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Introdução
Secção I
1. Formas de moedas
2. Origem da Contabilidade bancária e seguros
3. Objectivo da contabilidade bancária
4. Papel do banco central
5. Tipos de bancos
6. Elementos principais da contabilidade bancária
7. A importância contabilidade bancária
8. Característica da contabilidade bancária
Referências
MOREIRA, Cláudio Filgueiras Pacheco. Manual de Contabilidade Bancária. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2008;
SILVA, Eduardo Sá, gestão Financeira, exercício resolvidos, 2ͣª edição, vidaEconómica, 2013;
FERNANDES, Carla et al, analise financeira, teoria e pratica, aplicada no âmbito do SNC, 3ª edição, EDIÇÕES
SILBAS,2014.
Introdução
O processo histórico e a evolução entre as características do sistema econômico,
sustentou directamente à criação e evolução do sistema financeiro, designadamente:
a) A especialização do trabalho;
b) O uso da moeda.
A moeda nos dá poder aquisitivo, ou seja, no exemplo anterior, o produtor de chapéus
pode dar moeda em troca da farinha, e o produtor da farinha pode utilizar essa moeda para outra
finalidade. Em suma, a moeda foi criada para facilitar as trocas, viabilizando, com isto, a
especialização do trabalho. Seria inimaginável a economia atual sem a moeda, o crédito e as
instituições que a emitem e intermedeiam.
Historicamente, as trocas evoluíram em duas etapas:
a) Trocas directas (mercadoria por mercadoria/permuta);
b) Trocas indirectas (feita por intermédio da moeda).
As trocas directas, ou escambo, somente são eficientes em economias rudimentares,
onde não há divisão do trabalho;
Por outro lado, numa economia onde existe esta divisão, as trocas indirectas,
naturalmente os efeitos por meio da moeda, apresentam maior eficiência e necessidade.
A princípio, toda mercadoria pode ser uma moeda de troca em potencial. Todavia, três fatores
delimitam essa possibilidade, são eles:
I. Os custos de transação;
II. Os custos de estocagem;
III. Os custos relacionados à sua função como meio de conta. Esses mesmos factores têm
influenciado a evolução da moeda ao longo do tempo, como podemos ver a seguir:
Mercadorias de aceitação geral
As primeiras formas de moeda foram mercadorias de aceitação geral, tais como o trigo,
o sal, o gado, etc., entretanto, essas mercadorias possuíam uma série de inconvenientes que
comprometiam sua aceitação, pelo o facto de não serem homogêneas, sofrerem acção do tempo
e apresentarem problemas como: divisibilidade, dificuldade de manuseio e de transporte.
Outros factores negativos dessas moedas eram a justaposição do valor de uso e do valor de
troca. Desta forma, era necessário encontrar uma solução que permitisse dar praticidade de uso
e manuseio as trocas.
1. Formas de moedas
1.1.1 Moeda metálica
Na tentativa de buscar uma solução para os problemas identificados com as mercadorias
de aceitação geral, selecionou-se alguns metais para função, em decorrência de suas
características de durabilidade. Inicialmente, os metais mais utilizados foram o cobre, o bronze e
o ferro, que posteriormente foram sendo substituídos pelo ouro e pela prata. Um dos problemas
identificados com este tipo de moeda estava relacionado com a pesagem e a autenticidade dos
metais
1.1.2 Moeda cunhada
Para minimizar os problemas das moedas metálicas, passou-se a utilizar a cunhagem
como forma de padronização e certificação. Esse tipo de moeda foi rapidamente difundido,
passando a constituir a base de sistemas monetários por séculos.
A cunhagem de moedas foi utilizada por imperadores, reis e governantes como forma de
imposição de sua soberania sobre as regiões e os povos sob o seu domínio. Segundo fontes
históricas, a primeira cunhagem de moedas metálicas foi realizada pelo Rei Crespo da Lídia, no
século VI A.C.
1.1.3 Moeda-papel
Os registros mais antigos do uso desta modalidade de moeda remontam a China Imperial
do século XIII, todavia, foi na civilização ocidental, a partir do século XVII, com o advento de
instituições bancárias, que o uso da moeda-papel começa a ganhar importância.
As primeiras cédulas surgem em consequência do desenvolvimento de sistemas
monetários à base de metais preciosos e o paralelo incremento das actividades de produção e
de comércio. A multiplicação das trocas entre regiões e países diferentes exigia o correspondente
transporte de metais que, muitas vezes, era difícil e arriscado.
Para fugir desta situação, comerciantes passam a recorrer às Casas de Custódia, que
recebiam depósitos, principalmente em ouro e prata, fornecendo aos proprietários “certificados
de depósito”, os quais, por comodidade e segurança, passam a circular no lugar desses metais.
Estava criada uma nova modalidade de moeda, denominada moeda representativa ou moeda-
papel, inicialmente com lastro 100% e garantia total de conversibilidade.
1.1.4 Papel moeda
A experiência da custódia e da conversibilidade demonstrou que o lastro metálico integral
em relação aos certificados em circulação não era necessário, em função da existência de uma
parcela de metais ociosa. Assim, tendo em vista a confiança dos comerciantes e da comunidade,
começam as emissões de certificados não lastreados, ensejando a criação da moeda fiduciária,
ou papel-moeda, com as seguintes características:
a) Carácter fiduciário ou de curso forçado (por lei);
b) Valor: capacidade de adquirir outras mercadorias (meio de troca)
Os riscos relacionados às emissões excessivas pela rede bancária, levou os governos de
diversos países a limitar progressivamente a emissão de papel-moeda pelos bancos. Assim, a
história registra três sistemas monetários de emissão de papel-moeda:
a) Directamente pelo governo (Amerciano);
b) Por um único banco emissor (Inglaterra, França, Itália, Alemanha, etc.);
c) Um regime de livre competição (grande número de bancos emissores)
1.1.5 Moeda escritural
A partir do século XIX, as transações passaram a ser progressivamente realizadas com a
utilização dos serviços prestados pelos bancos. Com o incremento da compensação das
transações bancárias, tornou-se usual realizar pagamentos com recursos depositados nos
bancos, surgindo a moeda escritural, contabilística ou bancária, representadas pelos depósitos
bancários movimentados por cheques, também conhecidos como depósitos à ordem.
1.3.1 Inflação
1É redução vertiginosa do poder de compra de uma moeda, ou o aumento generalizado dos
preços em função da desvalorização da moeda;
2Também podemos definir como sendo um desequilíbrio econômico, caracterizado pelo
crescimento descontrolado dos meios de pagamento em relação a necessidade de consumo.
A moeda escritural como meio de troca, depende de credibilidade, seu uso como meio de
pagamento difundiu-se em grande escala. O uso do cheque favorece a movimentação de grandes somas
de recursos financeiros, de forma segura e de fácil manuseio. Para as pequenas transações, adota-se o
uso dos meios eletrônicos de transferência. O uso de cheques para valores mais elevados vem diminuindo.
2.2.1 Seguro
1Trata-se de um contrato por meio do qual uma das partes dos contratos, se encarrega por
meio de um prêmio, indemnizar a outra parte pela ocorrência de determinado evento ou por
eventuais prejuízos previsto nas condições contratuais, ou seja, a seguradora indemniza e garante
o interesse legitimo do segurado, o risco deve ser previsto e passível, a formalidade exigida entre
os contrantes.
O Banco Central atuar, em nome do Tesouro Nacional, nos leilões de títulos públicos,
administrar as reservas internacionais, representar o país junto a organismos internacionais e
receber as disponibilidades de caixa pública, conforme determina o 2º, do art. 100°, da
Constituição angolana de 2010, na chamada “Conta Única”, mantida pelo Tesouro Nacional, na
qual são lançados quaisquer débitos e créditos provenientes de suas transações com a sociedade
em geral
A política monetária é a função que define o sentido mais amplo de um banco central, em
última instância, articula as demais. A principal função de um banco central consiste em adequar
o volume dos meios de pagamento à real capacidade da economia absorver recursos sem causar
desequilíbrios nos preços. Para isso, controla a expansão da moeda e do crédito e a taxa de juros,
de acordo com as necessidades o crescimento econômico e da estabilidade dos preços, zelar pela
estabilidade da moeda, o que significa manter o seu poder de compra.
No mercado primário ocorre o lançamento dos novos títulos, quando, por exemplo, o
Banco Central realiza vendas em nome do Tesouro Nacional – STN (leilões). Se o Banco Central
efetua leilões de compra por ordem da STN, os títulos comprados simplesmente deixam de
existir, mas, se a compra for de responsabilidade do Banco Central, os títulos adquiridos passam
para a sua carteira, podendo ser objecto de qualquer outra operação no futuro ou no próprio dia
(mercado secundário). Da mesma forma, as vendas realizadas em nome do Banco Central podem
ter como objecto títulos previamente emitidos, que pertençam à sua carteira.
Outro assim, o governador do Banco Central deve enviar, para a Ministra das finanças e
ao Presidente da República, o relatório trimestral sobre a execução da programação monetária
e demonstrativo mensal das emissões de kwanzas e a posição das reservas internacionais
liquidas, que devem está habilitada em garantir as despesas correntes nos próximos 6 (seis)
infalivelmente, neste preciso momento rondam em volta dos $14.000.000.000 (catorze mil
milhões USD)
A adoção do regime de câmbio flexível, a condução da política monetária foi alterada com
a adoção da Sistemática de Metas para a Inflação (SMPI). Visava-se, com isso, encontrar uma
nova âncora nominal, papel a ser desempenhado pela própria meta de inflação.
O Banco Central tem utilizado a taxa de juros (Selic) para manter a inflação dentro do
intervalo desejado/planeado. A importância da taxa de juros decorre do facto que seu nível
afecta a actividade econômica e os preços. A expectativa de mudança já é suficiente para causar
efeitos econômicos. Das várias taxas de juros existentes (poupança, empréstimo, financiamento,
etc.), que variam de acordo com o prazo e finalidade, o Banco Central controla directamente
apenas a Selic.
Por isso, o Banco Central mantém activos em ouro, títulos e moedas estrangeiras para
actuação nos mercados de câmbio, de forma a contribuir para manter a paridade da moeda, e
para induzir desempenhos das transações internacionais do país, de acordo com as diretrizes da
política econômica.
Assim, as intervenções do Banco Central nos mercados de câmbio ocorrem via leilões de
compra ou venda de moeda estrangeira, com a interveniência dos dealers, cuja missão primeira
é dar liquidez ao mercado interbancário como todo e a clientes finais de operações de câmbio,
sendo obrigatória sua participação nos leilões sempre que forem realizados pelo Banco Central.
Existe estreito relacionamento entre as políticas cambial e monetária. Sempre que o Banco
Central intervém no mercado de câmbio, comprando ou vendendo divisas contra a moeda
nacional, ele o faz através de crédito ou débito na conta de reservas bancárias da instituição que
vendeu ou comprou aquelas divisas, respectivamente. Assim ocorre, no primeiro caso, expansão
da base monetária e, no segundo, contração.
5. Os tipos de bancos
Existem vários tipos de bancos que podem ser classificados de acordo com sua função,
tamanho, área de atuação, controle acionário, entre outros critérios, a saber:
Bancos comerciais: são os bancos tradicionais, que oferecem serviços bancários como
contas correntes, empréstimos, financiamentos, investimentos, entre outros.
Bancos de investimento: são especializados em oferecer serviços de assessoria
financeira, gestão de recursos e investimentos em mercados financeiros, como a bolsa
de valores.
Bancos de desenvolvimento: essas instituições são públicas, privadas ou parcerias
pública-privada, que oferecem financiamentos e créditos para projetos de
desenvolvimento econômico, como infraestruturas, agricultura e indústria.
Bancos múltiplos: já essas instituições oferecem mais de um tipo de serviço bancário,
como bancos comerciais que também oferecem serviços de investimento.
Bancos digitais: esses bancos oferecem serviços bancários por meio de plataformas
digitais, sem agências físicas. Além dessa característica, os bancos digitais também
podem ser comerciais, de investimentos, etc.
Bancos cooperativos: são instituições financeiras que pertencem a seus próprios
clientes, os quais são também seus donos e participam de sua gestão e resultados.
Esses bancos são voltados para o atendimento de um público específico, geralmente
de pequenos empreendedores, cooperativas e associações.
Banco de cambio/casa de câmbio: Os bancos de câmbio/casa de câmbio, são instituições
financeiras autorizadas a realizar, sem restrições, operações de câmbio e operações de
crédito vinculadas às de câmbio. Na denominação dessas instituições deve constar a
expressão "Banco de Câmbio
Bancos públicos: os bancos públicos podem ser qualquer um dos bancos acima. A sua
diferença está no facto de ser controlado por algum tipo de governo como: um
governo central, provincial ou autarquias locais.
Esses são apenas alguns exemplos de tipos de bancos. Há muitas outras categorias de
instituições financeiras, por exemplo, as corretoras de valores e instituições de pagamentos.
Cada uma com suas próprias características e funções específicas.
Seguro de vida;
Seguro de viagem;
Seguro de credito;
Seguro de saúde;
Seguro residência
Seguro de acidente e doenças profissionais e outros
Juros;
Taxa de juros;
Receitas;
Despesas.
Segurador;
Segurado;
Prémio;
Risco;
Corrector de seguro
7. Importância da contabilidade bancária e seguros
Tal como referido acima, a contabilidade bancaria e de seguros, constitui um ramo da ciência
contabilística que se dedica ao controle das instituições financeira, o que significa dizer que ela
se encarrega em: classificar, regista e analisar todas transações financeira pelos bancos,
seguradoras, bem como outras instituições financeira.
O crime contra o sistema financeiro é uma categoria de crime que envolve a práctica de
condutas ilegais que afetam o funcionamento e a estabilidade do sistema financeiro de um país.
Esses crimes podem ser cometidos por pessoas físicas ou jurídicas e geralmente envolvem o uso
de artifícios fraudulentos para obter vantagens financeiras indevidas.
Entre os crimes contra o sistema financeiro mais comuns estão a lavagem de dinheiro, a
evasão de divisas, a gestão fraudulenta de instituições financeiras, a emissão de cheques sem
fundos, a falsificação de documentos financeiros, entre outros. Esses crimes são considerados
graves e são punidos com penas que variam de acordo com a gravidade e a natureza da conduta
criminosa, podendo incluir multas, prisão e outras sanções legais. A punição busca proteger o
sistema financeiro e a economia do país, garantindo a integridade e a confiança no sistema.
Dessa forma, a contabilidade tem um papel fundamental não apenas para a saúde financeira
dessas instituições, mas também de identificar possíveis tentativas de fraudes por meio de
auditorias. Por isso, o contador deve ser um profissional atento à legislação e a qualquer regra
definida por órgãos competentes e fiscalizadores.
Não podemos negar que fazer relatórios contabilísticos e fiscais de uma instituição
financeira não é a mesma coisa que fazer de empresas de outros corebusiness. Afinal, estamos
falando de empresas responsáveis por todo um sistema econômico do país. Se o sistema
financeiro de uma nação entrar em colapso é praticamente certo que todos os restantes caiam
É sim porque se trata de uma contabilidade bastante detalhada, fiscalizada e muitas vezes
específica. Tendo que cumprir rigorosamente cada norma do Banco Central – com toda razão se
diga de passagem. De facto os profissionais de contabilidade estão acostumados a lidar com
vários tipos de relatórios, nomenclaturas, legislação e normas. Sendo assim mais fácil para
entender toda a burocracia que envolve esse sistema, principalmente o regime tributário sobre
a matéria coletável.
Para o Plano Contabilístico das Instituições do Sistema Financeiro. Trata-se de norma de
contabilidade utilizada por instituições financeiras, estabelecida pelo Banco Central, que define
as regras e procedimentos contabilísticos a serem seguidos pelas instituições financeiras do país.
Ela define as contas contabilística que devem ser utilizadas pelas instituições financeiras
para registrar suas operações, bem como as regras para a elaboração de demonstrações
financeiras que incluem o balanço patrimonial, a demonstração de resultados e a demonstração
das mutações do patrimônio líquido.
Além disso, as normas estabelecem os critérios para a avaliação de ativos e passivos, bem
como os procedimentos para a constituição de reservas e provisões. Também define as regras
para a elaboração de relatórios gerenciais, incluindo relatórios de risco de crédito e relatórios de
risco de mercado.