You are on page 1of 22
ever ttn) CANOA WRAVAY COMPREENSAO GRANT WIGGINS - say McTIGHE Capitulo 1 Planejamento reverso sro Oxford de Inglés Liohn Mecle a Project Run Smoothly’,2003 rofessores sao plangjadores. Uma agao essencial da nossa profissdo ¢ a elaboragio do curriculo e das experiéncias de aprendizagem para atingir os objetivos especifi- cados. Também somos planejadores de avaliagdes para diagnosticar as necessida- des dos alunos e orientar nosso ensino, possibilitando que nés, nossos alunos e outras pessoas (pais ¢ administradores) sejamos capazes de determinar se conseguimos atingir nossos objetivos. Da mesma forma que pessoas atuando em outras profissées que requerem planeja ‘mento, como arquitetura, engenheria ou artes devem estar conscientes de seu ptiblico, Os centrados no cliente. A eficdcia dos seus pla mnde so alcance de objetivos explicitos para usuarios finais especificos. Obviamente, os alunos so nosso cliente prin- cipal, considerando que a eficdcia do curriculo, da avaliagao e do planejamento do ensi no ¢, em wltima anélise, determinada pelo alcance das aprendizagens desejadas. Assim, podemos pensar em nosso planejamento como um software. Nosso material didético ¢ planejado para tornar a aprendizagem mais eficaz, assim como um software de compu- tador destina-se a tornar seus usuérios mais produtivos. Como em todas as profissGes que requerem planejamento, os padrées ou orientagoes curriculares informam e moldam nosso trabalho. O desenvolvedar de software trabalha para maximizar a facilidade de utilizacao e reduzir as falhas que impedem os resultados. 0 arquiteto ¢ guiado pelos cédigos de construgéo, pelo orgamento do cliente e pela estéti- ca do bairro. O professor como planejador 6 igualmente restringido, Nao somos livres para ensinar qualquer t6pico que escolhemos e de qualquer maneira, Ao contrério, somos guiados por orientagées curriculares nacionais, estaduais, municipais ou institucionais u eains & MeTighe «que especificam 0 que os alunos devem saber e ser capazes de fazer. Esses padrdes for- necem uma estrutura ttil para nos ajudar a identificar prioridades de ensino ¢ apren- Gizagem ¢ para orientar nosso planejamento do curriculo e das avaliacées da aprendi- zagem. Além dos padrées externos, também precisamos integrar as necessidades dos nnossos muitos e variados alunos ao planejamento das experiéncias de aprendizagem. Por exemplo, diferentes interesses dos alunos, niveis de desenvolvimento, turmas grandes © resultados prévios devem sempre moldar nosso pensamento sobre as atividades de aprendizagem, tarefas e atividades avaliativas No entanto, como nos faz. recordar o velho ditado, nos melhores planejamentos a fun- (0 precede a forma, Em outras palavras, todos os métodos e materiais que usamos so ‘moldados por uma clara concepgéo da visdo dos resultados desejados. Isso significa que precisamos ser capazes de indicar com clareza o que o aluno deve compreender ¢ ser capaz de fazer como o resultado de qualquer plano, independentemente de quaisquer restrigdes que enfrentamos. Vocé provavelmente conhece o ditado: “Se vocé nao sabe exatamente para onde est indo, qualquer estrada levaré até ld". Infelizmente, essa questo 6 muito séria em edu- cacao. Somos répidos em dizer que coisas nds gostamos de ensinar, que atividades nds iremos realizar e que tipos de recursos nds iremos usar; mas, sem clarificar os resultados desejados do nosso ensino, como vamos saber se nossos planos so apropriados ou arbi- trérios? Como vamos distinguir aprendizagem meramente interessante de aprendizagem efetiva? Mais precisamente, como iremos cumprir os padrées de contetido ou ajudar 0 aluno a chegar a compreensées dificeis a ndo ser que pensemos sobre o que esses objeti- vos implicam para as atividades e realizacoes do aprendiz? Um bom planejamento, portanto, tem menos a ver com a aquisi¢ao de novas habilida- des técnicas e mais com aprender a ser mais reflexivo e espeeifico sobre nossos objetivos e suas implicagées. Por que “reverso” é methor Como essas consideracoes gerais sobre planejamento se aplicam ao planejamento do cur- riculo? O planejamento de ensino deliberado e focado requer que nés, como professores e autores do curriculo, fagamos uma mudanca importante em nosso pensamento sobre a natureza do nosso trabalho. A mudanga envolve inicialmente pensar muito sobre as aprendizagens especificas almejadas, antes de pensar sobre o que nés, como professores, vamos fazer ou oferecer nas atividades de ensino e aprendizagem. Embora consideragoes sobre 0 que ensinar e como ensinar possam dominar nosso pensamento como uma ques- to de hdbito, o desafio ¢ focar primeiro nas aprendizegens desejadas a partir das quais o ensino apropriado logicamente iré se desenvolver. Nossas aulas, unidades e cursos devem ser logicamente inferidos dos resultados bus- cados, e nao derivados dos métodos, livros e atividades com os quais nos sentimos mais a vontade, O curriculo deve configurar as formas mais eficazes de atingir resultados es- pecificos. Isso 6 andlogo ao planejamento de uma viagom. Nossas referéncias devem for- necer um conjunto de itinerdrios deliberadamente planejados para atender aos objetivos culturais, em vez de resultar em um passeio sem finalidade a todos os locais importantes em um pais estrangeiro. Em resumo, os melhores planejamentos derivam retroativamen- te das aprendizagens buscadas. ‘A adequacao dessa abordagem se torna mais clara quando consideramos 0 propésito educacional que é 0 foco deste livro: compreenséo. Nao podemos dizer como ensinar para compreensio ou quais materiais e atividades usar até que estejamos certos sobre mento para a compreen (ums comproensOes especifices pretendemos e como essas compreensées se efetivam 2a pritica. Foderemos decidir melhor, como guias, quais “locais" faremos noses tac 28" alunos visitarem e qual “cultura” especifica eles devem experimentar er seu Lne os esses resultados, ‘Todavia, muitos professores comegam e permanecom fo- catdos nos livros didéticas, atlas preferidas atividados Ja consagradas ~os insumos (inputs) em vez de derivar esse 1elos do que esté implicito nos resultados desejados oes Sultados (outputs). Mesmo que pareca estranho, muitos pro. fessores focam no ensino, e ndo na aprendizagem, Eles pas. Considere estas perguntas que sam a maior parte do seu tempo pensando, primeiro, sobre Surgem nas mentes de todos © que irao fazer, que materiais iréo usar e 0 que irdo pedir os leitores, em cujas respostas ara os alunos fazerem em vez de primeiro refletir sobre o ee eetuturey as pxiordedes da que 0 aprendiz procisard saber para atingit os ejetons de ae seer ine ae Oque ems iscuti? Como deve, Considere um episéaiotipico do que pod sor denominado ee planejamento focado no contetido em vez de planejamento Como selseaminhaleituae focado nos resultados. O professor poderia basear in aula NOSE UE Aes Pak coe ex um t6pico particular (p. ex, preconceito racial), gscolhes P 0s objetivos de desempenho desta Fecurso (p. ex. 0 livro O sol é para todos"), escolher mé- leitura e estas discusses esto me os de ensino especificos haseados no recurso e no tdpieo conduzindo, paraque eu possa forar 2x, semingrio socrético para discuti o livroe grupos coo ecbtiatzar ines etudos ¢ fancr perstivos para analisar imagens estereotipadas em filmes ¢ ‘anotacdes? Quais grandes ideias, na televisio) e esperar, com isso, promover aprendizagem le a8sociadas 2 outrasleturas, esto steader a alguns padroes de literatura/linguagem), Por fim, em jogo aqui? Estas sdo perguntas essor pode pensar em algumas questées dissertativas ¢ adequadas dos alunos sobre a =stes para avalier a compreensio que o aluno teve do livro, aprendizagem, nio sobre o ensino,¢ Esse abordagem ¢ téo comum que podemos muito bers tum bom planejamento educecional ‘=r tentados a responder: o que poderia haver de errado com responde desde o inicio e durante saa abordagem assim? A resposta imodiata reside nas ques. um curso de estuda com o uso de es basicas de propésito: por que estamos pedindo que os ferramentas ¢ estratégias, tais como os leiam esse romance em particular — em outras pala- organizadores gréficos e orientacdes: quais aprendizagens buscaremos ao fazer com que 0 DOr eactie. sein? Os alunos entendem por que e como o objetivo deve uenciar seus estudos? O que 6 esperado que os alunos “apreendam e fagam depois de lerem o livro em relagao aos $28 objetivos além do livro? A menos que comecemos nosso trabalho de planejamento clara percepgio dos objetivos mais amplos - em que o livro é apropriadamente como um meio para um fim educacional, nao um fim em si mesmo -, é improvavel 08 08 alunos compreendam o livro (e suas obrigagées de desempenho). Sem cons- “ncia das compreensdes especificas que buscamos sobre preconceito, e como a leitura 'ssa0 do livro iro ajudar a desenvolver tais compreensées, o objetivo sera muito « shordagem ¢ mais “por esperanga’ do que “por planejamento". Tal abordagem nvoluntariamente sendo o que poderia ser descrito como jogar algum contetido e des contra ume parede e esperar que algum deles grude. ‘Responder as perguntas “por qué?” e “e dat?” que os alunos mais velhos sempre fazom (ou desejam fazer), e fazer isso em termos concretos como o foco do planejamento do currfeulo, é, portanto, a esséncia do planejamento para a compreensao. O que é dificil para muitos professores verem (porém mais fécil para os alunos sentirem!) é que, sem tais prioridades explicitas e transparentes, muitos alunos acham o trabalho do dia a dia confuso e frustrante. Os pecados capitais do planejamento tradicional De forma mais geral, o planejamento educacional fragilizado envolve dois tipos de falta de propésito, visiveis no mundo educacional desde o jardim de infancia até a pés-gra- duagdo, conforme observado na introdugao. Chamamos isso de “pecados capitais” do planejamento tradicional. 0 erro do planejamento orientado para a atividade deve ser chamado de mao na massa sem usar a cabega — ou seja, engajar-se em experiéncias que Jevam apenas acidentalmente, na melhor das hipéteses, a descoberta ou aquisicao de no- vas aprendizagens, Tais atividades, embora divertidas e interessantes, néo levam a lugar nenhum intelectualmente. Conforme caracterizado pelo caso da unidade sobre magas na Introducdo, tais curriculos orientados para as atividades carecem de um foco explici- to em ideias importantes e evidéncias apropriadas de aprendizagem, especialmente nas mentes dos alunos. Eles pensem que sou trabalho ¢ meramente se engajar; sao levados a pensar que a aprendizagem ¢ a atividade, nao percebendo que a aprendizagem provém do estimulo a reflexao sobre o significado da atividade. Uma segunda forma de falta de objetivo recebe o nome de “cobertura”, uma abordagem nna qual os alunos seguem um livro didatico, pagina por pégina (ou os professores, por meio das anotagées das aulas), na ousada tentativa de percorrer todo o material factual dentro de um tempo prescrito (como no caso da aula de Historia geral na Introdugao). Cobertura 6, assim, como uma visita relampago & Europa, perfeitamente resumida pelo titulo daquele filme antigo intitulado Jf It's Tuesday, This Must Be Belgium (no Brasil, Enquanto viverem as ilusoes; literalmente: Se hoje é terga- -feira, esta deve ser a Bélgical, que sugere apropriadamente que nenhum objetivo mais abrangente informa a viagem. Como uma generalizagio mais ampla, 0 foco na atividade ALERTA DE EQUiVOCO! Cobertura niio ¢ 0 mesmo que pesquisa propositada, Fornecer aos alunos uma vi- so geral de uma disciplina ou um campo de estudo no é inerentemente etrado, A questio tem a ver com a transparéncia do propésito, Cobertura é um termo nega- tive (enquanto introducdo ou investigacso no so) porque quando 0 contetido é "co: gerte" 0 aluno é conduzido em meio a in- saves fatos, deiase leituras com pouca hum nogao das ideias fundamen- jestdes @ objetivos de aprendiza- odem informar 0 estudo. (Veja ra maisinformacbes sobre 2 versus descoberta) 6 mais tipico nos anos iniciais do ensino fundamental, en- quanto a cobertura é um problema prevalente no ensino mé: dio e na faculdade. No entanto, embora as salas de aula da unidade sobre macis e de HistOria geral paregam ser muito diferentes, com imimeras atividades fisicas e conversas na primeira, ¢ aula expositiva e anotagées feitas silenciosamen- te na segunda, o resultado do planejamento é o mesmo em ambos os casos: nenhum objetivo intelectual orientador ou prioridades claras estruturam a experiéncia de aprendiza- gem, Em nenhum dos casos os alunos veem e respondem perguntas tais como estas: quai é o objetivo? Qual é a grande ideia aqui? © que isso nos ajuda a compreender ou ser ca- paz de fazer? Por conseguinte, os alunos tentam se engajar & seguir da melhor maneira que podem, esperando que o sig- nificado surja. (0s alunos nao sero capazes de dar respostas satisfatdrias quando o planejamento nao fornecer objetivos claros e me- Plangjamento para a comp tas de desempenho explicitas realgadas durante seu trabalho, Igualmente, os professores com uma orientacao para a ativi. dade ou cobertura tém menos probebilidade de obter res- Dica de planejamento postas aceitaveis as perguntas principais do planejamento: Tete teeta e es © que os alunos devem compreender como resultado das ati. Para testar os méritos de nossas vidades ou do contetdo coberto? O que as experiéncias de alegagdes sobre a auséncia de aprendizagem ou aulas expositivas devem equipé-los para objetivos,incentivamos vocé a se fazer? Como, entao, as atividades ou discusses em classe aproximar de um aluno durante uma devem ser moldadas e processadas para que sejam atingidos aula e fazer as seguintes perguntas: 0s resultados desajados? Quais seriam as evidéncias de que + Oque voc8 est fazendo? 8 alunos esto caminhando para aleancar as habilidades ¢ * Porque esta sendo pedido que descobertas desejadas? Como, entéo, todas as atividades voce facaisso? recursos devem ser escolhidos e usados para garantir que + Oque isso vai ajuds-lo a fazer? 08 objetivos de aprendizagem sajam alcancados e as evidén- * Como isso se encaixa com o que cias mais apropriadas sejam produzidas? Como, em outras voc® fez anteriormente? alavras, os alvunos serao ajudados pelo planejamento a ver * Como voce vai mostrar que © propésito da atividade ou do recurso e sua utilidade para prendeu isso? alcancar os objetivos especificos de desempenho? Estamos defendendo o inverso da prética comum, nesse caso. Solicitamos que os planejadores comecem com uma de- laragao muito mais critoriosa dos resultados desejados ~ as aprendizagens prioritérias ~ ¢ desenvolvam o curriculo a partir dos desempenhos requeridos ou implicados pelos objetivos. Entao, diferentemente da prética mais comum, pedimos que os planejadores reflitam sobre as seguintes perguntas depois de estruturarem 0s objetivos: o que contaria como evidéncia desses resultados? Com o que o alcance desses objetivos se parece? Quais S80, onto, 08 desempenhos implicitos que devem fazer parte da avaliagéo, © p regao todo o ensino ¢ aprendizagem devem apontar? Somente depois de responder a es- Ses perguntas é que podemos derivar logicamente experiéncias de ensino e aprendizagem epropriadas de modo que os alunos possam ter um desempenho bem-sucedido para cor- ‘ponder ao padrao. A mudanca, portanto, vai muito além de comecar com perguntas mo “Que livro vamos ler?" ou “Que atividades iremos fazer?” ou “O que iremos discu- 2", mas “O que eles devem ser capazes de compreender ao cruzarem a porta da saida, independentemente de quais atividades ou texto usarmos?” ¢ “Quais sao as evidencias de ‘al habilidade?’ , portanto, “Que textos, atividades e métodos melhor possibilitardo esse resultado?”. Ao ensinar para a compreensio, precisamos entender a ideia-chave de que nds somos treinadores da habilidade dos alunos para jogarem o *jogo" de performar 0 conhecimento com compreensdo, e ndo contadores da nossa compreensdo para os al nos que ficam nas laterais do campo, Os trés estagios do planejamento reverso Chamamos esta abordagem em trés estdgios de planejamento de “planejamento reverso" 4 Figura 1.1 retrata os trés estdgios em termos mais simples. stagio 1: Identificar os resultados desejados © que os alunos devem saber, compreender e ser capazes de fazer? Que contetido merece mpreendide? Quais compreensées duradouras so desejadas? No Estégio 1, con 1. ldentiicres romamarccnenedl > Planejamento para a compreensio: estégios do planejamento reverso. deramos nossos objetivos, examinamos os padrées de contetido estabelecidos (nacionais, estaduais, municipais) e revisamos as expectativas do curriculo, Como em geral temos mais contetido do que podemos sensatamente abordar dentro do tempo dispontvel, preci- samos fazer escolhas. Esse primeiro estagio no processo de planejamento requer clareza quanto as prioridades. Estagio 2: Determinar evidéncias aceitaveis Como saberemos se os alunos atingiram os resultados desejados? O que iremos aceitar como evidéncia da compreensio e da proficiéncia dos alunos? A orientacdo do planeja- ‘mento reverso sugere que pensemos sobre uma unidade ou curso em termos das evidén- cias de aprendizagem colhidas na avaliacéo, necessdrias para documentar e validar que a aprendizagem desejada foi atingida, nao simplesmente como um contetido a ser coberto ‘ou como uma série de atividades de aprendizagom. Essa abordagem incentiva os profes- sores o planejadores de curriculos a primeiramente “pensar como um avaliador” antes de planejar unidades e aulas especificas e, assim, considerar antecipadamente como irao determinar se os alunos alcancaram as compreensées desejadas. Estdgio 3: Planejar experiéncias de aprendizagem e instrugao ‘Tendo em mente os resultados e es evidéncias apropriadas da compreensio claramente identificados, agora é hora de refletir sobre as atividades de ensino mais adequadas. Vérias perguntas importantes devem ser consideradas neste estagio do planejamento reverso: quais conhecimentos {fatos, conceitos, principios) e habilidades (processos, pro- codimentos, estratégias) estruturantes os alunos precisarao para ter um desempenho efetivo e atingir os resultados desejados? Que atividades irdo equipar os alunos com 0 conhecimento e as habilidades necessérios? que seré ensinado, e qual a melhor ma- neira de ensinar, & luz dos objetivos de desempenho? Que materiais ¢ recursos sao mais adequados para atingir esses objetivos? ‘Observe que as particularidades do planejamento de ensino ~ escolhas sobre métodos de ensino, sequéncia de aulas e recursos materiais — podem ser concluidas com sucesso somente depois que identificarmos os resultados e avaliagdes desejados e considerarmos o que eles implicam. Ensino é um meio para um fim. Ter um objetivo claro ajuda a focar Planejamento para s compreensav nosso planejamento © guiar a acdo intencional na diregéo dos resultados pretendidos. 0 planejamento reverso pode ser pensado, em outras pa- ALERTA DE EQUIVOCO! lavras, como a anélise intencional da tarefa: considerando Quando falamos em evidéncias dos re: ‘uma tarefa importante a ser cumprida, como melhor equipa- tados desejados, estamos nos referinis mos a todos? Ou podemos pensar nela como a construgio de evidéncias reunidas por meio de uma va ‘um itinerério inteligente usando um mapa: considerando-se riedade de avaliacBes da aprendizagen uum destino, qual é a rota mais efetiva e eficiente? ‘Também formais e informais durante uma unidade podemos pensar nela como planejamento para formagéo, de estudo ou um curso, Nao estamos alu- conforme sugerido anteriormente: 0 que os aprendizes pro. dindo apenas a testes de fim de curso ou cisam dominar para que desempenhem perfeitamente? O que tarefas finais. Ao contrario, as evidéncias seré contabilizado como evidéncia em campo, nao meramente planejar cardépios saudéveis. Percebi que as criancas prestam muita atengo a um usuario real das informacées que eles estao aprendendo. “Mus métodos de ensino vo seguir meu padréo bisico ~ um misto de ensino dire to, métodos indutivos, trabalho em grupo de aprendizagem cooperativa e ativided= individuais. Planejar reversamente para produzir esse novo rascunho foi muito ttil. Ago posso ver e expressar mais claramente quais conhecimentos e habilidades so °s senciais, levando em consideracao meus objetivos para a unidade, Poderei me co centrar nos aspectos mais importantes do tépico (e aliviar alguma culpa por 1 ter coberto tudo), Também é interessante observar que, mesmo que algumas se¢°: dos capitiilos do livro sobre nutrigdo sejam especialmente tteis (p. ex., as descric*= dos problemas de satice que se originam da mé nutri¢do), outras seg6es nao so informativas quanto os outros recursos que vou usar agora (0 folheto e 0 vide Em termos de avaliagéo, agora sei com mais clareza 0 que preciso avaliar usaz testes e questionérios tradicionais e por que a tarefa de desempenho eo projeto necessarios ~ para que os alunos demonstrem a sua compreensio, Estou come a entender o planejamento reverso. Ptangjamento pars a compreensi Comentarios sobre o processo de planejamento Note que o proceso de desenvolvimento desse esbogo de unidade sobre nutrigao revela quatro aspectos principais do planejamento reverso: ‘As atividades avaliativas — as tarefas de desempenho e fontes de evidéncias re- lacionadas ~ séo planejadas antes de as aulas serem desenvolvidas plenamente, ‘As avaliagdes servem como metas de ensino para refinar 0 foco do professor ¢ editar os planos de aulas passados porque elas definem em termos muito cespecificos o que queremos que 0s alunos compreendam e sejam capazes de fa- zer. O ensino 6, entdo, visto como facilitador do desempenho. Essas avaliagées ‘também guiam as decisées sobre o contetido que precisa ser enfatizado e o que nao é realmente essencial. 2, E provavel que as atividades os projetos mais familiares e preferidos tenham que ser posteriormente modificados a luz das evidéncias necessérias para ava~ liar os objetivos almejados. Por exemplo, se a unidade sobre magas descrita na Introdugao fosse planejada por meio desse processo de planejamento reverso, esperariamos ver revisées em algumas das atividades para melhor apoiar os resultados desejados. 3. Os métodos de ensino e os recursos materiais so escolhidos no fim, com o pro- fessor tendo em mente o trabalho que os alunos devem produzir para atender aos padrées. Por exemplo, em vez de focar na aprendizagem cooperativa por ser uma estratégia popular, a pergunta segundo uma perspectiva do planeja~ mento reverso seria: que estratégias de ensino serao mais eficazes para nos ajudar a atingir nossos objetivos? A aprendizagem cooperativa pode ou néo ser a melhor abordagem, dependendo dos alunos e dos padres em particular. 4. 0 papel do livro didético pode mudar, deixando de ser recurso principal ¢ passando a ser um apoio. Na verdade, 0 professor do 6° ano que planejava @ unidade sobre nutrigdo percebeu as limitagdes de se basear no texto se quises- se atingir seus objetivos. Levando em consideracéo outros recursos valiosos (0 material do Ministério da Satide, 0 video e a nutricionista), ele jé néo se sentia 140 impelido a seguir o livro palavra por palavra. ‘Essa viséo introdutoria visa apresentar um esboco preliminar do quadro geral de uma abordagem de planejamento. Bob James iré refinando seu plano de unidade (e mudando ‘arias vezes a sua forma de pensar) a medida que obtiver mais conhecimento sobre a compreenséo, as perguntas essenciais, a avaliacdo valida e as atividades de aprendiza- gem relacionadas. Uma visio preliminar A Figura 1.5 apresenta os elementos-chave da abordagem do planejamento para a com. oreensio e, com isso, uma descri¢ao dos préximos pontos no livro. Nos préximos capitu. Jos, remos “descobrin” esse processo de planejamento, examinando suas implicagSes pers © desenvolvimento e 0 uso das avaliagées, o planejamento e a organizagao do cu 4 selecdo de métodos de ensino robustos, Algumas explicagées sobre cada col sura 1,8 so apropriadas para preparar vocé para 0 que est por vir a0 loi Wiggine & MeTighe £ melhor ler o quadro da esquerda para a direita, uma linha por vez, para ver como so na pratica os trés estégios do planejamento, Uma descrigao do processo de plane} ‘mento em trés estégios para cada um dos trés elementos bésicos (os resultados desejados, as evidéncias para avaliagdo e o plano de aprendizagem) é destacada no cabecalho das colunas. Comece por uma pergunta-chave sobre o planejamento; reflita sobre como del mitar as possibilidades por meio de prioridades inteligentes (Consideragées sobre 0 pla- nejamento); autoavalie, autogjuste e finalmente critique cada elemento do planejamento em relagéo aos critérios apropriados (Filtros); e termine com um produto que atenda aos padrdes de planejamento apropriados & luz do objetivo de desempenho (0 que o planeja- ‘mento final atinge). Em resumo, o planejamento reverso produz maior coeréncia entre os resultados dese- Jados, desempenhos estratégicos e experiéncias de ensino e aprendizagem, o que resulta ‘em melhor desempenho dos alunos — 0 propésito do plano. Estépion ‘ Quaisstoos resultadosvalidose + apropriados? ‘uals so as principals aprendizagens desejadas? Oque cs alunos deve sar compreendendo, + sabendoesendo ‘capazes de fazer? + Quaisas grandes dias que podem estruturar todos estes objetvos? Estigio2 + Quaissioas ‘evidéncias dos . resultados desejados? Em particular, quai Boas evidéncias apropriadas da compreenséo sesejada? Estigio 3 s + Queatividades de aprendizagem e ‘ensino promover compreensio, ‘conhecimento, competéncia, Interesse do alunoe ‘exceléncia? Capitulo 3- obtendo lareza nos nossos objetvos Capitulo 4 Asseie faceias da compreensio Capitulo 5 Perguntas essencias: ports de entrada paras ‘compreens3o Capitulos— Elaborando compreensées + Capitulo 7= Peasando como.um avaliador Capitulo 8 critéros evalidade Ccapitulos— Planejamento pars aprenelzagem Capitulo 10-Ensino para acompreensio Planejamento para a compreensio ergunias cha errs Ba Ens Ce fo sobre planejamento ercera Orientacdes curricuares orientacdes currculares cestaduais, Orientacdes curriculares, ‘muricipais Oporunidades regjonaissobreo assunto Especialidade Interesse do professor Seis facets da compceensso| + Continuum dos tipos de avaliagio Repertéviode aprencizagem e estratégos de ensino baseadosem Pesquisa Conhecimentos e hablidades apropriados e cstruturantes, Matriz para o planejamento para a compreensio. + Focadosnasgrandes + idelasedesaioe centrals + Vilidos y + Contiéves + suficientes + Envolventese efcazes, usando os elementos do (OPERAAO: Para Onde ests indo? Prendera atencio os alunos Boplorare equipar Repensar erevisar Exibire Avalon usta as necessidades, Interesseseestilos dos alunes + Organizar para engajamento e cetividade Ses oy Unidade estruturads emtomede comprecnsies uradourase Perguntas essencias, emrelagdo a objetives eepadees cares ‘Unidade ancorada emevidéncias conflveis ites dos resultados deseadae tividades de aprendizagem coarentes eensine que evoguee desenvolva as compreensGes, conecimentos © habilidades \desejados;promover Interese;etoxnaro sdesempenho ‘comexcelnca mais provivel

You might also like