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Aborto
Aborto
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 2
Dilema ................................................................................................................................................. 3
Os princípios que regem a nossa Ética Médica: .............................................................................. 3
O ABORTO ................................................................................................................................ 4
Aborto ................................................................................................................................................. 4
Aborto Provocado: .......................................................................................................................... 4
Aborto Espontâneo ......................................................................................................................... 4
O ABORTO COMO DILEMA ÉTICO NA PRÁTICA MÉDICA ............................................ 5
O presente trabalho em grupo tem objectivo de apresentar informações sobre o tema Dilemas
Profissionais: Aborto. E Neste tema queremos colocar o nosso enfoque numa situação
específica que se apresenta como dilema eticamente e moralmente complexo:
O Aborto (provocado)
Nele serão encotradas a Lista de conflitos e dilemas profissionais presentes na carreira do
Técnico de Medicina, irmos definir o aborto, vamos analisar o aborto à luz da legislação em
vigor em Moçambique, tambem iremos descrever as causas das controvérsias existentes em
redor do aborto, Identificar os conflitos e dilemas profissionais quanto ao aborto, e descrever
situações em que o Técnico poderá enfrentar este dilema.
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DILEMAS PROFISSIONAIS: ABORTO
Na prática clínica, os clínicos enfrentam diversas situações de carácter ético que, devido à sua
natureza, gerem dúvidas e colocam o clínico perante a difícil tarefa de reconciliar posições
contrárias.
Dado que, pela sua natureza, os fundamentos que constituem um dilema são contrários entre
si, a resolução de um dilema é sempre contraditória, portanto é sempre uma solução que fica
às meias; uma solução que nunca satisfaz completamente.
Quando um clínico encontra-se numa situação em que, desde o ponto de vista ético, não sabe
muito bem que conduta adoptar, o mais importante é ter presente os quatro princípios éticos e
apoiar-se nos colegas:
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O ABORTO
Aborto Espontâneo: dá-se quando acontece a expulsão espontânea do feto consequente das
alterações inerentes ao desenrolar da própria gravidez ou a acidentes, sem interferência
da própria mulher ou de outrem.
Na ética médica a controvérsia à volta do aborto tem o seu enfoque no aborto provocado,
portanto nesta aula quando referimo-nos ao “aborto” referimo-nos ao “aborto
provocado”. O aborto provocado pode também ser referido como “interrupção
voluntária da gravidez".
O aborto apresenta-se como um dilema ético que precisa duma abordagem especial pelas
seguintes razões:
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O ABORTO COMO DILEMA ÉTICO NA PRÁTICA MÉDICA
O aborto é uma preocupação clínica, e o aborto inseguro (de alto risco) é um problema
importante de saúde ao nível mundial.
A Organização Mundial da Saúde, estima que no mundo acontecem cerca de 210 milhões de
gravidezes por ano; das quais, 80 milhões são gravidezes não desejadas. De todas as
gravidezes não desejadas, 42 milhões são abortadas. Dos 42 milhões de abortos, 20 milhões
são abortos de forma insegura (frequentemente auto-induzido de uma forma clandestina ou
realizado por pessoas não qualificadas e em condições de higiene precárias). A maioria destes
casos ocorre em países onde o aborto é proibido e punido pela lei.
Um dos argumentos mais fortes para o fornecimento de serviços de aborto seguro nas
unidades sanitárias é que se estes não existirem, as mulheres continuarão a procurar
abortos clandestinos em condições inseguras (40-60% dos abortos mundiais são
inseguros). O aborto realizado em condições de risco continua a ser uma das principais
causas de mortalidade materna evitável (OMS–Unsafe Abortion, 2004), portanto
proibir não elimina o recurso ao aborto. Quando as mulheres sentem que ele é
necessário fazem-no, mesmo que não seja em segurança. O aborto efectuado por
profissionais de saúde experientes, com equipamento adequado e de acordo com as
normas sanitárias, apresenta poucos riscos (menor risco do que uma gravidez levada a
termo nas melhores circunstâncias, Marston 2003). E sendo assim, devem fornecer-se
serviços de aborto seguros, pelo princípio de beneficência.
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Argumentos contra fornecer serviços de aborto (2 exemplos)
Existem os que argumentam que o ser humano uma vez concebido, tem o direito pleno
à vida; fazer um aborto é um atentado contra a vida humana; um feto é uma "pessoa",
semelhante a nós, com iguais direitos, portanto o aborto é um pecado. É mau e imoral.
Assim não deve fornecer os serviços de aborto, pelo princípio de não maleficência.
Deve-se fornecer assistência a mulheres com aborto em curso (p.ex. provocado por um
tratamento tradicional)?
Nas últimas três décadas, um número cada vez crescente de países tem adoptado leis que
regulam a prática do aborto; deste modo, existem no mundo:
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Orientações legais acerca do aborto em Moçambique:
O aborto vai evitar o nascimento de um bebé que terá graves defeitos físicos ou
mentais.
Em 2005, Moçambique assinou “A Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos
relativa aos Direitos da Mulher em África” e assim passou a ser lei. (BOM 2005, 1ª serie No
49). Nesse documento é especificado que:
“Os Estados que tomaram parte devem tomar medidas apropriadas para:
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O profissional de saúde indivíduo está inserido numa sociedade regida por valores éticos
morais/religiosos, que orientam o seu comportamento em relação aos outros indivíduos
(Motta 1984). Estes valores geram opiniões muito fortes acerca do aborto que podem pesar no
momento de decisão sobre a interrupção voluntária da gravidez. Por isso, o Ministério da
Saúde, como forma de padronizar a atenção clínica prestada ao paciente, exige que todo o
clínico no exercício das suas funções deve:
O profissional de saúde pode referir para outro clínico, se a prática do aborto afecta
os seus princípios morais/religiosos, mas apenas se a situação em causa não é urgente
(por exemplo uma mulher com 8 semanas de gravidez, pode esperar pela observação
de outro clínico).
Nota: se o profissional de saúde é o único clínico na unidade sanitária, ele deve prestar os
cuidados de aborto seguro à mulher.
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CONCLUSÃO
Com base neste trabalho de pesquisa, concluímos que o aborto consiste no término da
gestação entre as 20 e 22 semanas ou com um peso fetal menor de 500 gramas. Expulsão do
feto sem capacidade de sobreviver. A expulsão do feto pode ser espontâneo ou induzido,
dependendo da existência ou não de intervenção humana, e também suas complicações devem
receber a conduta correcta o mais precocemente possível.
O profissional de saúde deve prestar a assistência clínica necessária a toda a mulher grávida
que pretende abortar ou com aborto em curso conforme as normas recomendadas pelo
Ministério da Saúde, independentemente dos princípios morais/religiosos pessoais em relação
a prática do aborto. E o Ministério da Saúde está a implementar um decreto provisório do ano
1985 que autoriza serviços de aborto induzido para gravidezes que tenham uma idade
gestacional até 12 semanas, após um pedido escrito e autorizado pelo Director da unidade
sanitária, em unidades sanitárias seleccionadas (que reúnem as condições necessárias para a
realização de aborto seguro).
Para além disso, o código penal permite aborto nos seguintes contextos:
O aborto vai evitar o nascimento de um bebé que terá graves defeitos físicos ou
mentais.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Acosta S JR. Bioética desde uma perspectiva cubana. La Habana: Editorial Félix Varela;
1997:60-1.
Beauchamp TL, Childress JF. Princípios da ética biomédica (Principles of biomedical ethics).
Cuarta Edición. Nueva York: Oxford Univ Pr; 2004.
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