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Ensinando a transgredir A educacio como pratica da liberdade bell hooks “ato de arclo Brando pale wmfmerctinstontes om 293 8 Enanando a wansgreir ‘mpressio de que, quando mores, ambémn vou mor- rerintensemente. Vou morrerexperimentando inten~ Samente comigo mesmo, Por iso, vou morrer com tum anseio imenso pela vida, pois € assim que tenho vivido. GW; Isso! Ougo voce falando essas mesmas palaveas. Al- gum ilkimo comentirio? Uh Somente que a2 palavras parecem nfo cet boat ©| ficiente para evocar tudo o que aprendi com Paulo. [Nosso encontro teve aquela qualidade de dogura ‘que continua, que perdu por toda a vida; mesmo que ‘oot munca mais fale cam + pesena, nunca mais Ihe veja 0 rosto, sempre pode voltar, em seu corasio, Aquele momenzo em que voces estiveram juntos € set tenovada ~ é uma solidariedade profund. A teoria como prética Ilbertadora (Cheguei teotia porque estava machucada ~ a dor den- ‘wo de mim era tio incense que eu no conseguitia conti- nuar vivendo, Cheguei & teoria desesperada, querendo ‘compreender — apreender 0 que estava acontecendo a0 re- dor e dentro de mim. Mais importante, queria faze a dor irembora. Vi na teoria, na época, um local de curs, ‘Cheguei 3 ceoria jovem, quando ainda era crianga. Ema The Significance of Theory, Terry Eagleton diz: [As criangassio os melhores eedrcos, pois nfo recberam a educagio que nos leva 2 acsiar nosss pitas sociaisrati- reir como “naturals”, por isso, insstem em fazer a per~ igumeas mals constrangedoramente gerise univers, enca- rando-as com um marsvilhamento que nés, adultos, hé muito esquecemos. Uma vez que ainda nfo entendem nos- 15 priticas sociis como invites, nfo veem por que af pevleiamor finer coir de outra manera. Sempre que na infincia, eu tentava leva a pesoas 20 meu redor a fier as ooisas de outra mancia, a olhat 0 mundo de outra forma, usando a teria coma inervensio, como meio de desafia 0 ster quo, ew era castgada. Lem- 2 o Ensnando a eransgredi- bro-me de, ainda muito nova, entar expicar & Mamie por que me purecia altamente injusto que 0 Papai, ese hhomem que quase nfo flava comigo tivesseo dzeco de sme discipinar de me cstgaeFsicamente com cintadss. A resposta dela foi dizer que cu esava perdendo o juizo € precsava ser castgada com mais Fequéncia. imagine, por favor, ese jover casa negro que batalhava anter de tude para raza norma pavaral (dea mulher ficar em casa romando conta do lar e dos filhos enquanto o homem tabalhava fora) embora esse arranjo signifcase «que, economicamente, eles sempre viveriam com menos “Tonteimaginar como eraa vida para eles, cada qual traba- thando duro o dia ineio, lutando para sutentar os sete filhos ¢ endo de lidar com essa crianca incansivel que, com um brilko no olbar, questionava, ousaa desfiar a autoridade masculina, s rebelava contra a prépria norma patraral que eles tanto tentavam insitucionalizat. les deviam ter impresio de que urn monstro havis, aparecd entre cles na forma e no corpo de uma cranga uma fgurinha demoniaca que ameagava subverer€ nar ido 0 que eles buscavam construit. Nio admira, en to, que a reagio dlesfose a de reprimix, conte, punt [io admira que a Mame vole e meia me disses iita- da efrustrda: “Nao sei de onde voct veio, mas bem que ‘eu gostaria de mandé-la de volta para i” Imagine também, por fvos, minha dor de infinca. Ba fo me sentia realmente Lgada a esa gente esranha, aes ses familiares que no sé nfo conseguiam entender minha visio de mundo como também sequer queriam ouvir falar dela, Na infin, eu nfo sabia de onde tinka vindo. E, sii ihnatnmnstonhtnnescnnsoatitianalinhahi ‘A sworn como rite beradora « quando eu no exeva tentando desesperadamente fazer parce dessa comunidade familiar que dava a impressfo de nunca me aceitar nem me querer, etava buscando deses- peradamente descobrir onde eu me encaixava. Estava bus Cando desesperadamente encontrar 0 caminho para cist ‘Como eu invejavaa Dorothy de O Mdgice de Oz, que pide viajar entre seus pores medos pesadelos para no fim des- cobrie que “no hé lar como o ar. Encon- trei um lugar onde eu podia imaginar furutos possiveis, ‘um lugar onde a vida podia sr diferente Essa experincia, “ivida' de pensamenta rico, de reflexso e anise se tor- ‘nou um lugar onde eu tabalhava para explica a mdgoa € {fazé-la ir embora. Fundamentalmente, essa experiéncia me 'Na introdugio 20 livio Pricer of Childbood, a psica- nals Alice Miller conta que foi sua luta pessoal para se recuperar dos ferimentos da infincia que alevou a repensar 4 teorizar de novo as doutrinas prevalecentes do pensa- ‘mento sociale crcco acerca do sentido da dor de infincia, dos maus-trats is criangas. Na vida adulta, por meio de sua prtica, ela sentu a teoria como um lugar de cur, Sig- nificaivamence,teve de se imaginar no espago da infinca, de olhar de novo as coisas a parr dessa perspeclva, de lembrar “informagSes cruciais, espostas a perguntas que haviam continuado sem resporta ao longo de todo o [seu] estudo de flosofiae psicandlise”. Quando nossa experita- cia vivida da weorizagio estd Fandamentalmente ligada 3 processos de autorrecuperasio, de lbertasio coletiva 80 % Ensnando a wanegred cxie brecha entre a tcori price, Com eet, 0 que cos expertada mais evidencia € 0 eo entre x das Um proceso que, em élimaandlie, €reiproco, onde uma Capacia a outa. "A trois nfo €intrisecamente cuatv,lberadora © srl 6 cre en Fane gun the p noe que o fue drgimos nossa tering para ee Fin. Quando era rings certo que et no chamava de os) envolvia. Mas, como afirmel em Feminist Theory: From ‘Margin 0 Center, posse de umm termo niio dé existéncia a tum processo ou priticss do mesmo modo, uma pessoa pode praticar a teorizagio sem jamais conhecer/possult 0 termo, assim como podemos viver aruar na resisténcia feminista sem jamais usar a palavra “feminism”. ‘Muitas vezes, as pessoas que empregam livremente cer- tos termos ~ como “teori” ou “feminismo” ~ uf siv uc- ‘cessariamente praticantes cujos habitos de ser ¢ de viver incorporam a agio, a pritica de teorizar ou se engajar na lta feminisca. Com efeito, o ato privilegiado de nomear rmuitas yess uve aoe poderotos @ acesso a modos de co: ‘monicagoe os habilita a projetar uma incerpretagio, uma definigio, uma descrigdo de seu trabalho e de seus atos que pode nio scr exata, pode esconder o que realmente esti scontecendo, O enssio “Producing Sex, Theory, and Cn. ‘ure: Gay/Straight Re-Mappings in Contemporary Femi- nism’ (em Conflicts in Feminion), de Katie King, fx uma discussio muito dil do modo pelo qual a producio acadé- ‘mica de tworia ferminiss formulada num ambiente hierér- {quico muitas vezes habilca creas mulheres de alto status © i i i A seorla como pris ibertdora ° visiblidade, particularmente as brancas, 2 se apoiar nos ttabalhos de pensadoras feministas que podem ter menos status ou status neahum, menos visibilidade ou visibilidade nenhuma, sem reconhecer as fontes. King discute o modo pelo qual os trabalhos so confiscados e 0 modo com que a leicoras frequentemente atribuem certas ideias a uma académica/pensadora feminista bem conhecida, mesmo que esa pessoa tenha citado em sua obra que esté cons- ‘uindo em cima de ideias obtidas em fontes menos co- nhecidas. Enfocando particularmente a obra da te6rica hela Sandoval, de origem mexicana, King afirma: “Os trabalhos de Sandoval sé foram publicados esporidica e ‘excentricamente, mas seus manuscrtos ngo publicados em circulago sio muio mais citados efrequentemente rouba- dos, embora seu raio de influéncia raras vezes sea compre- cendido.” Embora King correo risco de se por no papel de abd quando assume rexoricamente a postura de autorida- de feminista, determinando o rao ea amplitude da influgn- cia de Sandoval 0 ponto critico que ela pretende enfatizar que a produgio da teoria feministaé um fenbmeno com- plezo, que rarasvezes¢ 0 individual quaus parene © ge talmente nasce de um envolvimento com fontes coetivas. Ecoando teéricas feministas, especialmente mulheres de ‘or que tabalharam com perseveranca para resistt &cons- rusia de fonteirae critica reetrtivas dentro do pense ‘mento feminists, King nos encoraja a ter um ponto de vista expansivo sobre o processo de teorizagio. ‘A reflexio ctica sobre a produgio contemporinea da ‘eoriaferninsta mostra com clarera que n dieranciamenta em relagio ts primeiras conceituagées da teoriafeminista ® fnsnando a rangredie (que insstiam em que ela era mais eficaz quando estimu- lava ¢ capacitava a peitica feminists) comega @ ocorter ott ‘pelo menos se vorna mais bbvio com a segregagioe a inst- ‘ucionalizagio da prneesen de tenrizacso feminista na aca- emia, com a atribuigio de privilégio 20 pensamentolteo- tia feminista escrito em detrimento das narrativas ors, Concomitantemente, os esforgos das mulheres negras e de cnr para desafiar ¢ desconstmui.a categoria “mulhed” ~ a insisténcia em reconhever que 0 sexo nfo ¢ 0 nico fator ‘que determina as construgées de feminilidade — foram ‘uma intervengio critica que produziu uma revolugio pro- funda no pensamento feministae realmente questionou ¢ percurbou a teoria feminista hegem@nica produrida prin- cipalmente por académicas, brancas em sua maioria. No rastro dessa perturbagio, o ataque & supremacia banca manifestada na alianea entre as académicas brancas «seus colegas brancos parece terse formado ¢ crescido em ‘tomo de esforgos comuns para formular e impor padr6es de avaliagio critica que fossem usados para definir o que é tcotia eo que nio é, Esses padrves frequentemente produ- ‘iram 0 contisco efou a desvalorizacio dos trabalhos que no se “encaixavam", que de tepente foram considerados io tedricos - ou no suficientemente ceéricos. Em alguns ambientes, parece haver uma ligacio direta entre o fato de ‘as académicas feministas brancas acolherem obras e teorlas ‘titicas de homens brancos ¢ 0 fato de deicarem de respei- tar e valorizar plenamente as ideias crticase as propostas teéricas de mulheres negras ou de cor. (Os trabalhos de mulheres de cor ede grupos ianyinal- zados de mulheres brancas (sbicas ¢ radicais sexuais, por iho ‘A terla como pris Iberadora ® cexemplo), especialmente quando escritos num estilo que (0s toma acessveis a um piblicoleitor amplo, G0 frequen- temente deslegitimizados nos cfrculos académicos, mesmo ‘que este trabalhos posiilem ¢ promavam a préticafemic nist. Embora sejam feequentemente roubados pelos peé- pris individuos que estabelecem os padres crtios resti- tivos, sto esses trabalhos que esesindividuos mais afirmam. ‘io serem teéricos. Claramente, um dos usos que: esses individuos fazem da teria ¢ instrumental. Usam-na para criar hierarquias de pensamento desnecessitias ¢ concor- zentes que endossam as politicas de dominagio na medida ‘em que designam certs obras como inferiores ou superio- res, mais dignas de atengéo ou menos. King sublinha que “ateoria encontra usos diferentes em lugares diferentes”. E evidente que um dos muitos usos da teoria no ambiente académico ¢ a produgéo de uma hierarquia de classes inte- lectus onde as tinicas obras consideradas realmente teéri- cas sfo as altamente abstratas, esritas em jargio, dificeis de ler ¢ com referéncias obscuras. Em “A Conversation about Race and Class’ de Childers e hooks (também pu- biicada em Conflicts in Feminism), capecialmente paradoxal que isso aconteca com a teoria feminista. E fic imaginar lugares diferentes, espacos fora da troca académica, onde uma teoria desse tipo seria considerada néo somente instil como também reacionéria ” Ensnando a wansgred do ponto de vista politico, uma espécie de pritica nacisis- ta ¢ aurocomplacente que, em geral, procura criar uma bbrecha entre a teoria e a pritica para perpetuar o elitismo dle clase. Existem rantns contextos neste pals em que 2 palavra escita tem um significado visual minimo, onde [pessoas que nfo sabem ler nem escrever nio encontram utiidade para nenhuma teoria publicada, seja ela hicida ‘imagine a mudanga que econteceu dentro dos movi- _mentos ferninistas quando as estudantes, mulheres em sua ‘maior, entraram nas alas de Estudos da Mulhere leram 1 que lhes diziam ser teoria feminista, mas descobriram. {que aquilo que liam nao tinha sentido, ndo podia ser en~ tendido ou, quando era entendido, nfo tinhs ligagéo ne- hnhuma com as realidades “vividas” fora da sala de aula. Como ativistas feministas, podemos nos perguntar para aque serve uma teoria feminista que agride as psiques fré- ageis de mulheres que lutam para sacudir 0 jugo opressivo do patriarcado. Podemos nos perguntar para que serve ‘uma teoria feminista que literalmente as espanca, as expul- sa tropegas e de olhos vidrados do contexco da sala de aul, sentindo-se bumilhadas, sentindo-se como se estivessem de pé numa sala ou muse quar eu alguns lugar, nuas; ma presenga de alguém que as seduziu ou vai seduzilas al sguém que as sujeita a um processo de interagio humilhan- te, que as despoja do sentido do seu valor. Evidentemente, tuna tcoria feminists quc fs iseo pode funciona para leg timar os Estudos da Mulher e os Estudos Feministas aos ‘enor com pri Iibertadors a cothos do patriarcado dominante, mas solapa esubverte 0s ‘movimentos feministas. Talvezseja a existencia dessa teo- ria feminista mais akamencevisivel que nos comple a fi- lar do abismo entre a teoria e a pritica. Pois 0 objetivo dessa tora & de fto, 0 de dvidi, separa, excuit, mancer A dstincia. E, uma vez que ess teoria continua sendo us ‘da para silencat,censurare desvalorizar viras vozes e6r cas feminists, nfo podemos simplesmente ignoré-la. Por outro lado, apesar de ser utilizada como instrumenco de ddominagio, ela também pode concer importantes ideias ppensamentos visbes que, se fossem usados de modo dife- rence, podetiam ter uma funglo de cura ¢ libertagio. En- ‘uetanto, nfo podemos ignorar os perigos que ela represen- ‘a para a luta feminista, que deve ter suas rafzes numa ‘tcoria que informe, molde ¢ possibilite a prticafeminisea, Dentro dos efrculos feministas, muitas mulheres, rea- sgindo a teoria feminista hegemonica que nao fala clara ‘mente conosco, passaram a atacar toda teorae, em conse- quéncia, 2 promover ainda mais a falsa dicotomia entre teoria e pritica. Assim, entram em conluio com aquelas a sentes principalmente mulheres negrs. Af discutimos se 10s lideres negros homens, como Mastin Luther King e ‘Malcolm X, devem ou nda ser sujeitas a cftiasfeminitas _que questionem vigorosamente a posicio dele diante dos 2 Ensnando a ransgreie assuntos de género. A discussio toda durou menos de duas hhoras. Quando estava terminando, uma negra que estivera ‘em siléncio disse que nfo estava interessada em toda aque- la teoria ¢ sctdria, toda aquels flasks que ereave mais interessada na agio, em fazer algo, e estava simplesmente cansada? da falacio, ‘Avreacdo dessa mulher me perturbou: é uma reagio que ‘conheso muito bem. Talver, na vida cotidiana, essa pessna hhabite um mundo diferente do meu. No mundo em que vivo meu dia.a dia, hé poucas ocasies em que pensadoras negras ou de cor se juntam para debater com rigor ques- chee de raga, ginero, clase social esexualidade. Por isso. eu io sabia qual era 0 ponto de partida dela quando disse {que a discusséo que escivamos tendo era comum, comum a ponto de ser algo que poderiamos dispensar ou de que ‘no precisivamos. Senti que estévamos engajadas num pprocesso de didloge crftico e de teorizagio que hd muito tempo era tabu. Logo, do meu ponto de vista nés esciva- ‘mos mapeande novas jornadas, comando posse, como mu- Iheres negras, de um cerritério intelectual onde poderia- ‘mos comerar a construcio coletiva da teria feminists. [Em muitos contextos negros, assist rejcicio dos inte- lectuais, 20 rebaixamento da teoria, ¢ fiquei calada. Acabei ppercebendo que o silencio é um ato de cumplicidade que ajuda a perpetuar a ideia de que podemos nos engajar na liberaséo negra revolucionéria ¢ na luta feminista sem a teoria. Como muitos intelectuais negros insurgentes, cujo trabalho intelectual « cujo ensino se dio num contexto ppredominantemente branco, gosto muito de me engajar ‘com um grupo coletivo de gente negra. Por isso, quando ‘Ateorls come pris tibertadora 2 ‘estou ali, ndo quero agitar © ambiente nem me separar do grupo por discordar dele. Nesses contextos, quando o tra balho dos ineelecruais € desvalorizado, no passado eu quase ‘nunca contestava os pressupostos prealecentes nem falava afirmativamente ou ennusiasmada sobre 0 proceso intelec- ‘ual Tinka medo de que, se assumisse uma porigio que insistia no valor do trabalho intelectual, da ceotia em parti- cular, ou se simplesmenteafirmasse que pensava se impor- ‘ante ler muito, eu corres o rsco de sr visa como preten- siosa ou mandona. Muitas vezes, que em siléncio, ses riscos ao ego hoje parecem banais quando compa- rados as crises que enfrentamos como afro-americanos, com nossa necessidade premente de reavivar€ manter ace- saa chama da luta pela liberagio negra. Na teunido que mencionei, ive coragem de falar. Respondendo a aficmati- va de que estivamos perdendo nosso tempo falando, eu disse que via nosis palavras como uma 2¢20, que nosso esforgo coletivo de discutir questBes de género e negrtude sem censura era uma pritica subvesiva. Muitas questbes {que coatinuamos confrontando como negros — baixa au- ‘oestima,intensificagao do nillsmo edo desespero, raiva violencia reprimidas que deseroem nosso bem-estar fisico psicoldgico ~ nfo podem ser resolvidas por estratégias de sobrevivéncia que deram certo no passido. Insist em que precistvamos de i Tntrctanto, nfo fui to rigorous e inzstente quanto seria num ambiente diferente, no meu esforgo para enfati- ” Ensnando a tranegrede zara imporsincia do trabalho intelecusl, Embora no estivese com medo de falar, nfo queria ser vista como a “estraga-prazers” que desfaz a doce sensacio coleiva de solidariedade na negrtude. Esse medo me lem- brow de como era, mas de dex anos atris, estar nos contex- tos feminists e fazer perguntas sobre a teoriae a pritica, partcularmente sobre questées de racaeracismo que eram consideradas capazes de romper a irmandade e asolidarie- dade femininas. Parecia paradoxal que, numa reunifo convocada para hhonrar Martin Lather King, que tantas veces tvera cora- ‘gem de flare agi resistindo 20 seus quo, algumas mulhe- res negras ainda negassem nosso direco de nos engajar em

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