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responsabilidade

+ “O direito penal do direito civil”

+ 3 esferas da ilicitude

1ª) administrativo

2ª) penal

3ª) civil

+ Abordagem contratual x extracontratual

Na maioria das vezes não há vínculo entre as partes

+Eixos do Direito Civil

PESSOAS RESPONSABILIDADE CIVIL


BENS Quando alguém causa dano a
outrem pela pratica de ato ilícito fica
ATOS obrigado a reparar o dano causado

+ Aspectos práticos da disciplina

QUANDO? (alguém será obrigado a reparar)

QUEM? (é obrigado a reparar)

O QUE? (que dano será indenizável)

QUANTO? (qual o valor da indenização?)


NEMINEM LAEDERE -> “A ninguém se deve Quem causa dano a outrem por ato ilícito –
lesar” 186 CC.

RESPONDERE -> “Se alguém cometer, É obrigado a reparar o dano causado – 927
responderá” C.C.

+Fontes da responsabilidade civil

CAPUT REGRA A PRÁTICA DE


GERAL ATO ILICITO ELEMENTO CULPA TEORIA CULPA
GERA O DEVER - DEPENDE SUBJETIVA RCS DANO
DE INDENIZAR NEXO CAUSAL
927
A PRATICA DE
ATO LICITO ELEMENTO RISCO DANO
REGRA DE PODE GERAR O – “INDEPENDENTE TEORIA RCO NEXO CAUSAL
EXCEÇÃO DEVER DE DE CULPA” OBJETIVA
PARAGRAFO INDENIZAR
ÚNICO

Quando?

• A lei expressar de maneira indubitável de determinação

OU

• A atividade normalmente desenvolvida pelo causador do


dano expor o direito de outrem a risco

Art. 927

Aquele que, por ato ilícito (arts.186 e 187, causar dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo.

Paragrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de


culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de
outrem.

Ex. do parágrafo único: composição férrea.

+ Estrutura tridimensional do direito

valor

fato norma

+ Teoria da culpa

Art. 186.

Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar


direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

+Ação ou omissão humana voluntária

- Tem que ter vontade

Ex. ao contrário para explicar (Venosa): Uma pessoa ao visitar um museu espirra –
ato involuntário humano – e quebra uma obra de arte com a força do mesmo. Não
responderá por ausência de culpa.

Ex.2: Tomo um remédio e por causa dele perco todos os reflexos e causo um
acidente. Responderei por ele, pois eu assumi o risco ao dirigir.

➔ A ilicitude está carregada de vontade!

- Vontade de produzir o ato é diferente de vontade de produzir o resultado, o


ultimo é chamado DOLO.

DOLO, NEGLIGENCIA OU IMPRUDENCIA que produz dano a outrem = ATO ILICITO

- O ato ilícito precisa ser danoso a alguém


Ex.: Se eu corro a 200km/h na dutra eu estou sendo imprudente, mas se não atingi a
ninguém, não cometi ato ilícito algum.

CONSEQUÊNCIA desse ato danoso -> REPARAR O DANO

Art. 187.

Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede


manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé
ou pelos bons costumes.

+ Abuso de direito ≅ ato ilícito

O abuso de direito é equiparado ao ato culposo, portanto, também dele decorre o


dever de reparar o dano causado.

- DIFERENÇA: No abuso de direito o agente tem o direito de praticar determinada


conduta, mas o faz de forma abusiva.

ATOS ABUSIVOS = MERAMENTE EMULATIVOS

Exemplos: abusar do direito de cobrança de uma dívida, tornando-a vexatória;


abusar do direito de construir um muro divisório e etc.

+Espécies de culpa

+ A terminologia “culpa” é uma terminologia lato sensu, abrangente, genérica de


algo que pode ser dolo, negligencia ou imprudência.

+ Em stricto sensu:

- Imprudência: age enfrentando desnecessariamente o perigo, atuando contra as


regras de cautela; agir positivo; conduta comissiva.

Ex.: Deixar o filho cozinhar sozinho, alimentar cão de guarda e semelhantes (eu
solicito à criança); Andar em alta velocidade e etc.

-Negligencia: Falta de observar o cuidado exigível; omite o cuidado; conduta


omissiva.

Ex.: Reduzir velocidade na chuva, deixar canil de cão feroz aberto.

-Negligencia técnica, conhecida como imperícia: Uma submodalidade da


negligencia. Age sem aptidão ou habilidade técnica especifica para o caso.
Ex.: Profissional de saúde.

IMPRUDENCIA NEGLIGENCIA DOLO

IMPERÍCIA

GRAVE - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - QUASE INTENCIONAL

LEVE - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - HOM. MÉDIO


EVITARIA

LEVÍSSIMA - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - HOM. MÉDIO ATENTO EVITARIA

- Grave é semelhante ao dolo eventual, o agente enfrenta desnecessariamente o


perigo, potencializando a ocorrência;

- Leve é quando um homem com uma conduta padrão evitaria;

- Levíssima é quando um homem MUITO atento evitaria.

Ex.: Frear rapidamente por uma bola surgindo na rua, um homem muito atento frearia
depois de olhar no retrovisor.

- IN ELIGENDO: Escolher mal uma pessoa para te representar.

Ex.: Tenho um carro, estou em um churrasco e estamos todos bêbados, elejo x para
dirigir e ele bate em outrem.

- IN VIGILANDO: Quem deveria vigiar não o fazer.

Ex.: Um motorista da Pássaro Marrom está com problemas com drogas, a empresa
sabendo o deixa dirigir e ele causa um acidente.

- IN CUSTODIENDO: Não adotar os procedimentos certos para ter custódia de algo


de outrem.
Ex.: Receber de um colega uma caixa de papelão com livros, até que este se
estabeleça no seu novo dormitório. Eu deixo a caixa ao relento e ela estraga.

+Influencia da culpa no dever de indenizar

Art. 944.

A indenização mede-se pela extensão do dano.

Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o


dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização.

- Qualquer que seja a culpa, será obrigado a indenizar.

Regra: Teoria da culpa

Exceção: Teoria do risco

+ Teoria do risco

Responsabilidade Civil Objetiva

O causador do dano responderá independentemente de culpa quando:

a) A lei determinar

Legislador prevê que ali há risco

Ex.: Decreto estrado de ferro, art. 14 cdc, art 933/936 do CC)

Art. 14 do CDC, no código de defesa do consumidor, é usada a teoria objetiva como


prática e a subjetiva como exceção. Essa exceção aplica-se aos profissionais liberais
(advogados, psicólogos). Caso tenha culpa

b) A atividade normalmente desenvolvida por ele trouxer risco habitual aos direitos
de outrem.

Legislador não conseguiu visualizar todos os riscos presentes atualmente, sobretudo


em virtude do avanço da sociedade e das tecnologias. Portanto, quando a lei nada
disser, caberá ao aplicador do (juiz), identificar se há risco habitual ou não.
+Importância da jurisprudência:

- Os conceitos de risco são subjetivos e serão aferidos pelo aplicador da lei no caso
concreto.

- Tipologia aberta: Intenção do legislador é permitir que estes conceitos não fiquem
engessados na letra da lei, mas que possam, em cada julgamento serem atualizados
conforme a realidade social que se vive.

Não limita na lei a integração do instituto, permitindo que em cada caso analisado o
aplicador do direito possa avaliar se existe ou não existe risco criado ou risco proveito.

Atualizada conforme o decorrer dos anos e das movimentações tecnológicas e


sociais.

+ Tipos de risco

a) Risco proveito (empresarial): quem lucra com a atividade de risco deve arcar com
o prejuízo oriundo desta atividade.

Ex.: Código de defesa do consumidor)

b) Risco criado (perigo): independe de lucro, pratica atividade que expõe direito de
outrem a risco (perigo), deve arcar com p prejuízo causado, mesmo sem lucrar com
tal atividade

Ex.: Cavalgada de São Benedito.

Obs.: Não é necessária uma vantagem patrimonial.

+ Risco no cotidiano

A atividade de risco não é só aquela perigosa para a vida ou saúde das pessoas, como
a fábrica de explosivos ou o posto de gasolina. O risco pode atingir outros bens, sejam
patrimoniais ou não.

A atividade bancária, por exemplo, cria riscos para os direitos da personalidade. A


facilidade para abertura de contra bancária e chips telefônicos colaboram com a
fraude de dados, gerando riscos.

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