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2010712022 15:26 e069 Presidéncia da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juridicos LEI N° 8,069, DE 13 DE JULHO DE 1990, Dispée sobre o Estatuto da Crianga e do Adolescente dé outras providéncias. © PRESIDENTE DA REPUBLICA: Fao saber que 0 Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Titulo | Das Disposigdes Preliminares Art, 1° Esta Lei disp6e sobre a protecdo integral a crianga e ao adolescente. Art. 2° Considera-se crianga, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade, Paragrafo nico. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto as pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. Art. 3° A orianga e 0 adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes @ pessoa humana, sem prejulzo da protegdo integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de thes facultar 0 desenvolvimento fisico, mental, moral, espiritual e social, em condigées de liberdade e de dignidade. Paragrafo tinico. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as oriangas e adolescentes, sem discriminagdo de nascimento, situagdo familiar, idade, sexo, raga, etnia ou cor, religiao ou crenga, deficiéncia, condigao Pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condigao econdmica, ambiente Social, regido e local de moradia ou outra condigo que diferencie as pessoas, as familias ou a comunidade em que vivem. (incluido pela Lei n° 13.257, de 2016) Art, 4° E dever da familia, da comunidade, da sociedade em geral e do poder ptiblico assegurar, com absoluta prioridade, a efetivagao dos direitos referentes a vida, a satde, alimentagdo, & educagéo, ao esporte, ao lazer, & Profissionalizagao, 4 cultura, a dignidade, ao respeito, a liberdade e convivencia familiar e comunitaria. Pardgrafo nico. A garantia de prioridade compreende: a) primazia de receber protegdo e socorro em quaisquer circunstancias; b) precedéncia de atendimento nos servigos piblicos ou de relevancia publica ©) preferéncia na formulagao @ na execugao das politicas sociais publicas; 4d) destinagao privilegiada de recursos pablicos nas areas relacionadas com a protegao a infancia e a juventude. Art. 5° Nenhuma crianga ou adolescente serd objeto de qualquer forma de negligéncia, discriminagao, explorago, violencia, crueldade © opressao, punido na forma da lei qualquer atentado, por a¢do ou omissao, aos seus direitos fundamentais, Art, 6° Na interpretagao desta Lei levar-se-do em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigéncias do bem comum, 0s direitos e deveres individuais e coletivos, e a condigéo peculiar da crianga e do adolescente como pessoas em desenvolvimento, Titulo 11 Dos Direitos Fundamentais, Capitulo | Do Direito a Vida e a Satide www planalto.govbriceil_ 0318068 him 168 2010712022 15:26 e069 Art. 7° A orianga e o adolescente tém direito a protecao a vida e a satide, mediante a efetivagao de politicas, socials pUblicas que permitam 0 nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condigées dignas de existéncia, fs asseguradea-gestante-atravée de Sistema nice de Sadde-o-atendimente pré-e-perinatat Art, 8 2£ assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e as politicas de sade da mulher e de planejamento reprodutivo e, as gestantes, nutrigao adequada, aten¢do humanizada a gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pés-natal integral no Ambito do Sistema Unico de Saude. (Redacao dada pela Lei n® 13,257, de 2016) o fer sguinde- enter P* ‘ Se ee oe § 1 £0 atendimento pré-natal sera realizado por profissionais da atengdo priméria. (Reda: 13,257, de 2016) parturiente-seré-atendide-preferenciaimente pet mesme-médico- panhotrna-fase-pré-natal: § 2 20s profissionais de satide de referéncia da gestante garantiréo sua vinculacdo, no ttimo trimestre da ‘gestagdo, ao estabelecimento em que serd realizado o parto, garantido o diteito de opgao da mulher. (Redacdo dada pola Lein® 13,257. de 2016) § 320s servigos de satide onde o parto for realizado assegurardo as mulheres e aos seus filhos recém-nascidos alta hospitalar responsavel e contrarreferéncia na atengao priméria, bem como 0 acesso a outros servigos e a grupos de apoio & amamentacao. (Redacao dada pela Lein® 13,257. de 2016) § 4 2incumbe a0 poder pubblico proporcionar assisténcia psicolégica gestante © & mae, no periodo pré e pés- natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as consequéncias do estado puerperal. (Incluido pela Lein® 12,010, de 2009) Vigéncia Sy i 2 e a §.5 2A assisténcia referida no § 4 deste artigo deverd ser prestada também a gestantes e mes que manifestem interesse om entregar sous fihos para adogdo, bem como a gestantes © maes que se encontrem em situacao de privacao de liberdade, (Redacao dada pela Lei n® 13,257, de 2016) § 6 2A gostante @ a parturiente tém direito a 1 (um) acompanhante de sua preferéncia durante 0 periodo do pré- natal, do trabalho de parto e do pés-parto imediato. (ncluido pela Lei n® 13.257, de 2016) § 7 2A gestante devera receber orientagao sobre aleitamento matemo, alimentagao complementar saudavel © crescimento e desenvolvimento infantil, bem como sobre formas de favorecer a criagéo de vinculos afelivos e de estimular o desenvolvimento integral da crianga. (Inclufdo pela Lei n° 13.257, de 2016) § 8 2A gestante tem direito a acompanhamento saudavel durante toda a gestagao e a parto natural culdadoso, estabelecendo-se a aplicagao de cesariana e outras intervengées cirirgicas por motives médicos. (Incluido pela Lei n® 13.257. de 2016) § 9 2A atengao primaria a satide faré a busca ativa da gestante que nao iniciar ou que abandonar as consultas de pré-natal, bem como da puérpera que néo comparecer as consultas pés-parto. (Incluido pela Lei n® 13.257, de 2016) § 10. Incumbe ao poder pablico garantir, a gestante e & mulher com filho na primeira infancia que se encontrem sob custédia em unidade de privagao de liberdade, ambiéncia que atenda as normas sanitarias e assistenciais do Sistema Unico de Satide para 0 acolhimento do filho, em articulagdo com o sistema de ensino competente, visando ao desenvolvimento integral da crianca. (Incluldo pela Lei n° 13.257, de 2016 Art. 8°-A. Fica instituida a Semana Nacional de Prevengao da Gravidez na Adolescéncia, a ser realizada anualmente na semana que incluir 0 dia 1° de fevereiro, com o objetivo de disseminar informagées sobre medidas Preventivas © educativas que contribuam para a redugao da incidéncia da gravidez na adolescéncia. (Jncluido pala Lei n° 13,798, de 2019) Paragrafo tnico. As agdes destinadas a efetivar 0 disposto no caput deste artigo ficaréo a cargo do poder piblico, em conjunto com organizagées da sociedade civil, e serao dirigidas prioritariamente ao publico adolescente. (Ineluido pela Lei n® 13,798, de 2019) www planalto.govbriceil_ 0318068 him 2168 2010712022 15:26 e069 Art, 9° © poder publico, as instituigdes e os empregadores propiciarao condigdes adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mes submetidas a medida privativa de liberdade. § 1 20s profissionais das unidades primarias de sade desenvolverdo agdes sistematicas, individuais ou coletivas, visando ao planejamento, implementagao e a avaliagdo de agées de promogo, protedo e apoio ao aleitamento materno e @ alimentagao complementar saudavel, de forma continua, (Incluido pela Lei n® 13,257, de 2016) § 220s servigos de unidades de terapia intensiva neonatal deverdo dispor de banco de lelte humano ou unidade de coleta de leite humano. ({ncluido pela Lein® 13,257, de 2016) Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atengdo a salide de gestantes, plblicos e particulares, so obrigados a: manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuarios individuais, pelo prazo de dezoito anos; Il - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressdo plantar e digital e da impressao digital da mae, sem prejuizo de outras formas normatizadas pela autoridade administrativa competente; lil - proceder a exames visando ao diagnéstico ¢ terapéutica de anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem como prestar orientagao aos pais; IV - formecer declaragao de nascimento onde constem necessariamente as intercorréncias do parto e do desenvolvimento do neonato; \V-- manter alojamento conjunto, possibiitando ao neonato a permanéncia junto & mae, VI - acompanhar a pratica do proceso de amamentagao, prestando orientagdes quanto a técnica adequada, enquanto a mae permanecer na unidade hospitalar, utlizando o corpo técnico ja existente. (Includo pela Lei n® 13.436, de 2017) (Vigéncia) § 1° Os testes para o rastreamento de doengas no recém-nascido serdo disponibilizados pelo Sistema Unico de Satide, no Ambito do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), na forma da regulamentagao elaborada pelo Ministério da Satide, com implementagao de forma escalonada, de acordo com a seguinte ordem de progressao: (Uncluido pela Lei n® 14.154, de 2021) Vigéncia |—etapa 1: (Inclufdo pela Lei n? 14,154, de 2021) Vigancia a) fenilcetoniiria e outras hiperfenilalaninemias; _(Incluida pela Lei n® 14,154, de 2024 Vigéncia b) hipotireoidismo congénito; _(Incluida pela Lein® 14.154, de 2021). Vigéncia ) doenga faleiforme e outras hemoglobinopalias; (Incluida pela Lei n® 14.154, de 2021). Vi d) fibrose cistica; (Incluida pela Lein® 14.154, de 2021 Viggncia €) hiperplasia adrenal congénita; _(Incluida pela Lein® 14,154, de 2021). Vigéncia f) deficiéncia de biotinidase; (Incluida pela Lein® 14.154, de 2021) Vigéncia 4) toxoplasmose congénita; (Incluida pela Lei n® 14.154, de 2021) Vigéncia l—etapa 2: (Incluido pela Lei n° 14.154, de 2021). Vigéncia a) galactosemias; _(Incluida pela Lei n® 14.154, de 2021) Vigéncia b) aminoacidopatias; (Incluida pela Lein® 14,154, de 2021) Vigéncia ) distdrbios do ciclo da ureia; (Incluida pela Lei n° 14,154, de 2021) Vigéncia d) distirbios da betaoxidagao dos acidos graxos; (Incluida pela Lei n® 14.154, de 2021) Vigéncia lll — etapa 3: doengas lisossOmicas; (Incluido pela Lei n® 4 54, de 2021 igancia IV— etapa 4: imunodeficiéncias primarias; (Incluido pela Lei n® 14,154, de 2021), Vigéncia \V-—etapa 5: atrofia muscular espinhal, (Incluido pela Lei n® 14.154, de 2021) Vigéncia www planalto.govbriceil_ 0318068 him 2168 2010712022 15:26 e069 § 2° A delimitagao de doengas a serem rastreadas pelo teste do pezinho, no ambito do PNTN, sera revisada periodicamente, com base em evidéncias cientificas, considerados os beneficios do rastreamento, do diagnéstico e do tratamento precoce, priorizando as doengas com maior provaléncia no Pais, com protocolo de tratamento aprovado e ‘com tratamento incorporado no Sistema Unico de Satide. —(Incluldo pela Lein® 14.154, de 2021) Vigéncia § 3° O rol de doengas constante do § 1° deste artigo podera ser expandido pelo poder publico com base nos critérios estabelecidos no § 2° deste artigo. (Incluido pela Lein® 14.154, de 2021) Vigéncia § 4° Durante 0s atendimentos de pré-natal e de puerpério imediato, os profissionais de satide devem informar a gestante e os acompanhantes sobre a importancia do teste do pezinho e sobre as eventuals diferencas existentes entre as modalidades oferecidas no Sistema Unico de Saude e na rede privada de sade. (Incluido pela Lei n® 14,154, de 2021) Vigéncia ‘gerantide-e-reeese-niversat-e-iguatititie-te-apdee-e-eervicoe pare promogiie, protege e reeuperaciie-dereat nigos pare pr Pr recuipers Ad. 11. E assegurado acesso integral as linhas de cuidado voltadas & sade da crianga @ do adolescente, por intermédio do Sistema Unico de Satide, observado o principio da equidade no acesso a aces e servigos para promogao, protecdo e recuperagao da saiide. (Redacao dada pela Lein® 13.257, de 2016) a portadores-de-t receber Ps § 1 2A crianga e o adolescente com deficiéncia serdo atendidos, sem discriminagdo ou segregago, em suas, necessidades gerais de saiide e especificas de habilitagao e reabilitacao. (Redacao dada pela Lei n® 13.257, de 2016) citros recursos relatives ae-tretamento-habiitase-otrreabittacde: § 2 21ncumbe ao poder piiblico fornecer gratuitamente, aqueles que necessitarem, medicamentos, érteses, préteses e outras tecnologias assistivas relativas ao tratamento, habiltagdo ou reabilitagao para criangas e adolescentes, de acordo com as linhas de cuidado voltadas as suas necessidades especificas. (Redacao dada pola Lei n° 13.257, de 2016) § 320s profissionais que atuam no cuidado dirio ou frequente de criangas na primeira infancia receberao formagao especifica e permanente para a deteccdo de sinais de risco para o desenvolvimento psiquico, bem como para ‘© acompanhamento que se fizer necessério. (Incluido pela Lei n® 13.257, de 2016) estabetecime tendimento-&-satide-deverdio-proporcionar es pare ape jem pe-integral-de-um-dos-p ponsivet: = Bode e Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento a satide, inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de cuidados intermedidrios, deverao proporcionar condigSes para a permanéncia em tempo integral de um dos pais ou responsavel, nos casos de internagao de crianga ou adolescente. (Redacdo dada pela Lei n® 13.257, de 2016) P ; 180 obrigetoriementersomunadoe-eo-Goneethe ulelardereepealveoceidade,cenrprejsconde-ouves-providenaies get: Ast. 13. Os casos de suspeita ou confirmagao de castigo fisico, de tratamento cruel ou degradante e de maus- tratos contra crianga ou adolescente serdo obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuizo de outras providéncias legais. (Redacao dada pela Lei n® 13,010, de 2014) § 1 2As gestantes ou maes que manifestem interesse om entregar seus filhos para adogao serao obrigatoriamente encaminhadas, sem constrangimento, & Justica da Infancia e da Juventude, (Incluido pela Lei n® 13.257, de 2016) § 2 20s servigos de satide em suas diferentes portas de entrada, os servigos de assisténcia social em seu componente especializado, o Centro de Referéncia Especializado de Assisténcia Social (Creas) e os demais érgdos do Sistema de Garantia de Direitos da Crianga e do Adolescente deverdo conferir maxima prioridade ao atendimento das criangas na faixa etéria da primeira infancia com suspeita ou confirmacao de violéncia de qualquer natureza, formulando projeto terapéutico singular que inclua intervengdo em rede @, se necessério, acompanhamento domiciliar. (Inclu(do pela www planalto.govbriceil_ 0318068 him 4168 2010712022 15:26 e069 Att. 14, O Sistema Unico de Saiide promovera programas de assisténcia médica e odontolégica para a prevencao das enfermidades que ordinariamente afetam a populago infantil, e campanhas de educagdo sanitaria para pais, educadores e alunos, § 1 2€ obrigatéria a vacinagao das criangas nos casos recomendados pelas autoridades sanitarias, (Renumerado § 220 Sistema Unico de Saude promoverd a atengao @ sade bucal das criangas e das gestantes, de forma transversal, integral e intersetorial com as demais linnas de culdado direcionadas & mulher e a crianga. (Incluido pela Lei n° 13.257, de 2016) § 32A atengao odontolégica a crianga tera funcao educativa protetiva e seré prestada, inicialmente, antes de 0 bebé nascer, por meio de aconselhamento pré-natal, e, posteriormente, no sexto e no décimo segundo anos de vida, com orientacées sobre salide bucal. (Incluido pela Lei n® 13.257, de 2016) § 4A ctianga com necessidade de cuidados odontolégicos especials sera atendida pelo Sistema Unico de Saide. (lncluido pola Lei n® 13.257, de 2016) § 5 £ obrigatéria a aplicagio a todas as criangas, nos seus primeiros dezoito meses de vida, de protocolo ou outro instrumento construido com a finalidade de facilitar a detecgao, em consulta pediatrica de acompanhamento da crianga, de isco para o seu desenvolvimento psiquico. (Incluido pela Lein® 13,438, de 2017) (Vigéncia) Capitulo I Do Direito & Liberdade, ao Respeito e a Dignidade Art. 15. A crianga e o adolescente tém direito a liberdade, ao respeito e a dignidade como pessoas humanas em proceso de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituigao e nas leis. Att. 16, 0 direito a liberdade compreende os sequintes aspectos | -Ir, vire estar nos logradouros publices e espagos comunitérios, ressalvadas as restigées legais; Il opinido e expresséo; Ill-crenga e cult reigioso; IV - brincar, praticar esportes e divert-se; \V- partcipar da vida familiar ¢ comunitéria, sem discriminago; VI- partcipar da vida poltica, na forma da lel; VII- buscar refigi, auxilo e orientagao. Att. 17, O dieito a0 respeito consiste na inviolabilidade da integridade fisica, psiquica e moral da crianga © do adolscni,abrangendo a preseragao da magom, da Wentdae, da aon, do vars, iis eens, doe ‘Ast 18, E dever de todos velar pela dignidade da crianga © do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatério ou constrangedor. Art. 18-A. A crianca e o adolescente tém o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo fisico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de corregao, disciplina, educagao ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da familia ampliada, pelos responsdveis, pelos agentes puiblicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, traté-los, educé-los ou protegé-los. (Incluido pola Lei n? 13,010, de 2014) Paragrafo Unico, Para os fins desta Lei, considera-se: (Incluido pela Lei n® 13.010, de 2014) | - castigo fisico: ago de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com 0 uso da forga fisica sobre a crianga ou 0 adolescente que resulte em: (Incluido pela Lei n® 13,010, de 2014) a) sofrimento fisico; ou (Incluido pela Lei n® 13.010, de 2014) ») lesdio; (Incluido pela Lei n® 13.01 de 2014) www planalto.govbriceil_ 0318068 him 5168 2010712022 15:26 e069 I\- tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relagao & crianga ou ao adolescente ‘que: (Incluido pela Lei n? 13.010, de 2014 a) humilhe; ou (Incluido pela Let n° 13.010, de 2014) b) ameace gravemente; ou (Incluido pela Lei n® 13,010, de 2014) ©) ridicularize. (Incluido pela Lei n® 13.010, de 2014) Art, 18-B. Os pais, os integrantes da familia ampliada, os responsaveis, os agentes publicos executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de culdar de criangas ¢ de adolescentes, traté-los, educé-los, ‘0u protegé-los que utlizarem castigo fisico ou tratamento cruel ou degradante como formas de corregao, disciplina, educagao ou qualquer outro pretexto estarao sujeitos, sem prejuizo de outras sangdes cabiveis, as seguintes medidas, que serdo aplicadas de acordo com a gravidade do caso: (Incluido pele Lei n® 13.010, de 2014) encaminhamento a programa oficial ou comunitério de protegao & familia; (Incluido pela Lei n® 13.010, de 2014) II- encaminhamento a tratamento psicol6gico ou psiquitrico; (Incluldo pela Lei n® 13.010, de 2014) lil -encaminhamento a cursos ou programas de orientagao; (Incluido pela Lei n® 13,010, de 2014) IV- obrigago de encaminhar a crianga a tratamento especializado; (Incluido pela Lei n® 13.010, de 2014) V- adverténcia, (Incluido pela Lei n® 13,010. de 2014) VI- garantia de tratamento de saiide especializado a vitima. _(Inclufdo pela Lein® 14.344, de 202) Vignci Pardgrafo Unico. As medidas previstas neste artigo sero aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejulzo de outras providéncias legais,(Incluido pela Lei n® 13,010, de 204) Capitulo i De Direito & Convivéncia Familiar e Comunitaria Segio! Disposigées Gerais Art. 19. E direito da crianga e do adolescente ser criado @ educado no seio de sua familia e, excepcionalmente, em familia substituta, assegurada a convivéncia familiar © comunitéria, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. (Redacdo dada pela Lei n° 13.257, de 2016) _ ridace-judicidria-competente plinar-dect -fondamentadta-peta-p faded em quieise °F rt-BB-deste ter § 1 2Toda crianga ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional tera sua situago reavaliada, no maximo, a cada 3 (Irés) meses, devendo a autoridade judiciaria competente, com base em relatério elaborado por equipe interprofissional ou muttidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegracdo familiar ou pela colocagao em familia substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei. (Redacdo dada pela Lei n® 13,509, de 2017) § 2°A permanéncia da crianga e do adolescente em programa de acolhimento institucional nao se prolongara por mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior inleresse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciaria, (Redacao dada pela Lein® 13,509, de 2017) rantiten¢o-ot-reintegraga fanga-ot-adolescente-é-sta-tamiia_terd-preferéncia-em-relagdo-a pardgrafe-tniced — ste de capt rt ah do-eaput-de-ert ee finelside pele Leint 42,040-de 2009} Vigénela www planalto.govbriccil_ 038069 him e168 2010712022 15:26 e069 § 3A manutengao ou a reintegragao de crianca ou adolescente @ sua familia terd proferéncia em relagdo a ‘qualquer outra providancia, caso em que serd esta incluida em servigos e programas de protegdo, apoio © promogao, nos termos do § 1 2do art. 23, dos incisos | e IV do caput do art. 101 ¢ dos incisos | a IV do caput do art. 129 desta Lei (Bedacdo dada pela Lei n® 13,257..de 2016) § 4 2Serd garantida a convivéncia da crianga e do adolescente com a mae ou o pai privado de kberdade, por meio de Visitas periédicas promovidas pelo responsivel ou, nas hipdteses de acolhimento institucional, pela enidade responsave, independentements de autorizagao judicial. (Incluido pela Lei n® 12.962, de 2014) § 5 2Serd garantida @ convivéncia integral da crianga com a mae adolescente que estiver em acolhimento institucional, (Incluido pela Lei n° 13.509, de 2017) § 6 2A mae adolescente serd assistida por equipe especializada multidiscipinar.(Incluido pela Lei n® 13,509, de 2017) Art. 19-A. A gestante ou mae que manifeste interesse em entregar seu filho para adogéo, antes ou logo apés 0 nascimento, sera encaminhada a Justiga da Infancia e da Juventude. (|ncluido pela Lein’ 13.509, de 2017) § 172A gestante ou mae sera ouvida pela equips interprofissional da Justiga da Infancia e da Juventude, que apresentara relal6rio A autoridade judiciéria, considerando inclusive os eventuals efeitos do estado gestacional & puerperal, (Incluido pela Lel n® 13.509, de 2017) § 2 2De posse do relatério, a autoridade judiciaria podera determinar o encaminhamento da gestante ou mae, mediante sua expressa concordancia, a rede piblica de satide ¢ assisténcia social para atendimento especializado. (Incluido pela Lei n® 13.509, de 2017) § 3 2A busca a familia extensa, conforme definida nos termos do pardgrafo Unico do art. 25 desta Lei, respeitara o prazo maximo de 90 (noventa) dias, prorrogavel por igual periodo. (Incluido pela Lei n® 13.509, de 2017, § 4 2Na hipétese de nao haver a indicagao do genitor e de nao existir outro representante da familia extensa apto a receber a guarda, a autoridade judiciéria competente devera decretar a extingéo do poder familiar determinar a colocagao da crianga sob a guarda proviséria de quem estiver habilitado a adolé-la ou de entidade que desenvolva programa de acolhimento familiar ou institucional. (Incluido pela Lei n® 13,509, de 2017) § 5 2Apés o nascimento da crianga, a vontade da mae ou de ambos os genitores, se houver pai registral ou pai indicado, deve ser manifestada na audiéncia a que se refere o § 1 °do art. 166 desta Lei, garantido o sigilo sobre a entrega. (Incluido pela Lein® 13.09, de 2017) 5-6 [VETABO}-{inckiide peletein®49:500-de 2647) § 6° Na hipdtese de nao comparecerem audiéncia nem o genitor nem representante da familia extensa para confirmar a intengao de exercer o poder familiar ou a guarda, a autoridade judicidria suspenderd o poder familiar da mae, e a crianga sera colocada sob a guarda proviséria de quem esteja habilitado a adoté-a. (|ncluido pela Lei n® 13.509, de 2017) §7 20s detentores da guarda possuem o prazo de 15 (quinze) dias para propor a agao de adogao, contado do dia seguinte & data do término do estagio de convivéncia. (Incluido pela Lei n® 13.509, de 2017) § 8 2Na hipdtese de desisténcia pelos genitores - manifestada em audiéncia ou perante a equipe interprofissional - dda entrega da crianga apés o nascimento, a crianga serd mantida com os genitores, © sera determinado pela Justiga da Infancia e da Juventude 0 acompanhamento familiar pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias. (Incluido pela Lei n* 13.509, de 2017) §.92E garantido & mae o direito ao sigilo sobre o nascimento, respeitado o disposto no art. 48 desta Lei. (Incluido pola Lain® 13.509, de 2017 SHO-EVETADO}-lolvida peace hie ee § 10. Serdo cadastrados para adogo recém-nascidos e criangas acolhidas nao procuradas por suas familias no prazo de 30 (trinta) dias, contado a partir do dia do acolhimento, (Incluido pela Lei n® 13,509, de 2017) Art. 19-8. A crianga 0 adolescente em programa de acolhimento institucional ou familiar poderdo participar de programa de apadrinhamento. (Incluido pela Lei n° 13,509, de 2017) § 120 apadrinhamento consiste em estabelecer e proporcionar a crianga e ao adolescente vinculos externos @ Instituigdo para fins de convivéncia familar e comunitaria e colaboragao com o seu desenvolvimento nos aspectos social, moral, fisico, cognitivo, educacional e financeiro. (Incluido pela Lei n® 13.509, de 2017 www planalto.govbriceil_ 0318068 him 7168 2010712022 15:26 e069 SP 2{VETADO}-{incluide-pele-teint +3,500-de-2047) § 2° Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores de 18 (dezoito) anos nao inscritas nos cadastros de adogao, desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de apadrinhamento de que fazem parte. (Incluido pela Lei n® 13,509, de 2017) § 3 2Pessoas juridicas podem apadrinhar crianga ou adolescente a fim de colaborar para o seu desenvolvimento. {Incluido pola Loin’ 13.509, de 2017) § 420 perfil da crianga ou do adolescente a ser apadrinhado sera definido no Ambito de cada programa de apadrinhamento, com prioridade para criangas ou adolescentes com remota possibllidade de reinserao familiar ou colocagao em familia adotva, (Incluido pela Lei n® 13.509, de 2017) § 5 20s programas ou servigos de apadrinhamento apoiados pela Justiga da Infancia e da Juventude poderdo ser executados por érgaios publicos ou por organizagées da sociedade civil, (Incluido pela Lei n® 13.509, de 2017) § 6 2Se ocorrer violagao das regras de apadrinhamento, os responsaveis pelo programa e pelos servigos de acolhimento deverao imediatamente notificar a autoridade judiciaria competente. (Incluido pela Lei n° 13.509, de 2017) Art. 20. Os filhos, havidos ou no da relagao do casamento, ou por adogdo, teréo os mesmos direitos e qualificag6es, proibidas quaisquer designacées discriminatérias relativas a fiiagao. Art. 21. O péttio-peder poder familiar sera exercido, em igualdade de condigées, pelo pal e pela mae, na forma do que dispuser a legislagao civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de discordancia, recorrer a autoridade Art. 22, Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educagao dos fihos menores, cabendo-Ihes ainda, no interesse destes, a obrigacdo de cumprir e fazer cumprir as determinagdes judiciais. Pardgrafo tinico. A mae e 0 pai, ou os responsdveis, tém direitos iguais e deveres e responsabilidades compartilhados no cuidado e na educacao da crianga, devendo ser resguardado o direito de transmissao familiar de suas crengas e culturas, assegurados 0s direitos da crianga estabelecidos nesta Lei. (Jncluido pela Lei n® 13,257, de 2016) Art. 23. A falta ou a caréncia de recursos materiais no constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensdo do § 1 2Néo existindo outro motive que por si sé autorize a decretagao da medida, a crianga ou o adolescente sera mantido em sua familia de origem, a qual deverd obrigatoriamente ser incluida em servigos e programas oficiais de protego, apoio e promogdo. (Redacao dada pela Lei n® 13.257, de 2016) § 2° A condenagéo criminal do pai ou da mée nao implicaré a destituigao do poder familiar, exceto na hipdtese de condenagao por crime doloso sujeito A pena de reclusao contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar ou contra filho, filha ou outro descendente. (Redapdo dada pela Lei n° 13.715, de 2018) ‘Att. 24. A perda e a suspensao do pétrie-poder poder familiar serao decretadas judicialmente, em procedimento contraditério, nos casos previstos na legislagao civil, bem como na hipétese de descumprimento injustificado dos deveres. Art. 25. Entende-se por familia natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes. www planalto.govbriceil_ 0318068 him 2168 2010712022 15:26 e069 Paragrafo Unico. Entende-se por familia extensa ou ampliada aquela que se estende para além da unidade pais filhos ou da unidade do casal, formada por parentes préximos com os quais a crianga ou adolescente convive e mantém vinculos de afinidade e afetividade, (Incluido pela Lei n® 12,010, de 2009) Vigéncia Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderdo ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no préprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento publica, qualquer que soja a ‘origem da fliagao. Paragrafo nico, O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou suceder-Ihe ao falecimento, se deixar descendentes. Art. 27. O reconhecimento do estado de filiagao € direito personalissimo, indisponivel e imprescritivel, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restricao, observado o segredo de Justia Segdo Ill Da Familia Substituta Subsegao | Disposiges Gerai Art. 28. A colocagao em familia substituta far-se-& mediante guarda, tutela ou adogao, independentemente da situagao juridica da crianca ou adolescente, nos termos desta Lei. 5 see ‘ “ considerade: § 1 2Sempre que possivel, a crianca ou 0 adolescente seré previamente ouvido por equipe interprofissional, respeitado seu estagio de desenvolvimento e grau de compreenséo sobre as implicagdes da medida, e tera sua opinido re pedidotevense-e arairde parentescoes relagie de sfinidace cindy afetvidede: ‘ i tev § 2 °Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, serd necessdrio seu consentimento, colhido em audiéncia. (Redagdo dada pela Lai n® 12,010, de 2009) Vigéneia § 3 2Na apreciago do pedido levar-se-a em conta o grau de parentesco e a relagio de afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequéncias decorrentes da medida, (Incluido pela Lei 0, de 2008) Vigéncia § 420s grupos de itmaos serdo colocados sob adogao, tutela ou guarda da mesma familia substituta, ressalvada a comprovada existéncia de risco de abuso ou outra situagao que justifique plenamente a excepcionalidade de solugao diversa, procurando-se, em qualquer caso, evitar 0 rompimento definitive dos vinculos fraternais. (Jnciuido nela Lei n° 12.010, de 2009) Vigéncia §52A colocacao da crianga ou adolescente em familia substituta sera precedida de sua preparagao gradativa e acompanhamento posterior, realizados pela equipe interprofissional a servico da Justiga da Infancia e da Juventude, Preferencialmente com 0 apoio dos técnicos responsaveis pela execugao da politica municipal de garantia do direito & convivéncia familiar. (Incluido pela Lei n® 12,010, de 2009) Vigéncia § 6 £m se tratando de crianga ou adolescente indigena ou proveniente de comunidade remanescente de uilombo, é ainda obrigatério: (Incluido pela Lel n® 12.010, de 2009) Vigéncia | - que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social e cullural, os seus costumes e tradigées, bem como suas instituig6es, desde que nao sejam incompativeis com os direitos fundamentais reconhecidos por esta Lei ¢ pela lll - a intervengao e oitiva de representantes do érgao federal responsavel pela politica indigenista, no caso de criangas e adolescentes indigenas, e de antropélogos, perante a equipe interprofissional ou mullidisciplinar que ird Art. 29. Nao se deferiré colocagao em familia substituta a pessoa que revele, por qualquer modo, incompatibilidade com a natureza da medida ou ndo oferega ambiente familiar adequado. www planalto.govbriceil_ 0318068 him 9168 2010712022 15:26 e069 Art, 30, A colocacao em familia substituta nao admitira transferéncia da crianga ou adolescente a terceiros ou a entidades governamentals ou ndo-governamentais, sem autorizagdo judicial Art. 31. A colocagéo em familia substituta estrangeira constitui medida excepcicnal, somente admissivel na modalidade de adogo, Art. 32. Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsavel prestaré compromisso de bem e flelmente desempenhar 0 encargo, mediante termo nos autos. Subsegao Il Da Guarda Art. 33. A guarda obriga a prestagao de assisténcia material, moral e educacional a crianga ou adolescente, conferindo a seu detentor o dielto de opor-se a terceiros, inclusive aos pais, (Vide Lein® 12.010, de 2009) Vigéncia § 1° A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adogao, exceto no de adogo por estrangeiros. § 2° Excepcionalmente, deferir-se-4 a guarda, fora dos casos de tutela e adogo, para atender a situages peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsavel, podendo ser deferido o direito de representago para a pratica de atos determinados. § 3° A guarda confere a crianga ou adolescents a condi¢ao de dependente, para todos os fins @ efeitos de direito, inclusive previdenciarios. § 4 2Salvo expressa e fundamentada determinagao em contrério, da autoridade judiciaria competente, ou quando a medida for aplicada em preparago para adopéo, 0 deferimento da guarda de crianga ou adolescente a terceiros nao impede 0 exercicio do direito de visitas pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos, que serdo objeto de requiamentagao espectfica, a pedido do interessado ou do Ministério Public (Incluido pela Lei Vigéncia Att poder-pi eatery jet tesidios: 7 seb-2 forma-ce-guada-de-onangn a ndolescente-drfde-ow neaneannac: Art. 34. poder pablico estimulard, por meio de assisténcia juridica, incentivos fiscais e subsidios, o acolhimento, sob a forma de guarda, de crianga ou adolescente afastado do convivio familiar. (Redacao dada pela Lei n® 12.010, de 2009) Viggncia § 1.2A incluso da crianga ou adolescente em programas de acolhimento familiar tera preferéncia a seu acolhimento institucional, observado, em qualquer caso, o cardter tempordrio e excepcional da medida, nos termos desta Lei. (Incluido pela Lei n® 12,010, de 2009) § 2 2Na hipétese do § 1 2deste artigo a pessoa ou casal cadastrado no programa de acolhimento familiar poder& receber a crianga ou adolescente mediante guarda, observado o disposto nos arts, 28 a 33 desta Lei, (Jnoluido pela Lei 12 42,010, de 2009) Vigéncia '§3 2A Unido apoiara a implementagao de servicos de acolhimento em familia acolhedora como politica publica, 05 quais deverdo dispor de equipe que organize o acolhimento temporério de criancas e de adolescentes em residéncias de familias selecionadas, capacitadas © acompanhadas que nao estejam no cadastro de adogao. (Incluido pela Lei n® 13,257, de 2016) § 4 2Poderao ser utilzados recursos federais, estaduais, distritais e municipais para a manutengao dos servigos de acolhimento em familia acolhedora, facultando-se o repasse de recursos para a prépria familia acolhedora, (Incluldo pela Lei n? 13.257, de 2016) Art. 35. A guarda poderé ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério Publico. Subsegao Ill Da Tutela Art-36-Actutelerserérdeferide nos termos-datet-civi a pessoa de-att-vinte-e-tmranosincompletos: Art. 36, A tutela sera deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos incompletos. (Redacao dada pela Lein® 12.010, de 2009) Vigéncia www planalto.govbriceil_ 0318068 him 10168 2o1077022 15:28 Lense Paragrafo Unico. O deferimento da tutela pressupée a prévia decretagao da perda ou suspensao do pétrie-peder poder familiar e implica necessariamente o dever de guarda, (Expresso substitulda pela Lei n° 12.010, de 2009) Vigéncia especiaiizagso-de-hipotecategat-seré-dispensada-sempre—a telado-nbo-posstii bens tendimentoe car parteelauet outta metve teevante: a ec oe Srrdepensadese pone rem pene jteloeo nae haven i provi ‘Art. 37. 0 tutor nomeado por testamento ou qualquer documento auténtico, conforme previsto no pardgrafo tinico do art. 1.729 da Lein 210.406, de 10 de janeiro de 2002 - Cédigo Civil, deverd, no prazo de 30 (trinta) dias apés a abortura da sucessao, ingressar com pedido destinado ao controle judicial do ato, observando 0 procedimento previsto i dada pola Lei n® 12.04 Paragrafo tinico. Na apreciagdo do pedido, serao observados os requisitos previstos nos arts. 28 @ 29 desta Lei, somente sendo deferida a tutela a pessoa indicada na disposieao de tilima vontade, se restar comprovado que a medida 6 vantajosa ao tutetando e que no existe outra pessoa em melhores condigées de assumisla. (Redacao dada pela Lei n® 12.010, de 2009) Vigéncia Art. 38. Aplica-se a destituigao da tutela 0 disposto no art. 24. Subsegao IV Da Adogao Art. 39, A adocdo de crianga e de adolescente reger-se-8 segundo o disposto nesta Lei, Perégrafe-tinice tvedade-a-adegtie-por-procuragée- § 1 2A adogdo & medida excepcional « irrevogavel, & qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de manutengao da crianga ou adolescente na familia natural ou extensa, na forma do parégrafo tnico do art. 25 desta § 3 2Em caso de conflito entre direitos @ interesses do adotando © de outras pessoas, inclusive sous pais biolégicos, devem prevalecer os direitos e os interesses do adotando. (Incluldo pela Lei n® 13,509, de 2017) Art. 40, O adotando deve contar com, no maximo, dezoito anos a data do pedido, salvo se ja estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes Art. 41. A adogdo atribui a condigao de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessérios, desligando-o de qualquer vinculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimonials. § 1° Se um dos cénjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantém-se os vinculos de filiagdo entre o adotado & ‘© cénjuge ou concubino do adotante © os respectivos parents. § 2° E reciproco 0 diteito sucessério entre 0 adotado, seus descendentes, o adotante, seus ascendentes, doscendontes @ colaterais até 0 4° grau, observada a ordem de vocagao hereditria Art-42-Podenredoteres-meiores-de-vinte-e-umanesindependentemente-de-estade-civit Art. 42, Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil (Redagdo dada pela Lei n® 12.010. de 2009) Vigéncia §§ 1° Nao podem adotar os ascendentes e os irméos do adotando. Pe i poderdser_formatizada,—desde—que—uim-detes cemoleinde vinie = unanes de jeace comprovada a estasiheace da-fanvhn: § 2 2 Para adogo conjunta, & indispensdvel que os adotantes sejam casados civlmente ou mantenham uniéo estavel, comprovada a estabilidade da familia. (Redagdo dada pela Lei n® 12.010, de 2009) Vigéncia § 3° O adotante hé de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que 0 adotando. parados-pr econ = eqte-acor www planalto.govbricevil_ 03/8069 him 168 2010712022 15:26 e069 eonjigah § 4 20s divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que 0 estagio de convivéncia tenha sido iniciado na constancia do periodo de convivéncia e que seja comprovada a existéncia de vinculos de afinidade e afetividade com aquele nao detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessao, (Redacao dada pela Lein® 12,010, de 2009) Vigencia quarda compartihada, conforme previsto no art, 1.584 da Lei (Redacdo dada pela Lei n® 12,010. de 2009) Vigéncia § 6A adogio podera ser deferida ao adotante que, apés inequivoca manifestagao de vontade, vier a falecer no Art. 43. A adogao serd deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando ¢ fundar-se em motivos legitimos. Art. 44, Enguanto nao der conta de sua administragao e saldar 0 seu alcance, néo pode o tutor ou curador adotar 0 pupilo ou o curatelado. Art. 45, A adogao depende do consentimento dos pais ou do representante legal do adotando. § 1°. O consentimento seré dispensado em relagao a crianga ou adolescente cujos pais sejam desconhecidos ou tenham sido destituidos do péttirpeder poder familiar. (Exoressao substituida pela Lei n® 12,010, de 2009) VigSncia § 2°. Em se tratando de adotando maior de doze anos de idade, serd também necessério o seu consentimento. ‘stitoridede judichirie-fxar-obeervadee-ee-peettaridades-de-case- Art. 46, A adogao serd precedida de estégio de convivéncia com a crianga ou adolescente, pelo prazo maximo de 90 (noventa) dias, observadas a idade da crianga ou adolescente © as peculiaridades do caso. (Redaréo dada pela Lei 1° 13.509, de 2017) § 120 estagio de convivéncia podera ser dispensado se o adotando jé estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente para que seja possivel avaliar a conveniéncia da constituigao do vinculo, (Redacao dada pela Lein® 12.010, de 2008) Vigéncia aso-de-adogie por estrangeireresidente taco forarde-Pais-o-estigio de-convivéncia;cumpr fr < Pai quande-se-tratardeadotande-scimerdedeisanos-derdade: § 2A simples guarda de fato nao autoriza, por si s6, a dispensa da realizagao do estagio de convivéncia. §2°-A. 0 prazo maximo estabelecido no caput deste artigo pode ser prorrogado por até igual periodo, mediante decisdo fundamentada da autoridade judiciaria, (Incluido pela Lein® 13.509, de 2017 Env ease de-adogte por pessor-otremsetresidente sndo-tore-do- Prise estigio-de-comvivéncio: ome ° eine Hin : : §32Em caso de adogao por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do Pais, o estagio de convivéncia seré 4de, no minimo, 30 (trinta) dias e, no maximo, 45 (quarenta e cinco) dias, prorrogavel por até igual periodo, uma tnica vez, mediante decisdo fundamentada da autoridade judiciéria. (Redado dada pela Lein® 13.509, de 2017) §32A Ao final do prazo previsto no § 3 2deste artigo, devera ser apresentado laudo fundamentado pela equipe nada no § 4 2deste artigo, que recomendaré ou no o deferimento da adogio a autoridade judiciéria. (Incluido pola Loin’ 13.509. de 2017) www planalto.govbriceil_ 0318068 him 12168 2010712022 15:26 e069 § 420 estagio de convivéncia sera acompanhado pela equipe interprofissional a servico da Justiga da Infancia & da Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos responsadveis pela execugao da politica de garantia do direito & convivéncia familiar, que apresentarao relatério minucioso acerca da conveniéncia do deferimento da medida. (Incluido pela Lein® 12,010, de 2009) Viggncia § 5 20 estagio de convivéncia sera cumprido no terrtério nacional, preferencialmente na comarca de residéncia da crianga ou adolescente, ou, a critério do juiz, em cidade limitrofe, respeitada, em qualquer hipdtese, a competéncia do juizo da comarca de residéncia da erianga. (Incluido pela Lei n® 13.509, de 2017) Art. 47. © vinculo da adogo constitui-se por sentenga judicial, que seré inscrita no registro civil mediante mandado do qual nao se forecerd certidao. § 1° A insctigéo consignaré o nome dos adotantes como pais, bem como o nome de seus ascendentes. § 2° O mandado judicial, que sera arquivado, cancelaré o registro original do adotado. * s §32A padido do adotante, 0 novo registro podera ser lavrado no Cartério do Registro Civil do Municipio de sua § 42Nenhuma observagao sobre a origem do ato podera constar nas cortidées do registro. (Redagao dada pola Lei n® 12,010, de 2009) Vigéncia prenone: § 5A sentenga conferira ao adotado © nome do adotante e, a pedido de qualquer deles, podera determinar a modificagao do prenome. (Redacao dada pela Lei n® 12.010, de 2009) Vigé: adogie prodise-sente-efeitoe-e-par iitoremrjuige 42--§-68 ease em queteré force retroative-é date-do Sbito: § 6 2Caso a modificagso de prenome seja requerida pelo adotante, 6 obrigatéria a oitiva do adotando, observado 0 disposto nos §§ 1 20 2 2do art. 28 desta Lei. (Redagao dada pela Lein’® 12,010, de 2009) Vigéncia rerhipétese-previste-no-ark: § 7 2A adocdo produz seus efeitos a partir do transito em julgado da sentenca constitutiva, exceto na hipétese Prevista no § 6 2do art. 42 desta Lei, caso em que tera forga retroativa a data do dbito, (Incluido pela Lei n® 12.010, de 2009) Vigencia § 8 20 proceso relativo & adogao assim como outros a ele relacionados serao mantidos em arquivo, admitindo-se seu armazenamento em microfilme ou por outros meios, garantida a sua conservagao para consulta a qualquer tempo. (ncluido pela Let n® 12.010, de 2008) Vigéncia § 9° Terdo prioridade de tramitagdo os processos de adogao em que o adotando for erianga ou adolescente com deficiéncia ou com doenga crénica, (Incluido pela Lei n° 12.955, de 2014) § 10. O prazo maximo para conclusdo da agao de adogao sera de 120 (cento e vinte) dias, prorrogavel uma tinica vvez por igual periodo, mediante deciséo fundamentada da autoridade judicidria. (Incluido pela Lei n® 13.509, de 2017) Att-48-Aradogae-timevogavel Art. 48, O adotado tem direito de conhecer sua origem biolégica, bem como de obter acesso irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, apés completar 18 (dezoito) anos. (Redapo dada pela Lei 12.010, de 2009) Vigéncia Pardgrafo Unico. © acesso ao proceso de adogéo poder ser também deferido ao adotado menor de 18 (dezoito) anos, a seu pedido, assegurada orientagao e assisténcia juridica e psicoldgica, (Incluido pela Lei n° 12.010, de 2009) Vigéncia Art, 49, A morte dos adotantes nao restabelece o pétrio-peder-poder familiar dos pais naturais. (Expressao Art. 50. A autoridade judiciéria manter, em cada comarca ou foro regional, um registro de criangas & adolescentes em condigées de serem adotados @ outro de pessoas interessadas na adogéo, (Vide Lei n® 12.010, de 2009) Vigéncia www planalto.govbriceil_ 0318068 him 13168 2010712022 15:26 e069 § 1° O deferimento da inscrigao dar-se-4 apés prévia consulta aos érgaos técnicos do juizado, ouvido 0 Ministério Publico. § 2° Nao serd deferida a inscrigo se 0 interessado ndo satisfizer os requisites legals, ou verificada qualquer das hipéteses previstas no art. 29. § 3 2A inscrigdo de postulantes a adogao sera precedida de um periodo de preparacao psicossocial ¢ juridica, orientado pela equipe técnica da Justia da Infancia e da Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos responsaveis pela execugao da politica municipal de garantia do direito @ convivéncia familar. (Incluido pela Lei n° 12.010, de 2009) Vigéneia § 4 Sempre que possivel e recomendavel, a preparagao referida no § 3 deste artigo incluird o contato com ctiangas e adolescentes em acolhimento familiar ou institucional em condigées de serem adotados, a ser realizado sob a orientagao, supervisdo @ avaliagdo da equipe técnica da Justiga da Infancia © da Juventude, com apoio dos técnicos responsaveis pelo programa de acolhimento e pela execugao da politica municipal de garantia do direito a convivencia familar. (Incluido pela Lei n® 12.010, de 2009) Vigéncia § 5 °Serdo criados e implementados cadastros estaduals ¢ nacional de criangas e adolescentes em condigées de serem adotados e de pessoas ou casais habilitados a adogao. (Incluido pela Lein® 12.010, de 2008) VigSncia § 6 2Havera cadastros distintos para pessoas ou casals residentes fora do Pals, que somente serdo consultadas nna inexisténcia de postulantes nacionais habilitados nos cadastros mencionados no § 5 2deste artigo. (Jncluido pela Lei n° 12.010, de 2009) Vigéncia § 7 2As autoridades estaduais e federais em matéria de adogao terdo acesso integral aos cadastros, incumbindo- thes a troca de informagées e a cooperagdo miitua, para melhoria do sistema. (Incluido pela Lei n® 12.010, de 2009) Vigéneia § 8 2A autoridade judiciaria providenciaré, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a inscrigo das criancas © adolescentes em condigées de serem adotados que nao tiveram colocagao familiar na comarca de origem, © das pessoas ou casals que tiveram deferida sua habllitagdo A adocao nos cadastros estadual e nacional referidos no § § 2 deste artigo, sob pena de responsabilidade. (Incluido pela Lein® 12,010, de 2009) Vigéncia § 9 2Compete a Autoridade Central Estadual zelar pela manutengdo e correta alimentacao dos cadastros, com posterior comunicagao a Autoridade Central Federal Brasileira. (Incluido pela Lein® 12.010. de 2009) Vigéncia . oogio-intema: ent sort deerida sor apse a0-cadasiro-de-p asais rat referides-no-§ 5 deste artigo ni ade-interessadh eidéneia- permanente ne-Bras ido pele-Lein! 42:610-de 2000} Vigéneie '§ 10. Consultados os cadastros e verificada a auséncia de pretendentes habilitados residentes no Pals com perfil compativel e interesse manifesto pela adogao de crianga ou adolescente inscrito nos cadastros existentes, sera realizado ‘9 encaminhamento da crianga ou adolescente & adogdo internacional. (Redago dada pela Lei n® 13.509, de 2017) § 11. Enquanto nao localizada pessoa ou casal interessado em sua adogdo, a crianga ou 0 adolescente, sempre que possivel @ recomendavel, serd colocado sob guarda de familia cadastrada em programa de acolhimento familar. § 13. Somente podera ser deferida adogao em favor de candidato domiciliado no Brasil nao cadastrado previamente nos termos desta Lei quando: (Incluldo pela Lein® 12,010, de 2009) Vi se tratar de pedido de adogo unilateral; (Incluido pela Lei n® 12.010, de 2009) Vigancia II - for formulada por parente com o qual a crianga ou adolescente mantenha vinculos de afinidade e afetividade; (Incluido pela Lei n® 12,010, de 2008) Vigéncia lil - oriundo © pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de crianga maior de 3 (trés) anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo de convivéncia comprove a fixagao de lacos de afinidade e afetividade, e nao seja constatada a ocorréncia de mé-fé ou qualquer das siluacées previstas nos arts. 237 ou 238 desta Lei. (Incluido pela Lei 12.12,010. de 2009) Vigdncia § 14. Nas hipéteses previstas no § 13 deste artigo, o candidato devera comprovar, no curso do procedimento, que preenche os requisitos necessarios @ adogao, conforme previsto nesta Lei. (Incluido pela Lei n® 12,010, de 2009) Vigancia www planalto.govbriceil_ 0318068 him ‘4168 2010712022 15:26 e069 § 15. Sera assegurada prioridade no cadastro a pessoas interessadas em adotar crianga ou adolescente com deficiéncia, com doenga crénica ou com necessidades especificas de satide, além de grupo de irmaos. (|ncluldo pela Lei nn? 13,509, de 2017) Art. 51. Considera-se adogéo intemacional aquola na qual o protendente possui residéncia habitual om pais-parte da Convengao de Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa a Protecdo das Criangas e @ Cooperagao em Matéria de ‘Adogo Internacional, promulgada pelo Decreto n 23.087. de 21 junho de 1999 , ¢ deseja adolar crianga em outro pais- parte da Convengao. (Redacao dada pola Loi n® 13.509, de 2017) -andidato-deveré-comprovar—mediante ‘expedide-peta-autoridade-competente-do-resper § 1 2A adogdo interacional de crianga ou adolescente brasileiro ou domiciiado no Brasil somente teré lugar quando restar comprovado: (Redagao dada pela Lei n® 12,010, de 2009) Vi agdor-em-tariie tas cade eto; 2009} Vigéneia | - que a colocagao em familia adotiva é a solugao adequada ao caso concreto; (Redacao dada pala Lei n® 13.509, de 2017) feira raps Il - que foram esgotadas todas as possibilidades de colocagdo da crianga ou adolescente em familia adotiva brasileira, com a comprovacao, certificada nos autos, da inexisténcia de adotantes habilitados residentes no Brasil com perfil compativel com a crianga ou adolescente, apés consulta aos cadastros mencionados nesta Lei; (Redacao dada pela Lein® 13.509, de 2017) lll - que, em se tratando de adogao de adolescente, este foi consultado, por meios adequados ao seu estagio de desenvolvimento, e que se encontra preparado para a medida, mediante parecer elaborado por equipe interprofissional, pertinente-é-egi . mpanhade-de-p respectivervig § 220s brasileiros residentes no exterior terdo preferéncia aos estrangeiros, nos casos de adogao internacional de crianga ou adolescente brasileiro. (Redaco dada pela Lei n® 12.010, de 2009) Vigéncia piiblicejuramentade: S ond Ps vi rat-(Revogado pela de 2009) Vigéncia Pe préviowe-anitise-de sorestadat re ao-que-fornecert-orespt ao-pare-instrsit-o- prot Ps Partgrafe-t mpel ‘ registro centratizadk gett dood Art. 52, A adogo internacional observara o procedimento previsto nos arts. 165 a 170 desta Lei, com as seguintes adaptagées: (Redagdo dada pela Lei n® 12.010, de 2009) Vigéncia | - a pessoa ou casal estrangeiro, interessado em adolar crianga ou adolescente brasileiro, deverd formular pedido de habiltago a adocao perante a Autoridade Central em matéria de adogao internacional no pais de acolhida, assim www planalto.govbriceil_ 0318068 him 451 2010712022 15:26 e069 Il ~ se a Autoridade Central do pais de acolhida considerar que 0s solicitantes estao habilitados e aptos para adotar, emitira um relatétio que contenha informagées sobre a identidade, a capacidade juridica e adequacdo dos solicitantes para adotar, sua situagao pessoal, familiar e médica, seu meio social, os motivos que os animam e sua lil - a Autoridade Central do pais de acolhida enviara o relatério a Autoridade Central Estadual, com copia para a Autoridade Central Federal Brasileira; (Incluida pela Lei n® 12,010, de 2009) Vigéncia IV - 0 relatério sera instruido com toda a documentagéo necesséria, incluindo esludo psicossocial elaborado por equipe interprofissional habilitada © cépia autenticada da legislagao pertinente, acompanhada da respectiva prova de V - 0s documentos em lingua estrangeira serdo devidamente autenticados pela autoridade consular, observados ‘0s tralados e convengdes intemacionais, e acompanhados da respecliva tradugdo, por tradutor publica juramentado, {Incluida peta Loin’ 12,010,.de 2009) Vigéncia VI- a Autoridade Central Estadual poderd fazer exigéncias e solicitar complementago sobre o estudo psicossocial do postulante estrangeiro a adogao, ja realizado no pais de acolhida; (Incluida pela Lei n® 12.010, de 2009) Vigéncia Vil - verificada, apés estudo realizado pela Autoridade Central Estadual, a compatibilidade da legislagao estrangeira com a nacional, além do preenchimento por parte dos postulantes 4 medida dos requisitos objetivos & subjetivos necossarios ao sou deferimento, tanto a luz do que dispée esta Lei como da legislagao do pais de acolhida, sera expedido laudo de habilitagao adogao intemacional, que tera validade por, no maximo, 1 (um) ano; (Incluida pela Lei n? 12,010, de 2009) Vigéncia VII - de posse do laudo de habilitago, o interessado seré autorizado a formalizar pedido de adocdo perante o Juizo da Infancia e da Juventude do local em que se encontra a crianga ou adolescente, conforme indicacao efetuada pela Autoridade Central Estadual. (Incluida pela Lei n® 12,010, de 2009) Vigéncia § 1 2Se a legislagao do pais de acolhida assim o autorizar, admite-se que os pedidos de habilitagao a adogaio § 2 2incumbe a Autoridade Central Federal Brasileira 0 credenciamento de organismos nacionals e estrangeiros encarregados de intermediar pedidos de habiltacao & adogao intemacional, com posterior comunicagao as Autoridades Centrais Estaduais e publicagao nos érgaos oficiais de imprensa e em sitio proprio da intemet, (Incluido pela Lei n® 12.010, de 2009) Vigéncia § 3 2Somente seré admissivel 0 credenciamento de organismos que: (Incluiia pela Lei n? 12.010, de 2009) | - sejam oriundos de paises que ratificaram a Convengo de Hala e estejam devidamente credenciados pela ‘Autoridade Central do pais onde estiverem sediados e no pais de acolhida do adotando para atuar em adocao intemacional no Brasil, (Incluida pela Lei n’ 12.010, de 2009) Vigéncia Il satisfzerem as condigdes de integridade moral, competéncia profissional, experigncia e responsabilidade exigidas pelos paises respectivos e pela Autoridade Central Federal Brasileira; (Incluida pela Lei n? 12.010, de 2009) Vigéneia lil - forem qualificados por seus padrées éticos e sua formacao e experiéncia para atuar na rea de adogdo IV - cumprirem os requisitos exigidos pelo ordenamento juridico brasileiro e pelas normas estabelecidas pola Autoridade Central Federal Brasileira. (Inclulda pela Lei n® 12.010, de 2009) Vigéncia 12.01 § 4 20s organismos credenciados deverao ainda: (|ncluido pela Lei de 2009) Vigéncia | - perseguir unicamente fins nao lucrativos, nas condigdes e dentro dos limites fixados pelas autoridades competentes do pals onde estiverem sediados, do pais de acolhida e pela Autoridade Central Federal Brasileira; (Incluida pela Loin’ 12.010,.de 2009) Vigéncia Il - ser ditigidos @ administrados por pessoas qualficadas e de reconhecida idoneidade moral, com comprovada formacao ou experiéncia para atuar na area de adogao internacional, cadastradas pelo Departamento de Policia Federal e aprovadas pela Autoridade Central Federal Brasileira, mediante publicagao de portaria do érgao federal competente; pola Lein® 12,010, de 2009) Viséncia lil - estar submetidos superviso das autoridades competentes do pais onde estiverem sediados e no pais de acolhida, inclusive quanto a sa composi¢ao, funcionamento e situagao financeira; (Incluida pela Lei n® 12,010, de 2009) Vigancia IV - apresentar & Autoridade Central Federal Brasileira, a cada ano, relatério geral das atividades desenvolvidas, bem como relatério de acompanhamento das adogGes internacionais efetuadas no periodo, cuja cépia sera encaminhada www planalto.govbriceil_ 0318068 him 16168 2010712022 15:26 \V - enviar relatério pés-adotivo semestral para a Autoridade Central Estadual, com cépia para a Autoridade Central Federal Brasileira, pelo periodo minimo de 2 (dois) anos. O envio do relatério sera mantido até a juntada de cépia autenticada do registro civil, estabelecendo a cidadania do pals de acolhida para o adotado; (Incluida pela Lei n® 12.010, de 2009) Vigéncia VI - tomar as medidas necessarias para garantir que os adotantes encaminhem @ Autoridade Central Federal Brasileira cépia da cerlidao de registro de nascimento estrangeira e do cerlicado de nacionalidade lo logo lhes sejam concedids. (Incluida pela Lei n° 12.010,.de 2009) Vigancia § 5 2A nao apresentacao dos relalérios referidos no § 4 2deste artigo pelo organismo credenciado poderé acarretar a suspensao de seu credenciamento, (Incluido pela Lein? 12,010, de 2008) Vigéncia § 6 20 cradenciamento de organismo nacional ou estrangeiro encarregado de intermediar pedidos de adogio intemacional terd validade de 2 (dois) anos, (Incluido pela Lein® 12.010, de 2008) Vigéncia § 7 2A renovagao do credenciamento poderd ser concedida mediante requerimento protocolado na Autoridade Central Federal Brasileira nos 60 (sessenta) dias anteriores ao término do respectivo prazo de validade, (Incluido pela Lei n® 12.010, de 2009) Vigéncia § 82 Antes de transitada em julgado a decisfo que concedeu a adog&o internacional, ndo seré permitida a salda do adotando do territério nacional. (Incluido pola Lein® 12,010, de 2008) Vigéncia § 9 2Transitada em julgado a decisdo, a autoridade judiciéria determinaré a expedigéo de alvaré com autorizago de viagem, bem como para obtengao de passaporte, constando, obrigatoriamente, as caracteristicas da orianga ou adolescente adotado, como idade, cor, sexo, eventuais sinais ou tracos peculiares, assim como foto recente @ a aposi¢3o da impressao digital do seu polegar direito, instruindo o documento com cépia autenticada da decisio e certidao de § 10. A Autoridade Central Federal Brasileira poderd, a qualquer momento, solicitar informagoes sobre a situagao das criangas e adolescentes adotados (Incluido pela Lein® 12.010, de 2009) Viggncia § 11. A cobranga de valores por parte dos organismos credenciados, que sejam considerados abusivos pela ‘Autoridade Central Federal Brasileira e que nao estejam devidamente comprovados, é causa de seu descredenciamento. § 13. A habilitagao de postulante estrangeiro ou domiciliado fora do Brasil tera validade maxima de 1 (um) ano, podendo ser renovada. (Incluido pela Lei n® 12.010, de 2009) Vigéncia § 14. E vedado 0 contato direto de representantes de organismos de adogéo, nacionais ou estrangeiros, com dirigentes de programas de acolhimento institucional ou familiar, assim como com criangas adolescentes em condigoes 1201 § 15. A Autoridade Central Federal Brasileira poderd limitar ou suspender a concessao de novos credenciamentos sempre que julgar necessério, mediante ato administrativo fundamentado. (Incluido pela Lei n° 12.010, de 2009) Vigéncia Art. 52-A. E vedado, sob pena de responsabilidade e descredenciamento, o repasse de recursos provenientes de organismos estrangeiros encarregados de intermediar pedidos de adogao intemacional a organismos nacionais ou a Paragrafo unico, Eventuais repasses somente poderao ser efetuados via Fundo dos Direitos da Crianga e do Adolescente e estardo sujeitos as deliberacées do respective Conselho de Direllos da Crianga e do Adolescente (Incluido Lei n® 12,010, de 2009) Vigéncia Art. 52:8. A adogao por brasileiro residente no exterior em pais ratificante da Convengaio de Haia, cujo processo de adogdo tenha sido processado em conformidade com a legisiagao vigente no pais de residancia e atendido o disposto na Alinea ‘c’ do Artigo 17 da referida Convengéo, sera automalicamente recepcionada com o reingresso no Brasil § 1 2Caso nao tenha sido atendido o disposto na Alinea “c" do Artigo 17 da Convengao de Haia, devera a sentenga ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiga. (Incluido pela Lei n® 12.010, de 2009) Vigéncia § 220 pretendente brasileiro residente no exterior em pais ndo ratificante da Convengao de Hala, uma vez reingressado no Brasil, deverd requerer a homologagdo da sentenga estrangeira pelo Superior Tribunal de Justica. www planalto.govbriceil_ 0318068 him 1768

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