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O BANQUETE 2 PLATAO tradugo nada tena de excepeional, que 0 seu autor, em muitos tomneioe de> crane vesta eacolha de polavra,tenha sido vtime da falta de dscipina ¢ de Feicde que etd porveturaalegando ness stor da noseaattvidadeintleciuel een eee dos em alguma passager ele fra talvez acertado, esse parco resulted ecendtter uma iden do que seria uma reagGo especial nossa arn texto heey caenc conhecemos geramente através da sensibilidade e da elucubragdo_ do Grands, do inglés, do alemo, ete. Nossa lingua tem necessariamente uma mais Jafade especial, uma peculiar distribuicdo do vocabulério, uma maneira Pre ita deutliar as imagens ede proceder és absirapées,efodoseses aspects de ae eepacidade expressiva podem ser poderosamente estimulados pelo verde rs desafio que as qualidades de um texto grego muitas vezes representam pare sei radupdo. A lnguagem filassfica sobretudo, e em particular a linguagem de Platéo. oferece sob esse aspecto um vastssimo campo para experiéncias desse aoa ce catguns exemplos do Banque iusiram mito bem exse tipo especial de ‘fyteuldades que o tradutor pode encontrar e para as quats ele acaba multas yezes si rcvrendo as notas explicaivas. No entanto, se estas sGo inevitavels numa ta “Jacko moderna, nfo absolutamente invitavel que seam as mesmias em [odes sitineuan moderns. Fazer com que se manifestasse nesta tradugao jusiarente ‘jyerenga que acusa a reapao propria eo earéter de nossa lingua, eis 0 objetivo sempre presente do tradutor. ‘usnto x pequenes noias explicaivas, ddo elas naturelmente jum répiC0 esrunccimentd sobre nomes e faios da civilizagao helénica aparecidos no cor. ciarets Banquete, mas O que elas almejam sobretudo & ajudar a compreensio wea obra platantea, oo mesmo tempo emt seus trechos caracteristicos © em Se sesfunto, Alguns anos de ensino de iteraturagrega levranvime d cu ioea cons, Sane a impactincia e desatengao com que wma inteligencia moderna 12 ‘topo platdnico. Quem quiser por si mesmo tirar a prova disso, procure 2 a aera eur resumir qualquer um deszes dloges mest dos menores. de, Per confi o seu rsumo com uma segunda litre. Fol vontade de ajudar 0 qeitor moderno nesse panto que inspirou a maioria das notas. to pacnre devo asvinalar que, nao obstante a modéstia de conteldo ¢ de proporgdes deste trabalho, eu nao teria sido capac de fewélo sem 4 consis ae rnade do Prof. Aubreton, ews observagdes levaram-me a sucessivos 1210 Suen, partcularmente na tradueao e na confecydo das notes. le, por Somme, Taine quero. deixar expressos, com a minka admiracao, os mals sinceros cagradecimentos. J.C. de Souza Leen ree —tnit into Apolodoro’ e um Companheiro [APOLODORO A’ Creio que a respeito do que que- reis saber no estou sem preparo. Com feito, subia eu hé pouco & cidade, Vindo de minha casa em Falero?, quando um conhecido atras de mim avistou-me e de longe me chamou, txclamando em tom de brincadeira” “Palerino! Eh, tu, Apotodoro! Nao sme esperas?” Pare e esperei. E ele dis- tome: “Apolodoro, hd pouco mesmo eu te procurava, desejando informar: me do encontro de Agatio, Sderates, Alcibiades, ¢ dos demais que entio ‘assistiram 20 banquete*, © saber dos feus discursos sobre © amor, como foram eles. Contou-mos uma outra pessoa que os tinha ouvido de Fénix, 0 Tho de Filipe, ¢ que disse que também tu sabias. Ele porém nada tinha de claro a dizer. Contame enti, pois é © mais apontado a relatar as palavras {do teu companheiro. E antes de tudo, 10 imetocutor de Séeates nto eth sb (ety Sta de Atenas, 0 sul go Fite a menos de hopes ease: edo) $Riecctes conte co tom slene da iter ase sase pce patonimico e pelo emprere see tate fo em vez do promome pesos Gecor) a Tale, rr lho, Dems 2 cesta dae que hans 0 SPSS. $B BR conten’, acompsnbass, 3 Sg Sinada overuse, ere ab uss 28 COm™ Falfse erin (29) continuow, dizeme se tu mesmo esti veste presente aquele encontro ou pio.” E ev respondi-the:“E mitissimo provivel que nada de claro te contou o feu narrador, se presumes que foi hi pouco que se realizou esse encontro de ue me falas, de modo a também eu Setar presente. Presumo, sim, disse ele De onde, 6 Glauco?, tornethe. Nio sabes que ha muitos anos Agatio no sta na terra, e desde que eu freqiento ‘Sbcrates € tenho o cuidado de cada dia aber © que ele diz ou faz, ainda nfo se passaram trés anos*? Anteriormente, Fodando 20 acaso e pensando que fazia flguma coisa, eu era mais miserdvel Que qualquer outro, © no menos que fh agora, se erés que tudo se deve fazer Ge preferéncia & filosofia"*. “Nao fi (ques zombando, tornou ele, mas antes ize-me quando se deu esse encontro” “Quando éramos criangas ainda, res pondilhe, © com sua primeira tragédia bane cas dn seine tas BERNE S00 £3 Soa mance por Apslodor ican paramos 2 To cee porns os mee we, meena eps. Ve tea 9B 6 Felon sta0 O60) [GTtlaumo de Apstotoo, lant 0 sat, eee tacts nou de um SOTOES ea Siar dexncontadas 20005, € 90 2705 SAE mm hab ateipovio do a0 eo es amber sce co outa oe tacna Gk. ira Bea NOT 18 PLATAO ¢ isso & menos de admirar, que cu jé ime deparei com 0 livro de um sibio® * fem que o sal recebe um admirivel elo igo, por sua utilidade; e outras coisas ‘desse tipo em grande nimero poderiam ser elogiadas; assim portanto, en- quanto em tais ninharias despendem fantoesforgo, 30 Amor nenhum hhomem até 0 dia de hoje teve a cora ‘gem de celebri-lo condignamente, a tal pponto é negligenciado um tio grande deus! Ora, tais palavras parece que Fedro as diz com razio. Assim, no s6 cu desejo apresentarthe a minha ‘quota? *e satisfazélo como ao mesmo fempo, pareceme que nos convém. aqui presentes, venerar 0 deus. Se fentlo também a vés vos parece assim, podefiamos muito bem entreter nosso tempo em discursos; acho que cada um de nbs, da esquerda para a direita, deve fazer um discurso de louvor 20 Amor. ‘© mais belo que puder, € que Fedro eve comegar primeiro, j& que estéina ponta e&0 pai da idéia. — Ninguém contra ti votari, 6 Eri- ximaco — disse Sécrates. — Pois nem certamente me recusaria ev, que afir mo em nada mais ser entendido seno nnas questdes de amor, nem sem diviéa ‘Agatio © Pausinias, nem tampouco ‘AristOfanes, cuja ocupagio & toda em ‘W Natural de Ceos, masse por volta de 465 Prbfouse eopedalmente fom’ exado 40 Rosrbulsio, Nov protigorar (G1S¢) Socrates ‘Same Telling oy sre hiprosors gu expresso ext, (NT) BETS Et euctio ¢ ever Politics, 0 frase autor do patito que jutifisva 3 om sera de soernca e que também exrevera Sees etre de clogio A panel, 205 F3o% Fevaeios G4. 207) BeEtRinhco va aender 4 gue. de Pedro Peers dum canerio de Gicrion SSCA io e protien a ar sua ware EEE fontaine re (Gees ech va pant de Teel eset eer) tomo de Dioniso © de Afrodite, nem qualquer outro destes que estou vendo Aqui. Contudo, nio ¢ igual a situagio dos que ficamos nos dltimos lugares; todavia, se 0s que esto antes falarem de modo suficiente e belo, bastard. ‘Vamos pois, que em boa sorte comece Fedro e faga o seu elogio do Amor. Estas palavras tiveram a aprovagio de todos 0s outros, que também aderi- ram is exortagies de Socrates. Sem @ivida, de tudo que cada um deles disse, nem Atistodemo se lembrava ‘bem, nem por minha vez eu me lembro de tudo 0 que ele disse; mas 0 mais jmportante, e daqueles que me parece aque valia a pens lembrar, de cada um eles eu vos direio seu discurs. rimeiramente, tal como agora estou dizendo, disse ele que Fedco ie mats oo enon Be onto, “que era_um_grande_deus_0 ‘Amor, € admirado entre homens e deu- Ee For muitos outros ttuls e sobre- tudo por sua origem. Pois o ser entse fos deuses 0 mais antigo & honros0, dizia ele, € a prova disso é que genito: tee do Amor no os ha, ¢ Hesiodo afi na que primeiro nasceu 0 Caos — e 96 depois Terra de largos seios, de tudo assento sempre certo, eAmor...*7 Diz cle entdo®* que, depois do Caos foram estes dois que nasceram, Terra e 2 Hesiodo, Teogonia, 16 s8, (607) Br Rigen catore, eis gals Burne, ocham SE omentio de Pedro € ose, Tao Sor gos traaterem para aul a pie frase Bet TE cow Hesodo tbe eovcorda Aci E55 SS "Son popers Robin ge at ele eth so ume ghar, attude perfeamente cone forme de do se esprit tedioe cone OBANQUETE ‘Amor. E Parménides diz da sua ori- gem bem antes de todos os deuses pensou>* em Amor. E com Hesiodo também concorda ‘Acusilau?®. Assim, de muitos lados se feconhece que Amor & entre os deuses mais antigo. E sendo 0 mais antigo é para fos a causa dos maiores bens. ‘io sei eu, com efeto, dizer que haja maior bem para quem entra na moc dade do que um bom amante, e para tm amante, do que o seu bem-amaéo. ‘Aguila que, com efeito, deve dirgir toda a vida dos homens, dos que esti0 prontos a vivé-la nobrement, eis © que hem a estipe pode incutir tio bem, fem as honras, nem a riqueza, nem nada mais, como o. amor. A que entao que me refiro? A. vergonta do ue & fie ao-apeie 295 = jiem_cidade_nem individuo_produrie trandes belas obras, Afirmo eu entdo Ge todo homem que ama, se fosse des- Goberto a fazer um ato vergonhoso, o8 a softélo de outrem sem se defender por covardia, visto pelo pai nio s= tavergonharia tant, nem pelos amigos them por ninguém mais, como se fosse ro pelo bem-amado. iso mesmo é o-que também no amado-nés notames, ‘que & sobretudo_diante dos amantes que ele se_envergonha, ‘quando sur- Sremndide em algum ato vergonhoso. Se por conseguinte algum meio ocor- two & 4 deus Justiga (Simpl Fi 3% 18 Diets. (N60) Bee Glue argos (culo VERG), Acosion taaveu tira genealogies de deuses & homens Weer) esse de se fazer uma cidade ov uma expediqao de amantes ¢ de amados, nig haveria melhor maneia de a cons tituirem senao afastando-e eles de tudo que & feio e porfiando entre sino prego a honra; e quando ltassem uy a0 lado do outro, tis soldados vence- Tis, par poucos que Toss, por Eisim dizer todos os homens)". Pois tum homem que esti amando, se déizou ‘Gea posto ou Targou suas armas, aceita: “fia menos sem diva & “tet ‘ido visto pelo amado do que por todos Ge butros, © a 0 prefers mits tezes morrer. E quanto a abandonar 9 lumado ou ni sozort1a_em perigo, Hinpigm Ha tao ruim que o préptio TROF 0 6 Torneinspirado pars avi~ ‘ude, a ponio de fiear ele semelhante Go frais generoso de natureza; ¢ sem mais rodeios, 0 que disse Homero “do frdor que 2 alguns herbis inspira 0 deus"92, eis o que 0 Amor di 20s lamantes, como wm dom emanado desi VE quanto a morrer por outro. $8-¢ consentem os que amiam, n40 apenas Ge homens, mas também as mulheres Ea ease respeto a filha de Pélias UAloeste?9, €8 aos greg0s uma prove < ino BS fp eamiaas em LOS Se nso, ad aC aos hanes © XV. stage ede oive, ei Se Ti pete oR de pores (8-207) rede Fare, Temi Bad onats quando Or Fs, Mas pouso depois GE tt OT oe er itiesta cae ESSERE BS 2 PLATAO. cabal em favor dessa afirmativa, ela {que foi a Gnica a consentir em morrer elo marido, embora tivesse este pal © ae, 05 quais cla tanto excedeu na afeigao do seu amor que os fez apare~ ‘cer como estranhos 20 filo, ¢ parentes ‘apenas de nome; depois de praticar ela fesse a10, tio belo pareceu ele nao so ftos homens mas até aos deuses que, embora muitos tenham feito muitas ‘ages belas, foi a um bem reduzido ni- mero que os deuses concederam esta honra de fazer do Hades subir nova~ mente sua alma, 20 passo que a dela les fizeram subir, admirados do seu pesto; € assim que até os deuses hon- Fam 30 maximo o zelo ¢ a virtude no amor. A Orfev, o filho de Eagro, eles 0 fizeram voltar sem o seu objetivo, pois foi um espectro 0 que eles The mostra- ram da mulher a que vinha, ¢ no tha deram, por Ihes parecer que ele s€ acovardava, citaredo que era, € nao usava por seu amor morrer como ‘Aleeste, mas maquinava um meio de penetrar vivo no Hades? *. Foi real mente por isso que Ihe fizeram justiga. ¢ determinaram que sua morte ocoT- fesse pelas mulheres; nfo o honraram ‘como a Aquiles,ofilho de Tétis, nem 0 enviaram as ithas dos bem-aventu- trados; que aquele, informado pela mae Ge que morreria se matasse Heitor, tenquanto que se 0 nio matasse voltaris A pitria onde morreria velho, teve & No esa evisanterente a versio comm dt MRse SStzain ‘oo Hades para taver de volts tents fda Eurdee,Oxfeu consegue cOnvEnCEE Tle Fenton, rn due, Be SSpsc ae cominao: Ore nfo deve olbse the imps armyamta abo subir A reais ut $a"Gunn ac fam fonda, porte, 0, co Seed Pen «a Pe eet Se amd desporece, para Sem We (brags conta de Eee fe he coragem de preterit, 20 socorrer seu Smante Patroclo © vingé-lo, nfo ape- nas morrer por ele mas sucumbir & sua torte; assim & que, admirados a mais inio poder, os deuses excepcionalmente 6 honraram, porque em tanta conta ele finha o amante. Que Esquilo sem dvi da fale & tos, quando afirma que Aqui tes era amante de Patrocio, ele que era mais belo nio somente do que este como evidentemente do que todos 08 herGis, e ainda imberbe, e além disso muito mais novo, como diz Homer. ‘Mas com efeito,o gue realmente mais _admiram_« bonram os deuses € esse rtude que se forma emsomo_da. ror, pork mais ainda admirams Gpevin Fecompensam quando £2, ad gleg5 © aD doa” ando € este daquele. Eis por que & “Aquiles eles honraram mais do que & ‘Aleese,enviando-o s ihas dos bem aventurados. Assim, pois, eu aficmo que o Amott dos deuses o mats antigo. o mais hon: “Fado ©-0 rats poderoso para a aguis “Gio da vitude e da flicidade entre 0s_ tanto em sua_vida_ como spossuamone” De Fedro foi mais ou menos est 0 iseurso que pronunciow, no dizer de ‘arstodemo; depois de Fedro houve al uns outros de que ele nfo se lembrava bem, os quais deixou de lado, pas: fando 2 contar 0 de Pausinias, Disse tele: "Nao me parece bel, 0 Feéro, 2 franeira como nos foi proposto 0 dis: urs, essa simples preseriga0 de um tlogie s0 Amor. Se, com efit, um s5 fosse 0 Amor, muito bem esta realidade Tao-€ ale pores um i € 5 Confront ese. peroragso com @ final do 2 Content rau paricularmente 21288 Sear, 5 amor fade e 8 felciads te OBANQUETE en aio sendo um v6, & mais acertado pri tneio dizer qual 0 que se deve elgiar. Tentare eo portanto. corigir este Senioce primeito dizer qual 0 Amor She se deve elogian, depois fazer um ‘Toaio digno do deus. Tados, com ele to, sabemos que sem Amor nio-hi ‘Se_portanto uma 36 foss= 5, forgoso..que..dois_seja sable ox Amat § oo nll si0, Say deuses? Uma, a rais velba sem Givin, pao tem mie e filha de a ela é que chan: * Catestialy a mais nova. filha feiss ae Dione, chamamorla de a ‘Pandémia, a Popular, E forgoso entio “Fae tambem © Amor, coadjuvante de ‘ima. se chame corretamente Pandé- Milo’ 0 Popular, e 0 outro Urario, © Celestial Por conseguinte,é sem div {a preciso louvar todos os deuses, mas dom que a.um e a outro coube deve- Se procurat dizer. Toda agi, com ef tore assim que se apresenta: em si mesma, enquanto simplesmente prati- mesma, engl em fin Por exe plo, 0 que agora nds fazemos, beber Cantar, conversar, nada disso em si é belo, mas € na agio, na mancita como E feto, que resulta tal; 0 que & bela e corretamente fit fica belo, 0 que aio 0 € fica feio. Assim € que o amar £9 ‘Amor lo € todo ele bela.c digno de {er louvado, mas apenas 0 que 18.8 Svar belamente, pois, 0 Amor de Afrodite Pan: démia ¢ realmente popular e faz 0 que ihe ocore; é a ele que 0s homens ul afes_amam, E amam tais_pess0as. 3 Hesodo, Teosonia, 188-206. Urano f6} ms eter se tina Zeus, e esperma do se0 ade Posi tendo a0 mat, cepumes S08 Floss donde a format Atsoute. Em. Ws 2A Cettos en aeuso & fia Je ZEUS, Peiblone tite, V. 370). (8.80) fet? ae of Soren depois o_que Taleyamam € mais o corpo que a alma. Sgncia, tendo em mira apent ocfetuar Seaigh seme preocupar se ¢ dente: trente ou oy dal resulta entao que thes fazem 0 que thes o20re, tanto © oc € bom eomo o seu conario. Tt: 52 com eto do amor proveniente Gu deusa que € mais jovem que aoutra Coe em sua geragio participa da Tmacho. O outro porem £0 3 Urine yp macio —é Fane o amoraos ovens"? — EG inas velba? ienta de violencia ‘ad endo que ie vllam soe & misculo os _inspirados,deste_amor, ‘Heigoando-se a0_que € de_natureza ‘mais Torte € que tem mais iateligencia. E ainda, no proprio amor aos jovens ircctam veconhecer of que estio oder sia sivamente por ese UDO Ge amor*®; ap amam ezs,com feo, oe teninos, mas os que jacomegam & SE Fu. oque se a quand thes Vem ‘Shepando ag barbas. Estio dspostos, seer ta. os que comeyam asset onto, a amar para acompanhar toda a penton aren comm, aso 4 eng yee depois de tomar 0 jover em sua wee nets ldibriéo, pare & procl- irefe onto Seria preciso haver uma ei sed eae ae oe amasem o9 men, Prt de ue nao se perdsse na ince fn Sieg ctorgos pois & na verdade fncerto 0 destino dos meninos, 2 que wnto do wei ou du vitde cles che- 2% Confronts com 208 onde Seats eno F Sonica eta do ator coral § mule tra o rands mene comune como © U9 ‘Glenor'do amor. (8-09 TD RRP gare conseram ets frase wma doa. OaoTD Bre Net tina eanio, Daf ave ot a fee mor procram 08 Be SOME santa er jones de BIA a Bose A prepress. do 2 Contr. Diotima, ee fe 9 amente Amat, Peer feng de um 36 (NOT) n PLATAO ‘gam em seu corpo ¢ sua alma. Ora, se (05 bons amantes a si mesmos se impSem voluntariamente esta lei, de- via-se também a estes amantes popula tes obrigé-los a lei semelhante, assim como, com as mulheres de condigio live**, obrigamo-las na medida do possivel a nfo manter relagdes amoro- sas. Sio estes, com efeito, os que justa niente criaram o descrédito, a ponto de alguns ousarem dizer que & vergonhoso © aquiescer 20s amantes; ¢ assim 0 dizem porque sio estes os que eles consideram, vendo 0 seu despropisito desregramento, pois nao & sem div da quando feito com moderagio € norma que um ato, seja qual for, incor- teria em justa censura, ids, a lei_do amor _nas_demais ples a sua determinag: cla € complexa. Em Elida, com efeito, nna_Lacedeménia, na BeScia, ¢ onde do se saiba falar, simplesmente se. estabeleceu que & belo aquiescer_aos amantes, ¢ ninguém, jover. ou vel diria que fei, a fim de ndo terem culdades, erefo ev, em tentativas de persuadit os jovens com a palavra, incapazes que sio de falar; na Jonia, porém, ¢ em_muitas outras partes & tido como feio, por quanios habitam sob a influéncia dos barbaros. Enire 05 ba feito, por caus tiranias, © uma coisa feia ¢ justamente como o da sabe sindstica*?; & que, imagino, no apro- 2g &, nfo eseravar (N40) onda com & notes tendézca day lceeem ‘hos 26 homowenualsno. (W007) ‘S'Gcrar a expres grep corespondente (Othe sal gerne) iembrat (gue Or einion cram os fas predetos de ‘SéScatec ot intros. do. Chris, isi, La ‘een ee). 1M. SOF) veita aos seus goverantes que nasgam ‘grandes idéias entre os_governados. nem amizades e associagdes inabalé- vei 6-que jstamente mals. do-aue ‘qualquer ouira coisa, costuma 0 amor inspiar. Por experiéncia aprenderam isto 05 tiranos** desta cidade; pois foi ‘© amor de Aristopitio © a amizade de Harmbdio que, afirmando-se, destru ram-lhes 0 poder. Assim, onde se esta- beleceu que é feio 0 aquiescer aos amantes, por defeiio dos que 0 esta- beleceram_queassim fica, gragas_i _ambigio dos governanies e A covandia, dos governados; e onde simplesmente se determinou que & belo, foi em conse- uéncia da _indrcia_dos_que_assim estabeleceraii. Aqui_porém, muito mais bela que estas € a norma que st instituiu-«, como eu disse, na0-€ facil de entender. A quem, com efeto,tenha considerado *® que se diz ser mais belo lamar claramente que as ocultas, ¢ sobretudo of mais nobres e os metho~ res, embora mais feios que outros; que por outro lado 0 encorajamento dado or todos 20s amantes € extraordinario € no como se estivesse a fazer algum ato feio, se fez ele uma conquista ps- rece belo o seu ato, se nfo, parece feio; f ainda, que em sua tentativa de con- Qquista dev a lei ao amante a possibili- dade de ser louvado na prética de atos Hipae« Hipatco, Shot de Pistato. Numa rintir, conspirgdo. em 31S, 20 gue parece for motion pesens, Hiparco fol ssasinado, Ear ioeaeta a cee eect gaa ee moe OBANQUETE B extravagantes, 05 quais se alguém usasse cometer em vista de qualquer ‘outro objetivo e procurando fazer qualquer outra coisa fora iss0, colheria ‘as maiores censuras da filosofia* ® — pois se, querendo de uma pessoa ou fobter dinheiro ov assumir um coman- do ou conseguir qualquer outro poder, consentisse alguém em fazer justa- mente 0 que fazem os amantes para ‘com os amados, fazendo em seus pedi- dos siplicas e prostemagbes, © em suas Jjuras protestando deitar-se as portas, ¢ dispondo-se a subservigncias a que se nao sujeitaria nenhum servo, seria impedido de agir desse modo, tanto pelos amigos como pelos inimigos, uns incriminando-o de adulagio e indigr dade, outros admoestando-0 e envergo- hando-se de tais atos — ao amante porém que faga tudo isso acrescehe a ‘raga,re The € dado pela lei que cle 0 faga sem deserEdito, como st estivesse ‘praticando fo belissima; © 0 ‘ais estranho € que, como diz 0 povo, quando ele jura, 36 ele tem o perdio ddos deuses se perjurar, pois juramento de amor dizem que ndo é juramento, ¢ ‘assim tanto os deuses como os homens {ato de ser amante como também_o $erem of amados amigos dos amantes. Quando porém, impondo-Ihes um pe dagogo* *, 0s pais néo permitem aos aor gut da lost? Vis eens tena Fan totigicean so don mee Bune pete Shas Sapets No' enann, nse deve Sader flr noe conta pate. Sasa of aco meter een ec US erate,‘ ber peice que. ita hire out sles 9 conkeimenis ds boss tea do euuute eo). Te e earava enatreada de acompanhar os joven A plone ols Gedo E) amados que conversem com 0s aman- tes, © 20 pedagogo € presrita essa frdem, ainda os camaradas¢ amigos fnjuriam se véem que tal coisa esta ocorrendo, sem que a esses injuriar dlores deteaham 08 mais velhos ou 0 feensurem por estarem falando sem certo, depots de por sua ver atentar a tudo isso, poderia alguém julgar 20 tomtrrio que se considera muito feio qui esse modo de agit. O que porém é, a meu ver, o seguate: nao é Eso uma coisa simples, 0 que just mente se disse desde © comeyo, que em sie por sinem belo nem feo, as se decentemente praticado é belo, EE indecentemente, fio. Ora, @ inde- ‘Geniemente quando é a um mau ¢ de modo mau que se aquiesce ¢ devente- mente quando é a um bom e de um modo bom. E € mau aguele amante Eimay pols nao-€ Ge constant, por Graton objeto que também nio é ‘Eonstante** Com feito, 20 mesmo Tempo que cessa o vigo do corpo, que era o que ele amava, “alga cle © seu $60"#9, sem respeito a multaspalavras © promessas feitas. AO conttisio, 0 cori 0 que é constante. Ora, sio esses. dois tipos de amantes que pretende a nossa lei provar bem e devidamente,¢ (que a uns se aquiesga e dos outros se fuje. Por iso € que uns cla cxorta a perseguir e outros a evtar,arbitrando Eaferindo qual & porventura o tipo do Smante ¢ qual © do amado, Assim ¢ ‘se deixar conquistarétido como fi, 4 ST. iments em 2094-2008, (N. co T) BW Esprehso homer 2 eerie teonha.personicado, @Ue 860 8 Resmense. edo) fim de que posta haver tempo, que bern parece 0 mais das vezes ser uma exce- Tente prova; ¢ depois 0 deixar-se con- quistar pelo dinheiro pelo prestigio politico € tido como feio, quer a um mau trato nos assustemos sem reagir. ‘quer beneficiados em dinheiro ou em __ sucesso politico no os desprezemos: enum dessas vantagens, com efeito, parece firme ou constante,afora 0 fato Ee que delas nem mesmo se pode der var uma amizade nobre. Um 35 tho entioresta& nossa norma, se deve 5 bemamado decentemente aguieseer E com efeifo norma enue sim como para Os amanIES, 8s que quando um deles se presia a qualquer Shui to anado-nio fs aula He ner um ato censuravel, do mesmo rode também 98 outra inca seevidao ‘oluntiria cesta, n3o sujet a censura: que se aceita pela virtude, Na verd der estabeleceu-se entre ns que, se flguém quer servir a um outro por jul- gar que por ele se tornara melhor, ou fm sabedoria ov em qualquer outra tspécie de virude, também esta volun- tiria servidio no é feia nem & uma adulagio *.E preciso entio congracar mas, ado am ‘ao saber e as dema 30 mesmo ponto chegam amante € drrado,cadaam com a 808 0"ma, IP fervindo ao amado que the aqueice, Eero que for just servr «0.030 Sludando a0 que estétoroanda sibio bom, em tudo que for justo ajudar, @ Drimeito em condigdes de contribuir para a sabedoria e demi $e'Toip ene detate dow caoe feos do amor é So'mesgo tempo eartesteo do reali pl HeoIePrusints eerea ous gaa ce € me PLATAO segundo em precsio de adquiir para rain usages defaiscompetncia Setnido, quando ao mesmo objetivo Convergem essas duas_normas. 38 endo € que coincide ser belo 0 auies Ser o-amado.ao_amante ¢ em mais Senbuma outa ceaslo. Neste e250 Thesmo o ser enganado nio énada eis En todos 05 outros casos porém € Strgonhoso, quer se seia engansdo. ‘uendo. Se alguém com efeo, depois de iguiescer a um amante, na suposi- Gc de ser este rico eem vista de sua Fiqueza.fosse a seput enganado © 180 lvcee vantagens pecunrias, por s¢ {er tevelado pobre o amante, nem POT ies seria menos vergonhos0: pois fect tal tipo revelarjustamente © que {ean de seu que pelo dinheio ele servi- Vin em qualquer negSeio 2 qualquer tin. e isto ado € belo, Pela mesma fario, também se. siguém, tendo Giuteseido a um amante considerado fam, para se tomar ele proprio me: Thor’ através da amizade do amante. fovea seguir enganado, revelada traldade daquele e sua carncia de ve tude, mesmo assim belo" seria 0 ‘Mgunos pts também neste caso pare Ceiete ter deinado presente sua propria {Endencl: pela virude e por se tornar trethor, ato ele se dispria om favor ds qualquer une iso € 20 contario shal belo de todo; assim, em tudo sta da vies celeste ee ie muito valor para a SSC veins Taser pole vrwde datas apumesagio © aparentemente veut $3 ta leer da vivode = vide engarada Resin foc © canons ie eta Peli OBANQUETE coutra_deusa. da popular, £ essa 6 Fedro, concluia ele. a_coniribus fque, como de improviso™, eu fe Pre Seno sobre o Amor” SAG Sauce de Pausinias — pois assim me ensinam os sibios a falar, em termos iguais — disse Aristodemo que evia falar Aristfanes, mas tendo-lhe teorride, por empanturramento ov Pot Sigum outro motivo, um actsso. de Solugo, no podia ele falar; mas disse the a0 médico Eriximaco, que se rel fava logo abaixo dele: — O Eri Taco, é5indicado para ov fazer parar meu solugo ou falar em meu lugar, fi que ev potsa parar com ele. E Eri imaco respondevlhe: meetpareh as duas cofsas:falarel em teu lugar e tu, quando acabares com iso, no meu. E enguanto eu estiver falando, vejamos se, retendo tuo fSle- fo por muito tempo, quer parar o teu Eolugos sendo, gargareja com Agua. Se entap cle € muito forte, toma algo com Gque possas cogar © nariz © spirra; se flaeres isso duas ou Urés vezes, Por Torte que sea, ele cessard. — io comegarés primeiro 0 teu discur- fo, disse ArstSfanes; que eu por mim & fo que frei Disse entio Eriximaco: “Parece-me em verdade sé necessario, uma vez aque Pausini, apesar de ster Langa da bem ao seu dcurso, nfo o rematow fonvenientemente, que e deva tentar porlhe um remate, Com efito, quanto fiser duplo 0 Amor, parece-me que foi dima bela distingao: que porém nic ‘2vum conero improviado ndiagic NUM anta se nfo fous emenise se ae ee ets 20 terra de $e a igmeeda pelo. ee fume gaaNen Go a ree & tacurie coniny RA SBE ioaore écoe win eco dos Case FE eG ae Pawns wider) 2 esti ele apenas nas almas dos homens. para com os belos jovens, mas tam ‘beni mas oviras partes, ¢_para_com uiGe outros objetos, nos corpos de se amas, nas plantas mn dizet em tod0s 08 Gres €o que creo ter constalado pela fica da_medici sa_aTle: Frande-€ admiravel € 0 deus, ¢ 2 tudo Brtgstende ele, tanto na ordem das col SEs humanas como entre as divinas. Ora, cu comerarci pela medicina & sinha fala, a fim de, que também Fomenageemos a arte?*. A natureza dos eorpos, com efito, comporta esse Guplo Amor; 0 sadio ¢ 0 mérbido sio Cadi um reconheeidamente um estado Giverso e dessemelhante.e 0 desseme thante deseja e ama o dessemelhan- te*2. Um portanto 0 amor no que & Saiio, e outro m0. que € mérbido. E enti, assim como ha pouco Pausini Gregor sos Fomens bons € belo SauTeieer-¢ aos intemperantes E io. iambin fos pxrios como SS ‘mentos bons de cada corpo ¢ sadins.é belo o aguiescer ¢ se deve, ea issoé que se di -onome_de_medicina, Tnquanto que aos maus e mérbides & feio-g-se-deve contrariar, © se vai ser tum téenico. E com efeito a medic para falar em resumo, a ciéncia dos Tendmenos de amor, proprio a0 Corp. tno que se refee A replegdo © & evacua SA ae poe ectcra ecu ia ge a medics Mina atdade diseilia Pega ory cor tn SS ery SNS Rdato manda iteoretar 2 tans de Es 30 contes mor narbge. Cesemelhante 60 aso, aif dp aeseminate 9 940) 3 Pe ean, em ofa, ba UT wa Ne saa puta each, pa el YS etends 20. Por ERMA oo rs Tal 1 eat aicmeso ge Crotora 4 ra 2 ea do seule VIN OT) 26 G0, € 0 que nestes fendmenos reco édico; igualmente, aquele que faz com que eles se transformem, de modo aque se adquira um em ver do outro, € ‘que sabe tanto suscitar amor onde ni ha mas deve haver, como eliminar guando ha, seria um bom profissional. “E de fato preciso ser capaz de fazer Siarge Sew ae ews corpo _fiquem amigos e se_amem ‘Since Onno mac fas ae Se hee Ee tange tomo win we, ounce pes pried ferro mente Ap oo fos _tragos_deste deus, Soie coo wlan gniuia et Se lak ora ae como provavelmente parece querer Sie Hel ue ie oe Som sioy edode et Inne cogs mean ncaa cone, ‘nane hao aon inns gne sbdnder coe won hrm a ders Suen do quan ode. SoS hasohece ue cequra er ae Tealin'é © SES prone en meds Sec hae dizer emia Ae rellmere ua crpresso te tors e's parcipa rene te he PLATAO rave, antes discordantes ¢ posterior mente combinados, ela resultou, gra (as A arte musical. Pois nao é sem di- ida do agudo e do grave ainda em Aiscordincia que pode resultar a ar monia; a harmonia € consonincia, consonincia € uma certa combinagio Sey coninaeio ae Sardar, enquanto discordam, € Impossive, ¢ inversamente 0 que discorda e nio combina’ € inipossivel_ harmonizar — “esin- como tambem_ oto, que resulta do rapido e do lento, antes Aisociados depois combinados. A combina om todoa ties as, assim como Ti fora medleina, ago + “Waist que-soabeeve, smclando Smo ¢concbrdia ene Uns e ouloy; © Soin Taribem a sion no Tocante § armonia e a0 ritmo, ¢ cigncia dos fenomenos amore. Alas, nap ca oe usu RETR ¢ ‘Seror sinais-do-ammor, nem de algum mado**-hi-ento © duplo amor; quan- for preciso uti homem uma harmonia ou um ritmo, ‘ou fazendo-os, 0 que chamam compo: sigio, ou usando corretamente da rélodia e dos metros ja constituidos, 0 {que ve chamou educagao, entio & que é Gitfeil e que se requer um bom profs 2 asi ate acs stn. cars do Sort ete un mero produto, Erximaca 7 Hie ido perceher ar aieueaaes que encerea © ‘ensio dees le clementon ja conceluae EEo"foress lo Ine impor’ mu, © cont {una fer om at outs ate'9 qu fer com Nealon eames. (ldo) ‘Bim espe train hablldade reread ‘entatacradors depot dears que hd Soe fipor de smor na afgnismo (v- nota 33), Et co pasa + folar-da sade como © eg Trio tio concbrdi, sor), dos comtrrin, fa mesmo modo 8s harmona dos son ee ‘Efescoent referee ao gue sel, por Cte flog tet do amor ce contin miro Est. get porém, no momento de refericae b Single Yuaes a Barman OBANQUETE u sional, Pois de novo revém a mesma idgia, que a0s homens moderados, ¢ para que mais moderados se tornem 05 ‘que ainda nio sejam, deve-se aquiescer fe conservar o seu amor, que é 0 belo, 0 celestial, o Amor da musa Urania; 0 outro, © de Polimnia*’, € 0 popular, fque com precaucio se deve trazer = -Hqaeles-a quem se teaz, a fim de que. se calha 0 seu prazer sem que nenhuma {ntemperanga ele suscite, tal como em nossa arte é uma importante tarefa 0 ervr-seconvenientemente dos apetites dda arte culindria, de modo 2 que sem doenga se cola seu prazer. Tanto na mmisiea entio, como na medicina «em todas as outras artes, humanas e divi- nas, na medida do_possivl,—dewe-se, ‘conservar um e oulro_amor; ambos ‘com efeid_nelas_se_encontram. De fato, até a consituigo das estagdes do ano esta ropleta desses dois amores,€ quando se tomam de um moderado mor um pelo outro os contririos de aque hd potco eu falava, 0 quente © 0 ffi, oseco e o bmido,e adquirem uma hharmonia ¢ uma mistora razodvel, che: fam trazendo bonanga saide 20s homens, aos outros animais eas plan tase neumma ofensa fazer; quando porém #0 Amor casado com a violen- ia que se tora mais forte nas extagSes fo ano, muitos estragos ele faz, ¢ofen- fas, Tanto as peses, com efeito, cost mam restltar de tais causas, como ambém muitas ¢ varias doengas nos Sinimais como nas plantas; geadas, franizos e alforras resulta, com efe- to, do. excesso eda inlemperanga tmitua de tais manifestagdes do amor, 1 padroira da, poesia lia. Ao contra de Patsinln, Esaco suociou'o amor By Nu EXE ‘Alto, o que etd ue acordo com PESdie Ait en dca ibe empresas 0 de Sona orga de ngiayi omiver sscetivel Pier tatads pes arte Emu fgat de Atos SSSEARASS Ta no tous does cxjo conhecimento nas transagSes dos fstrose nas estagées do ano chamavse sstronomia. E ainda mais, no = todos 0s sacrificios, como também os casos a que preside a arte divinatéria sa estes sio os que constituem 0 comércio reciproco dos deuses © dos omens — sobre nada mais versam senio sobre a conservayio e a cura’? do Amor. Toda impizdade, com efeito, costuma advir, se a0 Amor moderado io se aquicsce nem se the tributa honra e respeito em toda aco, ¢ sim ‘20 outro, tanto no tocante 205 pais, YVivos e mortos, quanto aos deuses; © foi nisso que se assinow A are divina- t6tia 0 exame dos amores e sva cura, ¢ assim € que por sua ver €a arte divina tbria produtora®? de amizade entre deuses e homens, gragas a0 conhect mento de todas as manifestagies de amnor que, entre o5 homens, se orien- tam para a justiga divin ea piedade ‘Assim, miliplo ¢ grande, ou me- nor, universal é 0 poder que em Betal tomo do que € bom se consuma com sabedoria_¢_justiga, entre_nds_come gntre of d0tses, €0 que tem o maximo poder © toda (elicidade nos prepara, mos em condigSes de nio 30 antermos convvio. de, como também com os que #20 mais poderosos _que 5, os deuses. Em Eonelusio, talvez tambfm es, lou- Sando 0 Amor, muita coisa estou dei Nando de lado, no todavia por misha Nontade, Mas 9 algo omits ta Ce qa. Arstfanes, completar; ou um otro modo tens em mente de clogiar © deus, clogia-o, uma vez que 0 tea sol go jo zest cesar.” 2A swinosio on oan ae meen area ae eco como av oatas oe 2 PLATAO ‘Tendo entio tomado a palavra, con- tinuov Aristodemo, disse Arist6fanes: — Bem que cessou! Nao todavia, € verdade, antes de Ihe ter eu aplicado 0 spiro, a ponto de me admirar que a bboa ordem do corpo requeira tais ru dos e comichdes como &0 espirro; pois logo © solugo parou, quando Ihe apli= ~quei o espirr. E Eriximaco Ihe disse: — Meu bom ‘Aristofanes, vé 0 que fazes. Estas a fazer graga, quando vais falar, € me forcas a vigiar o teu discurso, se por- ventura vais dizer algo risivel, quando teé permitido falar em paz. ‘Arisfanes rive retomou: — Tens razio, Eriximaco! Fique-me 0 dito pelo ndo dito, Mas nao me vigies, que fea receio, a respeito do que vai ser dito, que Seja nfo engragado 0 que vou dizer — pois isso seria proveitoso ¢ préprio da nossa musa — mas ridieu-. fore — Pois sim! — disse 0 outro — langada a tua seta, Aristéfanes, pensas fem fugit; mas toma cuidado ¢ fala como se fosses prestar contas. Talvez todavia, se bem me parecer, eu te "Na verdade, Eriximaco, disse Aris tifanes, & de outro modo que tenho a intengao de falar, diferente do teu e do de Pausinias. Com eftito altares the preparariam, ¢ os maiores 4D¢ fat seu dncues& entragatasio. A pre Srucio de’ arstGlant faz Tembat 9 fom © 3 angio de una paribse, na cométis aie. Sade‘o posta, pila vor do coro, explicnae Sia pega W_ OF Caveleros, 51 Site as de see 2 ay $e iitaca gue ng, Além dese rag de ves Sntihanga arama, Piatto er iqsinaa SPU aslo h innteenea a arte de Ar ‘Stames, que nko tem domino Ge sus perio: (eeurnoa‘ependente gue € etna Inspire sacrificios the fariam, no como agora {que nada disso hi em sua honra, quan- do mais que tudo deve haver. E ele com efeito © deus mais amigo do homem, protetor e médico destes males, de cuja cura dependeria sem di- vida a maior Felicidade para 0 género hhumano, Tentarei eu portant inic vos" ® em seu poder, e v5s 0 ensinareis Fos outros. Mas imeiro ‘suas. vieisitudes. Com efeito aatureza ovtrora no era a mesma que ‘mas diferente. Em pt cram os generos da hums lino ¢ o feminino, mas também havia a mais um terceiro, comum a estes dois, do qual resta agora um nore, desape Tecida a coisa; andebgino era entio um ‘Finero_distinto, tanto na forma como fo nore comum aos dois, a0 mascu- Tino e a0 feminino, enquanto agora nada mais € que um nome posto em desonra. Depois, interiga®* eca_a Fedondo, os Mlancos em cecil; quatro tos opostos um mais como desiés exemplos se poderia Supor.E quanto ao sew andar, era tam Sem erewo como agora, em qualquer dar duas direpbes que quisesie; mas ‘quando se langavam a uma répida cor 64 pana € prin ingunsem dos Mis ok an ee ee are do ‘or ine or dow oradares precedente, mas ‘Gimard‘e acewo grea. sus natures, como fms iieigao, (N60) WEF Emptdocie fr $2, vs 4 Diehdoitocae Bee tie Wie acietbor prio, Tiger ntiigor sora da terra. (N60 OBANQUETE » fida, como os que cambalhotando virando as pemas para cima fazem ima roda, do. mesmo modo, apoian ddovse nos seus oito membros de entio, fapidamente eles se locomoviam em Cirealo. Eis por que exam trés.08 néne- 8 eee ue o. snasiling-de Tic. era descendente solo feminino-da tera, ¢0.que.tisha_ de ambos cra-da lua, pois também 2 fua tem de ambos; eram assim circu- Jares, tanto eles pr6prios como a sua locomogio, por terem semelhantes Be ‘Stores, Eram por conseguinte de urna orga ¢ de um vigor terrveis, © uma _grande_presungao eles tinham; mas Soltaramse contra os deus, ¢ 0 que ‘Giz Homero de Eales de Ots*” €2 les que se relere, a tentativa de fazet ima escalada. 20. ceo, para. investi Snra os devses. Zeus enti € 08 de- Shais deuses puseram-se a deliberar fabre © que se devia fazer com cles, € Embaragavam-se; io podiam nem trata e, aps fulminé-los como aos figantes, fazer desaparecer hes a raga aecois as honras eos templos que Ines inham dos homens. desapareceriam weinem permitirthes que Tuassem na impiedade. Depois_de laboriosa_teflexdo, diz Zeus: “Ache io de fazer com ave Tambérn mais Stes “Bese trem tornado mais nemerososi= ‘Hacio eretos, sobre dus perna ‘Ginda pensarem em aftogancia € 180 Juiserem acomodar-s, d¢ n0v0, disse for dss eens ge tetra ere 8 bes Benes Sr endo eto, hinge Sing o cau edestonarem Zev. eEsmn aio. dot) le, eu os cortarei_em dois. ¢ assim Sobre uma s6 perna cles andarao, salti- ando.” Logo que o disse pos-se a cor tar os homens em dois, como os que tcortam as sorvas*® para a conserva, ou como os que cortam vos com Cabelo: a cada um que cortava manda Va Apolo voltar-Ihe o rosto e a banda {do pescogo para o lado do corte, afim dde que, contemplando a propria mut faga0, fosse mais moderado © homem, fe quanto 20 mais ele também mandava urar. Apolo torcia-hes 0 roston & fepuxando a pele de todos os lados para o que agora se chama 0 vente, Como as bolsas que se entrouxam, ele fazia uma 36 abertura e ligava-a firme: mente no meio do ventre, que € 0 que chamam umbigo. As outras pregas, shumerosas, ele se pos a polir, € a art ular os peitos, com um instrumento Semelhante 20 dos sapateiros quando tstio polindo na forma as pregas dos Sapatos, umas poucas ele deixo¥s as fue estzo a volta do préprio ventre © do umbigo, para lembranga da antiga ‘condigio. Por conseguinte, desde que 2 esa natureza se mutifou_ em ua, aviava cada um por sua propria meta. Snsiava cada um sr ela se unia, ¢ envolvendo-se com “as mios ¢ enlagando-s¢ Um 20 Outfor “de se confundirem, mon iaem gral por quererem fazer lor im do outr quererem fazer Tonge ur Sete que morria ma das meiades © senna fieava, a que ficava procsra’a a guna pom cla enlogava, quet © oat ease com a metade do todo gue tra muler — 0 ave agora chamamon creer quer com ade um homem¢ mut ae destrindo. Tomado de te Emile Chambey (Paton, Oewtes come Wh BST car manere sorts gsm Sc Note Puerta ut pra, ete Be 36 HB songee PEN oT PLATAO, compaixo, Zeus consegue outro expe en i ose para siete = pois fora geravam ¢ reproduziam no.um cigarras; pondo assim o sexo na frente eles fer com que através dele_se proceisasse a geragio um no outro,.0 acho na femea, pelo sepuinte, para jue no enlace, s¢ fosse um homem a encontrar uma mulher, que a0. mesmo tempo gerassem e se fosse constitving a raga, mas se fosse um homem com. tom homem, que pelo menos lhouvesse faciedade em seu convivio e pudessem repousar, voltar a0 trabalbo ¢ ocupar~ edo resto da vida, E entdo de tanto tempo que 0 amor de_um pelo outro esti implantado nos homens, restau: ‘ador da nossa antiga natureza, em su fentativa de fazer um sb de dois.¢ de Gurar a natuteza humana, Cada um de inde portanto € uma téssera comple: smentar”® de um homer, porque corta do como os linguados, de um s em dois: ¢ procura entio cada um 0 seu proprio complemento. Por _conse- Svinte, todos os homens que sf0_ um Gorte do tipo_comum, o que enti Se Ghamava androgino, gostam de mulhe a dos adultérios provém deste tipo, assim como também todas 5 mulheres que-gostam de homens ¢ Ho adilteras, é deste tipo que prover. Todas as mulheres que si0 0 corte de ‘No mito do Poco (271), Plato refers 5G era oa teen, € Arsanes as Nie ene tis 859) aloe stn Givida 9 en Wein (hoot) BINS rege. inka (de coir jut, Tee Count) Ere um eabo oo om Oso Ue fare coal te dats néxpeces, como sna eat ee ‘Tranomindo-se 208 Gee lm One smbos, posiam estes conerie o> S655 see Eee eet a prove de ais Tie een Posptceage, 297) ‘uma mulher no ditigem muito sua Btengio aos homens, mas antes est30 “Yoltadas para as mulheres ¢ as amigui- has provém deste tipo. E todos 08 aue $o-corie de_um macho perseguem o macho, e enquanto sio criangas, com0 Corticulos do macho, gostam dos bo- mens ¢ se comprazem em deitar-se com 05 homens ¢ a eles se enlagar, € Sao esies 03 melhores _meninos_e adolescentes, of de natural mais cors- oso. Dizem alguns, é verdade. que eles $0 despudorados, mas esto mentin- 0; pois nio & por despudor que fazem isso, mas por audicia, coragem ¢ rmaseulinidade, porque acalhem 0.3 hes é semelhante. Uma prova disso é que, uma vez amadurecidos, si0 0s {nicos gue chegam a ser homens pare ' polfica "os que sio desse tipo. E quando se tornam homens, $30 05 jo ens que eles amam, € a casamentos ¢ proctiagio naturalmente eles nio thes io tengo, embora por Ici a isso fejam forgados, mas se contentam em passar a vida um com o outro, sole os. Assim & que, em geraly ta tipo tr- phase amante e amigo do amante, por ‘que esta sempre acolhendo o que Ihe & aaparentado, Quando entdo se encontra ‘com aquele mesmo que € a sua prépria fnetade, tanto © amante do jovem como qualquer outro, entio extraord nirias sio as emogdes que sentem, de famizade, intimidade © amor, a ponto de nao quererem por assim dizer sepa rar-se um do outro nem por um peque fo momento. E os que continuam um ‘Com 0 outro pela Vida afora so estes, {VA shten mondat 205 homossenuis comple TA Eile com's sua saeieagso com Sx otiteorComparar esa pasagem com 18S aT) OBANQUETE u cos quais nem saberiam dizer 0 que que fem que Ihes venha da parte de um a0 outro. A ninguém com efeito parece fque se trata de unido sexual?. e que & porventura em vista disso gue um gosta da companhia do outro assim om tanto interesse; a0 contrario, qUE tuma coisa quer a alma de cada um, € cevidente, a qual coisa ela néo pode dizer, mas adivinha 0 que quer ¢ 0 in- ddica por enigmas. Se diante deles, dei tados no mesmo leito, surgisse Hefes- to? e com seus instrumentos thes perguntasse: Que & que quereis, 6 homens, ter um do outro, © se, diante 0 seu embarago, de novo Thes pergun- tasse: Porventura é isso que desejais fcardes no mesmo lugar o mais possi vel um para 0 outro, de modo que nem de nojte nem de dia vos separeis um do outro? Pois se & isso que desejais, quero fundir-vos ¢ forjar-vos numa hesma pessoa, de modo que de dois Yos torneis um se, enquanto viverdes, como uma s6 pessoa, possais viver fambos em comum, e depois que mor- rerdes,lé.no Hades, em ver de dois set tum 56, mortos os dois numa morte ccomum; mas vede se & isso 0 voss0 famor, € se vor contentais se conse- guirdes isso. Depois de ouvir essas palaveas, sabemos que nem um 36 diria ‘que no, ov demonstraria querer outra coisa, mas simplesmente pensaria ter ‘ouvido o que ha multo estava desejan- do, sim, unir-se ¢ confundir-se com o famado ¢ de dois fiearem um #6. O mo vo disso € que nossa antiga natureza ra assim e nds éramos um todoi ¢ por Tobserar « fasildade com ave o dicune Tribe de tom, snnginde agut wm liao sud mies permite» eclstovde uma Hela impor. Teed cesta eniics dos diurson GMGue sentiment amoroso nlo € excuse este sexta (380 TD BiSTGsis Uo fono.¢ da metaluraa, © Vuleano tos latinos (880) ‘tanto 20-descjo ¢ procura do todo que ‘sedi 0 nome de amor. Anteriormente, Zomo estou dizendo, nds éramos um 15, € agora € que, por causa d2 nossa injustiga, fomos separados pelo deus. € ‘como © foram 0s arcades pelos lacede- mmonios?*;€de temer entio, se nao For- mos moderados para com os deuses, {que de novo sejamos fendidos em dois, perambulemos tais quais os que nas tstelas estdo talhados de perfil. serra- {dos na linha do nariz, como 05 05505 (que se fendem’. Pois bem, em vista dessas evertualidades _todo_homem ‘deve a Todos exorar & pisdade para ‘om os deuses, a fim de que evitemos time e aleancemos a outra, na medida fem que o Amor nos dirige e comanda. ‘Que ninguém em sua aga0 se lhe opo- ihha — € se opée todo aquele que aos eases se toma odioso — pois ami ddo deus ¢ com ele reconsiliados desco: ‘brirerios econsepuiremos © nosso Bes prio amado, 0 que_agors_pou Poem F que nfo me suspete Erxt imaco, fazendo comédia de meu diseur- go, que é a Pausinias © Agatao que me fstou feferindo — talvez também estes fe encontrem no nimero desses © si0 fimbos de natureza miscula — mas eu no entanto estou dizendo a.resncite de todos, homens ¢ mulheres, que ¢ asim? gue. a se tomnaria feliz, = ple tamente realizissemos o amor.¢ 0 Seu arena E 3 forgaso que dos ‘melhor, ‘wm 345 03 loedeménics destruiar a eda TER Mihaeios ng Areaia. Uspesaram oe ear r erie povoscbes Kenton TEMP AE'S que ov gresor chamavam de ie om’ sama Not ah 9 dan 1 Saige sonra pala nots 1-0 200 Prono € guante (N: £07). Se esament um don tps ¢ ire 1 G08, Juste aca, p.30,0-70: (8-00 7)

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