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Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Faculdade de Medicina
Processo Seletivo Simplificado para contratação de Professor Substituto
Edital Nº 01/2024
Área: Ciências da Saúde / Saúde Mental e Saúde Coletiva

DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÕES
UTILIZADAS EM PSIQUIATRIA E SAÚDE
MENTAL

Candidata: Liliany Mara Silva Carvalho

Diamantina - 2024
NA AULA ANTERIOR

• Entrevista e anamnese em
Saúde Mental;
• Estrutura e conteúdo da
anamnese psiquiátrica;
• Itens de uma avaliação
psiquiátrica;
NA AULA ANTERIOR

• Semiologia e anamnese psiquiátrica: Segue em


linhas gerais, o roteiro da anamnese em medicina;
• Exame psíquico, também chamado de exame do
estado mental, exame psiquiátrico, ou exame
mental;
• Súmula psicopatológica: aparência, atitude,
consciência, atenção, sensopercepção, memória,
fala e linguagem, pensamento, inteligência,
imaginação, conação, psicomotricidade,
pragmatismo, humor e afetividade, orientação,
consciência do eu, prospecção, consciência de
morbidade.
NA AULA ANTERIOR

RENNO; CAMPOS, 2014; Google imagens


OBJETIVO

GERAL ESPECIFICOS

Ø Compreender sobre os Ø Refletir sobre os principais objetivos de


princípios científicos na um diagnóstico e como ele interfere na
realização do Diagnóstico e condução do tratamento;
Classificação em Psiquiatria e
Ø Compreender sobre as etapas do
Saúde Mental.
diagnóstico;

Ø Conhecer os principais sistemas de


classificação em psiquiatria.
COMO SE PORTAR

• Estudante: futuro profissional


• Postura profissional com seriedade e atenção
• Gentiliza e delicadeza, SEMPRE!
• Calma, organização e competência
• Desenvolvendo as habilidades necessárias: estudo de caso;
treino por repetição; prática supervisionada; prática em
pessoas saudáveis
Dica: treinem entre os próprios
colegas por meio de simulação e em
pacientes
DIAGNÓSTICO EM PSIQUIATRIA E
SAÚDE MENTAL
VALOR E LIMITES DO DIAGNÓSTICO EM
SAÚDE MENTAL

O diagnóstico em saúde mental O diagnóstico em saúde mental


não tem valor algum, pois cada sustenta que seu valor e seu lugar
pessoa é uma realidade única e são absolutamente semelhantes aos
inclassificável. O diagnóstico apenas do diagnóstico nas outras áreas e
serviria para rotular as pessoas especialidades médicas. O
diferentes, excêntricas, permitindo e diagnóstico nessa visão é o
legitimando o poder médico, o elemento principal e mais
controle social sobre o indivíduo importante da prática psiquiátrica.
desadaptado ou questionador.

DALGALARRONDO, 2019
DIAGNÓSTICO EM SAÚDE MENTAL

SILVA FILHO, 1991


DIAGNÓSTICO EM SAÚDE MENTAL

“Apesar de ser absolutamente “Sem o diagnóstico, haveria apenas


imprescindível considerar os “De modo geral, pode-se a descrição de aspectos
aspectos pessoais, singulares de afirmar que o diagnóstico só é unicamente individuais, que,
cada indivíduo, sem um útil e válido se for visto como embora de interesse humano, são
diagnóstico psicopatológico algo mais que simplesmente ainda insuficientes para o
aprofundado não se pode nem rotular o paciente”. desenvolvimento científico da
compreender adequadamente o psicopatologia”.
paciente e seu sofrimento, nem
escolher o tipo de estratégia
terapêutica mais apropriada.”

DALGALARRONDO, 2019
DIAGNÓSTICO - DEFINIÇÃO

A palavra diagnóstico tem origem grega: significa conhecer


(ou perceber); distinguir ou reconhecer.

Diagnóstico Constitui condições relacionadas a desconforto, dor,


incapacitação ou morte, mas que só vão ser consideradas
doenças em função de muitos fatores (sociais,
econômicos, biológicos, etc).

Doença Já doença vem do latim dolentia, e significa dor, sofrimento. As


doenças são conceitos, constructos.
FINALIDADES PRINCIPAIS DO
DIAGNÓSTICO

Comunicação – permitir uma


linguagem comum – e previsão

Favorece investigação científica e


fundamenta as medidas
terapêuticas e preventivas
BARROS, 2016; DALGALARRONDO, 2019
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIAGNÓSTICO
PSICOPATOLÓGICO

2. O diagnóstico
1. O diagnóstico de um psicopatológico, com exceção 3. De modo geral, não existem
transtorno psiquiátrico é quase sinais ou sintomas
dos quadros psico-orgânicos,
sempre baseado específicos de determinado
não é baseado em
preponderantemente nos transtorno mental, ou seja, não
mecanismos etiológicos
dados clínicos há sintomas patognomônicos
supostos pelo avaliador.

4. O diagnóstico 6. Confiabilidade e validade


psicopatológico é, em inúmeros 5.Várias dimensões clínicas e do diagnóstico em
psicossociais devem ser
casos, apenas possível com a psicopatologia. Indicador de
incluídas para uma formulação
observação do curso do reprodutibilidade do
diagnóstica completa
transtorno diagnóstico

DALGALARRONDO, 2019
CLASSIFICAÇÕES UTILIZADAS EM
PSIQUIATRIA E SAÚDE MENTAL
PERCURSO HISTÓRICO DA
CATEGORIZAÇÃO EM SAÚDE MENTAL

Sex XIX, inicia-se uma nova forma de compreender e lidar com as doenças mentais.
Os delírios, alucinações, atos violentos deixam de ser o foco da atenção e busca-se
elaborar classificações de comportamentos e condutas da vida do sujeito.

Início do Sec XX surge a ideia de substituir uma classificação sintomática por uma
classificação etiológica das doenças mentais, pois somente com a determinação
das causas poderia ser elaborado um sistema classificatório de patologias e
terapêutica adequada.

Emil Kraepelin inicia a sistematização da psicopatologia descritiva, que consolidou


a propensão nosológica. No período de 30 anos houve oito edições do seu
Manual de Psiquiatria, com o objetivo de criar classificações com patologias
psiquiátricas.
MARTINHAGO; CAPONI 2019
FINALIDADES DA CATEGORIZAÇÃO

Classificar pra que?:

Obter
Consenso Terapêuticas
informações Acadêmicas
terminológico
estatísticas

Administrativas Legais Financeiras


CLASSIFICAÇÃO ESTATÍSTICA
INTERNACIONAL DE DOENÇAS (CID)

Classificação Estatística
Internacional de Doenças e É mais frequente na prática
Problemas Relacionados com a clínica nos Estados Unidos da
Saúde. América e em pesquisa. A
maioria dos outros países
Frequentemente designada pela utilizam o DSM.
sigla CID.
CLASSIFICAÇÃO ESTATÍSTICA
INTERNACIONAL DE DOENÇAS (CID 10)

OMS, 1993
MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DOS
TRANSTORNOS MENTAIS
DSM 1

1950
• Baseado na necessidade de organizar sistemas diagnósticos, de modo
que houvesse uma padronização nas categorias de doenças, a Sociedade
Americana de Psiquiatria (APA) produziu o seu primeiro rascunho
1952
• DSM foi publicado
• Marcou o início da moderna classificação das doenças mentais
• 106 diagnósticos preliminarmente caracterizados como reações
psicopatológicas, sociais e fatores biológicos
• Contando com 130 páginas
COMENTÁRIOS SOBRE O DSM I

Ø Enfoque predominantemente psicanalítico, salientando a oposição entre neurose e psicose;


Ø A reformulação psicopatológica estava baseada na racionalidade diagnóstica centrada em tipos de
reação e no pressuposto sintético da história de vida e das moções determinantes das doenças
mentais;
Ø Contrário à noção de processo e divisões proposta por Kraepelin, levando mais em conta a
história de vida do paciente e as oscilações das doenças mentais;
Ø O primeiro grupo voltava-se desde a ansiedade até a depressão. Já o segundo grupo demarcava
as alucinações e delírios somados à perda significativa da realidade.
MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DOS
TRANSTORNOS MENTAIS
DSM 1I

1968
• Publicação do DSM II
• Listou 182 distúrbios
• Contando com 134 páginas
• Bastante similar ao DSM I, com a diferença de que o termo reação foi
abandonado.
1974
• Sétima edição do DSM II
• Não está mais listado homossexualidade como uma categoria de
desordem. O diagnóstico foi substituído com a categoria “distúrbio de
orientação sexual”.
COMENTÁRIOS SOBRE O DSM II

Ø Nesta edição, desaparece a noção de “reação” e há uma alteração terminológica originando a


oposição entre neuroses e desordens de personalidade;
Ø Mantém-se o conceito de “neurose”, o que demonstra o predomínio da psiquiatria
psicodinâmica;
Ø Esta versão do DSM não agradou a comunidades científica, pois a tentativa de confluir com a
CID 8 deixou a desejar em muitos aspectos, como por exemplo, no que tange à terminologia
esquizofrenia.
MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DOS
TRANSTORNOS MENTAIS
DSM III

1980
• Publicação do DSM III
• Listou 265 categorias diagnósticas
• Contando com 494 páginas
• A visão psicodinâmica ou psicofisiológica foi abandonada,
surgindo um modelo regulatório / legislativo
• Um novo sistema multiaxial tentou produzir um quadro
mais aberto a um censo populacional estatístico, em vez
de apenas um simples diagnóstico
MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DOS
TRANSTORNOS MENTAIS
DSM 1II-TR

1987
• Publicado uma nova versão do DSM III-TR
• As categorias foram renomeadas, reorganizadas e foram feitas
mudanças significativas nos critérios
• Seis categorias foram deletadas enquanto outros foram aderidas.
• “Distúrbios de orientação sexual” foi removido e foi incluído
sob a nomenclatura “transtorno sexual sem outra especificação”
• Listou 292 categorias diagnósticas
• Contando com 567 páginas
COMENTÁRIOS SOBRE O DSM III

Ø Pesquisas demonstraram diferenças significativas entre os diagnósticos psiquiátricos dos Estados Unidos
e dos países europeus;
Ø Na década de 1970, a confusão de línguas na psiquiatria era enorme, foi quando a APA adotou os
critérios da medicina baseada em evidências, considerado como uma revolução científica;
Ø Estabelecia-se assim a divisão bem definida do que eram os problemas do cotidiano e o que era de fato
a doença mental. Agrupamento de sintomas e supressão de histórias de vida, das narrativas dos
pacientes, das causas psicológicas e sociais que possivelmente causaram sofrimento psíquico.
Ø Grupo de psiquiatras americanos, autodenominados neokraepelianos que, fundamentados nos novos
avanços científicos, apresentavam estudos populacionais, bancos de dados quantitativos, descobertas da
neurologia, anatomopatologia cerebral e da genética para constituir o DSM III.
COMENTÁRIOS SOBRE O DSM III

Ø Sob a ótica descritivo-terminológica inaugura-se um sistema preciso de diagnóstico e suporte para a


pesquisa empírico-experimental;
Ø Com base em considerações descritivas, as classificações psicopatológicas passaram a ser definidas
como síndromes, houve abandono do enfoque psicodinâmico e prevaleceu o biomédico para
averiguar a diferença entre o normal e o anormal;
Ø Posição ateórica, objetiva e supostamente neutro, lógica de causalidade multifatorial. As
perspectivas psicodinâmicas fisiológicas foram substituídas pelo método classificatório “multiaxial”;
Ø Eliminação do termo neurose. Posicionamento e rompimento com a psicanálise. Conceito considerado
vago e não científico.
Ø Mudança no estilo de entrevistar, passando do insight para o modo descritivo, orientado pelo
sintoma, partindo-se do pressuposto de que os distúrbios psiquiátricos se manifestam por meio de um
conjunto peculiar de sinais e sintomas, com curso previsível e resposta a um tratamento específico.
MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DOS
TRANSTORNOS MENTAIS
DSM IV

1984
• Publicação do DSM IV
• Listou 297 desordens
• Contando com 886 páginas
• Foi a maior mudança de versões prévias com a inclusão de
critérios clínicos significativos para quase metade de todas as
categorias, cujos sintomas necessários causam "sofrimento
clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social,
ocupacional ou em outras áreas importantes do funcionamento”
• Alguns diagnósticos de transtorno de personalidade foram
excluídos ou movidos para o apêndice
MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO
DOS TRANSTORNOS MENTAIS
DSM IV-TR

2000
• Revisão de texto do DSM IV-TR
• Categorias diagnósticas e uma vasta maioria de critérios específicos para
diagnósticos permaneceram inalterados
• Seções de texto que fornecem informações extras sobre cada diagnóstico
foram atualizadas, assim como alguns dos códigos de diagnóstico
COMENTÁRIOS SOBRE O DSM IV E IV-TR

Ø Recebeu muitas críticas, em suma, as mudanças levaram à dificuldades do uso em consultórios de


Atenção Primária e centros de pesquisa, o que demandava a criação de um Manual específico para o uso
dessas instituições;
Ø Uso imprudente e excessivo por advogados e administradores, com interpretações equivocadas, devido
a partes do Manual consideradas ambíguas e imprecisas;
Ø Autores julgam os critérios diagnósticos do DSM-IV-TR são extensos e difíceis de lembrar.
MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DOS
TRANSTORNOS MENTAIS
DSM 5

2013
• Publicação do DSM 5
• Listou mais de 300 diagnósticos
• Contando com 947 páginas
• Organizado em três seções:
üI apresenta as orientações para o uso clínico e forense;
üII descreve os critérios e códigos diagnósticos dos transtornos;
üIII estão os instrumentos para avaliação dos sintomas, critérios
sobre a formulação cultural dos transtornos de personalidade e
descrição das condições clínicas para estudos posteriores.
DSM 5

1999 • Fase 1: Pré-planejamento livro branco (pesquisa do número de tópicos)


2007

2004 • Fase 2: Refinamento da agenda de pesquisa


2007

2006 • Presidentes e membros de grupos de trabalho são nomeados e anunciados para constituição do DSM-5
2008

• Formulação das propostas de critério, incluindo a realização de extensas revisões da literatura, a


2008 realização de análises de dados secundários e a solicitação de feedback de colegas e profissionais
2010
DSM 5

2010 • Trilhas de campo e coleta de dados


2012

• Rascunhos finais de textos


2012

• Apresentação de propostas de DSM ao conselho de curadores da APA; feedback e revisão final;


aprovação final pelo Conselho de Curadores da APA; Submissão para a Publicação Psiquiátrica
2012 Americana.

• Lançamento do DSM V
2013
COMENTÁRIOS SOBRE O DSM 5

Ø Com o avanço das pesquisas em neurociência e a necessidade de otimização dos critérios diagnósticos, o DSM-5
traz importantes mudanças no modo de classificar, catalogar e diagnosticar as doenças mentais em relação às
versões anteriores;
Ø Mudança do sistema de classificação multiaxial para dimensional, a fim de melhor abordar os sintomas como um
continuum de intensidade, e a elaboração de critérios com maior especificidade para reduzir os diagnósticos sem
outra especificação;
Ø Na avaliação de especialistas, a abordagem dimensional de alguns transtornos mentais e o reconhecimento de que
os limites entre eles são mais permeáveis do que se percebia anteriormente representam avanços importantes;
Ø Embora alguns transtornos possam exibir limites bem-definidos, demarcando grupos de sintomas, a evidência
científica recente já demonstrava que vários deles faziam parte de um espectro e apresentavam sintomas, fatores de
risco ambientais e genéticos e possivelmente substratos neuronais compartilhados.
EXEMPLO DA MUDANÇA DE
CLASSIFIC AÇÃO MULTIAXIAL PARA
DIMENSIONAL

Eliminado como um

Síndrome de Asperger
transtorno separado

Fundido em transtornos
do espectro autista

Classificarão a gravidade
da apresentação do
TEA

Graduação variada em
grave, moderada ou leve
COMENTÁRIOS SOBRE O DSM 5

Ø Os capítulos foram organizados de modo que consideraram mais o ciclo de vida, em relação às edições anteriores,
ou seja, no início do Manual estão os quadros clínicos que se manifestam nas primeiras fases do desenvolvimento,
como os transtornos de desenvolvimento; na parte central, estão os transtornos que geralmente aparecem na
adolescência e na vida adulta, como os transtornos de ansiedade, depressão ou do espectro da esquizofrenia; no
final, estão os transtornos neurocognitivos, relacionados à velhice.;
Ø Traz uma lista de questões sociais que passam a ser consideradas como patologia, como por exemplo: problemas de
relacionamento, negligência ou abuso parental, situações de falta de domicílio, exposição a desastres, exposição a
terrorismo, não aderência a tratamento médico, entre outros.
PRINCIPAIS MUDANÇAS DO DSM IV
PARA O DSM 5 (FUSÃO)

Fusão do transtorno do Não mais constituindo


espectro autista, transtorno de transtornos distintos, os
asperger e transtorno global sintomas relacionados a esses
do desenvolvimento no transtornos representam um
Transtorno do Espectro contínuo com intensidade que
Autista (TEA) vão de leve a grave

Separação do Transtorno Transtorno Bipolar foi


Bipolar dos Transtornos inserido entre os capítulos do
Depressivos. Anteriormente, Transtorno do Espectro da
ambos eram agrupados com o Esquizofrenia e Transtornos
título de Transtornos do Depressivos.
Humor.
PRINCIPAIS MUDANÇAS DO DSM IV
PARA O DSM V (FUSÃO)

Transtorno de Pânico e
Agorofobia foram separados
Os pacientes com Transtorno como diagnósticos
Bipolar tipo 2 também não são
independentes, reconhecendo a
mais considerados portadores
existência de casos em que a
de uma condição mais leve que
Agorofobia ocorre sem a
os do tipo 1. presença de sintomas de
pânico.

Nos Transtornos Bipolares, um


Observou-se que o ataque de episódio hipomaníano / maníaco
pânico pode ocorrer como que surge durante o tratamento
comorbidade em outros com antidepressivo passa a ser
transtornos mentais, além da considerado suficiente para
ansiedade. caracterizar episódio de
bipolaridade
PRINCIPAIS MUDANÇAS DO DSM IV
PARA O DSM V (FUSÃO)

Foram substituídas, por exemplo, as


categorias de Abuso de Substâncias
Categorias diagnósticas foram e Dependência de Substância por
excluídas. uma nova e mais abrangente,
chamada Transtornos por Uso de
Substâncias.

Anteriormente “dependência” era


facilmente confundida com “adição”. O DSM 5 abandonou a visão da
Sendo que tolerância e abstinência esquizofrenia em subtipos: paranoide,
que previamente definiam desorganizada, catatônica
dependência são, na verdade, indiferenciada e residual. Os subtipos
respostas normais a medicamentos não refletiam diferenças quanto ao
prescritos que afetam o SNC e não curso da doença ou resposta ao
indicam necessariamente a presença tratamento.
de uma adição.
CRÍTICAS

v Validade e confiabilidade
v Sintomas superficiais
v Linhas divisórias
v Viés cultural
v Medicalização e conflitos de interesse
v Políticas controversas
v Rotular indivíduos causando estigmas sociais ou discriminação
DSM COMPARADO

DSM Diagnósticos Páginas


DSM-I 106 130
DSM-II 182 134
DSM-III 265 494
DSM-III-R 292 567
DSM-IV 297 886
DSM-IV-TR 297 936
DSM-5 300 947
APLICAÇÃO PRÁTICA
DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO E
CLASSIFICAÇÕES UTILIZADAS EM
PSIQUIATRIA E SAÚDE MENTAL
VAMOS COLOCAR EM PRÁTICA O
QUE APRENDEMOS...

• Discussão de caso clínico:


• Vocês em 04 grupos deverão
levantar as queixas apresentadas
pelo paciente do caso, bem como
os sinais e sintomas relatados e
observados no caso clinico.
NA PRÓXIMA AULA

• Na próxima aula vamos treinar as habilidades


e manuseio com o DSM 5
• Vamos discutir o caso clínico proposto hoje
• Em duplas cada um irá executar um caso
simulado recebido num Pronto Atendimento.
Proponham diagnóstico e classificação
por meio de entrevista e anamnese
psiquiátrica.
REFERÊNCIAS

Fotos: Google slide


ZUADI, Antônio Waldo; LOUREIRO, Sônia Regina. Semiologia psiquiátrica; Medicina, Ribeirão Preto, v. 29, p.44-53, 1196.
RENNO, Cibele Siqueira Nascimento; CAMPOS, Claudinei José Gomes; Comunicação interpessoal: valorização pelo paciente oncológico em uma unidade de alta
complexidade em oncologia; REME rev. Min. Enferm.; v. 18, n. 1, p. 106-115, 2014.
DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. 3º ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. 505p.
SILVA FILHO, J. F.; O diagnóstico e a clínica psiquiátrica. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, Rio de Janeiro, v. 40, n. 1, p. 27-29, 1991.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10: Descrições e clínicas e diretrizes
diagnósticas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.
BARROS, A. L. B. L., et al. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 2º ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. 440p.
MARTINHAGO, Fernanda; CAPONI, Sandra. Breve história das classificações em psiquiatria. Revista Interdisciplinar INTERthesis. Florianópolis, v. 16, n. 01,
p. 74-91, 2019.
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5 Porto Alegre: Artmed, 2014.
BARNHILL, John W. Casos clínicos do DSM-5 [recurso eletrônico] / John W. Barnhill; tradução: Régis Pizzato; revisão técnica: Gustavo Schestatky. – Porto
Alegre : Artmed, 2015.

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