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See ete ae tS a ode me mpi, Sn que nn fie nef Bl Bomenta. Bi eal dt Ste Fe age Agr Saree SCHEER eae erin ie Ss Semin eer » Se tes Mies Basa FURS Be pieces Fe Be fend sn OS ss [Be Matos Atrio Fernandes IEITEG Bi Ghar iop UPR joe cede Eanes Broptangaateincg Sere i eo anc edad ds EBSCO pen opt SUMARIO. Baleosal 7 Baio Peo Giachint Agncos : (Osingular em Abelardo: entre a lgica ea tics adro Redoio Fernandet da Siva Pedro Abelard: A teologia em questio ~ Uma primeica sproximag0 enn ‘Si Lact de Beros Campes [A tese do involuramm em Pedro Abelardo ‘Norli Dutra Rowatto Eelel Pamplona Diebe A problemésca do nominalismo medieval pode esclarecer problema Kloss ausis? Peal Vignase A sgnificagso dos universis em Abslardo Christian Wenn Abelado entre co lobo Jean Jolvet ‘As condicSes de tabalho dos meses da univenidade de Pacis no séeulo XI Leh. Bataillon Canta de Roseeline a Abelardo 27 59 soft 127 am 227 A SIGNIFICAGAO DOS UNIVERSAIS EM ABELARDO* Christian lenin Resume: O cexco no qual Abelardo centa responder, antes de 1120, te quertbes deidas abertas por Porlcio bre o etacato dos pincros e das xpéciee fornece uma cellerio wabre a signifiacio do. terme universal, enrendido apés Avistéeles como o predcado poss vel de uma proposicio verdadeirade vtis suetostomadosindivi- thualment, Abelard recuss todas as formas de sealiemo que ele co- rhece. A palavra universal (oa simplex seme) no tem, no entanto, ‘pena aspect fsico de som proferido; ela significa tipicamente: as coisas individuais na medida em que eas se assemelhar, a atvidade lnteectiva do homens e a concepo comum com o auxdia da qual cota pode funcionar Est situagio nto implica, ao entanto, nas coi- sa, nenhum elemento real dstnto, ao qual um seats maderado fara recurso para jusifiar a predicagio univocs. Esa jusifiasso, Abclardo a encontra numa doutrina sobre of esados existencnis (status) das coisa semelhantes, que correspondem a uma ordem das naturezas 4 propésito da qual ele speava especialmente Pltso. Sé ‘Deus cem um conhecimento perfito dor sre singulares que cle criou nestes etados: 0 conhesimento abstrativo do omem nia € falco, mas permanece confso. A semantiea de Abelardo vical, 3¢- sim, especialmente, uma metafldca da exstencia radicalmente sn ular que nio deixa de evocat © nominalism, asim como, 0 que s¢ * pei de Chinn Wen, publica ma Rone Pbinphigne de owen, 80 apna) p dt4ats See Cro e839 17-70 joni, 204 wr (Comers Wants pe 540, Pate Eu NAS 1975 VIGNAUX, Pau. Rie rere mminane Abn 523-527 ces $24:529) JOLIVET, Jam Aw de latopapine adaneene pe 331-903 (le 546343) DE RUJK, Lanbnee Mave at apeowton dee proportion (daram ron) cee Abelard. 547.535; GREGORY, Ti. Contsion a ocr naar che Abe p. 563-81 (lise, 382-588) (on al. Conieron Sota ecnau in Aad, in Sta Motel Spee), 1975, 30 267300; Pees Abad (1079-1142), Reon, Wer un Wit Te 1619 Apu 1979) igs: AD), ot. por THOMAS, Rada in Yerindung ne JOLIVET, Jean LUSCOMBE, DE: DE RIK, L34 ioe Thence So “ain va 8), Ter, Palo Verig, 1980, JOLIVES, Jenn, Decne efi {EP ser Abed. 105-130, BEONTO-BROCHIERI FUMAGALLL, MT Crna pbilmpige dans sie Calta ode bs tre ores ‘aint, p. 21e126 DE RIJK, LM, er Ard (1079-1103) ele th Opter der Scharinn.p. 125-138: Lem. The renaial Ipact of Ablard> lon af te Probe of nena. 139-151, GOMBOCT, Wolfgang Abu Lod Blew Sil om Unoralenpreb 152 V6 SCOR, in Distonen shor Pade nde ln Scent Deas, Abad ech ee Obenichp165-1791V. And eyo ops eee “cologu lernaoal prises Focasion 9 cetensrede 1 naance de ‘ne Aber (1419 mal 1979) Gig AST) Pas Les Balls Lies 1981 JO TIVE, Jo, Norealemee Pore ches Abelard. Ea inserpnion, 175193, Abd, Le" Diogu La pbsophiedelloggu. tes ds Cai qed Neuchie 16-17 pve, 1979) (pe AN) per GANDILLAC, MDE JOLNET J; RONG, GyLIBERA,A DE (Cuero ls re de Trg ede Sale, Cab, 1,41 9127-170 anf, 204 129 Camserns Went [Nossa intengio nfo & de resumir estes trabalhos, menos ainda de tomar posiclo a respeico dels, mas de rele 3 sua te beneiciando- se de suas icerpretsées, um texto fundamental de Abelardo inicio de suas Glosas sobre Porfiio, primeira etniea pasagem um poco textenss a qual ele abordafrontalmente a questes relatives 20s uni ‘ets eno geal cle apresenca elementos de uma psiologi, de uma semancica, € mesmo de uma ontologa. Est leear, nés + propornos ‘esptioe que no sfa necestriaments expecalizads em ligica mera em losoia medieval. Ela hes permit eaves entrever ern que senti- «do conviria matizar, segundo os ineéspretes recentes, as consideraces algo macigas que parecem veicular at bras de nese, codes, ais, para compreender 0 movimento do pensamento filosica, 1. Consideragdes clisicas Sobre as relapses do Idgicoe do rel, és poss Fundatmentais so apresencadas habialmeate coma sgnifcativas dos grandes mo- :mentos do pensamenta flosfico: daas dente lasso potgbes x: tremas, 0 elismo dio exagerado 0 nominalisma; teria € uma posigio mediana, 0 reaismo moderada, do qual Tomas de Aquino, depois de Arist6tles,¢frequencemente apreentado como o prota. sgonista mais matizado (© realismo extreme nio esabelece nenhuma distingio entre os ‘earacteees do logico do real. Se nos pensumnenta €abjetiv, se de dlizo veal, € que este poseui at mesmas propriedades que as que 56 Philp we 6, Gente Lanse Neh Ron de Til de Phils, 198 VANNE-ROVIGH Sots. iene reel cee Abend 21°28 (le 23:30) JOLIVET, Jean, Abn Guise Oetker de Papo 3134 dae 54-57 LIBERA, Alin de Abandon p. 39.92 Cle 9 27% KONG, Guido. Abad ler mercer ution ds mera, 99-3 be. 114118; de ge 9-28, 3, CE VAN RIET, Georg La theorems de Fabrrcton is Rene Phlaephigu de Lowa 1952.4 509.953 9. 130 Seta, abso 1,91 127-19, non 204 7 1 Asioanoasio oot vivant atriro0 reconhece s nosso pensamento, Ele comport, no etidides labs, ras realdades imucives,individuadas e ordenadas segundo a dis tinglo ehierarquia que apresentam os nosso contedos intlecuai, Semelhanteposico se encontea, ao qu parece, em Plato eem Gui Iherme de Champeaux, um dos meses de Abelardo, ‘Ao oposto, © nominalismo privilegia a inwsiso do individual rmuliplo e desconfia das constugies introdusidas pelo Funciona- mento de nosio espiito; consequencemente, terms logicaments inreducveisndo exprimem eatdades disinas no zeal: o universal, ‘nfo ef de lado do cea, mas do lado do pensimento, que une os signos dos quais 6 homer usa para falar do cea; eter signos, quer sejum uaiverais ou singulares, exprimem © menmo real, mas de rmancira confuse empobrecida em comparagio cam + intugio. fundador da esala nominalista ¢ Guilherme de Oceam, no século XIV". Como escreveu M.L. Valeke, perguntando-se por outro lado se Occam era verdaderamente nominalita, 0 nominalismo tende para a negaszo de todo realisno, pois, prindo da negagao da rea- Tidede exteamental de todo universal, ele suspende todo jalgamento concernente & independéncis da set em relago a0 conhecimento do sujeic,reirando assim roo sentido & questo da adequasso do ppensamento a um real que seria extramental.. Para 0 nominalismo ‘pur’, 05 cermos dos quas usamos para falar do real (sséncias,co- leg6es,..) o puros jogos de "vocabuldvi: mesmo © mundo aio é ‘outa coisa seno 0 nome que 0 sujeita dé so conjunto das dads de sua conscitncia. Frequentemente, enconti-setendéncias mais ou ‘menos acentusdas de nominalismo de prefeencia a poigbesidoci- 4. VIGNAU, Pal Nomination au XIE sl (Confrence Alert fe Grn 1948) Moacral outa der Metirales Put Vit 1948 5. DOCCAN, Guilaune. Commons srl ar de pried Pghre ried Prt du Comrie a sl de Fos gig Icon fe {os Vale, Traduction fang de Rand Cali (Peeaions du Cze ade dea Renan, m7), Uns de Sherbrooke, Cee dEoues dela Renaisor 1978, p24 ‘Sint, ab, em 1 127.170, 2014 13 Comers Wenn 2s, mas todos as nominalismos tim em comum o querer despedie 2 “crengatelista de que coisas metafsca se excondem ports dat palavias™. Occur tinhs sido presedida, na inicio do séeulo XI, por um mestre que Abelardo frequentou algum tempo, Rosesling de Compitgne, autor de uma Sententia nova, segundo qual tetraos tuniversts no seriam nada mais que sopeos de vento {flats vee) desprovidos de sleance cognitive. (© realismo moderado tenta mancer uma via média. As coiss| ‘eaissio individuais e 2 sensibilidade apreende as qualidades desta fotdem. Mas 0 espiito pode pensar a coisas de mancia diferente de «como cles so, de maneira universal: o pensimento atingeo tea as ‘com conceitos cua universlidade é uma propriedade pursmnente l= cai os individuos possuem, entretanto, qulidades seas dirtintas entre elas, cocrespondendo is dstingSesiredutiveis entre os concei- tos, mas estar qualidades so realzadaeindividualmente, ea indivi- ‘dualidade nioé, como el, signifcads pelos concitos,A gnosiologia dle Aritétles segue esta via média; a maior parte dos mestes do século XII mbm, Pedro Abello se present coma ocampeto de uma ata con ina cone semen ea profes sob vrs formas por Ga Iherme de Champeaix Ele desenvole bastante daramente pare ue nenhur hioviador enka divides eevee, May, quardo ‘uae de saber se Abela Cum prin do alamo medcrado ou do nominalimo, orators te separa, Todos adit que Sbuiwina de Abad septa une vida na hea do elo Il mas sas pois oso somprenlidas em perament octets. Algune prea nec o elmo moderato fc de Abelard um ugar de paagem da tadio que vai de Arts Bocio ea Tomas de Aquino sin, M, De Wal ue seve qu (6. LARGEAULT, Jean. Buu le nomincione Pablo de la Farle da Late et Sets hans de Pari Sabo, Sis “Rearnes «69, Pa, BéacieNnuwesenis Lenin Naw 197. sane dienes ‘ipo de sonia, p78, 132 Sei, Cait, al. 1.127.976 ann, 2014 em grandes dourores do século XII nio terio nada a actescentar a suns Formulas” e F Van Sezenberghen que fla do “uno de Aistétles ‘a tearia do conhecimento ¢ em lics. pelidia de sew taf unie veal no século seguinte™, 5, Vanni Rovighi nota de bom grado a semelhanga ente as posigées susentadas em gnosicogia por Abelat= doe porTomds de Aquino eel realgatajos que Abelaido possui em comum com certs fenomenélogos modernos’. Outros autores sub- linam de mais bom grado os aspectos nominalistas do pensamenco de Abelado, Exinne Gilson esreveu que Abelardo “no se encon- ‘a sobee uma linha ideal que ligaria Acsteles a Tomds de Aqui- tno, mas de prefertncia sobre que liguria a gramdticaespeculaciva a Guilherme de Ockham’. E ambém no verbete Nominee que Pl Vigna ~apresentou Abelardo hi mais de 50 anos, 20s eitores do Dictionnaire de sholoieextolique'; os erabahos mais ecentes 1 Hie de lps oophie mal 6 ly 1, Loon Iasi speriue de Phila Pad Vn, 194.210, 4. Hise dele pile. Pode cetienne (Cours pubis par Nazar ‘tere de Phighphi) Lin, Pobicasos wives, Par, Bax [Natwelee ey 1968 p 56520 e8, 1978 p56 9, URBANLULIVL, Lin: Lapel Abed i "Tce dint Preirione di Safa Vann Roig Roma Edson dirs eemerstar 1976p. 5, YANNI ROVIGHL Soft, Invetioonel et unvenel che Abad a: AN, 21.28, cpecamente p28 edit, p. 2. 10. La Phloaphc ax moyen ge des vgn fn dX sce Bice rien, 2 a Br, Pope 1966p 206287 (oumpreuso sain nt "Pet bibidhdqu apo’ 274, 1976 moms paginas). 1. DIG, XL, 1" p, 1931, cl. 711-784 (lobe Abdude, a. 711.738). CE ‘abn EARGEAULT | Enputeulenomiale 1971. 6658; DAL PRA, Nao Sl omilina Wh Aclado, w Reie rien ria del fic (Foren 1979 an 36, p. 499-431; PRET, Ci, Dale eis t probate nl pers median: Sg ff renga, Ls Nor tai 176, ot p23, dating ter Fem de nominsiome: mm nominal sreticn, qu aib apes ns lita ocr demo eon ‘ominaume groseligs hamado ainda de empsuma) que conde ‘unt ‘ide princi ao conhecienc tui see um nomial loo ‘minum, que fe spe ica dt enc Formas diggs Sei, ao, 1, 91. 127-170, fan 2014 133, evar Wenn pn de Jean Joliever sublinham também, malgrado as diferenga, um parenteco inconeestivel enue 0 pensamento de Abelardo © 0 dax ppominalistas do Séeulo XIV, ina ele prefere, ao falar de Abelar do, 0 epteco “nfo relist” ao de "nominalies"®. Ter-ae-4percorrda sproximadamente toda a variedade das intexpretagies se se observa, com J, Ferrater Mors, que “de fat a dnica coisa que se pode afta ‘com uma relative seguranca € que Abelard foi um realise con Roscelino © um nominalista cont Guilherme de Champeats as, ‘em todo caso, ndo um selita mesderad"™ UL A problem: Ar questbes de Porfirio pelo vids do escatuto dos univers, gineros expéciss, que Abelardo abordou o que nds chamames 3: relas6et do légico © do real. Um texto abstencionista do neoplaténico Porfitio (235- C, 303) serviu de suport, durante um milénio, & discuasio dos latinos sobre oo universis. © teatado das Categoria, cicclando na heranga Inertia da escola de Arsesecler, considers os des "gener supremoy” do ser: substinca, deserminacfo Fundamental, eas nave determi ages acidentais; em conjunto cles conti os prediarentos, © que se atribui numa linguagem. Porfirio desjaintiodusir o leior das Categorias meses problemas difeis fornecenda-Ihe na sua Jago- 12, Arr lena of lie che Add 969; Compan desis a langage ioral 971 13, Notes de lesicogrphi. ine PAPY, 1972 (publ cn 1978); Nowselme plone ins A87, 1979 (publ cm 1980. aul Vigan prema a ‘raat do vida do BI oe 1931 cadet h expe “adore! [Note sur le mmiraliome Abel, in PAPV 1972 (ul 1973) verter VIGNAUX,E La poblenaique ds nominal meted prc ees dt poblimes pilropiquer anu! lr fare pbbuphige de nani 1977s 4 175, p 298331 Geraci 299), 16, Dinard files, Buenos ies Ed Sudan, Se, 1965, 1 9.29 134 Seite, Caro, sl 1-1. 172178 on 2004 1 Asionmeseio ons inven a aa8.an20 _setteqn infocmagbes wb 0s cinco prediciveis ou culos aos quais ‘os preicamentos podem sr teers a um sueito: genero,espécie, Alifecenss, proprio, acidente; texa-se, poranto; de fato de um co- roldrio da tora arixotlica da linguagem’. Mas, Porio, auttido dle neoplatonismo, sabe que urna tadigio filossfica diferente da de [Acietecles,e de una metfbica platOnica, pode ser yeiculada pelos teimos “nero © xpécies", formar do ser. Na enerusilhada dests dduaseradigGes, Porfirio recuea de ve comprometer auma pesquist Alife formula questées que Abelardo coneceré pela traducio e 05 ‘comentérios latinos de Boéeia” Anes do resis no que conceme aos glncos eee & questo aber so saan subsites em sas SOMENE simpler concepges do epistoe admiindo que sam realidales {sranclal oar coporie ou incorpra se enfin ss {eds se lar subir en ascot vtaie jen dela, ‘oar de filar dios arze de wm peablema mito profundo ¢ ‘Que exige ur pesquisa compleamenedifrenceemais ened" 15, PORPHIRIL fag te Ari Cari commie comin. Ac demiselimerru jae Borsa ei Ades Buse (Commentatia in AO- ‘lem ese tol Vp 1), Berm, Rene 187, eto preg p32; lina (eto, 9.2531, Gna end ances du gop fa pub order Ta FORPHYRE, ape (legates plop), Pars Vi, 1947 9 pp NT ~ Hi sna truco portpann cm ate coment MCF dor Sins de FORFERUO, ge, Saul: Bd. Mats, 1965) 16, JOLIVES, J Nomsiee plaoiee.insABT: p76; ID Adar et 17, ROETHI i age Ppl commenta cop x Geog Seep commas ‘eine ut ce Senta Brad (Copa Srpnrum Scere Lt ‘nora, vl 48), Verses Lip: Temps G. Fey 1906 18. Moxde gsi ae pci aden, sive aiane sein sl madi ue alse pst sane sve bien coporin suntan icorporia unspent serbibs smn snub oc sie ex connanen. ere ‘ents icin enim ot jum got errs osm ngui: ties (DORPHRIL, aap ed. Base p25, 1-10-14: amber BOETHT ‘renin Brn p 158 38 Coos send nda de Tc, pili dp lta) Seow. 19,51 127-190 on am 2014 135 Camere Wess Boécio repercute estas questbes e thes dé, em seus dois co- smentitos,respostas que s inspramm a preocupagso com a verds- dee no respeito dos artigos”. A primeira questio enunciads por Porfirio se I “a questfo de saber se os geeros © as espéces eles prépeios sto verdadeiramente ou so cles so fcgbes nus e varias de inclecgoesisoladas™®. Em seu segundo comentisia a Poth, cle efece também que o terra incorporal pode visa realidad em duns ordens diferentes as que podem exis fora de vodo sensvel como a alma e Deus, as que dever exstir num sensve, como ¢ linha ou a superficie. Mas, Boécio ainda nso ulna, a propasito estas questées, 0 teumo “sigifieaao", Abelardo, cleo empregard, este rermo colorird de wina preoeupasso de semantics da lingua- em a exposigfo bastanceextensa que ele fornece num texto que redigit por volta dos quatenta anos, erea de 1120 ou umn pouco antes, 0 texto fo publicado pelo Mons. B, Geyer, Com uma glosa — 19. CE DE RIK Lambere M. Bosc lagiten Pliloophe ss pesons ‘naniqut ts métasiqu eleven: Congas nnaonaed abe (Pain 58 owabre 198), As crt Ls Overt Roma. ede, 98 pisiise. 20, "sina ee quent, strum genera ps et pes ee sn a asin iecbur maa naniaqueGngonet”, primi coment de Boks, a Ban, 21. BOECIO, pwnd omen, BRANDT, tcp 10, 9.161 134 2. ABAELARDI, Plots sper Porpytum, in: Bein cur Gh der Philaaphie ds Mae, 1999, 2, px 103. O coment de Able sc ques de Poco aoe oe univers gun aap 7-32 ~ Uine dace ‘ances propor por MDE Ganilaceny ABELARD, Osvoe ci Be ‘iostgue phlsephnee Pre Abies 1945, p. 77-127 noun doe he evar mut; nov saramor del na eta, gate pean pines da lesa ana do wo de Abelard mvs densa organ pole se cro res, m conforma com o tbalos de Jl, Fo enemy ‘ramos semper oreo malads dildadeccsonada pr alguad (lg, iguoa cone wean) ba our; exis coss no vn) et 'nfvn Is pan oendtvs ou o pace neat uns bre, tains a plo "elidel spes ae de ca ‘oe, jamais pales “cou 136 inl, abr 8p 127-170, 204 4 Aairarengso noe uvenineanrianoo sobre a8 Categorias e a glosa sobre 0 ratado Da interpretagto, ele ‘constitu 0 que se denomina, frequentemente, de acordo como 0 inipit do texto, a lice ingrediontibus. Logo de inicio, Abelaedo, visando os cinco prediciveis, di que se pode considers af cinco omer, assim como seus significado?. Reforma, em seguida, as ‘quertdes de Porfirio que les em Boécio e sobre as quaisreornard ‘tm conclasso de sua exposigio. A primeica pode sce compreendi- dda "or generos © az eapécce fm eles um verdadero ser ou com sistem cle apenas numa opinifo™, ou ainda, nalmente « ques- to de saber se of géneros eas espécies subsistem, isto & se eles sgnificam algumas realidades que exstem verdadeiramente ou se cles tém lugar numa intlecgéoisolada 2 sabes, se eles tem lugar ‘ura opinido vazia sem nenhuma cis, como as quimeras do tipo hirco-cervo que nfo engendram nenhuma inceligtnciasadia"®. A segunda questi sel “Se se admite que eles so verdadeiramente, sratase de esstaclas corporis ou (de eséncis) incorporas™ ef ralmente, “se seadmive que eles signficam realidades subsstenes, fignificamn eles ontrarteaidades subsitentes que so corporis OX incorporais"”. A cexceira questio se formula: “sio eles separados —— 375, "Quod autem qungu dus, ee nmin pci cert Brite spas qundmineds ned poe fp 1 2650, com ‘ae ngnteis onus trom smn qu de qungurag? (p23 Sa) ade Aa oad go Gof 24 “Pima sue (Queso) i jad rum gee er pce brant i dnt pti nv taco trun vr er beat na a She coma? 7,1 2490, 25." eager heme rm pnts pe aan sig cen aan sextant posts inlet sl, dcx por le opintne cute ner cur hud oie choc, Nese uc rat incligentan aon gown 37-1 39 paB 26 "Serna vers leet vere ne, tam sna corporal sine ze incorpo (p.7. 1.3638) 27."Cam consent sgl bien cam al ssn inex, {hacen operat gun on incorporai(@. 28 117-19, Sola, Co 1 1. 12770 ann 2014 37 CCvmsrngy Wenene day realtades seats ou colocadoe nla, © Aber retoma ts das caegovas de incrporis ditinguidas no teto de Boe Sraltando excteve qu eta questo “dea du precedente se ‘dmee qu les lo incorporsn pols de scrdo como sence pe See ctor diem sero mite nn ‘ero senate. Os termor jun dele da ead Tice 12, 1.2.ef supa, nots 8) coneponde ao tim cer comme (p25 1.13) de Bot, raduindo x paavas ges el port ne 1 afte de Voi (1, I), Abad lees dos orden posses para exes expesio; poder considers» poping fas ts primeira quest, outror aspecon, prc ened, tomo comendo ura quarts Gueto, late t permasénls dot nies quando aco ei cles se apis por denon, ‘lo devapareera: que igen otro “en as hl tos ea? O enuncido devs ima quendo dle ener que ‘Abelardo ent a posblidade de womans slags tealso: eno hd mai coin, axel de una ines snda pode amegura um objet signee. E que, com efeito, significa seréorientado pata duas dees ; jemtado para duas dreySes ‘que a8 autoridades impsem » Abelado: significa € "se aplicar a — 28, “Tea vero utr spe sn sensbiusan in ipo Das sane cues nce ea a pe sep a ce ss ela eal, oe gee crore 29. Tena vero que use trum dit pot in seis exe 0 decd. ‘i incorpotes once quia let ncnporeu um tod ep {un vidtacper ese in ea none tp cq meni” Esorsn) 230, "Posse exponere ese anti quam quseinc ad- ce ie i ren ey ec ane ic bjetam pr nominator rem aan tec pes eso nai obs desrttcoxsigneon cla un quoque Pos ural wnivra’™-© Varna a gutted sero le do emer ‘dae sft ou garment tum sess sae ee pore © fetes porn itm ecenano cesar nao por MANSION, Augunin. Sur seapanane de lope et ele nse eva pile (Lur 998 «35 9305 HO Gale Sevens 9325580, 150 Seca Crow. 19,03, 127270 jen 2004 1 A scranensio 208 nave ew neuatoo sem a qatar das inceecgSes humanae®, As palaess significam, 20 engendréla, uma inteleceio; para ser verdadcira, esta deve dirigir-se pra uma “cosa-ubstrao” (res subject, uma "eubstincia tel", p 18,1. 16-175 p. 19, 1.3; p. 22, 1.7, 12-13); como 0 universal no se dirige para uma cota deerminada, a intelecsfo que ele engendea no é cla asia? ‘A resposta a esta questio pass por una expotisso esquernica| de psicologia do conhecimento, na qual Abelatdo coniders as di- verss operasées cogntivas da aims, ae similrudes das coisas que ela cone, 2 abstagio; compara ambém o conhecimento human € co conhecimento dvino, (Os ts graus do combecimento (© conhecimento hurmano é um atvidade da alma ela compor- ca rts graus: senso, imaginasao, inelecgia®. A sensago tem nccesidade do corpo como de ui instaumento; a se dirige para objetosindividuais presenescujes qualdades exce- riocs ea percebe: a vista perebe, por exemplo, uma tree, ss aura sua larga (p. 20, 1.20-23), A imaginago ve substcui a sensagso quando a coisa corporal etd susente, O espirito (animus) tem 0 poder de imaginar, quer dizer, de susctar uma similtude da coisa percebids que served de substicuco slacoisa naauséncia desta. A imagem € feuto da spontancidade do (60, JOLIVET J. Ag de engage. p 6h 4) eVANINEROVIGHE Sen ‘ane etnies ins Np 23;m. 12) adem pore plana > ‘nen ge Abelard epee pas depron deers da she, ‘gan sn spaced ou facade opie peer plait lsaespseriows mo seul XI eomadeem cin gies vy ao be ‘poner det dn S61. Uns dacs da dnusnn Ablarfians nt lous, no que oo plage ‘ome que sciwou. Exe tro itencional¢comum st 0 rere tosindivdon, elo ee €confuso, nem mesmo pode ac con Sidert-o como uma coi uns”. Donde urpira questo os pode dizeequee nome univer ignienanbem ee ero inenona, st forma comum conceit ‘Uma ordem ideal natural Come todo autor que formu uma quéstia por pues ava que seja, Abelardo parte busca de argumentos junto As auoridades eee ‘os encontra Porfiio, Boéco, Prsciano seo: names universaislevam ‘A conhecer formas comuns, pode-se dizer que eles ae sgniicam; ito 45 autoridades goncedem 2 Abelardo. Maso que ele proprio encon- tra, ¢ que os comentadares de Aristételes no parecem considers, que a forma concebids nfo esd do ado da noe ela nfo é una rmadslidade do ato subjesivo de ineleeso. A Forma Retca é um ser lnencional, do lado do noemz assim, ee encontrou urn trie si 73.B 221. 17 ee dado pra 66 Sse, Cu vl 8... 927-70 ann 2014 159 ‘Cumenaes Wess nifcagio do nome universal “xo lado da cos da intelecso surge ‘como tercito a signifcagzo dos nomes; a autoridade no o di, mas ‘fo € oposto& azio™ (© que protege este ser intencional da diveridade do senstvel da precatiedade do tempo, & sea caiter ideal. Da diversidade do sensvel, em primeiro lugar. O que € significado por am nome uni- versal ¢ um ser de raxio, ndo um ente perdido na diveridade das coisas tensveis nem no fuxo dos atce de conscigaca. Este ser Meal {um ser natural; Abelard tenta reconciliar Patio ¢ Arisbteles. Se ‘bem que nso tena podido ler a Mesofica de Arstteles ean critica de Plato, reve conhecimente por Boéco que houve umn desacordo centre or dois mestes, mss julga prefrielharmonizilos. Arisétles tem rato de dizer que 0 universal subsite sempre nas coat sense ‘eis ses visa com isso uma subsistencia em ate pois esta matacera que é animal, que é designada por um nome universal ¢ € asim, por certa tansferéneia de sentido, denominada cla prépuia univer: sal, ndo se enconte jamais em aro sono numa: cosa sensiel, Mas Platio pensa que cle subssteem si naturalments, de al modo que ‘conserva seu Ser sem estar submetida a0 sentido ¢ 6, de acordo corn ‘este sernanual que cle édenominada por um nome univers. © que Aristees nega quanto 20 ato, Plato, estedando a fice, puta uma aptido natural: no hi, asim, ene cles enh desacordo"™ 74. "Qsipe et (onepiecomenines forma) cnciere pe mins uid aod ‘St quam perm sigan Sed profaco cam ew ab nels dees ‘mus fm pater er inelcu rea eit nomi scsi, Code {tora non bebe ain men Aone adverse p24, 11731) Tn. Tole, Comparison dx sear in AE, p 175 Tem, Alar Galle Oakham i AN, p48 75, Pot eater sli quod it Parnens pate nies extn sein ‘nbsster uc oul pilanophoram ssenena comorsi Quo eno Ate ‘Sues unieea a seonbiba semper subse, quan sda di, a ‘Scents uae anal ee, que univer nomine dear sun ‘hom hoe per eanatadonem gundam univers dcuy marge ase ‘Ss suum reine a sbjan en saan gud ese nati ee 160 Serie, Cate 9-1, 17-78 oni 2004 = + Asentmeng nos eas 2 ansiatoo ‘Ao desenvolver esa subsistincia natural © ator €levado 8 unida- ‘de de uma essénca, no 2-mulipicdade das cose dsignadas: “a palavra conur, que é em si ums esstnci 3 maneira de uma coisa tuna, € comurn pelo fato de ser apelativa, de que denomina vias realdades; E=stulo de apeltiva, eno de acondo com sua eséncia ‘queda pode ser predicada de virios.F, de fato, a multi das coisas ‘que é cuss da universaldade do nome, pois so universal serio ‘© que contémn uma mulidic"; observemos 9 bela torneo utlzado para dizer que wim modo de zr distineo do da cots € necessrios a tuniverslidade que a coisa confere & palavra, podria coisa nfo a ppossu. Quer dizer que nZo égracas 3 coisa que paves term uma Sgnificagio, eo nome éjulgado apeativ de acorde comma multido ds coisas, sc hem que nto se pots dizer que as cosa sigifiquem ou Sejam apelacivas™. Bis aqui, portanto, uma protegso cont a diver- dade das coisas e a confusto radical de sua semehanga, num modo de ser que nto pode ser apreendido sendo por aqucle que compre” dea palavra, odo por aquele que perecbe apenas as coisas senses, (0 ser natural est, por isso, protgido da precariedade do tem- po. Noss texto nao aborda expiciamente ena sitio, salvo na resposta a quartaquestéo que Abeardo le em Porto, Que se passa ‘com o tema "rors" quando ndo I is oste? O nome ros? NEO bhé mais, enti, verdadeiramente nome universal, vizo que ele nko pode mais ser predicado de virias coisa: @ nome perdes sen poder enominatvo; mas proposigio “nto hd mais ota" écompreendida, cedeve ext tudo 0 que é necessri para que ea tena um sent, ‘omine apps, Quod fagoe Arona guansum ad acum donee, Po hyo nti atu spittin goa, mgs walle exer com trove p21 1620, 76.CE mpm 66, segundo eo ced, pte ap 32,1. 3-6. Eo wp "Re ‘mame para maid cna iver nominee supra resins ron et nivale is quod mula conde elven me |g rou confer, nine er aon babes, uipe ic tae ‘or on tube eapalirace nen udatr endurm medion eu, ‘hm armen nqu es signe dems neque appli (p32 3.613). ii 1095p: 42797 fn 2014 161 Cansraee Wee saber, win ato do sujeto , i, portanto, seu termo intencional ~ este ultime nio ¢ afrmado no reo, mas sua presenga implica decor das posi do autor sobre a inteleego sai”. Quando nig ‘hd mais nada no seal sensvel, proporigto nio pode ai intoduaie fo que quer que seja, mas 2 negasso intcectva nde pode primi 4 cestacta de rosa, Abelardo colocou uma ontologia exencal do citado de coisa conorado pela linguagem; ele voli ito em outras obras, a prope sito do estatuto essencial dium propositions do enunciado da pro- pposiio”. Numa concepcio predicativa do universal, Abelano io pode atibuira universalidade © a sigaiicagio sen aas noms. 3t coisas no significams 1 concep comum vada pelo pensamento ‘também nio significa universlmente, posto que ela nfo pode ser predicada de vécios”. Para que o nome pose st datado da “anidade de significagio que o distingue dos termos equivacas"™, € preciso que seu ser de nome nao seja nem o das coisas que ele designa © que so particulares, nem das inteleopGes que os utiliza € que Slo por igual particulars e wansieSriae. 56 um ser natural de eardo 17." cua ca constant Secunda hoc gud ic ua nlp gue ‘toner, pen mein, hace et soleio quod user ming elo ‘mode vlumus ee cum feb corum perempi jm de rs praca Son sin quippe neal vebus commu ttre otnen nom en etna ‘ens ros, gud sem cane sue o inl ign ey fae ‘omintone cae alguin propo nen sues neta (p 291.39. p Sons. ZEJOUNE Ac ngage 156158, 35235% he Gamparion de ‘heavens Alp 177 Urs Now same plaonimes ina. 198 151; DE RUIK, LM. La agaticaion del popeion (cum propstions) ‘hes Able BAPV 555, 73."Ila mamque concepie de pla ole modo praeic vides, du no ‘men ued plain ingle par fp 241 119) 80, °Com eso desi univele ee gud de pli pric ad “od?” ppositam non sum spinner natn deretonem tatgtin, Yeu en unatm agetoni ed dacteonem aqua” Gilets, 12 Sita, arse 1,01 127.170, 2014 id 1 Asionreagso ne univeasas s2e00 convém a semelhantesicuasio, Ele supde que o mde de sr da in- ipuagem seja autSnomo tanto cm telagso 3s coissindividuais como, em relaggo 3s incleegdes. Por iso, J. Jolivet ple esreve: “Em sua sierafisica implica Abelardo ¢, poranto, um platnico libero do tealiemo dor géneros dar capéces exiséncia eterna dents 6 de featncias pura, devendo este ultimo remo ser derpojado de edo @ ‘ge far pensar no modo de ser da coisas. Trata-se de um platonismo Faceiramente exato, live das interpretgées em demasiafielmente lierss que tornam to difel a interpretagio dos textos de Plato, (Ora, Abelarda no conhecia de Primeira mio exe autor, endo, por fas, eto mais novel a exatidgo de sua inerpreacao, Hla confie- ‘ms por um novo meio, que srendéncia & deseiBayio et, de it, tno centro de seu pensamento™ Um plano de undo teoldgico A auronomia da esera dos nomes em relagio As coisas As inte eos particulars €sustentada pelo cet mais natural qu hd, o prs [rio pensamento divine, nfo dstinto do ser de Dew (p. 27,114 15). Abseardo se apoia sobse Priscano para mostar a dferenga que reina ente 0 pensamento diving = linguager humana e, por iss, ‘como aquele pode Fundar et, 3s Formas geri © especnis das coins que, die Pisciano, exo ‘constiuidae de manciraintligivel no pensamento diving ancer de dlescer em conpos, podem comportr cmbém estes caracteres que, faa natureza das coins, dstinguem os géneros as espécies (iteral- mente: estes caracteres pelos quais s40 mostaados of géneres © as, cspécies da natueza das cosss)"®. O autor fala de Deus & mane —— LAr au ngage. 354 82, “Pinan quand alam iors (vena) sigucaonen, de forma set commun vse sbjenie eo ageless ‘sr fra quae in mane diva elie conrwanr,anege i ‘Svpors pode hace quoge opis posent ee quis gener el pee ‘Shure cum demonantet ip 21,830. Se Cable 1127-170, 204 163 (Cassis Wane | de um artesio que concebe antecipadamente os caraceres de sua obra. Bas obras de Deus so natutis 2s do homem so aricisi.O pensamenco divino possui uma idela exemplar perfeita dos esados ‘hatursis singulares “Tal concepgfo comusm & de fato, arbulda 2 ‘Deus, nto 20 homem, pois or eados de natureza gras ou espociais bem so obras de Deus (homem, ala, pedi), 20 de wn operario humane (casa, espada)"®. Hs, portant, géncros eeapécies nara, ‘que dever 20 peéprio crador seu otto, seu estado (eats). Os iéneros e as espécies desenham esta ordem natural que vem do cria- dor. “As obras do homem nao sfo obras de natuceza, © os nomes que sas designam ~ casa, espada~ ose referem uma subtancla mas @ um acidente, cles nio so, portnto, nem generos nema espécies™, O hhomem é continuamente embaragado nos acidentes « no pode ree por uma inelgéncia simples uma concepgio pura da natureza das ‘coisas, Deus ndo ¢ entavalo pelo obsticulo da sensibilidade, antes {que os estados singularesexstan, ele ov distingue perfeicamente © cle tem dele nica verdadeira inteligencia® © pensamentodivino é simples; © homem procede por acum Jago de inteleegesabsratas, ua linguagem encontrs, a propésivo dos géneros e das espécies, uma concepeio comum. Os nomes dat coisas exstentes si por certo de instiuigio humana, maso inventor ——1 83, “Hace autem communis concepto Bene Deo adit, aon bon ua open ia gees ve spe sateen eon ac bon ‘hina vel pis dr eo ate vl gad homin (p28) Unde acne nom po dat. at Sat in rn ‘atlas sane sed acer stor noe eer sunt ne pe 23,1 100. " 85 "Unde aan bene diva men non humane join pr absnctone ‘oncepiones alscibuner ula bomines i pe sone fr ogra ‘ica uma a jam sinplice igen concede eh pre ‘eum cnr eonepun, ecient rer scuatas ped Dew wee ‘ripe spate une condi qugue nace sn ov sos inte jpg ec sus impedimenen ol aa sre abe Inelgenentam (9 3.1.13) 164 Sea, Cats 1, ty 127-170, fn on 2014 bd + Asiorrcacio nos viewers anc atic deles nto os escolhew 20 2caso; ele quis impé-loz acompanhando algomas propriedades ou naturezas das coisas, mesmo se ele pepe ‘fo tnha destas propredades ou naturezas um pensamento adequs- do. Pelos nomes de géneros e de espciesnés penetrames de algum ‘modo no universo dis concepyéescomuns genética ou especest ddas quais Deas vem uma intligincia simples. As concepsies co- runt dos homens, termos ideais de conhecimento, posttem cada ‘uma como um nome prépulo, a saber, os nomes univers “se bem que cles acjam de signifcagzo confisa no que diz respeizo As exén= lar que eles denominam, cles conduzem imediatamente 0 pio ddaquele que os ouve para esta concepclo comum, como os nomes préprion 9 condusem para 2 coisa Unica que eles signiicarn™ ‘A unidade de signifcagie do nome univers levou Abelatdo, 3 ‘um modo de ser ideal natural, no eenavel. Ela € para cle coma que © apelo da unidade e da simplicidade do pensameate divino, que conhece perfeiamente, na sua ordem ¢ nos dealhes de sua singu- lavidade, of extadoe eas naturczar das costs que Ele cia, Ao fazer spdlo ts ideias divinas para garentir nossa inguagem por géneros © “espécies, Ablardo deu, asim, "um pane de fundo teolgico& teovia ddouniversal”®. Conclusio ‘Tendo partido das questbes de Povfiio taduaidas por Boéeio interrogadorse sobre o extatuto do univertal como prediado de 6.8.2, 1.2740, eat ho npr no Bld 6 7. JOLIVET, J Abd Guillaume d Oka ne AN. 4. TE. Gegaey fs amb ie una concep eminenermente woe da arent em Abe Uno ns PAPY 579, a. 297).— A aposime de mrp oe EI de Rij di de Boni: “st pigs sete do geo so em told os ‘mms tt posts meric do nf Ee rota cd ena Ft oer (Bae x minced Se cnscendene «leap Bale ent Philo spre 9.19) 136. Seria, Cb. Me 1. 127-170, 204 165 ‘Comsres Wes ‘uma proposisfo, Abelardo reconheceu ao termo uaivertl uma tf plice significa: 0-nome significa at calsas, em vireude de-um sudo real ou natural comum; ele signifi intlecg6ee que ao ‘io vazias, se bem que utlizem similieades abstatas © confusas; le significa eambém a concepei0 mental intencional que ocupa, no nosso conhecimento humana, o lugae natural que Ihe cabe emt szto da ordem natural dos gineros das expécesfundada no pen- samenco divin. Contra os realistas de seu rempo, Abelardo escolheu delibera- ‘damente seu campo: a univetsalidade é uma propriedade das pa lavas, nio das coisas, nem das ideias humanas, Autnoma na sua ‘fra, grivida de um sencido que remete, por um lado, 3s coisas fingulares € as nossa intleegSes, por outto, 0 nome no é no «ntanto, sem relagfo com uma ontologiacujo mest é Aritéeles, ‘no que tange 3 ensténciaatual das coitas, 20 passo que Platio ¢ seu guardiio, no que diz respeito a0 ser naturil do que née cha- mariamos as esséacas. Este duplo aspecto se Ie, uma ver mais, ro resumo final onde Abelardosinteiza suas eespostas 4s questes cujo texto jf citamos", A primeira questo (coisas ou simples concepgtes mentis) ele responde que “os gtnerose a espécies significa verdadcrameate, 80 nomet-ls, coisas verdaderamenteexitentes, af mesas que os ‘nomessingulacessignificam, e eles ngo consistem absolutamente ern ‘opinives vais, se bem que as intelecyScs que eles engendtam seam isola, nuas © puras™. A segunda (coeporais ow incorporss), ele ‘compreende corporal como sindaimo de izing, ereponde que ee nneros eespécessf0 de algum modo corporis, quer dizer, dstintos na sua essncia, mat incorporais seo queinteresa 0 que é maecado pelo nome universal pois ele nomeia (exatenes) sem os dstinguit —— 8. Csr 25, 27,29 89.Ch pea 0 48 166 Seite, Carb sl. 3. 127.17, 2004 7 + A sererencio nos navesns i neato nem determind-los, de mancira confit", a ocasifo de rlembrar ‘oestaruco do mode de signifiasao. A terceira seasveis ou nf), cle ppredia "que se pode dizer que 0s universaissubsitem em celia sles sensves, porque eles significam uma substanclaineinsecamente ‘caistente na coisa senavel & parte das formas exterioves les signif ‘am oot rubectncia que eubeise Gm ato ma cols snsfre, mas os rmosteam que cla € naturalmente separada da coisa sense, como ‘ceabelecemos acima seguindo Plato". Ele passa a uma nova for- ‘ma da segunda questio, 0 compreender 0 par corport-incorporal ‘como equivalente a0 par senielinensoel "Certs universis $0 ‘sensveis se se entende com iso a natueza das coisas, mas eles ndo ‘io scruivels a sc fla do modo significative, pois as coiza sensiveis ‘que cles nomeiam nio as designam da manera pela qual elas sto ‘bjetor de sensasso, quer dizer, como distinas, ¢ mostclas asim ‘eo basta para que o sentido as detece.Significam ees, entio, por pela, somente as prépras eelidades senses ou também alg ‘ma outt cosa? Responde-se eles signficam, de ato, estas realidades, sensves, mas também simulaneamente est concepeto commu que Pisciano asi principalmente 40 pensemento divine”, Mesto 90 Cui rpordai corporis quadunmodo ide ceri even et Etxponis quote od caren nomics eousemmy gaed sleet ot aoe ‘doce se dteminre nomen od conf, we eps st doce: Unde ot tine ips uncle cnpores Scone quent nd oma een [oo ‘locnepores quasar a nodum sien que x qune dace int ‘ominche, no unm disses e Serine’ 58,1 40; p29. 1.7) 91." sane amie subir nme spar nin eam nbn crime ins seb ex eos fcc en ‘ibeantam signcent quae acualee subi In re seb ene te ‘acriertpuagen» sen ements supe peta Prone, ‘Seca p 29.1 1116) Rad), AN. 92. "Cum ejpendeat crim ucla cae seni quan of natura re ‘cade tc quan i mod iguana clot roe bisque sominane na dnignanteo modo gue encanta id eu eras ep torr demonsrone tus ay pet eset est, tun ‘Scais ntum appelarne am eta bl sd signees et spond {Guodet ocala pageant el conomanct lm coveponem am cima dine ten preps adie (p29, 13095), Sei, Cut, vot 12.1, 12217, jon 2004 167 Comer Wane quando se trata de cosas sesiveis, a signifcago do terme universal comporta, em rlacio a sua Fangio de denominacio, um excedente signifiativo que remonta ao pensamento divino, E certo que o platonismo de Abdlardo ¢ mitigado; LM. de Rij

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