Professional Documents
Culture Documents
Ap1 Endodontia
Ap1 Endodontia
DIGNÓSTICO
1. Cite o passo a passo para o correto diagnóstico na endodontia, e comente sobre
cada um deles.
Inspeção: expressões de dor, assimetrias, edemas e alteração de cor.
Inspeção bucal: alteração da cor da coroa, estado das restaurações, exposição pulpar, presença
ou ausência de cárie.
Palpação: intra e extrabucal para aferir grau de sensibilidade e tatear a região apical do
elemento a ser examinado.
Testes de percussão: percussão vertical é de origem endodôntica e percussão horizontal é de
alterações periodontais.
Testes clínicos pulpares: pelo frio, calor, elétrico, cavidade, anestesia seletiva, transiluminação
Mobilidade dentária: envolve um procedimento clínico simples, empregando-se dois
instrumentos metálicos apoiados com firmeza na superfície dentária ou utilizando um
instrumento metálico e um dedo. Aplica-se força na tentativa de movimentar o elemento
dentário em todas as direções. Dessa maneira, gradua-se a mobilidade do seguinte modo: (a)
Grau 1: ligeiramente maior que a normal; (b) Grau 2: moderadamente maior que a normal; (c)
Grau 3: mobilidade grave vestibulolingual e mesiodistal, combinada com deslocamento
vertical.
Sondagem periodontal: verifica-se o elemento dentário nas suas proximais, pelo menos em
três regiões por vestibular e por lingual, não se esquecendo da região de furca.
Exploração cirúrgica: é o último recurso para a elucidação de situações obscuras, lançando-se
mão de um exame invasivo, o qual é informado ao paciente tratar-se de um procedimento em
que se tenta obter esclarecimento sobre a entidade patológica que acomete o dente ou a
região.
Radiografias: pode ser inserido em qualquer momento do processo de diagnóstico essencial
para visualização.
2. Em relação aos testes pulpares. Como são realizados e qual deles é o mais
utilizado no dia a dia clínico?
Teste pelo frio – o profissional usa algum artifício para retirar calor do dente, empregando o
bastão de gelo ou a neve carbônica (gelo seco).
Teste pelo calor – é transferido ao dente por intermédio de substância ou instrumento
previamente aquecido (água morna, bastão de gutapercha aquecida)
Teste elétrico – utiliza-se um aparelho conhecido como pulp tester. Ele tem demonstrado
muita eficácia, particularmente quando coadjuvante do teste térmico pelo frio.
Teste da cavidade – é um teste invasivo no qual se estimula o dente suspeito de ser portador
de necrose pulpar sem anestesiá-lo previamente, utilizando-se, para isso, uma broca de alta
rotação. Muitas vezes apenas o jato de ar ou a água da seringa tríplice, ou mesmo o ar da
turbina de alta rotação, são suficientes para que o paciente acuse a resposta dolorosa, mesmo
antes da abertura da cavidade. Se a resposta negativa persistir, deve-se avançar com a cirurgia
de acesso, até que a trepanação seja obtida. Em minoria de casos o paciente com necrose
pulpar ainda acusará desconforto de origem pulpar, o que é atribuído às células nervosas do
tipo C (amielínicas) remanescentes.
Anestesia seletiva – emprega-se quando o paciente refere uma dor difusa ou reflexa (dor
referida), sem definir o dente responsável. Dessa forma, quando for possível (e nem sempre
será), deve-se anestesiar apenas o elemento dentário suspeito de ser o causador da dor, sem
anestesiar o dente suspeito de ser aquele que está refletindo a dor. Se a dor cessar após a
anestesia, sua hipótese diagnóstica será confirmada, identificando-se o elemento causador
(dente algógeno) e o elemento que somente está refletindo a dor (dente sinálgico).
Trasiluminação – consiste em exame com uso de um aparelho dotado de uma fibra óptica,
aplicando-se um feixe luminoso intenso no elemento dentário, a fim de se poder diagnosticar,
por translucidez do esmalte e da dentina, algumas alterações presentes, como: trincas,
fraturas, perfurações, cáries interproximais, reabsorções coronárias e escurecimento da área
correspondente à câmara pulpar nas necroses pulpares.
O mais utilizado é: térmico (frio e calor)
3. Em relação aos testes perirradiculares. Comente sobre o diagnóstico diferencial
para lesão de origem endodôntica ou lesão de origem periodontal.
Na lesão de origem endodôntico tem espessamento do ligamento periodontal, mais
precisamente osso e cemento. Mais precisamente uma região radiolucida no ápice dentário.
Já na doença periodontal, vai ter destruição tecidual, não apenas de um elemento dentário,
como normalmente funciona na lesão Endodôntica. A pessoa com periodontite tem destruição
tecidual dos tecidos dentários mais acentuadas, por serem mais de um dente acometido.
4. Qual a importância do uso de radiografias na endodontia?
A radiografia no campo endodôntico é indispensável visto que é necessário para a visibilidade
dos casos.
5. Qual tipo de radiografia é a mais comumente utilizada para diagnóstico,
planejamento e acompanhamento (proservação) em Endodontia?
Técnica periapical
6. Quais técnicas o endodontista pode lançar mão para uma melhor avaliação no
caso de dentes multirradiculares? Comente sobre as técnicas.
Técnica de clark: A técnica da dissociação radiográfica, indicada para a localização de raízes,
canais, perfurações e dilacerações radiculares. Tomada de duas incidências de uma mesma
região, uma padrão e outra variando o ângulo horizontal ou vertical.
7. Em relação a tomografia computadorizada. Comente sobre as vantagens e
limitações dela dentro da endodontia.
Vantagem: Imagens tridimensionais, que conduzem diagnósticos precisos e planos de
tratamento apropriados
Revela lesões periapicais, canais radiculares não visíveis em radiografias convencionais.
Desvantagem: Alto custo.
8. Determine os sinais e sintomas, resposta aos testes pulpares, resposta aos testes
perirradiculares, achados radiográficos e indicação de tratamento para os
seguintes diagnósticos:
1. POLPA NORMAL (SAUDÁVEL):
Sinais e sintomas: não possui.
Resposta aos testes pulpares: positivos (térmicos e elétricos)
Resposta aos testes perirradiculares: negativos
Achados radiográficos:
Indicação de tratamento:
2. PULPITE REVERSÍVEL:
Sinais e sintomas: usualmente assintomática
Resposta aos testes pulpares: positiva
Resposta aos testes perirradiculares: negativa
Achados radiográficos: presença de lesões cariosas ou restaurações extensas, próxima a
câmara pulpar.
Indicação de tratamento: restaurador (remoção de tecido cariado e restauração apropriada leva
à completa remissão dos sintomas evidenciados.)
3. PULPITE IRREVERSÍVEL:
Sinais e sintomas: pode ter ou não ter
Resposta aos testes pulpares: positivo no calor e em altas correntes elétricas, frio pode ter
efeito anestésico.
Resposta aos testes perirradiculares: negativo
Achados radiográficos: lesões cariosas e/ou restaurações extensas, geralmente sugerindo
exposição pulpar. O espaço do ligamento periodontal usualmente apresenta-se normal.
Indicação de tratamento: remoção do tecido pulpar parcial ou total
4. NECROSE PULPAR:
Sinais e sintomas: geralmente assintomática, mas o paciente pode ou não relatar dor prévia.
Resposta aos testes pulpares: negativos
Resposta aos testes perirradiculares: pode ser negativo ou positivo
Achados radiográficos: presença de cáries e/ou restaurações extensas que alcançaram a polpa.
A necrose pulpar pode promover o escurecimento da coroa.
Indicação de tratamento: remoção de todo o tecido necrosado, e possivelmente infectado,
medicação intracanal e obturação do sistema de canais radiculares.
9. Comente sobre o processo de evolução da lesão endodôntica.
REVERSÍVEL – IRREVERSÍVEL – NECROSE
Polpa exposta, contato bacteriano com a polpa, “combate”, progressão para uma necrose,
agressão, inflamação, necrose e infecção a direção apical até que toda a polpa esteja
necrosada e infectada.
10. Defina uma lesão perirradicular. Diferencie os processos agudos dos processos
crônicos.
Lesão perirradicular é uma doença infecciosa causada por micro-organismos infectando o
sistema de canais radiculares.
Aguda quando é sintomática e crônica quando é assintomática.
PRÉ-TRATAMENTO:
1. Em relação as técnicas anestésicas dentro da Endodontia:
a) Técnica de escolha para maxila.
Anestesia infiltrativa.
Uma pequena quantidade de anestésico deve ser injetada na região palatina dos dentes para
aplicação do isolamento absoluto e em 1° molar (raiz palatina)
b) Técnica de escolha para a mandíbula.
Bloqueio do Nervo Alveolar Inferior
Alternativa para anteriores: bloqueio do nervo incisivo via forame mentoniano, completando
com uma injeção infiltrativa por vestibular no nível do ápice do dente envolvido.
c) Técnicas suplementares (Como, onde e quando aplicar)
Quando aplicar: Quando a sensibilidade pulpar ainda persistir após o emprego das técnicas de
primeira escolha.
Como e onde: infiltração vestibular e/ou lingual como suplementar de primeira opção,
intraligamentar como segunda e intrapulpar como de última escolha.
d) Indicações de suplementação analgésica de forma preventiva.
Pulpite irreversível sintomática
2. Em relação ao uso do IACO dentro da endodontia:
a) Qual a sua função?
Melhorar a visibilidade e manter campo seco.
Reduzir riscos de contaminação.
Proteger os tecidos subjacentes contra a ação de medicamentos e soluções irrigadoras durante
o tratamento.
Impedir o paciente de realizar sucção de qualquer substância ou instrumento.
b) Quais são os instrumentais e materiais aplicados para o seu uso e a função de
cada um deles.
Lençol de borracha: O isolamento impede a entrada de exsudato purulento proveniente do
canal radicular para a cavidade oral. Proteção do paciente contra a ingestão acidental de limas
e substância química, na odontometria e irrigação dos canais, respectivamente.
Arco: fixar o lençol de borracha nas projeções laterais em forma de espinho ou farpa,
mantendo-o distendido, firme e liso.
Grampos para isolamento: Têm a finalidade de reter e manter a borracha adaptada ao colo
clínico do dente, além de promover o afastamento gengival.
Pinça porta-grampo: utilizada para posicionar e remover o grampo do colo dentário por meio
da sua apreensão e distensão durante o uso.
Perfurador de lençol de borracha: responsável pela perfuração do lençol de borracha
c) Em caso da impossibilidade do uso de técnicas de isolamento convencional,
como podemos proceder?
- Isolamento em fenda ou em bloco: Nessa técnica, o isolamento de vários dentes será
realizado por meio de uma fenda feita no lençol de borracha, unindo-se dois ou mais orifícios
de maior calibre, englobando o dente que irá ser submetido ao tratamento endodôntico e um
ou mais dentes para distal e mesial.
- Isolamento de dentes com aparelho ortodôntico: Nessa situação o isolamento é individual e
o grampo normalmente é posicionado sob o braquete, na cervical do dente. Os espaços
existentes são então vedados com barreira, como o protetor gengival fotopolimerizável.
- Isolamento de dentes que necessitam de reconstrução coronária provisória: Com o advento
das resinas compostas fotopolimerizáveis e dos sistemas adesivos, a reconstrução provisória
de uma coroa de dente parcialmente destruída cria condições para a realização de uma boa
adaptação e estabilização cervical do grampo,26 fornecendo um reservatório intracoronário
para a solução irrigadora, prevenindo que ela seja ingerida pelo paciente e impedindo a
infiltração de saliva e sangue na cavidade pulpar durante o tratamento.
- Isolamento de dentes que necessitam de cirurgia periodontal: Determinadas situações
clínicas, como dentes que sofreram invaginação gengival no espaço coronário destruído,
dentes com fratura coronorradicular, dentes com remanescente coronário subgengival, entre
outras.
- Isolamento de pacientes claustrofóbicos: Em pacientes que sentem dificuldade de respirar ou
apresentam sensação de sufocamento durante o isolamento absoluto, o profissional pode fazer
uso do arco dobrável ou então cortar o lençol no sentido vertical, deixando o lado bucal
oposto ao do tratamento parcialmente descoberto pelo lençol, o que proporciona alívio ao
paciente.
TRATAMENTO ENDODÔNTICO
1. Identifique na imagem a seguir as seguintes
estruturas: cavidade pulpar, câmara pulpar,
canal radicular (terço cervical, terço médio,
terço apical), assoalho, teto, paredes
pupares, divertículos.
2. Em relação aos diferentes grupos dentários. Comente sobre a anatomia dos
seguintes elementos:
a) Incisivos
b) Caninos
c) Pré-molares
Prognóstico: favorável
b) Biopulpectomia
Indicação: casos de pulpite irreversível, sintomática ou assintomática, ou quando houve
fracasso do tratamento conservador.
Prognóstico: favorável
c) Necropulpectomia
Indicação: processos infecciosos
Prognóstico: duvidoso
4. Cite o passo a passo do tratamento endodôntico nos casos de Biopulpectomia e
Necropulpectomia.
Biopulpectomia: Acesso coronário, odontometria, instrumentação, obturação e selamento.
Necropulpectomia: Acesso coronário, odontometria, patência, instrumentação, medicação
intracanal, obturação e selamento.
5. Comente sobre a etapa do acesso pulpar coronário na endodontia.
Esta etapa se inicia com o estabelecimento de uma área de eleição, confecção de uma forma
de contorno inicial e direção de trepanação.
A área de eleição é o ponto escolhido para ser iniciado o desgaste do dente. Nos incisivos e
caninos superiores, fica na face palatina, 1 a 2 mm abaixo do cíngulo; nos inferiores, na face
lingual, 1 a 2 mm acima do cíngulo; nos pré-molares e molares, na face oclusal, junto à fossa
central em ambos os arcos.
A forma de contorno inicial é a obtida partindo do ponto de eleição, normalmente utilizando
brocas 1557 ou similares, operando em motor de alta rotação, sob refrigeração adequada, com
uma velocidade lenta, dando uma conformação apropriada à cavidade e procurando respeitar a
anatomia interna do dente. O uso de velocidade lenta permite melhor controle operatório e
evita a realização do desgaste excessivo da estrutura dental sadia.
6. Quais são os instrumentais utilizados para o acesso. Cite a especificação de uso
para cada um deles.
Brocas esféricas e troncas cônicas diamantadas de pontas inativas (Endo Z, 3081,3082,3083
ou 4181, 4083)
HL: haste longa (dentes volumosos)
- Brocas diamantadas (1011, 1012 ou 1014): furo
- Brocas com pontas inativas (3081, 3082 ou Endo Z): ajeitar a região do teto
- Gates (2, 3, 4, 5): funilar o canal
7. Comente sobre a área de eleição, área de trepanação, forma de contorno e forma
de conveniência dos seguintes grupos dentários:
a) Incisivos e Caninos
Área de eleição: Área mais central da superfície palatina, próxima do cíngulo.
Área de trepanação: A penetração inicial com broca perpendicularmente à linha do longo eixo
do dente. Penetra-se em toda a espessura do esmalte. Posteriormente, modifica-se a direção de
sua inclinação, de modo que ela fique paralela ao longo do eixo do dente, aprofundando em
direção à câmara.
Forma de contorno: triangular regular, com a base voltada para incisal e o vértice voltado para
o cíngulo. Canino: forma de chama.
Forma de conveniência: regularização e alisamento dos ângulos mesial e distal do vértice da
câmara pulpar, remoção da projeção dentinária na região do cíngulo.
b) Pré-molares.
Área de eleição: Área mais central da superfície oclusal, junto à fossa central.
Área de trepanação: Vertical, paralela ao longo eixo do dente.
- Pré-molares inferiores quase sempre apresenta uma inclinação lingual bem acentuada da
coroa em relação a linha do longo eixo da raiz.
Forma de contorno: Forma cônico ovoide, achatada no sentido mesiodistal, com extensões
maiores de preparo no sentido vestibulopalatino.
Forma de conveniência: Com o auxílio de uma sonda endodôntica observam-se a direção e a
inclinação com a sua exploração inicial. A seguir, verifica-se a necessidade de realização de
desgastes compensatórios, para acesso reto e direto ao canal ou canais radiculares. Dois ou
três canais radiculares poderá exigir maior abertura da cavidade.
NECROPULPECTOMIA
Após determinar o CT
- II: chega ao ápice por cateterismo,
sem folga.
- IM: Lima inicial + 3 instrumentos
- Patência intercalando