You are on page 1of 62

CEPEP - Escola Técnica – Mossoró/RN

Curso Técnico em Edificações

Disciplina – Construção Civil


APRESENTAÇÃO:
HUGO ANTEOGENES DE FREITAS
• Engenheiro Civil / Crea.: 2113400227

Ementa:
 Serviços Preliminares;
 Movimento de Terra;
 Fundações;
 Superestrutura;
 Alvenaria;
 Cobertura;
 Esquadrias;
 Revestimentos de Paredes;
 Forros;
 Impermeabilização;
 Piso e Pavimentação;
Controle de qualidade em edificações;
 Pintura.
SUPERESTRUTURA
Muitos fatores, sejam eles de caráter ideológicos ou práticos, podem
influenciar um projeto final de arquitetura de um edifício. E a estrutura é de
fundamental importância, pois sua principal finalidade é dar forma e integridade a
um edifício, e sua contribuição pode ser crucial na realização de uma arquitetura
de alto nível.
O conjunto dos elementos da estrutura pode ser dividido em dois
subconjuntos, denominados de SUPERESTRUTURA e INFRA-ESTRUTURA ,
sendo esse último constituído pelos elementos de fundação. No que se
segue, serão descritos os principais elementos ou tipologias, que formam a
superestrutura. LAJE MACIÇA
Elemento estrutural bidimensional, geralmente horizontal, constituindo os
pisos de compartimentos; suporta diretamente as cargas verticais do piso, e é
solicitado predominantemente à flexão (placa).
VIGA
Elemento unidimensional (barra), geralmente horizontal, que vence os vãos
entre os pilares dando apoio às lajes, às alvenarias de tijolos e, eventualmente, a
outras vigas, e é solicitado predominantemente à flexão.
PILAR
Elemento unidimensional (barra), geralmente vertical, que garante o vão
vertical dos compartimentos (pé direito) fornecendo apoio às vigas, e é solicitado
predominantemente à compressão.
FUNDAÇÃO
Elemento estrutural que transfere ao terreno natural as cargas que são
aplicadas à estrutura. Existem dois tipos de fundações; RASAS (Superficiais ou
diretas) PROFUNDAS (Indiretas).
Viga Baldrame e Radier:
Viga Baldrame é uma viga de concreto armado
que sustenta uma parede portante que está no
nível do solo ou próximo a ele, e que transfere as
cargas para sapatas isoladas.
Radier ou fundação flutuante é uma laje de
concreto armado, grossa e com uma
grande armadura como se fosse uma grande sapata monolítica para vários
pelares ou mesmo toda a edificação.
Esse tipo de fundação é utilizada quando o terreno é de baixa resistência (fraco)
e a espessura da camada do solo é relativamente profunda.
 Como alternativa de fundação, o
radier mostra-se economicamente
viável, sempre que a área total das
sapatas for superior a 50% da área
de projeção da obra.
COMO FUNCIONA TODO O CONJUNTO:
As lajes são posicionadas nos pisos dos compartimentos para transferir as
cargas dos mesmos para as vigas de apoio; as vigas são utilizadas para transferir
as reações das lajes, juntamente com o peso das alvenarias, para os pilares de
apoio (ou, eventualmente, outras vigas), vencendo os vãos entre os mesmos; e os
pilares são utilizados para transferir as cargas das vigas para as fundações.
Concreto
O que é o concreto ?
O concreto não existe pronto na natureza. É um material composto, feito a
partir da mistura de outros materiais: cimento, areia, pedra (ou brita) e água.

Produtos de hidratação Trabalhabilidade


Propriedades:
Peso específico: 2.200 a 2.600 kgf.m3
 Porosidade: depende das relações água/cimento (X) e cimento/agregado(Y)
 Dilatação: 0,01 mm.
 Resistência: nos concretos, o mais importante é a resistência à compressão.
MATERIAIS EMPREGADOS EM CONCRETO ARMADO
CIMENTO:
O projeto deverá estabelecer os tipos de cimento adequados, tecnicamente e
economicamente, a cada tipo de concreto, estrutura, método construtivo, ou mesmo, em
relação aos materiais inertes disponíveis.

TIPOS DE CIMENTO:

 CIMENTO PORTLAND COMUM:


Concreto armado em ambientes não agressivos.
Lançamento de pequenos e/ou grandes volumes.
Concreto protendido ou pré-moldado.
Não recomendado para emprego em ambientes agressivos.

 CIMENTO PORTLAND DE ALTA RESISTÊNCIA INICIAL – PRÉ-MOLDADOS:


Para descimbramento a curto prazo.
Não recomendado para lançamento de grandes volumes.
MATERIAIS EMPREGADOS EM CONCRETO ARMADO
 CIMENTO DE MODERADA E ALTA RESISTÊNCIA A SULFATOS:
Estruturas em concreto com sulfatos.
Estruturas em meios ligeiramente ácidos.
Pouco recomendável o emprego em estruturas onde sejam necessárias a
desforma e o descimbramento rápido.

 CIMENTO PORTLAND DE ALTO FORNO:


Recomendável para estruturas em meios ácidos ou sujeitas a ataques de
sulfatos e/ou ácidos.
Possível o emprego com agregados álcali-reativos.

 CIMENTO PORTLAND POZOLÂNICO:


Recomendável para concreto massa e para uso com agregados reativos com
álcalis.
Aplicável a estruturas sujeitas a ataques ácidos fracos ou de sulfatos.

 CIMENTO ALUMINOSO:
Para refratários; em ambientes ligeiramente ácido.
RECOMENDAÇÕES PARA ARMAZENAMENTO DO CIMENTO:
Recomenda-se iniciar a pilha de cimento sobre um tablado de madeira,
montado a pelo menos 30 cm do chão ou piso e não formar pilhas maiores do que
10 sacos. Quanto maior a pilha, maior o peso sobre os primeiros sacos. Isso faz
com que seus grãos sejam de tal forma comprimidos que o cimento contido nesses
sacos fique quase endurecido, sendo necessário afofá-lo.
A pilha recomendada de 10 sacos também facilita a contagem, na hora da
entrega e no controle dos estoques ou na aplicação final e está prescrita pelas
normas da ABNT (Associação Brasileira de Norma Técnicas).
AGREGADO MIÚDO E GRAÚDO:
São materiais rochosos na forma granular. Devem possuir dimensões e
propriedades adequadas para o seu uso em construção civil. A areia e pedra são
os chamados “agregados do concreto”.

Agregados graúdos
Brita 0 4,8 a 9,5 mm
Brita 1 9,5 a 19 mm
Brita 2 19 a 25 mm
Brita 3 25 a 50 mm
Brita 4 50 a 76 mm
Brita 5 76 a 100mm
Agregados miúdos naturais

areia natural – agregado miúdo seixo rolado – agregado graúdo


Alguns tipos de Agregados Miúdos:

Brita 0 - Pedrisco Brita 0 - Pedrisco

Brita 1
Alguns tipos de Agregados Graúdos:

Brita 2 Brita 3
MATERIAIS EMPREGADOS EM CONCRETO ARMADO
ÁGUA:
A água de abastecimento público é adequada para o concreto e já vem sendo
utilizada, não necessitando de ensaio. A água potável que atende a Portaria nº 518 do
Ministério da Saúde é considerada dentro dos padrões exigidos pela norma do ABNT/CB-
18 e pode ser utilizada sem restrição para a preparação do concreto.
OBS: A água de esgoto, mesmo com tratamento, não é adequada para uso em
concreto.
Quantidade de cloretos permitida na água de amassamento:

• Concreto protendido, até 500 miligramas de cloreto por litro de água;


• Concreto armado, 1000 miligramas de cloreto por litro de água;
• Concreto simples, até 4500 miligramas de cloreto por litro de água.

“Caso não seja apropriada, a água pode


interferir nas propriedades do concreto”
MATERIAIS EMPREGADOS EM CONCRETO ARMADO
ARMADURAS:
Armadura é o conjunto de elementos de aço de uma estrutura de concreto armado
ou protendido, capaz de suportar os carregamentos preestabelecidos dentro dos limites de
tensões e deformações previstas.
As armaduras para concreto armado e concreto protendido devem ser constituídas
por barras, cordoalhas, fios e telas de aço que atendam, em suas respectivas categorias,
às regulamentações normativas da NBR 7480, NBR 7481, NBR 7482 e NBR 7483. A NBR
6118 define as condições de utilização destes materiais em cada caso.
RECOMENDAÇÕES DE ARMAZENAMENTO:
Meios fortemente agressivos (regiões marítimas, ou altamente poluídas):
- Armazenar o menor tempo possível;
- Receber na obra as barras de aço já cortadas e dobradas, em pequenas quantidades;
- Armazenar as barras em galpões fechados e cobertos com lona plástica;
- Receber as armaduras já montadas;
- Pintar as barras com pasta de cimento de baixa consistência (avaliar a eficiência
periodicamente).

Meios mediamente agressivos:


- Armazenar as barras sobre travessas de madeira de 30 cm de espessura, apoiadas em
solo limpo de vegetação e protegido de pedra britada.
- Cobrir com lonas plásticas;
- Pintar as barras com pasta de cimento de baixa consistência.(avaliar a eficiência
periodicamente);
Meios pouco agressivos:
- Armazenar as barras em travessas de madeira de 20 cm de espessura, apoiadas em solo
limpo de vegetação e protegido por camada de brita.
TIPOS DE AÇO:
Os aços estruturais de fabricação nacional em uso no Brasil podem ser
classificados em três grupos:

• Aços de dureza natural laminados a quente: utilizados há muito tempo no concreto


armado. Nos dias de hoje possui saliências para aumentar a
aderência do concreto.
• Aços encruados a frio: obtidos por tratamento a frio trabalho mecânico feito abaixo da
zona crítica, os grãos permanecem deformados aumentando a resistência.
• Aços para concreto protendido: aços duros e pertencem ao grupo de aços usados
para concreto protendido. Pode ser encontrado em fios isolados ou formando uma
cordoalha.

No Brasil a indicação do aço utilizado no concreto armado é feita pelas letras


CA (concreto armado) seguida de um número que caracteriza a tensão de
escoamento em kg/mm². Os mais utilizados são o CA 25 e o CA 50 em barras,
fabricados por laminação a quente, o CA 60 em fio, fabricado por trefilação ou
processo equivalente (estiramento ou laminação a frio).
SISTEMA DE FÔRMAS E ESCORAMENTOS CONVENCIONAIS
Para se ter a garantia de que uma estrutura ou qualquer peça de concretoarmado
seja executada fielmente ao projeto e tenha a forma correta, depende da exatidão e
rigidez das fôrmas e de seus escoramentos. Geralmente as fôrmas têm a sua execução
atribuída aos mestres de obra ou encarregados de carpintaria.

As fôrmas podem variar cerca


de 40% do custo total das estruturas
de concreto armado. Considerando
que a estrutura representa em média
20% do custo total de um edifício,
concluímos que racionalizar ou
otimizar a fôrma corresponde a 8% do
custo da construção.
REQUISITOS BÁSICOS PARA UMA PERFEITA EXECUÇÃO:
a) Devem ser executadas rigorosamente de acordo com as dimensões
indicadas no projeto, e ter a resistência necessária.
b) Devem ser praticamente estanques.
c) Deve ser projetado para serem utilizadas o maior número possível de vezes.
d) Antes de concretar, as fôrmas devem ser limpas.
e) Antes de concretar, as fôrmas devem ser molhadas até a saturação.
f ) Não colocar a agulha do vibrador entre a fôrma e as armaduras, isso pode danificar os
painéis.
Materiais e ferramentas
a) Tábuas de madeira serrada:
b) Chapas de madeira compensada:
c) Escoramentos:
d) Pregos:
e) Tensores:
f) Painéis:
g) Travessas:
h) Travessões:
i) Guias:
j) Fundo das vigas:
k) Cantoneiras:
l) Gravatas:
m) Montantes:
n) Pés-direitos:
o) Pontaletes:
p) Escoras:
q) Calços:
r) Travamento:
s) Contraventamento.
t) Etc...
Nas vigas e lajes
As fôrmas das vigas são constituídas por painéis de fundo e painéis das faces
firmemente travadas por gravata, mãos-francesas e sarrafos de pressão. Devemos
certificar se as formas têm as amarrações, escoramentos e contraventamentos suficientes
para não sofrerem deslocamentos ou deformações durante o lançamento do concreto.
COMO SE PREPARA UM BOM CONCRETO
Faremos aqui algumas recomendações sobre o preparo do concreto, com o
objetivo de garantir sua homogeneidade, durabilidade e qualidade.
Mistura do concreto - Manual

ATENÇÃO
A norma
brasileira
estabelece que
o volume a ser
preparado por
vez
não ultrapas-
se o corres-
pondente a 100
kg de cimento,
que
corresponde a
dois sacos.
Mistura do concreto - Mecânica
A betoneira consiste num tambor, com paletas internas, que gira em
torno de um eixo. O giro do tambor com as paletas proporciona a
mistura dos materiais que encontram-se no seu interior.
Concreto dosado em central
Para a utilização dos concretos dosados em central, o que devemos saber
é programar e receber o concreto.
Programação do concreto: devemos conhecer alguns dados, tais como:
• Localização correta da obra.
• O volume necessário.
• A resistência característica do concreto a compressão (fck) ou o consumo
de cimento por m³ de concreto.
• A dimensão do agregado
graúdo.
• O abatimento adequado
(slump test).
A dosagem do concreto
A forma racional de dosar o concreto baseia-se nos seguintes critérios:
1. Resistência
2. Trabalhabilidade
3. Diâmetro máximo do agregado
1o. critério - Resistência:
A resistência a compressão simples do concreto é, em geral, determinada em corpos de
prova cilíndricos com idade de 28 dias (fck28);
O valor médio dos resultados experimentais, é chamado de resistência à compressão
média do concreto, indicado por fccm = fcm;
A resistência à compressão característica do concreto (fcck = fck), representa um
valor mínimo estatístico acima do qual ficam situados 95% dos resultados experimentais;

 Controle rigoroso  fcm = fck + 6,5 MPa Os fornecedores de concreto


devem dosar seus traços para
 Controle razoável  fcm = fck + 9,0 MPa valores de fcm em função do fck
 Controle regular  fcm = fck + 11,5 MPa pedido.
A dosagem do concreto
 Considerando um controle de qualidade rigoroso, qual a resistência
média à compressão de um concreto com fck igual a 20 MPa?
 fcm = fck + 6,5 Mpa  fcm = 20 MPa + 6,5 Mpa  fcm28 = 26,5 MPa

1o Critério – Resistência
Unidades usuais: (kgf/cm2) ou (MPa). Lembre-se: 1MPa ≈ 10 kgf/cm2
Para suportar os outros esforços é usado o aço, que é um material que resiste
tanto a esforços de compressão e muito mais, a esforços de tração.
A presença do aço no concreto o transforma de “concreto magro” para “concreto
armado”  concreto + aço.
Resistência do Concreto - depende do(a):
• Traço: quanto mais rico em cimento, mais resistente
• Adensamento: quanto mais compacto, mais resistente
• Idade: a resistência dos concretos aumenta com o tempo
• Fator água/cimento: a resistência varia inversamente com o volume de água
empregado.
Concreto traço (A) - 1 : 2 : 4  1 parte de cimento para 6 partes de agregados.
Concreto traço (B) - 1 : 3 : 6  1 parte de cimento para 9 partes de agregados.
Em qual traço o concreto apresenta maior resistência? Por quê?
Traço (A): Geralmente, quanto maior a quantidade de agregados, maior a
quantidade de camadas limite entre o cimento e o agregado, que são regiões
mais frágeis onde podem ocorrer fissuras.
Caso seja adicionado Filler (material carbonático – rochas com CaCO3) e um
plastificante na mistura do concreto, este adquire uma maior resistência mesmo
nas camadas limites entre agregado e aglomerante.
2° Critério -Trabalhabilidade:
 É o que faz o concreto ser capaz de preencher a fôrma.
 Um concreto com boa trabalhabilidade, ou concreto bom de trabalhar, é aquele que
permite encher a fôrma completamente, com o menor esforço possível.
 Quanto mais mole, ou seja, quanto mais água tem o concreto, mais fácil de trabalhar.
 Por outro lado, quanto mais água tem o concreto, maior deve ser a quantidade de
cimento para se ter a resistência necessária e, portanto, mais caro será o concreto.
 devemos achar um traço com a menor quantidade de água possível, mas suficiente
para garantir a trabalhabilidade do concreto.
 Esse ponto de equilíbrio depende do tipo de estrutura que será concretada.

Na sapata , a
No caso do pilar o fôrma é mais larga
concreto deverá ter o concreto poderá
uma maior ser mais seco,
trabalhabilidade menor
trabalhabilidade
Trabalhabilidade:
 A Norma Brasileira define um teste, denominado slump-test ou teste de
abatimento para de determinar a trabalhabilidade do concreto:

Com o concreto a ser ensaiado, enche-se um tronco do cone (um funil


vazado dos dois lados), de diâmetro variável de 10 cm a 20 cm e altura de 30cm.
O enchimento deve ser feito em três camadas de igual volume. Em cada uma
das camadas, aplicamos 25 golpes com um bastão de aço, para adensá-la.

1 2 3 4
TIPO DE PEÇA A SER CONCRETADA A (SLUMP OU ABATIMENTO, EM cm)

Sapatas e peças de fundações pouco armadas 6 + 1

Sapatas e peças de fundações muito armadas 7 + 1

Vigas, pilares e lajes pouco armadas 6 + 1

Lajes muito armadas 7 + 1


Vigas, pilares e lajes muito armadas 8 + 1

A tabela mostra a relação entre o tipo de peça a ser concretada e o slump.


3o Critério - Diâmetro máximo do agregado:

É o tamanho máximo do agregado que pode ser utilizado. Também


depende da estrutura que será concretada e da densidade da
armadura, ou seja, da quantidade de aço que existe dentro da
fôrma.
Quanto mais estreita é a peça e maior é a densidade de aço, menor
deve ser o tamanho máximo do agregado, senão o concreto não
passa pela armadura.
Na tabela a seguir é dada a relação entre o tamanho máximo do
agregado (chamado diâmetro máximo do agregado) e o tipo de
peça a ser concretada.
TAMANHO MÁXIMO AGREGADO X TIPO DE PEÇA
⅓ da espessura da laje (dmax < e/3)

¼ da distância entre as faces da fôrma p/ vigas e pelares


(d < e/4)
DIÂMETRO MÁXIMO DO AGREGADO max

DEVE SER MENOR OU IGUAL A: 1,2 do espaçamento entre armaduras horizontais


(Adotar o menor valor)
(dmax < e’/1,2)

0,5 do espaçamento entre armaduras verticais


Cnom (dmax < e”/0,5)

e – menor dimensão da peça


e’ – menor espaçamento nas armaduras horizontais
e” – menor espaçamento nas armaduras verticais
e’
e”

Cnom – cobrimento nominal


e
A dimensão máxima característica do agregado
graúdo (dmáx) utilizado no concreto não pode superar em
20 % a espessura nominal do cobrimento, ou seja:
dmax < 1,2 Cnom
Ensaio de resistência do concreto
Os corpos de prova, ou amostras de concreto, são
moldados em cilindros metálicos de 15 cm de
diâmetro e 30 cm de altura.

O cilindro deve ser preenchido com o concreto, em


quatro camadas sucessivas, aproximadamente de
mesma altura. Cada camada deve receber 30 golpes
com uma
haste metálica. Os golpes devem ser distribuídos de
maneira uniforme na camada, sem atingir a inferior.

Após a compactação da última camada, alisar a


superfície com a colher de pedreiro e protegê-la
com uma chapa de material não absorvente.
Após 24 h é feita a desforma e a retirada dos
corpos de prova dos moldes, identificando-os.

No laboratório os corpos de prova são curados e levados a uma


prensa, onde são rompidos, determinando-se sua resistência.
APLICAÇÃO
Exemplo de cálculo de volume; calcular o volume de concreto necessário para executar as peças
abaixo que compõe uma estrutura. Para termos um volume significativo, vamos considerar 10 peças de
cada.
SOLUÇÃO:
0,20m
VIGA 0,40m  Cálculo dos volumes das peças:

5,00m 1. Sapata:
Vs = 1,20 . 0,80 . 0,30 = 0,288 m3
0,30m
P 10 sapatas  VS(total) = 2,88 m3
SAPATA I 3,60m
L 2. Pilar:
1,20m A
R Vp = 0,40 . 0,20 . 3,60 = 0,288 m3
10 pilares  VP(total) = 2,88 m3

0,40m
0,20m 3. Viga:

VOLUME PARA AS 30 PEÇAS = 9,76 m3 Vv = 5,00 . 0,40 . 0,20 = 0,40 m3


10 pilares  VV(total) = 4,00 m3
Considerando 35% de vazios devido
especificamente a areia e brita. VT = 9,76 x 1,35 = 13,20 m3
Calcular o consumo de cimento para 1 m3 de concreto (1.000 ℓ):
mc
VC – volume de cimento VC = ρc

VX – volume de água mX
VX = ρX

1 m3 de concreto (1.000 ℓ)
mA
VA – volume de areia VA = ρA

VB – volume de brita mB
VB = ρB
mX = 1.X kg (ou ℓ) de água para 1 kg de cimento
mc = 1 kg

mA = 1.A kg de areia para 1 kg de cimento 1 :X :A :B

mB = 1.B kg de brita para 1 kg de cimento 1 cimento : X água : A areia : B brita

ρ= massa específica ou densidade de uma substância é a razão entre a massa e o volume da


substância.
1 m3 de concreto = 1.000 ℓ = VC + VX + VA + VB

mc mX mA mB
1.000 ℓ = ρc + ρX + ρA + ρB

Considerando uma quantidade C de cimento para 1 m3 de concreto

mc = C mX = C. X mA = C. A mB = C. B

C C.X C.A C.B


1.000 ℓ = + + +
ρc ρx ρA ρB

Dica Importante: Se quisermos determinar o volume de areia ou brita (ℓ), p.


ex., para uma certa quantidade de kg de cimento, basta utilizar a fórmula:
C.A C.B
VA = VB = ρB
ρA
Continuando:
C C.X C.A C.B Devido a existência de vazios
1.000 ℓ = + + + no concreto, resultado da
ρc ρx ρA ρB
incorporação de ar à mistura
por meio do ar, em volume,
subtraímos 1,5% para
1 X A B compensação.
1.000 ℓ = C + + +
ρc ρx ρA ρB

1.000 - 1,5% = 985

Dica Importante – Exemplo: Quais os volumes, em litros, de areia e


brita, com densidades iguais a 1,4 kg/ℓ e 1,3 kg/ℓ para 50 kg de
cimento, num traço 1:2:3?
C.A 50. 2 ρA – densidade da areia com
VA = ρ = 1,4
= 71,4 litros de areia umidade
A

ρB – densidade da brita conforme


C.B 50. 3 forma das partículas
VB = ρ = 1,3
= 115,4 litros de brita
B
985 = C . 1 + X +
A +
B ρ – massa específica
ρc ρx ρA ρB do material.

Consumo do cimento (kg/m3). Volumes de cada material

EXEMPLO - Calcular o consumo de cimento para 1 m3 de concreto (1.000 ℓ) – Traço: 1:2:3:X


Pela tabela experimental  Fck28 = 25 Mpa  X = 0,61

ρc – massa específica do cimento ≈ 3,125 kg/ℓ


ρX – massa específica da água ≈ 1,000 kg/ℓ
Material seco
ρA – massa específica da areia ≈ 2,600 kg/ℓ
ρB – massa específica da brita ≈ 2,750 kg/ℓ

985 985
C= =
1 + X +
A +
B 1 + X +
A +
B
ρc ρx ρA ρB 3,125 1 2,60 2,75
Consumo de cimento em kg

985
C=
0,32 + X + 0,384.A + 0,364.B
Número que representa a Número que representa a
Fator água/cimento participação da areia no traço participação da brita no traço

985 985
C= =
0,32 + X + 0,384.A + 0,364.B 0,32+0,61+0,384.2+0,364.3

C = 353 kg para 1 m3 de concreto


- Relembrando o volume das peças calculadas.
VT = VS + VP + VV = 2,88 + 2,88 + 4,00 = 9,76 m3 (+ Vvazios)
VT = 9,76 x 1,35 = 13,20 m3
Quantos sacos de cimentos serão necessários para todas as peças calculadas?
C = 353 x 1 = 353Kg / C = 353 x 13,20 = 4.659,60Kg / S = 4.659,6/50 = 93,19 Sacos
QUADRO RESUMO - Considerando o fator A/C = 0,61 para um fck28 = 25 MPa

QUANTITATIVOS –TRAÇO 1:2:3 , VT=13,20 m3. O emprego do traço em volume


é muito conveniente, porém
MATERIAL 1m3 VT = 13,20 m3
pouco preciso, uma vez que a
kg 353
353 4.659,60
4.659,60
massa específica aparente das
CIMENTO Saco 77 92,4
92,4 areias varia muito com a

22
Lata 14
14 184,8
184,8 umidade, e a massa específica
AREIA Lata 28
28 369,6
369,6 da brita varia com a forma das
BRITA Lata 42
42 554,4
554,4 partículas e do recipiente
ÁGUA ℓ 215,33
215,3 2.842,35
2.842,35 usado para medir o volume.

Como indicações práticas aproximadas, podem ser adotados os valores de


massa específica aparente: Areia com 3% de umidade = 1,4 kg/ℓ e Brita = 1,3 kg/ℓ.
Sugestões para dimensões de uma padiola
As padiolas possuem base fixa e altura variável.
As dimensões da base são de 0,35 m x 0,35 m e a
altura varia em função do volume de agregado a ser

35 cm
medido.
Recomenda-se que a altura da padiola não
exceda 0,35 m a fim de facilitar o manuseio do
V = 43 litros operário na obra, não as tornando extremamente
pesadas.
A norma ABNT especifica que o volume de concreto
a ser amassado por vez não deverá exceder o que se
consegue com 100 kg de cimento (2 sacos de 50 kg).

Para um traço 1:2:3 que representa a maioria dos


nossos concretos, utilizaremos 1 padiola com 1 saco de
cimento, 2 de areia e 3 de brita para uma masseira.

V = 35 litros – 1 saco de cimento


Grauteamento
Consideração : O graute, apesar de ser uma argamassa fluida, devido as suas
peculiaridades, não é um concreto nem uma argamassa. Possui características técnicas,
aplicações e execuções bem específicas.
 Para que uma substância (semelhante a uma argamassa ou concreto) seja
considerada um graute é necessário que:
 Apresente consistência fluida, dispensando o adensamento
 Atinja altas resistências iniciais e finais
 Apresente expansão controlada
 Outras propriedades particulares de um determinado graute podem ser
necessárias em função de cada tipo de aplicação.
Os “grautes”, são utilizadas, em geral, para:
Preenchimento de cavidades em estruturas de concreto;
Fixação de chumbadores, tirantes e outros artefatos metálicos à estrutura de
concreto;
Reparos em juntas de pavimentos, pontes e viadutos, entre outras finalidades.
Grauteamento

Fixação de máquinas à base


Aplicação do concreto em estruturas
Na aplicação do concreto devemos efetuar o adensamento de modo a torná- lo o
mais compacto possível. O método mais utilizado para o adensamento do concreto é por
meio de vibrador de imersão, para isso devemos ter alguns cuidados:
• Aplicar sempre o vibrador na vertical
• Vibrar o maior número possível de pontos
• O comprimento da agulha do vibrador deve ser maior que a camada a ser
concretada.
• Não vibrar a armadura
• Mudar o vibrador de posição quando a superfície apresentar-se brilhante.
Nos pilares

Nos pilares
Nas vigas
Nas Lajes

Detalhe da colocação de
caranguejos no
posicionamento das armaduras
das lajes
Cobrimento da armadura
A importância do Cobrimento de concreto na armadura é de vital
importância na durabilidade, mas também pelos benefícios adicionais, como por
exemplo, a resistência ao fogo. É preocupante ao constatar que esse ponto é
freqüentemente negligenciado.
Cobrimento das armaduras
Cura
A cura é um processo mediante o qual mantém-se um teor de umidade
satisfatório, evitando a evaporação da água da mistura, garantindo ainda, uma
temperatura favorável ao concreto, durante o processo de hidratação dos materiais
aglomerantes.
A cura é essencial para a obtenção de um concreto de boa qualidade. A
resistência potencial, bem como a durabilidade do concreto, somente serão
desenvolvidas totalmente, se a cura for realizada adequadamente.
Tempo de Cura
Para definir o prazo de cura, motivo de constante preocupação de
engenheiros e construtores nacionais, é necessário considerar dois aspectos
fundamentais:
- A relação a/c e o grau de hidratação do concreto;
- Tipo de cimento.
FATOR X (ÁGUA/CIMENTO) EM FUNÇÃO DA RESISTÊNCIA

Resistência média aos 28 dias (fcm)


Fator X (Cimento
Portland I)
Kgf/cm2 MPa
0,37 450 45
0,40 400 40
0,45 350 35
0,50 300 30
0,55 250 25
0,60 220 22
0,65 200 20
0,70 175 17,5
0,75 150 15
0,80 130 13
0,90 100 10
O que devemos verificar antes da concretagem - Plano
de Concretagem

a)Fôrma e Escoramento
b)Armadura
c)Lançamento
d)Adensamento
e)Cura
Desforma
A desforma deve ser realizada de forma criteriosa. Em estruturas
com vãos grandes ou com balanços, deve-se pedir ao calculista um
programa de desforma progressiva, para evitar tensões internas não
previstas no concreto, que podem provocar fissuras e até trincas.

PRAZOS PARA RETIRADA DE FORMAS:

• Faces laterais 3 dias


• Retirada de algumas escoras 7 dias
• Faces inferiores, deixando-se algumas
escoras bem encunhadas 14 dias
• Desforma total, exceto as do item abaixo 21 dias
• Vigas e arcos com vão maior do que 10 m 28 dias
OBRIGADO

TENHAM UMA ÓTIMA


NOITE!!!

You might also like