arterial foi
59% maior entre indivíduos com sobrepeso e 149% maior em indivíduos obesos,
comparados á indivíduos com peso considerado normal. Sendo que esta prevalência
também aumentou de acordo com o aumento da idade, e confirmou-se naquela
população o risco de ocorrência de um infarto é duas vezes maior em indivíduos
sedentários quando comparados com aqueles regularmente ativos (Carlucci et al.,
2013)
Experimentalmente, o papel desempenhado pela bactéria Porphyromonas
gingivalis na formação da placa aterosclerótica prova que a periodontite causa
acúmulo de gordura na artéria aorta. Portanto, as periodontites crônicas alteram perfil
bioquímico e também a contagem de células brancas, representado pela resposta
imune, apresentando-se alterada (20% elevada). As avaliações clínica e laboratorial
para doenças sistêmicas realizadas em pacientes saudáveis indicam um potencial de
ligação entre as doenças periodontais e o perfil lipídico e glicêmico dos mesmos
(Vieira, 2014)

2.3. Descrição dos critérios e valores


Os principais mecanismos de busca utilizados nesta pesquisa foram o Scielo e o
Google Acadêmico. O objetivo dessas buscas foi identificar referências relevantes
relacionadas ao tema proposto e sua relação com o sedentarismo. Para garantir a
abrangência da pesquisa, foram consideradas publicações em português, utilizando
as palavras-chave "Sistema Cardiovascular", "Sedentarismo" e "Hipertensão Arterial".
A partir dessa etapa inicial coletou-se dados para a construção deste trabalho.

REFERÊNCIAS

Monteiro, M. De F.; Sobral Filho, D. C. Exercício físico e o controle da pressão


arterial. Revista brasileira de medicina do esporte, v. 10, n. 6, p. 513–516, 2004.
Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbme/a/9TYnGhvHv7vX9HMPMfcpd6n/?format=pdf&lang=pt
Acesso em: 15 nov. 2023

Brum, Patricia Chakur; et al., Adaptações agudas e crônicas do exercício físico no


sistema cardiovascular. Revista paulista Educação Física, São Paulo, v. 18, p. 21-
31, 2004
Disponível em: https://www.luzimarteixeira.com.br/wp-
content/uploads/2009/11/adaptacoes-musculares-ao-exercicio-fisico1.pdf Acesso em:
18 nov. 2023

Vieira, Ronaldo Wilson; Doença cardiovascular e doença periodontal. Revista


brasileira de cirurgia cardiovascular: orgao oficial da Sociedade Brasileira de
Cirurgia Cardiovascular, v. 29, n. 1, p. VII–IX, 2014. Disponivel em:
https://www.scielo.br/j/rbccv/a/PmQvMKtPpXpdfV5QN3YkQpG/?format=pdf&lang=pt
Acesso em 19 nov. 2023

Teixeira, Daniel de Azevedo; A FISIOLOGIA HUMANA. Disponível em:


https://unipacto.com.br/storage/gallery/files/nice/livros/FISIOLOGIA%20HUMANA%2
0EBOOK%20-%20978-65-992205-4-8.pdf Acesso em: 19 nov. 2023

Carlucci, Edilaine Monique de Souza et al., Obesidade e sedentarismo: fatores de


risco para doença cardiovascular. Com. Ciências Saúde; 24(4): 375-384, 2014
Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/ccs/obesidade_sedentarismo_fatores_risco_c
ardiovascular.pdf Acesso em: 19 nov. 2023

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