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Excelentíssimo(a) Juiz(a) de Direito da Vara de Família da Comarca de Vilhena/RO.

MARIA DAS GRAÇAS, brasileira, casada, bancária, com cadastro no RG nº 111111


SSP/RO, inscrita no CPF sob nº 000.000.000-00, residente e domiciliada a Rua x, nº 1, bairro Y, no
Município de Vilhena/RO, vem respeitosamente, através de seu advogado propor com base na lei
6.515, de 26 de dezembro de 1977

AÇÃO DE DIVÓRCIO DIRETO COM PARTILHA DE BENS

Em desfavor de, JOÃO CARLOS, brasileiro, casado, aposentado, com cadastro no RG


222222 SSP/RO, inscrito no CPF sob nº xxx.xxx.xxx-xx, residente e domiciliado a Rua x, nº 1,
bairro Y, no Município de Vilhena/RO, pelos fatos e direito que passa a expor e requerer.

1. DOS FATOS

A Requerente contraiu matrimônio com o Requerido em 02/01/2011, sob o regime de


comunhão parcial de bens.
O casamento foi registrado no 01º Cartório de Registo da cidade de Vilhena/RO, motivo pela
qual se faz o ajuizamento na presente comarca.
Após mais de 10 anos em comunhão, a Requerente já não vê mais possibilidades de continuar
com o matrimônio. Entretanto, tal separação não é consentida pelo marido, motivo pelo qual se faz
necessário a presente demanda judicial.
Durante o período de comunhão, o casal construiu patrimônio juntos, assim como a concepção
de dois filhos:
 Pedro Carlos, brasileiro, nascido em xx/xx/xxxx, inscrito no CPF sob nº 999.999.999-99
 Rafael Carlos, brasileiro, nascido em xx/xx/xxxx, inscrito no CPF sob nº 666.666.666-
66
Desta maneira, além da separação judicial, também é necessário o pedido de pensão
alimentícia, analisada pelos parâmetros do binômio de necessidade/capacidade.
2. DOS BENS

O patrimônio do casal é estimado em R$ 670.000,00 (seiscentos e setenta mil reais) e consiste


em:

 Apartamento, avaliado em R$ 450.000,00 (quatrocentos mil reais), localizado na Rua X, nº


1, bairro Y, em Vilhena/RO, com registro no 1° Registro de Imóveis de Vilhena, com
matrícula de nº 1234.
 Veículo da marca Corolla Toyota, com tabela Fipe avaliada em R$ 100.000,00 (cem mil
reais), ano 2020, placa RCI0212.
 Veículo da marca Corolla Toyota, com tabela Fipe avaliada em R$ 120.000,00 (cento e
vinte mil reais), ano 2022, placa RSE0212.
Referente aos veículos, a Requerente utiliza o modelo de 2020, enquanto o veículo de modelo
2022 é utilizado pelo Requerido. Portanto, será necessária a transferência dos veículos para cada
parte, conforme relatado acima.
A respeito do imóvel, requer-se a partilha do bem em 50% (cinquenta por cento) para cada
cônjuge, visando posteriormente a realização da venda do bem, com cada um ficando com metade
do valor da venda.
3. DAS DÍVIDAS
Durante todo o período matrimonial, o casal não possuiu dívidas ou problemas fiscais.

4. DA GUARDA E ALIMENTOS DOS FILHOS


Os dois filhos do casal são menores, e os cônjuges estabeleceram entre si que o regime a ser
adotado no divórcio com relação aos filhos é o de guarda compartilhada, conforme os artigos
1.583, parágrafos 2º e 3º, e 1.584 do Código Civil.
A requerente propõe os seguintes termos em relação à guarda compartilhada das crianças:
 Durante a semana, a mãe ficará com os filhos, devendo o pai buscá-los às 18 horas da sexta-
feira e devolvê-los ao domingo, também às 18 horas.
 No aniversário do pai, que cair em data de responsabilidade da mãe, ele poderá, desde que
avisado previamente, buscar os filhos para passar o dia com ele.
 A mesma lógica se aplica às datas de aniversário da mãe.
 No aniversário dos filhos em que os pais não irão comemorar juntos, deverá ser observada a
lógica de quem está responsável pelo filho naquele dia.
 Em anos ímpares, os filhos passarão o Natal com a mãe e o Réveillon com o pai; nos anos
pares, os filhos passarão o Natal com o pai e o Réveillon com a mãe.
 Durante as férias escolares das crianças, elas passarão metade das férias com a mãe e a
outra metade com o pai. Caso haja planejamento de viagem, uma parte deverá avisar a outra
antecipadamente, de forma a não prejudicar a guarda do outro.
 No período letivo, feriados prolongados não serão considerados, a não ser que previamente
combinado entre os pais.
 Os pais poderão modificar e alterar qualquer coisa prevista nesta lista, desde que seja em
comum acordo entre os dois, e as alterações não prejudiquem nem beneficiem o outro.
 Os pais deverão, por todos os meios, preservar a segurança e saúde dos filhos, desde o zelo
com a alimentação até a segurança em cada uma das residências onde eles estejam. Por
exemplo, instalando telas em janelas e varandas que possam representar risco aos menores,
nos imóveis que os requerentes vierem a residir.
O Requerido proverá alimentos equivalentes a 30% (trinta por cento) de sua renda mensal,
sendo 15% para cada filho. Esses valores devem ser depositados até o 5º dia útil de cada mês, na
seguinte conta bancária:
 Banco: Bank
 Conta: 666-6
 Agência: 66
 Titular: Maria das Graças
 PIX: 66 96666-6666
O Requerente arcará, ainda, com:
 os custos relativos às escolas.
 os custos relativos ao transporte escolar.
 os custos relativos aos planos de saúde.
 Os gastos com material escolar e matrícula serão divididos em partes iguais.

Outros gastos que ocorram de maneira superveniente emergente ou em comum acordo serão
divididos nos termos do artigo 1.568 do Código Civil.
5. DO USO DO NOME
Não houve alteração de nome da Requerente no momento do matrimônio das partes. Desta
maneira, não há necessidade de discutir qualquer mudança de nome por parte da requerente.
Quanto aos filhos, eles continuarão a usar o sobrenome Carlos, herdado do pai, sem nenhuma
alteração.
6. DO DIREITO
O divórcio por vontade unilateral de apenas um dos cônjuges foi tratado pelo Supremo Tribunal
Federal (STF) no Tema do Recurso Extraordinário (RE) 1.167.478. Nesse julgamento, ficou
estabelecido que não é necessário aguardar a separação de corpos por mais de 2 anos para requerer
o divórcio judicial. Basta que uma das partes manifeste sua vontade em juízo para que o processo
de divórcio seja iniciado.
Decisão: O Tribunal, por unanimidade, apreciando o tema 1.053 da
repercussão geral, negou provimento ao recurso extraordinário. Por
maioria, fixou o entendimento de que, após a promulgação da Emenda
Constitucional 66/2010, a separação judicial não é mais requisito para o
divórcio nem subsiste como figura autônoma no ordenamento jurídico
brasileiro, vencidos, quanto à parte final, os Ministros André
Mendonça, Nunes Marques e Alexandre de Moraes. Por fim, foi fixada
a seguinte tese: "Após a promulgação da EC nº 66/2010, a separação
judicial não é mais requisito para o divórcio nem subsiste como figura
autônoma no ordenamento jurídico. Sem prejuízo, preserva-se o estado
civil das pessoas que já estão separadas, por decisão judicial ou
escritura pública, por se tratar de ato jurídico perfeito (art. 5º, XXXVI,
da CF)". Tudo nos termos do voto do Relator. Presidência do Ministro
Luís Roberto Barroso. Plenário, 8.11.2023.

Quanto ao nome, por se tratar de direito personalíssimo, é possível ao cônjuge optar pela
manutenção ou retirada do nome de casado, conforme exposto no Código Civil, em seu artigo
1571, § 2º, da Lei nº. 6.515/77.
Com esses fundamentos, faz-se necessário que o presente acordo seja, portanto, homologado
por Vossa Excelência, para que surtam seus devidos efeitos.
7. DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requerem:
(a) o deferimento do pedido de divórcio direto, bem como, todos os pedidos apresentados nesta
petição nas condições acima expostas;
(b) seja determinada a devida averbação no Registro Civil competente e nos termos da partilha;
(c) com relação aos filhos, seja deferido o regime de guarda compartilhada, conforme artigos 1583,
§§2º e 3º, e 1584, do Código Civil, nos termos acima definidos;
(d) por fim, seja homologada a partilha dos bens do casal, conforme acima estabelecido.
Atribui-se à presente causa o valor estimado de R$ 670.000,00 (seiscentos e setenta mil reais)
Pedem deferimento.
Vilhena/RO, 25 de fevereiro de 2024
OAB/RO 15.000

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