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Faculdade de Tecnologia Fa Fa Ec Ec Capi
Faculdade de Tecnologia Fa Fa Ec Ec Capi
DE SANTO ANDRÉ FA EC
Curso de Autotrônica Mauá
Santo André
Disciplina Eletrônica Analógica I
Sinal Senoidal
1,2
1
0,8
0,6
0,4
Seno (Grausº)
0,2
0
-0,2 0 60 120 180 240 300 360
-0,4
-0,6
-0,8
-1
-1,2
Graus (º)
Sinal Senoidal
1,2
1
0,8
0,6
0,4
Seno (Grausº)
0,2
0
-0,2 0 50 100 150 200 250 300 350
-0,4
-0,6
-0,8
-1
-1,2
Graus (º)
1 T
T ∫0
YMÉDIO = . f (t ).dt , onde f(t) representa a função periódica em relação a t
Exemplos:
Obter o valor médio da tensão v(t) do sinal senoidal da Figura 1.1 apresentada
anteriormente no início do Capítulo:
1 1
.1. ( − cos (θ ) )
360
.∫ 1.sen (θ ) dθ →
360
VMÉDIO = →
360 0 360 0
1
→
360
( )
.1. − cos (360 ) − ( − cos (0 ) ) ∴ VMÉDIO = 0 ⎡⎣VDC ⎦⎤
Sinal Senoidal
3
2
Seno (Grausº)
0
0 60 120 180 240 300 360
-1
-2
-3
-4
Graus (º)
IPICO2.R
PCA =
2
PCC = R.ICC 2 , onde para que a afirmação possa ser verdadeira, devemos fazer que
a quantidade de potência PCC possa ser igual à quantidade de potência PCA, ou seja:
IPICO2.R I 2 1 ICC 2 1
PCA = PCC → = ICC 2.R → CC 2 = → =
2 IPICO 2 IPICO2 2
∴ ICC = 0,7.IPICO
1 T
YEFICAZ = .∫ f (t )2.dt , onde f(t) representa a função periódica em relação a t
T 0
1 1
.∫ 1.sen2 (θ ) dθ → sen2 (θ ) = (1 − cos (2θ ) ) ∴
360
VEFICAZ =
360 0 2
1 ⎡ 360 1 360 1 ⎤
→ .1. ⎢ ∫ dθ + ∫ .cos (2θ ) dθ ⎥ →
360 ⎣ 0 2 0 2 ⎦
1
∴ VEFICAZ = ⎡⎣VRMS ⎤⎦
2
Figura 2.1 – Diodo direta/reversamente polarizado (Robert L. Boylestad, Disp. e Circ. Eletrônicos)
(a) (b)
(a) (b)
Figura 2.5 – Junção PN e o diodo real (Robert L. Boylestad, Disp. e Circ. Eletrônicos)
Figura 2.6 – Curva real de funcionamento do diodo (Robert L. Boylestad, Disp. e Circ. Eletrônicos)
⎛ k.⎛⎜⎜ VD ⎞⎟⎟ ⎞
ID = Is . ⎜ e ⎝ K ⎠ − 1 ⎟ , onde TK é a temperatura em Kelvins, k é a constante
T
⎜ ⎟
⎝ ⎠
do material semicondutor utilizado (5800 para o Silício), IS é a corrente de
Saturação e VD é a tensão sobre os terminais do diodo;
ü Existe uma queda de tensão de aproximadamente 0.7 Volts entre os
terminais do diodo real, quando o mesmo está em funcionamento;
ü A corrente nunca será igual a zero quando ele for reversamente polarizado
(IS);
ü Existirão ainda, valores de resistências AC e DC associados ao seu ponto de
operação, valores esses que são determinados em função do tipo de
polarização utilizada: por corrente alternada ou por corrente contínua;
Para algumas aplicações, é possível que esse modelo real possa ser
simplificado, eliminando-se o resistor R, caso a corrente ID assuma uma valor
grande, comparado a tensão de 0,7 Volts.
1 T
VMÉDIO =
T ∫0
(
. f (t ).dt ≅ 0,318. VMÁX . − 0,7 ) ⎣⎡VDC ⎦⎤
⎛1 T ⎞
⎝T 0 ⎠
(
VEFICAZ = ⎜ .∫ f (t )2.dt ⎟ ≅ 0,5. VMÁX . − 0,7 ) ⎡⎣VEF ⎤⎦
ü Parte Prática
a) Circuito em ponte
Figura 2.12 – Circuito retificador em ponte (Robert L. Boylestad, Disp. e Circ. Eletrônicos)
1 T
VMÉDIO =
T ∫0
(
. f (t ).dt ≅ 0, 636. VMÁX . − 1, 4 ) ⎡⎣VDC ⎤⎦
⎛1 T ⎞ V
VEFICAZ = ⎜ .∫ f (t )2.dt ⎟ ≅ MÁX .
(
− 1, 4 ) ⎡⎣VEF ⎤⎦
⎝T 0 ⎠ 2
ü Parte Prática
Figura 2.15 – Circuito retificador com tap central (Robert L. Boylestad, Disp. e Circ. Eletrônicos)
1 T
VMÉDIO =
T ∫0
(
. f (t ).dt ≅ 0, 636. VMÁX . − 0,7 ) ⎣⎡VDC ⎦⎤
⎛1 T ⎞ V
VEFICAZ = ⎜ .∫ f (t )2.dt ⎟ ≅ MÁX .
(
− 0,7 ) ⎡⎣VEF ⎤⎦
⎝T 0 ⎠ 2
ü Parte Prática
VR
Ripple = , onde VR é a componente AC do sinal retificado e VDC é o valor médio
VDC
VR 0,3077 * VMÁX
Ripple = → ∴ RippleO.C. ≅ 0,483
VDC 0,636 * VMÁX
VR 0,3856 * VMÁX
Ripple = → ∴ Ripple1/2 ONDA ≅ 1,21
VDC 0,318 * VMÁX
Figura 2.16 – Circuito retificador com filtro capacitivo (Robert L. Boylestad, Disp. e Circ. Eletrônicos)
Figura 2.17 – Forma de onda triangular (Robert L. Boylestad, Disp. e Circ. Eletrônicos)
T
VRPP VMÁX VRPP *
= → T1 = 4 Equação 1
T T VMÁX
4
T 2 * VMÁX − VRPP T
T2 = − T1 → T2 = * Equação 2
2 VMÁX 4
VRPP
VDC = VMÁX − Equação 3
2
IDC * T2
VRPP = Equação 4
C
VDC T
T2 = * Equação 5
VMÁX 2
VDC * IDC
VRPP = Equação 6
2 * VMÁX * C * f
VDC * IDC
VREF = Equação 6
4 3 * VMÁX * C * f
ü Considerações Importantes:
Uma fonte estabilizada de tensão é uma fonte onde as variações sofridas pela tensão
de saída VL são pequenas quando comparadas com as variações da corrente de carga IL e da
tensão de alimentação VE. O objetivo de uma fonte estabilizada de tensão é de manter sempre
constante a tensão de saída, independentemente do valor da carga que está sendo colocada.
Na prática, devido os componentes empregados na construção da fonte, sabemos que existirá
limites para a sua utilização de forma segura, sem que a utilização da fonte seja realizada de
forma destrutiva.
Estudaremos dois tipos de fontes de tensão regulada, uma usando apenas o diodo
zener (já estudada em semestres anteriores) e a outra, usando o diodo zener e também um
transistor TJB – NPN.
O circuito da Figura 3.2 a seguir, representa uma fonte de tensão regulada usando
apenas o diodo zener. Nesse circuito, temos a tensão VE (não regulada / estabilizada), as
resistências RS e RL. A função da resistência RS é de polarizar o diodo zener e garantir que o
mesmo trabalhe dentro da região ativa, já apresentada anteriormente pela Figura 3.1.
Quando estudamos esse caso, temos que levar em consideração a análise nodal
apresentada acima. Vamos exemplificar dois casos extremos, usando um valor de RL muito
elevado (RL → ∞) e usando um valor de RL baixo. Como a função da fonte de tensão é manter
constante a tensão de saída, essa variação de RL proposta, fará com que o valor da corrente
na carga também receba essa variação, porém de forma inversa, ou seja:
RLMIN → I LMÁX
RLMÁX → I LMÍN
Como o valor de da resistência RS está fixo, e não será alterado, qualquer alteração no
valor de IL fará com que a corrente IZ seja alterada também, para que a relação apresentada
pela análise nodal não se altere. Dessa forma, os valores muito elevados de RL não são
importantes e devemos levar em conta apenas os valores baixos de RL para que a fonte não
pare de funcionar.
CONCLUSÃO: Uma fonte de tensão regulada a zener apenas, fica sempre dependente do
valor da carga a ser empregada para que não cause perturbações no funcionamento do Diodo
Zener, componente este essencial para manter estável a tensão de saída. Dessa forma,
podemos desenvolver o seguinte raciocínio:
VZ
RLMIN → I LMÁX → I ZMIN → I LMÁX = I S − I Z MIN → RLMIN =
I LMÁX
VZ
∴ RLMIN =
(I S − I ZMIN )
DICAS:
ü O valor de RS pode ser escolhido para colocar a corrente IZ próxima do seu valor máximo,
pois a medida que vamos diminuindo o valor de RL, a corrente IL vai aumentando fazendo
com que IZ diminua, garantindo a operação do zener;
VE − VZ
RS =
I ZMÁX
PZMÁX
I ZMÁX =
VZ
ü O valor da tensão VE deve ser sempre maior do que o valor da tensão VZ.
VZ
IL =
RL
∴VEMIN = RS *( I Z MIN + I L ) + VZ
∴VEMÁX = RS *( I Z MÁX + I L ) + VZ
Novamente, realizando uma análise na malha que envolve a resistência RL, o diodo
zener, e a base-emissor do transistor, a tensão VL é garantida estável através do valor da
tensão VZ menos 0,7 Volts, que é a tensão VBE do transistor (VL = VZ – VBE).
RLMIN → I LMÁX
RLMÁX → I LMÍN
Vamos analisar, a partir da linha de raciocínio apresentada acima, o pior caso, onde
teremos a situação de RL baixo, resultando em valores grandes de IL. Para a malha que
envolve o transistor e o diodo zener, podemos escrever as seguintes relações:
VCEQUISCENTE = VE − VL
∴ RLMIN =
VL
=
(VZ − VBE )
1
IC ⎛ PCMÁX ⎞
Lim . Pot .
⎜ ⎟
⎝ V CE ⎠
Vamos agora, realizar a mesma análise, porém do ponto de vista dos limites de
operação do diodo zener. Analisando a malha que envolve o transistor, a resistência RL e o
diodo zener, podemos escrever a relação:
VL
RLMIN = , sendo I LMÁX = I CMÁX = β * I BMÁX
2
I LMÁX
Como o valor de IS é constante e fixo definido pela resistência RS, o valor de IB pode ir
aumentando até um determinado valor. Através da equação nodal apresentada e da curva
característica de funcionamento do diodo zener, fica evidente que IB pode aumentar até que
seja atingido o valor de IZ mínimo, para garantir o funcionamento da FET. Dessa forma,
podemos escrever as seguintes relações:
VL
IL = → cte ∴ I B → cte
RL
VE = VCESAT + VL
MIN 1
VE = VCEMÁX + VL
MÁX 1
VE = VCELim. Pot . + VL
MÁX 2
PCMÁX
VCELim. Pot . =
IL
(
VEMIN = RS * I Z MIN + I B + VZ
2
)
(
VEMÁX = RS * I Z MÁX + I B + VZ
3
)
IL
IB =
β
A faixa de operação permitida para a fonte de tensão VE fica definida pela escolha
entre os valores máximos e mínimos determinados nas duas análises. Eles serão escolhidos
da seguinte forma:
3.3 – Exercícios
1. Calcular o valor de RLMAX e RLMIN, sabendo-se que a tensão sobre o diodo zener é igual à VZ
= 5,6 V, a sua potência máxima é igual a PZ = 100mW e o valor da resistência é igual a RS =
640Ω. O transistor possui um valor de beta de aproximadamente 100 e a tensão VBE = 0,6V.
Faça a análise somente do ponto de vista do dimensionamento do diodo zener. Considere a
potência do transistor muito alta.
a) IZ = 9,5mA.
b) PZ = 50mW.
c) IZ = 10mA.
d) O zener queimará nesta condição.
e) Nenhuma das anteriores.
a) PC = 700mW.
b) PC = 1.200Mw.
c) PC = 350W.
d) PC = 550mW.
e) Nenhuma das anteriores.
Outro ponto muito importante para o estudo e para a correta utilização do transistor
TJB é a chamada curva característica do componente (Figura 4.2), onde são apresentados os
seus limites de operação. A partir dessa curva, pode-se realizar a polarização direta do
transistor, conhecendo dados como corrente de coletor e tensão de alimentação, como
veremos mais a diante durante o nosso curso. Analisando a Figura 4.2, podemos concluir que:
2º Ponto
1º Ponto
Com esses dois pontos definidos, basta que sejam adotados valores
intermediários de tensão VCE compreendidos entre 0,3 Volts ≤ VCE ≤ 20 Volts e dessa
forma, encontrar os valores de IC correspondentes, a partir do valor de potência de
coletor máxima igual a 300 mW.
Ou também é possível que sejam adotados valores intermediários de corrente,
compreendidos entre 0mA ≤ IC ≤ 50mA e dessa forma, encontrar os valores de VCE
correspondentes, a partir da potência de coletor máxima igual a 300 mW.
Para o estudo dessa polarização e das demais que iremos relembrar nesse capítulo,
estudaremos basicamente para o equacionamento do circuito, duas malhas: a malha
compreendida pelo emissor e coletor do transistor e a malha compreendida pela base e pelo
emissor do transistor. Dessa forma, duas equações serão determinadas, usando as leis de
Kirchoff estudadas no primeiro semestre do curso, na disciplina de Eletricidade Básica.
Equacionamento:
Uma vez equacionado o circuito, por onde devemos começar a escolher os valores das
variáveis das equações? A resposta para essa pergunta torna-se fácil de ser respondida
quando recorremos à ajuda dos limites de operação do transistor. Observe a Figura4.4 a
seguir, onde é apresentada novamente a curva característica do transistor TJB e uma reta
traçada dentro dessa área útil, chamada de reta de carga.
Os limites de operação do transistor são os extremos da reta de carga, a partir da
equação obtida através da análise da malha COLETOR - EMISSOR, podemos obter o valor da
corrente de coletor máxima quando tornamos o valor de VCE igual a zero na equação. Da
mesma forma, o valor de VCE fica determinado quando tornamos o valor de IC igual a zero na
equação, como mostra o equacionamento a seguir:
Vcc
VCE = 0 ∴ I C =
RC
I C = 0 ∴ VCE = Vcc
Uma vez determinado os valores de VCC e de IC, substituindo esses valores nas
equações determinadas através da análise das malhas, determina-se as demais variáveis e os
valores das resistências RB e RC necessárias para colocar o circuito em funcionamento.
Exemplo 1:
Vamos utilizar os dados do transistor apresentado na Figura 4.2 pela sua curva
característica, e dessa forma, escolher valores adequados para VCC e IC:
Dados do Transistor:
ü IcMÁX = 50 mA
ü VceMÁX = 20 Volts
ü VceSAT = 0,3 Volts
ü PcMÁX = 300 mW
ü β = 200
ü Ic = 35mA
ü Vcc = 15 Volts
Equacionamento do circuito:
Exercícios Extras: Desenvolver os exercícios propostos pelo livro texto, capítulo 4, item 4.3,
exercícios de 1 a 5.
Equacionamento:
Chegamos a uma relação onde temos duas variáveis, que são o nosso objetivo de
estudo, que são as correntes IB e IE. Para solucionarmos essa equação, basta lembrarmos que
a corrente de emissor IE é a soma da corrente de coletor IC com a corrente de base IB,
resultando na seguinte análise:
I E = IC + I B → IC = β * I B
I E = ( β * I B ) + I B ∴ I E = ( β + 1) * I B
Uma vez equacionado o circuito apresentado pela Figura 4.7 devemos seguir as
mesmas orientações para a escolha dos componentes e dos valores dos extremos da reta de
carga apresentados na polarização por polarização fixa.
Exemplo 2:
ü IcMÁX = 50 mA
ü VceMÁX = 20 Volts
ü VceSAT = 0,3 Volts
ü PcMÁX = 300 mW
ü β = 200
ü Ic = 25mA
ü Vcc = 18 Volts
Equacionamento do circuito:
Como podemos perceber, chegamos a uma equação com duas incógnitas. Da mesma
forma que no circuito anterior, onde adotamos VCE ≈ 50% VCC para ser possível a determinação
do valor desejado de RC, na polarização por circuito estável, será adotada uma relação prática
para as tensões dos resistores, determinando assim os valores dos componentes: VCE ≈ 50%
VCC; VRC ≈ 40% VCC; VRE ≈ 10% VCC.
(R B ) ( )
+ ⎡⎣( β + 1) * RE ⎤⎦ *125 x10−6 = 17.3 → RB + ⎡⎣( 201) *72 ⎤⎦ *125 x10−6 = 17.3
125 x10−6 * RB = 17.3 − 1.8
∴ RB ≅ 125k Ω
Exercícios Extras: Desenvolver os exercícios propostos pelo livro texto, capítulo 4, item 4.4,
exercícios de 6 a 8.
200 125 25 9
290 117 34 5.6
Equacionamento:
A análise exata e o equacionamento através dessa análise ficarão como uma leitura
complementar para o aluno realizar no livro texto adotado na disciplina.
A seção de entrada do circuito acima pode ser representada pelo circuito apresentado
pela Figura 4.10 a seguir. A resistência Ri é a resistência equivalente vista da base para a terra,
para o transistor com um resistor de emissor RE, onde o valor de Ri é igual a (β+1)*RE.
Figura 4.10 – Circuito para a Análise Aproximada da Polarização por Divisor de Tensão de Base
Ora, analisando o circuito acima, percebemos que a tensão VB é a tensão formada pela
tensão VRE mais a tensão VBE. Lembrando da análise de resistências em paralelo, e tomando
como premissa que essa polarização visa a independência sobre o valor de beta, e
conseqüentemente da obtenção da corrente de coletor através da corrente de base, basta que
seja adotado um valor de Ri suficientemente alto, de tal forma que a corrente IB que deveria
circular sobre Ri tem que ser o menor valor possível, o que é razoável de ser dito. Geralmente,
considera-se um valor suficientemente alto, quando temos uma relação de pelo menos igual a
10, ou seja:
( β + 1) * RE ≥ 10* R2
Como consideramos que a corrente de base é desprezível, temos que os resistores R1
e R2, que são respectivamente, RB1 e RB2, são elementos em série, e a tensão de base VB pode
ser determinada através de uma relação de divisor de tensão simples (daí o nome da
polarização):
VCC * R2
VB =
R1 + R2
Como a corrente de base passa a ser desprezível, temos que a corrente de coletor
passa ser aproximadamente igual à de coletor, e dessa forma, podemos escrever as seguintes
relações:
I B ≅ 0 → I CQ ≅ I E
VE
IE =
RE
VE = VB − VBE
VCEQ = VCC − I CQ ( RC + RE )
Exemplo 3:
Vamos utilizar o transistor BC 547C, que será o mesmo transistor que iremos utilizar
nas experiências de laboratório.
Dados do Transistor:
ü IcMÁX = 100 mA
ü VceMÁX = 45 Volts
ü VceSAT = 0,7 Volts
ü PcMÁX = 625 mW
ü β = 300
ü Icq = 12 mA
ü Vcc = 18 Volts
Equacionamento do circuito:
Para darmos início ao dimensionamento dos resistores, vamos adotar valores para a
Resistência RE e para a tensão VCE:
Exercícios Extras: Desenvolver os exercícios propostos pelo livro texto, capítulo 4, item 4.5,
exercícios de 12 a 14.
Figura 4.11 – Polarização por Divisor de Tensão de Base, beta igual a 670
Figura 4.12 – Polarização por Divisor de Tensão de Base, beta igual a 400
Os parâmetros do modelo rE podem ser retirados a partir dos parâmetros híbridos, para
uma determinada região de operação. Com relação à precisão, os parâmetros híbridos sofrem
algumas limitações para um conjunto particular de condições de operação.
Já com o modelo rE, é possível que seja determinado esses parâmetros para qualquer
região de operação, não ficando limitado ao conjunto de parâmetros fornecidos pela folha de
especificação. Entretanto, esse modelo é um tanto falho na justificação da impedância de saída
e nos efeitos da realimentação da saída para a entrada.
Para determinar-se o equivalente AC de um circuito, basicamente alguns passos
devem ser seguidos para a obtenção do equivalente AC:
ü Fazer com que todas as fontes de tensão DC sejam substituídas por um curto circuito
equivalente para o terra, eliminando-as;
ü Substituir todos os capacitores também por um curto circuito equivalente;
ü Remover todos os componentes em paralelo, redesenhando o circuito.
VIN V
Z IN = → Z IN = BE , mas VBE ≅ β * I B * rE → Z IN ≅ β *VBE
I IN IB
∴ ZOUT ≅ ∞
Como foi estudado e provado no item anterior, o modelo rE é um modelo que é sensível
ao nível DC de operação do transistor TJB. Dessa forma, pode-se admitir que a sua
Impedância de Entrada seja um valor que pode variar em função do ponto DC de operação do
transistor.
Das equações apresentadas anteriormente, fazendo VCE igual a zero, temos que:
VBE
VBE = h11 * I B → h11 = hIE = [Ω]
IB
IC
IC = h21 * I B → h21 = hFE = [ Admensional ]
IB
VBE
VBE = h12 *VCE → h12 = hRE = [ Admensional ]
VCE
IC
I C = h22 *VCE → h22 = hOE = [ Siemens ]
VCE
ü Remover todas as fontes de tensão DC, impondo um curto circuito para o terra;
ü Substituir todos os capacitores por um curto circuito equivalente;
ü Substituir o transistor pelo modelo AC equivalente;
ü Eliminar os elementos em paralelo, se caso surgirem, e finalizar redesenhando o
circuito.
A Figura 5.4 a seguir, mostra o circuito amplificador, usando como polarização do TJB
a polarização fixa. Perceba o acréscimo dos capacitores na entrada e na saída do circuito,
ligado a base do transistor (C1) e no coletor do transistor (C2) respectivamente.
Figura 5.5 – Circuito com os Capacitores Eliminados, bem como a fonte de Tensão DC
ü Equacionamento do Circuito:
Z IN = RB // ( β * rE )
Z OUT ≅ RC
VOUT Z *I − RC * I C RC * β
AV = → O O → → I C = β * I B ∴ AV = −
VIN Z IN * I IN ( RB // ( β * rE )) * I B RB // ( β * rE )
Analisando a equação que representa o ganho AV, percebe-se que aparece um índice
negativo antes da equação. Esse índice negativo surge apenas para representar que o sentido
real da corrente no modelo está sendo considerado no sentido errado. Na prática, isso significa
dizer apenas que existirá uma inversão de fase do sinal aplicado ao amplificador, fato esse que
pode ser observado na Figura 5.7 a seguir. Essa inversão de fase é uma característica dos
amplificadores montados na configuração emissor comum, e também existirá nas demais
configurações com as outras polarizações.
A Figura 5.8 a seguir, mostra o circuito amplificador, usando como polarização do TJB
a polarização por polarização estável. Perceba o acréscimo dos capacitores na entrada e na
saída do circuito, ligado a base do transistor (C1) e no coletor do transistor (C2)
respectivamente.
Figura 5.9 – Amplificador Pequenos Sinais, Polarização Estável de Emissor – Análise AC, sem o Capacitor CE
5.2.3 – Configuração Emissor Comum com Polarização por Divisor de Tensão de Base
A Figura 5.10 a seguir, mostra o circuito amplificador, usando como polarização do TJB
a polarização por divisor de tensão de base. Perceba o acréscimo dos capacitores na entrada e
na saída do circuito, ligado a base do transistor (C1) e no coletor do transistor (C2)
respectivamente, e novamente, o capacitor CE de desacoplamento de emissor, que, como já
comentado anteriormente, fará com que o ganho do amplificador aumente.
Novamente, com o acréscimo do capacitor de desacoplamento CE o circuito de análise
AC fica idêntico ao apresentado no item 5.2.1 pela Figura 5.6, pois na montagem do circuito
para a análise AC, os capacitores são eliminados por um curto circuito equivalente, fazendo
com que o valor da resistência RE seja eliminado, onde apenas será acrescentada a resistência
RB2 ao circuito de entrada. O circuito final de análise AC é apresentado pela Figura 5.11 a
seguir.
Figura 5.10 – Amplificador Pequenos Sinais, Polarização por Divisor de Tensão, com o Capacitor CE
Figura 5.11 – Amplificador Pequenos Sinais, Polarização por Divisor de Tensão – Análise AC, com o Capacitor CE
Existe também uma configuração alternativa a apresentada pela Figura 5.12, que utiliza
duas resistências no emissor (RE1 e RE2), sendo que uma delas é desacoplada por um
capacitor CE e a outra, realiza a função de realimentação, e dessa forma, consegue-se obter
uma melhoria na estabilidade do circuito, sem grandes alterações no valor do ganho do
circuito. Porém, o nosso estudo será focado nos amplificadores usando total desacoplamento
da resistência RE de emissor, deixando as demais configurações como uma sugestão de leitura
e estudo complementar por parte do aluno.
Figura 5.12 – Amplificador Pequenos Sinais, Polarização por Divisor de Tensão – Configuração Alternativa
ü Equacionamento do Circuito:
Z IN = RB1 // RB1 // ( β * rE )
Z OUT ≅ RC
VOUT Z *I − RC * I C
AV = → O O → → I = β * IB
VIN Z IN * I IN ( RB1 // RB1 // ( β * rE )) * I B C
RC * β
∴ AV = −
RB1 // RB1 // ( β * rE )