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POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA NO GOVERNO BOLSONARO: Análise Das Relações Sino-Brasileiras em Meio A Pandemia de Covid-19
POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA NO GOVERNO BOLSONARO: Análise Das Relações Sino-Brasileiras em Meio A Pandemia de Covid-19
RIO DE JANEIRO
2021
JACQUELINE DA SILVA CERQUEIRA ( 20182361076)
RIO DE JANEIRO
2021
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SUMÁRIO
1 Introdução…... ........................................................................................................3
2 Breve resumo da procedência da parceria comercial Brasil e China…............4
3 A sinofobia no perfil bolsonarista….....................................................................6
3.1 A campanha presidencial de 2018 e o início do governo Bolsonaro……….......7
4 O advento da pandemia de Covid- 19.................................................................10
5 CONCLUSÃO.........................................................................................................14
REFERÊNCIAS......................................................................................................15
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1 INTRODUÇÃO
1
O satélite sino-brasileiro CBERS-4 foi lançado em 2014 e completou 6 anos em órbita no final de
2020, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Disponível em:
<http://www.inpe.br/noticias/noticia.php?Cod_Noticia=5624>. Acesso em : 25/nov/2021.
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apegarmos a análise de cenário mais atual na esfera econômica, com a finalidade
de trazer uma noção ampla sobre os benefícios que a tal parceria concede ao
Brasil, a fim de afrontar intelectualmente quaisquer discursos preconceituosos e
carentes de razão, como os por vezes propagados pelo atual Presidente da
República Federativa do Brasil.
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produção, já que este escoamento está diretamente condicionado à existência de
infraestrutura e logística de transportes adequada.
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Fonte: MDIC - elaborado por Scot Consultoria
Vale constar que durante o seu governo, Trump iniciou uma quebra de braço
comercial com a China que foi chamada por muitos jornalistas e estudiosos como
“Nova Guerra Fria”. As duas potências trocaram ameaças no cenário diplomático,
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assim como trocaram retaliações na esfera econômica, através da implantação de
tarifas e impostos sobre as exportações de produtos importantes para os referidos
países, por exemplo.
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Bolsonaro faz piada com asiático e possível eleitor, reiterando-a em outras situações em que esteja
presente figura asiática. Disponível em:
<https://extra.globo.com/noticias/brasil/bolsonaro-faz-piada-com-oriental-tudo-pequenininho-ai-veja-vi
deo-rv1-1-23668287.html> e
<https://www.poder360.com.br/governo/em-programa-de-tv-bolsonaro-faz-piada-homofobica-e-sobre-
asiaticos/>; Acessos em: 29/set/2021.
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Brasil, e da participação em eventos junto a organizações e entidades,
especialmente privadas, para consolidar sua base eleitoral.
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apoiaram o rápido crescimento do Brasil. O despejo da China, que
Bolsonaro certa vez descreveu como um parceiro excepcional, pode servir
a algum propósito político específico. Mas o custo econômico pode ser
pesado para a economia brasileira, que acaba de emergir de sua pior
recessão da história. [...]
Embora Bolsonaro possa ter imitado o presidente dos EUA ao ser franco e
ultrajante para capturar a imaginação dos eleitores, não há razão para ele
copiar as políticas comerciais de Trump - como muitos de seus apoiadores
apontaram.
Ao ser questionado por jornalistas sobre a pressão que tem sofrido por
parte de seus eleitores para dar explicações sobre o fato de viajar para um
país comunista, Bolsonaro afirmou que a nação é “capitalista”. Já em
relação às críticas feitas anteriormente contra a China sobre o comércio, o
mandatário se recusou a falar e ressaltou que “não veio [a Pequim] para
falar de questão política”. (Revista “ISTO É”, 2019)
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e não houve no seu entender nenhum atrito. Bolsonaro ainda convidou estatais
chinesas a participar do leilão do pré-sal e conversou sobre a possibilidade de
exportar etanol para a China, tendo em vista o interesse deste último.
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liberdade seria a solução”. O embaixador da China resolveu responder às
acusações do parlamentar, também através do twitter, à priori, com o seguinte:
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de forma pejorativa, racista e sinofóbica. Em contrapartida, segundo o professor
Oliver Stuenkel (FGV), autoridades como a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina,
e o vice-presidente, Hamilton Mourão, se esforçavam para "consertar o estrago" e
convencer o governo a se concentrar nos benefícios mútuos da relação.
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(Corona Vac), que está sendo testada no Brasil pelo Instituto Butantan, porque o
medicamento não transmite segurança "pela sua origem" e não tem credibilidade.
Na ocasião, Bolsonaro disse que muito embora a relação comercial do Brasil com o
país asiático seja intensa, é possível que alguns pontos não estejam "totalmente
alinhados".
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último contato, naquele mesmo dia, o mesmo enunciou que a China continua
priorizando o Brasil para envio de insumos farmacêuticos. Bolsonaro recuou
publicamente, alegando não ter citado o nome do país asiático; entretanto, é certo
que foi experimentado o cenário de falta de vacinas, e inclusive de insumo
farmacêutico ativo (IFA) vindo da China, principal componente para a fabricação das
doses.
6 CONCLUSÃO
Parece que Bolsonaro vive sempre no limite das boas relações com o
principal parceiro comercial do Brasil, fazendo declarações ou adotando condutas
prejudiciais à estabilidade diplomática, para desespero de todos os não
bolsonaristas e não sinofóbicos, voltando atrás, ao menos, sempre que percebe
suas repercussões negativas.
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O estilo de investimento da China no Brasil é de longo prazo, então todos
eles são feitos pensando em cenários independentes de governos, que começam e
acabam. Entretanto, não é de se dispensar a prática da boa-vizinhança na política
externa, já que relações harmoniosas e respeitosas são mais férteis para acordos,
cooperações e preferências num cenários de dificuldade, como o caso da pandemia
em curso.
REFERÊNCIAS
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