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MANUAL DE DIRETRIZES

METODOLÓGICAS
ACU – ABSOULUTE
CHRISTIAN UNIVERSITY
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 6
1 TRABALHOS ACADÊMICOS 7
1.1 TESE 7
1.2 DISSERTAÇÃO 7
1.3 TRABALHOS DE PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU E GRADUAÇÃO Erro!
Indicador não definido.
1.3.1 Monografia Erro! Indicador não definido.
1.3.2 Relatório Erro! Indicador não definido.
1.3.3 Artigo 8
1.3.4 Plano de Negócios Erro! Indicador não definido.
1.3.5 Planejamento Estratégico Erro! Indicador não definido.
2.1 RESUMO 9
2.2 ESQUEMA 10
2.3 ELABORAÇÃO DE FICHAS 10
2.3.1 Ficha-Resumo 11
2.3.2 Ficha de Citação 12
2.3.3 Ficha Analítica 12
2.4 RESENHA 12
2.5 PAPER 13
3 PROJETO DE PESQUISA 15
3.1 APRESENTAÇÃO DO OBJETO DE PESQUISA 15
3.1.1 Delimitação do Tema 16
3.1.2 Definição do Problema 17
3.1.3 Justificativa 17
3.1.4 Objetivos 18
3.2 REFERENCIAL TEÓRICO 19
3.3 METODOLOGIA 20
3.4 TIPOS DE PESQUISA 20
3.4.1 Pesquisa qualitativa e pesquisa quantitativa 23
3.4.1 CRONOGRAMA 24
3.5 ORÇAMENTO 25
3.6 REFERÊNCIAS 25
4 ESTRUTURA DOS TRABALHOS ACADÊMICOS (NBR 14724:2011) 26
4.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 27
4.1.1 Capa Erro! Indicador não definido.
4.1.2 Lombada Erro! Indicador não definido.
4.1.4 Ficha Catalográfica Erro! Indicador não definido.
4.1.5 Errata Erro! Indicador não definido.
4.1.6 Folha de Aprovação Erro! Indicador não definido.
4.1.7 Dedicatória Erro! Indicador não definido.
4.1.8 Agradecimentos Erro! Indicador não definido.
4.1.9 Epígrafe Erro! Indicador não definido.
4.1.10 Resumo na Língua Vernácula (NBR 6028:2003) Erro! Indicador não
definido.
4.1.11 Abstract 37
4.1.12 Lista de Ilustrações 37
4.1.13 Lista de Tabelas 37
4.1.14 Lista de Abreviaturas 37
4.1.15 Lista de Siglas 37
4.1.16 Sumário 38
4.2 ELEMENTOS TEXTUAIS 39
4.2.1 Introdução 39
4.2.2 Desenvolvimento 39
4.2.2.1 Considerações Finais 40
4.3 PÓS-TEXTUAIS 40
4.3.1 Referências (NBR 6023:2002) 40
4.3.2 Glossário 40
4.3.3 Apêndice 41
4.3.4 Anexo 41
5 FORMATAÇÃO DOS TRABALHOS ACADÊMICOS 41
5.1 PAPEL, TAMANHO DE FONTE E COR DE FONTE 41
5.2 MARGEM 42
5.3 ESPAÇAMENTOS E PARÁGRAFOS 42
5.4 PAGINAÇÃO 42
5.5 INDICATIVOS DE SEÇÃO 43
5.6 TÍTULOS SEM INDICATIVO NUMÉRICO 43
5.7 ELEMENTOS SEM TÍTULO E SEM INDICATIVO NUMÉRICO 43
5.8 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA 44
5.9 SIGLAS 44
5.10 EQUAÇÕES E FÓRMULAS 44
5.11 ILUSTRAÇÕES 45
5.12 TABELAS E QUADROS 45
5.13 CITAÇÕES 46
5.13. 1 Regras Gerais 47
5.13.2 Tipologia das Citações e Formas de Apresentação no Texto 50
5.14 NOTAS DE RODAPÉ 53
5.14.1 Notas Explicativas 54
5.14.2 Notas de Referência 54
6 REFERÊNCIAS 55
6.1 MODELOS DE REFERÊNCIAS Erro! Indicador não definido.
5

LISTAS DE QUADROS

Quadro 1 - Estrutura do Artigo


Quadro 2 - Estrutura do Plano de Negócios
Quadro 3 - Estrutura do Planejamento Estratégico
Quadro 4 - Estrutura do Projeto de Pesquisa
Quadro 5 - Verbos Utilizados na Construção de Objetivos
Quadro 6 - Modelo de Cronograma
Quadro 7- Modelo de Orçamento
Quadro 8 - Estrutura de Trabalho Acadêmico
Quadro 9 - Elementos da Capa
Quadro 10 - Elementos da Lombada
Quadro 11 - Elementos da folha de Rosto
Quadro 12 - Expressões Latinas
6

APRESENTAÇÃO

A Instituição de Ensino Superior (IES) tem por objetivo a sistematização e


operacionalização do processo ensino-aprendizagem por meio do ensino, a
pesquisa/educação investigativa e extensão, elementos indissociáveis na construção
do conhecimento.

Para que esses elementos possam caminhar articulados de modo a


consolidar o trabalho acadêmico da graduação ao doutorado, foi elaborado um
instrumento que proporcione a sistematização da linguagem científica e acadêmica.
As Diretrizes Metodológicas da ACU - ABSOLUTE CHRISTIAN UNIVERSITY é
resultado de amplas discussões pautadas nas Normas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), atualizadas de acordo com as NBRs abaixo elencadas:

⮚ NBR 14724:2011 – Informação e documentação: Trabalhos acadêmicos:


⮚ Apresentação;
⮚ NBR 12225:2004 – Informação e documentação: Lombada: Apresentação;
⮚ NBR 6024:2012 – Informação e documentação: Numeração progressiva das
⮚ seções de um documento escrito: Apresentação;
⮚ NBR 6027:2012 – Informação e documentação: Sumário: Apresentação;
⮚ NBR 6034:2004 – Informação e documentação: Índice: Apresentação;
⮚ NBR 6028:2002 – Informação e documentação: Resumo: Apresentação;
⮚ NBR 6023:2002 – Informação e documentação: Referências: Elaboração;
⮚ NBR 10520:2002 - Informação e documentação: Citações em documentos:
Documentação.

Este documento surge com a finalidade de maximizar o crescimento


intelectual de nossa comunidade acadêmica na orientação e reorientação de toda a
nossa produção científica.

Este instrumento aborda conteúdos significativos para orientar o acadêmico


na sua práxis, ou seja, organizar e sistematizar a teoria/prática. Esperamos que,
com a referida Diretrizes Metodológicas da ABSOLUTE CHRISTIAN UNIVERSITY,
nossos acadêmicos e docentes possam normalizar suas investigações científicas e
apresentação escrita, contribuindo para a produção e padronização desses
trabalhos.
7

1 TRABALHOS ACADÊMICOS

Ao final de um curso de nível superior, conforme a habilitação, deve-se


apresentar um trabalho de pesquisa. Na Pós-Graduação Stricto Sensu, ou seja,
Mestrado e Doutorado, esses trabalhos são classificados, respectivamente, como
Dissertação e Tese.

1.1 DISSERTAÇÃO

É um trabalho escrito, sob os ditames de um “trabalho científico”. A


dissertação apresenta-se para julgamento da qualidade. A apresentação implica no
depósito do texto ao programa, apresentada a uma banca examinadora de forma
oral e pública, composta pelo orientador (Doutor) e mais dois professores doutores,
dos quais um de outra instituição de ensino. Aprovado, o acadêmico receberá o
título de Mestre. A quantidade de laudas exigidas são xx. Salientando que, para a
Parte Textual, a exigência é de xx laudas.

1.2 TESE

É uma proposição enunciada e sustentada perante uma banca examinadora


para obtenção do grau de Doutor. É o resultado de um trabalho experimental ou de
um estudo científico de um tema inédito e bem delimitado. Formalmente, a tese é
um trabalho escrito, elaborado pelo aluno sob a orientação de um professor doutor,
apresentado sempre no final do curso. A apresentação implica no depósito do texto
da tese no programa, na escolha de uma banca examinadora composta pelo
professor orientador e por mais quatro professores doutores, dos quais dois serão
de outra instituição, implica na defesa oral e pública do candidato perante a banca
examinadora. Aprovado, o acadêmico receberá o título de doutor. Para a Tese, A
quantidade de laudas exigidas são xx. Salientando que, para a Parte Textual, a
exigência é de xx laudas.
8

1.3 ARTIGO

Trabalho técnico-científico, escrito por um ou mais autores, com a finalidade


de divulgar a síntese analítica de estudos e resultados de pesquisas (BEUREN,
2006). Este deve ser um meio rápido e sucinto de divulgar e tornar conhecidos, por
meio de sua publicação em periódicos especializados, a dúvida investigada, o
referencial utilizado, os resultados (preliminares/finais) e dificuldades no processo
investigativo.
A estrutura do artigo segue a NBR 6022:2003, é formada de elementos pré-
textuais, textuais e pós-textuais, conforme quadro 1, organizados numa sequência
contínua. Em se tratando de Artigo, a quantidade de laudas fica a critério do
Periódico Científico no qual a pesquisa será publicada. Em todo caso, ressaltamos
que, em linhas gerais, do Título às Referências, são exigidas comumente entre 15 a
20 laudas.
Segue uma estrutura sugestiva da distribuição do conteúdo do artigo,
disposto no Quadro 1:

QUADRO 1 – ESTRUTURA DO ARTIGO

ORDEM DOS ELEMENTOS OBS


1 PRÉ TEXTUAL
Título, Subtítulo (se houver) Obrigatório
Nome(s) do(s) Autor(es) Obrigatório
Resumo em Língua Vernácula Obrigatório
Palavras-Chave em Língua Vernácula Obrigatório
Abstract Opcional
Keywords Opcional
2 TEXTUAL
Introdução Obrigatório
Desenvolvimento Obrigatório
Considerações Finais Obrigatório
3 PÓS-TEXTUAL
Referências Obrigatório
9

Apêndices Opcional
Anexos Opcional

2 OUTROS TRABALHOS ACADÊMICOS

2.1 RESUMO

O resumo é a condensação de um texto (livro, artigo). Apresentação concisa


dos pontos relevantes de um documento. É o procedimento de condensar as idéias
(indicativo), e objetivos da obra, metodologia, conclusões (informativo). O resumo
também é exigido nas normas de publicação de artigos em revistas e eventos
científicos.
Ruiz (1991) recomenda que, ao elaborar um resumo atente-se para as
seguintes observações:

a) Não resumir antes de levantar o esquema e preparar as anotações de leitura;

b) Ao redigir um resumo use frases breves, objetivas, acrescentando referências


bibliográficas e observações de caráter pessoal, se necessário.

Nesse sentido, o resumo compõe-se das seguintes fases:

a) ler e reler o texto procurando entendê-lo a fundo;

b) procurar a ideias-tópico de cada parágrafo;

c) relacionar e ordenar as ideias dos parágrafos, parágrafo por parágrafo;

d) escrever a síntese formando frases com todas as ideias principais;

e) confrontar a síntese com o original para nada de importante omitir;

f) redigir, finalmente, com bom estilo e com as próprias palavras.

Em torno da proposta de estudar corretamente um texto, de elaborar um


esquema ou um resumo, é necessário que o estudante saiba levantar os elementos
relevantes de um texto, necessários a sua aprendizagem.
10

O resumo pode ser elaborado pelo acadêmico como técnica de estudo, a fim
de registrar sua compreensão sobre determinado tema; como trabalho acadêmico,
conforme objetivo do docente que o solicitou; e como parte da documentação
primária específica, como: artigos, relatórios, teses, monografias, atas de
congressos e patentes; bem como de documentação secundária (catálogos,
prospectos, entre outros.) e bases de dados bibliográficos.
Quanto à extensão, com base na norma, adota-se os seguintes limites:

a) em teses, dissertações , monografias e relatórios técnico-científicos, de 150 a


500 palavras;

b) em artigos de periódicos, de 100 a 250 palavras;

c) em indicações breves (pôster, por exemplo), de 50 a 100 palavras;

d) como trabalho acadêmico, 10% do texto original ou a critério do professor,


que pode definir a quantidade de laudas.

2.2 ESQUEMA

Consiste na representação gráfica da síntese das principais ideias do tema


de um texto ou artigo, ordenando as ideias em divisões e subdivisões integradas,
dando uma informação visual e imediata do texto original. O esquema poderá ser
construído empregando-se: chaves, colchetes, círculos, entre outros; é pessoal e é
muito útil na exposição de trabalhos acadêmicos.

O esquema apresenta as seguintes características:

a) fidelidade ao original;

b) estrutura lógica;

c) flexibilidade e funcionalidade (numa olhada pode-se ter a ideia clara do


conteúdo)

2.3 ELABORAÇÃO DE FICHAS


11

Geralmente, no meio acadêmico, a elaboração de fichas é designada pelo


termo “fichamento” e consiste no apontamento, após a leitura, de elementos
necessários na construção do conhecimento científico. Entre outros objetivos, a
elaboração de fichas de leitura atende: identificação das obras consultadas, registro
do conteúdo das obras (ideias fundamentais, secundárias, hipóteses, conceitos e
conclusões), comentários sobre o conteúdo da leitura e registro da ordenação do
pensamento do autor.
Fichar é transcrever anotações em fichas, para fins de estudo ou pesquisa.
Os dados bibliográficos devem ser registrados em fichas documentais ou em
arquivos (pastas) na memória do computador, distinguindo-se os mais significativos.
Essa técnica é de fundamental importância para transpor do apontamento
para a redação de TGIs e TCCs. A forma de elaboração de fichas de leitura fica a
cargo do leitor, ou seja, da forma que lhe for mais conveniente, ou conforme
indicação do professor-orientador.
O acadêmico pode realizar esse tipo de trabalho usando as fichas
tradicionais (feitas de cartolina e disponíveis em papelarias) ou coletar informações
em um banco de dados, independente do tipo de fichamento de seu interesse.
(SANTOS; NORO-NHA, 2005).
Na literatura sobre metodologia de trabalho acadêmico, as nomenclaturas
para os tipos de fichas divergem, mantendo-se, no entanto, sua finalidade.
O fichamento é o registro sintético e documentado das ideias e/ou
informações mais importantes de uma obra. Há dois aspectos que devem ser
observados nos apontamentos. Em primeiro lugar, a precisão, ou seja, não deve
haver dúvidas sobre o significado exato do apontamento; em segundo lugar, é
fundamental exatidão nas informações, isto é, todos os dados necessários para
voltar à fonte original devem ser indicados claramente. Nesta Diretrizes
Metodológicas , seguimos as indicações de Oliveira (2003) e Santos e Noronha
(2005) os quais sugerem os seguintes tipos: ficha-resumo, ficha de citação e ficha
analítica.

2.3.1 Ficha-Resumo

É a que contém uma paráfrase de uma obra, capítulo ou trecho de livros,


12

enciclopédias, revistas. É a transcrição das ideias do autor com palavras próprias,


ou seja, o acadêmico “deve expressar a capacidade de síntese, de tal modo que
possam ficar em destaque conceitos fundamentais do texto.” (OLIVEIRA, 2003,
p.90).

2.3.2 Ficha de Citação

É que a contém a transcrição fiel, a cópia de trechos ou frases da obra


consultada. Normalmente citam - se as frases mestras, porque estas expressam a
ideia central do texto ou do parágrafo. Neste caso, trata-se da citação chamada
textual ou formal, caracterizada no texto, dentre outros meios, pelo uso das aspas.

2.3.3 Ficha Analítica

Em uma só ficha apresenta-se comentários, análises, críticas, anotações


pessoais sugeridas pela leitura, além da transcrição de trechos da obra que
considere relevantes. Como passo preparatório para a redação de TGIs ou TCCs,
esta ficha tem especial importância, porque, ao fazê-la, o leitor exercita a reflexão e
registra as próprias impressões a respeito do tema em estudo.

2.4 RESENHA

Segundo a NBR 6028:2003, a resenha é o mesmo que resumo crítico ou


recensão. Segundo Medeiros (2003, p. 158), a resenha é:
(...) um relato minucioso das propriedades de um objeto ou de suas partes
constitutivas; é um tipo de redação técnica que inclui variadas modalidades de
textos: descrição, narração e dissertação. Estruturalmente, descreve as
propriedades das obras (descrição física da obra), relata as credenciais do autor,
resume a obra, apresenta suas conclusões e metodologia empregada, bem como
expõe um quadro de referências em que o autor se apoiou (narração) e, finalmente,
apresenta uma avaliação da obra e diz a quem a obra se destina (dissertação).
Sendo de cunho crítico, o procedimento para a resenha é semelhante ao
executado na elaboração do resumo, acrescido de uma crítica. Não se deve, porém,
13

criticar algo desconhecido por nós. O procedimento inicial de quem se propõe a


criticar é estudar, analisar e conhecer bem aquilo sobre o que vai falar ou escrever.
Escrever uma resenha não é difícil, porém requer atenção do aluno no
exercício de compreensão e crítica. O hábito de leitura diária de jornais e revistas,
além de bons livros, é fundamental à criação de ideias. Inclusive porque alguns
desses periódicos costumam apresentar resenhas de obras literárias e outras, o que
nos pode proporcionar uma boa noção sobre esse tipo trabalho.
A estrutura básica de uma resenha contém os seguintes elementos:

a) Referência bibliográfica: autor, título da obra, número da edição, local de


publicação, editora, ano e número de páginas;
b) Credenciais da autoria: breve apresentação do(a) autor(a) ou autores, em
especial quanto ao seu currículo profissional (nacionalidade, áreas de
atuação, publicações, formação acadêmica, títulos que possui ... );
c) Resumo da obra: expor sobre o assunto da resenha, como ele é tratado,
metodologia ou estruturação da obra e suas ideias básicas. Não se exige que
o texto do resumo da obra possua apenas um parágrafo;
d) Conclusões do autor: expor com clareza os resultados alcançados pelo autor
da obra ou texto resenhado;
e) Quadro de referência do autor: se observado esse aspecto, informar qual
teoria serve de apoio às idéias do autor da obra;
f) Apreciação crítica do resenhista: o estilo do autor é objetivo, conciso? As
idéias são originais, claras e coerentes? O autor é idealista? Realista?
g) Indicações da obra: informar a que público se destina a obra ou a quem ela
pode ser útil, como, por exemplo, alunos de determinados cursos,
professores, pesquisadores, especialistas, técnicos ou público em geral. Em
que curso pode ser adotada?

2.5 PAPER

É uma invenção do meio acadêmico, ainda não regulado pela ABNT, não
existindo, por isso, um consenso entre os autores quanto ao conceito, tipologia,
tratamento do conteúdo, estrutura e número de páginas. (FINCATO, 2007).
No meio acadêmico, paper vem sendo empregado com um sentido genérico; pode
14

referir-se não só a comunicação científica, mas também a texto de um simpósio,


mesa redonda e mesmo a um artigo científico. (MEDEIROS, 2003, p. 255).
Para Andrade (1995, p. 68), paper “é texto escrito de uma comunicação oral.
Pode apresentar o resumo ou o conteúdo integral da comunicação e tem por
objetivo sua publicação nas atas ou anais do evento em que foi apresentada” (sic).
Para Roth apud Medeiros (2003, p.253) paper é um documento que se
baseia em pesquisa bibliográfica e em descobertas pessoais. Se o autor apenas
compilou informações sem fazer avaliações ou interpretações sobre elas, o produto
de seu trabalho será um relatório.Os objetivos da redação de um paper são:
estimular, no acadêmico, a atividade científica e contribuir para o desenvolvimento
do senso crítico entre outros.
Dentre as tipologias encontradas na literatura, para a graduação, o uso do
short paper que consiste na discussão de apenas uma ideia sobre um aspecto da
realidade observada.
Em no mínimo três e no máximo cinco laudas, pede-se ao acadêmico que
ele proponha e desenvolva um argumento, ou seja, que ele foque uma questão que
será elaborada ao longo do trabalho. A formulação do argumento central pode se
dar a partir da leitura exploratória, reflexiva e interpretativa e/ou observada da
realidade de forma interpretativa e crítica. Um short paper não é, portanto, um
resumo do texto original, mas sim um posicionamento pessoal de quem o escreve
em relação ao tema proposto.
O Short Paper contém os seguintes elementos:
a) dados de identificação nomeando universidade, curso, turma, professor,
acadêmico(a) e data de entrega – todos no cabeçalho da folha;
b) título;
c) introdução na qual deve constar o objetivo, esclarecendo qual é o alvo que se
pretende alcançar, contextualização do assunto e/ou ponto destacado pelo
autor;
d) desenvolvimento, discussão, análise ou descrição do assunto em foco. O
aluno deve fundamentar seu ponto de vista. O posicionamento não pode ficar
no achismo!
e) notas conclusivas, no último parágrafo, o autor deve apresentar as principais
posições assumidas no transcorrer do trabalho;
15

f) bibliografia, identificada quando no Short Paper for citada fonte que se


encontra em livros, jornais, artigos, folhetos acadêmicos, etc. A referência
deve seguir as normas da ABNT.
É importante observar que a introdução, desenvolvimento e conclusão são
componentes de um único texto, não sendo, portanto, separadas em subtítulos.
Quando o paper apresentar em seu foco central a interpretação de um componente
social ou empresarial específico, vivenciada pelo acadêmico, será necessário citar o
local ou espaço a que se refere o fenômeno.

3 PROJETO DE PESQUISA

Os trabalhos acadêmicos necessitam ser planejado com rigor, caso contrário


o investigador, em determinada altura, encontrar-se-á perdido num emaranhado de
dados, sem saber como dispor dos mesmos.
Em uma pesquisa nada se faz ao acaso. Desde a escolha do título, tema,
definição dos objetivos, da metodologia, da coleta dos dados, da análise e
interpretação para a elaboração do relatório final, tudo é previsto no projeto de
pesquisa.
Fazer um projeto de pesquisa é traçar um caminho eficaz que conduza ao
fim que se pretende atingir. É um todo, constituído por partes a que chamaremos
cada uma delas, de plano: o plano será, portanto, uma parte do projeto (RUDIO,
2003).
O título do trabalho, por sua vez, deve relacionar-se diretamente com o
assunto sobre o qual discorre. O título pode ser geral, destacando genericamente o
teor do trabalho, e o subtítulo, que indica a temática abordada.
Na estrutura do projeto de pesquisa não existe um consenso entre os
estudiosos, na realidade o que existe é uma convergência de ideias que torna essa
estrutura muito semelhante entre os vários modelos existentes, muitas vezes
mudando os verbetes e até mesmo a sequência estabelecida pela ABNT.

3.1 APRESENTAÇÃO DO OBJETO DE PESQUISA

Nessa parte do projeto, o acadêmico construirá um texto em tópicos,


apresentando a delimitação do tema, a definição do problema, hipótese (se houver,
16

a indicação), a justificativa e os objetivos.


De acordo com Teixeira (2000), escolher um tema é, provavelmente, uma
das coisas mais difíceis para um pesquisador iniciante. Pesquisadores experientes
costumam desenvolver técnicas de documentação do trabalho científico que lhes
permitem não só extrair de seus arquivos tais temas como trabalhá-los
concomitantemente.
Mas um estudante de graduação geralmente não acumulou o volume de
informações necessário para tal empreendimento. Um bom começo, portanto, é
conhecer o que outros já fizeram, visitando bibliotecas onde seja possível encontrar
monografias de conclusão de curso, dissertações de mestrado e teses de doutorado.
Tais trabalhos podem servir como fonte de inspiração, além de familiarizar o aluno
com os aspectos formais, teóricos e metodológicos do trabalho científico.

3.1.1 Delimitação do Tema

Quanto à delimitação, significa definir os limites da pesquisa, no que toca ao


espaço em que será desenvolvida a pesquisa (Ex.: Utilização de escória de
siderúrgica na fabricação do concreto em Ribas do Rio Pardo-MS); ao período
histórico a que se refere a investigação (Ex.: década de setenta; de 1987 a 1999,
ano 2000 etc.) e as delimitações do próprio tema (Ex.: Partindo-se de Direito
Administrativo, indica-se a parte de Administração Pública, dentro dela Uso e Abuso
de poder, etc.). É importante frisar que esses limites devem ser definidos a partir de
uma revisão de literatura na qual são localizados os estudos já realizados sobre o
assunto, permitindo que o pesquisador possa perceber as lacunas, aspectos que
podem ser melhorados, reestruturados, para propor novas questões e problemas.
(MALHEIROS, 2000, p. 4).
O tema é o assunto, aquilo de que trata a pesquisa. É o aspecto mais
genérico do assunto dentro da área do conhecimento. Um bom tema deve possuir
fontes para coleta de dados e consulta, portanto, ser viável. Além disso, deve ser
relevante, original e oportuno.
Nessa parte do projeto, o acadêmico construirá um texto que responda as
seguintes questões da pesquisa: qual o tema? o contexto?, o que será feito? (ex.:
análise, proposta, reflexão...), apresenta o período de estudo do objeto de pesquisa?
17

e o local de estudo do objeto de pesquisa?


Contextualizar significa “abordar o tema de forma a identificar a situação ou
o contexto no qual o problema será inserido. Essa é uma forma de introduzir o leitor
no tema em que se encontra o problema, permitindo uma visualização situacional da
questão”. (OLIVEIRA, 2002, p. 169).

3.1.2 Definição do Problema

“A pesquisa científica começa pelo problema. [...] E problema é dúvida, é


dificuldade, é quebra-cabeça, é curiosidade, é mistério, é assombro”. Essas palavras
de Salomon (1997, p.196) revelam a importância de defini-lo adequadamente para o
projeto de pesquisa. O problema é uma questão não resolvida, algo para o qual vai
se buscar uma resposta, por meio da pesquisa.
A formulação do problema envolve dois aspectos: de um lado, a lógica da
formulação e de outro, a delimitação do problema. É importante que esclareça
dificuldade com a qual se defronta o pesquisador e que ele pretende resolver por
meio da pesquisa.
Einstein costumava dizer que a formulação de um problema é mais
importante que a sua solução. Para Ackoff (1974), o sucesso estaria em encontrar a
solução certa para o problema certo.
A definição do problema é feita na forma de uma frase interrogativa. Assim,
torna-se fator primordial que haja possibilidade de responder às perguntas ao longo
da pesquisa. Da mesma forma, aconselha-se elaborar uma só pergunta.
Exemplos:
De que forma o desenvolvimento sustentável acarreta o uso racional dos
recursos naturais?
Como é realizada a pesquisa científica nos cursos de direito na cidade de
Boa
vista?
Quais as causas determinantes para o rompimento do sigilo bancário de
agentes públicos?

3.1.3 Justificativa
18

Consiste em um texto em que o aluno-pesquisador discorrerá sobre as


razões de ordem teórica e dos motivos de ordem prática (pessoal/profissional, de
ordem institucional e social) que tornam importante a realização da pesquisa.
Justificar um projeto de pesquisa consiste em demonstrar ao leitor a
necessidade e a importância da efetivação desse trabalho de pesquisa. Deve-se
destacar a relevância social, humana, operativa, contemporânea e científica,
especificando sua viabilidade e utilidade, isto é, as contribuições que a pesquisa
pode trazer.
A justificativa deve apresentar respostas à questão por quê? Algumas
perguntas que podem ajudar a responder esta questão: Qual a importância desse
problema? É um tema atual? Qual a contribuição que o estudo traz para a
sociedade? Existem outros projetos semelhantes sendo desenvolvidos nessa região
ou nessa temática? Qual a possível relação e atividades semelhantes ou
complementares entre 26 Diretrizes Metodológicas da Estácio Atual – Faculdade
Estácio da Amazônia eles e o projeto proposto? Quais os benefícios econômicos,
sociais e ambientais a serem alcançados pela comunidade e os resultados para a
região?

3.1.4 Objetivos

Os objetivos de uma pesquisa respondem à questão para quê? São


expressos com o uso de verbo no infinitivo, seguido do conteúdo.
O objetivo geral relaciona-se com a visão global do tema e com os
procedimentos práticos. É uma frase que expressa uma ação, sendo, portanto,
decorrente do resultado que se pretende em função da pesquisa. É atingido a longo
prazo.
Exemplos:
Analisar os fatores que determinam o índice de evasão nas escolas rurais
do município de Boa Vista-RR.
Os objetivos específicos correspondem às ações que o aluno-pesquisador
se propõe executar para alcançar o objetivo geral. Também podem ser chamados de
resultados esperados e devem se realizar até o final do projeto.
Exemplo:
Compreender as relações políticas e sociais e econômicas relacionadas à
19

evasão escolar.
Identificar o perfil socioeconômico das famílias situadas na zona rural do
município de Boa Vista.
Descrever as relações família x escola dos moradores da zona rural do
município de Boa Vista.
Discutir as relações entre as condições socioeconômica da sociedade e os
resultados eleitorais.
No quadro 3, apresentam-se alguns verbos para elaboração de objetivos.

QUADRO 2 - VERBOS UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO DE OBJETIVOS

AVALIAÇÃO SÍNTESE ANÁLISE APLICAÇÃO COMPREENSÃO CONHECIMENTO


Ajuizar Armar Analisar Aplicar Descrever Apontar
Apreciar Articular Calcular Demonstrar Discutir Arrolar
Avaliar Compor Classificar Dramatizar Esclarecer Definir
Eliminar Constituir Comparar Empregar Examinar Enunciar
Escolher Coordenar Contrastar Ilustrar Explicar Inscrever

Estimar Criar Criticar Interpretar Expressar Marcar


Julgar Debater Debater Inventariar Identificar Recordar
Ordenar Reunir Diferenciar Manipular Localizar Registrar
Preferir Formula Distinguir Praticar Narrar Relatar
Selecionar Organizar Examinar Traçar Reafirmar Repetir
Taxar Planejar Provar Usar Sublinhar Sublinhar
Validar Prestar Investigar Transcrever Nomear
Valorizar Propor Experimentar Esquematizar

3.2 REFERENCIAL TEÓRICO

Nessa parte do projeto, apresentam-se os fundamentos teóricos da


pesquisa, os conceitos, os paradigmas empregados na construção do objeto da
pesquisa. Também pode ser chamada de revisão bibliográfica, revisão teórica,
fundamentação bibliográfica, revisão de literatura, dentre outras nomenclaturas.
É construído a partir das pesquisas bibliográficas já realizadas,
fundamenta a reflexão e a argumentação do pesquisador. Este item deve conter o
20

enfoque teórico que norteará toda a discussão do objeto da pesquisa e deve estar
relacionado com o problema e os objetivos da pesquisa.

3.3 METODOLOGIA

É a descrição detalhada do procedimento a ser adotado para a


realização da pesquisa. Deve apresentar o(s) tipo(s) de pesquisa; ferramentas
(instrumentos de coleta de dados); definição de amostra/universo, bem como o tipo
de tratamento adotado nas análises dos dados coletados.
De acordo com a natureza do objeto da pesquisa, o aluno-pesquisador
definirá a forma de abordagem a ser empregada para análise dos dados. Quando os
dados permitirem um tratamento estatístico, deverá trabalhá-los numa perspectiva
quantitativa; quando isso não for possível, recorrerá à abordagem qualitativa. Vale
lembrar que há a possibilidade de desenvolver uma análise quali- quantitativa.
No que se refere aos objetivos, a pesquisa pode ser: exploratória, quando a
finalidade é aproximar o pesquisador do objeto; descritiva, quando tem por fim
descrever o fenômeno; e explicativa, quando pretende explicar o fenômeno. Em
relação aos procedimentos técnicos, os tipos mais comuns de pesquisa são: de
campo; bibliográfica; documental; experimental, estudo de caso, dentre outras.
A abordagem de análise deve estar aliada as técnicas de pesquisa. Essas
são os instrumentos específicos que auxiliam o pesquisador a alcançar os objetivos
almejados. As técnicas mais comuns são: questionários (instrumento de coleta de
dados que dispensa a presença do pesquisador); formulários (instrumento de coleta
de dados com a presença do pesquisador); entrevistas (estruturada ou não
estruturada); levantamentos documentais; observações (participante ou não
participante); dentre outras.

3.4 TIPOS DE PESQUISA

Boa parte dos autores de Metodologia Científica correlaciona a pesquisa de


acordo com o procedimento empregado, que perpassa por três tipos de pesquisa: a
pesquisa bibliográfica, a pesquisa descritiva e a pesquisa experimental.
a) Pesquisa Bibliográfica
A pesquisa bibliográfica tem como alvo desvendar um problema a partir de
21

referenciais teóricos correlacionados à área específica da temática a ser trabalhada


e também pode ser realizada como parte da pesquisa descritiva ou experimental. É
o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros,
revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral.
Fornece instrumental analítico para qualquer outro tipo de pesquisa, mas também
pode esgotar-se em si mesma.
b) Pesquisa Descritiva
A pesquisa descritiva emprega a observação, a análise e convergência de
fatos ou fenômenos que circundam sobre o objeto de pesquisa. Este tipo de
pesquisa não se propõe a apresentar soluções, apenas descreve fatos e fenômenos
tal como são observados pelo pesquisador. Tal proposição não diz respeito à
possibilidade de não poder receber interpretações, mas somente que a contribuição
que se deseja dar é no sentido de promover uma análise rigorosa de seu objeto
para, com isso, penetrar em sua natureza (pesquisa quantitativa) ou para
dimensionar sua extensão (pesquisa qualitativa) (MEZZAROBA; MONTEIRO, 2017).
c) Estudo de caso:
É a pesquisa sobre um determinado indivíduo, família, grupo ou comunidade
que seja representativo do seu universo, para examinar aspectos variados de sua
vida. Tem caráter de profundidade e detalhamento. é o circunscrito a uma ou poucas
unidades, entendidas essas como uma pessoa, uma família, um produto, uma
empresa, um órgão público, uma comunidade ou mesmo um país.
d) Pesquisa documental: são investigados documentos a fim de se poder
descrever e comparar usos e costumes, tendências, diferenças e outras
características. Estuda a realidade presente, e não o passado, como ocorre com a
pesquisa histórica. Assim, podemos afirmar que a pesquisa descritiva,
independentemente de suas formas, trabalha sobre aqueles dados ou fatos colhidos
na própria realidade onde são observados/identificados. Por isso, a coleta e o
registro de dados, “[...] não constituem, por si sós, uma pesquisa, mas sim técnicas
específicas para a consecução dos objetivos da pesquisa” (CERVO; BERVIAN,
2002, p.68). De acordo com Gil (2008), a pesquisa documental guarda estreitas
semelhanças com a pesquisa bibliográfica. A principal diferença entre as duas é a
natureza das fontes: na pesquisa bibliográfica os assuntos abordados recebem
contribuições de diversos autores; na pesquisa documental, os materiais utilizados
22

geralmente não receberam ainda uma tratamento analítico (por exemplo,


documentos conservados em arquivos de órgãos público e privados: cartas
pessoais, fotografias, filmes, gravações, diários, memorandos, ofícios, atas de
reunião, boletins etc).
e) Pesquisa Experimental ou de campo. Tem o objetivo de identificar a relação
entre as causas e efeitos que ocorrem sobre um determinado fenômeno, por meio
“[...] da criação de situações de controle” (CERVO; BERVIAN, 2002, p.68). Segundo
os autores CERVO e BERVIAN (2002, p. 68). A pesquisa de campo procede à
observação de fatos e fenômenos exatamente como ocorrem no real, à coleta de
dados referentes aos mesmos e, finalmente, à análise e interpretação desses dados,
com base numa fundamentação teórica consistente, objetivando compreender e
explicar o problema pesquisado. Ciência e áreas de estudo, como a Antropologia,
Sociologia, Psicologia, Economia, História, Arquitetura, Pedagogia, Política e outras,
usam frequentemente a pesquisa de campo para o estudo de indivíduos, grupos,
comunidades, instituições, com o objetivo de compreender os mais diferentes
aspectos de uma determinada realidade.
f) Enquanto a pesquisa descritiva procura classificar, explicar e interpretar os
fenômenos que ocorrem, a pesquisa experimental pretende dizer de que modo ou
por que causas o fenômeno é produzido. Além disso, é possível mencionar que a
pesquisa experimental não se resume às pesquisas que são realizadas em
laboratório, assim como a pesquisa descritiva não está relacionada apenas com a
pesquisa de campo, ou seja, deve-se esclarecer que os termos de campo e de
laboratório indicam apenas o contexto onde se realizam. Uma pesquisa pode ser
experimental tanto no contexto de campo quanto de laboratório. O mesmo acontece
com a descritiva. Pode-se dizer que, no contexto de laboratório, realizam-se mais
pesquisas de natureza experimental.
Recomenda-se que o acadêmico ao escolher a pesquisa descritiva ou
experimental para reforçar a discussão do problema e a comprovação da (s)
hipótese (s) não o faça de maneira aleatória, mas com conhecimento acerca dos
procedimentos a serem realizados e sob a orientação de seus orientadores, para
que possam realizar quando necessário, as tarefas de coleta de dados de maneira
correta e segura. Melhor dizendo, a coleta de dados em campo só pode se realizar
depois de cumpridas algumas das etapas do Projeto de Pesquisa, ou seja, a escolha
23

do tema, a delimitação, a formulação do problema, da hipótese e revisão


bibliográfica exploratória ou preliminar. Em suma, se realizará na etapa posterior à
realização do Projeto, da pesquisa em si mesma.
g) Pesquisa-ação: A pesquisa-ação objetiva o processo de investigação
alicerçada em uma análise reflexiva de caráter coletivo. A Pesquisa-ação pressupõe
a colaboração entre o pesquisador e os pesquisados. É um tipo particular de
pesquisa participante que supõe intervenção participativa na realidade social.
h) Na contemporaneidade, pesquisas em educação têm utilizado com frequência
esta metodologia. O Grupo Focal diz respeito a um tipo de pesquisa baseado em
entrevistas e exposições orais dos entrevistados. O método do grupo focal permite
aos interlocutores se expressarem acerca das questões envolvidas no tópicos da
entrevista. Este aporte metodológico permite subentender as motivações e a
extensão das visões e experiências sobre o foco criado pelos próprios integrantes,
permitindo, pela análise realizada, determinar certos núcleos de significação. A
constituição do Grupo Focal se faz com os sujeitos da pesquisa em questão, além
de um moderador.

3.4.1 Pesquisa qualitativa e pesquisa quantitativa

Outra categoria da pesquisa científica é a qualitativa e a quantitativa.


Severino (2007, p. 119) sustenta que quando se fala em pesquisa quantitativa ou
qualitativa, apesar da liberdade de linguagem consagrada pelo uso acadêmico, não
se está referindo a uma modalidade de metodologia em particular . Daí ser preferível
falar-se de abordagem quantitativa e abordagem qualitativa. Por pesquisa qualitativa
entende-se aquela que trabalha com dados da realidade que não podem ser
quantificados, operando mediante a compreensão, a interpretação e o tratamento de
dados sobre a essência ou natureza do objeto de pesquisa.
É uma pesquisa de natureza subjetiva. A pesquisa quantitativa trabalha com
a linguagem da matemática para descrever um determinado fenômeno. É uma
pesquisa de natureza objetiva que produz dados numéricos e sintetiza-os em
tabelas, gráficos, etc. Esta abordagem pesquisa não é adequada ao campo do
Direito, sem embargo pode conciliar com a qualitativa; neste caso, teremos a
pesquisa quali-quanti, uma abordagem mais aprofundada, na qual o pesquisador se
utilizará das duas abordagens.
24

3.4.1 CRONOGRAMA

É uma representação gráfica das atividades que serão desenvolvidas ao


longo do tempo. Na elaboração do cronograma é importante considerar o tempo
disponível para o depósito do trabalho acadêmico no setor competente. É em função
dessa variável que será construído o sucesso do seu trabalho. (Quadro 6).
QUADRO 4 – MODELO DE CRONOGRAMA (podendo ser ajustado)
ATIVIDADES MESES
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
1Q 2Q 1Q 2Q 1Q 2Q 1Q 2Q 1Q 2Q 1Q 2Q
Revisão do Cronograma com o professor-orientador.
Reavaliar e discutir o projeto com o professor-orientador.
Reavaliar os instrumentos de coleta de dados.

Levantamento de literatura pertinente ao tema.

Reunião com o professor orientador.

Estudar as Diretrizes Metodológicas da IES.

Aplicação do Questionário.
Aplicação da Entrevista.

Digitação da Monografia.

Construção dos Elementos Pré-Textuais.

Construção do Resumo e Introdução.

Construção do Capítulo 1.

Construção do Capítulo 2.

Construção do Capítulo 3.

Tabulação dos Dados Coletados.

Construção da Metodologia.

Construção das Análises de Dados.

Construção das Considerações Finais.


25

Construção dos elementos Pós-Textuais – Referências, Anexos e Apêndices.

Finalização da Monografia.

Correção Ortográfica.
Correção Metodológica.

Correção Final.

Encadernação da Monografia.

Entrega da Monografia.

Preparação dos Slides.

Reunião da Equipe e Treinamento.


Apresentação Oral da Monografia à Banca.

Correções sugeridas pela Banca.

Entrega da Monografia em Capa Dura à Coord. de TCC

3.5 ORÇAMENTO

É uma planilha na qual se projeta os custos das despesas necessárias para


a execução da pesquisa, conforme quadro 5.

QUADRO 5 – MODELO DE ORÇAMENTO

ORDEM DISCRIMINAÇÃO QUANTIDADE UNIDADE CUSTOS


Valor Unitário Valor Total
(R$) (R$)
1
2
3
4
5
TOTAL

3.6 REFERÊNCIAS

Apresentam a indicação do material bibliográfico citado no corpo do projeto,


26

que certamente será enriquecido no momento da elaboração do trabalho acadêmico,


em função de novas consultas bibliográficas. As referências devem ser feitas de
acordo com as normas da ABNT (NBR 6023:2002), descritas no capítulo 6.

OBSERVAÇÕES FINAIS : PARA A FORMATAÇÃO DA DISSERTAÇÃO


DE MESTRADO, DEVE-SE SEGUIR A ESTRUTUTA DE PROJETO,
DISSERTAÇÃO E TESE DE DOUTORADO JÁ DEFINIDAS SEPARADAMENTE (
O ORIENTADOR E O ALUNO DEVEM OBECER O MODELO DA ABSOLUTE
CHRISTIAN UNIVERSITY JÁ ESTABELECIDO).

4 ESTRUTURA DOS TRABALHOS ACADÊMICOS (NBR 14724:2011)

Os trabalhos acadêmicos científicos (tese, dissertação, monografia, TGI)


devem apresentar: Elementos pré-textuais, elementos textuais e os elementos pós-
textuais. Há que se pontuar, primeiramente, que o trabalho deve ser escrito em folha
de formato A4, com orientação retrato, e margens superior e esquerda de 3,0
cm e direita e inferior de 2,0 cm.
Sua estrutura deve obedecer à NBR 14724:2011.

4.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

4.1.1 Capa

⮚ Consiste na primeira folha do trabalho (Figura 1). É um elemento pré-textual


obrigatório e deve conter os seguintes itens:
• Nome do Curso, em caixa alta e centralizado, fonte Arial ou Times New
Roman, tamanho 14.
• O espaçamento deve ser 1,5 (um e meio) entre os dois nomes.
• O Nome completo do autor deve ser escrito em caixa alta, negrito e
Centralizado, fonte tamanho 14.
• O Título do trabalho deve ser escrito em caixa alta, em negrito, centralizado e
fonte tamanho 16. Caso haja subtítulo, deve ser precedido de dois pontos,
centralizado e sem negrito.
• O Local (cidade) e a Data (ano da entrega) devem ser escritos em caixa alta,
27

sem negrito e centralizado, fonte tamanho 14.

FIGURA 1: Modelo de capa das Pesquisas Stricto Sensu (Mestrado e


Doutorado)
28

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
MESTRADO EM (preencher conforme o Stricto Sensu)

NOME DO AUTOR

TÍTULO DA PESQUISA: se houver subtítulo, em letra


minúscula

FLÓRIDA/EUA
2021
29

4.1.2 Folha de Rosto/Segunda Capa


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
⮚DOUTORADO
É um elementoEM
pré-textual obrigatório
(preencher (Figura
conforme o 2) e deve
Stricto conter os seguintes
Sensu)
itens:
• Nome do Curso, em caixa alta e centralizado, fonte Arial ou Times New
Roman, tamanho 14. Percebe-se que a Folha de Rosto é, na verdade a Capa
do Trabalho, todavia, sem a arte inclusa na Capa proposta pela Absoulute
Christian University, cujo intento, foi justamente atribuir mais estética à nossa
apresentação do Trabalho de Pesquisa.
NOME DO ALUNO
• O espaçamento deve ser 1,5 (um e meio) entre os dois nomes.
• O Nome completo do autor deve ser escrito em caixa alta, negrito e
Centralizado, fonte tamanho 14.
• O Título do trabalho deve ser escrito em caixa alta, em negrito, centralizado e
fonte tamanho 16. Caso haja subtítulo, deve ser precedido de dois pontos,
centralizado e sem negrito.
TÍTULO DA PESQUISA
• O Local (cidade) e a Data (ano da entrega) devem ser escritos em caixa alta,
sem negrito e centralizado, fonte tamanho 14.

FLÓRIDA/EUA

2020

Figura 2: Modelo da segunda Capa


30

4.1.3 Folha de Rosto


⮚ Também é um elemento pré-textual obrigatório (Figura 3) e deve conter os
seguintes itens:
31

• Nome do Curso, em caixa alta e centralizado, fonte Arial ou Times New


Roman, tamanho 14.

• O Nome completo do autor deve ser escrito em caixa alta, negrito e


Centralizado, fonte tamanho 14.

• O Título do trabalho deve ser escrito em caixa alta, em negrito, centralizado e


fonte tamanho 16. Caso haja subtítulo, deve ser precedido de dois pontos,
centralizado e sem negrito.

• A nota explicativa deve informar o tipo do trabalho (dissertação ou tese), a


Instituição em que foi apresentado; o grau pretendido e o nome completo do
orientador do trabalho. A nota explicativa deve vir alinhada do centro até a
margem direita da página, entre o título do trabalho e o local. A mesma deve
ser escrita em fonte 12, justificado e com espaçamento simples. (Vide Figura
3). Deve vir também com recuo esquerdo de 8,0 cm.

• O Local (cidade) e a Data (ano da entrega) devem ser escritos em caixa alta,
sem negrito e centralizado.

Figura 3: Modelo da Folha de Rosto


32

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
DOUTORADO EM (preencher conforme o Stricto Sensu)

NOME DO ALUNO

TÍTULO DA PESQUISA

issertação apresentada ao
Programa de Mestrado
Internacional em Educação da
Absoulute Christian University como
requisito para obtenção do título de
Mestre em (área de ciência da
pesquisa).

rientador (a): Nome do orientador


(a).

FLÓRIDA/EUA

2021
4.1.4 Ficha Catalográfica
33

⮚ A ficha Catalográfica é um conjunto de dados que tem por finalidade fazer a


descrição da Pesquisa.
• A NBR 14724:2011 define que a Ficha Catalográfica deve preceder a
Folha de Aprovação, seja da Pós-Graduação Stricto Sensu Mestrado
ou Doutorado.
• Item obrigatório para trabalho de pós-graduação stricto sensu:
Dissertação e Tese. Deve-se sempre solicitar a uma bibliotecária que
realize essa tarefa (FURASTÉ, 2004). 3 Código de Catalogação
Anglo-Americana.
• A Fonte utilizada em toda a Ficha Catalográfica é com tamanho 10.
• OBS: a Ficha Catalográfica é produzida pela Secretaria Acadêmica da
Instituição.

Figura 4: Modelo de ficha Catalográfica da ACU Absoulute Christian University

SOBRENOME, Prenomes do autor (a)


1.1.1 4.1.5 Folha de Aprovação

4.1.5 Folha de Aprovação


34

⮚ Se constitui também como um componente obrigatório da parte Pré-textual da


Pesquisa.
⮚ É apresentada em folha própria e deve conter os seguintes itens:
⮚ Na parte superior, o nome do autor, em caixa alta, em negrito, centralizada e
com tamanho da fonte 14.
⮚ Mais ao centro da página, o título da pesquisa, em fonte 16, centralizada, em
negrito e em caixa alta. Lembrando sempre que, caso haja subtítulo, o
mesmo virá depois dos dois pontos do título (:), sem negrito e em caixa baixa.
⮚ Após esses elementos, alinhado à esquerda da página, virá o termo Aprovado
(a) em: adicione a data da aprovação pela Banca Examinadora.
⮚ Após esse elemento, ao centro da página, deverá ser enunciado a banca
examinadora, em caixa alta, negrito e centralizada (conforme figura 5).
⮚ Logo abaixo deverão vir os membros componentes da Banca Examinadora 1,
enunciando para cada membro, além do nome completo, a Instituição de
origem. Nesse ponto, como veremos na figura cinco, devera vir a demarcação
para a assinatura de todos os membros, a começar pelo orientador.

1
Tanto para defesas de Pós-graduação Stricto Sensu Mestrado ou Doutorado, os membros deverão
ter a titulação de Doutores ou Pós-doutores.
35

Figura 5: Folha de Aprovação

NOME COMPLETO DO AUTOR DA PESQUISA

TÍTULO DA PESQUISA: subtítulo, se houver

Aprovado (a) em:

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. (a) _____________________________________


Examinador 1 – Presidente da Banca
(Absoulute Christian University)

Prof. Dr.(a) _____________________________________


Examinador 2 - Membro interno
(Absoulute Christian University)

Prof. Dr. (a) _____________________________________


Examinador 3 - Membro externo
36

4.1.6 Dedicatória, Agradecimentos, Epígrafe

São itens opcionais, facultativos (sem obrigatoriedade). Recomenda-se que seus


textos sejam redigidos em Fonte 12, sem negrito, espaçamento simples e justificado.

Dedicatória é a folha onde o autor apresenta homenagem ou dedica alguma


expressão a alguém que contribuiu para a realização do trabalho. Geralmente, são
breves e constam no final da página, alinhadas à margem direita.

Os Agradecimentos são dirigidos àqueles que, ao longo da sua pesquisa, merecem,


em sua opinião, serem mencionados para agradecê-los pontualmente em suas
contribuições, ao longo da pesquisa.

A Epígrafe é uma citação direta, com recuo de 8 cm à esquerda, cujo conteúdo se


relaciona diretamente com o cerne do seu trabalho. Sempre lembrando que o autor
da epígrafe deve ser citado e a Epígrafe deve estar disposta entre aspas.

5. RESUMO

Deve ser redigido de forma a situar o leitor acerca da temática a ser trabalhada. Em
linhas gerais, a estrutura do Resumo deve ser a seguinte:
⮚ Situe o leitor acerca da temática, fazendo uma abordagem geral sobre o
assunto, para que o leitor já tenha uma visão holística das questões
norteadoras da pesquisa.
⮚ Exponha qual o objetivo da sua pesquisa (no resumo, apenas o objetivo
geral)
⮚ Descreva a metodologia a ser utilizada.
⮚ Finalize o Resumo com uma síntese das Considerações Finais.
⮚ O Texto deve ser escrito em fonte 12, com espaçamento simples e justificado.
⮚ O Resumo deve conter entre 250 a 300 palavras.
⮚ Descreva as palavras-chave. Devem ser de três a cinco palavras, separadas
por ponto.

De acordo com a NBR 6028:2003, “palavras-chave” é definida como as palavras que


37

representem a centralidade do conteúdo.

5.1 Abstract

O abstract é a versão do resumo para idioma de divulgação internacional,


com as mesmas características do resumo na língua vernácula, em folha separada,
também seguido das palavras mais representativas do conteúdo do trabalho, isto é,
palavras-chave, na língua escolhida.

5.2 Lista de Ilustrações

Sumário das ilustrações (tabelas, quadros, desenhos, gravuras, imagens,


esquemas, fluxograma, fotografias, gráficos, plantas, mapas, retratos, etc.) que
aparecem no texto, seguido de sua localização (número da página). Recomenda-se
a elaboração de uma lista para cada tipo de ilustração.

5.3 Lista de Tabelas

Sumário das tabelas que aparecem no texto, seguido de sua localização


(número da página).

5.4 Lista de Abreviaturas

Consiste na relação alfabética das abreviaturas utilizadas no texto, seguidas


de seu correspondente por extenso.
Entretanto, deve-se evitar ao máximo a utilização de abreviaturas. Caso
necessário, consulte normas e dicionários para verificar a forma correta para
abreviar as palavras. Ex.: Coordenador (Coord.), Editor (Ed.), Organizador (Org.),
etc. Ver a lista de abreviaturas desta DM.

5.5 Lista de Siglas

Consiste na relação alfabética das siglas utilizadas no texto, seguidas de seu


38

correspondente por extenso. Ver a lista de siglas desta DM.


Entretanto, deve-se evitar ao máximo a utilização de siglas. Caso
necessário, devem ser citadas no texto primeiramente por extenso, seguida da sigla
entre parênteses.
Ex.: Universidade Federal de Roraima (UFRR).

5.6 Sumário

O Sumário é meramente informativo enquanto que o Índice é explicativo. O


sumário, nos trabalhos acadêmicos da Estácio Atual, deve ser constituído por seção
primária, secundária e terciária.

Este item segue as orientações da NBR 6027:2012. A finalidade do Sumário


é dar uma visão geral do trabalho e facilitar a localização dos assuntos,
apresentando das seções primárias até as quinárias. O Sumário deve conter os
indicativos numéricos de cada seção, alinhados à esquerda, com os títulos das
seções alinhados pela margem do título do indicativo mais extenso e o algarismo
relativo à paginação, separados por uma linha pontilhada, todos alinhados à
esquerda. (FURASTÉ)

A enumeração dos capítulos, seções e partes que compõem o trabalho,


seguido de sua localização dentro do texto, deve ser empregada de forma
progressiva, limitada até a seção terciária. Utilizar somente algarismos arábicos e os
títulos devem ser destacados gradativamente, usando-se os recursos de negrito,
itálico ou grifo, caixa alta e caixa baixa. Devem ser digitados, alinhados à esquerda
da página. Uma seção primária deve ser separada de outra primária por meio de um
espacejamento simples. O espacejamento entre as linhas do Sumário deve ser
simples. Porém, entre uma seção e outra, deixa-se uma linha em branco.

Os destaques a serem dados serão os mesmos dados no decorrer do corpo


do trabalho, ou sejam:

a) seções primárias: CAIXA ALTA e NEGRITO;


b) seções secundárias: CAIXA ALTA;
c) seções terciárias: Caixa Baixa e Negrito;
d) seções quaternárias: Caixa Baixa, sem qualquer destaque;
e) seções quinárias: Caixa Baixa e Itálico.
39

Se houver a seção quaternária e quinárias, essas aparecem somente no


desenvolvimento do texto e não aparecem no sumário.

6. ELEMENTOS TEXTUAIS

6.1 Introdução

Deve conter o tema e se fazer uma contextualização de tudo que será


abordado no trabalho: delimitação do tema, definição do problema, justificativa,
objetivos, elementos para situar o trabalho.

6.2 Desenvolvimento

Compreende em um texto dividido em capítulos e subcapítulos no qual são


contextualizados todos os elementos pesquisados. Os capítulos devem ter uma
coerência entre si e devem estar relacionados com o objeto de estudo para não dar
a impressão que se trata de discussão dispersa. Os elementos fundamentais desse
item são: o referencial teórico, metodologia, análise dos dados/resultados.
O referencial teórico compõe-se da evolução do tema e ideias de diferentes
autores sobre o assunto. Deve conter citações diretas e/ou indiretas, com indicação
dos autores conforme norma NBR 10520:2002.
Ainda sobre o Referencial Teórico ou Aporte Teórico, é importante ressaltar
que é imprescindível o uso de Referências para dar sustentabilidade às afirmações e
postulações dispostas ao longo do aporte teórico. A credibilidade dos conceitos
enunciados só é validada a partir do uso de citações, sejam elas diretas ou indiretas.
Valendo destacar que, quanto mais citações indiretas, maior a categorização de
riqueza de leitura e, consequentemente, de escrita, por parte do leitor (a).
A metodologia deve estar disposta em seção própria e deve conter:
apresentação dos tipos de pesquisa utilizados quanto à forma de abordagem, aos
objetivos e aos procedimentos técnicos. Deve-se apresentar, também os
instrumentos utilizados para a coleta de dados: entrevista, questionário, observação,
experimentação e descrever a população pesquisada – características e
quantificação.
Na seção Análise e Discussão, os dados coletados por meio da pesquisa
bibliográfica e/ou documental e/ou de campo são discutidos e interpretados, com
40

bases nos conceitos apresentados pelos autores do Aporte Teórico. Após a


obtenção dos dados, é necessário proceder-se à seleção do que realmente vai
ser aproveitado no trabalho. A análise é realizada à luz do marco teórico, já
parcialmente desenvolvido nas fases anteriores, observando os dois tipos de análise
e de dados: os qualitativos e os quantitativos.
A análise consiste na organização e sumarização dos dados obtidos na
pesquisa, que fornecem respostas ao problema investigado. A interpretação, por sua
vez, tem o propósito de fazer a ligação das informações com outros conhecimentos
previamente obtidos, que devem ser separados em seus aspectos básicos e
submetidos a uma reflexão (GIL, 2006, p.185).

6.3 Considerações Finais

Discussão dos resultados obtidos na pesquisa, em que se verifica as


observações pessoais do autor. Poderá também apresentar sugestões de novas
linhas de estudo.
Este item não deve apresentar citações ou interpretações de outros autores.

7. PÓS-TEXTUAIS

7.1 Referências (NBR 6023:2002)

Referências é o conjunto de elementos que identificam as obras


efetivamente citadas ao longo do texto.
As referências devem ser apresentadas em ordem alfabética,
independentemente do suporte físico (livros, periódicos, publicações eletrônicas ou
materiais audiovisuais) alinhadas à esquerda, em espaço simples, e espaço duplo
entre elas.

7.2 Glossário

É a relação de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de


sentido obscuro, utilizadas no texto e acompanhadas das respectivas definições,
com o objetivo de esclarecer sobre o significado dos termos empregados no
trabalho.
41

7.3 Apêndice

Textos ou documentos elaborados pelo autor que servem de comprovação


de sua argumentação. Os apêndices são identificados por letras maiúsculas
consecutivas, travessão e seus títulos. Ver apêndices desta DM.
Exemplo:
APÊNDICE A – Questionário aplicado aos alunos
APÊNDICE B – Questionário aplicado aos professores

7.4 Anexo

Textos ou documentos não elaborados pelo autor que servem de


comprovação de sua argumentação. Os anexos são identificados por letras
maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos.

ANEXO A – Lei de Diretrizes e Bases


ANEXO B – Propaganda da Coca Cola 1964. 39 Diretrizes Metodológicas da Estácio
Atual – Faculdade Estácio da Amazônia

OBSERVAÇÕES FINAIS : PARA A FORMATAÇÃO DA DISSERTAÇÃO DE


MESTRADO, DEVE-SE SEGUIR A ESTRUTUTA DE PROJETO, DISSERTAÇÃO E
TESE DE DOUTORADO JÁ DEFINIDAS SEPARADAMENTE ( O ORENTADOR E
O ALUNO DEVEM OBECER, O MODELO DA ABSOLUTE CHRISTIAN
UNIVERSITY JÁ ESTABELECIDO)

8 FORMATAÇÃO DOS TRABALHOS ACADÊMICOS

8.1 PAPEL, TAMANHO DE FONTE E COR DE FONTE

Os textos devem ser digitados ou datilografados em cor preta, podendo


utilizar outras cores somente para as ilustrações. Se impresso, utilizar papel branco
ou reciclado, no formato A4 (21 cm × 29,7 cm).
Os elementos pré-textuais devem iniciar no anverso da folha, com exceção
dos dados internacionais de catalogação na publicação que devem vir no verso da
folha de rosto. Recomenda-se que os elementos textuais e pós-textuais sejam
digitados ou datilografados no anverso e verso das folhas.
42

Recomendamos a utilização das fontes: Arial ou Times New Roman.

8.2 MARGEM

Objetivando permitir uma boa visualização do texto, assim como reprodução


e encadernação corretas, as margens devem ser: para o anverso, esquerda e
superior de 3 cm e direita e inferior de 2 cm; para o verso, direita e superior de 3 cm
e esquerda e inferior de 2 cm.
Recomenda-se, quando digitado, a fonte tamanho 12 para todo o trabalho,
excetuando-se citações com mais de três linhas, notas de rodapé, paginação, dados
internacionais de catalogação na publicação, legendas e fontes das ilustrações e
das tabelas, que devem ser em tamanho menor e uniforme.

8.3 ESPAÇAMENTOS E PARÁGRAFOS

Todo texto deve ser digitado ou datilografado com espaçamento 1,5 entre as
linhas, excetuando-se as citações de mais de três linhas, notas de rodapé,
referências, legendas das ilustrações e das tabelas, natureza (tipo do trabalho,
objetivo, nome da instituição a que é submetido e área de concentração), que devem
ser digitados ou datilografados em espaço simples. As referências, ao final do
trabalho, devem ser separadas entre si por um espaço simples em branco.
Na folha de rosto e na folha de aprovação, o tipo do trabalho, o objetivo, o
nome da instituição e a área de concentração devem ser alinhados do meio da
mancha gráfica para a margem direita.
Entre os títulos de capítulos e/ou subseções e o texto que os sucedem deve-
se deixar um espaço de 1,5.
Para indicar o término do texto de uma seção e/ou subseção, deixa-se dois
espaços de 1,5 antes do registro do novo subtítulo.
Quanto ao parágrafo, utiliza-se o recuo a 1,5 da margem esquerda, com dois
espaços de 1,5 entre parágrafos.

8.4 PAGINAÇÃO

As folhas ou páginas pré-textuais devem ser contadas, mas não numeradas.


Para trabalhos digitados ou datilografados somente no anverso, todas as folhas, a
43

partir da folha de rosto, devem ser contadas sequencialmente, considerando


somente o anverso. A numeração deve figurar, a partir da primeira folha da parte
textual, em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda
superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda direita da folha. Quando o
trabalho for digitado ou datilografado em anverso e verso, a numeração das páginas
deve ser colocada no anverso da folha, no canto superior direito; e no verso, no
canto superior esquerdo.
No caso de o trabalho ser constituído de mais de um volume, deve ser
mantida uma única sequência de numeração das folhas ou páginas, do primeiro ao
último volume. Havendo apêndice e anexo, as suas folhas ou páginas devem ser
numeradas de maneira contínua e sua paginação deve dar seguimento à do texto
principal.

8.5 INDICATIVOS DE SEÇÃO

O indicativo numérico, em algarismo arábico, de uma seção precede seu


título, alinhado à esquerda, separado por um espaço de caractere. Os títulos das
seções primárias devem começar em página ímpar (anverso), na parte superior da
mancha gráfica e ser separados do texto que os sucede por um espaço entre as
linhas de 1,5.
Da mesma forma, os títulos das subseções devem ser separados do texto
que os precede e que os sucede por um espaço entre as linhas de 1,5. Títulos que
ocupem mais de uma linha devem ser, a partir da segunda linha, alinhados abaixo
da primeira letra da primeira palavra do título.

8.6 TÍTULOS SEM INDICATIVO NUMÉRICO

Os títulos, sem indicativo numérico – errata, agradecimentos, lista de


ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumos, sumário,
introdução, referências, glossário, apêndice(s), anexo(s) e índice(s) – devem ser
centralizados, caixa alta, negritado e a 8,0 cm da borda superior do papel.

8.7 ELEMENTOS SEM TÍTULO E SEM INDICATIVO NUMÉRICO


44

Fazem parte desses elementos a folha de aprovação, a dedicatória e a(s)


epígrafe(s).

8.8 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA

Elaborada conforme a ABNT NBR 6024:2012. A numeração progressiva


deve ser utilizada para evidenciar a sistematização do conteúdo do trabalho.
Destacam-se gradativamente os títulos das seções, utilizando-se os recursos de
negrito, itálico ou sublinhado e outros, no sumário e, de forma idêntica, no texto. (Ver
a numeração desta DM).
Havendo necessidade de enumerar subdivisões, estas podem ser
subdivididas em alíneas (a, b, c,...,), ordenadas alfabeticamente por letras
minúsculas seguidas de parênteses e reentradas em relação à margem esquerda.
Caso haja necessidade ainda de dividir o texto pertinente à alínea, empregar o (–).
Não deve-se usar marcadores do tipo:

8.9 SIGLAS

Quando aparece pela primeira vez no texto, a forma completa do nome


precede a sigla, colocada entre parênteses. Ver a lista de siglas desta DM.
Exemplo:
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

8.10 EQUAÇÕES E FÓRMULAS

Para facilitar a leitura, devem ser destacadas no texto e, se necessário,


numeradas com algarismos arábicos entre parênteses, alinhados à direita. Na
sequência normal do texto, é permitido o uso de uma entrelinha maior que comporte
seus elementos (expoentes, índices, entre outros).

Exemplo:

x2 + y2 = z2 (1) (x2

+ y2)/5 = n (2) E = mc2 (3)


45

8.11 ILUSTRAÇÕES

Qualquer que seja o tipo de ilustração, sua identificação aparece na parte


superior, precedida da palavra designativa (desenho, esquema, fluxograma,
fotografia, gráfico, mapa, organograma, planta, quadro, retrato, figura, imagem, entre
outros), seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos
arábicos, travessão e do respectivo título. Após a ilustração, na parte inferior, indicar
a fonte consultada (elemento obrigatório, mesmo que seja produção do próprio
autor), legenda, notas e outras informações necessárias à sua compreensão (se
houver). A ilustração deve ser citada no texto e inserida o mais próximo possível do
trecho a que se refere.

8.12 TABELAS E QUADROS

Tabelas e quadros são constantemente confundidos devido ao seu desenho


que é muito semelhante, pois as informações são apresentadas em colunas e,
frequentemente, também em linhas, separadas por traços horizontais e verticais.
Embora semelhantes, tabelas e quadros se distinguem em seu objetivo
principal. As tabelas apresentam informações com o objetivo de demonstrar
relações, semelhanças e diferenças entre variáveis, bem como testes estatísticos de
análise da magnitude, direção e intensidade dessas relações. Já os quadros listam
simplesmente informações, dados textuais sem qualquer preocupação com
comparações entre variáveis.
A inclusão de tabelas no texto obedece ao padrão das Normas de
Apresentação Tabular (IBGE, 1993) que prevê:
a) a localização da tabela deve ser o mais próximo possível do texto a
que se refere;
b) toda tabela deverá conter título conciso, indicando a natureza, a
abrangência geográfica e temporal de seus dados (Ex.: Mortalidade – Brasil – 1998);
c) o título deve conter a palavra “tabela”, seguida de numeral em
algarismo arábico, em ordem crescente, separada da legenda por hífen, na parte
superior, centralizado, caixa alta e em negrito;
d) fontes e notas devem ser colocados na parte inferior da tabela,
46

digitados em tamanho 10;


e) devem possuir traços horizontais separando o cabeçalho, sem linhas
de separação de dados;
f) podem possuir traços verticais separando as colunas de dados, sem
fechamento lateral;
g) a totalização dos dados podem ser colocada antes ou depois dos
dados individuais. As tabelas também se diferenciam dos quadros porque nestes, os
dados vêm limitados por linhas em todas as margens e naquelas, as linhas de
delimitação só aparecem nas partes superior e inferior. (IBGE, 1993).

Exemplo:

TABELA 1 – RECUPERAÇÃO DE WEB PAGE

Recuperação de Web Page

Estratégia de busca Ferramentas de busca


Google Yahoo! Msn Search
Control 700 300 100
Herpes
simplex
Fonte: IBGE, 2004

8.13 CITAÇÕES

A Norma Brasileira Registrada/NBR 10520:2002, da Associação Brasileira


de Normas Técnicas (ABNT), fixa as condições exigíveis para a apresentação de
citações em documentos.
Segundo a referida NBR, denomina-se citação “a menção, no texto, de
informação colhida de outra fonte, para esclarecimento do assunto em discussão ou
para ilustrar ou sustentar o que se afirma, ou seja, para corroborar as idéias
desenvolvidas pelo autor no decorrer do seu raciocínio”.
As citações podem ser diretas ou indiretas e sua obtenção pode se dar por
meio de documentos ou canais informais. As fontes de que foram tiradas as citações
devem ser indicadas, no texto, por um sistema numérico ou autor-data. A NBR
(10520:2002, p.5) menciona que “deve-se utilizar o sistema autor-data para as
citações no texto e o numérico para notas explicativas”.
47

A mesma norma refere, ainda, que é obrigatória a indicação dos dados


completos das fontes de onde foram extraídas as citações, o que deve ser
mencionado no texto na seção denominada Referências.

8.13.1 Regras Gerais

Seguem-se algumas regras gerais:

a) as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável ou


título incluído na sentença, devem ser em letras maiúsculas e minúsculas (só a
primeira maiúscula); quando estiverem entre parênteses, devem ser grafadas em
letras maiúsculas, seguido do ano no caso de citação indireta e de ano e página
quando se tratar de citação direta.

Exemplo: Quando o assunto é a modernidade, dizem Civiletti e Pereira


(2002, p. 39) “o sujeito sociológico, ou sujeito moderno, começou a se construir
num momento de grandes transformações econômicas e sociais”.

Ou

Quando o assunto é a modernidade, fica explícito que “o sujeito


sociológico, ou sujeito moderno, começou a se construir num momento de
grandes transformações econômicas e sociais”. (CIVILET-TI; PEREIRA, 2002, p.
39)

b) no caso de citação direta deve ser especificada no texto a página de


origem da citação; no caso de citação indireta, a indicação de página é
opcional;
Exemplo:

Gonçalves (2004, p.137) salienta “que os personagens da obra “Um


gosto de quero mais” utilizam uma linguagem coloquial”.
OU
“Na literatura sobre metodologia de trabalho acadêmico, as
nomenclaturas para os tipos de fichas divergem, mantendo-se, no entanto, sua
finalidade”. (OLIVEIRA, 2000).
48

c) quando se tratar de autor entidade, a menção se dá até o primeiro sinal


de pontuação, seguido da data de publicação do documento e da página
da
citação, no caso de citação direta, separados por vírgula e entre parênteses.

Exemplo: A questão da dengue levou a que ficasse definido que “esforços


preventivos e para o controle do mosquito devem incluir governos e toda a a
sociedade.” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002, p. 13)

d) havendo até três autores, todos têm seu nome grafado;


Exemplo: Toda restauração terá que ser capaz de resistir às constantes forças
oclusais a que está submetida. Isto é de primordial importância em uma ponte
fixa, em que as forças que o dente ausente absorveria serão transmitidas aos
dentes de apoio através dos elementos protéticos (SHILINGBURG; HOBO;
WHISETT, 1983).
Ou
Para Shilingburg, Hobo e Whisett (1983) toda restauração terá que ser capaz de
resistir às constantes forças oclusais a que está submetida. Isto é de primordial
importância em uma ponte fixa, em que as forças que o dente ausente
absorveria serão transmitidas aos dentes de apoio através dos elementos

e) mais de três autores são indicados pelo sobrenome do primeiro, seguido

Exemplo: Citação no texto: da expressão "et al." ou "e outros";

Gonçalves et al. (2004, p.137) salientam que os personagens da obra


“Um gosto de quero mais” utilizam uma linguagem coloquial.
Referência:
GONÇALVES, Regina Marta Fonseca et al. Um gosto de quero mais:
uma análise literária. Akrópolis, Umuarama, v.12, n.3, p.136-137, jul./set. 2004.

f) publicações anônimas são indicadas pelo título, sendo a primeira palavra,


além do artigo, grafada em caixa alta.
49

Exemplo: Enquanto NAS DANÇAS... (1989, p. 188), o fandango...


Ou
O fandango passou a fazer parte do cotidiano da sociedade local. (NAS
DANÇAS... 1989, p. 188)

g) no caso de haver dois autores com o mesmo sobrenome e coincidir o


ano de publicação, acrescentam-se as iniciais de seus prenomes.

Exemplo: (VIEIRA, N., 2002) (VIEIRA, Natália, 2002)

h) (VIEIRA, P. J., 2002)


quando existirem (VIEIRA,
várias obrasNayara,
de um 2002)
mesmo autor, são diferenciadas h)
h) Pelas datas de publicação; havendo coincidência de datas,
acrescenta-se o ano e letras minúsculas em ordem alfabética.

Exemplo: No texto:

Como afirma Carvalho (1988a) todo processo de seleção deverá ser


imparcial.

O autor apresenta algumas estratégias de “... como conquistar seu


emprego, sem utilizar de artifícios visuais”. (CARVALHO, 1988b, p.81)

Referências:

CARVALHO, Antônio Vieira de. Desenvolvimento de recursos humanos


na empresa. São Paulo: Pioneira, 1988a.

_______________________ Treinamento de recursos humanos. São


Paulo: Pioneira, 1988b.

i) as citações indiretas de diversos documentos de vários autores,


mencionados simultaneamente, devem ser separadas por ponto-e-
vírgula, em ordem alfabética.

Exemplo: A igreja católica declarou-se hostil aos cultos brasileiros, pois


almejava a hegemonia religiosa no país; assim, a umbanda e o candomblé
sempre funcionaram em sincretismo com o catolicismo, incorporando alguns dos
seus elementos rituais e materiais. (BORGES; LIMA, 1932; PRANDI, 1995)
50

8.13.2 Tipologia das Citações e Formas de Apresentação no Texto

8.13.2.1 Citação Direta

É a transcrição literal de um texto ou parte dele, conservando-se a grafia,


pontuação, uso de maiúsculas e idioma. É usada somente quando um pensamento
significativo for particularmente bem expresso, ou quando for absolutamente
necessário e essencial transcrever as palavras de um autor.

8.13.2.1.1 Citação Direta de até Três Linhas

Deve ser inserida no parágrafo, entre aspas duplas, seguida do nome do


sobrenome do autor, data e página. Se o texto original já contiver aspas, estas serão
substituídas pelo apóstrofo ou aspas simples.

Exemplo: Na análise dos dados qualitativos, a ênfase no significado que


os indivíduos atribuem às experiências ou fenômenos é indispensável, como bem
destaca Minayo (2004, p. 11), enfatizando que “[...] quando se trata da análise
dos achados das pesquisas de desenho qualitativo, sua concentração nos
significados
é absoluta.”

8.13.2.1.2 Citação Direta com mais de Três Linhas

Deve aparecer em parágrafo distinto, a quatro centímetros da margem do


texto, terminando na margem direita, sem aspas e grafada em tamanho de fonte 10,
com espaçamento entre linhas simples (NBR 14724: 2002).

Exemplo:
O aluno que apenas ouve, copia,
repete, reproduz, faz prova e cola, não abandona a
condição de objeto de domesticação. Precisa ser instigado,
provocado, desafiado a contribuir, a desenvolver
capacidade de raciocínio, de posicionamento (DEMO,
1996, p. 104).
51

8.13.2.1.3 Destaques em Citações Diretas

As supressões em citação são permitidas quando não alteram o sentido do


texto ou frase, sendo indicadas pelo uso de reticências, entre colchetes ou barras.
[...]. Quando se tratar de poema ou texto teatral, quando uma linha ou mais
for omitida, a omissão é indicada por uma linha pontilhada.
Exemplo:

A análise de conteúdo não possui qualidades mágicas e raramente se


retira mais do que nela se investe e algumas vezes menos [...]; no final das
contas, as evidências comprovam que, apesar do conhecimento do método e da
técnica, nada há que substitua as ideias brilhantes. (BARDIM, 1979, p. 20)
5.13.2.1.4 Ênfase ou Destaque em Citação

Para destacar palavras ou frases em citação, usa-se o grifo seguido da


expressão [sem grifo no original], entre colchetes, ou a expressão grifo nosso após
a indicação da fonte. Quando o destaque for do autor consultado, usa-se a
expressão grifo do autor.

Exemplo: [...] Por ser tão importante quanto o seu contato com a obra de um
poeta o momento em que vocês se deparam pela primeira vez com o papel deve
ser inesquecível (STANILSLAVKI, 1989, p. 126, grifo do autor).
Ou
[...] necessário conscientizar o povo de que a saúde é um direito do cidadão e
dever do Estado [...] (MENDES, 1993, p.101, grifo nosso).

8.13.2.1.5 Dúvida em Citação

Recurso utilizado para indicar dúvida em citação; usa-se o ponto de


interrogação entre colchetes [?] logo após a palavra ou frase que gerou a dúvida.

Exemplo: Mais uma vez a face nordestina da pobreza brasileira se mostra com
clareza: quase metade dos pobres – 46% - [?] habitam a região Nordeste.
(JAGUARIBE, 1989)
52

8.13.2.1.6 Incorreção em Citação

No caso de se detectar alguma incorreção ortográfica ou gramatical ou


incoerência no texto, este deve ser transcrito como se apresenta, podendo ser
acrescentada, logo após o erro detectado, a expressão latina (sic) entre parênteses,
evidenciando, assim, que o erro já constava no texto original.

Exemplo: Há uma indústria da violência que se associa intimamente à


indústria pornográfica. Cultivasse (sic) o erotismo associado ao sofrimento, ao
martírio, à agressão e não à ternura. (CHEBABI, 1993, p.302)

8.13.2.1.7 Citação Obtida por Informação Verbal

Quando se tratar de dados obtidos por informação verbal (palestras,


debates, comunicações, etc.), indicar, entre parênteses, a expressão informação
verbal, mencionando-se os dados disponíveis, em nota de rodapé.

Exemplo:
8.13.2.2 Citação Indireta
Citação no texto:
“Este ano, o Transcrição livre do texto, ou seja, é a
Brasil teve uma queda expressão da ideia de outra pessoa, com palavras
de 58% da mortalidade próprias do autor do trabalho. O nome do autor citado
infantil, demonstrando vem entre parênteses, seguido da data.
de certa forma, os Exemplo: A lei

8.13.2.3 Citação de não pode ser vista Citação


como algo passivo e
É a menção a um documento ao qual não se
reflexivo, mas como
teve acesso ao original, mas do qual se tomou
uma força ativa e
conhecimento apenas por citação em outro trabalho.
parcialmente autônoma,
Só deve ser usada diante da total impossibilidade de
a qual mediatiza as
acesso ao documento original. A indicação é feita
várias classes e
pelo nome do autor original, seguido da
compele os dominantes
expressão "citado por" ou "apud" e do nome do autor da obra consultada. Somente o
53

autor da obra consultada é mencionado nas referências bibliográficas.


Exemplo:
Segundo Hall e Stocke, citados por Lamounier (1984), os fazendeiros, a
partir da metade do século, já supunham que a força de trabalho escrava teria que
ser substituída.
Ou
"Indivíduos que se sentem como uma espiga insignificante na máquina, se
comportarão como uma espiga numa máquina, não produzindo idéias que trarão
mudanças." (GARDNER apud FINI, 1990, p. 16).

8.14 NOTAS DE RODAPÉ

As notas devem ser digitadas ou datilografadas dentro das margens, ficando


separadas do texto por um espaço simples de entre as linhas e por filete de 5 cm, a
partir da margem esquerda. Devem ser alinhadas, a partir da segunda linha da
mesma nota, abaixo da primeira letra da primeira palavra, de forma a destacar o
expoente, sem espaço entre elas e com tamanho de fonte 8.
A numeração das notas, em algarismos arábicos, obedece à ordem
crescente. As notas de rodapé podem ser: notas explicativas e notas de referência.

5.14.1 Notas Explicativas

Destina-se a apresentar esclarecimento, comprovar uma informação ou


justificar uma informação que não caberia no texto sem quebrar a seqüência lógica
do mesmo.

5.14.2 Notas de Referência

Notas que indicam fontes consultadas ou remetem a outras partes da obra,


onde o assunto foi abordado. Para não repetir indicações feitas anteriormente,
podem ser referenciadas de forma abreviada, conforme o quadro 12.

QUADRO 12 - EXPRESSÕES LATINAS

EXPRESSÕES ABREVIATURA SIGNIFICADO


Idem Id. O mesmo autor, referido
54

anteriormente.
Ibidem Ibid. A mesma obra já referida.
Opus citatum op. cit Na obra citada
anteriormente.
Loco citato loc. cit. No lugar citado.

Apud Citação indireta, refere-se a um autor citado por outro


de determinada obra. A referência deverá ser da obra
consultada, isto é, a que se teve acesso.
Confira, confronte Cf. Utilizada para recomendar
consulta a obras de outros
autores ou notas do mesmo
trabalho.
Sequentia et. seq. Seguinte ou a que se segue.

As expressões Id., Ibid., op. cit. e Cf., só podem ser usadas na mesma
página ou folha da citação a que se referem.
A IES não recomendam o uso das expressões latinas, pois elas dificultam a
leitura do texto; aconselha-se repetir as referências quantas vezes forem
necessárias.

9 REFERÊNCIAS

De acordo com a NBR 6023:2002, referência é o conjunto padronizado de


elementos descritivos, retirados de um documento, que permite a sua identificação
individual. Trata-se de uma lista ordenada de documentos efetivamente citados no
texto. Obras que foram consultadas, mas que não aparecem no corpo do trabalho a
referência é feita como obras consultadas.
As referências devem ser localizadas no final do trabalho. As referências
vêm rigorosamente em ordem alfabética, em espaço simples, alinhado à esquerda,
separadas por espaço simples uma da outra.
Itens que compõem as referências:
a) Autor pessoal: sobrenome, em caixa alta, seguido de outros nomes, em
55

caixa baixa, abreviados ou não, separados por vírgula.


Exemplo:

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São


Paulo: Cortez, 2000.

Ou

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez,


2000.

As indicações de parentesco – Filho, Júnior, Neto, Sobrinho, entre outros,


fazem parte do nome e devem ser mencionados por extenso, acompanhando o
último sobrenome.
Exemplo
PEREIRA FILHO, Luiz.

Se o sobrenome pelo qual o autor é mais conhecido for um termo composto,


deve-se citá-lo por inteiro; se o sobrenome for precedido de partículas, como “de”,
“da”, “e”, essas permanecem junto do prenome.
Exemplo:

GOMES, João da.

Quando houver mais de um autor, separa-se um nome do outro por um


ponto-e-vírgula (;) seguido de um espaço, e se coloca o nome dos dois.
Exemplo:

SANTOS, Eva; SILVA Marina.

Quando houver mais de três autores, pode ser apresentado da seguinte


maneira:

a) com apenas o nome do primeiro, seguido da expressão “et al.”

Exemplo:

BASTOS, M. et al. A Vida de Maria. Belém: Prata, 2002.

b) Nome dos dois primeiros autores, seguido da expressão “et al.”

Exemplo:

BASTOS, M; LIRA, S. et al.


56

c) Nome dos três primeiros separados por ponto-e-vírgula, seguidos da


expressão “et al”.
Exemplo:

BASTO, M; LIRA, S; PINHO, A. et al.

Quando há organizador, coordenador, compilador, editor, inicia-se a


referência pelo nome do responsável, acrescentando-se, após o seu nome e entre
parênteses, a designação correspondente: (org.), (coord.), (comp.), (ed.), etc.

Exemplo:

LIRA, S. (org.). A vida de uma diva. São Paulo: Vozes, 1999.

MAY, Fernando (coord.). Meio ambiente urbano. São Paulo: Atlas, 2001.

Quando o documento não possuir autoria conhecida (autor pessoa), a


entrada é feita pelo título, sendo a primeira palavra em letras maiúsculas.

Exemplo:

VIDA e morte no circo. Belém: Blasco, 1997.

a) Autor entidade: instituições, órgãos governamentais ou não, organizações,


associações, empresas, sociedades podem ser consideradas “autores”, e
seus nomes serão referenciados em letras maiúsculas.
Exemplo:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023:

Informações e documentações – referências – Elaboração. Rio de Janeiro,


2002. Quando a entidade possuir um nome específico de larga utilização, a entrada
é feita diretamente pelo seu nome.
Exemplo:

BIBLIOTECA NACIONAL. Relatório da Diretoria Geral. Rio de Janeiro, 1999.

Congressos, simpósios, seminários, encontros, conferências têm entrada


pelo título geral do evento. Deve ser referenciado em letras maiúsculas, seguida de
um algarismo arábico que indica o número do evento, o local e a data da realização,
57

tu-do separado por vírgula.


Exemplo:

ENCONTRO DE CONTABILIDADE, 4, Rio de Janeiro, 12 de fev. 2000.

b) Título e subtítulos: devem ser reproduzidos tal como aparecem nas obras
referenciadas, separados por dois pontos. O título deve ser apresentado em
destaque – negrito. O subtítulo, ou quaisquer acréscimos que tenha o título e
que apareça depois dos dois pontos, não recebe destaque algum. O recurso
utilizado para destacar o elemento título deve ser uniforme em todas as
referências de um mesmo documento.
Exemplo:

LIRA, S. A vida de uma diva: encantos e desencantos. Belém: Prata,

Se o título for demasiado longo pode-se suprimir algumas palavras e colocar


reticências (desde que não altere o sentido). Quando se fizer referência a periódicos
na sua totalidade, o título deve figurar por primeiro, em letras maiúsculas.
Exemplo:

REVISTA DO PRODUTOR RURAL. São Paulo: Blasco, 1998-1999.

c) Edição: indica-se somente a partir da segunda, com algarismo arábico


seguido de ponto e da abreviatura da palavra edição (ed.).
Exemplo:

MOREIRA, S. O espaço cinza. 4. ed. São Paulo: Polux, 1998.

Indicam-se de forma abreviada, emendas, acréscimos, atualizações e


revisões à edição.

Exemplo: CARNEIRO, Santos. O candomblé no Brasil. 4 ed. ver. e atual.


Salvador: Orixá, 2000.

d) Imprensa: é a indicação do local, editora e do ano da publicação. O local é


separado do nome da editora por dois pontos (:) e esta do ano por vírgula,
finalizando por ponto.

i.Local: o local da publicação deve ser referendado por extenso, tal como
58

aparece na obra.
Exemplo:

São Paulo: Ática, 1999.

Petrópolis: Vozes, 1990.

Quando houver mais de um local para uma só editora, indica-se apenas o


primeiro ou o mais destacado na obra. Se a localidade não aparecer na obra, mas
for possível a identificação, indica-se entre colchetes. Na falta de local, coloca-se
entre colchetes a expressão s.l.

ii. Editor: deve aparecer da mesma maneira como é grafado na obra,


abreviando-se prenomes e dispensando indicações de elementos de natureza
jurídica, desde que sejam indispensáveis para a identificação.
Exemplo:

Atlas e não Editora Atlas Ltda.

Quando uma obra for publicada por duas editoras, devem ser indicadas as
duas com seus respectivos locais (cidades). Caso sejam mais editoras, registra-se
apenas a primeira.
Quando não for mencionado o nome do editor, indica-se entre colchetes, a
expressão [s.n.] sine nomine, ou [s. ed.] “sem editor”.
Não há necessidade de se indicar o nome do editor quando ele é o próprio
autor.

iii. Data: indica-se a data com algarismos arábicos, sem pontuação, nem
espaços. Não havendo na obra a indicação da data, utiliza-se, entre colchetes, a
indicação [s.d.].
Exemplo:

SANTOS, D. R. Ensaios e poesias. Fortaleza: Blasco, [s.d.]. Não havendo a


data indicada, indica-se a data do copyright, impressão ou outra, Se não forem
identificadas estas possibilidades, mas se possa definir uma data provável, ela vem
entre colchetes, com um ponto de interrogação.
Exemplo:
59

SANTOS, D. R. Artistas e poetas. Fortaleza: Blasco, [1993?].

ANEXO - ESTRUTURA DO
TRABALHO
60

REFERÊNCIAS
61

ANDRADE, M. M. de. Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação:


noções práticas. São Paulo: Atlas, 1995.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR10719: 2011 –


Relatórios técnico e/ou científico. Rio de Janeiro, 2011.

_________ NBR 14724: 2011 – Informação e documentação – Trabalhos


acadêmicos
Apresentação. Rio de Janeiro, 2011.

_________ NBR 6022: 2002 – Informação e documentação – Artigo em publicação


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