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Direito Penal para Papiloscopista, Investigador

e Escrivão da PC/PA
Aula 0 – Aula Demonstrativa
Profs. Julio Ponte e Lorena L. Nascimento

Aula 0

Direito Penal para os cargos de Papiloscopista, Escrivão e Investigador


da Polícia Civil do Estado do Pará

Infração penal: elementos, espécies.

Professores: Julio Ponte e Lorena L. Nascimento

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Aula Conteúdo Programático Data


00 1. Infração penal: elementos, espécies. 18/07

01 2. Sujeito ativo e sujeito passivo da infração penal. 3. 22/07


Tipicidade, ilicitude, culpabilidade, punibilidade.
02 4. Erro de tipo e erro de proibição. 5. Imputabilidade 29/07
penal.
03 6. Concurso de pessoas. 05/08

04 7. Crimes contra a pessoa. 12/08

05 8. Crimes contra o patrimônio. 19/08

06 9. Crimes contra a dignidade sexual 26/08

07 10. Crimes contra a administração pública. 02/09

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Tópicos da Aula

1. Apresentação .................................................................................... 3
2. Da Infração Penal ............................................................................. 6
2.1. Introdução ..................................................................................... 6
2.2. Crime e Contravenção Penal ........................................................... 7
2.3. Do Crime ........................................................................................ 8
2.4. Da Contravenção Penal ................................................................... 9
2.5. Elementos Constitutivos da Infração Penal .................................. 11
3. Lista das Questões Apresentadas .................................................... 23
4. Gabarito .......................................................................................... 28
 

1. Apresentação

Olá, pessoal! Égua! O edital da Polícia Civil do Pará saiu!  


 
Vamos iniciar o curso de Direito Penal para os cargos de
Papiloscopista, Escrivão e Investigador da Polícia Civil do Estado do
Pará – 2016, com a presente aula demonstrativa, cujo tema será Infração
Penal: elementos e espécies.  
 
Temos que ligar as turbinas dos estudos e nos preparar para acertar as 10
questões de Legislação Especial da prova, afora as outras 70!!!  
 
Antes de mais nada, permitam-nso fazer uma breve apresentação.  
 
Meu nome é Lorena Lima Nascimento, sou Delegada de Polícia Federal,
desde o ano de 2003. Antes de assumir o concurso da PF, fui advogada e
Técnica Judiciária do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, onde lá
trabalhei junto à Vara da Infância e da Juventude.  

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E eu sou o Julio Ponte, Policial do Senado Federal, aprovado no concurso
de 2008. Fui Oficial da Marinha do Brasil, formado pela Escola Naval. Mas após
sair do meio militar, ainda passei pelo cargo de Analista de Gestão e Trânsito do
DETRAN/RJ e pela Polícia Rodoviária Federal antes de chegar à Polícia
Legislativa.  
 
Então estamos aqui em 3 policias: um é você, em breve!!  
 
Sua remuneração inicial será de R$ 5.204,05, estando previstas 300
vagas para o cargo de Investigador de Polícia – IPC, 180 vagas para o
cargo de Escrivão de Polícia – EPC e 20 vagas para o cargo de
Papiloscopista. Vale dizer tratarem-se de cargos bastante atrativo, vez que
poderão pertar as provas quaisquer candidatos com nível superior e também
implica a possibilidade de percepção de uma ótima remuneração como primeiro
emprego e também para aqueles que desejam ingressar na carreira policial.  
 
Consta do item 2.3. do edital as atribuições ds cargos INVESTIGADOR DE
POLÍCIA CIVIL–IPC, ESCRIVÃO DE POLÍCIA – EPC e de PAPILOSCOPISTA, quais
sejam:
INVESTIGADOR DE POLÍCIA CIVIL–IPC: proceder, mediante
determinação da autoridade Policial, às diligências e investigações Policiais com
o fim de coletar elementos para a elucidação de infrações penais ou
administrativas para instrução dos respectivos procedimentos legais; efetuar
prisões em flagrantes ou mediante mandato (conduzir e escoltar presos);
cumprir mandados expedidos pela autoridade Policial ou judiciária competente;
operar equipamento de comunicações; conduzir veículos automotores e outros
meios de transporte, desde que habilitado; executar outras determinações
emanadas da autoridade Policial ou chefia competente, efetuar registro de
ocorrência policial, de forma concorrente com os demais agentes da autoridade,
confeccionar relatório de diligencias relacionado a atos de rotina do

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procedimento de polícia judiciária, elaborar relatório de investigação, cuja
finalidade consiste na descrição das informações obtidas no curso das diligencias
realizadas, visando à elucidação da infração penal, acessar bando de dados em
geral específico disponível na área de segurança pública através da rede mundial
de computadores e outros meios de consulta, objetivando subsidiar a percepção
penal, incluídas todas aquelas estabelecidas no art. 39 e demais disposições
contidas na LC no 22/94 e no RIPC/PA, aprovados pelo Decreto n° 2690 de 18
de Dezembro de 2006.

ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL–EPC: participar na formação de


inquéritos Policiais e procedimentos administrativos, sob a presidência da
autoridade Policial competente; expedir, mediante requerimento deferido pela
autoridade Policial competente, certidões e translado; executar tarefas
administrativas atinentes à atividadecartorária; responder pela guarda de
objetos apreendidos, dando-lhes destinação legal, de acordo com a
determinação da autoridade competente, bem como a escrituração dos livros de
registro prisional; manter o controle do inventário dos bens patrimoniais da
Unidade Policial, promovendo cargo e baixa dos mesmos, incluídas todas
aquelas estabelecidas no art. 40 e demais disposições contidas na LC no 22/94 e
no RIPC/PA, aprovado pelo Decreto n° 2690 de 18 de Dezembro de 2006.

PAPILOSCOPISTA: desempenhar atividades relacionadas ao


cumprimento das formalidades legais necessárias aos inquéritos, aos processos
e aos demais serviços cartorários; colher as impressões digitais no vivo e no
morto, para fins de identificação civil e criminal; proceder à identificação
papiloscópica e necroscopapiloscópica com a elaboração do respectivo laudo
técnico; proceder à perícia iconográfica e ao retrato falado, com a elaboração do
respectivo laudo técnico; planejar e desenvolver pesquisa na busca de
aperfeiçoamento e na especialização na área; desempenhar outras atividades de
interesse do órgão incluídas todas aquelas estabelecidas no art. 41e demais
disposições contidas na LC no 22/94 e no RIPC/PA, aprovado pelo Decreto n°

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2690 de 18 de Dezembro de 2006.
 
Na vida profissional de todos os cargos acima descritos o conhecimento
em Direito Penal deverá ser aprofundado, haja vista ser o dia-a-dia do policial o
enfrentamento do crime e das suas circunstâncias periféricas, como por
exemplo, pela necessidade de busca pessoal ou veicular em barreiras policiais, a
constratação ou não de uma situação flagrancial e, por conseguinte, a prisão ou
não de uma pessoa, dentre outras situações que requerem o pronto emprego
das atividades.  
 
Somos “suspeitos” para falar da área policial, pois nos identificamos muito
com nossas profissões! O papel do policial para a sociedade é essencial, devendo
cada dia ser buscada a excelência do serviço prestado, em especial com a
permanente qualificação do quadro de servidores, visto serem todos a força
especializada para combater os mais diversos crimes afetos às searas de suas
atribuições.  
 
Queremos ver todos vocês de .40 na cintura!  
 
Vamos aos estudos!

2. Da Infração Penal
2.1. Introdução

O Direito Penal tem por objetivo principal a repressão de determinadas


condutas, denominadas infrações penais, consideradas ofensivas aos bens
jurídicos que o legislador considerou mais relevantes para a sociedade. Nesse
sentido, em meio às legislações penais dos vários ordenamentos jurídicos
dispostos ao redor do mundo ocidental, há na doutrina duas teorias sobre as
infrações penais: a tripartida, que divide as infrações penais em crime,
delito e contravenção penal; e, a bipartida, que considera sinônimos o

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crime e o delito, estabelecendo crime e contravenção penal como as duas
espécies de infração penal.

O Brasil adotou o sistema bipartido no nosso ordenamento jurídico, assim


como o sistema alemão, como o italiano, o português e outros. Nesse sistema, o
crime e o delito são considerados sinônimos, que juntamente a outra espécie, a
contravenção penal, formam as infrações penais.

2.2. Crime e Contravenção Penal

Apesar de crime e contravenção serem espécies “distintas” do gênero


“infração penal”, não existe, a rigor, uma diferença substancial entre os dois.

Não há um elemento de ordem ontológica que encerre uma essência


natural “em si mesmo”, sendo o crime e a contravenção penal diferenciados
apenas pelas suas penas, nos termos do art. 1º, da Lei de Introdução ao Código
Penal e da Lei de Contravenções Penais.

No que diz respeito à competência das contravenções penais, é


importante ressaltar que a mesma pertence aos Juizados Especiais
Criminais, nos termos dos arts. 60 e 61, da Lei 9.099/95, vejamos.

“Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou


togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a
execução das infrações penais de menor potencial ofensivo,
respeitadas as regras de conexão e continência.

Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial


ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os
crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos,
cumulada ou não com multa.

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Todavia, mesmo diante das diferenças acima expostas, há muito mais


semelhanças do que diferenças entre crime e contravenção penal, haja vista
esta também constituir um fato típico e antijurídico, porém de menor potencial
lesivo para a sociedade.

2.3. Do Crime

O crime pode ter vários conceitos que se diferenciará a depender do ramo


de estudo analisado. Como falamos de estudos para concurso, mais
especificamente sobre matéria penal vamos estudar os quatro principais
conceitos de crime em matéria estritamente jurídica.

Portanto dividiremos o crime em conceito formal, material e analítico.

Conceito formal. É a conduta descrita na lei e por esta definida como


crime na forma de um tipo penal.

Conceito material. A teoria que conceitua o crime materialmente que


prevalece nos dias atuais é a do bem jurídico. Segundo esta teoria, crime é a
conduta que viola o bem jurídico tutelado pela norma penal.

O bem jurídico tutelado pela norma penal, também chamado de bem


jurídico-penal encontra-se definido como aqueles bens imprescindíveis para a
convivência em sociedade. Exemplos desses bens são a vida, a liberdade, a
honra, o patrimônio, etc. Materialmente falando, portanto, crime é a conduta
que viola de forma significativa o bem jurídico-penal.

Conceito analítico. Trata-se do conceito de crime sob a análise de seus


elementos.

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O crime na visão analítica possui diversas definições, tendo duas correntes
muito discutidas no Brasil, que é a bipartida e a tripartida.

Teoria bipartida. A corrente que traz o conceito analítico do crime como


bipartido diz que o crime é fato típico e ilicitude.

Teoria tripartida. A corrente tripartida, conceitua crime analítico como


fato típico, ilícito e culpável (elementos do crime).

2.4. Da Contravenção Penal

De acordo com o art. 1º, da Lei de Introdução ao Código Penal e da Lei


das Contravenções Penais, contravenção é “a infração penal a que a lei comina,
isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou
cumulativamente.”

Assim, conforme já acima delineado, não existe uma diferença ontológica


entre crime e contravenção penal, ocorrendo a sua diferenciação apenas nas
penas cominadas, que no caso da contravenção consiste em prisão simples
ou multa; e, quando se tratar de crime, as penas serão de reclusão ou de
detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a
pena de multa.

A pena de prisão simples, nos termos do art. 6º, da Lei de


Contravenções Penais, deve ser cumprida, sem rigor penitenciário, em
estabelecimento especial ou seção especial de prisão comum, em regime
semiaberto ou aberto e, de acordo com o § 1º, do mesmo artigo, o
condenado à referida pena deve ficar sempre separado dos condenados
a pena de reclusão ou de detenção. Após o advento da Lei no 9.099/95,
praticamente não há mais como determinar o encarceiramento de um sujeito
pelo cometimento de uma contravençãoo penal, seja de forma cautelar ou

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definitiva, haja vista as diversas alternativas despenalizantes existentes naquele
diploma legal.

Por outro lado, apesar das diferenças existentes entre contravenção de


crime, várias normas aplicáveis aos crimes são também aplicáveis às
contravenções, como é o caso das regras gerais do Código Penal, nos termos do
art. 1º, da LCP.

Outro instituto importantíssimo do Direito Penal, perfeitamente aplicável


às contravenções penais, são as “Causas Excludentes de Ilicitude”, previstas no
art. 23, CP: estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento de
dever legal e exercício regular de direito.

Por fim, analisaremos brevemente a aplicação do princípio da


insignificância às contravenções penais. Tal princípio preceitua que sempre que
uma lesão a bem jurídico tutelado pelo Direito Penal, for insignificante, de forma
que se torne incapaz de ofender efetivamente o interesse tutelado, não haverá
adequação típica, há dois entendimentos, segundo vários julgados citados em
seu trabalho, o de que é aplicável e o de que não é aplicável o princípio da
insignificância às contravenções penais. Em nosso entendimento, considerando
que o princípio da insignificância influencia diretamente a tipicidade da conduta
praticada, não vislumbramos maiores impedimentos na aplicação do princípio da
insignificância às contravenções penais, pois entre estas e os crimes não
existem grandes diferenças ontológicas, sendo diferenciados muito mais pelas
penas cominadas.

No entanto, um exemplo dessa disposição, de modo diverso, presente na


Lei das Contravenções, é o caso do instituto jurídico da tentativa de crime,
presente no Código Penal, aplicável a crimes, mas não admitida nas
contravenções, por força da expressa previsão legal de modo diverso, disposta
no art. 4º, da LCP.

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A contravenção penal NÃO ADMITE TENTATIVA!

2.5. Elementos Constitutivos da Infração Penal

São elementos constitutivos da infração penal: o fato típico, a


antijuridicidade ou ilicitude e culpabilidade. A punibilidade, embora deva
existir para que seja aplicada a pena, não é considerada elemento do delito.

Fato típico. Trata-se de um fato penalmente relevante, consistente numa


conduta (ação ou omissão) produtora de um resultado e que se ajusta formal e
materialmente ao direito penal. É o fato humano descrito abstratamente na lei
como infração a uma norma penal. Encontra-se descrito no preceito primário do
crime.

O fato típico, por sua vez, tem como elementos: a conduta, o


resultado, o nexo causal e a tipicidade. Iremos discorrer sobre cada um
desses elementos na nossa próxima aula.

Antijuridicidade ou Ilicitude. Traduz-se na contrariedade no fato com o


ordenamento jurídico, sendo esse fato decorrente de uma ação ou omissão do
sujeito ativo, a qual resulta na perpetração de um crime O fato descrito na
norma deverá ser contrário ao o Direito. Trata-se do juízo de valor do fato.

Por vezes, mesmo que uma pessoa cometa uma conduta típica, existem
situações, todavia, em que o antagonismo se mostra inexistente, face à
presença de causas excludentes da ilicitude. São elas a legítima defesa, o estado

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de necessidade, o estrito cumprimento do dever legal e o exercício regular do
direito. Em momento oportuno, iremos nos debruçar sobre cada uma das
exceções permissivas.

Culpabilidade. Para que haja a culpabilidade, o fato típico ou evento


danoso deve ter sido praticado pelo sujeito ativo com intenção reprovável. Tem
como pressuposto, portanto, a imputabilidade do agente e como requisitos a
potencial consciência da ilicitude e a exigibilidade de conduta diversa.

Pessoal, apresentamos agora uma bateria de questões sobre os tópicos da


aula de hoje.

1) (FUNCAB – PC/ES – Escrivão de Polícia – 2013) João, na


véspera do seu aniversário de dezoito anos, ao sair de um baile foi
cercado e agredido por seu desafeto Cláudio. João, que estava com uma
faca escondida, desferiu dez facadas contra Cláudio, que veio a falecer
após 40 dias internado em razão das facadas. Nesse caso:
a) não houve tipicidade.
b) não houve ilicitude.
c) não houve culpabilidade.
d) não houve punibilidade.
e) houve a prática do crime de homicídio doloso.

Gabarito: C. Indivíduo menor de idade = Inimputável => Não houve


culpabilidade. A culpabilidade tem como elementos: a) a imputabilidade; b)
possibilidade de conhecimento da ilicitude; c) exigibilidade de conduta diversa.

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Conceito analítico de crime: fato tipico, antijuiridico (ilicito) e culpável. Na
questão houve fato típico (matar alguem art.121), ilicito (contrário à norma)
e não culpável, pois o agente era menor de idade ao tempo da ação.

2) (FUNCAB – PC/ES – Escrivão de Polícia – 2013) Infração


penal significa:
a) Quando um caso não previsto em lei é regulado por umpreceito
legal, que rege um semelhante.
b) Ofensa real ou potencial a um bem jurídico, levando-se em
consideração os elementos subjetivos do tipo, a ilicitude e a
culpabilidade.
c) Todos os valores ético-sociais que estejam a exigir uma
proteção especial, no âmbito do direito penal, por se revelarem
insuficientes à proteção dos outros ramos do direito.
d) Quando o princípio para o caso omitido se deduz do espírito e
do sistema do ordenamento jurídico, considerado em seu conjunto.
e) Que o delito é sinônimo de contravenção penal no Brasil.

Gabarito: B. Crime = Fato típico + ilícito + culpável. Ofensa real ou


potencial a um bem jurídico, levando-se em consideração os elementos
subjetivos do tipo (dolo ou culpa do agente, teoria majoritaria), a ilicitude e a
culpabilidade (imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e exigibilidade de
conduta diversa).
Análise dos demais itens.
Item “A”. ERRADO. Quando um caso não previsto em lei é regulado
por um preceito legal, que rege um semelhante. Este é o conceito de
analogia..
Item “C”. ERRADO. Todos os valores ético-sociais que estejam a
exigir uma proteção especial, no âmbito do direito penal, por se
revelarem insuficientes à proteção dos outros ramos do direito. Trata-se
do princípio da intervenção mínima.

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Item “D”. ERRADO. Quando o princípio para o caso omitido se
deduz do espírito e do sistema do ordenamento jurídico, considerado em
seu conjunto. Trata-se do conceito de tipicidade conglobante.
Item “E”. ERRADO. Que o delito é sinônimo de contravenção penal
no Brasil. Infração penal é gênero do qual são espécies o crime (ou delito) e a
contravenção penal, logo delito não é sinônimo do contravênção penal.

3) (CESPE – TJ/DFT – Técnico Judiciário – 2015) Acerca do


crime e da aplicação da lei penal no tempo e no espaço, julgue o item
que se segue.
Sob o prisma formal, crime corresponde à concepção do direito
acerca do delito, em uma visão legislativa do fenômeno; sob o prisma
material, o conceito de crime é pré-jurídico, ou seja, é a concepção da
sociedade a respeito do que pode e deve ser proibido.

Gabarito: CORRETO. Conceito de crime: o crime pode ser conceituado


sob os aspectos material e formal ou analítico.
Aspecto material: é aquele que busca estabelecer a essência do
conceito, ou seja, o porquê de determinado fato ser considerado criminoso e
outro não. Sob esse enforque, crime pode ser definido como todo fato humano
que, propositada ou descuidadamente, lesa ou expõe a perigo bens jurídicos
considerados fundamentais a existência da coletividade e da paz social.
Aspecto formal: o conceito de crime resulta da mera sbsunção da
conduta ao tipo legal e, portanto, considera-se infração penal tudo aquilo que o
legislador descrever como tal, pouco importando o seu conteúdo.
Considerar a existêmcia de um crime sem levar em conta sua essência ou
lesividade material afronta ao princípio constitucional da dignidade da pessoa
humana.
Aspecto analítico: é aquele que busca, sob um primA jurídico,
estabelecer os elementos estruturais do crime. A finalidade deste enfoque é
propiciar a correta e mais justa decição sobre a infração penal e seu aturo,

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fazendo com que o julgador ou intérprete desenvolva o seu raciocínio em
etapas. Sob esse ângulo, crime é todo fato típico, ilícito e culpável.

4) (FGV – PROCEMPA – Analista Administrativo / Advogado –


2014) Majoritariamente, a doutrina conceitua crime como sendo um fato
típico, ilícito e culpável. Como elementos do fato típico estão a conduta,
o resultado, o nexo de causalidade e a tipicidade.
Com relação a tais elementos, assinale a afirmativa correta.
a) Não há crime sem resultado jurídico.
b) Na teoria finalista da ação, o dolo e a culpa devem ser
analisados na antijuridicidade.
c) A coação moral irresistível, diferentemente da resistível, afasta
a própria conduta e, assim, a tipicidade.
d) Para que seja reconhecida a tipicidade material, basta a simples
adequação da conduta ao tipo penal.
e) A superveniência de causa relativamente independente que, por
si só, produza o resultado, faz com que o agente apenas responda pelo
resultado a título de culpa.

Gabarito: A. Todo delito resulta na ofensa a um bem jurídico, por isso a


afirmação de que não crime sem um resultado jurídico. O resultado naturalístico,
todavia, não ocorre em todos os delitos. VIDE, art. 13 do CP. O resultado, de
que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu
causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria
ocorrido.
Análise dos demais itens.
Item “B”. ERRADO. Os finalistas entendem o crime como fato típico,
antijurídico e culpável. A grande mudança estrutural se opera realmente na
culpabilidade. De fato, dolo e culpa migram para o fato típico, o que rendeu
críticas ao finalismo – que teria “esvaziado” a culpabilidade.
Item “C”. ERRADO. Coação moral significa grave ameaça, retirando do

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coagido a liberdade de escolha. Pratica conduta, com vontade viciada. Se
irresistível, há conduta, mas não livre, excluindo a culpabilidade.
Item “D”. ERRADO - Tipicidade formal (mero ajuste do fato à norma
penal incriminadora). Já, a Tipicidade material (relevância da lesão ou perigo
de lesão ao bem jurídico tutelado).
Item “E”. ERRADO. Art. 13, § 1º. A superveniência de causa
relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o
resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os
praticou.

5) (CESPE – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo –


2014) Quanto às penas, à tipicidade, à ilicitude e aos elementos e
espécies da infração penal, julgue os itens a seguir.
Na legislação pátria, adotou-se o critério bipartido na definição das
infrações penais, ou seja, estas se subdividem em contravenções penais
e crimes ou delitos, inexistindo diferença conceitual entre as duas
últimas espécies.

Gabarito: CORRETO. Classificação das infrações penais (teoria


bipartida/critério dicotômico): a) Crime/delito: pena de reclusão e
detenção; b) Contravenção penal: pena de prisão simples. A distinção entre
crime e contravenção penal é de grau, quantitativa (quantidade da pena), e
também qualitativa (qualidade da pena), mas não ontológica. Cuida-se, em
essência, de espécies do gênero infração penal, diferenciando-se quanto à
gravidade da sanção penal, mediante valores escolhidos pelo legislador.

6) (FCC – TRF/3a Região – Técnico Judiciário – 2014) Não há


crime sem:
a) dolo.
b) resultado naturalístico.
c) imprudência.

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d) conduta.
e) lesão.

Gabarito: D. Para que haja crime é necessário que exista uma conduta
dolosa ou culposa, caso não exista, o fato será atípico. VIDE art. 4º do CP.
Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que
outro seja o momento do resultado.
Consoante o conceito analítico de crime, este vem a ser um fato típico,
antijurídico (ilícito) e culpável. O fato típico, por sua vez, tem como
elementos: conduta, resultado, nexo causal e tipicidade.
Analisemos os demais itens.
Item “A”. ERRADO. Dolo - Existe crime sem dolo. No crime culposo não
há dolo.
Item “B” ERRADO. Resultado naturalístico - O resultado naturalístico se
configura, em síntese, em uma modificação na realidade material devido a uma
conduta humana. Para a ocorrência de certos crimes, o resultado naturalístico
não é necessário. Trata-se de uma evolução da teoria do delito. Um exemplo são
os "crimes formais", nos quais o crime se consuma no momento da ação. O
resultado é mero exaurimento. Todo crime, porem, apresenta um resultado
jurídico.
Item “C” ERRADO. Imprudência - A imprudência pode estar ausente e o
crime ser praticado por negligência ou imperícia.
Item “E” ERRADO. Lesão - A ofensa ao bem jurídico é diferente da lesão
ao bem jurídico. No crime sempre haverá a ofensa ao bem jurídico, no entanto
não é necessária a efetiva lesão ao bem jurídico. Um bom exemplo é a tentative,
prevista no art. 14, inciso II do CP.

7) (CESPE – TJ/DFT – Técnico Judiciário – 2013) A respeito do


direito penal, julgue o item que se segue.
Considera-se crime toda ação ou omissão típica, antijurídica e
culpável.

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Gabarito: CORRETO. A teoria tripartite é a majoritária nos concursos
federais e estaduais (salvo o Estado de São Paulo, que adota de forma
majoritária a teoria bipartite). CONCEITO ANALÍTICO DE CRIME. Fato típico
+ ilícito (ou antijurídico) + culpável.
8) (FMP/RS – TJ/AC – Titular de Serviços de Notas e de
Registros – 2012) Assinale a alternativa correta.
a) O conceito de infração penal é mais amplo do que o conceito de
crime.
b) O conceito de infração penal coincide com o conceito de delito.
c) O conceito de infração penal coincide com o conceito de crime.
d) O conceito de infração penal é menos amplo do que o conceito
de crime.

Gabarito: A. Infração Penal = crime + contravenção penal. Consoante o


art. 1º da Lei de Introdução ao Código Penal, “considera-se crime a infração
penal a que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente,
quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a
infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de
multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente.”
Em outras palavras: 'Infração Penal' é toda conduta previamente
tipificada pela legislação como ilicita, imbuída de culpabilidade, isto é, praticada
pelo agente com dolo ou, ao menos, culpa quando a Lei assim prever tal
possibilidade. O Estado tem o poder/dever de proibir e impor uma sanção a
quem a praticar. No Direito Penal Pátrio, As Infrações Penais são
subdivididas em Crimes e Contravenções, sendo consideradas crimes as
Infrações às quais a Lei preveja sanção com pena de Reclusão ou de Detenção,
não importando se cominada com pena de Multa, seja de forma alternativa, seja
cumulativa. Já são classificadas como Contravenção, ou "Crime-anão", as
Infrações cuja pena cominada previamente em lei, seja pena de prisão simples
ou multa, não importando se tais penas forem previstas como de aplicação
isolada, alternativa ou cumulativamente.

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9) (FCC – TCE/PR – Analista de Controle – 2011) Em relação ao


conceito formal e material do crime é correto afirmar:
a) Somente no conceito material permite-se um desdobramento do
tipo penal em ação ou omissão, tipicidade, ilicitude e culpabilidade.
b) No conceito formal, o delito constitui uma lesão a um bem
jurídico penal.
c) O delito, sob a perspectiva material e formal, é punido com pena
privativa de liberdade ou restritiva de direitos
d) O conceito de delito formal é o fato humano proibido pela lei
penal, e material há lesão ou perigo de lesão a um bem jurídico-penal.
e) O delito é fato típico e antijurídico e a culpabilidade, para o
conceito material, o distingue do conceito formal.
Gabarito: D. A questão versa sobre conceitos de crime (conceito formal
ou material). Não confundir com a classificação de crime segundo o resultado
(crime formal, crime material, mera conduta).
Conceito formal: o crime é a ação ou omissão imputável ao ser
humano em relação a qual a lei atribui a imposição de uma pena;
Conceito Material: crime é toda conduta que cause lesão ou perigo de
lesão ao bem jurídico tutelado;
Conceito jurídico (aspecto analítico). Crime é um fato típico,
antijurídico e culpável:Hoje, é o conceito predominante de crime o tripartido.

10) (IESES – TJ/MA – Titular de Serviços de Notas e de Registros


– 2011) É certo afirmar:
I. A punibilidade é requisito do crime.
II. Sob o aspecto formal crime é um fato atípico e antijurídico.
III. Não basta que o fato seja típico para que exista crime. É
preciso que seja contrário ao direito, que seja antijurídico.
IV. Pressupostos do crime são circunstâncias jurídicas anteriores à

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execução do fato, positivas ou negativas, a cuja existência ou
inexistência é condicionada a configuração do título delitivo de que se
trata.
Analisando as proposições, pode-se afirmar:
a) Somente as proposições I e II estão corretas.
b) Somente as proposições III e IV estão corretas.
c) Somente as proposições II e IV estão corretas.
d) Somente as proposições I e III estão corretas.

Gabarito: B.
I. A punibilidade é requisito do crime. ERRADO: não foi a teoria
adotada pelo Código Penal. Parte da doutrina compreende tratar-se o crime de
fato típico e ilícito (teoria bipartite), enquanto outra parte, entende cuidar-se de
fato típico, ilícito e praticado por agente culpável (teoria tripartite).
II. Sob o aspecto formal crime é um fato atípico e antijurídico.
ERRADO: é justamente o contrário. Seja formal ou materialmente, para que
haja crime, é preciso que o fato seja típico e antijurídico (ilícito). Em suma o
conceito formal de crime é “a mera contradição entre o fato praticado pelo
agente e o sistema jurídico em vigor”.
III. Não basta que o fato seja típico para que exista crime. É
preciso que seja contrário ao direito, que seja antijurídico. CORRETO: e
é aí que entra o conceito de antijuridicidade (ilicitude). Além de típico, o fato não
poderá estar acobertado por quaisquer das condições excludentes de
antijuridicidade, sejam as genéricas (legítima defesa, estado de necessidade,
estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito), sejam as
específicas (encontradas de forma esparsa na legislação penal), sejam
supralegais (consentimento do ofendido).

IV. Pressupostos do crime são circunstâncias jurídicas anteriores à


execução do fato, positivas ou negativas, a cuja existência ou
inexistência é condicionada a configuração do título delitivo de que se

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trata. CORRETO. Trata-se do fato típico e da necessidade de o crime estar
previsto da lei anteriormente à ação do agente (princípio da anterioridade penal)

11) (CESPE – ABIN – Oficial Técnico de Inteligência / Área de


Direito – 2010) Em relação à aplicação da lei penal e aos diversos
aspectos do crime, julgue o item seguinte.
No Código Penal brasileiro, adota-se, em relação ao conceito de
crime, o sistema tricotômico, de acordo com o qual as infrações penais
são separadas em crimes, delitos e contravenções.

Gabarito: ERRADO. O Codigo Penal Brasileiro Adotou o Sistema


Dicotômico, que estrutura a Infração Penal em: Crimes ou Delitos e
Contravenções Penais. Estes se diferem entre si, em diversos aspectos, os mais
importantes e lembrados em provas se refere quanto: pena imposta, ação aenal,
punição ou não da tentativa, limites de penas... Entre outros.

12) (CESPE – PC/BA – Delegado de Polícia – 2013) No que se


refere às contravenções penais, aos crimes em espécie e às leis penais
extravagantes, julgue o item a seguir com base na jurisprudência dos
tribunais superiores.
A tentativa de contravenção, mesmo que factível, não é punida.

Gabarito. CORRETO.
VIDE art. 4º da Lei de Contravenção Penal (LCP). Não é punível a
tentativa de contravenção.

13) (VUNESP – PC/SP – Investigador de Polícia – 2014) Com


relação ao crime e à contravenção, assinale a alternativa correta.
a) A contravenção penal somente pode ser apenada com detenção.
b) O crime é infração penal menos grave do que a contravenção.
c) A contravenção poderá ser dolosa ou culposa.

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d) A contravenção penal poderá ser apenada com prisão simples.
e) O crime é doloso e a contravenção, culposa.

Gabarito. D. A pena da contravenção penal é a prisão simples cominada


ou não com a multa.
Análise dos demais itens:
a) ERRADA. Pune-se a contravenção penal com a pena de prisão simples
e/ou multa.
b) ERRADA. Infração Penal é gênero da qual são espécies o crime e a
contravenção penal. Crime é mais grave que contravenção penal, uma vez que
as regras estabelecidas para os crimes são de maior rigor, ao passo que para as
contravenções penais, são estabelecidas regras mais brandas.
c) ERRADA. Pune-se a contravenção penal apenas em sua modalidade
dolosa.
e) ERRADA. O crime pode ser tanto doloso, como culposo, ou ainda
preterdoloso. Já a contravenção penal, é punida somente quando praticada
dolosamente.

14) (CESPE – PC/AL – Delegado de Polícia – 2012)


Com base na interpretação doutrinária majoritária e no
entendimento dos tribunais superiores, julgue o item seguinte.
Apesar de, no campo fático, ser possível ocorrer a tentativa de
contravenção penal, esta, quando se desenvolve na forma tentada, não
é penalmente alcançável.
Gabarito. CORRETO.
VIDE Lei das Contravenções Penais, art. 4º: Não é punível a tentativa de
contravenção

15) (FCC – MPE-SE – Técnico do Ministério Público - Área


Administrtiva - 2009)

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Fato típico é:
a) a modificação do mundo exterior descrita em norma legal
vigente.
b) a descrição constante da norma sobre o dever jurídico de agir.
c) a ação esperada do ser humano em face de uma situação de
perigo.
d) o comportamento humano descrito em lei como crime ou
contravenção.
e) a possibilidade prevista em lei do exercício de uma conduta
ilícita.

Gabarito. D. O fato típico é iniciado por uma conduta humana que é


produtora de um resultado naturalístico, aqui há um elo (nexo causal) que liga a
conduta do agente ao resultado, e por fim, que esta conduta se enquadra
perfeitamente ao modelo abstrato de lei penal (tipicidade). Portanto o fato típico
é composto de: CONDUTA, RESULTADO, NEXO CAUSAL, E TIPICIDADE.

3. Lista das Questões Apresentadas

1) (FUNCAB – PC/ES – Escrivão de Polícia – 2013) João, na


véspera do seu aniversário de dezoito anos, ao sair de um baile foi
cercado e agredido por seu desafeto Cláudio. João, que estava com uma
faca escondida, desferiu dez facadas contra Cláudio, que veio a falecer
após 40 dias internado em razão das facadas. Nesse caso:
a) não houve tipicidade.
b) não houve ilicitude.
c) não houve culpabilidade.
d) não houve punibilidade.
e) houve a prática do crime de homicídio doloso.

2) (FUNCAB – PC/ES – Escrivão de Polícia – 2013) Infração

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penal significa:
a) Quando um caso não previsto em lei é regulado por umpreceito
legal, que rege um semelhante.
b) Ofensa real ou potencial a um bem jurídico, levando-se em
consideração os elementos subjetivos do tipo, a ilicitude e a
culpabilidade.
c) Todos os valores ético-sociais que estejam a exigir uma
proteção especial, no âmbito do direito penal, por se revelarem
insuficientes à proteção dos outros ramos do direito.
d) Quando o princípio para o caso omitido se deduz do espírito e
do sistema do ordenamento jurídico, considerado em seu conjunto.
e) Que o delito é sinônimo de contravenção penal no Brasil.

3) (CESPE – TJ/DFT – Técnico Judiciário – 2015) Acerca do


crime e da aplicação da lei penal no tempo e no espaço, julgue o item
que se segue.
Sob o prisma formal, crime corresponde à concepção do direito
acerca do delito, em uma visão legislativa do fenômeno; sob o prisma
material, o conceito de crime é pré-jurídico, ou seja, é a concepção da
sociedade a respeito do que pode e deve ser proibido.

4) (FGV – PROCEMPA – Analista Administrativo / Advogado –


2014) Majoritariamente, a doutrina conceitua crime como sendo um fato
típico, ilícito e culpável. Como elementos do fato típico estão a conduta,
o resultado, o nexo de causalidade e a tipicidade.
Com relação a tais elementos, assinale a afirmativa correta.
a) Não há crime sem resultado jurídico.
b) Na teoria finalista da ação, o dolo e a culpa devem ser
analisados na antijuridicidade.
c) A coação moral irresistível, diferentemente da resistível, afasta
a própria conduta e, assim, a tipicidade.

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d) Para que seja reconhecida a tipicidade material, basta a simples
adequação da conduta ao tipo penal.
e) A superveniência de causa relativamente independente que, por
si só, produza o resultado, faz com que o agente apenas responda pelo
resultado a título de culpa.
5) (CESPE – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo –
2014) Quanto às penas, à tipicidade, à ilicitude e aos elementos e
espécies da infração penal, julgue os itens a seguir.
Na legislação pátria, adotou-se o critério bipartido na definição das
infrações penais, ou seja, estas se subdividem em contravenções penais
e crimes ou delitos, inexistindo diferença conceitual entre as duas
últimas espécies.

6) (FCC – TRF/3a Região – Técnico Judiciário – 2014) Não há


crime sem:
a) dolo.
b) resultado naturalístico.
c) imprudência.
d) conduta.
e) lesão.

7) (CESPE – TJ/DFT – Técnico Judiciário – 2013) A respeito do


direito penal, julgue o item que se segue.
Considera-se crime toda ação ou omissão típica, antijurídica e
culpável.

8) (FMP/RS – TJ/AC – Titular de Serviços de Notas e de


Registros – 2012) Assinale a alternativa correta.
a) O conceito de infração penal é mais amplo do que o conceito de
crime.
b) O conceito de infração penal coincide com o conceito de delito.

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c) O conceito de infração penal coincide com o conceito de crime.
d) O conceito de infração penal é menos amplo do que o conceito
de crime.

9) (FCC – TCE/PR – Analista de Controle – 2011) Em relação ao


conceito formal e material do crime é correto afirmar:
a) Somente no conceito material permite-se um desdobramento do
tipo penal em ação ou omissão, tipicidade, ilicitude e culpabilidade.
b) No conceito formal, o delito constitui uma lesão a um bem
jurídico penal.
c) O delito, sob a perspectiva material e formal, é punido com pena
privativa de liberdade ou restritiva de direitos
d) O conceito de delito formal é o fato humano proibido pela lei
penal, e material há lesão ou perigo de lesão a um bem jurídico-penal.
e) O delito é fato típico e antijurídico e a culpabilidade, para o
conceito material, o distingue do conceito formal.

10) (IESES – TJ/MA – Titular de Serviços de Notas e de Registros


– 2011) É certo afirmar:
I. A punibilidade é requisito do crime.
II. Sob o aspecto formal crime é um fato atípico e antijurídico.
III. Não basta que o fato seja típico para que exista crime. É
preciso que seja contrário ao direito, que seja antijurídico.
IV. Pressupostos do crime são circunstâncias jurídicas anteriores à
execução do fato, positivas ou negativas, a cuja existência ou
inexistência é condicionada a configuração do título delitivo de que se
trata.
Analisando as proposições, pode-se afirmar:
a) Somente as proposições I e II estão corretas.
b) Somente as proposições III e IV estão corretas.
c) Somente as proposições II e IV estão corretas.

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d) Somente as proposições I e III estão corretas.

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Direito – 2010) Em relação à aplicação da lei penal e aos diversos
aspectos do crime, julgue o item seguinte.
No Código Penal brasileiro, adota-se, em relação ao conceito de
crime, o sistema tricotômico, de acordo com o qual as infrações penais
são separadas em crimes, delitos e contravenções.

12) (CESPE – PC/BA – Delegado de Polícia – 2013) No que se


refere às contravenções penais, aos crimes em espécie e às leis penais
extravagantes, julgue o item a seguir com base na jurisprudência dos
tribunais superiores.
A tentativa de contravenção, mesmo que factível, não é punida.

13) (VUNESP – PC/SP – Investigador de Polícia – 2014) Com


relação ao crime e à contravenção, assinale a alternativa correta.
a) A contravenção penal somente pode ser apenada com detenção.
b) O crime é infração penal menos grave do que a contravenção.
c) A contravenção poderá ser dolosa ou culposa.
d) A contravenção penal poderá ser apenada com prisão simples.
e) O crime é doloso e a contravenção, culposa.

14) (CESPE – PC/AL – Delegado de Polícia – 2012)


Com base na interpretação doutrinária majoritária e no
entendimento dos tribunais superiores, julgue o item seguinte.
Apesar de, no campo fático, ser possível ocorrer a tentativa de
contravenção penal, esta, quando se desenvolve na forma tentada, não
é penalmente alcançável.

15) (FCC – MPE-SE – Técnico do Ministério Público - Área

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Fato típico é:
a) a modificação do mundo exterior descrita em norma legal
vigente.
b) a descrição constante da norma sobre o dever jurídico de agir.
c) a ação esperada do ser humano em face de uma situação de
perigo.
d) o comportamento humano descrito em lei como crime ou
contravenção.
e) a possibilidade prevista em lei do exercício de uma conduta
ilícita.

4. Gabarito

01 – C 08 – A
02 – B 09 – D
03 – CORRETO 10 – B
04 – A 11 – ERRADO
05 – CORRETO 12 – CORRETO
06 – D 13 – D
07 – CORRETO 14 – CORRETO
15 - D

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