You are on page 1of 8
DLS, KEE Sa Rd TA a Be Pri e9ue a prancha da imagem “O toure', de Tarsila do Amaral O seu olho, o que vé? Seu alae v8 Sgurat Seu olno v8 igurat num Unafigura central aes ditace, ambiente ‘de treat para oabaeroden Uma curva, altura dalinna de Yelumes verticais que parecem Cores norton, ats daira contra. altrapatsares Limite dela ‘moldande formas evslome' Lembre-se: Voc pode ampliar estes esquemas em folhas grandes de papel para mostrd-los & turma. © seu olho, o que percebe? a ‘A figura de um toure come, grandes elhos branzos. chifres enormes. corpo volumese. Um toura imével entre volumes verticais: Um deles parece se apoiae sobre tubor.. colunatun grades. rere. of chifies do tour. Um touro em pé, imbvel, entre volumes verticais, sobre um plano curvo rosa-amarronzado. QUE IMAGEM ESTRANHA... lone A pintura de Tarsila do / aval & um texto visu pela imaginagao da artista, je a figura de um to Em 1925, ela realizou outra tela, "Paisagem com ‘ce pintada num cendrio de fazenda. Procure essa outra ol mpare-a com a imagem da prancha. Veja onde procurar em "O olhar que descobre ode ajudar-nos a construir significados para “O touro (Boi na fl Tarsila pintou “O touro” em 1928, quando piniou também “Abaporu" (O come-homem). Essa fase de seu trabalho & conhecida como "aniropofagica™” (1928 e 1929). Procure outras obras do mesmo periodo ("Sono”, "O lago", "Urutu'", "A luc", "Floresta’, “Antropofagia”...). Sobre as obras dessa fase, escreve Moemo Rebousas que “coracierizam-se pelo predominio do linha curve, de onde surgem diversas figuras (homens, vegetois ¢ bichos) retiraidas do ‘universo mitico’, sem qualquer preocupagée com o realidade exterior, como na pintura neturaliste académica”. “Poisagem com fouro” mosira uma cena da inféncia de Torsila. Quando pinta “O touro", porém, elo desejo mostrar um outro universo: 0 do mito” onvidado a et s rar num espace tridimensional, Que wee fotografia de um espace fridimensional®; diferente do espace bidimensional® intode por Tavsila, pintado por Tarsila 3 5 3 A obra chomarte Nel, uma imagem de Reberte Carlor __Penseabre ar relages que existe m "Ardoracto" certd porta no centro de um “altar” € entre: roles amarela,cartinat ereada porimagent dealguns rater vermelhat,tablodo, feta santos, Roberto catélcos. Carlos no centro, luter de néon Na décade de 60, um grupo de artistas destacou-se por eritcor © sociedade de consumo", que consiréi um outro fipe de mito, represeniado, por exemplo, por esirelos e asiros da TY, do cinema, da musica popular... Nessa mesma época, nos Estados Unidos, o arlisia Andy Wahrol fez parte de um movimento chamado Pop-Art. Ele utlizou as imagens de alguns desses mitos contemporéneos em suas obras. Vocé deve ter percebido que néo estamos mais falando dos mitos que povoam a obra de Tarsilo em sua “fase antropofégica”. No obra de Nelson Leirner, mite significa alguém ou alguma coisa que 6 consagrado e admirado por muita gente. Mitos levam milhares de pessoos para o frenie da TV ou a0 cinema ou as lojas pere comprar discos, roupes, corros, brinquedos, scbonetes. Esses mitos também ecabam sendo consumides, como se fossem produtos num supermercado, No fotografia que acompanha este cademo, voce pode ver uma ambientagéo* com esculturas de cerémica a ¢éu aberio. Trata-se de um detalhe de obre “O templo”, que ‘esié no Museu Oficina Francisco Brennand, em Recife. Hé um espelho d’égus e, perio dele, uma esculiura de passoro roca*. Ele reaparece repetidas vezes no alto de toda a muralha que cerca a ambientacéo. Além delas, outras esculturas em forma de animais e de grandes aves habitam esse lugar. No centro direito do foto do ombientagao, esté o templo, onde fica quardedo 0 "Ovo-primordial”. “O templo” de Brennand é espaco de criacdo e de produgéo. Nese conjunto, todas as idéios e todas os formes tornam-se possiveis. Um olhar mais demorado sobre essa imagem descobriré muitos outros detclhes. Jas t Templo! As obras 4 jam compreendidas a partir de uma experiéncia direta — sentida ras podem ser feite . Toda pessoo é capaz de sonhar, de imaginar, de inventar mundos. Neste Caderno, estamos trabalhondo com mundos inventodos por 3 artistas, sob 0 tema IMAGINARIO. Discuta com seus alunos sobre os sentidos dessa polavre. Primeiro, deixe que eles digam 0 que pensam. Depois peca-lhes pora pesquisarem em dicionérrios e escolherem uma ou duas definicdes. Escreva as defini¢des inventadas as pesavisades num local onde todos possam lé-las. Depois de discutir com turma todo 0 percurso realizado cié aaui, incentive-os © pensar sobre as seguinies quesiGes: wi 8B Peco-Ihes que procurem agora respondé-las num texto escrito, que fole sobre os significados descobertos nos 3 imagens li Mitos na vitrina strutdo no qual a indéstria cultural” e of mitos que com cleografias, pintura e néon num ambiente cortinado cireviar, com roleta em frente” Assim 0 artista critica uma sociedade que transforma tudo em produtos Diseuta com seus alunos sobre a inddstria cultural e sua presenga em nossas vidas. Questione-os sobre 0 que pensam da roleta colocada pela artista "em frente" & obrar Para que serve normalmente uma roleta? Que sentidos ela cria na obra li A partir dessa discussie, convidenos a fabricarem um objeto feite para consume. ‘psuad anb oujo O 2. Boseande-se nessa pesguita, af duplagelaborario um projets para Fungo, quem dever com Os objetes podem ser invent resists Joris retalhos de tecido rity sdogto e apresente-a de papel colorid, materias ; e la, eontando 2 Folens ie se quenos objets weato, duplas. Cada dupla pyuaau! anb odios o ‘zp anb opUW Templo-imagindrio Brennand consteéisva obra reuniado' elementos: Aqua, Terra, Fogo € Ar H grupos. Cada grupo ferd om elemento Atengdo: nstrea com especial evidado o grupo Fogo para evitaracidentes. Diga-lhes claramente para no produzirem nem utilizarem foge diretamente em sua pesquisa. Caso eles queiram fazé-la, que © fagam na classe, sob sua supervisto. . A imaginagGo se desenvolve a partir do contato do sujeite ¢ Z com a natureza e com a cultura. O conhecimento de si 1 = também é essencial. A matéria Arte pode ¢ deve ser provocadora de agSes que contribuam para desenvolver ‘a imaginagéo, facilitando e enriquecendo a relagao E \\ do aluno consigo mesmo, com 0 outro e coma d SS) realidade. Uma mente imaginativa trabalha SF 0 9 . (também a partir de um repertério* que articula ~ \ idéias. Alunos com maior repertério cultural e Vivncia sensivel podem ser mais criativos. O papel do professor deve ser o de convacar a imaginagdo com informages que ampliem of repertérios de seus alunos e 0s estimulem a inventar. Artistas alimentam sua imaginagdo buscando aprender mais sobre si mesmos, 0 mundo, as eulturas, a arte. A partir de suas descobertas, trabalham com idéias e produzem objetos que estimvlam a imaginacéo. O professor competente € aquele que busca desenvolver sua prépria imaginago e a de seus alunos. E posstvel estabelecer didlogos entre as 3 obras e outros saberes. Veja como elas conversam coma. " il ~» Histéria do Brasil ofa da Ane ne Br a Mosicn * Da década de 20 até “ext ee ne “ + Cantigas de ninor € do . o eee ia "Boi da core es fektor (Be es’, Conte erie ™puxa o boi! a ‘a = Cang6es de Roberto Carlos da décado de 60 « Quiras concdes AE yocés conhesam ~.. Geometric icos «Formas ¢ figuras geometric sentorbo- E005 se/ambient> ea sm irs eaemm soa sa Movimerto co desvado da Semana de main Co en Artropotagian Mere punha uo eta cica Moder de 72, Sind oreo bs. ons, rodeo Indi aural Pocono ot modo tspogebldimensiona— Que ter doe se ec Geaner chro eourd Baris «ei Sroaos pore c= de pinta, ie srs fotos ito Hate va el oT oe dimensb0s: "altura, lorguea & oa mi a sau ot ve ada arlene exe eMac cai “O que foi imaginado pelo artista causa-nos &s vezes divid afinal 0 que ele quer dizer com tudo Fe AOR cette tee Rete ae atot Matit Par ea let rel egal ite are) Pee ne MO ee ON a atta eae Ree ae ce Thee eae ree ne ee eRe tee eee ee a eee imaginério e de estimular os alunos a liberorem sua imaginacao, pare além de ‘O touro’, de ‘A- cee OA ae eee Ware a err ere re eee Rememore com seus alunos todo © caminho feito @ partir dos 3 obras lidas. Olhem juntos outra vez as imagens. O olhor caminhou, entrou e saiu, retornou e descobriu. A imaginacdo inventou caminhos para © corpo, que entao construiu, Olaograta - Cépe de um quedo © ‘ransleride de uma tele are out, oa ‘Péssoro roca — Ave febulosa, que oparaco om hisirios dos "Mile uma notes. realizou e deu forme a pensomentos, idéias e devancios. Percebemos assim que imaginar 6 abrir portas para novos jeitos de viver, de ver o mundo. Podemos imaginar mundos melhores e, muitas vezes, possiveis. epertério - Conjunto de conhecimentos que eunimos 10 longo de nosso wid. Nasnul ou ojo aq osindied o y4o}t-3) spuAn|od ap aanyd anb oyjo O err) anes Ponraers (ieee ie eer Easenho S jose da Vairzee, 2 e ate ea) cu + REBOUCAS, Moem. “O discurse modernista do pintra”. Cae Lorena: Fotea (no prelo). ss + ZANIN|, Walter (org.] "Histéria geral da arte no Brasil” * ALVARADO, Doisy Valle M. Pde. “Figuracées Brasi/anos S49 Poule: Insitute Walther Mareira Sales, 1983. 60, Sa0 Paulo: Hav Cultral/Edusp, 1999 + AMARAL, Aracy "25 compéndios de Tarsila do Amaral” cobre x O 3 Paulo: Galeria Brio Cimino, 2002, vioeos + FERRAZ, Marilourdes, “Oficina cerémica Francisco eee ae a wd SEY) rennand: usin de sonhos" Reif: A 1997 ae erat arama de aa Fe) JUSTINO, Marc los. “O bonguelecaribal: ie e KIN) trodoricede om terse. Curve UPR USC ELISE B=y)) * KLINTOWITZ, Jacob. “Brennand e 0s seres de fogo' 52) | *0s novos visjontes”. Sao Paulo: Sexe, 1993. QO RS) LERNER Neon “Retrospective Nelson Leimer”. Curadoria Agnalde Farias, Sao Paulo: Pago das Artes, 1994. ‘SiTIOS: «MOMTERS WoantD "O meiane” So es * Torsila do Amaral Sohne 88 ; "ae . hitp://www.tarsiladeamaral.com.br/ Fares Oe iataonde Hie Sa Pole: DA nos en atone + OLIVEIRA, Ana Clay “Do visée acs sentides”. In: cao a yeas . : *+ Nelson Leiner "Vitrinas, acidentos extlicos da cofidiancidade”. Séo, Tage ia econ car Er /esrTeelea hito:/Pbienalsaopoulo.terra.com.br/ (In: salas especiis) madera brslo” So Pes MAM, 2002 Pl kee duaecle ere Oo Potrocini Realizagae: = i “, BR | Q nol a Bitte (Ga Publicogdo integrante do projeio arte br deservohido pelo nsivio Ate na Escole. Todos os civios rexervedos. ‘Alameda Tiel, °618 ~ Cosa 1 ~ CEPO1417.020 ~ S50 Paulo-SP ~ Tel. (XK 11) 3060-8388 mv arenaescolaocg br

You might also like