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Alegações Finais Trafico
Alegações Finais Trafico
AUTOS Nº 00037232820188272731.
A defesa preliminar foi apresentada no evento 18, não foi caso de absolvição
sumária, seguiu-se a instrução que ocorreu sem nenhuma nulidade.
PRIMEIRAMENTE
De acordo com ele, no dia da prisão tiveram informações que tinha chegado
um carregamento de drogas para RAFAEL REIS ANDRADE no dia anterior,
com essas informações foram atras de localizar RAFAEL REIS ANDRADE e
não encontraram ele nas residências investigadas e, portanto, foram em mais
locais que sabiam que ele estava andando.
Ocorre que na referida casa, existe uma mercearia, sendo que na referida
residência residem muitos parentes, entre filhos, irmão, netos, sobrinhos,
sendo, portanto, uma casa que já possui muito movimento, O QUE NÃO
SIGNIFICA QUE ALI FUNCIONA UM PONTO DE APOIO AO TRÁFICO como
afirmado pelas testemunhas de acusação, o que restou evidente a invasão de
domicilio no imóvel.
Não obstante, a Acusada LARA BEATRIZ não foi encontrada com nada
em seu poder, pois havia acabado de adentrar no local.
NO MÉRITO
DA ACUSAÇÃO DO TRÁFICO
A Acusada nega a prática dos delitos a ela imputados, afirmando ainda, que
não conhecia os demais acusados até o dia 02 de agosto de 2022, bem como,
não é usuária de entorpecentes.
Contudo não consta dos autos qualquer outro indício de que a Acusada LARA
BEATRIZ tenha qualquer envolvimento com as atividades de tráfico.
Caso não seja este o entendimento do MM. Juízo, torna-se incontestável então
a necessidade de aplicação do princípio do in dúbio pro réu, uma vez que certa
é a dúvida acerca da culpa a ele atribuída com relação à acusação de Tráfico
de Drogas, pois a Acusada não fora encontrada em atividade de traficância e
muito menos com qualquer outro elemento que levasse a crer ser uma
traficante.
Assim, pelo acima exposto, deve ser aplicado o princípio do in dúbio pro
réu, vez que não houve apreensão de tóxicos em poder da Acusada.
DA ASSOCIAÇÃO AO TRÀFICO
Desta forma, não restou comprovado o animus associativo, uma vez que não
houve flagrante e a Acusada não possui qualquer vínculo com os demais
denunciados desta Ação Penal.
Assim, diante da insuficiência das provas, não há como imputar ao
denunciado a autoria pela prática de associação ao tráfico de drogas, de
forma que, nos termos do art. 386, V e VII do CPP, o juiz deverá absolve-
la quanto ao crime de tráfico.
DO TRÁFICO PRIVILEGIADO
DA DOSIMETRIA DA PENA
Caso não seja este o entendimento, que seja absolvida por não existir prova
suficiente para a condenação, com base no art. 386, VII, do CPP;
Termos em que,
Pede deferimento.
CLAUZI RIBEIRO
OAB/TO 1.683