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ENG 1713 – MÉTODOS EXPERIMENTAIS EM ENGENHARIA MECÂNICA

GRUPO 3

Ana Carolina Destri Liberatore - 1820374


Augusto Rodrigues Canedo - 1910378

DETERMINAÇÃO DO TEMPO DE RESPOSTA DE SENSORES DE


TEMPERATURA

RIO DE JANEIRO - RJ
2023.2
Introdução:

Sensores são instrumentos que respondem a um estímulo físico ou químico de maneira


específica, produzindo um sinal que pode ser transformado em outra grandeza física para fins
de medição e/ou monitoramento. Um parâmetro característico de sensores é o tempo de
resposta, τ , que é estudado em sistemas de primeira ordem (sistemas descritos por uma
equação diferencial de primeira ordem). Sendo um sensor de primeira ordem submetido a um
degrau de entrada, τ expressa quanto tempo leva para o valor inicial da resposta do sensor
variar 63.2% da diferença entre o valor final (estabilizado, após se passar um tempo muito
longo) e inicial da referida resposta. Por conta disso, conhecer este parâmetro acaba sendo
muito útil para aplicações de controle de sistemas e fazer previsões.

Assim, dada a importância que apresenta o tempo de resposta de sensores, neste trabalho será
realizada exatamente a determinação deste parâmetro, para dois sensores de temperatura
diferentes. Isto será feito aquecendo previamente os sensores até uma dada temperatura por
meio de um escoamento cruzado de ar quente. Após isso, eles serão resfriados, sendo
subitamente submetidos a um escoamento cruzado de ar ambiente, que representa o degrau
de entrada. Este processo de resfriamento dura até a temperatura dos sensores se estabilizar
na temperatura do ar ambiente, e durante este processo, a temperatura dos sensores vai
sendo computada num arquivo Excel ao longo do tempo, e com isso será possível determinar o
tempo de resposta desses instrumentos. Este tempo de resposta será determinado por três
métodos diferentes: leitura do tempo de resposta diretamente da curva Temperatura x tempo,
ajuste à curva e ajuste logarítmico.

Apresentação Teórica:

Através da teoria de transferência de calor, é possível calcular a resposta de um sensor de


primeira ordem de temperatura a um degrau de entrada. No caso aqui, conforme já
mencionado, este degrau de entrada corresponde a ação súbita do ar ambiente escoando
cruzadamente sobre o sensor, que apresenta uma temperatura mais quente. Desprezando-se
as trocas de calor por condução e radiação, podemos escrever que o calor Q trocado por
convecção entre o sensor e o ar ambiente é:

m∗c∗dT
Q= = −h∗A∗(T −T ∞ ),
dt
onde m é a massa do sensor, c é o calor específico do sensor, h é o coeficiente de troca de
calor por convecção, A é a área superficial do sensor, T é a temperatura instantânea do sensor,
dT
é a taxa de variação de temperatura do sensor com o tempo e T ∞ é a temperatura do ar
dt
ambiente.

dT d Ɵ
Definindo Ɵ=T −T ∞, teremos então que = , e assim:
dt dt
m∗c∗d Ɵ
=−h∗A∗Ɵ
dt
d Ɵ −h∗A
= ∗dt
Ɵ m∗c
m∗c
Definindo τ = :
h∗A
d Ɵ −dt
=
Ɵ τ
Integrando:
Ɵ t

∫ dƟƟ =−1 ∗∫ dt
τ 0
Ɵo

ln
( ƟƟ )= −tτ
o
(1)

−t
Ɵ τ
=e
Ɵo
−t
T −T ∞
=e τ (2)
T O −T ∞

Portanto, a resposta do sensor sob o escoamento cruzado do ar ambiente é representada pela


−t
T −T ∞
equação =e τ , onde T O é a temperatura inicial do sensor (no instante em que
T O −T ∞
começa o escoamento cruzado de ar ambiente sobre o sensor) e τ é o seu tempo de resposta.

Relembrando da seção de Introdução, sendo um sensor de primeira ordem submetido a um


degrau de entrada, τ expressa quanto tempo leva para o valor inicial da resposta do sensor
variar 63.2% da diferença entre o valor final (estabilizado, após se passar um tempo muito
longo) e inicial da referida resposta. No caso aqui, o valor final e inicial da resposta comentados
são T ∞ e T O, respectivamente.

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