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A URBE AMAZONIDA BYag usin og Copyright © 2013, Bertha Becker Direitos cedidos para esta edigho & Editora Garamond Ltda Candido de Oliveira, 43, Rio Compride Rio de Janeiro ~ Brasil cep 20261-115 Telefax: (21) 2504-9211 e-mail: editora@garamond.com.br website: www.garamond.com.br Editorag&o Estudio Garamond / Luiz Oliveira Capa Paula Delecave Sobre "Velofluxo/R’, de Suzana Queiroga, acrilica ¢ dleo sobre tela, 2474155¢m, 1008 fotografia de Beto Felicio, O presente trabaiho foi realizado com o apoio da Capes, entidade do governo brasileiro voltada para formacao de recursos humanos Publicado com os auspicios do Grupo de Altos Estudos do PEP - Programa de Engenharia de Produgao COPPE/UFRJ. CIP-BRASIL. CATALOGAGAO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ A urbe amaz6nida :a floresta ea cidade / Bertha K. Becker. - 1, ed, - Rio de Janeiro ; Garamond, 2013. ‘88 p.;210m Inclui bibliografia ISBN 9788576172963 1, Amazonas - Geografia, 2. Amazonas - Condigées sociais. 3, AmazOnia - Condigdes ambientais, I. Titulo, wor, EDD: 938.1 DU; 913(8u) es Me OU sew) ‘Todos 0s direitos reservados. A 1 reprodugdo ndo-autorizada desta publicaglo, por ‘qualquer meio, ea total ou parcial, constitul violagio da Lei n° 9.610/98. Sumario Prefacio, 7 Apresentagao, 1 Capitulo 1 — Fundamentos da andlise 11- A Teoria: as Cidades, Cerne da Expansio Economica, 17 12 - A Histéria: Origens da Urbe, 23 Capitulo 2 - Respondendo a questo central 2.1. A Questao Crucial do Trabalho na Cidade, 35 2.2. RelagGes entre as Cidades e a Natureza dos Surtos, 38 2.3. A Geopolitica do Estado, 41 Capitulo 3 - A Urbe Amazénida hoje: Cidades Locais, 45 Capitulo 4 - Que Urbanizag4o para um Novo Projeto Regional?, 51 Referéncias bibliograficas, 63 ANEXOS Linha do Tempo, 69 A obra de Bertha Becker, 77 Capitulo Que Urbanizagao para um Novo Projeto Regional? Nucleos urbanos surgiram ou foram criados a cada mudanga de projeto para a Amazénia. Hoje, um novo padrao de desenvolvimento regional torna-se urgente, capaz de melhorar as condi¢des de vida de suas populagées e vencer as ameacas a sua sustentabilidade. Uma vez detectadas as raz6es do insuficiente dinamismo urbano, é essencial compreender os fatores que impulsionaram a diversificagao dos nticleos € 0 relativo sucesso econémico de alguns para a concep¢ao e a imple- mentagao desse novo padrao. Cidades dinamicas na Amazénia sao poucas. Como visto, as que existem 0 sao sobretudo gracas ao comércio associado a posicdes favo- recidas quanto a circulacdo, aos recursos ¢ a privilégios politicos. No caso das metrépoles, o dinamismo é devido a fluxos inter-regionais internacionais e a uma industria moderna, no caso singular de Manaus. A pesquisa dos surtos € o panorama atual dos nticleos pesquisados permitem apontar os seguintes elementos estratégicos para dinamizar cidades da Amaz6nia criando trabalho novo: 1. A inovagao industrial - trabalho novo industrial - que seja capaz de contribuir para a autonomia das cidades e 0 desenvolvimento ee pam cnne da economia é crucial para o desenvolvimento, Um planejamen to regional urge ser concebido com énfase nessa inovaglo, ¢ na agregacio de valor aos produtos regionais, até hoje exportados em bruto. Somente Manaus usufrui desse beneficio. 2.0 legado do surto - ou surtos - vividos por uma cidade é outro fator importante a considerar na diferenciacao das cidades. Um grande surto ou 0 efeito cumulativo de varios, embora nao tendo promovido a substitui¢ao de importages, podem ter gerado equipamentos ou conhecimentos que constituiriam a base para um novo surto ou para sustentar uma relativa dinamica urbana. Esse € 0 caso das metrépoles, e bem poderia ter ocorrido com cidades como Parintins e Santarém. 3. Um fator fundamental na diferenciacio dos niicleos é a geopolitica estatal. Ao favorecer iniciativas econémicas e beneficiar nticleos estratégicos como meio para alcangar seus objetivos politicos, o Estado tornou-se crucial para a formacao de cidades efetivas, explicando o relativo dinamismo das capitais estaduais. Cumpre ao Estado hoje um planejamento das cidades com foco no de- senvolvimento regional, e nao apenas para controle do territério. Niicleos localizados em posigao fronteiriga merecem cuidados para a defesa do territério e so lugares de apoio a potenciais interesses de expansdo econdmica para os que esto ligados por estradas, atraindo forte imigragao. E 0 caso das cidades da borda da regiao, povoadas por forte contingente nordestino, 4.No mundo atual, em que servigos especificos e a cultura assumem papel importante na dindmica urbana, novas oportunidades se abrem para as cidades da Amaz6nia, A chamada industria criativa, pam cnne 4 baseada na cultura, tem seu exemplo mais flagrante em Parintins e Belém. Embora situada na 4rea de influéncia de Manaus, em Parintins, a mescla de variados surtos ao longo do tempo ~ cacau juta, pau-rosa - com populagées diversas miscigenadas & base indigena e cabocla, gerou um trabalho novo e um surto original baseado numa industria criativa local: uma indistria do turismo fundamentada numa cultura especifica. Parintins é, assim, uma cidade turistica e um polo comercial pecuarista, atividades que também se beneficiam da proximidade de Manaus. Também em Belém emergem artistas da nova geracdo paraense na misica, na literatura, no cinema de documentérios, na arte visual, que tentam encontrar 0 equilibrio entre a tradicao e as questées atuais com tal forga “que fazem da cidade o polo cultural mais interessante do Brasil hoje” (O Globo, 5 de agosto de 2012, Segundo Caderno). A industria criativa é sem duvida um caminho de enorme potencial para dinamizar cidades encravadas na floresta e a economia amazénica, considerando a riqueza da natureza e da cultura da regido. Vale a pena registrar também o estimulo A cidade trazido pelos servigos de educagiio avancada, como a criagao da Universidade do Oeste do Pari (UFOPA) em Santarém, que busca inclusive se articular com as novas atividades industriais implantadas no seu entorno. Santarém, a terceira cidade mais populosa do Para e porto impor- tante, é 0 que se denomina de “cidade média’. Tem sido igualmente Jécus de varios surtos, até mais intensos que os de Parintins, come os do cacau, borracha, juta, ouro e gado, De marca portuguesa, @ cidade Sempre atuou como grande centro de exportagao, voltado para garantir ‘© escoamento dos produtos extrativos em dreas interiores, ¢ nao tanto Bd A URBE AMAZONIDA através de atividades locais. Ao contrario de Parintins, que fica junto a Manaus, situa-se a consideravel distancia de Belém; mas tem grande relevancia militar ¢ religiosa e é centro de referéncia para um conjunto de pequenos residuos urbanos subordinados, para os quais produz bens inda hoje a cidade se ressente da dependéncia a Belém. e servi¢os. Santarém cresceu com o plano de asfaltamento da estrada Cuiaba- Santarém, decorrente da chegada da frente agropecuéria, que deu novo impulso ao porto e ao comércio. Mas procura gerar novos elementos de desenvolvimento, tal como a mineragao da bauxita pela Alcoa em Juruti, em bases mais sustentaveis, e a inova¢ao constituida pela criagao da UFOPA, tirando partido de sua posigao que favorece a articulacio das porgées oriental e ocidental da Amaz6nia. Capital do estado do Acre, Rio Branco teve um intenso surto da borracha no passado e atualmente passa por outro da pecuaria. E habi- tada por comunidades tradicionais, agricultores extrativistas familia- res — sobretudo descendentes de nordestinos -, e grupos indigenas. A cultura local sustenta uma politica original de consolidacao da floresta como base de vida e da economia da cidade e do estado: 0 governo da floresta. As tentativas nesse sentido sio miltiplas, como a exploragao do latex e da castanha, simbolos da geografia e da historia da area, e praticas mais avan¢adas como a organizacéo comunitaria para o manejo florestal, inclusive com certificagao. O declinio violento do surto da Hevea brasiliensis foi fatal. A base econdmica atual nao tem sido capaz de dinamizar a cidade, que registra indices sociais muito baixos. Novos Processos emergem com a tendéncia de construgao de estradas para Promover a integra¢ao sul-americana, o que pode trazer outras articu- lagdes. E 0 caso hoje da construgao de um polo logistico, cujo micleo central ¢ Porto Velho, em Rondénia, mas envolve também a cidade de ott omenme AGKO PARA UM Ni alr BB Rio Branco, para se tornar ponto de apoio de imigragao espontinea de pobres ~ principalmente de haitianos, apds o desastre ocorrido em seu pais. Vale registrar ainda que Rio Branco tem em sua florestania, bandeira de desenvolvimento, a possibilidade de desenvolver um tipo de industria criativa de enorme valor para a AmazOnia. Boca do sertéo, borda da Pré-Amaznia, Amazonia e Centro. Sul, Imperatriz caracteriza-se como ponto de apoio para continuas incursées em busca de riquezas, Estas, contudo, proporcionaram apenas crescimen- tos explosivos, tio curtos como nos casos do caucho, do quartzo e mesmo do arroz, que nem mereceriam ser chamados de surto. Como nticleo da borda regional, esteve sempre & mercé de forte imigracao, atraindo mao de obra seja para sustentar o crescimento, seja em consequéncia da redugéo do mesmo, sobretudo com a construcao da Belém-Brasilia eo abastecimento e declinio da exploracao de ouro em Serra Pelada. Ainda hoje é fulcro para uma nova frente de expansio da soja, rumo ao Maranhio. E 0 segundo centro econémico daquele estado, logo apés a capital Séo Luis. Imperatriz conseguiu se elevar 4 condicao de polo do sul maranhense gracas ao comércio — principalmente com a produgao local de calgados — e aos servigos de educacao e satide implantados na década de 1990, além de outros, que fornece para o oeste do estado, o norte de Tocantins e o sul do Para. E também um polo energético ligado a varias cadeias produtivas, como as de ferro-gusa, celulose e cereais. Colabora no seu crescimento a participagao num policentrismo de cidades estrategicamente localizadas no contato entre trés estados e quatro eixos vidrios: Rodovia Belém-Brasilia, Rodovia Transamazénica, Estrada de Ferro Carajas e Ferrovia Norte-Sul. Maraba (Para), Araguaina (Tocantins) e Imperatriz (Maranhao) sao as cidades mais importantes desse policentrismo e tem o mesmo nivel hierarquico, seguidas de outras pam cnne e ie AURBE AMAZONIDA menores. Sao centros de destino da maior area de producao ¢ volume de fluxos de pecudria bovina na Amazdnia Florestal, o Sudeste do Parg Contudo, estudo recente (Instituto Sangari, 2012) nomeia Imperatrig como a cidade mais violenta do Maranhao. As metrépoles - Belém e Manaus - assim se tornaram por usufruip de varios fatores que fizeram crescer as demais cidades: posi¢ao estraté- gica, comércio, favorecimentos politicos, e o comando do grande surto da borracha que gerou uma infraestrutura urbana. Mas hé diferengas entre essas cidades, com marcas histéricas diferentes. Outrora a grande e tinica metropole da Amaz6nia Legal, Belém passou a dividir sua posicao com Manaus e com muito menor influéneia em seu territério, basicamente restrito ao proprio estado. Mineragio, extracdo madeireira e pecudria ativam 0 comércio da cidade. Mas 0 poder das empresas de minera¢ao - sobretudo o da Vale, hoje a maior empresa logistica do pais - compGe um verdadeiro territério por elas organizado que envolve as capitais estaduais do Para, do Amapa e do Maranhio, deixando-as reduzidas as respectivas autonomias. Densamente povoada, Belém sustenta importantes redes comerciais e de servigos ¢0 crescimento de numerosos niicleos urbanos em seu entorno, Recebe & | exporta bovinos, milho e é grande centro de produgao de madeira em tora, a maior parte feita de forma predatéria. Plantagdes de dendé se i AB cidade, e a dinamica urbana alterou a propria Zona Franca, através da iniciativa politica local que procura formar um capital intelectual proprio em Ciéncia, Tecnologia e Inovacao, bem como do empresariado local atuante na criagio do Polo Industrial de Manaus (PIM). A agregacao de valor & produgio cresce, configurando talvez um novo surto de crescimento na cidade: e a condicao urbana em si criow externalidades essenciais ao seu avanco. Novas elites se formaram — como, por exemplo, consultores locais para empresas transnacionais, empresariado para bens de consumo e servico -, diversificando a so- ciedade urbana que, a diferenca da maioria das cidades amaz6nicas, nao é majoritariamente constituida por funciondrios publicos. Enfim, concentrando mais de 450 empresas em uma pequena area, Manaus ocupa hoje a 6* posicao referente ao PIB municipal do pais. Possui um ambiente técnico-cientifico e de negécios adequado para germinar vantagens competitivas no campo da biodiversidade, que embasa um ponto de inflexdo para um salto de qualidade como cidade industrial implantada nos trépicos (Becker e Stenner, 2008, pag. 111). 5) Servigos Ecossistémicos A biodiversidade tornou-se a menina dos olhos da ciéncia através da codificacao da vida, abrindo novas fronteiras na biologia. Por sua vez, Ciéncia e Tecnologia abrem amplas possibilidades para o aproveitamento da biodiversidade em novos patamares, atendendo a multiplicagao das demandas sociais dos tiltimos 25 anos. Mais recentemente, a produgao de bioenergia tem sido estimulada tanto nas areas alteradas de cerrado como de floresta. Frente as duas crises - energético-climatica e econdmica ~ as florestas tropicais assumem maior importancia, estando visceralmente ligadas pam cnne | BB A URBE AMAZ epodendo influir no aquecimento global A cies ao clima aprofundar 0 conhecimento da natureza, agora com foco na q Tica da biomassa, ou seja, na dinamica especializada dos diferente S tipos le vegetacao. Ayanca também a faceta econdmica, quanto a novidade histérieg que &a mercantilizagao das fun¢Ges dos ecossistemas como Servigos ambien- tais (Becker 2001; 2009) ~ uma mercantilizacao expressa Principalmente no mercado do carbono, que se tornou o principal instrumento das politicas ambientais, ultrapassando o ambito da mudanga climatica. Oy seja, articulam-se a floresta e o clima e se passa dos recursos genéticos aos servicos ambientais. Grosso modo, é possivel distinguir duas grandes abordagens ino- vadoras em estratégias para o desenvolvimento regional. Uma delas corresponde as estratégias preservacionistas com foco nos biomas. A mais difundida delas é a REDD - reduco por desflorestamento e degra- dagao - em que se faz um pagamento para nao desmatar a floresta em troca da possibilidade de continuar emitindo carbono em outro lugar. A proposta é extremamente sedutora para quem recebe o pagamento € para quem paga, e ainda permite usufruir do mercado de carbono. Mas se aplica apenas a florestas improdutivas, nao esta claro quem S® beneficia do pagamento, e a proposta da REDD nao envolve as causs do desflorestamento e sua contengao, que constituem o principal desafio a se enfrentar na regio (Becker, 2010). O Macrozoneamento ecolégico-econdmico paraa Amazénia Leash aprovado pelo MMA em 2010 apés intensa consulta puiblica, lembra por tunamente a necessidade de pressionar o agronegdcio rumo a formagi? de uma agroindkstra efetiva com agregagdo local de valor 3 prod ‘Uma outra abordagem de desenvolvimento prope uma NAL? produtiva e com foco em regides. Os biomas sio muito importantes e precisam ser profundamente pesquisados. © mesmo deve ser entendido quanto As regides: sobretudo quando se trata de desenvolvimento, a re gido é unidade basica de andlise e atuagao, pois (i) nela se reconhecem as formas de organizagao ou desorganizagao do espaco estabelecidas pelas populagdes com base em suas culturas e equipamentos, bem como resultado das relagoes sociais e da interacao sociedade-natureza; (ii) os biomas esto articulados. A estratégia aqui proposta é produtiva, e nao apenas a de conser- vagao. Alguns principios orientam essa estratégia. O primeiro deles é atribuir valor econémico 4 floresta em pé para que ela possa competir com as commodities e permanecer em pé. Segue-se a organizacao da base econémica regional mediante o reconhecimento do zoneamento da propria natureza — que dispée de norte a sul diferentes tipos de floresta e cerrados -, a recuperacao das cidades como nés logisticos das redes tangiveis e intangiveis, e a cria¢ao de cadeias produtivas completas. Finalmente, para cada uma dessas “zonas” - ou escalas - que segun- do suas formas de apropriacao e uso transformam-se em sub-regides, definem-se atividades e praticas adequadas a elas com apoio da C&T&1, sempre tendo em vista a sua complementaridade. Redes de cidades localizadas no contato dessas sub-regides devem ser equipadas para processar e agregar valor aos produtos, sediar laboratérios de pesquisa € assegurar a convergéncia das redes e cadeias produtivas. Conflitos de interesse polarizados, sob predominio de uma otica global quanto ao futuro da Amaz6nia, tém difundido uma imagem da regiao como extremamente vulnerdvel e problematica, e assim contri- buiram para imobilizar decis6es e agdes. E uma imagem que obscurece seu imenso patriménio natural e cultural, e mais a necessidade urgente pam cnne 8 ‘A URBE AMAZONIDA desenvolvimento para tra de implementar um novo padrao de as tendéncias globais em oportunidade de desenvolvimento na tério, endo mais em intensificagao de riscos. Sustar o desflorestamento é sem duvida um imperativo, Mas evidéncia empirica é que a prote¢éo ambiental, por si s6, nao tem con seguido conter 0 desmatamento nem gerar riqueza e trabalho exigidos pelas populagdes regionais. No cerne do novo padro de desenvolvimento, o desafio a superar é0 falso dilema entre desenvolvimento e conserva¢a4o (Becker, 20055), erroneamente identificados respectivamente como destruicao e preser- vacao intocavel. Produzir para conservar torna-se a meta de um novo padrao de desenvolvimento. E as cidades sao condi¢Ges-chave para viabiliza-las. Ciéncia e tecnologia podem e devem contribuir para vencer o desafio da utilizacao social e econémica sustentavel do patriménio natural ¢ cultural da Amazé6nia em beneficio das populagdes regionais e do pals. Sugestdes ja tem sido aventadas, e aceitas por muitos, de uma verda- deira revolusao cientifico-tecnolégica transdisciplinar capaz de atribuit valor 4 floresta em pé, organizando uma economia florestal que poss* competir com a agroindustria de graos e a pecuaria. Revolugao que ndo constitui apenas uma nova técnica, mas se insere num novo mode é Produzir que afeta as relagdes sociais e de poder, como demonstrado ” oS ee oe € que inclui forgosamente a mudanga do quad eee ee (Becker, 2005a; 2005b). hoy P Seow sferieno coma funds as cidades, cai ee eee ° finns Porque 69,07% da populagao da Regite urbanos no censo de 2000, 1 x rea ca QUE URBANIZAGAO PARA UM NOVO PROJETO REGIONAL? Pel as cidades terem papel fundamental no desenvolvimento regional como centros de organizacao das relacdes sociais e da produgao, A construgao. da cidadania e de cadeias produtivas completas baseadas em produtos regionais € imperativa na regiao, e sao as cidades que a viabilizarao mediante a prestacao de servigos e oferta de trabalho. Assume-se assim que as cidades associadas a cadeias produtivas completas constituem processos capazes de contribuir para superar impasses estruturais na regiao e favorecer o seu desenvolvimento.

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