You are on page 1of 14

CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

PRÁTICA PROFISSIONAL

GOVERNADOR VALADARES
ELABORAÇÃO DA PRÁTICA PROFISSIONAL
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

ADRIANA PEREIRA DOS SANTOS ANDRADE

PRÁTICA PEDAGÓGICA
PROFISSIONAL

Trabalho apresentado a disciplina Prática


Profissional, do Centro Universitário FAVENI, no
Curso de 2ª Licenciatura em Pedagogia, como pré-
requisito para aprovação.

GOVERNADOR VALADARES
2023
PROJETO DE INTERVENÇÃO

1. TÍTULO
Maleta viajante

2. APRESENTAÇÃO
Sabemos que na Educação Infantil uma das capacidades a se trabalhar
é o desenvolvimento da oralidade. Quanto mais cedo for inserido o processo de
aprendizagem de leitura, grandes serão as chances de se formar um cidadão
crítico que não abandonará o hábito de ler. A criança que sempre tiver em seu
alcance livros e souber lê-los e manuseá-los corretamente, dificilmente irá
procurar resumos de obras literárias. E quando crescer saberá distinguir uma
leitura boa de uma de má qualidade, e consequentemente aprimorará seu
desenvolvimento na escrita. Concordando com esta postura temos o seguinte
enunciado de Lajolo. “Ninguém nasce sabendo ler, aprende-se a ler à medida
que se vive. Se ler livros geralmente se aprende nos bancos da escola, outras
leituras se aprendem por aí, na chamada escola da vida [...].” (LAJOLO, 2005,
p.07).
O livro leva a criança a desenvolver a criatividade, a sensibilidade, a
sociabilidade, o senso crítico, a imaginação criadora, e algo fundamental, o
livro leva a criança a aprender o português. É lendo que se aprende a ler, a
escrever e interpretar. É por meio do texto literário (poesia ou prosa) que ela
vai desenvolver o plano das ideias e entender a gramática, suporte técnico da
linguagem. Estuda-la, desconhecendo as estruturas poético-literárias da leitura,
são como aprender a ler, escrever e interpretar, e não aprender a pensar.
(PRADO, 1996, p. 19)
Pessoas que não são leitoras têm a vida restrita à comunicação oral e
dificilmente ampliam seus horizontes, por ter contato com ideias próximas das
suas, nas conversas com amigos. [...] é nos livros que temos a chance de
entrar em contato com o desconhecido, conhecer outras épocas e outros
lugares e, com eles abrir a cabeça. Por isso, incentivar a formação de leitores é
não apenas fundamental no mundo globalizado em que vivemos. É trabalhar
pela sustentabilidade do planeta, ao garantir a convivência pacífica entre todos
e o respeito à diversidade. (GROSSI, 2008, p.03) -20).
Nesse sentido, entendemos que o Projeto Maleta Viajante é uma forma
lúdica e prazeroso, de se ampliar o repertório das crianças aumentando suas
possibilidades de comunicação e expressão (gestual, verbal, plástica,
dramática e musical) e despertando o interesse pelos diversos gêneros
literários. Sendo assim, consideramos de fundamental importância desenvolver
o Projeto Maleta Viajante na escola, pois através dele as crianças podem
despertar a imaginação, a criatividade e o gosto pela leitura, além de
oportunizar um momento de aproximação entre a família e a criança.

3. OBJETIVOS

O Objetivo geral
Para Cagliari (1994, p.25), “o objetivo fundamental da escola é desenvolver
a leitura para que o aluno se saia bem em todas as disciplinas, pois se ele for
um bom leitor, a escola cumpriu em grande parte a sua tarefa”. O autor define
que a leitura deve ser a extensão da escola na vida das pessoas para que elas
sejam capazes de entender a sociedade em que vivem e transformá-la num
mundo melhor. Promover a integração entre a família e escola no processo de
desenvolvimento das habilidades leitoras das crianças atendidas pela Unidade,
através do empréstimo dos livros.

Os objetivos específicos
• Desenvolver o gosto pela leitura;
• Conhecer histórias variadas;
• Ampliar o vocabulário;
• Despertar a imaginação, a curiosidade, a comunicação e a
autoestima;
• Ampliar a visão do mundo;
• inserir-se na cultura letrada;
• Compreender a função social da escrita.
4. METODOLOGIA
Trata-se de um projeto que envolve a prática de leitura em que as
crianças levam para casa uma maleta contendo um livro de história infantil (1
criança por dia, de segunda a sexta) e uma folha de registro.
Depois de ler a história o aluno deve preencher o caderno de
interpretação que acompanha o livro. Os alunos já alfabéticos devem
completar os seguintes campos: nome do aluno, nome do livro, nome do autor,
quem leu o livro e por fim, um espaço aberto para que o aluno faça seu
comentário a respeito da história.
Os alunos que ainda não têm a habilidade de leitura fluente devem
destacar: nome do aluno, nome do autor, nome livro, nome da história, quem
leu o livro e por fim, ilustrar a história. O contato com o livro proporciona à
criança a oportunidade de conhecer diferentes histórias infantis, contos e
fábulas.

5. CRONOGRAMA

O que fazer? Quando Fazer? Datas: Responsáveis:


Escolher livros 1 semana Adriana
Confecção da maleta 2 dias Adriana
Escolher livro 1 dia Crianças
Organizar a maleta 1 dia Professora
Realizar a leitura Até 1 semana Criança/família
Completar a ficha de Criança/família
Até 1 semana
interpretação de leitura
Comentários sobre Após completar ficha de Criança
livro interpretação

O projeto foi desenvolvido nos meses de abril e maio de 2023


6. RECURSOS NECESSÁRIOS
Livros de histórias
Pastas poliondas com alça
Ficha de interpretação da história
Lápis de cor

7. RESULTADOS ESPERADOS
Levando a “Maleta Viajante” para casa, a criança exercitará alguns
valores, como por exemplo, a responsabilidade de zelar por aquele material
que está sob seus cuidados e o compromisso de levá-los de volta para a
escola em perfeito estado.
Desperta no leitor a criatividade, imaginação, humor, dramatização e
fantasia. Através da leitura o aluno enriquece seu vocabulário e amplia as
habilidades de escrita. Quando a criança se propõe a fazer a leitura junto com
sua família, ela transmite informação aos ouvintes, tem a oportunidade de
mostrar para os pais o resultado de seu trabalho na escola e tem o prazer de
desfrutar de um momento agradável ao lado de seus familiares.

8. REFERÊNCIAS
NOVA Escola. A revista de quem educa. Edição Especial LEITURA. Abril:
2008. BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. São Paulo:
Ática, 1988.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler em três artigos que se completam.
23a Ed. São Paulo: Cortez,1989
BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. 7. Ed. São Paulo:
Editora Ática, 2002.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler em três artigos que se completam.
23ª Ed. São Paulo: Cortez, 1989.
FREIRE, Paulo. Ensinar, aprender: leitura do mundo, leitura da palavra. In:
Carta de Paulo Freire aos professores. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
40142001000200013&gt. Acesso em: 27 de março 2021.
GOLDEMBERG, Miriam. A arte de pesquisar: como fazer pesquisas em
ciências sociais e pedagogia. 4ºed. Rio de Janeiro, 2000.
NOVA Escola. A revista de quem educa. Edição Especial – LEITURA. Abril:
2008.
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística. 2ª ed. São Paulo:
Scipione,1994
SILVA, Ana Araújo. Literatura para Bebês. Pátio, São Paulo, n.25, p. 57-
59, Fev/Abr, 2003.
PRADO, Maria Dinorah Luz do. O livro infantil e a formação do leitor.
Petrópolis: Vozes, 1996. 76 p.

RELATÓRIO FINAL DO PROJETO DE INTERVENÇÃO

É de grande importância proporcionar momentos de leitura e de grande


relevância para o desenvolvimento das crianças desde pequenas através de
propostas pedagógicas voltadas para a leitura que vão tornar-se grandes
leitores. Essa rotina diária de levar a Mala Viajante oportuniza o
desenvolvimento da criança como leitura que exige essa continuidade,
regularidade e condições para aquisição do hábito de leitura. A partir do
desenvolvimento desse trabalho com Mala temos certeza de que cada vez
mais os alunos fazem questão de levar outros livros para casa, ou seja,
perceber que o prazer pela leitura foi desenvolvido. Dessa forma podemos
enfatizar ainda mais a importância do fazer pedagógico e da oportunidade para
o aprendizado, da relação escola e família e dos valores e saberes a serem
construídos , pois a criança tem a responsabilidade de cuidar dos materiais da
mala ( livro, caixa de lápis de cor, borracha, lápis de escrever, apontador) que
são emprestados e que devem devolver no outro dia para outro colega levar,
favorecendo a incorporação dos estudantes ao mundo letrado, garantindo,
assim, a efetivação da função social e cultural que a leitura possui.
Devemos fortalecer o trabalho de leitura desde a educação infantil com
práticas pedagógicas variadas e criativas que possam despertar nas crianças o
interesse e o prazer pela leitura colaborando desta forma para construir uma
sociedade letrada e verdadeiramente crítica, pensante, formar leitores que
sabem ler e compreender e não alfabeto funcionais.
FOTOS

You might also like