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O COBRE NA ALIMENTAGAO DOS SUINOS SERGIO h. G, D’'AULISIO (*) INTRODUCAO © cobre s6 comecou a ser considerado como micro nutriente mi- neral essencial a partir de 1928 quando HART e colaboradores, estu- dando as causas da anemia da lactacao em ratas, conseguiram pro. var a essencialidade da presenca do ferro e do cobre no processo da hematopéese dessa espécie animal. A partir de entao, numerosos experimentos vieram comprovat serem ésses elementos ‘essenciais também a outras espécies domés- ticas, Entrementes, descobriram-se em varias partes do mundo algu- mas enfermidades de ocorréncia natural e que foram relacionadas com a caréncia de cobre, uma vez que respondiam satisfatoriamen- te a uma terapéutica de administragao de cobre. Assim, ao pesqui- sar as causas da “enfermidade do sal" em bovinos da Florida (Esta- dos Unidos), NEIL em 1931, demonstrou ser a caréncia de cobre o fator determinante dessa enfermidade, a: como soncluiu SJUL- LEMA em 1933, na Holanda ao estudar o “Mal de Lecksucht” em bo- vinos e ovinos. Outras doencas mutricionais e distirbios organicos, como a “ataxia enzéotica” estudadas por BENNETTS & CHAPMAN em 1937 em cordeiros recém-nascidos, tiveram por diagnéstico a caréncia de cobre no organismo. Essas descobertas porporcionaram um grande estimulo ao es- tudo da fisiologia nutricional do cobre e as suas principais fungées do organismo animal, Por outro lado, observaram-se também intoxi- cagées quase sempre mortais como a “intoxicacéo crénica das ove- Thas da Austrélia Oriental” quando é@sse micro nutriente era ingeri- do em excesso. (+) Bolsista de Pés-Graduacéo do CNPq (Conselho Nacional de Pes- quisas). Este trabalho foi feito com o auxilio do CNPq. 1 Revista de Agricultura Hoje, sabe-se que a acio do cobre como nutriente essencial é determinada por varios fatéres na auséncia dos quais o cobre tera no organismo um efeito téxico. UTILIZAGAO DO COBRE PELOS SUINOS Distribuicao no organismo O cobre se distribui de forma irregular no corpo dos sufnos, sen- do 0 figado ¢ o sangue as partes onde se localizam os maiores teo-- res do clemento, porém em menor escala aparece também nas gos~ duras, medula éssea e outras partes do corpo, Um grande niimero de compostos contendo cobre ja foi isola~ do em tecidos vegetais e animais e que tém influéncias fisiolégicas bastante importantes. Fungoes Nao se conhece bem como o cobre intervem na biossintese da hemoglobina, Acredita-se que sua aco seja de biocatalizador. A auséncia de um teor minimo de cobre na medula 6ssea pro- vocara a formagio de hemdcias que ndo sobrevivem normalmente quando langados na corrente sanguinea e também nao haverd sin tese da fracdo hem da hemoglobina, 0 cobre parece ndo estar ligado ao mecanismo de absorgao, mo- bilizagic e transporte do ferro para a medula 6ssea (MATRONE, 1960). Foi demonstrado por HOWBAKER (1959) em Towa (Estados Unidos) que era o fon cobre isoladamente e nao 0 radical sulfato 0 resvonsavel pelo aumento do ganho de péso didrio dos leitdes em crescimento e em cuja dicta adicionava-se sulfato de cobre, comple- tando assim os estudos de BARBER (1955), que demonstravam a di ferenca significativa existente entre leitées com dieta normal e lei- tées com suplementacio de 250 p,p.m. de sulfato de cobre, no aumen- to de ganho de péso. O sulfato de cobre em niveis de 250 p.p.m., na dieta de leitées em crescimento apresenta resultados semelhantes aos dos antibidti- cos, como observou BOWLER (1955) na Inglaterra, sugerindo ser ocasionado pela possivel ago do cobre com desinfetante do trato di- gestivo dos leitées e portanto, diminuindo os efeitos prejudiciais que O cobre na alimentagaéo dos suinos TL os parasites do sistema digestivo provocam no crescimento ¢ estado sanitério dos suinos. Existem evidéncias de que as protefnas que contém cobre em sua composicéo séo produzidas através da acio de varios énzimos, como por exemplo: tirosinase, lacase, citocromo, oxidase, uricase, butiril COA de hidrogeniase — amino levulicino Acido dehidrase, etc., tédas contendo cobre em sua composigao e com funcdes oxidativas, Compreende-se, portanto, a necessidade da presenga do cobre no organismo do suino para a biocatalizagao do processo hematopoié- tico, 0 que vale dizer da essencialidade do elemento na manutengao da capacidade de troca do oxigénio transportado pela hemoglobina © importante fator na preservaco de um estado sanitario satisfatério. A reprodug&o dos suinos é outra atividade afetada pela carén- do cobre conquanto seja imprescindivel ao bom funcionamento do aparélho reprodutor, atuando ativamente no processo da esper~ matogénese. : Determinagéo do teor de cobre no organismo animal O teor de cobre existente no figado do suino é um valor bastan- te Witil na avaliacéo da quantidade désse elemento existente no seu organismo, 4 determinagéo do teor de cobre hepatico € no entanto, sujeito a variagdes bastante amplas. determinadas por imumeros ” fatdres como: idade, sexo, enfermidade, dieta utilizada, ete. A idade é um fator de variacio, pois como sabemos os animais mais novos de qualquer espécie tém’ teor maior do elemento deposi- tado no figado que os adultos, conforme mostra 0 quadro abaixo: Quadro IT — Teor de cobre em partes por milhao existentes na gordura livre dos tecidos = CATEGORIA ESPRCIE Humana | Suina | Felina Novos 7] 32) 25 | | Adultos 7 | 25 | 19 Revista de Agricultura A dieta influi no nivel de cobre hepatico, principalmente no ca- so da ingesto excessiva de molibdénio, sulfatos inorganicos, zinco, carbonato de calcio, que diminuem sensivelmente a quantidade de cobre existente no érgao. © teor de cobre hepatico nos suinos é proporcionalmente menor nas outras espécies domésticas, pois enquanto nos bovinos ¢ o- vinos a concentracao é de 100 a 400 p-p.m. na materia séca do figado, os suinos apresentam um teor de 10 a 50 p.p.m, As grandes variagdes que ocorrem nos teores de cobre hepati- co pelos motivos jé citados e também levando em consideracio as discrepancias obtidas entre individuos da mesma espécie, levaram os pesquisadores a procurar outra forma de avaliar a quantidade de co- bre do organismo animal e o material escolhido para tanto, foi o sangue cnde se analisa o nivel do micro nutriente no sangue inte- gral e no plasma Bisse material também apresentou variacées amplas no teor de Cobre, contudo apés confrontarem-se resultados obtidos nas varias espécies concluiu-se serem as oscilacdes de mesma ordem em tédas as espécies domésticas, com excecio das aves fisse fato permitiu aos pesquisadores determinar os niveis de cobre sanguineo minimos e maximos (caréncia ou toxidez) valendo ésses resultados para quase todo os animais domésticos, © teor considerado normal de cobre no sangue varia de 06 a i.5mg por litro, sendo mais frequentes de 0,8 a 12mg por litro, e usa-se atualmente o valor médio désses teores, 0 que nos fornece uma boa aproximacdo ou seja, Img por litro. As variagées acima descritas sio causadas por diversos fatéres: idade, gestacdo, doencas, dicta e a proporcao existente entre 0 co- bre ¢ 0 molibdénio ou sulfetos inorganicos contidos no organismo Pode-se afirmar que teores de cobre no sangue dos suinos, bovinos « ovinos inferiores a 0,5mg por litro indicam uma deficiéncia do mi- sro nutriente 10 organismo animal. Exigéncias de cobre na dieta A cxigéncia de cobre nos suinos € relativamente pequena, pois 10mg por quilo de raco so suficientes para suprir o animal désse mineral e promover uma nutricéo normal e é quantitativamente bem menor que as necessidades em ferro onde a suplementacao seria de 80mg por quilo de racho, As exigéncias de cobre e ferro na prevengéo da “anemia nut cional dos leitdes” segundo CARROL (1962) sfio as do quadro abaixo. © cobre na alimentagao dos suinos 3 Quadro II Mineral | Quantidade/quilo do total da ragao Cobre | 4,5mg/ 0,456 Kg Ferro 45,0mg/ 0,456 Kg Experimentalmente conseguiu-se estabelecer a deficiéncia de co- bre em leit6es usando-se dietas de preparo especial e UNDERWOOD considera desnecessaria a suplementag’o do mineral em ragdes ba lanceadas_ usuais. Os estudos de BRAUDE (1945) levaram-no a afirmar que leitdes novos alimentados com racdes normais e com boa satide apresenta- vam uma tendéncia inesperada de consumir maiores quantidades de ragio suplementadas com cobre. Estudando ésse fendmeno, BOWLER (1955), em um plano coor- denado envolvendo 8 diferentes centros' de pesquisas, encontrou um aumento médio de 5,6 % na taxa de crescimento como resultado da inclusao de 250 p.p.m, de cobre na racdo para suinos. Por outro la- do, BUNCH, em 1961, verificou que nao houve resposta dos animais 4 suplementagado caprica quando as ragdes nao eram acrescidas de zinco. Os trabalhos sébre as necessidades de cobre em suinos foram revisados por HAYS em 1961, que concluiu por recomendar niveis maiores do elemento na rag4o que o nivel metabélico de 10 p.p.m. Trabalhos experimentais levados a efeito no Centro de Nutri- sao Animal de Nova Odessa por RODRIGUES et alii, com 0 objeti- vo de verificar se o sulfato de cobre poderia melhorar a performan- ce de animais tratados com ragdes de alto e baixo nivel de energia, néo apresentaram significancia para ganho de péso e conversio da racdo nos animais alimentados com e sem sulfato de cobre, mas houve significancia para ganho de péso e eficiéncia dos alimentos para os animais tratados com ragao de alto valor energético, con- firmando o trabalho de PAULIN et alii em 1965; ésse trabalho de RODRIGUES constatou também o efeito do sulfato de cobre na pa- latabilidade das ragdes (quadro IV) tanto na de alta como de bai- xa energia visto que a conversio de alimento foi praticamente se- melhante com ou sem a adigao de sulfato de cobre como podemos ver no quadro abaixo. "a Revista de Agricultura Quadro TIT — Sumario do crescimento, consumo e conversio das ragées Ragio A} Ragio B | Rago C | Rado 0 / sullato oy sulla de cobre de cobre N. de leitdes testados 8 3 8 0 médio inicial (Kg) 26,12 | 26,62 26,41 Péso médio final (Kg) 9393 | 81,43 76,68 Ganho médio diério (Kg) 0,605 | 0,489 0,449 Consumo médio diario (Kg) 2/059 | 1,776 1914 Conversio das racdes 1:3,38 | 1:3,67 1:4,25 E comparando apenas ragdes de altas e baixas energias e ragdes com e sem sulfato de cobre temos o resultado no sumédrio do qua- avo abaixo. Quadro IV — Sumario do crescimerito, consumo e eficiéncia do alimento Nita Galra | c/ Sullato | s/ Sulfato eneigla | energia | de cobre | de cobre Péso médio final (Kg) 87,680 | 78,300 | 79,050 | 86,930 Ganho médio didrio (Kg) 0547 | 0464 | 0,468 | 0/542 Consumo médio diario (Kg) torr | 1985 | 1845 | 2/053 Converso das racées |1:4,26_| 83 Conclui-se por ésse estudo que a adico do sulfato de cobre nio exerce influéncia na eficiéncia do alimento, em contradigéo as ex- periéncias de BARBER (1955) nos Estados Unidos e BOWLER (1955) na Inglaterra; no entanto, a adicao de sulfato de cobre no experi- mento de RODRIGUES et alii em Nova Odessa foi de apenas 100 p.p.m. ¢ nessas quantidades era de se esperar tal fato, pois os estu- dos de BELLIS (1964) concluiram que apenas os animais que rece- beram 250 p.p.m. do elemento aumentaram o ganho de péso signi- ficativamente. Existem chividas sobre a agdo da temperatura no ganho de péso e conversao dos suinos que reccbem suplementacao de cobre ¢ 0 trax balho de KING (1960) levou-o a afirmar que 0 maior efeito conse- guido foi nas condicdes frias 54° F, pois a 65° F nao houve influén- cia do aditivo no ganho de péso. © cobre na alimentagaéo dos suinos 5 Causas e efeitos A deficiéncia de cobre pode ser priméria, quando existe 0 con- sumo de alimentos pobres em cobre e secundaria causada por ex- cesso de molibdénio ou sulfatos inorganicos no organismo animal. Nos suinos essa deficiéncia tem grande importancia principal- mente nos leitées recém-nascidos ¢ lactantes e é conhecida como “anemia dos leitées”, determinando alta mortalidade nas leitegadas; sua determinante € a privagao do acesso aos leitées a terra ou pas- tagens, portanto é necessdria a suplementagdo de cobre aos leitdes criados em confinamento. Os animais criados em sistema misto ou extensive absorvem o cobre naturalmente na terra ou nas forragens em quantidades suficientes do mineral, A caréncia se manifesta logo nas primeiras duas semanas apés © parto, pois apesar de nascerem com uma reserva de cobre no or- ganismo, os leitées nao recebem através do Ieite materno a quanti dade necessdria para suprir suas exigéncias désse mineral que é de Ting didrios € do leite éles obtém apenzs Img didrio (PINHEIRO MA- CHADO) A “anemia dos leitdes” geralmente esta associada a uma defi- ciéncia de ferro podendo, no entanto, ocorrer por caréncia de qual- quer dos minerais: ferro ou cobre. Nos suinos adultos, a ocorréncia de anemia é rara pois os ali- mentos conseguem suprir facilmente as exigéncias minerais, porém um excesso de molibdénio na dieta provocard o aparecimento des- sa doenga nutricional. Os sintomas de caréncia podem ser observados nos quadros Vv, VI e VII. Quadro V Quadro sintomatolégico de caréncia Atividade | Sintoma Crescimento |Atraso ou interrupgao, Formac&o éssea deficiente. Apetite |Nao apresenta redugao. Falta de rigidez nas juntas da perna (jarrete) com Locomogao 'tlexibilidade excessiva e descontrdle dos membros 'dianteiros. = JAbértos, nascimentos prematuros e debilidade de Reprodugao * cria. %6 Revista de Agricultura Quadro VI Exterior | Observagao \Pernas dianteras entortadas para fora (forelegs Aprumos crooked), joelhos dobrados para a frente € membros posteriores acurvilhados, Pelagem Pouco pélo ¢ desbotados (pouco brilho) Pele |Em degenaragao. —— Quadro VIE Clinica I Sintomas Diarréia [Nao ocorre Anemia |Ocorre — diminuicao da taxa de hemoglobina Ataxia [Sim — Morte rece Ts uascidos a0 Te Efeito t6xico A ingestdo continua de cobre em excesso leva a uma acumula- c&io nos tecidos do corpo ¢ particularmente no figado e quando ésse actimulo ultrapassa determinados limites, 0 mineral é liberado na corrente sanguinea provocando intoxicacio intensa que determina © aparecimento de hemélise e ictericia e posteriormente a morte, se em que © aparecimento désses estados nao constituem por si sé sin- tomas de toxides ciprica nos suinos, Os suinos séo bastante tolerantes 4 ingesto de quantidades levadas de cobre e os sintomas de téxidez sé aparecem nos leitées em crescimento quando arragoados com niveis de cobre superiores a 300p.p.m. na matéria séca, Esse teor é trinta vézes maior que as exigéncias da dieta e autores citam casos do aparecimento de sinto- mas graves de téxider cuiprica, a partir de concentragées de 750 p.p.m. do mineral. Recentemente, descobriu-se uma correlagao positiva entre o au- mento da taxa de transaminase oxaloacética glutamica no séro san- guineo € 0 aumento do teor de cobre no organismo e precedendo ent vdrias semanas a toxidez aguda. Esse exame é¢ muito valioso em ele- mentos para 0 diagnéstico precoce da intoxicagao. 0 cobre na alimentagéo dos suinos 7 A intoxicacéo por cobre pode ocorrer nos suinos de forma aci- dental e involuntaria e geralmente, s4o ocasionadas pelo uso de ali- mentos pulverizados por sais ciipricos de fungicidas e outros produ- tos usados na defesa sanitaria vegetal. Tratamento preventive — Suplementacao A “anemia dos leitées” criados em instalagdes pavimentadas po- de ser facilmente evitada suplementando-se a ra¢&o oferecida com sais de minerais que contenham cobre como, por exemplo, o sulfato ferroso que tem como impureza 0 cobre necessario a0 organismo dos leitées. Bsse sal pode ser adicionado & rag&o ou no caso dos lactan- tes, ser pincelado nas tétas da porca preparando-se a solugéo com meio quilo de sulfato de ferro em 1 litro de 4gua morna (MORRI- SON, 1966). Uma pratica recomendada é 0 uso de bandejas com terra colo- cada na maternidade, onde os bacorinhos ao lamber a terra se su- prem de varios minerais (TORRES, 1968; PINHEIRO MACHADO, 1967; MORRISON, 1966). 0 uso de sais de cobre também é recomendado como suplemen- te nas ragGes de suinos, baseado nos resultados obtidos com sulfa to de cobre na concentragao de Ikg por tonelada de ragio que pro- vocou um efeito estimulante no crescimento dos leitées. Existe no comércio um grande ntimero de produtos antianémi- cos na forma de pastas ¢ injecdes mas sé devem ser usados em ca- sos graves. Os suinos séo bastante resistentes a intoxicagio pelo cobre e considera-se provavel que a metionina ou outros aminodcidos sejam responsdveis pela diminuigao da toxidez do elemento através de um processo de formacio de aminodacides cipricos quelados. RELACAO DO COBRE COM OUTROS MINERAIS. © primeiro mineral relacionado com 0 cobre em, nutrigio ani- mal € 0 ferro, o que é evidente se pensarmos no papel da relagdo ferro-cobre na hematopoiese, Embora nao faga parte da hemoglobi- na como 0 ferro, 0 cobre € necessdrio a sua biossintese, e quantita- tivamente a proporgao ferro-cobre na dieta deve ser de 10:1. 7 Revista de Agricultura molibdénio € outro mineral relacionado com o cobre © a im- portancia da proporcao cobre-molibdénio foi demonstrada em ratas com molibdéniose ¢ tratadas com sais de cobre e que tiveram uma rapida melhora. Os pesquisadores atribuem a agdo protetora do cobre nas mo- libdenioses a uma reacdo nao conhecida que tem lugar no trato di- gestivo e as mudancas que 0 cobre contrapée a ac&o do molibdénio nos tecidos. FONTES DE COBRE Os alimentos usualmente consumidos pelos animais tém gran- des oscilagées em seu teor de cobre, Nos vegetais os niveis do elemento yariam com a espécie, solo, fertilizantes utilizados, clima, época do ano e estégio de maturidade. A diferenca entre gramineas e leguminosas quanto & sua concentra~ cfo em cobre séo pequenas pois, enquanto as leguminosas possuem 8,7 ppm, de cobre na matéria séca, as gramineas tem 8,2 p.p.m. na matéria séca em média. Os alimentos de origem animal sao em geral pobres ou de mé- dia quantidade nésse elemento, Fazem excecéo as farinhas de figado e de ostras. Os suplementos minerais usados para o enriquecimento do teor de cobre na dieta tém sido em geral o sulfato ferroso e o sulfato de cobre, porém estudos Ievados a efeito por BUESCHER et alii (1961), na Universidade de Tennessee, com isdtopos de cobre-64 (Cu6+) em suinos, demonstraram que a assimilagéo de varios compostos inor- ganicos de cobre eram semelhantes. Usando carbonato de cobre, 6xi- de de cobre e sulfato de cobre marcados com o isétopo 64, obtive- ram os resultados constantes do quadro VI. Quadro VI He de] % de Cu- | % te Cu-|, Yo Rett TRATAMENTO finlmals | nas fezes ce Uioy | ° eld Carbonato de cobre 6 61,5 34 35,1 Oxido de cobre | 6 628 10 36,2 Sulfato de cobre 0 cobre na alimentagéo dos suinos 79 Houve apenas significdneia para o carbonato de cobre na wii- na, Mas a porcentagem de cobre retido no organismo foi sempre idéntica, demonstrando que os suinos absorvem cobre de varios com- postos ctipricos. SUMMARY ‘This paper calls attention to recent research on copper as an essential nutrient for domestic animals, specially swine. This nutri- ent increases weight gain of sucting pigs in amounts of only 250 ppm of copper (BOWLER, 1955). The author suggests that experi ments should be conducted in our country, in order to evaluate which amount of copper sulphate should be enough to obtain here simillar results, BIBLIOGRAFIA CITADA BELLIS. D. B., 1964 — Suplementation of bacon pig (actions aureo- mixin and two levels of copper sulphate). Animal Production 3: 89-95. BOWLER, R. J. et alii, 1965 — High copper mineral mixture for fattening pigs. British Journal of Nutrition 9: 358, BHUESCHER, R. G. et alii, 1961 — Copper availability to swine from CuG4 labelled inorganic compounds. Journal of Animal Science 20 (3): 529. CARROL, W. E., 1962 — Swine Production, Mc Graw-Hill Book Company, Nova York, Estados Unidos. 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