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COMPLEXO DENTINO-PULPAR: FISIOLOGIA E TERAPÊUTICA

NO EXAME CLÍNICO PRECISA SABER A VITALIDADE DO DENTE.

OBJETIVO:

- IMPORTÂNCIA DA PROTEÇÃO E CONSERVAÇÃO DA POLPA DENTÁRIA (FILOSOFIA DE MÍNIMA INTERVENÇÃO);

- REALIZAR O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE AS PULPOPATIAS DE INTERESSE NA DENTÍSTICA RESTAURADORA


(SABER DIFERENCIAR UMA POLPA NORMAL, UMA PULPITE REVERSÍVEL, EM TRASIÇÃO, IRREVERSÍVEL E EM UM
ESTÁGIO DE NECROSE – ESTÁGIO DAS PULPOPATIAS);

- ATRAVÉS DESSE DIAGÓSTICO, INSTITUIR A TERAPÊUTICA NECESSÁRIA A CADA UMA DELAS.

 PENSAR EM TODOS OS PROCEDIMENTOS REALIZADOS PARA NÃO AGREDIR A POLPA, POIS O INTUITO É
MANTER A POLPA VIVA. PENSAR NO PASSO A PASSO DA TERAPIA PARA ATUAR NA PROTEÇÃO DENTINO-
PULPAR.

DEFINIÇÃO: É qualquer terapia que minimize a injúria a esse tecido, pela proteção dos efeitos nocivos de agentes:

FÍSICO: calor gerado pelos instrumentos; instrumentos adequados; na profundidade da cavidade...

QUÍMICO: condicionamento ácido e materiais restauradores adequados que não agridam o complexo dentino-pulpar.

BACTERIANO: restaurações seguindo os princípios, sem infiltração.

APESAR DA POLPA POSSUIR POTENCIAL REPARATIVO, AGRESSÕES GRAVES PODEM DESENCADEAR PROCESSOS
INFLAMATÓRIOS EXTENSOS QUE CULMINARÃO NA NECROSE DO TECIDO.

FUNÇÕES DA PROTEÇÃO:

 ESTIMULAR A RECUPERAÇÃO DAS FUNÇÕES BIOLÓGICAS DA POLPA;


 ESTIMULAR PROCESSO REPARATIVO DO TECIDO PULPAR;
 ESTIMULAR A FORMAÇÃO DE DENTINA TERCIÁRIA;
 INIBIR OU DIMINUIR À INFILTRAÇÃO DE BACTÉRIAS E TOXINAS BACTERIANAS;
 ISOLAR CONTRA ESTÍMULOS TÉRMICOS E ELÉTRICOS.

A POLPA DENTAL – CÉLULAS ODONTOBLASTCLIKE

- Aspectos morfofisiológicos;

- Tecido conjuntivo frouxo, altamente especializado;

- Ricamente inervado e vascularizado;

- Responsável pela vitalidade do dente.

Zona central, indo da porção da zona central da polpa para a periferia essas células irão se diferenciar em pré-
odontoblastos, em odontoblastos, pré-dentina e dentina.

Quando tem uma agressão, através de mediadores químicos, os fatores de crescimento vão estimularo fato de
desenvolvimento a diferenciação das células tronco (células odontoblasticlikes e o termo células indiferenciais está
caindo em desuso). Se tem uma agressão crônica, vai dar tempo da organização dessas células para deixar a reparação
toda organizada.

Em uma agressão aguda, não dá tempo de organização do tecido. Vai ocorrer a diferenciação, mas desorganizada.
Uma matriz osteóide. Por isso diferencia dentina terciária reacional de reparadora/reparativa.

Se cria a condição para a polpa, consegue fazer a reparação do tecido. Se a agressão é lenta, a polpa consegue enviar,
pelos túbulos dentinários, minerais para obliterar esses túbulos dentinários.

Quem sinaliza a agressão, são as células da polpa que enviam o sinal para o cérebro. Esse tipo de sensibilidade é que
vai informar que tem algo de errado acontecendo.

FUNÇÕES:

- NUTRITIVA; SENSITIVA; DEFENSIVA; PRODUÇÃO DE DENTINA.

INERVAÇÃO PULPAR:

- Frio, calor, eletricidade, pressão, agentes químicos.

- Fibras nervosas tipo A: mielínicas. Produzem dor aguda e de declínio rápido à remoção do estímulo; indicam a
vitalidade pulpar.

- Fibras nervosas tipo C: amielínicas. Produzem dor latejante e de declínio lento à remoção do estímulo; indicam
inflamação pulpar severa.

DIAGNÓSTICO DAS ALTERAÇÕES PULPARES:

EXAME CLÍNICO

- ANAMNESE: características da dor.

- EXAME FÍSICO

- EXAME COMPLEMENTARES

ANAMNESE:

 Característica da dor: tem diferença ao tempo de duração;


 Condição do aparecimento: provocada (ao comer doce, bebida gelada) e espontânea (surge sem estímulo
algum);
 Duração: declínio rápido ou lento;
 Frequência: intermitente (vai e volta) ou contínua;
 Sede: a dor é localizada ou é difusa.

EXAME FÍSICO:

 Cárie: se possui tecido cariado. Aguda ou crônica? Aguda a dentina é mais amarelada, amolecida. A crônica
tem uma dentina mais escura;
 Inchaço: é sugestivo de pulpite irreversível;
 Fístulas: examinar tecidos;
 Mobilidade dental;
 Realizar palpação
 Realizar percussão: vertical – problemas no periápice; horizontal – problemas periodontais.

EXAME RADIOGRÁFICO: cada caso será solicitado um exame ou os dois – interproximal e periapical.

- O diagnóstico não pode e não deve ser baseado unicamente em exames radiográficos;

- Alterações pulpares de origem inflamatória iniciais e necrose pulpar sem lesão não são observáveis em radiografias.

- Cáries interproximais;

- Extensão cariosa;

- Espessamento de lâmina dura: ficar atento, pois indica alteração periodontal;

- Observar rarefação óssea – desmineralização apical;

- Observar ligamento periodontal.

OBS: OBSERVAR ÁREAS RADIOLÚCIDAS DA DENTINA ABAIXO DA RESTAURAÇÃO.

DIAGNÓSTICO DAS PULPOPATIAS:

 POLPA NORMAL: negativo ao teste de sensibilidade pulpar;


 POLPA ALTERADA: processo inflamatório; reversível; transicional; irreversível; processo degenerativo;
 POLPA NECROSADA.

 POLPA NORMAL: dente assintomático; resposta de curta duração e intensidade moderada aos testes de
vitalidade pulpar; ausência de sintomatologia aos testes de percussão; radiograficamente: não são detectadas
alterações; nódulos pulpares ou calcificações difusas em pacientes idosos são comuns; lâmina dura apresenta-
se intacta.

 POLPA ALTERADA POR UM PROCESSO INFLAMATÓRIO: alteração conhecida como pulpite.

Em dentes fechados, a polpa inflamada provoca do por não haver espaço físico para expandir-se, causando
compressão das fibras nervosas;
- Reversível;
- Transicional;
- Irreversível.

OBS: O TESTE DE ENDOICE COLOCA-SE NA REGIÃO CERVICAL. AO RETIRAR, A DOR PASSA RAPIDAMENTE, SEM
NENHUMA ALTERAÇÃO, EM CASOS DE POLPA NORMAL.

 PULPITE REVERSÍVEL: dor provocada, de declínio rápido, aguda e localizada.


Quando exposta: sangrante ao toque; sangramento: normal; de fácil estancamento; vermelho vivo (rutilante);
resistente ao corte, com estrutura e consistência preservadas.

TRATAMENTO DA PULPITE REVERSÍVEL:


- Remoção dos fatores etiológicos;
- Proteção pulpar adequada: proteção pulpar indireta (se não houver exposição pulpar); proteção pulpar direta
(exposição pulpar) – capeamento pulpar, curetagem pulpar, pulpotomia;
- Analgésicos, se necessário.

PROTEÇÃO PULPAR DIRETA: indicados quando há exposição da polpa durante o processo cavitária.
- OBJETIVOS:
- Promover o reestabelecimento da polpa exposta;
- Recuperar e preservar suas funções;
- Anular a atividade bacteriana no local da exposição;
- Proteger contra agressões futuras (bacteriana, química, física);
- Induzir e permitir a formação de uma barreira mineralizada – dentina terciária reparadora, porque não vai
dar tempo. Situação aguda. Essa barreira mineralizada é chamada de ponte dentinária.

MATERIAIS PARA TRATAMENTOS CONSERVADORES DA POLPA:


- HIDRÓXIDO DE CÁLCIO EM FORMA DE PASTA OU PÓ – P.A. (PRÓ ANÁLISE). NÃO PODE UTILIZAR CIMENTO
EM EXPOSIÇÃO PULPAR, APENAS PARA PROTEÇÃO PULPAR INDIRETA.
- AGREGADO DE TRIÓXIDO MINERAL – MTA.

O MTA É MECANICAMENTE MAIS FORTE QUANDO COMPARADO AO HIDRÓXIDO DE CÁLCIO P.A.


O MTA É UTILIZADO EM REABSORÇÕES INTERNAS E EXTERNAS; PARA TRATAMENTO CONSERVADOR DA
POLPA;

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