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  • Organização Do Espaço em Instituições Pré-Escolares

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    Zilma M. Ramos de Oliveira (Org) (ro MR gusta Anke » Cob de Aska ng io « + "Mara Campos de Carvalho» Mr. Bonogomb bia © Marita rate Maria des Grogs Fury» Mora Lic de A Machado © Navan Fogunes Carat Congas EDUCACAO INFANTIL muitos olhares F edigtio 2 reimpressio Sieh Organizacéo do espaco em ‘instituigdes pré-escolares Mara | Campos de Carvalho ‘Marcia. onagamba Rubiano* Recentemente fem havido um reconhecimento cescente da mportincia de componentes do ambiente sobre 0 desenvolvi- _meto da cianga (David e Weinstein, 1987; Wacs e Cami, 1991) Enretanto, as earactristica ficas de um ambiente gealmente so neglgenciadas no planejamento de ambientes infantis coet ‘or, seam eles creches,esclas, hosptas, exceto elas recomen: ages gerade que esses ambiente dove sr rios eestiula doves. Inclusive em estudos sobre desenvolvimento da criangt este fat também ocorre,revelando assim um ponto de vista que considera os componentes flicas do ambiente como um censeio sem grande importincia, Weinstein e Mignano (1998), comentando expecificament® sobre sala de aula, dizem que, 9 menos que ela se tome uit unto a, mtoppubs ort, grant Ea simplemente sr tm ni, on pane de and, pre inpraco, Cnt, oraz dsl deal enna ‘seo sro detrnando em partes mado com pes sesso in pean Pm ‘um bom manejo do ensino em sala de aula. : oe ara aguls tore, quauer ambiente constr exec um impacto tana dirt como init, sinc sbre 8s indviduon Na prime itn ators Feos per nen claro comporoments, facia certs avdades cbt outs, Porexempo emma cal de ala tional prin, teas arta ot0dspostas em fly, 0 que ode dcamente titra paripagio dos encanto una sco eral porque iculades des evi verteduo os pesca, ues ‘compo ¢eado pa andi de pasagem ou comin ates Para rade atid ou em gr ruta na ste. Comuricam mensagensinblcs bres tengo e ales dat pessot que o conto Novem acina dala Ge aul {ion nite ipo casa mages 2os lune sabe a expeciaivague se em em hoses “npn Spenco dro cu hs ag ipa pve ls xfs do ambiente xem inpace eo comport sdeseus nase com eda poe ogous int ds jen ie pres tg P so a rs) ange que a organiza do alent pode cere ta concep de deelvinenioe onarzae So capae «educacionalc) pesquises que wealizamtos apontanl a inlaacia sda onganizacio espacial na nteragiowbrineadeita de croncasem, creche ed) a experincia de assessoria em uma das ceches est dadas. |. Funes da organizaco do ambiente Em geral, ox ambientes infantis ém sido pobremente pla jndos, pois geralmente si orlentados para atender as recess des do adultoe/ou do grupo como um todo, desconsiderandoss necessidades priprias das riangas, principalmenteem institutes onde se restrnge muito desenvolvimento da dentidade pessoal Seja qual foro tipo de intituigao — escola, prsescla, creche, hospital — ela geralmente ¢caracterizada por um alto grau de «controle e organizagio externa, de rotina de comporiamentos ¢ delimitagdes de oportunidades para escolha pessoal (Prashansky « Fabian, 1987). Privacidade, intmidade e escolha so colocados de laco em favor de cooperagio, competiciae trabalho discipl nado (Kennedy, 191), David e Weinstein (98 afirmam que todos os ambientes construidos para criancas deverlam atender a cinco fung@es rel tivas ao desenvalvimenta infant no sentido ce promover: iden tidade pessoal, desenvolvimento decompettncia,oportunidades para crescimento, sensacio de seguranca e confanga, bem como ‘portunidades para cantato sociale privacidade. A seguir cada uma dessasfungdes srs desrita resumidament 1. Promover identidade pessoa. A personalizagiodeespages © okjetos ¢ elemento crucial no desenvolvimento da identidade Pessoal — no nos vemos como individos sltos no espago, em lum vieuo, mas como individuos que vivem em determinado momento histrico-social, morando-em certo lugares ¢possuin- do certos objetos Desa manera, a identidade pessoal est intinsecamente ligada & nogto de identidade de lugar, que corsiste de cogniches ccumulativas — pensamentos, meméras, crengas valores, eins, igificadae — sobre 0 mundo no qual a pessoa prefertncla ¢ signiticadas — sob vive, Cestos espagos ¢ ligaes, por sorem familiares, propris, sites, sobre os qua podemos ter controle, favorecem a integri- lade do sentido desi, Todos néstomos memérias bem vividas de Iugares favoritos de nossa infincia. Quando visitamos nossa es «ola ou a casa onde crescemos, geralmente sentimos nostalgia © entio veem & nossa lembranga vivias experiinciassignifcaivas| de nosse vida, acompanthadas por um sentimento profundo de ligacdo afetiva a determinados lugares eespagos (Proshansky e Fabian, 1987) Instalagesfisicas convenientes parg que as ering idades— tomar gua, pegerroupase teal apagarhuzes, ter cl acesso a prateleraseestantes com m rials, mesasecadeitas — sem assisténcia constant ‘Ademas, pitas ambientais como a presenca de tipos espe cifcos de bares, delimitando subireas dentrode um comodo, Lambs elaboram para Jimentote competi pois P torna mais cil crianga planar vesecutaratiidades, comnts eancentragin & mens intereupgoes.A presen de camtinhes, I andl dress entra de uma mesma sa, bem contibuem para 0 planejamento ¢ execugio de aividades pels crianges. Como bem apontaco por Weinstein e Migrana (1983) caminhos para behedoura, para apontador de lapis, para oto, para as sacoles dleroupa, para acaixa de binges, para asestantes, dever ser claramente visiveis e cuidadosamente planejados para evitar congestionamentoe dstragio, endo devem passar por reas de trabalho, ou de atvidades de outraseriangas, e/ou inerrupeio das atividades. ara eviardistragio 8. Promover oportunidades para crescimenta. A oportuni= dade para explorar ambientesricose varado geralmente est asocinda 20 desenvolvimento cognitivo social wmotor. Ascara teratcas de responsividade,complexidade evariedade dos obj tos inanimados tn sso relacionadas ao desenvolviment Para tornor um ambiente mais ioe variado, lds (1987) tem sugerco que os ambientes devem ofetecer oportunidades para _movimentes comporaise para estimulagéo dos sentidos. Movimentos coxporais. Osambientes devem fomacer pot tunidades par as viangas idarem,correrem, subirem,descene- me pularem com na, peemitindo-Ihestentay,falhar © tenlarnovamente. Especinimente durante operiodo senssrio-mo- tor (ts primeiros anos de vi a), um ambiente ideal deveria boferecer oportunidades frequentes para acriangy aprender as mover e a controlar © préiprio corpo no expago, convicando & ™movimentos tais como: senta,halancaro proprio compo, engi nhar sata, corte, subir puilor gare, pendrar-se, curvars levirarse. Osseguintes materials siosugeridos para 0 desenvol viento dessas habilidades movoras globis colchonetes de & puma de ae de gua; almfadas de diferentes tamanhos ete ‘seadasbaiersesintaras de maser, con ceca decWcentimetos Sealtura poroitocentimetzosdelangora, para subieeengatinar rampas eescortgavores bates cacetas de divarsos ips dos sentido, por ane Estimulagao dos entidos, Os ne cionarem, deve sseber estimailagan do ambiente extemo. Por exemple, midangis na corrente de ar revelam adores que nao seriam deteclads em ambientesesiticos e echados. Os sents funcionameom base erm movimentosambionlais Mudangasstis ‘emsteradas cle etimulagdo otrem frequentementeng mundo natural his coma a presenga de brisas, oagradavel som de um Fiaco, os ones de arvores¢ flocs. Estas variacdes moderadas die estiolagie sensorial ajudam a manter niveis 6timos de ‘acidade mentale sce, © prosovem sentimentos de contorte e atitudes descontrakdas. As crangas devem experinciar dire areca, Desst mani tem sido recomend priortainmente 0 desenvolvimento de atividadesem espacos abertos. espacosinternos, especialmente ts desinados a crianses pequenas, devem se abrir, sempre que possivel, pata Snes externas coberas e no cobertas, Como nem Sempre possivel a ocortncia de atvidades em divas externas, de fundamental importinca a presenea de elementos natura slentro de interiors, ais coma jana qe permit iuminacio natural ea enttada eso. a visio do cy, de drvorese passarinhs, a presensa de vasos com plantas Mores A variagio de estnulagio deve ser procurada em todos os sentidos cores e formas; nisiene vozes; aromas de flores e de Alimentos sendo feitos; oportunidades para provar diferentes shores. Apesar do tata consitirumdossentidasratsutizados por criangas a tercena anode idade, ele tem sido geralmente hegligenciado em amnbentes coletivos, Neste, ¢ oportuno est otogueofenenco materins durose macs, dsperosc isos, quentese ros, ibratriose eatives, para a criana tee conta, AAcestimulagio dos sentios também ocorre com varlaglo de manho de espagos (pequenos ¢ grandes); altura do chlo (com lovacbes ¢descias); altura do teto (pangs, tela, claraboiag) altura de barreiras(paredes, meias-divisérias, biombos, estantes ‘axa; lugares bem earos e menos caros, barullentos quieton, aconchegantes ers. Estas warlagbesalém de impero dein terest, estimulam a clang. a busca atividades eniveis de est 'mulagoapropriados as suas necessdades nos diferentes morn tos do dia, 4, Promover sensagio de seguranga ¢ confanga, Sentinse segura econfiantesioaspectosessenciais que permitem a eriange exploraro ambiente; por sua vez como odissemos, a explors- fo é crucial para o desenvolvimento rotor, cognitive e emote nal, Por exemplo, variagdes dramaticas de eaimulacio vam a ‘rianga a se sentir ameagada edesorientada; dessa mancit, s80 sugeridas modifcagbes moderadas dos estimiulos, ej no nivel do solo, altura do tet, iuminagdo,corese demas elementos fs «os que possam contribuir para a percepcio de um lugar coma «confortavel, interessante e seguro, Sensasies tits tamibém si0 importantes para transmits seguranga—a medida que caracte- "sles fsies do ambient convidam ao toque, aumenta a sensa- fo de seguranga, permitindo 8 crlangaexplorar o espago mais prontamente 5.Promover oportunidades para contato social eprivacida- de. Um ambiente deve ser planjado, tanto em termos de espego como de objetosdisponives, paraatender ambasas necesidades, e contato socal e de privacidade, Varir 0 tamanho de ireas dentro de um mesmo espago,oferece oportunidade para iso mento, aividades em pequenos grupos ou de tado.a grupo, ite ages difdicas ou utras. Olds (1987) comenta que dreas plane jadas para seomodar quatro pessoas diminuem 0 estresse € encorajam a participasio individual. Espagos privadosfornecem ‘Sportunidade para expressar e explorat sentimentos, especial trent osde ava, angistine fustracio,lngedo olhar dos Outros; ferver para a ctlangaretirarse, momentaneamente, do rites pido do grapo, ou para um descanso para novas stuagbes, ‘Ademais,a presenga decadelras pequenas,platalormas, patama- es com largos degraus serve tanto para descanso como para tbservar as atividades que estio se desenvolvendo, 2, Organizacio do espace e concepgses de desenvolvimento (Os educadores esto em ger corse de om che tvs, condos e melo ena ala st no das teoras pclae estos subjacent come sponta por erg e Majer (972) Varnos proctor even como con- Cepybise desenvolvimento am conacentemert ou 0, ‘rpanizagiedeanblete es natiigheseduaconl. Emcreches de ii Pato ere, tendendo fant sage ann end, Sea Sve a. QDR enconvrancs) una tea de um edulopara quince ranges com tees anos de ade" ba niveledueacna la detrramentvepessimas conde ce bal da tent) precede das instal teu feo atendmento das nemsdaes isis, sm {Bodo dtndinntorastendente pando um no acral fe tabalho pert la, em ndmeoe omen de espera Psa a crianga, pouea oportunidade para interagao adulto/rianga © ‘enhuma preocupagto com o élalonamento entre criangas estas creches os ambientes geralmente se apresentavam. \azios de mobili, equipamentes, enfetes,havendo poucos ‘objets isponiveisparaas rings, Mesmo em creches om sans ‘bem mobiladas, observamos as educadonssencostandoos maver, nas paredes, ou empilhando-os em um canto, para obtet um se aco central vizio, sem qua quer empecilho para ative info 8 Tso sugre a exstncn de um pressupost de que canes Pesqueas, pelo menos cm dade inferior rs anos, ecesity de um espaco ample, abeetoe vai, possivelmente pla vans, ago de atvidades corpora seas, enwolvendo a execusio de habilidades de coordenagio motoa global. Encoslar 0 mls nos paredes ae suger tambem, por parte dos adults, uma ‘manera para diminuea chance dascrianas se machucarem, A despelto de dficuldades condi, ocasionando wna scans demobitioe objets ta aide eidencia um model «siveacionalcentaizado no adult, seja tn modelo de cided "motemo substitutive ou um model escolar Este modelo percebe a cian, sobretudo a pequens, como sendoincapa de enol verseemanterseem atividades, prinipalmente as comnpartha. as com cetneas, sma meciagia do adult. Coneebe a fora {0 da crianga teas das ative digas plo adult, ano 35 de cuidados fsicos como as educacionas, estas geralmente desenvolvidesem tomo de mesinhascomaatendenteassumtindo © papel tralclonal do professor eas ctiancas precisando repor ‘ar-se ao adulto para qualquer necessidade. Desde que as rans requerem dire orentagéo quase que constante doadulto,um ambiente com um amploespaco cent vazio faclitatia otrabelho do mesmo, Questionamos juntamente com Stamibak e Verbs (1986) 9 adequacio do modelo centralizado no adult, o qual, inflizmen te, tem sido amplamente implementado em eres de virios paises. De acordo com nossa concepeio, a ech constitu ente(Bronfenbrennes, 1979; Moore, 1987; Stokols, 197, Vasine, 1987; Wohl e Heft, 1987) 3. studos sobre aranjo espacial Considerar asinteraesentrecrlangae como tioimportantes {quanto as interagbesaulto-cianga para 0 desenvolvimente in fant suscita quests sobre como os ambientes podem favorecer ou dificultar a oconrénca dle interagdes,prineipalmente entre

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