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CAPITULO VETORES 1.1 Reta Orientada — Eixo Uma reta r é orientada quando se fixa nela um sentido de percurso, considerado positivo ¢ indicado por uma seta (Fig. 1.1). ee Figura 1.1 O sentido oposto é negativo. Uma reta orientada é denominada eixo. 1.2 Segmento Orientado Um segmento orientado é determinado por um par ordenado de pontos, o primeiro chamado origem do segmento, o segundo chamado extremidade. segmento orientado de origem A ¢ extremidade B serd representado por AB e, geome- | tricamente, indicado por uma seta que caracteriza visualmente 0 sentido do segmento (Fig. 1.2-a). B _ Figura 1.2.8 z Geometria analitica 1.2.1. Segmento Nulo Um segmento nulo é aquele cuja extremidade coincide com a origem. 1.2.2 Segmentos Opostos Se AB é um segmento orientado, o segmento orientado BA é oposto de AB. 1.2.3 Medida de um Segmento Fixada uma unidade de comprimento, a cada segmento orientado pode-se associar um nimero real, ndo negativo, que ¢ a medida do segmento em relagdo aquela unidade. A medida do segmento orientado € 0 seu comprimento ou seu mddulo. O comprimento do segmento AB 6 indicado por AB. Assim, 0 comprimento do segmento AB representado na Figura 1.2-b é de 5 unidades de comprimento: — Figura 1.26 Observacdes @) Os segmentos nulos tém comprimento igual a zero. b) AB=BA. 1.2.4 Diregdo @ Sentido Dois segmentos orientados ndo nulos AB e CD tém a mesma diregdo se as retas suportes desses segmentos so paralelas (Figs. 1.2-c 1.24): Fetores 3 Figura 1.2-¢ Pigura 12-4. ou coincidentes (Figs. 1.2.2 e.2-f) Observagoes a) 86 se pode comparar os sentidos de dois segmentos orientados se eles tém mesma diregio, 5) Dois segmentos orientados opostos tém sentidos contrérios. 13 Segmentos Equipolentes Dois segmentos orientados AB © CD sido equipolentes quando tém a mesma ditegio, o mesmo sentido ¢ mesmo comprimento (Figs. 1.3.2 ¢ 1.3), Se os segmentos AB e CD nao pertencem 4 mesma reta. Fig. #.3-b, para que AB seja equipolente a CD 6 necessirio que AB//CD e AC/BD, isto 6, ABCD deve ser um paralelograma, Figura 13-0 Figura 1.3-b 4 Geometria analttica Observacées a) Dois segmentos nulos so sempre equipolentes. 5b) A equipoléncia dos segmentos AB e CD é representada por AB~ CD. 1.3.1 Propriedades da Equipoléncia 1) AB~AB (reflexiva). II) Se AB~CD, CD ~AB(simétrica). Ill) Se AB~CD e CD~EF, AB ~EF (transitiva).. IV) Dado um segmento orientado AB e um ponto C, existe um tnico ponto D tal que AB~CD. 14 Vetor Vetor determinado por um segmento orientado AB € 0 conjunto de todos os segmentos orientados equipolentes a AB (Fig. 1.4-a). — en — ee —_— Figura 14-2 * Se indicarmos com ¥ este conjunto, simbolicamente poderemos escrever: V= {XY/XY ~AB} onde XY 6 um segmento qualquer do conjunto. O vetor determinado por AB é indicado por AB ou B-A ou v. Vetores Um mesmo vetor AB. ¢ determinado por uma infinidade de segmentos orientados, chamados representantes desse vetor, e todos equipolentes entre si, Assim, um segmento determina um conjunto que é 0 vetor, ¢ qualquer um destes representantes determina o mesmo yetor, Portanto, com origem em cada ponto do espago, podemos visualizar um representante de um vetor. Usando um pouco mais nossa capacidade de abstragdo, se considerarmos todos os infinitos segmentos orientados de origem comum, estaremos caracterizando, através de represen- tantes, 2 totalidade dos vetores do espago. Ora, cada um destes segmentos é um representante de um sb vetor, Conseqiientemente, todos os vetores se acham representados naquele conjunto que imaginamos. ‘As caracteristicas de um vetor ¥ so as mesmas de qualquer um de seus representantes, isto 6:0 médulo, adireedo € 0 sentido do vetor so 0 médulo, a diregao ¢ o sentido de qualquer um de seus representantes. O médulo de ¥ se indica por |¥| . 1.4.1. Vetores Iguais Dois vetores AB e CD. sao iguais se, e somente se, AB~CD. 1.4.2 Vetor Nulo Os segmentos nulos, por serem equipolentes entre si, determinam um tinico vetor, chamado vetor nulo ou vetor zero, e que é indicado por 0 1.4.3 Vetores Opostos Dado um vetory”= AB, 0 vetor BA €0 oposto de AB ese indica por -AB ou por -V. 1.4.4 Vetor Unitério Umvetor v 6 unitdrio se \v| 1.4.5. Versor Versor de um vetor ndo nulo ¥ 0 vetor unitério de mesma diego ¢ mesmo sentido dev. 6 Geometria analitica Por exemplo, tomemos um vetor V_ de médulo 3 (Fig. 1.4-b). y Figura 1.4-b Os yetores Ue Uda figura so vetores unitérios, Pois ambos tém médulo 1. No entanto, apenas i tem a mesma direco e © mesmo sentido de ¥. Portanto, este é 0 versor de ¥. 1.4.6 Vetores Colineares Dois vetores ue V sao colineares se tiverem a mesma direpdo. Em outras palavras: Ue ¥ sao colineares se tiverem representantes AB e CD pertencentes a uma mesma reta ou a retas paralelas (Fig. 1.4-c) a y Figura 14-c 1.4.7 Vetores Coplanares Se os vetores ndo nulos U,V © W (0 niimero de vetores ndo importa) possuem represen- tantes AB, CD e EF pertencentes a um mesmo plano 7m (Fig. 1.4-d), diz-se que eles sao coplanares. Vetores 7 Figura 14-4 Guardemos bem o seguinte: dois vetores i © V quaisquer sdo sempre coplanares, pois podemos sempre tomar um ponto no espago e, com origem nele, imaginar os dois representantes de U e V pertencendo a um plano que passa por este ponto. Trés vetores poderdo ou ndo ser coplanares (Figs. 1.4-e e 1.4-f). +> >.> U,¥ ew sfo coplanares U,¥ © W nao sio coplanares Figura L4e Figura 14 1.5 Operagées com Vetores 1.5.1 Adigao de Vetores Sejam os vetores ue V representados pelos segmentos orientados AB e BC (Fig. 1.5-a). B > v v A v S Figura 1.5-a Os pontos Ae C determinam um vetor que é, por definigdo, a soma dos vetores Ue ¥, istoé, Su +¥. 8 Geometria analitica 1.5.1.1, Propriedades da adi¢ao 1 Comutativa, U+¥=¥ +0 | ~reiar II) Associativa: (u +¥)+w=u +(¥ tw) IID) Existe um s6vetor nulo 0 tal que para todo 0 vetor vse tem: VadeTevav > > >, IV) Qualquer que seja 0 vetor V, existe um s6 vetor -V (vetor oposto de v) tal que 1.5.2 Diferenga de Vetores Chamase diferenca de dois vetores Ue V, © se representa por d=U-¥, ao vetor > uty). Dados dois vetores ue ¥, representados pelos segmentos orientados AB e AC, respec: tivamente, ¢ construido o paralelogramo ABDC (Fig. 1.5-b e Fig. 1.5-c), verificase que a soma 2=T+Y 6 representada pelo segmento orientado AD (uma das diagonais) ¢ que a diferenca d =u -¥ 6 representada pelo segmento orientado CB (a outra diagonal). > > B ¥ D B a D * 4 “ — v 2 rs = c A > c Figura 1.5-b Figura 1.5-¢ 1.5.3 Multiplicagdo por um Namero Real Dado um vetor ¥ #6 e um némero real k #0, chama-se produto do mimero real k pelo vetor ¥ ovetor p = kv, tal que: a) modulo: [pl = [kv I= IKI IV; b) diregdo: a mesma de v; ¢) sentido: omesmo de ¥ se k>0, e contrério ao de ¥ se k<0 (Fig. 1.5-d). Vetores 9 <3 Figura 15-4 Observagies a) Se k=O ou V=0, o produto € o vetor 0. ») Soja um vetor_kv, com v0. Sefizermos com que o niimero real k percorra o conjunto IR dos reais, obteremos todos os infinitos vetores colineares a ¥, ¢, portanto, colineares entre 8, isto €, qualquer um deles ¢ sempre miltiplo escalar (real) do outro. Reciprocamente, dados dois vetores u © Vv, colineares, sempre existe kEIR tal que U=KV. A Figural.5-e mostra um exemplo desta tiltima afirmagao (@ = v= < a). z eo Figura 1.s-¢ Vouu “Ti (Fig. 1.5-f). De ¢) Oversor de um vetor v # 0 €ovetor unitario y= fato ele é unitario, pois: Iv | [FR] Figura ise Dai, conclui-se que v = |v|u, isto é,0 vetor V é 0 produto de seu médulo pelo vetor unitario de mesma direcao e mesmo sentido de V. 10 __Geometria analitica 1.5.3.1 Propriedades da multiplicag3o por um nGmero real Se Ue ¥ sio vetores quaisquere a ¢ b niimeros reais, temos: 1) a(bv) = (aby _,__ (associativa) I) (aby =av + bv (distributiva em relagdo a adigGo de escalares) 5 a I) a(W+v) = au +av — (distributiva em relagdo a adigGo de vetores) IW) Ww=¥ (identidade) 16 Problemas Resolvidos +s. ae 1) Dados os vetores J, ¥ € W, de acordo com a figura, construir 0 vetor 2u 3H +e = els a4 v Solugao: a” <4 ey 2) O paralelogramo ABCD é determinado pelos vetores ZB ec AD, sendo M e N pontos médios dos lados DC e AB, respectivamente. Completar convenientemente: a) AB +A -. a sehtdmetye ees D M c ») BA +DA = o) KC -BC = GAN FBC Ho. 2 z= 5 + te Z| m > Zz . Vetores u Solugao = a) AC b) BA + DA= CD +DA=CX c) AC - BC = AC + CB =AB d) AN +BC = AN +NM=AM ¢) MD + MB = MD + DN = MN —> lo — <> A BM - LDC = BM + MD = BD Observagao Sabese que dois vetores quaisquer Vy e Va, ngo colineares, so sempre coplanares. Como av, tem a diregGo de ¥j © a¥2 a diregdo de Vz, 0 vetor ay¥, +a,¥2 seré sempre um yetor representado no mesmo plano de ¥, ¢ V2, sejam quais forem os reais a; ¢ 3 (Fig. 1.6-a) a ay¥) + aav2 Reciprocamente, qualquer vetor representado no plano de v; @ V2 serd do tipo at : ayV, tag¥2, para a; © ay reais. Vamos acrescentar a estes dois vetores um terceiro vetor ¥3. Entéo, pode ocorrer uma das situagdes: a) ovetor V3 estd representado no mesmo plano de ¥, © Vz 2+ + Neste caso, como o vetor ay¥i +a¥2 std no plano de ¥, ¢ Vz esendo aava, também deste plano, 0 vetor a,¥, +a;¥2 +a3¥9_ estard representado no mesmo plano de Vy e Vas b) ovetor v3 ndo estd representado no mesmo plano de ev. LS 12 Geometria analitiea Neste caso, a soma do vetor ay¥, +az¥2 (que estdno plano de J, © ¥;) como vetor do espago, conforme mostra aFigura 1.6-b. a3V3, isto é, ayv; taa¥a 4+a3¥3, seré um vetor 3 aqyy +922 +a3¥3 ayvy + ave 4 17 Angulo de Dois Vetores 0 dngulo de dois vetores Te V no mulos (Fig. 1-7-4) € 0 Angulo @ formado pelas semi- retas OA e OB (Fig. 1.7-b)e talque O<0 0-0 c) Se 0 5. YF eV sio ortogonais (Fig. 1.7-c) e indicase: w LV. A c z [4 0 zt B Figura 17-0 Neste caso,o AOBC permite escrever: We¥ P=? +P 4) O vetor nulo é considerado ortogonal a qualquer vetor. e) Se éortogonal a ¥ ¢ m é um mimero real qualquer, U Gortogonala mv. f) Odngulo formado pelos vetores Ue ZX 60 suplemento do dngulo de Ue V. u 1.8 Problemas Propostos 1) Dados os vetores Ue Vda figura, mostrar, num grafico, um representante do vetor: aju-v . oe b)v-0 5 ov-w )uU-W es} 14 Geometria analitica 2) Dados os vetores @, Be ©, como na figura, apresentar um representante de cada um dos vetores: a) 4a-2b-€ gfe Sao byatbte Para bs o) 2b -@ +e) 2 3) Sabendo que o Angulo entre os vetores Te ¥ € de 60°, determinar o dngulo formado pelos vetores aue-v ey by-wev vex d)2u e BV 1.8.1 Resposta dos Problemas Propostos 3) a) 120° b) 120° c) 60° d) 60° CAPITULO VETORES NO IR’ E NO IR® No Capitulo 1, estudamos os vetores do ponto de vista geométrico e, no caso, eles eram representados por um segmento de reta orientado. No presente capitulo, vamos mostrar uma ‘outra forma de representé-los: os segmentos orientados estardo relacionados com os sistemas de eixos cartesianos do plano e do espago. 21 Decomposig¢ao de um Vetor no Plano Dados dois vetores ¥; e V2, nao colineares, qualquer vetor ¥ (coplanar com ¥, e¥2) ee pode ser decomposto segundo as diregdes dev; @ vz. © problema consiste em determinar > dois vetores cujas diregdes sejam as de ¥; € V2 € cuja soma seja v. Em outras palavras, iremos determinar dois ntimeros reais a, € a; tais que: Exemplos 1) Dados os vetores ¥, e ¥2 nio colineares e ¥ (arbitrério), a figura mostra como ¢ possivel formar um paralelogramo em que os lados so determinados pelos vetores a,¥; © a2V2 € portanto, a soma deles ¢ 0 vetor V, que corresponde a diagonal desse paralelogramo: 1S 16 Geometria analitica ava es / -------» “1 av Ve ay, +a,¥y 2) Na figura seguinte os vetores Vv, €¥2 so mantidos ¢ consideramos um outro vetor Vv: avi -------> 7 ’ ‘ / , 7 / / zy of) Pocecceeteence Para esta figura, temse: ay >0 € a; <0. 3) Se, mo caso particular, 0 vetor ¥ tiver a mesma diregdo de ¥, ou de V2, digamos de ¥;, como na figura, V ndo pode ser diagonal do paralelogramo e, portanto, a, deve ser igual a zero: V = ary + Op ve — >> =A Vea Quando o vetor ¥ estiver representado-por: v= aii + a2V2 Qa dizemos que V € combinagdo linear de ¥; © V3. O par de vetores ¥; © V2, no coli- neares, é chamado base no pland. Aliés, qualquer conjunto {¥,,¥2} de vetores nfo coli- neares constitui uma base no plano. Os ntimeros a, e a, da representagdo (2.1) sao Vetores no R? eno R217 chamados componentes ou coordenadas de V em relagio a base {¥,,¥2}. Ebom logo esclarecer que, embora estejamos simbolizando a base como um conjunto, nés a pensamos como um conjunto ordenado. O vetor 4,¥1 ¢ chamado rojedo de ¥ sobre V, segundo 4 direpio de Vz. Do mesmo modo, a¥) é.a projepio de ¥ sobre Va segundo a diregao de V, (Fig. 2.1-a). v1 avy Figura 2.1-a Na pratica, as bases mais utilizadas so as bases ortonormais. Uma base {e, 2 } € dita ortonormal se os seus vetores forem ortogonais ¢ unitdrios, isto fez | = 6 Ley e le, Na Figura 2.1-b consideramos uma base ortonormal (1,82) no plano xOy e um vetor ¥ com componentes 3 ¢ 2, respectivamente, isto ¢, v = 3¢, +2ey. Figura 2,1-b 18 Geometria analitica No caso de uma base ortonormal como esta, os vetores 3¢, © 2€) so projecdes orto- gonais de V sobre e; € e7, respectivamente. Existem naturalmente infinitas bases ortonormais no plano xOy, porém uma delas ¢ parti- cularmente importante. Trata-se da base formada pelos vetores representados por segmentos orientados com origem em O e extremidade nos pontos (1,0) ¢ (0,1). Estes vetores sao simboli- zados com? ej eabase {1,]} & chamada candnica (Fig. 2.1-c). Figura 2.1-¢ Em nosso estudo, a menos que haja referéncia em contrério, trataremos somente da base can6nica. Dado um vetor V=xi ty} (Fig. 2.1-d) no qual x ey. sf0 as componentes de ¥ em relagdo base {7,7}, 0 vetor xi € 4 projegio ortogonal de ¥ sobre 7 (ou sobre o eixo dos x) © Yj € a projegao ortogonal de ¥ sobre } (ou sobre 0 eixo dos y). Como a projegao sempre serd ortogonal, diremos somente projegao. Figura 2.1-d Vetores no IR? ¢ no IR® 19 2.2 Expressdo Analitica de um Vetor Ora, fixada a base {f,j}, fica estabelecida uma correspondéncia biunivoca entre os vetores do plano ¢ os pares ordenados (x,y) de mimeros reais. Nestas condigées, a cada vetor ¥ do plano pode-se associar um par (x,y) de miimeros reais que sifo suas componentes na base dada, razdo porque define-se: vetor no plano é um par ordenado (x,y) de ntimeros reais e se representa por: V=(@y) que é a expressio analitica de v. A primeira componente x ¢ chamada abscissa e a segunda, ordenada. Por exemplo, em vez de escrever v= 3i ~ 5], pode-se escrever ¥ = (3,-5). Assim também, F47 = (aay 31 = 0,3) -10i =(-10,0) e, particularmente, 1 = (1,0), } = (0,1) e T= (0,0). Observagéo Deve ter ficado claro que a escolha proposital da base {i,j} } deve-se a simpli icagdo. Assim, para exemplificar, quando nos referimos a um ponto P(x, y), ele pode ser identificado com o vetor v= OF = xi +y}, sendo O a origem do sistema (Fig. 2.2). Figura 2.2 Desta forma, 0 plano pode ser encarado como um conjunto de pontos ou um conjunto de vetores. 20 Geometria analttica 2.3 Igualdade e Operagaes 2.3.1 Igualdade Dois vetores u =(xs, 1) € ¥ = (x2, y2) sHo iguais se, e somente se, x1 = x € ¥: =yz,e a escreve-se U = Exemplos 1) Os vetores =e, 5) e V=(3,5) so igus, 2) Se o vetor U=(x+1,4)6 igual ao vetor ¥=(5,2y—6), de acordo com a _definigsio de igualdade dos vetores, x+1=5 © 2y-6=4 ou x=4 e y=5. Assim, se U=Vv, entéo x=4ey=5 2.3.2 Operagées Sejam os vetores U =(x1,y1) € ¥ = (Kaya) € aE IR. Define se a) Us¥ E(x +Xa,¥1 +¥2) 5) au = (axy, ays) Portanto, para somar dois vetores, somam-se as suas coordenadas correspondentes,e para multiplicar um vetor por um mimero, multiplica-se cada componente do vetor por este nimero. Exemplo Dados os vetores ¥ = (4,1) e V=(2,6), calcular u+v¥ e Qu. A Figura 23-2 mostra, geometricamente, que u +¥ = (4,1) + (2, 6)=(4 +2,146)=(6, 7), © a Figura 2.3-b que 20 =2(4,1)=(8,2). Figura 2.3-a Vetores no IR? ¢ no IR? 2 Figura 2.3-b As definigoes acima e as operagGes algébricas dos mimeros reais permitem demonstrar as propriedades citadas em 1.5: +> 3 a) para quaisquer vetores u,v e w, temse 5) para quaisquer vetores Ue ¥ eos niimeros reais ae b, temse a(bv) = (ab), Ga tb)y= ad + bi a + ¥)=al tav Ww-¥ 2.3.3. Problemas Resolvidos 1) Determinar o vetor W na igualdade 3w+2u=1V+4w, sendo dados 0 =(3,-I) ¢ poke V=(-2,4). 7 Solugao Esta equagdo 3w +2u WW +W pode ser resolvida como uma equagdo numérica: + 2 zy ow +40 Ble <4 <4 <4 - ow - ' is a, ey 4 ay " <1 ' ey 22 Geometria analitica itn Substituindo e ¥ na equagdo, vem oo) = 4¢2,4)-6.-) w= (4,1)-@-1) 51)-G, W = CL+Ga,1 +) W=ChD 2) Encontrar os mimeros a; e a tais que oot Meat 7 @ = at tayv, sendo w= (1,2), V=G,-2) e w = (1,8). Solugéo Substituindo os vetores na.igualdade acima, temos: (-1,8)= ai (1,2) + a2(4, -2) (-1, 8) = (a, 2a1) + (a2, -2ar) (-1, 8) = (a, +4a2, 2a; - 2a2) Da condigdo de igualdade de dois vetores, conclui-se que: ay 4a, = -1 2a, - 2ag = sistema de solugdo a; =3 € a, =-1. Logo, w =3¥; -¥2. 2.4 Vetor Definido por Dois Pontos Inimeras vezes um vetor 6 representado por um segmento orientado que nao parte da origem do sistema. Consideremos 0 vetor AB de origem no ponto A(x;,y:)€ extremidade em B(x2,y2) (Big. 2.42) Vetores no IR? ¢ no IR? 23 De acordo com 0 que foi visto em 2.2, 0 vetores OA e OB tém expresses analiticas: OA=(x1,y1) © OB =(x2,y2). Por outro lado, do triangulo OAB da figura, vem: OA + AB = OB donde AB = 0B — OA ou: AB = (%2,¥2) — (iyi) AB = (X2-X1, Y2-¥1) Figura 2.42 isto é, as componentes de AB sio obtidas subtraindo-se das coordenadas da extremidade B as coordenadas da origem A, razo pela qual também se escreve AB =B - A E importante assinalar que as componentes do vetor AB, calculadas por meio de B-A, sio sempre as mesmas componentes do representante OP com origem no inicio do sistema. Este detalhe fica claro na Figura 2.4-b onde os segmentos orientados equipolentes AB, CD e OP representam o mesmo vetor (3,1)- AB=B-A= (1,4) — 2,3)= (3,1) B= d-c= (43) — (1,2)=(3,1) pas Figura 2.4-b 24 Geometria analitica 2.4.1. Problema Resolvido 3) Dados os pontos A(-1,2), B(3,-1) ¢ C(-2,4), determinar D(x,y) de modo que CD =5.A8. AB. 1 > Solugéo WD =D-C=(xy)- (2,4) = (2), ¥ +4) = (RHZY-A) AB =B-A=(3,-1)-(-1,2)= (3 +G1),-1 #2) = 4-3) logo: (42,y-4) 46,3) (x+2,y-4)=Q,- Pela condigao de igualdade de dois vetores x#2=2 y-4=-35 x 5 sistema cuja solugdoé x=0 € Y= >- Por conseguinte: DOD 2.5 Decomposigao no Espago Todo o estudo de vetores feito até aqui, no plano, pode ser realizado no espago de forma andloga, consideradas as adequag&es necessérias.. No plano, qualquer conjunto {¥1,¥_} de dois vetores, ndo colineares, € uma base e, portanto, todo vetor ¥ deste plano & combinagio linear dos vetores da base, isto é, sempre Vetores no IR? e no IR? 25 existem os mimeros a, € a) reais tais que V =a,¥, +a)¥2. No espago, qualquer conjunto {Vi,V2.Vs } de trés vetores ndo coplanares é uma base e, de forma andloga, demonstra-se que todo vetor ¥ do espago ¢ combinagdo linear dos vetores da base, isto ¢, sempre existem ntimeros reais a,,a2 @ a3 tais que: Vv =ayV, taz¥p +a3v. iV +a2V2 asV3 onde a,, 3 € a3 s40 as componentes de V em relagdo A base considerada. Uma base no espago ¢ ortonormal se os trés vetores forem unitérios e dois a dois, ortogonais Por analogia ao que fizemos no plano, dentre as infinitas bases ortonormais existentes, escolhe- remos para nosso estudo a base candnica representada por {7,},k }. Consideremos estes trés vetores representados com origem no mesmo ponto O e por este ponto trés retas como mostra a Figura 2.5-a. A reta com a direcdo do vetor 1 € 0 eixo dos x (das abscissas), a reta com a diregdo do vetor | € 0 eixo dos y (das ordenadas) ¢ a reta com a direcdo do vetor k é 0 eixo dos z (das cotas). As setas indicam o sentido positive de cada eixo. Estes eixos so chamados eixos coordenados. Figura 2.5.4 Cada dupla de eixos determina um plano coordenado. Portanto, temos trés planos coordenados: o plano xOy ou xy, 0 plano xz ou xz eo plano yOz ou yz. As Figuras 2.5-b, 2.5-¢ 2.5-d dio uma idéia dos planos xy, xz ¢ yz, respectivamente. yy NS XN X_N : 7 NN Vetores no IR? ¢ no IR? 27 Estes trés planos se interceptam segundo os trés eixos dividindo o espaco em oito regiGes, cada uma delas chamada octante. A Figura 2.5-¢ dé uma idgia do 19 octante, a Figura 2.5-f do 29 octante e a Figura 2.5-g do 39 octante. Figura 2.5-€ Figura 2.54 Figura 2.5 ‘A cada ponto P- do espago vai corresponder uma terna (a, b,c) de niimeros reais, chama- das coordenadas de Pe denominadas abscissa, ordenada e cota, respectivamente. Para obter a abscissa de P, tracemos por P um plano paralelo ao plano yz; 0 ponto de intersegao deste plano com o cixo dos x tem, nesse eixo, uma coordenada a, que é a abscissa de P 28 __Geomerria analitica (Fig, 2.5-h). Para obter a ordenada de P, tracemos por Pum plano paralelo ao plano x7 0 ponto de interseggo deste plano com 0 €ix0 dos y_ tem, nesse eixo, uma coordenada b, que é a ordenada de P (Fig. 2.5-i). De forma andloga, a0 traga! POT P um plano paralelo ao plano xy, fica determinada a coordenada c, que é a cota de P (Fig. 2.55). Figura 2.50 Figura 2.5-1 | Pigura 2.54 Com este procedimento de tragar os trés planos pelo ponto P, fica determinado um paralele- pipedo retangulo como o da Figura 2.5). $e oponto fosse P(2,4,3), com idéntico procedimento, teriamos o paralelepipedo da Figura 2.5-4. Vetores no IR? ¢ no R* 29 Com base nesta figura, temos: ‘A(2,0,0) — um ponto P(x, y,2) esté no eixo dos x quando y=0 € 2=0; C(0, 4, 0) — um ponto esti no eixo dos y quando x=0 ¢ z=0; (0,0, 3) — um ponto est no eixo dos z quando x=0 € y=0, B(2, 4,0) — um ponto esta no plano xy quando D(0, 4,3) — um ponte esta no plano yz quando x= F(2,0,3) — um ponto estd no plano xz quando y = 0. O ponto B é a projegdo de P no plano xy, assim como D e F sfo as projegdes de P nos planos yz xz, respectivamente. O ponto A(2,0,0) ¢ a projeco de P(2,4,3) no eixo dos x, assim como C(0,4,0) e E(0, 0,3) séo as projecdes de P nos eixos dos y € dos z, respectivamente. Estd claro que um ponto do plano xy € do tipo (x, y,0). Ao desejarmos marcar um ponto no espago, digamos A(3,-2,4), procedemos assim: 19) marca-se 0 ponto A‘(3,-2,0) no plano xy; 20) desloca-se A’ paralelamente ao eixo dos z, 4 unidades para cima (se fosse -4 seriam 4 unidades para baixo) (Fig. 2.5-m). Para completar nosso estudo, consideremos um vetor Jextty}+2k, onde xy ez sfo as componentes de ¥ na base canénica {i,j,k}. Da mesma forma como fizemos para BIBLIOTECA UNI-BH Re (14930 30___Geometria analitica Figura 2.5-m © plano, este vetor ¥ é igual ao vetor OP com 0 (0,0,0) € P(x, y,z). Na Figura 2.5-n, 0 vetor ¥_ comresponde a diagonal do paralelepipedo, cujos Iados sfio determinados pelos vetores xi, y}_ e zk. B, para simplificar, escreveremos ¥=(y,2) que é a expressio analitica de V. Vetores no IR? e no IR? 31 Em vez de escrever v =3]+K, podese escrever v =(2,-3, 1). Assim, também, tind = (1,-1,0) 2-K = (0,2,-1) 4K = (0,0,4) e,em particular, 7 = (1, 0,0), = (0, 1, 0)e k = (0,0, 1) Tendo em vista a correspondéncia biunivoca entre 0 conjunto de pontos P(x,y,z) do ee espaco e 0 conjunto de vetores v= OF = xi + yj +k, 0 espago pode ser encarado como um conjunto de pontos ou um conjunto de vetores. Diz-se que este espago tem trés dimensdes ou que ele € tridimensional, porque qualquer uma de suas bases tem trés vetores e, portanto, 0 nimero de componentes de um vetor é trés. De forma andloga, o plano tem dimensio 2 ou é bidimensional. Fica fécil entender que a reta tem dimensao 1 ou € unidimensional. © conjunto formado por um ponto e por uma base constitui um sistema referencial, Em particular, que € 0 nosso caso, 0 conjunto formado pelo ponto O e pela base {i,j,k} é chamado referencial ortonormal de origem O ou, ainda, sistema cartesiano ortonormal Oxyz. Este sistema (Fig. 2.5-a) é indicado por (0,1,j,k). Por analogia, no plano, o sistema (0.7.3) € chamado sistema cartesiano ortonormal xOy ou, simplesmente, sistema cartesiano xOy. Por outro lado, sabemos que a representagGo geométrica do conjunto IR dos reais a reta, por isso também chamada reta real (Fig. 2.5-0). R —— Figura 2.5-0 O produto cartesiano IRxIR ou R? € 0 conjunto IR* = {(x,y)/x,y €IR} e sua representagdo geométrica € 0 plano cartesiano determinado pelos dois eixos cartesianos ortogonais x e y (Fig.2.5-p). Figura 2.5-p 32___ Geometria analitica O produto cartesiano IR x R x IR ou RR? é oconjunto R?= {(x,y,2/x,y.2ER} € sua representagdo geométrica ¢ 0 espago cartesiano determinado pelos trés eixos cartesianos, dois a dois ortogonais, Ox, Oy ¢ Oz (Fig. 25-4). Figura 2.5-q 2.6 — Igualdade — Operagées — Vetor Definido por Dois Pontos Da mesma forma como tivemos no plano, teremos no espago: 1) Dois vetores U=(X1,¥1,%1) € V=(%2Y2,22) so iguais se, e somente se, x1 =X2, Yi =Yo € Uy = 225 Il) Dados os vetores = (x15¥1521) € ¥ = (2,2, 22) @ 2 EIR, definese: Wt = (Xp Xa, Ys T¥2 21 +22) au = (ax;,ay, 4%) III) Se AGxy,¥1,21) € BCX, ¥2, 22) S40 dois pontos quaisquer no espago, entdo: AB = (x2 - X15 Yo -Yay 22 721) Vetores no IR? e no IR® 33 27 Condigao de Paralelismo de Dois Vetores U= (6,121) © ¥= (2, Y2.22) So colineares (ou paralelos), existe um niimero k tal que U = KV, ou seja, Em 1.53 vimos que, se dois vetores Ox, ¥1 21) = KO, Yas 22) ou: (X15 Yi 21) = (kx, kyo, kea) mas, pela definigGo de igualdade de vetores: x = key yi = ky 21 = ke ou HMA, xX yn 2 Esta ¢ a condi¢do de paralelismo de dois vetores, isto é, dois vetores so paralelos quando suas coordenadas sd proporcionais. Representase por u/jv dois vetores ue Vv paralelos. Exemplo Os vetores U = (-2,3-4) eV =(-4,6, -8) sio paralelos pois FF. ouseia, Y= 4¥, ag? oUseia, WEY. E claro que se uma componente “ um vetor € nula, a componente correspondente de um vetor paralelo também é nula. 2.7.1 Problemas Resolvidos 4) Dados os pontos A(@,1,-1) ¢ B(1,2,-1) € 0s vetores ¥ =(-2,-1, 1), ¥ =(3,0,-1) e ,AB +a, ta3v. W=(-2, 2,2), verificar se existem os mimeros aj,a) € a3 tais que w= 34 Geometria analitica Solugéo Temse: AB =B-A=(1,2,-1)-@,1,-)=G-0,2+CD,-1 +(#1))= (1,0) Substituindo os vetores na igualdade dada, resulta: (2,2,2)= 11, 1,0) ta2-2, -1, I) +23,0-D) ou: (-2,2,2)= (a1 85,0) + (2a ta» da) + Baa, 0 A) Somando os trés vetores do segundo membro da igualdade, vem: (2,2, 2) = (as ~ 2ar + 3a ay 82,2 ~ Aa) Pela condigdo de igualdade de vetores, obteremos o sistema: a, ~ 2ag +3a3 =-2 ap- =2 a,- a3= 2 que tem por solugdo a; = 3, a2 =1 € a3 =-1- Logo: w= 3AB+u-¥ Dados 08 pontos P(1,2,4), Q@,3,2) & R(2,1,-1), determinar a coordenadas de um ponto $ tal que P,Q, R € S sejam vertices de um paralelogramo. 5 Solugéo — stay Se PQRS ¢ 0 paralelogramo da figura, entdo PG =SR e PS=QR. s R Verores no IR? eno R35 Para S(x,y, z), vamos ter na primeira igualdade: Q-P=R-S ou: (1,1, -2)=@-x, 1 -y, -1-2) mas, pela definigdo de igualdade de vetores: 2-x=1 1-y=1 -l-z Essas igualdades implicam ser x= 1, y=0 € 2=1, Logo: S=(1,0,1). Com a utilizagdo da 24 igualdade, o resultado obviamente seria o mesmo. Além desta solugao, existem duas outras que ficam a cargo do leitor. 6) Determinar os valores de_m e n_ para que sejam paralelos os vetores if = (m+1,3,1)e v= (4,2, 2n-1). Solugéo Hel ol es 42° 2n-1 ae = 12 3(2n-1) = 2 2m+2 = 12 on-3= 2 A solucdo do sistema permite dizer que m= 5 e n= 36. 7) Geometria analitica Dar as expresses das coordenadas do ponto médio do segmento de reta de extremidades AQu, yi) © BOs, Ya). Solugdo O ponto médio M €¢ tal que AM = MB ou: M-A=B-M Sendo M (x,y), vem: (x-%1, ¥-¥1) = O@-% Y2-¥) e dai: XX, =X °K y-yi=¥2-¥ portanto: 2x =X, +X 2y=y2 ty logo: Ux tx, 2% + % 2 2 eyty = Mt 28 2) 3 4) 5) 6) 7) 8) 9% 10) 1) 12) 13 Vetores no IR? ¢ no IR? 37 Problemas Propostos Determinar a extremidade do segmento que representa o vetor V =(2,-5), sabendo que sua origem é 0 ponto A(-1, 3). Dados os vetores ¥ = (3,-1) e ¥=(-1,2), determinar o vetor W tal que a4@-v)+4w=2-w 1s 3 a eee b) 3w - QV - U) = 2(4w - 3u) Dados 0s pontos A(-1, 3), BQ, 5) e C(@,-1), calcular OX - AB, OC - BE 3BA -4CB. Dados os vetores U = (3,-4) € ¥=C3,9, verificar se existem mimeros a eb tais que Usav e v=bu. Dados os vetores U = (2,-4), ¥=(-5,1) © w = (12,6), determinar k, e Kk, tal que w=kutky. Dados os pontos A(-1, 3), B(1,0), C(2,-1), determinar D tal que DC = BA. Dados os pontos A(2,-3, 1) € B(4,5,-2), determinar o ponto P tal que AB = BB. Dados os pontos A(-1, 2, 3) e B(4,-2,0), determinar o ponto P tal que AP = 3AB. Determinar o vetor ¥ sabendo que (3,7, 1) + 2v = (6, 10,4)-¥. Encontrar os niimeros a, € a, tais que W=a¥,+a¥2, sendo ¥,=(1,-2,1), V2 =(2,0,-4) e W = 64,-4, 14) Determinar ae b de modo que os vetores u = (4,1,-3) ¢ V=(6,a,b) sejam paralelos. Verificar se so colineares os pontos: a) A(-1,-5,0), BQ2,1,3) e C(-2,-7,-1) b)AQ,1,-1), BG,-1,0) e CU1,0,4) Calcular a e b de modo que scjam colineares os pontos A(3,1,-2), B(I,5,1) & Cfa, b, 7). 38 Geometria analttica 14) Mostrar que os pontos A(4,0,1), B(S,1,3), C(3,2,5) € D(2,1,3) sao vértices de um paralelogramo. 15) Determinar o simétrico do ponto P(3, 1, -2) em relagdo ao ponto A(-1, 0,3). 28.1 ) 3) 5) y 9%) 1) 13) Respostas dos Problemas Propostos (1-2) (4,1), (2,5), (-5,-30) ky=-l ek, =2 PG,1,-4) V=(,1,1) aaw-CE, Ey ow, ty 4 ye8 Haz-d, p= -3 9 D4,4) 8) (14, -10, 6) 10) ay = 2, a, =-3 12) a) sim b) nio 15) (-5,-1, 4) (Rrra CAPITULO 3 PRODUTOS DE VETORES 31 Produto Escalar Chama-se produto escalar (ou produto interno usual) de dois vetores U=xity Yexat + ya} + zak, ese representa por wv, ao némero real uv =X1X2 + Yi¥2 #2122 Oprodutoescalar de w por ¥ também é indicado por ese lé""U escalar ¥”. R-8 se U=31-S}+8K e V=4t , tem-se Wy 3.x 4+(-5) (-2)48 x (-1)=12410-8=14 3.1.1 Problema Resolvido 1) Dados os vetores U=(4,a,-1) e V=(a,2,3) e os pontos A(4,-1,2) e B(3,2,-1), determinar o valor de @ tal que U. (V+ BA)=5. Solugao BA = A-B=(4-3,- -2,2-(-1))=(1, -3, 3) 40___Geometria analitica Substituindo e resolvendo a equagao dada, vem (4, a, -1). (a, 2,3) + (1, -3, 3) = 5 (4,a,-1). (e+ 1, -1,6)=5 A(at 1) + a(-l) -16 4at4-a0-6=5 Ba=5-4+6 3a=7 3.2 Médulo de um Vetor | IV], € 0 némero real ndo negativo Médulo de um vetor ¥=(x,y,2z), Tepresentado por Ivl=J/vev ‘ou, em coordenadas, WWi-Ver- YD ou ese a ee Exemplo Sev Wl=/ Gy +P +02) = 441 4 =V9 =3 2,1, -2), entdo Produtos de vetores___ 41 Observagées a) Versor de um vetor Se 0 versor do vetor ¥ do exemplo for designado por u, tem-se: er ol, eee. => 3 21. -2VGvge- zd 4,14. /9 See- fF b) Distancia entre dois pontos A distancia d entre os pontos A(x1,y1,21) € B(x2, Yo, 2) ¢ assim definida: d=|ABI=|B-Al €, portanto, Oa =)? + yi) + (a2 - 21 3.2.1 Problemas Resolvidos 2) Sabendo que a distancia entre os pontos A(-1,2,3) e B(I,-1,m) é7, calcular m. Solugao AB =B-A=(1-(-1),-1 -2,m-3)=(2,-3,m-3) 1Q,-3,m-3)| =7 JV QF +(3F + (m-3" =7 42 Geometria analitica Elevando ambos os membros ao quadrado e ordenando a equagdo vem: 44+9+m? -6m+9=49 m -6m-27=0 Resolvendo esta equagdo do 29 grau pela conhecida formula -21, obtém-se: na qual a= 1,b=-6 € logo: m=9 ou m=-3, 3) Determinar « para que o vetor v = (@, - +) seja unitério. Solugao Deve-se ter |¥]=1, ou seja, a +eay + =1 Produtos de vetores 43 3.3 Propriedades do Produto Escalar | Para quaisquer que sejam os vetores U=(X1,¥1, 21), V=(Xa, Yar22), W= (Xa, Ya, Za) € mEIR, € fécil verificar que: I) U.U>0 e U.u=0 somente se u=0 =(0,0,0) (imediato) I) U.V=¥.u (comutativa) De fato: ULV = XyXa FY1Y2 + 21Z2 = AX HYVs +7 =V-U I) U.(v¥+w)=u.¥+U. w (distributiva em relagao a adigao de vetores) De fato | UW (v #W)= Xi (Xo + Xa) + Yi (Yo + Ya) + Zi (22 + 25) UW. (v + W)= (xix. + YLY2 + 2122) + Xs + Y1Y3 F 2123) U.@ tweed ver w IV) (mu’).v"= m(u’.v” )= 0. (mV ) (exercicio para o leitor) De fato, de acordo com a definigéo de médulo de um vetor: Judai Elevando ambos os membros ao quadrado, vem: u 3.3.1 Problemas Resolvidos 4) Provarque ju +v|?=|u|?+2u.v+|v(? Solugdo lU+V/P2=@+v).@+tvsu.@tvyty.@+ty) JutVP =u utu.veviutvy lu+¥ P= lui? +20 v4 ly? 44 Geometria analitica Observagao De forma andloga demonstra-se que: Iv -¥/? =| ul? - 20 v4 v? 5) Provarque (U+¥).(@-¥) =u? - [VP Solugéo @+¥).@-V=d.@-v)4+¥.@-¥) @4¥).@ Vad TT Te Ta @+¥).@-¥)= [UP -1FP 3.4 — Angulo de Dois Vetores J4 vimos em 1.7 que o angulo 6 entre dois vetores ndo nulos ue Vv varia de 0° a 180°. Vamos mostrar que 0 produto escalar de dois vetores est relacionado com o angulo por eles formado. Se U #0, V #0 ese 6 €0 angulo dos vetores Ue ¥, entéo: + u.v=fullv| cosé Com efeito: aplicando a lei dos co-senos ao triangulo ABC da Fig. 3.4, temos: c ~ v-¥ v i — >, v Figura 3.4 lw -¥ |? =|8)? + 1¥ [2 - 2101 [¥] cose ) Produtos de vetores 45 Por outro lado, de acordo com as propriedades Il, III ¢ V do produto escalar (ver Problemas 4 ¢ 5, Item 3.3.1): WW-¥P =| + 1¥ PP -2e Q) | Comparando as igualdades (2) e (1): a pt, +t Jul? +|v[?-2u.v=|ul?+]¥[?-2]/u] |v] cosé | cos 6 G41) Conctuséo: O produtoescalar de dois vetores Ue ¥ 6 0 produto dos seus médulos pelo co-seno do Angulo por eles formado. Observacies a) Se U.¥>0, de acordo com a Férmula 3.41, cos@ deve ser um mimero positivo, isto é, cos @ >0, oque implica 0° <8 <90°. Nesse caso, 8 é angulo agudo ou nulo: o a 6 = ¥ b) Se U.¥<0, de acordo com a Férmula3.4-I, cos@ deve ser um mimero negativo, isto 6, cos@ <0, 0 que implica 90° <@<180°. Nesse caso, 9 & angulo obtuso ou raso: ~ * 6 | ¥ eo 46 Geometria analitica 6) Se W.¥=0, de acordo com a Formula 3.4-1, cos@ deve ser igual a zero, isto 6 cos 6 =0, o que implica 6= 90°. Nesse caso, # € Angulo reto: ey <4 3.4.1. Clculo do Angulo de Dois Vetores 44) Esta formula € de larga aplicagao no cdlculo do angulo de dois vetores. 3.4.2 CondigSo de Ortogonalidade de Dois Vetores | De acordo com a observagdo da alinea c) do Item 3.4, podemos afirmar: dois vetores so ortogonais se, € somente se, 0 produto escalar deles € nulo, isto é, se: u.v =0 Exemplo Y=C2,3,-2) 6 ortogonal a V = (-1, 2,4), pois: UV =-2(-1) + 3(2) + (-2)4= 24 6-8=0 a Produtos de vetores 47 3.4.3 Problemas Resolvidos 6) Calcular o angulo entre os vetores U =(1, 1, 4) ev =(-I, 2, 2). | Solugdo cos 0 = BY, 11.4) 2.3 14248 lul {vl Peisa xJf/-+?+? Sx JF 9 cos @ = 32x 3 cos 9 =e 1? V2 T J2V2 2 logo: 0 = are cos CF 45° 7) — Sabendo que o vetor V=(2,1,-1) forma um angulo de 60° com o vetor AB. determinado pelos pontos A(3, 1,-2) e B(4,0,m), calcular m. Solugéo De acordo com a igualdade (3.4-I1), podemos escrever: . - _¥. AB cos 60° = Iv] | ABI mas: AB=B-A=(4-3,0-1, m-(-2))=(1,-1,m+2) 48 Geometria analitica logo: 1 2, 1,-1).(,-1,m 2 S4titi JS ltitm +4mt4 =m-2 V6 Sm? +4mt6 O-O7se= —— 1+ 2m + m? 4° 6(m? + 4m + 6) 6m? + 24m + 36 = 4+ 8m + 4m? 2m? + 16m+32=0 m +8m+16=0 m = -4 (raiz dupla) 8) Determinar os angulos internos ao triangulo ABC, sendo A(3,-3,3), B(2,-1,2) e (1, 0, 2). Solugo Observemos que o angulo A é 0 angulo entre os vetores AB e AC. Logo: c 5 AB. AC __(-1,2,-1).(-2,3,-1) _2+6+1 9 JABI[AC] T4441 /479t] SOS S84 A=arecos ( 2. \= 10°53" 0, 982 Va Produtos devetores___49 Analogamente, BA.BC _ (1,-2,1).(¢1,1,0) _ -1-2 cos B = BA -BC [BAI[BC| T4441 J14140 VO V2 B= arc cos E)-150° (2,-3.1). (,-1,0). 243 —e Varo Vitl Si V2 VB ” C=aecos| 5) = 19°7' JVB Notemos que A+B + C= 180°. 9) Provar que o triangulo de vértices A(2,3,1), B(2,1,-1) € C(2,2,-2) € um tridngulo retangulo, Solugéo A forma mais simples de provar a existéncia de um Angulo reto é mostrar que 0 produto escalar de dois vetores que determinam os lados do tridngulo € nulo. Consideremos os vetores: AB = (0, -2,-2) (Poderfamos também considerar os vetores opostos deles.) Caleulemos: AB .AC = (0, -2,-2).(0,-1,-3) = 0+246 = 840 AB .BC = (0,-2,-2).(0,1,-1) = 0-2+2= 0 Tendo em vista que AB .BC=0, 0 angulo formado pelos vetores AB e BC, de vértice B, é reto. Logo, AABC € reténgulo. 50 Geometria analttica 10) Determinar um vetor ortogonal aos vetores V, =(1,-1, 0) & Vo = (1,0, 1). Solugo Seja B= (x,y,z) 0 vetor procurado. Para que WU seja ortogonal aos vetores Vie vs devemos ter: U.¥, =(@y,2). (1-1, 0)=x-y=0 U4, =Quy.2)- (1,0, =xt2=0 O sistema: x-y=0 x+z=0 6 indeterminado e sua solugdo €: ya z=-x Isto significa que os vetores ortogonais a ¥, € V2 sfo da forma (x, x, -x). Um deles € 0 vetor uy = 1, 1,-1). Observagio Os vetores da base canénica: {7=(,0,0), 7=@1,0, F=(,0,1)} sdo ortogonais entre siz e unitarios: (l= (jl= 11-1 ao i Sl Produtos de vetores 3.5 Angulos Diretores e Co-Senos Diretores de um Vetor Soja o vetor v= xi + yj + 2k. Y¥ sio os angulos a, 8 e y que ¥ forma comos vetores i,j eK, Angulos diretores de respectivamente (Fig. 3.5). Figura 3.5 Co-senos diretores de Vso os co-senos de seus angulos diretores, isto 6, cos, cos e 008 ¥. Para 0 célculo dos co-senos diretores utilizaremos a Formula 3.4-II YT _Gy.).0,0,0)_ x cos a aan rane v vii =p. Ivilil lvl Vj _¢ ¥.2)-(0,1,0) __y Via cos B= IvIljl Geometria analitica 3.5.1 Problemas Resolvidos 11) Calcular os co-senos diretores e os angulos diretores do vetor v = (6, -2, 3). Solugéo [l= JO + ay #3 = 364449 = 49 = 7 cosas fm 0,857 * Iwl=Iki v1 ou a+ ater \vP logo: Portanto, o vetor projecdo de U sobre V (proj. gt =W) é : a.(e- ¥ )z Prchey iwi ivi ou =, (3 z) > (3.6) proj.'=( SS ee 3.6.1 Problemas Resolvidos 15) Determinar o vetor projecdo de Y= (2,3, 4) sobre V = (1, 1,0). Produtos de vetores 57 Solugao Utilizando a formula: pra. te (P25 BCD) (1, -1,0) = (GBH) a0 proj. 5 W= CA)a -1, o=-44, -1,0)= (23-0) 16) Sejam os pontos A(1,2,-1), B(-1,0,-1) e C(2,1,2). Pedese: 4) mostrar que o triangulo ABC ¢ retangulo em A; 4) calcular a medida da projecao do cateto AB sobre a hipotenusa BC; c) determinar o pé da altura do triangulo relativa ao vértice A. Solugio a) Para mostrar que 0 Angulo A é reto basta mostrar que os vetores AB e AC. sao ortogonais, isto é, AB. AC = 0. A x =~ = Como AB =(-2,-2,0) e At 1,-1, 3), temos: AB . AC = (-2, -2, 0). (1,-1,3)=-2+2=0 58 Geometria analitica ») Vamos calcular primeiramente 0 vetor projegao do vetor BK sobre o vetor BC. Pela Férmula 3.6, sabe-se que: i. BC. Bl =| | proj. BC al sendo BA =(2, 2,0) e BC=(3,1,3), vem: pro}. oe -G20- 3.163) (3, 1,3) 242, 3,13) 3 Be ~G.1,3)-G,1,3) 94149 Fo ED 19 'A medida da projegdo do cateto AB sobre a hipotenusa BC ¢ 0 modulo do vetor, ou seja: 8 64 4 |$e.1.3|=301 Sorte = V™ c) Seja H(x, y, 2) 0 pé da altura relativa a0 vértice A. ‘mas: BH = proj. —. BA ae BH =H-B=(x-CD,y-0,2-CI))= (et Ly.2+ 0) proj. BA = Bx G,1,3) ae 19 logo: (et yt D= m4 8 24 19719719 ‘Tendo em vista a definigdo de igualdade de vetores, vem: Produtos devetores___59 Resolvendo o sistema, se obtém: logo: 5 8 5 Cig 75° 19) Observagao Se V éum vetor unitério, a formula (3.6) reduz-se a: proj, i= (VV, pois: VV = Sendo U=(x,y,z), e considerando os vetores particulares 7 =(1,0,0), J =(0, 1,0) e K=(0,0, 1), resulta: sao 3.7 + > Proj. i= ODF yi y= ae , ee proj. i= (U.K) Especificando, os vetores projegdes do vetor w= 31 +4) + 5K sobre os vetores 7,7 eK 31, 4j © SK, respectivamente. Produto Esealar no IR? Todo o estudo feito neste capitulo em relagdo a vetores do IR? é valido também no R?. Considerando os vetores U=(X1,y1) € V =(%2, Ya), temos: b)lul=J/u.u =/xty? ¢) validade das mesmas propriedades do produto escalar >> a) UV =XyX2 +1 Y2 60 Geometria analttica ) se 8 60 Angulo entre u #0 e V #0, entdo wv cos 0 = Lully e) ULY se, € somente se, u.V¥=0; observemos que vetores do tipo (a,b) e (-b,a) so ortogonais, J) se a € B so 0s angulos diretores de u, entdo: xy cosa = © cosp=—e ul Jul 8) costa + cos*6 = } _ fees | A) proj. T=(SS]¥ i ¥ vuv 3.8 Produto Vetorial Dados os vetores U=x, typ +zk ¢ Vax t+ya tak, tomados nesta ordem, S chama-se produto vetorial dos vetores Ue Vv, ese representa por U XV, ao vetor: ave | Ux V = (yiz2 ~21Y2)i = (22 ~ 21%2)) + Oya - Yama) Cada componente deste vetor pode ainda ser expresso na forma de um determinante de 28 ordem: > > ~ i- J+ k (3.8) Uma maneira facil de memorizar esta formula 6 utilizar a notagéo: ijk UxVax yi 2 G81) % Va he Produtos devetores 61 pois 0 29 membro de 3.8 € 0 desenvolvimento deste determinante simbélico segundo os ele- mentos da 1# linha, observada a alterndncia dos sinais que precedem os termos desse 29 membro. Na verdade, o simbolo a direita da igualdade(3.8-1)ndo é um determinante, pois a primeira linha contém vetores ao invés de escalares. No entanto, usaremos esta notagao pela facilidade de memo- rizagdo que ela propicia no célculo do produto vetorial. Observagao O produto vetorial do vetor U pelo vetor V é também indicado por U AY e se lé “TT vetorial ¥”. Exemplo Célculo do produto vetorial dos vetores v= 51 +4} +3K e V=1+k. TT uxv=|5 4 3 101 43 s 3} , |s 4] 5 Uxve i- it k 0 1 1 1 1 0 UxV=4-OFG-3)j +0-4)K uxvedi-3}-4k Se trocarmos a ordem dos vetores, vem: i ¥ 62___ Geometria analitica ou: ¥xd=-41-G-5)3+4-Ok o> + > ee ee ee a Logo, os vetores ux ¥ e@ V XU sio opostos, isto é U x¥=-V xu, 0 que significa que 0 produto vetorial ndo € comutativo. 39 Propriedades do Produto Vetorial Veremos que algumas propriedades do produto vetorial estio intimamente relacionadas com propriedades dos determinantes. Du xv=G qualquer que seja w. De fato, de acordo com a definigdo: ijk + > uxd=]an yi a XY 4 Observagao Resulta desta propriedade que: Produtos de vetores 63 Iuxyv De fato, de acordo com a definigao: <4 Tendo em vista uma propriedade dos determinantes (... trocando-se entre si duas linhas ...): + oe sos uxVve-vxu Observagio Resulta desta propriedade que: v ey I) uxWtwysuxvtux De fato, se ~ 7 ER w) x yn uy Xa +X3 Yat ¥3 22 +25 64 __Geometria analitica De acordo com uma propriedade dos determinantes (... cada elemento de uma linha é uma soma de duas parcelas ...): % Yo % XY oe Portanto’ Se. het Ux@twyeu xv tu xw. IV). (rm) x¥= mu x). De fato: mg emi + my,j + mak, logo: (mil) xV = | mx, my, m2 Ks ap 2 De acordo com uma propriedade dos determinantes (... quando se multiplicam pelo nuime- ro m todos os elementos de uma linha...): Gi)x¥-m |x oy 4 Portanto: (ma) x¥ =m@ *¥)- Produtos devetores 65 Observacéo Do mesmo modo, demonstra-se que: (mi) x ¥ = m@ x ¥)=0 x (mv). V) Wx V¥=Ose,e somente se, um dos vetores € nulo ou se Ue ¥ sio colineares. De fato: 2) Se U énulo, as suas componentes so (0, 0, 0): De acordo com uma propriedade dos determinantes (... uma linha constituida de elementos todos nulos Tx¥-0 ~ + pes b) Senem u nem ¥ so nulos, masse Ue ¥ sio colineares: u=mv ou: ip x VES eel?) = 1143 = maxi + my,j + mz,k, logo: i T a K uxv= [mx my; mz, X2 Ya % De acordo com uma propriedade dos determinantes (... duas linhas que tém seus elementos proporcionais ...): 66__ Geometria analttica Reciprocamente: sew x ¥ determinantes: Me 2 x th ma Ya Tr] s]%e ta] s] Xa Ye 0 todos nulos, Isto. significa que, ow xy = yy, , OU Ka Yas Zr Xa. Yas ta: por conseguinte, ou =G, ou We ¥_ slo colineares, ++ + + VI) U x ¥ ¢ ortogonal simultaneamente aos vetores Ue ¥. Tendo em vista o que dispe o Item 3.4-II do produto escaiar, se T.@ x¥)=¥ 0 XV) =9, uF <¥ €ortogonal simultaneamente aos vetores U eV. Ora, Pe es Yoo @ x1. Bi ui (u Xv)=x, cc ya ay X20 de loge: x oY1 41 U.@ =| a ym | = 0 Ky Ya ta Reon +2, Xr Ya de acordo com a propriedade dos determinantes (... duas linhas iguais...) De form yo x ot Vd xv) =x “yn Y. % x Ma + Xi Va =0, as componentes de u x¥ sf todas nulas, isto é, os sio proporcionais a Produtos de vetores 67 logo: X Ya % V.@xv= lou oy a] =o GY de acorde com a mesma propriedade dos determinantes 34 + + Por conseguinte, u ¥ € ortogonal simultaneamente aos vetores Ue Exempto O produto vetorial dos vetores w= 31 +2) -4K c ¥= 31-37 +R €o vetor: Ovetor u x¥. € ortogonal, simultaneamente, aos vetores ue ¥. De fato: “18-22 + 40=0 (at x V9.0 = -6(3)- 11(2) - 10(-4) (a x ¥).¥ =-6(2)- 11(-2)- 10) = -12 + 22-10=0 VID) Os verores U0 e¢ Wx F tom as direcdes das arestas de um triedro Oxyz direto (s¢ um saca-rothas, girando de um angulo menor do que 7. de Ox para Oy, avangur no sentido positive de Oz, © triedro é direto). Tendo em vista que uxvs “vxu wer oe bina a e que os vetores dx ¥ © ¥ XU Séo simultaneamente ortogonais a ue ¥ (Fig. 3.9-a), 08 velores U,V ¢ UV 4ém as diregdes das arestas de um triedro direta, enquanto as vetores ULY eV lu xv] = Lully] send, logo: ld xv] = Area ABCD. 3.10.1 Problemas Resolvidos 17) Determinar um vetor unitério simultancamente ortogonal aos vetores U = (2, -6, 3) ¥=4,3,1) Solugio _ A propriedade VI do produto vetorial sfirma que o vetor XV, come também o vetor Se ¥ xu, ésimultaneamente ortogonal av © V, Logo, os versores de U XY ede ¥ XU cons tituem a solugio do problema. 77 e dete lp oa ad lay son = mn al 3 if ta at?" fa 43 ou: Ux V=(6-91-Q-1D] ++ We -15 + 10, + 30k 72 Geometriaanclitica istod u xv =(-15, 10, 30) -¥ xu, vem: ‘Tendo em vista que U x ¥ ¥ x w= (LS, -10, -30) Logo, os correspondentes versores si0: uy -15, 10, 30 (15, 10,30) __1 = we. 15, 10,30) = 15,10, 30) 2 (215, 10, 30) = Ju xv 2254 10049 Vf 1225 a5 | yee Observacao Daqui por diante, com © objetivo de proporcionar ao estudante a oportunidade de auto- avaliar seus conhecimentos, ndo sero realizados, durante a solugdo de um problema, os cileulos sobre assuntos jd vistos anteriormente, a ndlo ser em casos especiais. “Assim, por exemplo: 1) O determinante simbolico 7 * 26 3 4301 TF TCR 2-6 3) = (-15,10,30) 43 4 em lugar de ser desenvolvido por uma linha como foi feito no problema anterior (desen- valvimento do determinante pela 14 linha). Freiutos te wetares 73 2) Quanda urn weter for definido pelas coordenadas da origem e daextremidnde, came, por exemple, A(1,-2.1) © B(2.-1,4), escrewnr-st-d ithplesmente AB =0,1,3), em Iugar de: Abe B-A2(2-1,-1-(-2),4-150,1,9). 3) Se se ther um welar a ~(4,-2, L) ¢ um vetor ¥ = (3,6,-4) 0 90 necessitar do vetoy MW -¥, oserover-sé-d sithploAmente way =(1,-8, 5), em lugar de: WV = (A, 92, 1) = (3, BAD A, 2-61 Ode 1, A, 8) 4) Operagdies com Matrizes, edleuto da Detorminantes « resnlugie de Sistemas de Lqagses Lineares, quando intervierem na solugZo de um problema, teuso gomente us respastar, fama ¥e7 que eAKeS ASSIMALGS 86 Constitnem em contedidos de revisin. Enfim, 08 céleatos de assuntos jt abordados ficarso a cargo do catndante, a titulo reftig, Sa a respastas encaninvtas conferirem com as apreseniadas, Gtimo. Entre- tanto, se apds algumas (entalivas ndo bouver eomple(a congordéneia, € sinal de qu de ox provayelniente, asswnlo deve ser revista, . + IR} Tndos os vetores W=(1,2,-8) © ¥= (0,-1.5), calealar a Area do patalelogiante doter- aninado pelos vetores 3 ¥ — Sabugio Sabemos que a drea A & di A= 10) x (10) mis: an = (3.6, -3) 74 Geometria unatteioa a 4 3ux(¥-uj= {3 6 -3] = (15,-9,-3) Hl -3 4 Por conseguinte: A=| (15, -9, -3)| = PIS ¥S149 = 315 = 34/35 va. (unidades de area), 19) Sejam os vetores u =(3,1,-1) © ¥=(a,0,2). Caleular o valor de a para que a drea do paralelogramo determinado por ue ¥ sejaiguala 24/6 Solugéo A dea do paralelogramo é dada por: A=|u xl Desejase que: |i x¥] = 2/6 Produtos de vetores 25 Elevando ao quadrado ambos os membros da igualdade, vem 4+ 36+ lata? +a? = 24 Qa? + 12a+16=0 a + 6a+8=0 Resolvendo esta equagdo do 2° grau, tem-se’ -4 ou a=-2 20) Calcular a drea do triangulo de vértives (1,-2.1), B(2,=1,4) © C(-1,-3,3) Sotucio A Figura 3.10-b mostra que, a partir do triangulo ABC, ¢ possivel construir um paralelo- gramo ABDC, cuja area é @ dobro da direa do triéngulo. Figura 3.100 Considerando o paralelogramo determinado pelos vetores AB e AC, conelui area A do triangulo é& que a | AB x ac Spee %6___ Geometria analttica mas: AB = (11,3) AC = 4-2, -1,2) -_- # 7 fj k ABeat= | 1 1 3) =G-80 2-12 | AB’ x AC|= 57 # (COP 4D = 2546041 = ¥/90 = 34/10 logo: 3.11 Produto Misto a ee ae Si & Dados os vetores Watt yy tak, Vemitya tak ¢ Waxsitysl tak, tomados nesta ordem, chamase produto miso dos vetores u, ¥ e W 20 nimeso real -(¥ W). Indicase o produto misto por (W.¥ Ww). Tendo em vista que: Ya % Ys %s My 2a — * 7 Ba: | X3 23 Xs Ya ¢ levando em consideragdo a definigao de produto escalar de dois vetores, o-valor dz u .(¥ x Ww) € dado por: aren yo 4 Xa 2a (u.¥, WER, “Yh Ys Ky oy Produtos de vetores 7 ou: M oY Gi |e on % Ys ts Exemplo 2 3 5 W,¥.w)= ]-1 3 3] =27 4 3 2 3.12 Propriedades do Produto Misto. D G@,¥,#)=0 se um dos vetores é nulo, se dois deles sa0 colineares, ou se 08 trés sso coplanares. De fato: a) se Ul €nulo as suas componentes so (0,0,00): 5) Senem u,nem ¥ so nulos, masse ue ¥ sfocolineares: uv =my on a = u=mx2i + mys) + mzak, 78 Geomerria anat(tica Jogo hy. my2 mq +) % Ya 4} = 0 Xs Ys % ) Se U,¥ ew sfo coplanares, o vetor ¥ x w, por ser ortogonal aos vetores Ve W, é ortogonal ao vetor u (Fig. 3.12-a). Se Ue ¥ Xx W. stio ortogonais, 0 produto escalar T.@ x9) € aulo. £ facil verificar gue, reciprocamente, & nenhum dos vetores W,¥ ¢ W. € nulo e se dois quaisquer deles nfo sf colineares, o anulamento de (U,¥, w) significa que U,V e W sfo coplanares. “4 &/ Figura 3.12.8 Repetindo: se u,v ¢ w so coplanares, (U,¥, ¥) = 0. Esta propriedade ¢ de fundamental importancia em vérios t6picos a serem estudados. De forma andloga, dizemos que quatro pontes A,B,C ¢ D pertencem a um mesmo plano (Fig, 3.12-b) se os vetores AB, AC ¢ AD forem coplanares, isto ¢, se (AB, AC, AB)=0 Produtos de vetores 9 D Trés vetores ‘Trés vetores nfo ‘coplanares coplanares Figura 3.12-5 II) © produto misto independe da ordem circular dos vetores (Fig, 3.12-¢), isto é: G¥.W)= 0,8, 0) =F, 7,9) v am (altura) ou: V=A, xh mas: Ay=1¥ wl © sendo 8 o Angulo entre os vetores ue vx W, lembrando que © vetor ¥ x W € perpendi- Cular i base, a altura do paraleleprpeda ¢ dada por: b= [UT cos 8] CE necessrio considerar o valor absoluto | cos |, pois 6 pode ser um Angulo obtusa.) Loge, 0 volume do paralelep ‘pedo 6: V=IWIIV » Wi 1 cos 61 Fazendo — *W=a, vem: V= IIa) | e080) a) mas, de acordo com (3,4-1): U.P =(ULai cosa ¢, em conseqiiéncia: 10 at= (C1181 cos 01 ® 84 Geometria anaittica ‘Comparando (1) com (2), vem: vela.al Logo Seth cs ae oy at Vela. xwle i, ¥,9)/ 3.13.1 Volume do Tetraedro ‘Todo paralelepipedo € equivalente a dois prismas triangulares iguais, Como todo prisma Uiiangular equivale a trés pirmides (que no caso so totraedros) de base e altura equivalentes & base @ altura do prisma, 0 volume de cada uma destas pirimides é 1 do volume do paralelepipedo. Sendo A,B, Ce D quatro pontor do espago, ngo situados num mesmo plano, ¢ tes a tés no colineares (Fig. 3.13-b), as arestas do paralelepipedo so determinadas pelos vetores AB, AC © AD e, portanto, o volume do tettaedro ABCD ¢: v=LA8, aC, ADDI Figura 3.13-p 3.13.2 Problemas Resolvidos 24). Dados os vetores U = (x, 5,0), ¥ = G, -2, le we = (1, 1, =I), calenlar 0 valor de x Para que o volume do paralelep(pedodeterminado por U,¥ ¢ Ww seja 24 uy. (unidades de volume). Produtos de vetores BS Solugdo O volume do paralelepipedo ¢ dado por: V=I@,¥, WI £, n0 caso presente, deve-se ter I, ¥, w)|=24 mas: x 5 0 @¥,w=] 3 2 1 |= x+20 1 1 = -l logo: Ix+20]=24, ue, pela definigao de médulo, implica duas hipéteses: x+20=24 ou: -x-20=24 portanto x=4 oux=-44 25) Caleular © volume do tetraedro cujos vértices so: ACL, 2,1), B(7,4,3), C4, 6,2) ¢ D(3, 3, 3). 86___Geomerria analltica Soiugdo O volume do tetraedro é dado por: v=Licad, AC, AD)! mas: AB =(6,2,2) AC = 4,1) AD = (2, 1,2) e: 6 2 2 (AB aGaDy=| 3 4 1 | = 24 2 1 2 Portanto, o volume do tetraedro é: al m= BG Uadur 3.14 Duplo Praduto Vetorial Dados os vetorss U=xi ty} tak, V= sultysft gk e waxltyad tak, chamase duplo produto vetorial dos vetores U,V¥ ¢ Same ty @ ew. Observagéo ‘Tendo em vista que @ produto vetorial ndo é associativo, em geral UxX@xwyFG xv) Rw Produtos devetores 87 3.15 — Decomposiggo do Duplo Produto Vetorial © duplo produte vetorial pode ser decomposto na diferenga de dois vetores com coeficientes escalares: Ux@ + W UxWxwWe| oo +5 wv ww Exempla logo: =3%2-2%(1)-6% ~W=3x%1-2%3-6 45-27, + = +3 eek we | Be vow tx@xw=],, , | = u.v uw 8 -21 Ux (Wx W)=-21¥-8w =-21(21 -j)- 8045) + 4K) Ux @ x w) =-421 + 21} -8i - 24f - 32% =-S08 - 3} -32%. Por outro lado: WU =1%3-3x 2-4 6=-27 Ww V=1x2-3x14+4x0 + + ey #4 Produtos de vetores 5o 90 Geomeiria analitica 3.16 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7 8) 9) 10) wx (@ xv) =-lu + 2" =-(Ht - 3 - 6) + 279 -F) eo oe ee ee a W x(a xV)=-3T + f+ ok + 54 27 = Sit 25 + Comparande ux (¥ x) e wx (a x ¥), verificase que: Ux & x whew x @ x9). Problemas Propostos Dados os vetores u =(1,a,-2a-1),¥=(aa-1,1) e w=(a,-1,1), determinar @ de modo que Pea Pr Dados 08 pontos A(-1,0,2), B(-4,1,1) e C(Q,1,3), determinar a vetor x tal que Determinar o vetor ¥, sabendo que > > 3, 7, D+ 2v =(6, 10, 4)-v. Dados os pontos A(1, 2,3), B(-6,-2,3) e C(1,2,1), determinar o versor do vetor 3BA - 2BC. Verificar se so unitarios os seguintes vetores: U=(,L 1) ¢ ¥ =) tC ee So oe 24) ects urieaes Determinar 0 valor de 2 pata que o vetor ¥ = (n, 2) seje unitério, Seja o vetor ¥ =(m+7)i +(m+2)}+5k. Calcular m para que I¥| = V35. Dados os pontos, A(1,0,-1), B(4,2,1) © C(1,2, 0), determinar o valor de m para que I¥1=7, sondo ¥ =mAC + Dados os pontos AG,m-1,-4) ¢ B(8,2m-1,m), determinar m de modo que | ABI= 35. Caleular 0 perimetro do triingulo de wrtices A(O, 1,2), B(-1,0,-1) ¢ €(2,-1,0). Produtos devetores 91 uD) 12) 13) 14y 15) 16) a) 18) 19) 20) 2) 22) 23) ay 25) 26) Obter um ponto P do eixo das abscissas eqiidistante dos pontos A(2, -3,1)¢ B(-2, 1,-1). Seja 0 tridngulo de wértices A(-1,-2,4), B(-4,-2,0)¢ C(3, -2, 1). Determinar o dngulo interno ao vértice B. Os pontos A, Be C so vértices de um trigngulo eqliilitero cujo lado mede 10cm. Caloular © produto escalar dos vetores AB e AC. Os lados de um m_trifingulo_re retangulo ABC (reto em A} medem $, 12 ¢ 13. Calcular AB. AC+BA BC+. GB Determinar os angulos do tridngulo de wértices A(2, 1,3), B(L,0,-1} ¢ CCI,2, 1). Sabendo que o angulo entre os vetores U=(2,1,-1) ¢ ¥=(1,-1,m+2) € 4, determinar m. Calcular n para que seja de 30° o angulo entre os vetores u =(1, n, 2) € J. Dados os vetores @ =(2,1,a), B=(a+2,-5,2) e ¢=(2a,8,a), determinar o valor de @ para que o-vetor a +b seje ortogonal ao vetor ¢- 2. Determinar o vetor ¥, paralelo a0 vetor u =(1,-1,2), tal que ¥.u =-18, -3eRe1 * ~ Determinar 0 vetor ¥ ortogonal so vetor i =(2,-3,-12) e colinear ao vetor =(-6,4, -2), Determinar © vetor V, colinear ao vetor u=(-4,2,6), tal que ¥.w=-12, sendo WL, 4,2). Provar que os pontos A(5, 1,5), B(4,3,2) e C(-3,-2,1) so wirtices de um tridngulo retingulo, Qual o valor de o para que osvetores @=ai +5} -4ik e b=(a+1)i +2) +4K sejam ortogonais? Verificar se existe angulo eto no tridngulo ABC, sendo A(2, 1,3), B(3,3,5) ¢ C(0,4, 1). Os ngulos diretores de um vetor podem ser de 45°, 60° ¢ 90°? Justificar. Os ngulos diretores de um vetor so 45°, 60° € -y, Determinar 7. i 92 Geometria analttica 27) Determinar o vetar ¥, sabendo que |¥|=5, ¥ é ortogonal a0 eixo Oz, ¥.W=6 ¢ w=} +3k. 28) Sabe-se que [¥|=2,cora=-e cosp= — + . Determinar ¥. 29) Determinar um vetor unitério ortogonal ao vetor ¥ = (2, -1, 1). 30) Determinar um vetor de médulo 5 paralelo ao vetor ¥ =(1,-1, 2). 3) Ovetor ¥ é ortogonal aos vetores ut =(2,-1,3) € 8 =(1,0,~2) ¢ forma angulo agudo com ovetor J. Calcular ¥, sabendo que |¥/=3 fe 32) Determinar 0 vetor, V, ortogonal 89 eixo Oz, que satisfaz as condigdes V.¥,=10 ¢ ¥. Vo =-§, sendo A =(2,3,-De veel, ~1,2). 33) Determinar o vetor projegao do vetor uf =(I, 2,~3) ma diregdo de ¥ =(2, 1, -2). 34) Qual o comprimento do vetor projegdo de 1 =(3, 5,2) sobre o eixo dos x? 35) Seo vetor AB tem co-senos diretores p, qe r e angulos diretores @, ¢ y, quais siio os co-senos ¢ os dngulos diretores de BA? 36) Mostrar que se u ¢¥ sio vetores, tal que U+¥ ¢ ortogonal a Wy, entéo [a1 =(21, 37) Mostrar que, se u ¢ ortogonala VeW, of é também ortogonal a ¥ + w. 38) Calcular © médulo dos vetores 0 +¥ © w-¥, sabendo que |¥|=4, |¥|=3 € 0 Angulo entre wev ¢ de 60°. 39) Sabendo que 1if|=2, 1V|=3 e que if e¥ formam um ingulo de 3 sad, determinar 1@u-¥). Way. 40) Determinar W.V+i W+¥.w, sabendo que d4vew=b, [el-2 [1-3 e > Iwl= V3. 41) © vetor ¥ € ortogonal aos vetores F=(1,2, 10) € B=(1,4,3) e forma fingulo egudo com 0 eixo dos x, Determinar ¥, sabendo que isi, 42) Dados os vetores U = (2, «1, 1), ¥=(1,-1,0) ¢ W=(-1,2,2), calcular: 43) 44) 45) 46) 47) 48) 49) 50) Produtos de vetores 93. awxe b)¥x(w -U) o) @+¥)x@-¥) d) (20) *(3V) OW xt). G xv) AM *y.w CLG XW) BW xVxw oe Ux @ «wy hyn tv). x w) Dados 08 vetores a =(1,2, 1) eb =(2, 1,0), calcular: a) 2a x@+0) 5) @ + 2b) x (@ - 2b) Dados 0s pontos A(2,~1, 2), B(L,2,-1) e C(3,2, 1), determinar o vetor CB x (BC ~2CA). Determinar um vetor simultaneamente ortogonal aos vetores 22 +b e b-a, sendo a =(3,-1,-2) eB =(1,0,-3). Dados 03 wtores @=0,-1,2, B=G,4,-2) ¢ C=(5,1,-4), mostrar que a .(b x cya(a xb).c. Determinar o valor de mt para que o vetor w=(1, 2, m) seja simultaneamente ortogonal gos vetores ¥; =(2,-1,0) © ¥2 =(1, -3,-1). Dados os vetores ¥=(2, 50,-5) € W=(-3a,x,y) determinar x © yp para que vxw=8. Determinar um vetor unitério simultaneamente ottogonal aos vetores ¥; =(1,1,0) ¢ Va =(2,-1, 3), Nas mesmas condigdes, determinar um vetor de médule 5, Mostrar num gréfico um representante de cada um dos seguintes vetores: ayj xo py at x 2 4 Geomeiria analftica a5 se abl | ok ad 51) Sabendo que |al=3, [b]=/2 e 45° € 0 dngulo entre a e b, caleular lax bl. 52) Se [dx ¥]=3 v3, |U1=3 © 60° € 0 angulo entre wc ¥, determina |¥| 53) Dados os vetoes #=(3,4,2) © B=(2, 1,1), obter um vetor de médulo 3 que seja a mesmo tempo ortogonal aos vetores 2a - be a+b. 54) Calcular a érea do paralelogramo definide pelos vetores u =(3;1,2) e€ ¥=(4,-1,0). 55) Mostrar que © quadrilitero cujos vertices so os pontos AI, -2,3), B(4,3,-1), C(5, 7, -3) e D(2, 2, 1) é um paralelogramo e calcular sua érea 36) Calcular a drea do paralelogramo cujos lados sao determinados pelos vetores 20 ¢ -¥, sendo u =(2,-1,0) e ¥ =(1,-3,2). 57) Calcular a drea do triangulo de vértices a) AC-1,0, 2), BC-4, 1, 1) ¢ C@,1,3) b) ALO, 1), BE, 2,1) ¢ C1, 2,0) ce) A(2, 3,-1), B(3, 1, -2) e C(-1, 0, 2) d) A(-1, 2,-2), B(2,3, -1) e C(O, 1,1) 58) Calcular a drea do paralelograme que tem um vértice no ponta A(3, 2, 1) ¢ uma diagonal de extremidades B(1,1,-1) € C(O, 1,2). 59) Caloular x, sabendo que A(x,1,1,), B(I,-1,0) e C(2,1,-1) sio vértices de um tridngulo de drea os 60) Dado o triingulo de vértices A(O,1,-1), B(-2,0,1) e C(1,-2,0), calcular a medida da altura relativa ao lado BC, 61) Determinar Vv tal que ¥ seja ortogonal ao eixo dos ye u=¥ xw, sendo u=(1, 1,1) e w=(2,-1, 1D. 62) Dados os vetores # =(0, 1, -1), FQ, ~2,-2) w=(1,-1,2), determinar 0 vetor xX, paralelo a w, que satisfaz 4 condigdo: x xu =v, 63) . 4) 65) 66) 67 68) 69) 70) mM Produtos de vetores 95 Dados os vetores Ww =(2,1,0) € ¥=(3,-6,9), determinar 0 vetor X que satisfaz a relagifo ¥ = x x. que seja ortogonal a0 vetor w =(I, -2, 3). Demonstrar que a xb =b x¢=e xa, sabendo que a+ htc” =0. Sendo u e ¥ vetoresdo espago, com ¥ #0: Pas a) determinar o iimero real r tal que U -rv seja ortogonal a ¥; b) mostrar que (@+¥) x (= ¥)=2v xu. Demonstrar que 0 segmento cujos extremos sfo os pontos médios de dois lados de um tridngulo é paralelo ao terceiro lado ¢ igual sua metade. Verificar se so coplanares 08 seguintes vetares: a) U=G,-1,2). ¥=(.2,. De w= -2, 3.4) by 0 =(Q,-1,0), V=G, 1,2) © w=(7,-1,2) Verificar se sd0 coplanares 0s pontos: a) A(1, 1, 1), BO-2, -1,-3), C(O, 2, -2) ¢ D(-I, 0, -2) 4) A(1, 0, 2), BC-1,0,3), C(2,4,1) e D(-1,-2, 2) ¢) A(,1,3), BG, 2,4), CI, -1,-1) e DQ, 1,-1) Para que valor de m os pontos A(m,1,2), B(2,-2,-3), C(5, -1, 1) € DG, -2-2) so coplanares? Determinar o valor de k para que os seguintes vetores sejam coplanares, a) 8=(@,-1,8, 1 =(,0,2) ¢ €=(,3.m) v= by =Q,1,0, B=(1,1,-3) © ¢=Kk, 1, -K) 2=Q,k,D, B=(1,2,k) e €=G,0,-3) 472K, Sejam os vetores if =(1,1,0), ¥ =(2,0,1), wf, =30 -2¥, w =U 4 3V © Ws Determinar o volume do-paralelepipedo definido por Wy, Wa € W> 96, 72) 73) 74) 75) Geometria anatitica Caleular 9 valor dem para que volume do paralelepipedo determinado pelos vetores =i0 FV, 60 + mp - 2K © Vy =-4F +i soja igual a 10. Os vetores @ =(2,-1,-3), B=CH,1,4) © C=(m+1,m,-1) determinam um para. lelep {pedo de volume 42. Calcular m. Dados os pontos ACI, -2,3), B42,-1,-4), C(0,2,0) © D(-l, m, 1), determinar o valor de m para que seja de 20 unidades de volume 0 volume do paralelepipedo determinado pelos vetores AB, AC e AB. Caleular 0 volume do tetraedro ABCD, sendo dados: 2) A(1, 0,0), B(, 1,0), C(0,0, 1) e Di, 2,7) 5) ACI, 3,2), BQ, 1,-1), C(-2,0,1) © DG, -2,0), Para este, caleular também a medida da altura tragada do vértice A, 3.16.1 Respostas dos Problemas Propostos ) a 3 7) 8) 9) 10) a=2 11) PCL, 0,0) X¥ =(I7, -13,-15) 12) 45° Ye(i0) 13) 50 14) 169 10 15) Amare cos sa B= arco 245 7 4 ou -5 C= are cos — Va Say ee 16) ms-4 -3 ou -I 1) tVT5 vil + v5) 18) 3 ou -6 19) (-3.3,-6) ¥ =03,-2.1),tEIR (2,-1,-3) BA. BC =0 -3 ou 2 A Nao, cos? 45° + cos? 60° + cos? 90° # 1 60° ou 120° 44, 3,0) ou (-4, 3,0) 1 Um deles € (0, —=, —=) VE VE -P-ge-r n-a,7-Bemn-7 V37 e VI3 Produtos de vetores 39) 264 15/3 4a) -9 41) (12-64) 42) a) (2,2,-1) 4) d-1,-1,0) ©) (-2,-2,2) df) (6, 6, -6) 2)3 fi-le-t g) (4,-1.3) e (1, 4, ~6) Ay a) (-2, 4,-6) 5) (4, -8, 12) 44) (12, -8, -12) 48) x3, 7,10, xR 46) 2.(b <== %b).€ 47) -5 48) x= -15b, y= 5 49) Duas solugdes para cada caso: 1 Or ft 92 a 98 Geometrig anaiftica SI) 3 61) (1,01) $2) 2 6 3 15 ax: $3) (seeps peak 63) xX =(y-9,y,3) > gaa” Jag? 54) V7 65) ajr=~ 55) ¥89 67) a) Nao; b) Sim, 56) 65 68) a) Sim; 6) Nao; c) Sim. SD ay ve 69) m=4 byt 3 yy 70) a)6 ; > ¢) 2 ou -3 oa TI) 44 wy. d2V6 72) 6 ou 4 & 58) 7a B) rou -F 1 59) 3 ous Td) 6 ou 2 335 8 — 7 i 6 oo) Ss) ay 2 4 es CAPITULO 4 A RETA 41 Equacao Vetorial da Reta Seja uma reta que passa pelo ponto Ae tem a direggo de um vetor ndo nulo ¥. Para que um ponto P do espage pertenga a reta r, € necessirio ¢ suficiente que os vetores AP c ¥ sejam colineares (Fig. 4.1), isto ¢; AP = ® ou: P-A=W ap Figura 4.1 De (4.1-1), vem: P=Ativ 100 Geomerria enatition ou. # (x,y. = 04, yi. 2) + a,b, oO), 41D se P(x, 2), AOU, Yi. t1) © V=(a.b, 0) Qualquer uma das equagdes (4,11) e (4.1-11) € denominada equagdo veroriat da reta r, Ovetor ¥= (a,b,c) échamado velor direfor dateta re t édenominade pardmesro. E facil verificar que a cada valor de + corresponde um ponto particular P; quando t varia de ~e a+, 0 ponto P desereve a retar. Exemplo Determinar a equaglo vetorial da reta r que passa pelo ponto A(3,0,-5) ¢ tem a diregdo See cot ee dovetor ¥= 31 + =k. ‘Designando por P(x, ¥, 2) um ponto generico dessa reta, tem-se P=Atw, isto és OG ¥, 2) = (3, 0, -SP+ (2, 2,1) Quando t varia de -° a +o, P descreve a retar. Assim, se t= 2, por exemplo (xy, 2)= (3, 0, -5)+ 20, 2,-1) (x.y, z) =(3, 0, -5) +44, 4, -2) (&¥, 2) = (7.4, -7) O ponte P(7,4,-7) € um ponto da reta 1. . Reciprocamente, a cada ponto Pr corresponde um niimero real 1, Por exemplo, sabe-se ia que o ponto P(7, 4,-7) pertenee a reta Oy. )=G, 0-8) 412.21) ' Joga, ¢ verdadeira a afirmagao 4 (7,4, -7) =(, 0, -5) + t(2, 2, -1), para algum niimero real t. Area tat Dessa igualdade, vern: y 1(2,2,-1) =, 44-7), 0,-5) f 12,2,-D=(4,4,-2) il (2t, 2t, -1) = (4,4, Da definigdo de igualdade de vetores, vern: t=2. | 1; 4.2 Equagdes Paramétricas da Reta Sejam (0.4.3, K) um sistema de coordenadas, Plx,y.2) € A(x. yi.44) um panto genérico © um ponto dado, respectivamente, da rela r,e ¥ = ai by + ck um vetor de mesma diego de 1, Da equagao vetorial da reta r: P=A+ty, | ou! | i (y2)= (us yut) +a boo) ou, ainda: | Gy. 2)= (x) +atey, + bt 2 tet} | vem x=) + at al yaya t bt (4.2) i £ a tet ii BIBLIOTECA UNI-BH i 102 ___ Geometria anatitica As Equagdes (4.2), nas quais a,b ¢ ¢ nfo sio todos nulos (#6), sfo denominadas equapdes paramétricas da reta 1, em s¢lagio 40 sistema de coordenadas fixado. Aretar é 0 conjunto de todos as pontas (x, y,z) determinados pelas equagdes parame tricas quando t varia de +22 a too, Exemplo ‘As equagSes paramétricas da reta 1, que passa pelo ponto A(3,-1, 2) ¢ ¢ paralela ao vetor ¥=(-3,-2, 1), sao t=3, tem-se: isto ¢, 0 ponto (-6, -7, 5) é um ponto da reta r. Observe-se que © ponto A(3, -I, 2) é obtida fazendo t = 0. J4 0 ponto (0, 3, 4) néo pertence a esta reta, pois as equages O=3-31 4=2ee ndo So satisfeitas para o mesmo valor det (1= 1 satisfaz a primeira equaga mas nfo as duas 43 Reta Definida por Dois Pontos ‘A reta definida pelos pontos ACY 421) € B(X2, ¥2, 22) ¢ 2 reta que passa pelo ponto A(ouB) e tem a diregao do vetor v= AB = (xz -%1, Yo ~¥1. 22> 41)- Exemplo Areta rf, determinada pelos pontos A(1, 3) ¢ B(3, 1, -4), tema diregdo do vetor ¥ = AB = (2,3, -1) eas equacies puramétricas x=1¢#2t y=-2t3t =-3-t representam esta reta 1, passando pelo ponto A, com a ditegdo do vetor ¥ = AB; analogamente, as equagées paramétricas 34 Ot sindu representam a mestna reta r, passanda pelo ponto B, coma diregie do vetor ¥ = AB, Observemos que, embora estes sistemas sejam diferentes, eles permitem encontrar todos os pontos da mesma reta, fazende t variar de -07 a +e, Por exemplo, para t= 1, obtemos 0 ponto P,(3, 1,-4) no primeiro sistema e 0 ponto P2(5, 4, -5) no segundo sistema, e ambos so pontos da mesma reta. E facil ver que 0 ponto P, pode ser obtido, no segundo sistema, fazendo ¢=0 ¢ 0 ponto P;, no primeiro sistema, fazendo t= 2. Observagsio > + Assim como o vetor v= (2, 3,-1) é um vetor diretor desta reta, qualquer vetor av, #0, também o ¢ Portanto, apenas para extmplificar, se a=2 © @=-1, as equagdes; x=144t x=1-2t y=-2+6t yo-2-3t ze -3-2t aa-3tt ainda representa, respectivamente, ateta r, 104 Geometria anatitica 4.4 EquagSes Simétricas da Reta ‘Das ¢quagdes paramé tricas (4.2). supondo abc # 0, vem: sts (44) Estas equagdes so denominadas equagdes simétricas ou normais de uma reta que passa Por um ponto A(x;,¥1,2;) € tem a diregdo do vetor ¥ =(a,b, ¢). Exampio AAS equagbes simétricas da reta que passa pelo ponto A(3,0, 5) ¢ tema ditecio do vetor Ven+% -K sto: ‘Observagao Se a reta ¢ determinada pelos pontos AGu,y;,2) € B(Xs,Y2,22), suas equagdes simétricas sfo: x Xz xy Yo-¥ 2-4 (4.441) mM te pois um vetor diretor é: V=AB = (0-1, ¥a-Yi 2-21), com x2-% #0, Yr-y #0 © -m #0. Areta 105 Exemplo As equagées simétricas da reta determinada pelos pontos A(2, 1, -3) ¢ B(4, 0, -2) stio ER oe YL aS 4-2 O-1 -24+3 x-2 243 t= Estas si as equagdes da reta que passa pelo ponto A ¢ tem a diregdo do vetor ¥ — AB. ‘As equagbes xed iy _ at? 20° 71 1 representam a mesma reta pasando pelo ponto Be coma diregio de v = AB. 4.41 Condigfe para que Trés Pontos Estejam am Linha Reta A condigao para que trés pontos As (X1,¥15%i), AzOla, Yar%2) © Malas Yas #3) stefam em linha reta é que os vetores Ay Az ¢ AyAs sejam colineares, isto é: A, A, = mA, Ag, para algum m © IR ou: Xa-% _ Ya-¥i 2 22-21 Ra Xa Yao-¥i By- i Gad): Exempio Os pontos A, (5, 2,~6), Ao(-1,-4,-3) € As (7,4,-7) esto em linha reta. De fato, substituindo as coordenadas dos pontos nas equagGes (4.4.1), tem-se:

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