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Organelas

Citoplasmáticas

Professor: Laura Müller


Série: 316
Escola:CESB

Competência: C2

Habilidades: EM13CNT302, EM13CNT303

Citoplasma e organelas citoplasmáticas


Ribossomos- São organelas com função de produção de proteínas que atuam no citosol e no núcleo celular e
das proteínas que formam o citoesqueleto. Inicialmente são produzidas no interior do núcleo (nucléolo) e são
formados por duas subunidades (uma maior e outra menor) que unem-se durante o processo de síntese
protéica. Vão atuar livremente no citoplasma ou fazer parte do Retículo Endoplasmático Rugoso. Os
ribossomos serão melhor estudados no processo de “Tradução” que ocorre no citoplasma, no conteúdo de
“núcleo celular”.

Retículo endoplasmático (liso e rugoso)- São tubos e bolsas membranosas que podem apresentar
ribossomos aderidos (granular ou rugoso) ou não (agranular ou liso).

Funções do RER: Produção de proteínas para exportação, incluindo hormônios de origem protéica; produção
de enzimas lisossômicas; produção de proteínas que compõem as membranas celulares; transporte e
armazenamento de substâncias.
Funções do REL: Produção de ácidos graxos, de fosfolipídios e de esteróides, que ocorre no interior de suas
bolsas e tubos membranosos; transporte e armazenamento de substâncias. Nas células do fígado é bem
desenvolvido.

Complexo golgiense: Constituído por 6 a 20 bolsas membranosas achatadas, denominadas cisternas ou


vesículas, empilhadas umas sobre as outras. Nas células vegetais há conjuntos dessas cisternas dispersos
pelo citoplasma (dictiossomo ou golgiossomo).
Funções do golgi: Glicosilação de proteínas (adição de glicídios às proteínas); síntese de carboidratos;
secreção celular; armazenamento de proteínas; forma os lisossomos e o acrossoma do espermatozóide.

Lisossomos- São bolsas membranosas que contém dezenas de tipos de enzimas digestivas, capazes de
digerir diversas substâncias. Algumas enzimas são as nucleases (digerem DNA e RNA), proteases, fosfatases,
além de enzimas que digerem polissacarídios e lipídios. As células animais podem conter centenas de
lisossomos. Podem digerir material capturado do exterior por fagocitose ou por pinocitose (heterofagia) ou
digerir partes desgastadas da própria célula (autofagia). Os lisossomos são também responsáveis pela
autólise celular, onde há rompimento dos lisossomos e posterior morte da célula e do tecido. O processo
também pode ser chamado de apoptose. Um exemplo é a redução da cauda dos girinos.
Algumas doenças e os lisossomos: Silicose, Artrite reumatóide e Doenças e Tay-Sachs.

A circulação das substâncias:

Peroxissomos- São organelas presentes nas células animais e em muitas células vegetais. Elas contém
diversos tipos de oxidases, enzimas que utilizam gás oxigênio para oxidar substâncias orgânicas. Por exemplo,
a água oxigenada (H2O2- peróxido de hidrogênio) é uma substância tóxica para as células, mas os
peroxissomos apropriadamente contêm a enzima catalase, que transforma o peróxido de hidrogênio (em água
e gás oxigênio. São organelas abundantes no fígado e nos rins.

Plastos- São organelas presentes apenas em células de plantas e algas. Variam conforme o organismo. Há
três tipos de plastos: cloroplastos, cromoplastos e leucoplastos.
Os cloroplastos são os principais e caracterizam-se pela cor verde pelo pigmento clorofila. Em um
cloroplasto há enzimas, DNA, RNA, além de ribossomos semelhantes aos das células bacterianas. É nos
cloroplastos que ocorre a fotossíntese, processo no qual moléculas de gás carbônico (CO2) e de água (H2O)
reagem formando glicídios e gás oxigênio (O2). A energia necessária para tal processo é a energia luminosa e,
por meio da fotossíntese, algas e plantas produzem açúcares utilizados em suas próprias mitocôndrias para a
produção de ATP. Como produzem sua própria energia química dizemos que são organismos autotróficos. O
processo químico da fotossíntese será visto futuramente no conteúdo envolvendo a “química celular”.

Alguns plastos não têm clorofila, e sim pigmentos vermelhos ou amarelos, sendo por isso chamados de
cromoplastos. Essas organelas são responsáveis pelas cores de certos frutos e flores, de algumas raízes,
como a cenoura, e de folhas que se tornam amareladas ou avermelhadas no outono. A função dos
cromoplastos nas plantas ainda não é pouco conhecida. Outros plastos não possuem pigmentos e são
chamados de leucoplastos. Estão presentes em certas raízes e caules, e sua função é o armazenamento de
amido. Esse polissacarídio é fabricado a partir de glicídios produzidos na fotossíntese e acumula-se no
leucoplasto, podendo ocupar totalmente o interior da organela, que cresce e se transforma em um amiloplasto
(ou grão de amido). Esse amido pode ser convertido em glicose e ser usado na respiração celular.

Vacúolos- São pequenos em células vegetais jovens e vão aumentando gradativamente de tamanho e
fundindo-se uns aos outros até constituir o grande vacúolo vegetal. É delimitado por uma membrana, o
tonoplasto. O vacúolo de célula vegetal contém uma solução aquosa ácida composta de íons orgânicos,
açúcares, aminoácidos, ácidos orgânicos e, em alguns casos, proteínas, como ocorre nas células das
sementes. Esses sais podem cristalizar assumindo formas geométricas espaciais em forma de estrelas
(drusas) ou em forma de agulhas (ráfides). Pode desempenhar função dos lisossomos nas células, já que
também apresenta algumas enzimas digestivas. Há nos protistas um vacúolo de regulação osmótica chamado
vacúolo contráctil ou pulsátil.

Centríolos- São constituídos por 9 conjuntos de 3 microtúbulos, unidos por proteínas adesivas. Com exceção
dos fungos e das plantas superiores as células eucariotas apresentam um par de centríolos orientados
perpendicularmente na região do centrossomo.

Pouco antes de uma célula dividir-se eles se autoduplicam. Ao lado de cada centríolo do par original
forma-se um novo, pela agregação de moléculas de tubulina presentes no citosol. Quando a célula inicia a
divisão propriamente dita o centrossomo divide-se em dois, cada um com um par de centríolos.
Função dos centríolos: Participam da divisão celular e são responsáveis pela cinética celular; originam os
cílios e os flagelos.

Mitocôndrias- Seu número varia de dezenas a centenas, dependendo do tipo celular. As mitocôndrias são
delimitadas por duas membranas lipoprotéicas. A mais externa é lisa e semelhante às demais membranas
celulares, enquanto a membrana interna é diferente e apresenta dobras chamadas cristas mitocondriais, que
se projetam para o interior da organela. O interior é preenchido por um líquido viscoso- a matriz mitocondrial
– que contém diversas enzimas, DNA, RNA e ribossomos menores que os citoplasmáticos (mitorribossomos) e
muito semelhantes aos ribossomos bacterianos. Nelas ocorre a respiração aeróbia, processo em que
moléculas orgânicas reagem com o gás oxigênio, formando gás carbônico e água e liberando energia, que é
armazenada em moléculas de ATP (trifosfato de adenosina). O ATP produzido nas mitocôndrias difunde-se
para outras regiões da célula e fornece energia para as mais diversas atividades celulares. O conjunto de
mitocôndrias em uma célula é conhecido pelo nome de condrioma.
O processo detalhado da respiração será visto durante o conteúdo da “química celular”.

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Leitura obrigatória

Mitossomos e Hidrogenossomos- Certos protozoários e fungos anaeróbios não tem mitocôndrias, eles
possuem outros tipos de organelas relacionadas com a energia que possivelmente evoluíram de mitocôndrias,
como uma adaptação a ambientes anaeróbios.
Uma dessas organelas é o hidrogenossomo, presente em certos fungos, em protozoários flagelados
como o causador da Tricomoníase e em protozoários ciliados que vivem no trato digestório de mamíferos
ruminantes. São bolsas quase esféricas, delimitadas por duas membranas lipoprotéicas, em cujo interior ocorre
degradação de ácido pirúvido ou de ácido málico, com produção de gás hidrogênio, gás carbônico e ácido
acético. Nessas reações é liberada energia armazenada em moléculas de ATP. O hidrogenossomo do ciliado
Nyctotherus ovalis apresenta DNA.

Um outro tipo de organela é o mitossomo, presente em certos protozoários anaeróbios como algumas
amebas e a giárdia que não possuem os hidrogenossomos. São semelhantes aos hidrogenossomos e não
possuem DNA. Apesar de não gerarem ATP diretamente, são o local de produção de complexos de ferro e
enxofre, de que as células necessitam para gerar ATP.

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