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Verificagées aos estados-limites de servico 8.1 OBJETIVOS Conceito: os estados-limites de servigo (ELS) envolvem os requisitos exigidos da estrutura, associados @ durabilidade, funcionalidade e aparéncia da edificagao, seja em relagao ao conforto dos usuérios, aos equipamentos e maquinas nela empregados e condicionados a sua ulilizagdo adequada. Anocdo intuitiva de seguranga esta ligada a ideia de sobrevivéncia e, dessa forma, uma estrutura poderia ser considerada segura se houvesse garantia de que durante sua vida Util nao fosse atingido algum tipo de estado de desempenho patolégico. Entretanto, esse conceito intuitive deve ser melhor estabelecido tecnicamente, em funcao do respeito & vida humana e as condicdes psicolégicas e econdmicas dos usuarios das edificagées, que sdo, em geral, leigos © ndo obrigados a entender o funcionamento das estruturas. ‘Segundo o conceito de seguranca do subitem 3.8.1 do capitulo 3, entende-se que uma estrutura 6 segura quando atende aos trés requisitos seguintes: a) Mantém durante sua vida util as caracteristicas originals de projeto, a um custo razoavel de execugdo e manutencao. senta aparéncia que cause b) Em condigdes normais de utilizacdo, ndo apres inquietaco aos usuarios ou ao piblico em geral, nem falsos sinais de alarme que lancem suspeitas sobre a sua seguranca. estrutura segura deve ter aparénoia que transmita seguranca. is de adverténcia—tlechas, tados de petigo. Isto 6, deve ser Em outras palavras, uma €) Sob utiliza incorreta deve apresentar sinais visvei deformagées, fissuras, etc. -, quanto a eventuais es! qualquer possibilidade de ruptura sem aviso ou de colapso progressivo prevenida. ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO Um conceito mais amplo de seguranca estaintimamente relacionado,ponaia,an CO dimensionamer comportamento da estrutura com a utilizagao prevista em projeto, para o qual se necessaria arupt definem os estados-limites de servigo. Considera-se que esses estados ety sob condigoes N a atingldos quando a estrutura nao mals atende aos requisitos espectcns da 5 cditicacao, sob concigées normais de uso e ambientais. No entanto, os ELS rao Dessa forma, ¢ estéo associados a risco iminente de colapso da estrutura. 2) \dentiicar « z Os ELS mais comuns nas veriicagées dos projetos de estruturas de concrta armado de 3 armado de edificagdes usuais sao: b) Apresent g ie : " 1) fissuracdo excessiva que afete de forma adversa.a aparéncia, a durabilidadeou Detormay as condigées de estanqueidade; compe 2) deslocamentos que causem prejuizo a aparéncia ou ao uso elelivo da edificagdo (incluindo mau funcionamento de maquinas ou servigos), ou danos inaceitaveis em outros elementos, estruturais ou no, da construgao; 8 3) tenses de compresso excessivas no concreto, produzindo deformagies ao oC itteversiveis e microfissuras que possam levar & perda de durablidade: 4) vibragdes resultando em desconforto, alarme ou perda de funcionalidade. Send ‘sua’ Ainda na fase de projeto, cabe considerar quanto aos ELS: solic + As sobrecargas de utilizac&o podem mudar com o decorrer do ‘tempo (por exemplo, edificios residenciais que passam a ser usados como escritorios), oO + As classes de agressividade ambiental da estrutura e suas partes, segundo @s Re exigéncias especificas de protegao e durabilidade, conforme a tabela 7.2 da a NBR 6118 — 7.4.7. Essas classes so definidas como CAA1 a AAW —fraca, \ Moderada, forte e muito forte -, com os valores minimos da espessuranominal da camada de cobrimento das pegas de concreto. * As flechas calculadas, mesmo quando inferiores aos limites da Norma, "0 devem resultar em danos a elementos da editicagao situados sobre ou sod elemento estrutural, prevendo, caso necessario, dispositivos adequados OU contraflechas para evitar consequéncias indesejaveis. * Aanalise da superestrutura deve considerar as caracteristicas do solo onde se assentam as fundagées, verificando a probabilidade de recalques dos pilates: para, caso necessario, considerd-los no cAlculo de estorgos da estrutura 374 relacionado, Portanto, ao n projeto, para o qual se jue esses estados sao quisitos especificos da No entanto, os ELS nao a. estruturas de concreto ncia, a durabilidade ou U ao USO efetivo da Du servicos), ou danos a construgao; duzindo deformagées Je durabilidade; le funcionalidade. orrer do tempo (por ; como escritérios); s partes, segundo as me a tabela 7.2 da AlaCAA IV —fraca, a espessura nominal ites da Norma, nao dos sobre ou sob o ivos adequados ou cas do solo onde se alques dos pilares, s da estrutura. SS SS ee nen sionamento de estruturas de concreto armado deve garantir a seguranga g odimenst necessat' sob condic aa ruptura (estados-limites Ultimos — ELU) e o comportamento aceitavel es normais de utilizagao (estados-limites de Servigo — ELS). Dessa forma, 40 objetivos deste capitulo: a) Identificar oS ELS tipicos a serem considerados nas estruturas de concreto armado de edificagdes usuais. b) Apresentar OS critérios de projeto para verificagdes ao Estado-Limite de Deformagao (ELS-DEF) de elementos sujeitos a solicitagdes normais, visando acomparacao das estimativas de flechas com os limites da NBR 6118. c) Idem quanto ao Estado-Limite de Fissuragao (ELS-W). d) Verificagao de lajes retangulares macigas de concreto armado ao ELS-DEF. 82 CONSIDERAGOES PRELIMINARES Sendo os ELS relacionados ao comportamento estrutural sob utilizagao normal, sua verificagao deve considerar os valores mais representativos das agées, solicitagdes e resisténcias dos materiais nas situagdes previstas em projeto. Ocomportamento global da estrutura em servigo nao é substancialmente afetado Por variagées localizadas das propriedades do concreto e do ago, que justificam a aplicagdio dos coeficientes de minoragao das resisténcias para 0 cAlculo aos ELU. Portanto, as verificagdes de projeto devem levar em conta as complete das acdes mais representativas de situagdes reais de utilizagao, ge ae S alé mesmo, redugdes nas acGes/solicitagdes provenientes de agées vari Consideradas as resisténcias caracteristicas dos materiais. eo Pratica recomendada Ibracon - as combinagdes mais provavels ado de edificagdes usuals, digdes normais de servigo Fy, tem-se: ANBR 6118 + 11.8 (tabolas 11.2 6 11.4) = entérios técnicos NB-1 (2003) apresentam dotssso8 Pata 0s ELS de estruturas de conereto arm “sfinidos na subsegao 3.2 da Norma. Associadas as cont ; “Scargas permanentes F,, e cargas acidentais OU varidveis AVIS SOY SAOSVOLINEAA - ¥ o- 375 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO Ce ee CAPETULO 8 - VERIFICAGOES AOS ESTADOS-LIMITES DE SERVICOS a) Estado-limite de deformacao (ELS-DEF. Estado em que as deformagées atingem os limites de utilizagao normal Pel Norma > 13.4.2, com estimativas da subsegao 17.3.2. Assim, cabe considerarag combinagées quase-permanentes de servigo das agées variaveis: : Fraser = Feet Ya yp (a1) onde: — para edificios residenciais: y= 0,3 0,4 — para bibliotecas, arquivos, oficinas, garagens: y ) = 0,6. — para edificios comerciais: y) b) Estado-limite de fissurac&o (ELS-W) Estado em que as fissuras atingem aberturas acima dos limites especificados pala NBR 6118 — 13.4.2, com as estimativas da subsecao 17.3.3. Devem-se considerar as combinagées frequentes de servico das agdes varidveis: Poser = Fg + Wr gk (82) onde: — para edificios residenciais: y= 0,4 y= 0,6 — para bibliotecas, arquivos, oficinas, garagens: y , = 0,7 — para edificios comerciai: Os valores prescritos pela Norma para os coeficientes redutores y/, ¢ y levamem conta a probabilidade reduzida de atuag&o conjunta das agdes acidentais com seus valores maximos em situagdes de servigo. Essa consideragao é necesséria para estimativas realistas dos efeitos previsiveis em projeto. Nos ELS , um elemento linear de concreto armado em regime global elastico pode ter suas varias regides trabalhando no estadio I, quando nao fissuradas, ¢ n° estadio Il, se fissuradas, conforme os estddios ou fases de comportamento 6 flexdo pura, definidos no item 4.2 do capitulo 4. A separagao das regioes 9° elemento no estadio | ou Il é caracterizada pelo valor do momento de fissuraea, fornecido pela expressao a seguir, da NBR 6118 — 17.3.1: sendo: fator que correlacione concreto com sua res a= 1,2 2 seges T a= 1,5 2 segées re yy, = distancia do centro d a= = momento de inércia fu = resisténcia a tragao d momento M, deve-s fam = resisténcia & excessiva (EI Foning = resisténcia a fissuragao (E Da subsecao 17.3.1 da Nc concreto armado, com os do capitulo 3, o momento f seguinte, que se relaciona Pela armadura minima: ELS- ELS- Nos dois estados-limite de de grande relevanciaéon 8, subitem 3.1.2.2. Pelz inicial € fungao da resis! @gregado gratido e, da | Permite obter o modulo d a J0k0 CARtos rexriNt DE souza cuiwaco M,- lek de utilizagac ; Assim, cabe considerar, ‘as + varidveis: endo: i imade is ey aor correlaciona aproximadamente a resisténcia 8 trago natlexdo ac ; fo conereto com sua resisténcia a tracao direta, podendo-se adota: ge 12 280960 Tou duplo T'; «= 1,3 © secées Lou Tinvertdo: a= L5 > segdes retangulares. : ye distancia do centro de gravidade da segao a fibra mais tracionada; 7 = momento de inércia da secao bruta de concreto (nao fissurada) recificados pela ht resisténcia a tracao direta do concreto (NBR 6118 — 8.2.5); paraocélculo do Devem-se ee at resisténcia & tragao média para o estado-limite de deformagao (8.2) excessiva (ELS-DEF); Sexing = Fesisténcia a tragao caracteristica inferior para o estado-limite de fissuragao (ELS-W). momento M, deve-se usar: Da subsegao 17.3.1 da Norma, para os dois ELS tipicos de estruturas usuais de concreto armado, com os valores da resisténcia a tracao f,, », @ fr, ny 0a tabela 3.1 docapitulo 3, o momento fletor de fissuragao da se¢ao retangular é dado na forma nem a seguinte, que se relaciona a expressao (4.17) do capitulo 4, do momento resistido ie pela armadura minima: ELS-DEF; M, =0,25b,1t7fim (em MPa) (8.4) ELS-W: — M = 0256, fai Nos dois estados-limite de servi¢o — de deformacao e fissuragao -, uma grandeza degrande relevancia 6 0 médulo de elasticidade do conereto, abordado no capitulo 3, subitem 3.11.22. Pela expressao (3.17), 0 médulo de elasticidade tangente intial é fungao da resisténcia caracteristica 4 compressao @ da nalureza e agregado gratido e, da expressao (3.18), multiplicando-o pelo coeficiente 4; , Pemit obter 0 médulo de elasticidade secante do concrel0. Save 10 8-VERIFICACOES AOS ES ESTADOS-LIMITES DESERNIGOS, cant ‘as importantes para “ 118 estat ubsega0> : names ee LEO v da composicae do trago do Me veriicagoes 2° So depend vormagso cst Ko conte? Pe raga rr mente 02.7 do UM elemento estrutural ou See onaret0» sierra ou st Na aval Cae We de elasticidade “inico, & 1ragao @ ra sna $8* modulo de de" rmagao seen Ew pressor ela 8.1 presenta valores arredondados estimados os re tieidade tage" “rigid e socant®, Pare “igo no projeto estrutural médulos i ae siderando 0 orate rr agregad oau4 a “age do concreto, fungdo das .g do madulo d° elasticidade : 4; valores estiados £2 Tc ompressao © OTTO como agregado valde C70. a0 | C90 pero [ose |r BLeL@ ae” 0,98. 7.0_| 1.0. ire DE FISSURAGAO eto armado 8.3 ESTADO-LIM! cdo para elementos lineares de coner’ g.3.1 Limites de fissura fas fissuras sob atuacao das projeto sao fatores determinantes p2!@ temente, a vida util de uma estrutura de 6118 aborda a verificagao 4 ‘Aclasse de agressividade ambiental e a abertura d cobrecargas de servico previstas om garantir boa durabilidade consequen concreto. Nas subsegdes 13.4.1 © 17.3.3, a NBR fissuragéo levando em conta os seguintes aspectos: a pene em estruturas de conereto armado € considerada praticamente inevitével, em razo da grande variabilidade do conoreto © da baixa resistencia a tragao (rever tabela 3.1 do capitulo 3)- ~ Valores erticos das tenses de tragdo em element ou no no projeto, podem ser atingides, mesmo sol os, considerados estruturais b agdes de servigo- goes freque passivas c ao das combina armaduras onhecimen s limites de ra um prc jo atual dos © grandezas envolvidas, °° 5 como critérios Pa! abertura de fisst e as aberturas fr Norma alerté s limi alar 2) No estagi apena: 3) As estimativas de se deve esperar qui estimativas. Isto 6, 2 eventualmente, ultrapassar 0: isoladamente, seja motivo de ne da tabela 13.4 da NBR 611 a Share aberturas de fissuras, an tures oe combinagao frequente as classes de agressivi pe estabelece duas premissas importantes para W: to depende da composic&o do trago do reza dos agregados; & ito de um elemento estrutural ou seco nédulo de elasticidade Unico, a tragéo e a deformagao secante E.,. ‘esenta valores arredondados estimados dos cial e secante, para uso no projeto estrutural, do gratido: \dulo de elasticidade do concreto, func&o das compresso e granito como agregado gratido Cio [C43 [C50 | C60 [C70 | C80 | C90 3 [se [ole] else 2lHl7|_olelsla 090 Tost [0.93 [0.95 [0.98 [7.0 | 10 >AO mentos lineares de concreto armado ’ a abertura das fissuras sob atuagéio das Projeto sao fatores determinantes para itemente, a vida Util de uma estrutura de 3.3, a NBR 6118 aborda a verificacéo a tes aspectos: ‘eto armado considerada praticamente iidade do concreto e da baixa resisténcia 3). em elementos, considerados estruturais 98, mesmo sob agées de servico. ma ainda ressalta que: abertura das fissuras visa a obter um bom desempenho na rmaduras, tendo em vista a corrosao e aceitabilidade sensorial No’ #0 controle da tegdio das al os usuarios. ‘pnpresenca de fissuras com aberturas que respeitem os limites prescritos em senturas bem projetadas e construfdas e sob a agdo das cargas prevstas nio Sevem causar perda de durabilidade ou seguranca quanto aos estados-imites sitios. «As issuras podem ainda ocorrer por outras causas, como a retragdo pléstica térmica ou reagdes quimicas internas do conereto, que podem ser evitadas ou jimitadas por cuidados tecnolégicos, especialmente quanto & definigdo do traco ecura do concreto. ANBR 6118 > 13.4 estabelece limites para a fissuragao e a protegdo das amaduras quanto a durabilidade, sendo relevante destacar 0 cuidado nos termos empregados, como pode se notar nos itens seguintes: 1)Aabertura maxima caracteristica das fissuras w,, da ordem de 0,3 a 0,4mm, sob ago das combinagées frequentes, nao tem importdncia significativa na corroséo das armaduras passivas em elementos de concreto armado. 2)No estégio atual dos conhecimentos e em razao da alta variabilidade das grandezas envolvidas, os limites da abertura de fissuras devem ser entendidos apenas como critérios para um projeto adequado de estruturas. 3)As estimativas de abertura de fissuras devem respeitar os limites Ww, mas nao se deve esperar que as aberturas reais medidas correspondam estritamente as estimativas. Isto 6, a Norma alerta que as fissuras reais na estrutura podem, ®ventualmente, ultrapassar os limites por ela estabelecidos, sem que esse fato, ‘scladamente, seja motivo de alarme. Extida da tabela 13.4 da NBR 6118 —» 19.4.2, a tabela 8.2, a seguir, apresonta Rais Para aberturas de fissuras, referidos apenas aos elementos de conte on Sc acombinagao frequente das agdes variéveis ou acidentals 57) serio, lncdo das classes de agressividade ambiental (CAA), na forma a seguir ayavo nuaa-20 Sodtanas aa sanir1-Soavisa sov s199v0! CAPITULO 8-VI v vn SS 8-VERF ‘ACAGOES AOS ESTADOS-LIMITES | DESERVE RVIGOS, 380 ca sur repr usuarios: e re mais S@ contratante- Quanto 2° controle fissutaga° de elemen + 17.3.3:3 fornece dois critérios a) Controle da fiss apresentado no $' o de controle, elevante sobre o-cien as estimativas P' Nesse tip’ tificos, destacan' conceito Fr" aos aspectos técnic em seu entendimento: — Ainfluéncia de restrigdes © de dificil consideragao, bem co ébvia na abertura das fissuras. — Os critérios para estimar a abe: avaliagdes aceitaveis do com garantem a avaliacdo precisa da al xistentes as rtura de mo as condi¢g6es portamento geral bertura de uma fissu ubitem 8.3.2, Y ara as aberturas de fissuras: He i 0: do dois fatores 4 serem a variagoes volumétricas da estrutura, de execugao, com influénc!a suras devem ser encarados como do elemento, mas nao ra especifica. fis b) a 4 zum controle mais expedio (tem 8.3.3, a Segui), em que se dispensa guaiagéo da abertura de fissuras, desde que respeitados a bitela » 5 mento maximos das barras da armadura, Caso nao atendido, passa es espacal i jverlicagao pelo item 8.3.2, mais rigorosa, 432 Controle da fissuracao por meio da limitagdo da abertura estimada opservados os limites da tabela 8.2 @ as combinagdes frequentes das ages varaveis caracteristicas ou de servigo, aNBR 6118» 17.3.3.2 estabelece que:"O valor caracteristico da abertura abertura de fissuras w,, determinado para cada pate da regio de envolvimento, 6 0 menor entre os obtidos pelas expressdes a seguit”: (8.5) onde: A,;= &tea da regido critica do concreto de envolvimento ¢ protegao da barra de bitola ®, contra a fissuragao. A Norma define como "constituida por um retangulo cujos lados néo distem mais de 7,50, do eixo da barra da armadura” (figura 8.1, a seguir); = diémetro da barra que protege a regido de envolvimento considerada (mm); /A,,; = taxa de armadura de tragao relativa a area critica para ®,; Pei Sun = resisténcia a tragao média do concreto da tabela 3.1 (MPa); 'N= Coeficiente de conformacao superficial da armadura considerada (NBR 6118 9.3.2.1: 9, = 2,25 para o aco CA-50 e 7, = 1,4 para CA-60); 7. oto anos rear oe sovza cuaco —~ pstole da fissuracdo sem a Verlicacdo da abertura do fissures 381 2 a 3 8 3 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO —— =tensao de tragao no centro de gravidade da armadura no estadio II. Para estruturas de edificagdes, as solicitagdes de servico podem ser reduzidas, em vista das combinagées frequentes das acdes varidvels, conforme a expressiio (8.2). No caso mais geral de segdes retangulares com armadura simples é 0 momento fletor solicitante caracteristico maximo Mg, ; a area da armadura de tracao A, ; largura b,, e altura util d, ficando: My 04 (d-x3) (68) No estadio Il, a profundidade da linha neutra da segao x é dada por: (87) a, = E/E, = 15 =valor da relagao entre os médulos de elasticidade do ago e concreto, proposto na NBR 6118 ~» 9.3.2.1, para o céloulo no estadio Il, "L..] que admite comportamento linear dos materiais e desprezaa resisténcia & tragdo do conereto”. Observagao: O cédigo ACI318-14 (2014) permite aproximar a tensdo de tragao do ago em servigo pela expresso, em geral a favor da seguranga: 0; = fra/ps Sendo f,, @ tensdo de escoamento, com y= 1,4. Quanto 4rea da regido critica do concreto de envolvimento e protegao da armadura de tragéo constituida por uma camada de barras de diametro ®, em secdes retangulares ou T, tem-se Agi = By (Crom + Pr + 80,) (8.8) As expressées (8.5) s40 semiempiricas, baseadas em resultados de ensalos, e ndo sao exatas. Dessa forma, 6 razodvel admitir uma margem de tolerancia, de até 10%, com relagao as desigualdades. Se o resultado do controle da fissuragao pela limitagéo da abertura estimada nao for satisfatério, a op¢ao mals simples é adotar barras mais finas, ou seja, diminuir a bitola D. | linha neutra da segao zona armadura tracionada de pele estribo $. concreto de Goobinel bitola 9. abarra gu Figura 8.1: Area A.,, da regiao de concreto de envolvimento das barras A experiéncia demostra que as pegas estruturais com barras de menor bitola apresentam maior numero de fissuras, porém com menor abertura, o que reduz a érea exposta da armadura e, consequentemente, o risco de corrosao. 8.3.3 Controle da fissuracdo sem verificacao da abertura de fissuras Neste oritério da NBR 6118 —» 17.3.3. e de sua tabela 17.2, dispensa-se a avaliagdo da abertura de fissuras se a bitola @,,, © 0 espagamento Sy, das barras da armadura respeitam os valores maximos da tabela 8.3, em fungao da lensio no aco @, no estadio Il, da expressao (8.6): Tabela 8.3: Valores mAximos de didmetro e espagamento de barras com barras de alta aderéncia para elementos de concrete armado ‘Tensao no ago no estadio Il | Concreto sem armaduras ativas: 0, (MPa) @,,,, (mm) Says (cm) ia 55 30 ae oa 25 240 20 a 280 16 i 320 12,5 10 360 10 3 400. 8 = SODUUHS 4a SELINITSOGYLSa Sov SIQ>vOLIREA-# o1naVD. 383 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO eaoreEr- -_——————— OX" g & 2 5 a 3 g & 3 Neste critério, a verificagdo da abertura de fissuras é dispensada e considerado atendido 0 estado-limite de fissuragao quando respeitados os valores méximos para a bitola ®,,,, @ 0 espagamento das barras da armadura 5,,,. , além das disposigdes sobre o cobrimento e a armadura minima. 8.3.4 Consideragées praticas sobre o controle da fissuragao No estado atual de conhecimento, a Norma declara que nao se deve esperar precisao quantitativa das verificagées de fissuragdo, em especial do controle sem verificagdo da abertura de fissuras. As informagdes tém carater qualitativo, cujo maior valor reside nas orientacdes ao projetista. Sobre o controle da fissuragao, no projeto e execugao de estruturas de concreto armado, recomenda-se observar as seguintes recomendagées: a) Diémetros das barras de armaduras passivas Sua diminuigéo melhora as condi es de fissuragao, conduzindo a um maior numero de fissuras, porém de menor abertura. Essa redugao nao deve ser levada a extremos, especialmente em pecas pouco armadas e ambientes agressivos, porque, a partir de um certo valor, a diminuigao da bitola nao tem efeito na abertura e distancia entre fissuras, além de que barras muito finas sao mais afetadas pela corroséo. b) Espessura da camada de cobrimento de concreto ‘A obediéncia as exigéncias da norma deve ser rigorosa; os valores nominais a partir da NBR 6118: 2003 sao bem mais elevados que na anterior NB1/78, em consonancia com a tendéncia das normas internacionais. c) Garantia da qualidade do concreto Na execugao, 6 essencial assegurar a baixa permeabilidade e resisténcia adequada & compressao @ abraso. Para isso, especial atengao deve ser dada aos quatro Cs que garantem um bom conoreto: constituintes da misturé, cobrimento, compactagdo e cura. d) Armadura de pele Em vigas de altura superior a 60cm, tens6es elevadas de tragao podem provocar fissuras nas faces laterais. Para limitar suas aberturas, a NBR 6118 (17.3.5.2.3 ¢ 18.3.5) prescreve, em cada face da alma ou nervura da viga, uma armadura de Be pele ou costela composta por barras longitudinais de CA-50 ou CA-60. A area JOKO CARLOS TEATINI DE SOUZA CLiMACO minima dessas barras em cada face 6 dada Por 0,/0%A inay ANCOradas ‘calnas nos apoiose com espagamento menor que 20cm. As armaduras principais de tracao é ‘compressa0 Nao podem ser Computadas nda armadura de Pele. Se respeitado o controle de fissuras por limitagao da abertura estimada do Subitem 8.3.2, nao é necessaria armadura superior a Scm*/m por face da viga. 4 ESTADO-LIMITE DE DEFORMACAO 84.1 Deslocamentos limites de elementos lineares de concreto armado Na abordagem do ELS-DEF, a NBR 6118 > 13.36 17.3.2 observa os principios: A verificagéo dos valores-limites estabelecidos na Tabela 13.3 para a deformacao da estrutura, mais propriamente rotagdes e deslocamentos em elementos estruturais lineares, analisados isoladamente e submetidos a combinagdo de agdes conforme a Segao 11, deve ser realizada através de modelos que considerem a rigidez efetiva das segdes do elemento estrutural, ou seja, que levem em consideracdo a presenca da armadura, a existéncia de fissuras no concreto ao longo dessa armadura e as deformagées diferidas no SOStnaS 44 SLLINETSOQViSa Sov sags. tempo. A deformacéo real da estrutura depende também do proceso construtivo, assim como das propriedades dos materiais (principalmente do médulo de elasticidade e da resisténcia a tragéo) no momento de sua efetiva solicitagao. Em face da grande variabilidade dos parametros citados, existe uma grande variabilidade das deformagées reais. Nao se pode esperar, portanto, grande Preciséo nas previsdes de deslocamentos dadas pelos processos analiticos Prescritos, Na verificagao a0 ELS-DEF, tomam-se as combinagdes quase-permanentes das 628 variéveis e valores praticos dos deslocamentos-limite, classificados em ‘Valo grupos pela NBR 6118 -» 13.3 e dados na tabela 8.4, a seguir: 4) aceitabilidade sensorial: caracterizado por vibragdes indesejavels ou efeito \sual desagradavel. A limitagdo da lecha para preven essas vibragon’, oh Situagdes, especiais de utilizacdo, deve ser realizada como estabeleci Seo 23: 385 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO. a CAPITULO 8- VERIFICAGOES AOS ESTADOS-LIMITES DE SERVICOS 386 ») efeitos especificos: os deslocamentos podem impedir autlizagéo adequada da construgao; 9) efeitos em elementos nao estruturais: deslocamentos estruturais podem ocasionar o mau funcionamento de elementos que, apesar que nao fazerem Parte da estrutura, esto a ela ligados; 4) efeitos em elementos estruturais: os deslocamentos podem afetar o comportamento do elemento estrutural, provocando afastamento em relagéo as hipoteses de célculo adotadas. Se os deslocamentos forem relevantes Para o elemento considerado, seus efeitos sobre as tensdes ou sobre a estabilidade da estrutura devem ser considerados, incorporando-as ao modelo estrutural adotado. Da tabela 13.3 da NBR 6118, transcrita a seguir na tabela 8.4, constam ainda as. seguintes: Observagées: " Assuperticies devem ser suficientemente inclinadas ou odeslocamento previsto ‘compensado por contraflechas, de modo a ndo se ter aciimulo de agua. *| Os deslocamentos podem ser parcialmente compensados pela especificagao de contraflechas. Entretanto, a atuago isolada da contraflecha néo pode ocasionar desvio do plano maior que 1/350. © vao ¢ deve ser tomado na direcdo na qual a parede ou a diviséria se desenvolve. Rotagao nos elementos que suportam paredes. Hé aaltura total do edificio e H, 0 desnivel entre dois pavimentos vizinhos. Esse limite aplica-se ao deslocamento lateral entre dois pavimentos consecutivos devido a atuagao de agdes horizontals. Nao devem ser incluidos os deslocamentos devidos a deformagées axiais nos pilares. O limite também se aplica para 0 deslocamento vertical relative das extremidades de lintéis conectados a duas paredes de contraventamento, quando H, representa 0 comprimento do lintel. ” Ovalor ¢ refere-se a distancia entre o pilar externo e o primeiro pilar interno. Tabela 8.4: Limites para deslocamentos (NBR 6118 — tabela 13.3 - modificada) deslocamento | limitacdo. —— considerar limite veut _[Deuananar mena [Tmt 28 sensorit = piso jacidentals = Estruturaem | que devem | Gindsios ¢ pistas de. ee fecha * [Alvenaria, caixilhos @ | Apds a construgo da ee. Movimento atraice [Toripar conbuagse | wesc one Nemenioe ne horizontas ide temperatura. ee. Revestimentos colados | Ocorrido apés Foros: Re peau |construcso do forro_ _ Ponte rtanta | Desalinhament provocado peas acSes W400 eremas.em | ¢m rolacdo as| sous efeitos sobre as tensBes ou sobre a esiabildado da estutura NOTA: 1) Todos 0s valores limites de desiocamentos supdem elementos de vao ¢ suportados em ambas as €extremidades por apotos que no se mover. Quando se tratar de balangos, 0 vao equivalente a ser considerado deve ser 0 dobro do comprimento do balanco, 2) Para o caso de elomentos de superficie, os limites prescrtos consideram que o valor ¢ 6 0 menor Vio, exceto em casos de verifcagdo de paredes e divisérias, onde interessa a direeao na qual a parede ou diviséria se desenvolve, limitando-se esse valor a duas vezes 0 véo menor. 3) Odeslocamento total deve ser obtido apartrda combinaao das agdes caracteristicas ponderadas Polos coeficientes de acompanhamento definidos na segao 11 4) Deslocamentos excessivos podem ser parcialmente compensados por contralechas. SOSMANaS 1a SULINITSOGVASA SOV S4QdYOURIA-# OLNLEEVD 387 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO © maior rigor introduzido pela NBR 6118: 2003 em relago aos deslocamentos limites, reiterado na edigao de 2014, fornece ao projetista amplas condigées para proceder a uma verificagao apurada, Por outro lado, cabe notar que a amplitude de limites da tabela aumenta a responsabilidade do projeto estrutural, pelos diversos tipos de estimativas disponiveis para deslocamentos dos elementos. Os subitens 8.4.2¢8, 4.3, atrente, apresentam processos de avaliagao aproximada de deslocamentos imediatos causados pelas agdes de curta e de longa duragao, respectivamente, para vigas ¢ lajes de concreto armado. Nos elementos lineares sob flex predominante, os deslocamentos verticais do eixo neutro longitudinal recebem a denominagao usual de flechas. 8.4.2 Estimativa de deslocamentos para agées de curta duracdo CAPITULO &- VERIFICAGOES AOS ESTADOS-LIMITES DE SERVICOS. 8.4.2.1 Vigas de concreto armado — flecha imediata A flecha eléstica imediata pode ser calculada a partir da curvatura maxima da barra fletida, por uma expresso do tipo: a MBI? fen, @ = coeficiente que depende dos vinculos e cargas da viga. A tabela 8.6, a0 final (89) deste capitulo, apresenta valores de « para alguns casos tipicos; M, = momento fletor caracteristico maximo no vao para vigas biapoiadas ou continuas e momento no apoio para balangos, para as combinagdes de acées varidveis quase-permanentes (NBR 6118 + 17.3.2.1.1); 1 = vio efetivo ou te6rico no vao; (El), = rigidez equivalente da se¢ao transversal, que faz um balango dos trechos da viga no estadio | (nao fissurada) e estadio Il (fissurada mas em regime global eléstico). A NBR 6118 adota a férmula de Branson, também utilizada em diversas normas internacionais: 388 J0k0 CARLos TEATINI DE SOUZA CLIMACO M,)\? ™M,)3 (Dq-E ( Jus (| “ig|\ < Eg (e.10) médulo de elasticidade secante do concreto, dado pela expressao (3.18) do capitulo 3. A tabela 8.1 mostra a variagao dos valores de E,, de 2] a 47GPa, para as classes de concreto C20 a C80 e agregado gratido de granito; E, = 2,1.10° MPa = médulo de elasticidade do ago; M, = momento de fissuragao do elemento, da expressao (8.3); I, = momento de inércia da se¢ao bruta de concreto, sem levar em conta as armaduras longitudinais; o momento de inércia no estadio | para a seco retangular é: T,=b, W712 (8.11) momento de inércia da segdo fissurada no estadio Il, que para a segao retangular com armadura simples 6 dada por: In = (E,/E,) Az (d - x) (8.12) onde: A, = drea da armadura tracionada; z = brago de alavanca das resultantes na sega 2¢= profundidade da linha neutra, da expressao (8.7). Cabe notar que, sendo um método no linear, em casos de carregamentos mais complexos, a flecha calculada pela expressdo (8.9) ndo pode ser tomada como a soma das flechas obtidas dos casos individuais de carga. Na falta de determinagao mais precisa, pode ser adotada a superposigao de flechas, mas é recomendvel a comparagao da flecha caloulada com o valor de @ docaso mais préximo tabelado, toando-se os momentos fletores do diagrama total. Nesses casos, é prudente também adotar alguma majoraco adicional da flecha calculada. SSIS 44 SLNTFSOGVASA SOV SIOSVOLINVAA-# O1nAJav9 389) Para 0 momento de inércia da segao de concreto fissurada, a expressao (8.7) fornece 0 valor de x. O brago de alavanca, considerando a cistribuigdo linear de tensées no concreto da zona comprimida no estadio II, 6 dado por: zad-x/3 (8.13) No estadio Il, adotada a simplificagao citada de tomar o valor médio aproximado do brago de alavanca no ELU: 2=0,9d (2.14) Da expressao (8.12), resulta: (8.15) x= 03d VERIFICAGOES AOS ESTAL \GOES AOS ESTADOS-LIMITES DE SERVIGOS Naestimativa de flechas em vigas de concreto armado, deve-se considerar, ainda, que a avaliacdo da rigidez equivalente com 0 momento de inércia da segéo retangular com armadura simples fissurada, calculada pela expresséo (8.12), ¢ conservadora, pois nao leva em conta contribuigées favorvels para a redugéo de caPiTULos flechas, como: « aexisténciade armadura comprimida, apenas como porta-estribos oucaleulada para a segdo com armadura dupla, que pode aumentar substancialmente 0 0 momento de inércia da se¢do; 4 alaje solidéria com a viga, funcionando como mesa colaborante & compresséo ‘em vigas de seco T, 0 que também aumenta a inércia da seoao. 8.4.2.2 Lajes de concreto armado — flecha imediata célculo de flechas no estécio I, admitindo momento de inércia lustifica pelo fato das lajes usuals 0° sssura uniforme definida a partir do calcula ANorma permite o da segao de concreto sem fissuras. Isso se j edificios terem, na maioria dos casos, espe: xximo de todo 0 painel, em valor absoluto, que, nO momento fletor ma elastico, em geral, so os momentos negativos. . ‘ r Desse fato resulta, para a maioria das lajes usuais, uma capacidade resisten' tea flowzo bastante satistatéria quanto a fissuragdo sob cargas de servigo, POS 040 cantos rexru adicionalmente, as armaduras das lajes séo constituidas por barras de bitola reduzida, Para lajes calculadas em uma s6 diregdo (relagdo de vaos > 2,0), pode-se fazer 0 calculo das flechas imediatas, considerando faixas de largura unitaria paralelas ‘a0 menor vao como vigas com b,, = 100cm e altura igual & espessura da laje, ‘com o momento de inércia da segao bruta de concreto, da expressao (8.11). Para lajes macigas retangulares em cruz (relagao de vos < 2,0 e momentos calculados nas duas diregdes), apoiadas em todo o contorno, é recomendavel determinar as tlechas imediatas por um proceso mais preciso, que considere a rigidez como placa. Neste trabalho, é apresentado 0 método de célculo eldstico de Kalmanok— Manual para Céiculo de Placas, que resolve a equagao diferencial de Lagrange para placas fletidas, da expressao (7.5) do capitulo 7, por séries trigonométricas simples. ‘Atabela 8.7, a0 final desta unidade, foi construfda a partir do trabalho de Kalmanok permite obter 0 coeficiente «, da expressao (8.16) a seguir, para seis diferentes casos de condighes de apoio, em funcao da relacdo de vos. Na tabela, os vaos eb sao definidos da mesma forma que os vos 1, e /, do método de Marcus, respectivamente, como apresentado no capitulo 7, subitem 7.4.3.1 A flecha eldstica imediata pelo método de Kalmanok é dada por: 4 Eh? ohupl: __ Fa f=02— com D=—S——_ (8.16) |e aay 12(1-v?) p =carga uniformemente distribuida total por area da laje; 1 = menor vao da laje; h D = tigidez a flexdo da placa; E,,=médulo de elasticidade secante do concreto (tabela 8.1). espessura ou altura da laje; 391 ANAS 4a SALINLTSOAVIS: SOY S4QOYOURKAA-# O10. RETO ARMADO le Poisson do concreto. A NBR 61 18 — 8.2.9 recomenda: to, Kalmanok indica como mais adequado para lajes de Esse valor resulta em flechas da ordem de 4% v = coeficiente ds vy = 0,2. No entant concreto armado v = superiores aquelas obtid fas com o valor da Norma. MITES DE SERVIGOS 8.4.3 Estimativa de deslocamentos para ages de longa duracdo Segundo a NBR 6118 ~*17.32.1.2, doverse avaliar a flecha diferida causada por cargas de longa duragao em funcao da ftuéncia, calculada de forma aproximada pelo produto da lecha imeciata por um fater dy ‘em funcéio da idade (i) em meses, frida, @ da idade (f) relativa &aplicagao para a qual se deseja o valor da flecha ada armadura de compressao na secao. das cargas de longa duraco, além da tax Aflecha total estimada de longa duragéo 6 a soma das flechas imediata e diferida rno tempo, como: (8.17) Sap = Si Sow =Sit fay 24 DS (8.18) O fator de fluéncia diferida a, das expressdes acima é dado por: Ag G, 19) t” T+50p" ae Sendo: p'= A'/bd = taxa da armadura de compressa rida, em fungao do tempo ona segéo critica do va0: AE = Et) - Ato) = parametro da fluéncia difer O fenémeno da fluéncia do concreto é complexo em razao de varios fatores, como comentado no subitem 9.11.23, linea c) do capitulo 3. Os principais sao: idade Goconereto em relagdoa moldagem, em especial nada de aplicagdo das ca'9°5 de longa duragao (retirada do escoramento, implantacao de paredes e demas componentes fixos), composigao do concret , dimens6es to, umidade relativa do a do elemento estrutural e existéncia de armadura di le compressao. J0K0 CARLOS TEATINI DESOUZA.CLIMACO ‘Asubsego 17.3.2.1.2da NBR 6118 apresenta uma formulagao parao coeficiente ‘em fungao do tempo e a tabela 17.1, transcrita a seguir, fornece seus valores, Tabela 8.5: Valores do cooficiente de fluéncia em fungéo do tempo (1) Tempo (t) emmeses| 0 [as[ 7 [2 [3] 4] 5 | 7] 20] [270] a) 0 [0.54|0.68]0.84[0.95[7,04]1,12|7.36[1.64]7.89| 2 E prevista na Norma uma ponderagaio das idades de aplicagao das parcelas da carga de longa duracdo, o que pode ser interessante para reduzir 0 valor do fator adicional da flecha diferida a, da expressdo (8.19). No calculo da flecha diferida, néo 6 necessé io considerar a totalidade das cargas, mas apenas aquelas que tenham cardter permanente ou quase-permanente, ou seja, de longa duracao. Essa cbservagao, aparentemente ébvia, é importante para valores excessivos da flecha total, pela expressao (8.18). Um céleulo mais realista poderia separar as flechas imediatas das solicitagdes Permanentes /;, ¢ das variéveis f,, com o objetivo de a estimar a tlecha total por meio da aplicagao do fator de fluéncia a, apenas sobre a resultante das cargas permanentes, ficando: Se 1+ OG Nig + Sig 8.4.4 Consideracées sobre os valores-limite das flechas Nao existe concordancia absoluta na literatura especializada sobre os limites a serem observados para as flechas em estruturas de conereto armado. Na maioria das normas, os valores-limite sao estabelecidos em fungo de 1, vao efetivo das vigas ou menor vao das lajes. As solicitagdes para céleulo de flechas no ELS-DEF sao obtidas da expresso (8.1), com as combinagdes quase-permanentes das agdes variéveis, o que permite reduzir as solicitagdes pelo coeficiente y,, que varia conforme a natureza da edificacdo. 393 aujavo RIESOUVASH SOV SIQOVOEIRIAA- 80 ee ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO 8 Os destocamentos-limite da NBR 6118 esto transcritos na tabela 8.4 anterior 5 Para vigas e lajes de estruturas usuais, o primeiro limite para a fecha total é oda 3 ageilabilidade sensorial, ou seja, os deslocamentos das peas fletidas nao devem a ser visualmente inedmodos ao usuario: é Soot $Siim = 4/250 (8.20) Outros limites podem ser estabelecidos, conforme a natureza da estrutura, de acordo com a tabela 8.4, Alguns se aplicam a todas as ages, permanentes ¢ varidveis, quando se considera oefeito da fluéncia, e outros sao aplcdveis apenas as cargas varidveis. Por exemplo, se houver necessidade de estimar os eftos posteriores & retirada do escoramento em paredes de alvenaria, caixilhos ¢ revestimentos — elementos ndo estruturais -, a flecha apés a construgéo de parede é limitada pelo menor dos valores: /500 e 10mm. itas em uma verificagao mais rigorosa. Por de danos (divisorias, esquadrias, amento, Outras consideragdes podem ser fei exemplo, os elementos nao estruturais passiveis etc), em geral, s&o instalados alguns meses apés a retirada do escer tendo, portanto, ocorrido as flechas imediatas das cargas permanentes, Assn, pode-se verticar a inteferéncia da estrutura com esses elementos tomando, em fa flecha total, a soma da flecha diferida das cargas permanente, fag COMA vez d flecha imediata das sobrecargas fi, 8.4.5 Observacées praticas ras de concreto, mesmo rigorosa, nao é muito .5 de longa duragao, peas ‘Ao, fluéncia, relagao umidade. Assim, & ‘Aestimativa de flechas em estrutur precisa, em especial quando consideradas as agde dificuldades em avaliar a influéncia de fatores como a retrag: sobrecarga ~ carga permanente e efeitos de temperatura & recomendavel observar no projeto os seguintes aspects: — evitar a utilizagéio de elementos demasiadamente esbeltos: — evitar taxas de armadura de tragdo muito baixas; ~ utilizar armaduras de compressao, se necessario; 304 JOKO CARLOS TEATINI DE SOUZA CLIMACO —$— to cartios rear oe sora cuionc — efetuar cura adequada do conereto; ~ relardar a aplicacao de cargas permanentes, evitando a retirada prematura dos escoramentos, em especial para grandes vaos e elementos em balango. 1A-8o1njav> Vale ressaltar que 0 médulo de elasticidade do conereto cresce com aidade, mas €m proporcao menor que o aumento da resisténcia. Assim, a pratica comum de retirar os escoramentos da estrutura antes dos prazos da Norma ao se aleangar © valor do f., nos ensaios de corpos de prova pode ser prejudicial quanto aos deslocamentos a médio e longo prazos. Em estruturas esbeltas, deve ser rigorosa a verificagdo das flechas imediatas diferidas nas segdes mais solicitadas das pegas, causadas nao sé pelas agdes de longa duracdo, mas também pela transigao paulatina do Estadio | ao Estadio I. Essa verificagao pode prevenir varios tipos de danos que comprometem uma edificagao, especialmente no que se refere a funcionalidade e estética. Sod tits 44 SALLINTT-SOGYISA SOY S4103VD1 A figura 8.2, a seguir, mostra alguns esquemas de danos comuns em edificagdes usuais com estrutura de concreto armado, sucintamente comentados: a) Fissuras em paredes de material fragil (divisérias de placas de gesso ou arenito caleéreo), assentadas sobre lajes de piso de vaos elevados e vigas muito esbeltas, em geral, da ordem de! > 5,0meh < I/15 (ver figura 8.2.2). b) Risco de ruptura por flexocompressao de paredes ou pilares esbeltos, em virtude da rotagdo causada por flechas excessivas de lajes ou vigas de piso, ligadas rigidamente aos elementos de apoio (figura 8.2.b). ©) Flechas elevadas em lajes e vigas de piso, causando danos as fachadas proximas, constituidas por paredes no estruturais ou esquadrias, acima e/ou abaixo das vigas, podendo mesmo prejudicar a movimentaco de esquadias, no caso de grandes painéis (figura 8.2.0). d) Fissuras horizontais em paredes extemas de alvenaria, ao longo do bordo inferior da laje macica esbelta nela apoiada, em razio de rotacao no apoio provocada por flecha excessiva da laje, frequentemente acompanhada por fissura interna horizontal ao longo do pé da parede. Esse tipo de fissura & responsavel, em grande parte, por problemas de infiltragao nas fachadas expostas (figura 8.2.4), 395 CCAPETULO 8 - VERIFICAGOES AOS ESTADOS-LIMITES DE SERVIGOS 396 belta giseg de flambasem be kedes esbeltas a excessiva vido a rotagao causada por flech: (b) Pisco de flambagom de apoios de’ Ges hasls aba parede Vigas e lajes Esquadria, ou verga Fissd¥a de deformasao ‘le Squdliria — abertura — (o) Fissuras om pegas nao estruturais devido as flechas excessivas de vigas (fissura interna laje macica ed fissura externa (6) Fissuras om paredes devido a rotagéo causada por flecha excessiva da laje Figura 8.2: Danos causados a elementos da edificagao por flechas excessivas

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