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Legislação Ambiental
Legislação Ambiental
TÉCNICO
Técnico ambiental
1o período
Legislação Ambiental
CRONOGRAMA
Princípios:
Princípios são diretrizes que orientam uma ciência.
O Direito Ambiental, apesar de ser uma ciência nova, possui princípios bem definidos
que o distingue de outros ramos do Direito, sendo eles:
Acontece que, este ‘pleonasmo’, que faz a expressão, pela junção dos temas é feito
de forma proposital para garantir o entendimento do que é meio ambiental. Neste
sentido, ambiente é uma expressão de reforço a meio, para avivar a idéia de que não
basta a versão estática de viver em algum lugar (meio) como também de interagir
com as coisas e seres desse lugar (meio ambiente). É o que nos ensina o professor
Cleucio Santos Nunes.
“O meio ambiente é entendido de variados modos pela doutrina, ou seja, é visto por óticas diversas.
Sobre a ótica do Direito, considera-se que o meio ambiente é o meio em que o homem vive, desta
forma, ele pode ser artificial, cultural e natural. O meio ambiente é considerado artificial por que é
constituído por ações humanas, como as cidades e suas constituições como casas, prédios, pontes,
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estradas, entre outras. Também é considerado cultural porque é resultado do gênio humano;
entretanto, possui significado especial, na medida em que representa a testemunha da história,
imprescindível à compreensão atual é futura do que o homem é, ou pode ser. Neste âmbito o meio,
ambiente pode ser o patrimônio histórico da humanidade, bem como a patrimônio artístico,
paisagístico e turístico.”
Já que se fala na ação humana sobre o meio ambiente, tentar-se-á explicar melhor a
idéia que se pretende apresentar: o homem faz parte do meio ambiente natural, é
componente do mesmo, havendo uma inter-relação com a natureza e a ecologia (que
é uma perspectiva de compreender o ambiente em que se vive para explicá-lo, ou
seja, para torná-lo mais adaptado a sua vida. O homem se relaciona como a
natureza para dela buscar melhoria das condições de vida).
Neste sentido nos ensina José Rubens Leite e Patrick de Araújo Ayala:
“Os séculos que selaram o iluminismo, etapa da história que de certa forma ainda não acabou,
significaram um marco relevante no processo de apropriação e transformação da natureza pelo
homem, processo este que, assenta suas bases históricas no desprendimento do homem em relação
a Deus, de modo que possa este, identificar-se como medida do universo, devendo tudo lhe ser
subjugado, já que é um ser constituído pela distinção da razão”.
Então em 1972 foi realizada uma importante conferência da ONU sobre a questão
ambiental no mundo, que foi em Estocolmo, a qual é considerada como o mais
importante instrumento, até então, de preservação da natureza, pois foi gerada nesta
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conferência uma declaração, que apesar de não ter poderes coercitivos, se tornou
um instrumento valioso de conscientização aos diversos países do mundo.
Em 1992, no Rio de Janeiro, foi realizada a ECO / 92, que significou que os países
desenvolvidos e em desenvolvimento deveriam fazer um planejamento ambiental: A
questão do desenvolvimento sustentável e os três importantes documentos gerados
na ECO / 92:
A proteção ao meio ambiente foi assunto que só foi tratado pelas constituições dos
países recentemente, para ser mais específica, após 1970, e logo após, somente
veio a incluir o meio ambiente como bem a ser protegido constitucionalmente com a
carta de 1988.
Uma lei que é bastante importante é a 6.938 de 1981, que dispõe sobre a Política
Nacional do Meio Ambiente. Sua grande importância esta na definição dos conceitos
de poluição e poluidor e também ao estabelecimento de diretrizes a serem
implementadas pelo Estado e pela sociedade, como escopo de minimizar os
prejuízos da exploração predatória dos recursos naturais.
Ordenações Filipinas do Século XVI – XVII que vigoraram até o século XIX.
Este ordenamento jurídico lusitano dispunha de Livro que traziam regramentos
acerca da exploração da fauna e flora local, dentre os quais se destacam os livros:
LXXV, LXXVIII, LXXXVI, LXXXVIII.
Apesar das críticas, se verifica uma crescente evolução legislativa ao longo dos
anos, merecendo destaques algumas legislações mais importantes:
2. LEGISLAÇÕES
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies
e ecossistemas;
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades
dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem
especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada
qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade;
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que
comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a
preservação do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua
função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.
§ 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de
acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,
pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de
reparar os danos causados.
§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e
a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de
condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos
naturais.
§ 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias,
necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
§ 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal,
sem o que não poderão ser instaladas.
Prover o manejo dos ecossistemas – significa cuidar do equilíbrio das relações entre
a comunidade biótica e o seu habitat.
Preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético – quer dizer preservar
todas as espécies, através do fator caracterizantes e diferenciador da imensa
quantidade de espécies vivas do País.
Definir espaços territoriais e seus componentes – significa estabelecer a delimitação
da área ecologicamente relevante, onde o uso do patrimônio, ali inserido, ficará
condicionado às disposições constantes de Lei.
Estudo Prévio de Impacto Ambiental – constitui um instrumento de prevenção de
degradações irremediáveis.
Promover a Educação Ambiental – significa, no futuro, o exercício de práticas
consciente.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico;
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas
gerais.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa
plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que
lhe for contrário.
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor
histórico, artístico ou cultural;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de
saneamento básico;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos
hídricos e minerais em seus territórios;
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em
âmbito nacional.
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os
princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição.
§ 1o Para os fins desta Lei, consideram-se: parcelados de acordo com os critérios fixados na
I – microempresa e empresa de pequeno porte, legislação tributária, conforme dispuser o
as pessoas jurídicas que se enquadrem, regulamento desta Lei
respectivamente, nas descrições dos incisos I e II
do caput do art. 2o da Lei no 9.841, de 5 de Art. 17-I. As pessoas físicas e jurídicas que
outubro de 1999; II – empresa de médio porte, a exerçam as atividades mencionadas nos incisos I
pessoa jurídica que tiver receita bruta anual e II do art. 17 e que não estiverem inscritas nos
superior a R$ 1.200.000,00 (um milhão e respectivos cadastros até o último dia útil do
duzentos mil reais) e igual ou inferior a R$ terceiro mês que se seguir ao da publicação desta
12.000.000,00 (doze milhões de reais); Lei incorrerão em infração punível com multa de:
III – empresa de grande porte, a pessoa jurídica I – R$ 50,00 (cinqüenta reais), se pessoa física;
que tiver receita bruta anual superior a R$ II – R$ 150,00 (cento e cinqüenta reais), se
12.000.000,00 (doze milhões de reais). microempresa;
§ 2o O potencial de poluição (PP) e o grau de III – R$ 900,00 (novecentos reais), se empresa de
utilização (GU) de recursos naturais de cada uma pequeno porte;
das atividades sujeitas à fiscalização encontram- IV – R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais), se
se definidos no Anexo VIII desta Lei. empresa de médio porte;
§ 3o Caso o estabelecimento exerça mais de uma V – R$ 9.000,00 (nove mil reais), se empresa de
atividade sujeita à fiscalização, pagará a taxa grande porte.
relativamente a apenas uma delas, pelo valor Parágrafo único. Revogado.
mais elevado.
Art. 17-J.(Revogado pela Lei nº 10.165, de 2000)
Art. 17-E. É o Ibama autorizado a cancelar
débitos de valores inferiores a R$ 40,00 (quarenta Art. 17-L. As ações de licenciamento, registro,
reais), existentes até 31 de dezembro de 1999. autorizações, concessões e permissões
relacionadas à fauna, à flora, e ao controle
Art. 17-F. São isentas do pagamento da TCFA as ambiental são de competência exclusiva dos
entidades públicas federais, distritais, estaduais e órgãos integrantes do Sistema Nacional do Meio
municipais, as entidades filantrópicas, aqueles Ambiente.
que praticam agricultura de subsistência e as
populações tradicionais. Art. 17-M. Os preços dos serviços administrativos
prestados pelo Ibama, inclusive os referentes à
Art. 17-G. A TCFA será devida no último dia útil venda de impressos e publicações, assim como
de cada trimestre do ano civil, nos valores fixados os de entrada, permanência e utilização de áreas
no Anexo IX desta Lei, e o recolhimento será ou instalações nas unidades de conservação,
efetuado em conta bancária vinculada ao Ibama, serão definidos em portaria do Ministro de Estado
por intermédio de documento próprio de do Meio Ambiente, mediante proposta do
arrecadação, até o quinto dia útil do mês Presidente daquele Instituto.
subseqüente
Parágrafo único. Revogado. Art. 17-N. Os preços dos serviços técnicos do
§ 2o Os recursos arrecadados com a TCFA terão Laboratório de Produtos Florestais do Ibama,
utilização restrita em atividades de controle e assim como os para venda de produtos da flora,
fiscalização ambiental. serão, também, definidos em portaria do Ministro
de Estado do Meio Ambiente, mediante proposta
Art. 17-H. A TCFA não recolhida nos prazos e do Presidente daquele Instituto.
nas condições estabelecidas no artigo anterior
será cobrada com os seguintes acréscimos: Art. 17-O. Os proprietários rurais que se
I – juros de mora, na via administrativa ou judicial, beneficiarem com redução do valor do Imposto
contados do mês seguinte ao do vencimento, à sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, com
razão de um por cento; base em Ato Declaratório Ambiental - ADA,
II – multa de mora de vinte por cento, reduzida a deverão recolher ao Ibama a importância prevista
dez por cento se o pagamento for efetuado até o no item 3.11 do Anexo VII da Lei no 9.960, de 29
último dia útil do mês subseqüente ao do de janeiro de 2000, a título de Taxa de Vistoria.
vencimento § 1o-A. A Taxa de Vistoria a que se refere o caput
III – encargo de vinte por cento, substitutivo da deste artigo não poderá exceder a dez por cento
condenação do devedor em honorários de do valor da redução do imposto proporcionada
advogado, calculado sobre o total do débito pelo ADA.
inscrito como Dívida Ativa, reduzido para dez por § 1o A utilização do ADA para efeito de redução
cento se o pagamento for efetuado antes do do valor a pagar do ITR é obrigatória.
ajuizamento da execução § 2o O pagamento de que trata o caput deste
§ 1o-A. Os juros de mora não incidem sobre o artigo poderá ser efetivado em cota única ou em
valor da multa de mora parcelas, nos mesmos moldes escolhidos pelo
§ 1o Os débitos relativos à TCFA poderão ser contribuinte para o pagamento do ITR, em
Legislação Ambiental cecon
* Lei 11516/07
o
Art. 1 Fica criado o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico
Mendes, autarquia federal dotada de personalidade jurídica de direito público, autonomia administrativa
e financeira, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de: I - executar ações da
política nacional de unidades de conservação da natureza, referentes às atribuições federais relativas à
proposição, implantação, gestão, proteção, fiscalização e monitoramento das unidades de conservação
instituídas pela União; II - executar as políticas relativas ao uso sustentável dos recursos naturais
renováveis e ao apoio ao extrativismo e às populações tradicionais nas unidades de conservação de
uso sustentável instituídas pela União; III - fomentar e executar programas de pesquisa, proteção,
preservação e conservação da biodiversidade e de educação ambiental; IV - exercer o poder de polícia
ambiental para a proteção das unidades de conservação instituídas pela União; e V - promover e
executar, em articulação com os demais órgãos e entidades envolvidos, programas recreacionais, de
uso público e de ecoturismo nas unidades de conservação, onde estas atividades sejam permitidas.
Parágrafo único. O disposto no inciso IV do caput deste artigo não exclui o exercício supletivo do poder
de polícia ambiental pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis -
IBAMA.
SISNAMA
Para implantação das PNMA são necessários instrumentos que viabilizem sua
efetivação, instrumentos estes que a legislação consagra no art. 9o, podendo ser
divididos instrumentos de comando e controle.
b) Zoneamento ambiental:
O zoneamento ambiental uma espécie de zoneamento que se pode subdividir em
urbano, industrial, ambiental, costeiro e ecológico-econômico.
O EIA deve ser apresentado pelo empregador, que arcará com os custos de sua
realização, no momento em que formalizar o requerimento da licença ambiental (art.
8o). A elaboração do estudo compete a uma equipe multidisciplinar (art. 7o),
composta por profissionais legalmente habilitados, de diferentes áreas, que,
juntamente com o empregador, são responsáveis pelas informações oferecidas.
d) Licenciamento ambiental
Legislação Ambiental cecon
A Licença ambiental, uma vez concedida, não poderá ser revogada a qualquer tempo
sem motivo, porém, o fato de seguir todos os procedimentos devidos não garante ao
empreendedor a concessão ou a renovação de prazos de licença.
A primeira licença a ser outorgada é a Licença Prévia (LP), que aprova a localização
e atesta sua viabilidade ambiental. A referida licença terá prazo não superior há 5
(cinco) anos. Nesta etapa, quando necessário, serão confeccionados o EIA/Rima.
Nessa etapa são realizadas Audiências Públicas para que a comunidade interessada
e/ou afetada pelo empreendimento seja consultada.
A última Licença a ser obtida é a de Operação (LO) que deve ser solicitada antes de
o empreendimento entrar em operação, pois é essa licença que autoriza o início do
funcionamento da obra/empreendimento. Sua concessão está condicionada à vistoria
a fim de verificar se todas as exigências e detalhes técnicos descritos no projeto
aprovado foram desenvolvidos e atendidos ao longo de sua instalação e se estão de
acordo com o previsto nas LP e LI. O empreendedor também deve elaborar um
conjunto de relatórios descrevendo a implantação dos programas ambientais e
medidas mitigadoras previstas nas etapas de LP e LI.
A Licença poderá ser renovada, devendo ser requerida 120 dias antes do término do
seu prazo de validade. Neste caso a Licença será prorrogada automaticamente até a
manifestação definitiva do órgão ambiental.
A nova Licença poderá ter seu prazo de validade aumentado ou reduzido; podendo
ainda as ser alteradas as condicionantes e as medidas de controle, tudo mediante
fundamentação.
Procedimento:
Audiência Pública:
O local escolhido para realização da audiência deve ser de fácil acesso aos
interessados. Por isso, devido à localização geográfica das comunidades e grupos
interessados, poderá; haver mais de um evento sobre o mesmo projeto.
Procedimentos:
Estudo de viabilidade urbanística PLLILicenciamento da construçãoLO
Licenciamento da atividade.
Procedimento:
1ª teoria, fundamentada na Res. 237/97, art. 10, §1º do CONAMA.
Pós-licenciamento:
Recursos Hídricos
• Escassez hídrica
A CF/88 diz que a água é de domínio da União/Estados, porém o domínio não deve
ser interpretado como algo relativo a propriedade, mas sim, a guarda, a proteção e a
gestão, afim de, garantir a toda população este recurso.
Toda água é bem público, ainda que esteja localizada dentro de terrenos privados.
Para que o proprietário utilize a água localizada na sua área deverá obter outorga e
ainda poderá ser obrigado a pagar pelo uso do bem, exceto quando o suo for
insignificante.
• A água de chuva é também bem público, mas não sujeito a outorga ou cobrança
pelo seu uso, não podendo contudo, o proprietário da área impedir sua passagem
ou mesmo desviá-la.
• Água subterrânea está sob o domínio público exclusivo dos Estados membros da
federação, sem exceção.
I – Outorga:
O órgão executivo federal (ANA – Agência Nacional das Águas) ou regional (IGAM –
Instituto Mineiro de Gestão das Águas) irá avaliar a viabilidade do empreendimento.
O pedido de outorga e todos os atos para obtenção desta devem ser amplamente
divulgados com publicações em jornais de grande circulação e no diário oficial (art. 8º
da Lei 9984/00).
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1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR
2. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
4.5 – Uso Insignificante? [ ]SIM [ ]NÃO (Uso Insignificante é definido pela UPGRH em que o
empreendimento está localizado).
(Informe-se no site do SIAM através DN CERH 09/2004):
Código do uso: ____ quantidade: ____; código do uso: _____ quantidade: ____; código do uso: ____
quantidade: ____.
4.6 – Utilização do Recurso Hídrico é ou será Coletiva? [ ]NÃO [ ]SIM (Informar : DAC/IGAM
_____/_____)
(A Declaração de Área de Conflito DAC/IGAM, deverá ser solicitada ao IGAM ou através dos NARC’s)
Código do uso: ____ quantidade: ____; código do uso: _____ quantidade: ____; código do uso: ____
quantidade: ____.
5. Localização do empreendimento
5.1 – A área do empreendimento abrange outros municípios? [ ] NÃO [ ] SIM (Se sim, informar): __________
5.2 – A área do empreendimento abrange outros estados? [ ] NÃO [ ] SIM (Se sim, informar): ____________
5.3 – O empreendimento está localizado dentro de unidade de conservação (UC) de uso sustentável ou de
proteção integral, criada ou implantada, ou em outra área de interesse ambiental legalmente protegida?
[ ] NÃO [ ] SIM, nome: __________________________________________________
5.4 – O empreendimento está localizado em sua zona de amortecimento (ou entorno, no raio de 10 km ao redor
da UC), de alguma UC, exceto APA ou RPPN?
[ ] NÃO [ ] SIM, nome: ___________________________________________
6.2 – Caso já tenha Autorização para Exploração Florestal – APEF ou Declaração de Colheita e Comercialização
– DCC liberada para esse empreendimento informar o (s) número (s):
____________/______; ____________/______; ____________/______; ____________/______;
____________/______.
6.3 – O Empreendimento está localizado em área rural? [ ] SIM (preencha abaixo) [ ] NÃO (passe para o
campo 7)
6.3.1 – A propriedade possui regularização de reserva legal (Termo de Compromisso/IEF ou Averbação)? [ ]
SIM [ ] NÃO
6.4 – Haverá necessidade de nova supressão / intervenção neste empreendimento, além dos itens relacionados
nas perguntas 6.1 e 6.2? [ ] SIM (responda as perguntas abaixo) [ ] NÃO (passe ao campo 7)
6.5 – Ocorrerá supressão de vegetação? [ ] NÃO (passe ao item 6.7) [ ] SIM (preencha os campos
abaixo):
[ ] nativa (passe para o item 6.7) [ ] plantada, (responda as perguntas abaixo)
6.6 – É vinculada, legal ou contratualmente, a empresas consumidoras de produtos florestais? [ ] NÃO [ ]
SIM
6.7 – Ocorrerá supressão/intervenção em Área de Preservação Permanente (APP)? [ ] NÃO [ ] SIM
8. Declaro sob as penas da lei que as informações prestadas são verdadeiras e que estou ciente de que a
falsidade na prestação destas informações constitui crime, na forma do artigo 299, do código penal (pena de
reclusão de 1 a 5 anos e multa), c/c artigo 3º da lei de crimes ambientais, c/c artigo 19, §3º, item 5, do decreto
39424/98, c/c artigo 19 da resolução CONAMA 237/97.
(Cidade, Data)
Ilma. Senhora
Legislação Ambiental cecon
Senhora Diretora,
o
(Nome do requerente), CPF (ou CNPJ) N (CPF - pessoa física ou CNPJ - pessoa jurídica), vem
pelo presente requerer desse Instituto (Tabela 1 - Modalidade de outorga), para a execução de
(Tabela 2 - Uso dos recursos hídricos), no ponto de coordenadas geográficas (Latitude e
Longitude), no (Nome do curso d’água - somente para água superficial), na(o) (Fazenda, sítio,
distrito etc), município de (Nome do município).
Declara, ainda, conhecer a legislação federal e estadual vigente sobre recursos hídricos e meio
ambiente, cujo descumprimento ensejará, além da perda do direito de uso eventualmente
deferido, a aplicação das penalidades previstas na mesma legislação, em especial a Lei nº
13.199, de 29 de janeiro de 1999, e sua regulamentação constante no Decreto nº 41.578, de 8 de
março de 2001, bem como acarretará a aplicação das sanções previstas na Lei de Crimes
Ambientais(Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998).
A Lei 9433/97 traça quais usos necessitam de outorga e também suas exceções,
vejamos:
Senhora Diretora,
o
(Nome do requerente), CPF (ou CNPJ) N (CPF - pessoa física ou CNPJ - pessoa jurídica), vem
pelo presente requerer desse Instituto a certidão de registro de uso insignificante, conforme
o
estabelecido pela DN n CERH 09/2004.
Declara, ainda, conhecer a legislação federal e estadual vigente sobre recursos hídricos e meio
ambiente, cujo descumprimento ensejará, além da perda do direito de uso eventualmente deferido, a
aplicação das penalidades previstas na mesma legislação, em especial a Lei nº 13.199, de 29 de
janeiro de 1999, e sua regulamentação constante no Decreto nº 41.578, de 8 de março de 2001, bem
como acarretará a aplicação das sanções previstas na Lei de Crimes Ambientais(Lei nº 9.605, de 12
de fevereiro de 1998).
• Custo
O custo da outorga é suportado pelo outorgado conforme tabela a seguir (valor para
Legislação Ambiental cecon
25 6 10 R$ 3.709,94
25 11 15 R$ 6.467,08
25 16 20 R$ 6.943,47
25 21 25 R$ 9.700,61
25 26 30 R$ 10.177,00
25 31 35 R$ 12.934,14
25 36 40 R$ 13.410,55
25 41 45 R$ 16.167,67
25 46 50 R$ 16.644,08
25 51 55 R$ 19.401,22
25 56 60 R$ 19.877,61
25 61 65 R$ 22.634,75
25 66 70 R$ 23.111,15
25 71 75 R$ 25.868,28
25 76 80 R$ 26.344,69
25 81 85 R$ 29.101,82
25 86 90 R$ 29.578,22
25 91 95 R$ 32.334,97
25 96 100 R$ 32.851,06
• Modalidades de Outorga
• Suspensão da Outorga
• Cobrança
É instrumento econômico de gestão que tem como objetivo atribuir a água um valor
econômico, incentivar a racionalização do uso e obter recursos para o financiamento
do programas e intervenções.
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• Enquadramento
O corpo hídrico é constituído por água tipo: doce, salobra ou salina, sendo estas
classificadas em classes de acordo com o grau de qualidade da água, tendo em vista
o volume das diferentes substâncias nela diluída.
O objetivo é traçar metas para garantir a melhoria na qualidade dos recursos hídricos.
A ANA ou o IGAM (em Minas Gerais) deve propor ao CB o enquadramento, que por
sua vez submete o enquadramento ao CNRH/CERH que irá analisar sua aprovação.
O plano de recursos hídricos deve ser dinâmico podendo ser editado a qualquer
tempo indicando metas e soluções a curto, médio ou longo prazo.
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3.1. PLANASA
Este modelo foi induzido pela União por meio dos critérios para destinação dos
financiamentos do FGTS, que foram alocados exclusivamente às empresas
estaduais. A prestação por empresas estaduais abrangeu aproximadamente 75%
dos Municípios. Os contratos de concessão entre as empresas estaduais e os
Municípios são muito vagos. Não há normas sobre a estrutura tarifária ou sobre as
obrigações da empresa. Na prática, o serviço é prestado como se fosse de
competência estadual, inexistindo qualquer regulação municipal.
Isso porque é através de veiculação hídrica que se propagam doenças tais como a
gastroenterite, cólera, a leishmaniose, a malária e a esquistossomose, as moléstias
diarréicas, e ainda, sob certas circunstâncias, hepatite, salmonelose, e outras,
responsáveis pela morbidade e mortalidade de um grande número de pessoas,
principalmente crianças. Isso dá especial relevância e torna prioritárias as políticas
não somente de tratamento, mas de prevenção de doenças, o que passa pelo
planejamento territorial, que tem de incluir um sistema de tratamento e distribuição da
água, tornando mais baratos e efetivos os programas de combate a certas doenças e
à mortalidade infantil.
Art. 2º A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da
cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:
I - garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao
saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e
ao lazer, para as presentes e futuras gerações;
IV - planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e das
atividades econômicas do Município e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e
corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;
V - oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos adequados aos
Legislação Ambiental cecon
O planejamento territorial, para ser efetivo, deve contemplar, entre outros itens: o
crescimento da região; a prevenção contra a ocupação de áreas que possam trazer
riscos à população que a ocupa (por exemplo: áreas de encostas de morros, áreas
sujeitas a enchentes ou áreas próximas a lixões); a prevenção contra a ocupação de
áreas que possam trazer problemas ao restante da população (por exemplo: áreas
de mananciais e áreas de grande importância ecológica).
Legislação fundamental
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A água é um dos elementos do meio ambiente. Isso faz com que se aplique à água o
enunciado do caput do art.225 da Constituição Federal: “Todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo...”
Nos termos do art.99, I do Código Civil, as águas dos mares e dos rios são bens
públicos de uso comum do povo e pelo disposto no art.103 do mesmo código a
utilização pode ser gratuita ou restribuída, ou seja, poderá ser cobrada.
A gestão dos recursos hídricos deve ser feita de forma sistemática, buscando
quantidade e qualidade. Deve levar em conta as diferenças físicas, bióticas,
demográficas, econômicas, sociais e culturais das diversas regiões, que também
observará as diferenças entre as várias bacias hidrográficas que são as unidades
territoriais básicas (Lei n.º 9.433/97, art.2.º, VI), e não somente as regiões e os
Estados.
das águas.
O ETEP é o gênero que inclui a AP, sobre o qual incidirá proteção jurídica integral ou
parcial.
Os Parques Nacionais devem ser abertos a visitação ainda que em parte da unidade
seja esta vedada, apesar de existirem parque fechados a visitação (sic).
Tem como finalidade preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza
cênica, como por exemplo, uma montanha específica ou uma cachoeira específica.
Assim apenas o monumento receberia proteção especial, não o restante da área.
Poderá ser constituído em áreas particulares desde que seja possível compatibilizar
os objetivos da unidade de conservação com a utilização da terra e dos recursos
naturais pelo proprietário.
Seria o caso de uma paia específica, onde ocorra a desova de tartarugas, ou local
em que ocorra o pouso de aves migratórias.
Assim como áreas de monumento natural o refugio da vida silvestre incide sobre
áreas muito pequenas, sendo compatível com o domínio privado, assim o proprietário
da área poderá escolher ter seu domínio restringido ou desapropriado.
Trata-se de uma área em geral extensa, com certo grau de ocupação humana,
dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos e/ou culturais especialmente
importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas e tem
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Nessas áreas que podem ser de particulares, o Estado pode estabelecer limitações
ou mesmo proibições.
Ex.: Floresta Nacional do Capão Bonito, com extensão de 4.344 hectares, localizado
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A população extrativista tradicional não deverá ser retirada de tais áreas, porém, não
sendo possível a manutenção desta no local, em razão da fragilidade do
ecossistema, estas devem ser reassentadas em local próximo para que não percam
laços culturais e familiares. Somente em último caso é que tais populações poderão
ser retiradas dos locais e indenizadas.
Ex. ResEx Chico Mendes, com extensão de 976.570 hectares, localizada no Estado
do Acre.
Se existirem requisitos que justifiquem sua criação esta se dará por meio de Lei,
passando o Estado a exercer fiscalização em toda a área.
Ao proprietário se dará isenção de ITR, podendo este conseguir recursos, por meio
de parcerias com organizações ambientalistas, para desenvolvimento de projetos
científicos, a faculdade de comercializar cotas de reserva florestal (compensação
legal).
O Código Florestal, Lei 4.771, de 15 de setembro de 1965 define dois tipos de áreas
de conservação sendo a primeira as áreas de preservação permanente e a segunda
as áreas de reserva legal.
Desta forma a vegetação não pode sofrer corte raso ou ser utilizado diretamente
recursos naturais. O acesso de pessoas e animais é permitido apenas para obtenção
de água, desde que isso não signifique a supressão ou comprometa a regeneração e
manutenção a longo prazo da vegetação nativa. É permitido também o ecoturismo.
* Entretanto, as alíneas “b” e “f” não eram precisas, sendo editadas respectivamente
as Resoluções 302 e 303 ambas do ano de 2002 do CONAMA para delimitá-las.
Parágrafo único. No caso de áreas urbanas, assim entendidas as compreendidas nos perímetros
urbanos definidos por lei municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, em todo o
território abrangido, obervar-se-á o disposto nos respectivos planos diretores e leis de uso do solo,
respeitados os princípios e limites a que se refere este artigo.
Diante deste artigo, tem-se que caso a APP esteja localizada dentro de regiões
metropolitanas a lei municipal poderá alterar relativizar as áreas.
Filio-me a primeira corrente, isto pois a Lei traça limites que não podem ser
extravasados, além do que não se poderia exigir em área menor (metrópole) maior
rigor que em áreas maiores (rurais).
A área de reserva legal, de propriedade publica ou privada, não pode sofrer corte
raso e tem como finalidade a manutenção de parte representativa de todos os
ecossistemas existentes no país.
Desta forma temos que, reserva legal é a área localizada no interior de uma
propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação e reabilitação de fauna e
floras nativas.
A localização da reserva legal deve ser aprovada pelo órgão ambiental estadual
competente. Será observada a maior conectividade entre áreas protegidas evitando-
se ilhar cercadas por degradações.
Não há compensação entre APP e a reserva legal, exceto quando as somas das
duas áreas excedem:
a) 80% na propriedade situada em área de floresta localizada na Amazônia Legal;
b) 50% da propriedade rural localizada nas demais regiões do país;
c) 25% da pequena propriedade rural.
Ocorrendo a instituição legal de qualquer ETEP sobre a região onde esta for criada,
assim como em seus arredores, ocorrerá a limitação de atividade econômica.
O clamor Municipal possui guarida Constitucional, a saber, inciso IV, do art. 158,
parágrafo único, II, onde revela que, 25% do produto da arrecadação do ICMS serão
destinados aos Municípios, sendo que dos 25%, 5% será distribuído conforme
critérios a serem estabelecidos por Lei Estadual.
Em dezembro de 2000, foi promulgada, em Minas Gerais, a Lei Estadual 13.803, que
veio regulamentar o dispositivo Constitucional supracitado, determinando em seu art.
1º, VIII que, 2,5% do total do ICMS arrecadado pelo Estado serão distribuídos aos
municípios cujos sistemas de tratamento ou disposição final de lixo ou de esgoto
sanitário, com operação licenciada pelo órgão ambiental estadual, atendam, no
mínimo, a, respectivamente, 70% (setenta por cento) e 50% (cinqüenta por cento) da
população, sendo que o valor máximo a ser atribuído a cada município não excederá
o seu investimento, estimado com base na população atendida e no custo médio "per
capita" dos sistemas de aterro sanitário, usina de compostagem de lixo e estação de
tratamento de esgotos sanitários, fixado pelo Conselho Estadual de Política
Ambiental – COPAM.
O restante, 2,5% dos recursos será distribuído com base no Índice de Conservação
do Município, calculado de acordo com o Anexo IV desta lei, considerando-se as
Unidades de Conservação – UC – estaduais, federais e particulares, bem como as
Unidades municipais que venham a ser cadastradas, observados os parâmetros e os
procedimentos definidos pelo órgão ambiental estadual – COPAM.
c) Multa:
Os valores serão revertidos para o fundo penitenciário
CAPÍTULO V multa.
DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE § 1º Incorre nas mesmas penas:
Seção I I - quem impede a procriação da fauna, sem
Dos Crimes contra a Fauna licença, autorização ou em desacordo com a
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar obtida;
espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota II - quem modifica, danifica ou destrói ninho,
migratória, sem a devida permissão, licença ou abrigo ou criadouro natural;
autorização da autoridade competente, ou em III - quem vende, expõe à venda, exporta ou
desacordo com a obtida: adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito,
Pena - detenção de seis meses a um ano, e utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da
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fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem III - quem fundeia embarcações ou lança detritos
como produtos e objetos dela oriundos, de qualquer natureza sobre bancos de moluscos
provenientes de criadouros não autorizados ou ou corais, devidamente demarcados em carta
sem a devida permissão, licença ou autorização náutica.
da autoridade competente. Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja
§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie proibida ou em lugares interditados por órgão
silvestre não considerada ameaçada de extinção, competente:
pode o juiz, considerando as circunstâncias, Pena - detenção de um ano a três anos ou multa,
deixar de aplicar a pena. ou ambas as penas cumulativamente.
§ 3° São espécimes da fauna silvestre todos
aqueles pertencentes às espécies nativas, Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas
migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou quem:
terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo I - pesca espécies que devam ser preservadas ou
de vida ocorrendo dentro dos limites do território espécimes com tamanhos inferiores aos
brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras. permitidos;
§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime II - pesca quantidades superiores às permitidas,
é praticado: ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos,
I - contra espécie rara ou considerada ameaçada técnicas e métodos não permitidos;
de extinção, ainda que somente no local da III - transporta, comercializa, beneficia ou
infração; industrializa espécimes provenientes da coleta,
II - em período proibido à caça; apanha e pesca proibidas.
III - durante a noite; Art. 35. Pescar mediante a utilização de:
IV - com abuso de licença; I - explosivos ou substâncias que, em contato
V - em unidade de conservação; com a água, produzam efeito semelhante;
VI - com emprego de métodos ou instrumentos II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido
capazes de provocar destruição em massa. pela autoridade competente:
§ 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime Pena - reclusão de um ano a cinco anos.
decorre do exercício de caça profissional. Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se
§ 6º As disposições deste artigo não se aplicam pesca todo ato tendente a retirar, extrair, coletar,
aos atos de pesca. apanhar, apreender ou capturar espécimes dos
Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e
de anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de
da autoridade ambiental competente: aproveitamento econômico, ressalvadas as
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. espécies ameaçadas de extinção, constantes nas
Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem listas oficiais da fauna e da flora.
parecer técnico oficial favorável e licença Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando
expedida por autoridade competente: realizado:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e I - em estado de necessidade, para saciar a fome
multa. do agente ou de sua família;
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos
ou mutilar animais silvestres, domésticos ou da ação predatória ou destruidora de animais,
domesticados, nativos ou exóticos: desde que legal e expressamente autorizado pela
Pena - detenção, de três meses a um ano, e autoridade competente;
multa. III – (VETADO)
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza IV - por ser nocivo o animal, desde que assim
experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, caracterizado pelo órgão competente.
ainda que para fins didáticos ou científicos, Seção II
quando existirem recursos alternativos. Dos Crimes contra a Flora
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada
terço, se ocorre morte do animal. de preservação permanente, mesmo que em
Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou formação, ou utilizá-la com infringência das
carreamento de materiais, o perecimento de normas de proteção:
espécimes da fauna aquática existentes em rios, Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou
lagos, açudes, lagoas, baías ou águas ambas as penas cumulativamente.
jurisdicionais brasileiras: Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou será reduzida à metade.
ambas cumulativamente. Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetação
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas: primária ou secundária, em estágio avançado ou
I - quem causa degradação em viveiros, açudes médio de regeneração, do Bioma Mata Atlântica,
ou estações de aqüicultura de domínio público; ou utilizá-la com infringência das normas de
II - quem explora campos naturais de proteção:
invertebrados aquáticos e algas, sem licença, Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou
permissão ou autorização da autoridade multa, ou ambas as penas cumulativamente.
competente; Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena
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adequada tipificação.
A Lei em comento dedica grande parte em apresentar tipos penais em prol do meio
ambiente natural, como a fauna e flora, poluição entre outros relativos ao meio
ambiente cultural.
Uma das maiores penas prevista neste diploma legal é a reclusão de cinco anos
contida no art. 40, porém, para fins penais, a conduta tipificada é aquela que atenta
contra às UC deixando de lado outras espécies de ETEP, como as áreas indígenas e
os territórios quilombolas.
Um ato só passa a ser considerado crime quando uma norma jurídica o qualifica
como tal.
Contudo a CF/88 em seu art. 225 determina que assim como a pessoa natural a
pessoa jurídica poderá responder administrativamente, civilmente e criminalmente.
Nesta esteira a Lei de crimes ambientais admite que a pessoa jurídica responderá
criminalmente pelas infrações cometidas por decisão de seu representante legal ou
contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício de sua entidade.
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A figura jurídica do TAC foi introduzida no § 6º, do inciso II, do artigo 5º da chamada
Lei da Ação Civil Pública (Lei Federal nº 7.347, de 24 de julho de 1985).
Esclarecendo-se que a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao
meio ambiente encontra-se expressamente prevista no inciso I, do artigo 1º da Lei
que estabeleceu as normas processuais cabíveis para a ação.
A Ação Civil Pública pode ser proposta pelo Ministério Público, pela União, pelos
Estados e Municípios e também por autarquias, empresas públicas, fundações,
sociedades de economia mista ou associações, que estejam constituídas há mais de
um ano nos termos da lei e que incluam entre as suas finalidades institucionais a
proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre
concorrência, ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
O termo exige que sejam adotadas precauções e cautelas de cunho formal para a
sua lavratura e conseqüente validade legal. Percebe-se, portanto, que ao celebrar o
TAC, os proprietários cujos imóveis ou atividades não se encontrem em
conformidade com a legislação ambiental, irão dispor de maior lapso de tempo para
regularizar sua situação, implantando as medidas cabíveis para se ajustar ao
comando normativo.
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6- FONTES
Arrocho no Agribusiness
Elaborado em: 15.01.2003
Cláudia Magalhães Guerra e Eduardo Diamantino Bonfim e Silva
http://www.conjur.com.br/static/text/7674,1 / dia 29.11.2008 às 13:51
IBAMA
Ministério do Meio Ambiente
http://www.ibama.gov.br/licenciamento/ dia 23.11.2008 às 16:42
IGAM
SEMA
http://www.igam.mg.gov.br/ dia 23:11.2008 às 16:44
IEF
SEMA
http://www.ief.mg.gov.br/ dia 23:11.2008 às 16:44
Direito Ambiental
Ano: 15 março de 2008
Márcia Dieguez Leuzinger e Sandra Cureau
Editora: Elsevier/RJ
Coleção Direito Ponto a Ponto