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Índice

1. Introdução...............................................................................................................3

1.1. Objectivos:..........................................................................................................3

1.2. Metodologia........................................................................................................3

2. Turismo...................................................................................................................4

3. Evolução do turismo em Moçambique......................................................................4

3.1. Período Colonial.....................................................................................................4

3.2. Período pós - colonial.............................................................................................5

4. Contributo do Turismo na economia nacional.......................................................7

4.1. Importância do turismo...........................................................................................7

4.2. Áreas de atracção turística..................................................................................7

5. Impacto social, económico e ambiental..................................................................9

6. Conclusão.............................................................................................................11

7. Referências Bibliográficas....................................................................................12
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1. Introdução
O presente trabalho tem como tema: o turismo, representa um importante instrumento
de transformação das sociedades, que promove a inclusão social, oportunidades de
emprego, novos investimentos, receita e empreendedorismo; além de ser uma actividade
de relevante importância para a economia colonial mundial, pois, é actualmente uma das
rentáveis e promissoras em franca expansão no Mundo.

Neste contesto o turismo é apontado como uma alternativa económica necessária para a
preservação e concentração de áreas naturais. O resultado dessa actividade pode trazer
benefícios tanto de ordem socioeconómica como ambiental, visto que, dependendo da
área de conservação é possível estabelecer objectivos na manutenção da diversidade
natural, cultural no favorecimento da pesquisa científica de educação ambiental,
protecção da fauna e flora silvestre, recreação, dentre outras.

1.1. Objectivos:
Geral:

 Analisar o desenvolvimento turístico e o seu contributo na economia nacional.

Especificos:

 Caracterizar a evolução do turismo em Moçambique;


 Explicar o contributo do turismo na economia nacional;
 Identificar os impactos do turismo no meio ambiente.
1.2. Metodologia:

Para a realização do trabalho recorremos a diversas fontes, com a finalidade de reunir


uma informação satisfatória fácil compreensão através de consultas bibliográficas e
pesquisas efectuadas em alguns artigos, que versam sobre o tema em destaque nas quais
vem mencionadas no fim do trabalho.
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2. Turismo
Conceito do Turismo

Etimologicamente, o termo turismo provém da palavra francesa tourisme, embora


alguns autores afirmem que a adopção deste termo por parte da língua portuguesa deu-
se por via do inglês, e não directamente do francês. Este termo foi pela primeira vez
utilizado na Inglaterra, em 1760, e as actividades hoje classificadas como turísticas
tiveram início no mesmo pais, no século XVIII.

Definição

Pelos conceitos acima apresentados, deduz-se que por turismo entende-se como sendo a
deslocação e permanência das pessoas fora do seu local habitual de residência,
motivadas por lazer, recreio ou outras actividades, mas que não incluam as de carácter
meramente lucrativo num período superior a 24 horas e inferior a 12 meses.

Viajante: pessoa que visita um lugar diferente no qual tem residência fixa, com
fins distintos das quais exerce em seu país.
Turista: visitante temporário que permanece no mínimo 24 horas (ou um pernoite) no
lugar que visita e cujas finalidades de viagem podem ser classificadas em: férias,
distração, negócios, saúde, estudo, religião, esporte, congressos etc.
Excursionista: visitante temporário que permanece menos de 24 horas (ou não realiza
pernoite) no lugar que visita, e cujas finalidades são iguais às dos turistas. São
comumente chamados de “visitantes de um dia” e incluem os passageiros em cruzeiros
que pernoitam a bordo das embarcações.

3. Evolução do turismo em Moçambique


3.1. Período Colonial
Barreto (1999) os registros históricos dão conta que Moçambique era considerado um
dos destinos turísticos de excelência em África e este sector jogava um papel importante
na economia do país tendo recebido 900.000 turistas provenientes principalmente de
África do sul, Zimbabwe e Portugal.

Neste período o turismo desenvolveu-se em torno de três temas: praias, faunas e o


ambiente dinâmico oferecido pelos centros urbanos. As praias tropicais, as águas
quentes e as oportunidades marcantes de pesca e andar de barcos concentrado
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principalmente na zona sul e na zona Centro eram únicos na África Austral. De igual
modo, o produto faunístico encontrar-se muito desenvolvido, o Parque Nacional de
Gorongosa (PNG), era considerado uma das melhores reservas de animais da África
Austral e as caças nas coutadas (áreas de caça) a zona Centro possuía padrão
internacional. Para além deste parque (PNG) existe outros parques e reservas nacionais.

O turismo como um sector de impulsão e economia nacional em Moçambique só


começou a ser regulamentado e adotado pelo Governo colonial na segunda metade dos
anos 50 com a criação dos primeiros centros de informação e turismo.

No entanto, só em 1972 é que se estabelecem as primeiras zonas de turismo que foram


acrescidas para 26 em 1972. A localização e delimitação dessas zonas baseavam-se
apenas em critério de consenso geral sobre as importâncias relativas as atrações de cada
zona.

O país era um ponto de referência para os turistas de praia dos países do Interior da
África Austral como Zimbabwe e Malawi, e constituía ao mesmo tempo o destino
preferido para férias por grande parte de turistas da vizinha África do sul. Estes turistas
eram atraídos pelas praias de água límpida, as ilhas, o mar quente o povo, a pesca
desportiva e os desportos aquáticos. (BARRETO, 1999).

Porém em 1973, ocorrem mudanças em torno da segurança que resultam em um


declínio no desempenho desse sector, as infraestruturas turísticas degradam- se devido
as guerras e os recursos faunísticos foram totalmente dizimados.

3.2. Período pós - colonial


Nós anos 70, o sector registou um crescimento significativo que pode ser verificado
com base no parque hoteleiro existe na altura da independência nacional em 1975.

Após a independência foi caracterizado por uma queda ao nível de toda actividade
turística nacional. Devido ao relacionamento político econômico difícil com os dois
países da região, que constituíam o principal mercado turístico (África do sul e
Zimbabwe), falta de técnico para planificar e gerir o sector e o conflito armado que não
só destruiu as infraestruturas turísticas como também dizimou a flora e a fauna bravia e
bloqueou as vias de acesso, comunicação e transportes no geral, ao longo dos anos 80 e
princípios dos anos 90, o turismo externo constituía basicamente na estadia de missões
de cooperação internacional.
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Com a assinatura do acordo geral de paz, em 1992, marcou o início da revitalização do


setor do turismo. O fim da Guerra e o desenvolvimento do programa reajustamento
estrutura criaram a condições para a definição de um programa para restauração de um
sector.

Assim o programa do governo para o quinquênio 1995-1999 criou pela primeira vez um
ministério específico e definiu o turismo como um sector para maximizar a entrada de
divisas e geração de emprego, reforçar o desenvolvimento regional e distribuir os
respectivos benefícios para todas as zonas do país, projectar uma imagem de
Moçambique no exterior e promover uma maior participação do empresário nacional
em empreendimentos turísticos. Entra se assim numa nova era do turismo em
Moçambique.

Em 2003 através da resolução 14° de Abril, o governo de Moçambique de Moçambique


aprovou a política de turismo e estratégia da sua implantação que estabelece a
perspectiva orientadora do crescimento e desenvolvimento do turismo no futuro, ela
identifica os principais gerais, os objetivos do turismo e suas estratégias que consistem
numa série de directrizes cuja finalidade é encontrar as implementações das ações com
vista ao alcance dos objetivos e princípios estabelecidos na política através de medidas
estratégicas tais como:

 O reconhecimento do setor privado como força motriz do desenvolvimento das


indústrias turísticas;
 Formação e profissionalização dos recursos humanos como forma de aumentar a
quantidade do turismo;
 Promoção do envolvimento efectivo da comunidade nos planos de
desenvolvimento, entre outros.

Fase a estás novas políticas de turismo em 2004 foi aprovada lei do turismo e plano
estratégico para o desenvolvimento do turismo em Moçambique- PEDIM (2004- 2013)
instrumento que serve de base para o processo de planificação estratégica: Fixa
prioridades específicas e mercado, Identifica 18 áreas prioritárias para o investimento do
Turismo (APITs), focaliza os recursos necessários para o desenvolvimento do turismo e
desenvolvimento do turismo e define como factores prioritários para o desenvolvimento
do turismo a formação dos recursos humanos e a criação de infraestrutura de segurança
e a existência de recursos financeiros.
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A história da conversão é recente para o contexto Moçambicano, a criação das primeiras


reservas para criação das primeiras reservas de conservação datam da década 50 do
século XX com a criação das reservas florestais. (BALANZA E NADAL, 2002).

4. Contributo do Turismo na economia nacional


As razões econômicas para o desenvolvimento do turismo em Moçambique são mais
fortes por existirem poucas alternativas e quase nenhuma disponibilidade de recursos
humanos e físicos para desenvolver de forma intensiva a indústria e a agricultura. O
turismo tem um grande potencial para contribuir para a expansão da procura de bens e
serviços da produção local, abrangendo também os pequenos produtores e pode
contribuir para o alargamento das oportunidades de emprego para grosso da população.
A actividade turística constitui uma alternativa para a diminuição das disparidades
regionais entre regiões dum país. Ela é uma actividade que esta relacionada com vários
ramos de actividades econômicas e não econômicas, ou por outras palavras é uma
actividade de grande importância, cuja sua amplitude arrasta uma serie de benefícios e
custos que exigem uma avaliação integral que permita potenciar uns e atenuar outros.
De referir que, muito embora se possa argumentar que o turismo oferece uma
importante forma alternativa de actividade econômica, ele deve ser considerado como
um componente de um conjunto mais amplo de iniciativas de desenvolvimento, no
âmbito de qualquer sistema econômico. Isso não significa dizer que, em determinadas
circunstâncias, o turismo não possa ser a maior fonte de renda e de empregos numa
região, mas sim, que o impacto e o papel do turismo irão variar em cada uma delas.
(ISMAEL. G10 - Geografia 10ª Classe).

4.1. Importância do turismo


O turismo constitui, actualmente uma verdadeira indústria. Muitos países tomam esta
actividade como via para o seu desenvolvimento económico, por lhes permitir a
captação de avultados capitais, contribuindo assim para o aumento do PIB. (Fausto José,
julho 22, 2020).

4.2. Áreas de atracção turística


Na província de Maputo: a estância de repouso da Namaacha, com bom clima; a
reserva de Maputo, com várias espécies; as praias de Maputo, Macaneta e ilha da
Inhaca.
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Em Gaza existem os parques de Banhine e o Transfronteiriço do Limpopo, onde há


muitas espécies de animais de grande porte (elefantes, girafas e zebras); as praias de
Bilene, Xai-Xai, Chongoene, Chidenguele e Dengoine.

A província de Inhambane oferece ao turista o parque de Zinave; as belas praias de


Závora, Tofo e Barra; bonitas e atractivas lagoas em Zavala, Inharrime, Pomene e
Vilankulo e o arquipélago de Bazaruto, onde se pode fazer a pesca desportiva e praticar
mergulho.

Em Manica: o clima ameno das montanhas; as ruínas de Sena, que testemunham a


grandeza do império de Muenemutapa; as pinturas rupestres de Chimanimani.

Sofala possui ilhas, praias e o Parque Nacional da Gorongosa, com uma grande
diversidade de fauna e flora.

A Zambézia possui muitas ilhas, praias, a reserva de Gilé e grandes plantações de


coqueiros que Oferecem um panorama sem igual; as montanhas de Gùrué, com a sua
beleza paisagística.

Em Nampula localiza-se a ilha de Moçambique, com grande valor histórico, com uma
fortaleza, capelas, mesquitas e casas dos séculos XVI, XVII e XVIII, e que é património
mundial da Humanidade; muitas ilhas e praias com boas condições para a pesca
desportiva.

Em Tete destaca-se a fortaleza, que lembra o estabelecimento de feitorias construídas


durante a penetração colonial, e a barragem de Cahora Bassa.

No Niassa, o lago, com o mesmo nome, oferece boas condições de pesca desportiva; há
ainda a reserva do Niassa, praticamente com exemplares de toda a fauna cinegética de
Moçambique.

Cabo Delgado, que possui muitas praias e ilhas.

Embora a África do Sul seja a principal concorrente, é também, simultaneamente, o


nosso maior cliente com 70% dos turistas, seguida da Grã-Bretanha, com 10,9% e de
Portugal, com 6,5%.

Verifica-se, assim, que é necessário fazer um grande esforço para diversificar o mercado
de turistas.
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Em termos do tipo de turismo, a percentagem está distribuída da seguinte forma:

Turismo de lazer - 36%;

Turismo de negócio - 40%;

Turismo de visita - 20%.

5. Impacto social, económico e ambiental


A presença de turistas num determinado lugar origina o aparecimento da prostituição,
de roubos e, às vezes, de crimes violentos.

Muitas pessoas assimilam valores culturais dos estrangeiros, no que diz respeito ao
vestuário e ao estilo de Vida.

Por outro lado, a actividade turística tem impacto também na Vida económica e social,
impacto esse que se manifesta de várias formas: fluxo de moeda convertível, criação de
actividades secundárias de apoio, lojas de material de pesca e mergulho, estacões de
serviço, postos de saúde, mais emprego.

Muitos turistas também podem significar inflação dos preços de alguns produtos
alimentares e do alojamento, o que, eventualmente, diminuirá o poder de compra da
população local.

O meio ambiente está em crescente ameaça, devido as diferentes actividades


desenvolvidas pelo Homem, em particular o turismo.

A aglomeração de turistas, a poluição e a construção de infra-estruturas em lugares


frágeis constituem uma preocupação para todos nós.

No nosso país, o impacto negativo sobre o meio ambiente manifesta-se de muitas


formas, nomeadamente:

Crescimento desordenado das cidades em áreas turísticas, construção de infra-estruturas


novas para recepção dos turistas, construção de estradas, retirada de areia e vegetação
para instalação de casas.

Despejo indiscriminado de lixo com consequente perda de estética, proliferação de


doenças, contaminação das águas.
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Erosão da costa, que resulta no desabamento de terras e perda do solo superficial, como
é o caso da cidade da Beira.

Desaparecimento da vegetação das dunas, devido retirada das areias para construção, o
que facilita a erosão.

Sobrecarga de infra-estruturas sociais, como, por exemplo, sanitários e hospitais.


(ISMAEL. G10 - Geografia 10ª Classe.)
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6. Conclusão
Vimos no decorrer deste trabalho que as raízes históricas do desenvolvimento do
turismo estão intimamente ligadas ao desenvolvimento económico e cultural da
humanidade. O turismo engloba uma gama gigantesca de actividades económicas,
politicas e sociais. Isso porque, além de ser uma actividade de lazer, é também um
fenómeno social em que as pessoas se aproximam, aproximações essas que provocaram
mudanças no comportamento, nos padrões culturais e morais nos diversos povos e
civilizações com destaque para Moçambique, ao longo da história. O turismo foi um dos
seguimentos económicos e sociais que aceleram os processos de urbanização da
humanidade, além de funcionar como elemento de difusão e irradiação cultural.
Conhecer e estabelecer relações entre o desenvolvimento desta actividade relacionada
ao desenvolvimento histórico de Moçambique de suma importância.

O turismo é um impulsor do desenvolvimento local, que produz rendimento aos vários


intervenientes que prestam serviços directos e indirectos. Nos últimos anos tem
associado o seu desenvolvimento e efectivação das políticas públicas assim como as
tendências de procura turística, compromisso com a conservação dos recursos naturais,
culturais e inclusão social das comunidades receptoras.
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7. Referências Bibliográficas
NONJOLO, Luís Agostinho; ISMAEL, Abdul Ismael. G10 - Geografia 10ª Classe.
Texto Editores, Maputo, 2017.

ANDRADE, J.V. Turismo: Fundamentos e Dimensões. 6ª ed. São Paulo: Ática, 1999.

BARRETTO, M. Manual de iniciação ao estudo do turismo. Coleção Turismo.


Campinas: Papiros, 1999.

BALANZA, I. M. Nada. Marketing e comercialização de produtos turísticos. São


Paulo: Thompson Pioneira, 2002.

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