You are on page 1of 46
f)13 PROPRIEDADES DAS SOLUGOES Nos capitulos 10, 11 e 12, exploramos as propriedades de gases, iquidos sdlido: puro. No entanto, as matérias que encontramos em nosso cotidiano, como reftigerante, ar ¢ vidro, costumam ser misturas. Dessa forma, neste capitulo, vamos analisar as misturas homogénees. Como observamos nos capitulos anteriores, misturas homogéneas so chamalas de solucdes, == (seg0es 1.2 € 4.1) Quando pensamos em solugdes, geralmente imaginamos liquidos, como os da ‘oto na pgina ao lado. No entanto, solugdes também poxlem ser slidas ou gasosas. Por ex:mplo, {4 prata esterlina ¢ uma mistura homogénea com cerca de 7% de cobre em pratae, pertanto, 6 uma solugio s6lida. O ar que respiramos também & uma mistura homogénea de varios sgasca, que fazem dele uma soluglo gasosa, Entrctanto, como solugdes Kquidas ao os mais comuns, neste capftulo vamos concentrar nossa atengao nels, Cada substincia em solugio é um componenie da solugio. Como vimos no Capi- tulo 4, 0 sofvente costuma ser © componente presente em maior quantidade, € tolos os outros siio chamados de solutos, Neste capitulo, comparamos as propriedades fisicas das solugies com as propriedades dos componentes em sua forma pura, Vamos nos coneentrar especialmente em solugdes aquosas, que contém dgua como solvente © um gas, liquid ou solido como soluto. 13.1 | PROCESSO DE DISSOLUGAO Uma solugao éformacda quando wna subsidncia se dispersa uniformemente emoutra A capacidade das substincias de formar solugdes depende de dois fatores: (1) a tendéncia natural das substincias de se misturar se espalhar em volumes maiores, quando iio so restringidas de alguma maneira; ¢ (2) os tipos de interacdo intermolecular envolvios no processo de solugio. TENDENCIA NATURAL PARA A MISTURA. Suponhamos que temos 0 Os(¢) e o Ar(g) separados por uma barreira, conform ilus- trado na Figura 19.1. Se a barreira ¢ removida, os gases si misturados para formar uma solugio. As moléculas experimentam poucas interagdes intermoleculares e comporam-se © QUE VEREMOS 13.1 | Processo de dissolugao Comecaremos con- siderando 0 que acontece em nivel molecular quando luma substancia se dissolve em outra, com foco espe- cial no papel das forcas intermoleculares. Dois aspectos importantes do proceso da solucéo séo a tendéncia natural das particulas de se misturar e suas variagdes concomitantes de energia. 13.2 | Solug6es saturadas e solubilidade Apren- deremos que, quando uma solucdo saturada entra em contato com um soluto insole, as particulas de solu- 10s sollveis e insolivels encontram-se em equilbrio. A quantidade de soluto em uma solucao saturada define a solubilidade do soluto, a proporcéo na qual um de- tetminado soluto se dissolve em determinado solvente. 13.3 | Fatores que afetam a solubilidade Em seguida, consideraremos os principas fatores que afe- tam a solubilidade. A natureza do soluto e do solvente determina os tipos de forca intermolecular entre as particulas de soluto e solvente, influenciando bastante @ solubilidade. A temperatura também afeta a solubil dade: a maioria dos solidos é mais soluvel em agua sob. altas temperaturas, enquanto os gases sd0 menos Sold veis em agua sob altas temperaturas. A sdubilidade dos gases aumenta & medida que a pressao * maior. 13.4 | Expressando a concentragao de uma solu- <0 Examinaremos varias maneiras comuns de expres- sara concentraco, como a fragao molar, acorcentrac30 em quantidade e matéria (molanidade) e a moalidade. 13.5 | Propriedades coligativas Observaremos que algumas propriedades fisicas das solucdas depen- dem apenas da concentracéo, e nao da identidade do soluto. Essas propriedades coligativas incluem a extens8o em que 0 soluto diminui a pressaode vapor, aumenta 0 ponto de ebulicao e diminui 0 ponto de congelamento do solvente. A pressao osmotiia de uma solucéo também € uma propriedade coligatia, 13.6 | Coloides Fecharemos o capitulo invastigando 05 coloides, misturas que no séo solucées verdadeiras € consistem em uma fase semelhante ao scluto (fase dispersa) e ao solvente (meio de disperséo). A fase dis- persa consiste em particulas maiores que os ‘amanhos| moleculares tipicos. ‘UM CORANTE SE DISSOLVE NAAGUA, Os pro- cessos pelos quais as moléculas se misturam ‘com a gua e se espalham por ela sio impor. tantes para muitos eventos, incluirdo a cis solugao de férmacos na corrente sanguinea e para 0 cido de nutrientes no oceans, 560 | QUIMICA: A CIENCIA CENTRAL RESOLVA COM AJUDA DA FIGURA (Que aspecto da teora cnética dos gases indica que os gases se misturam? oe a” \°* ec @ => a) e @ o,f Re ee ‘Figura 19.1. Mistura espontanea de dois gases formando uma mistura homogénea (soluso). como particulas de gs ideal, O resultado & que seu movi- ‘mento molecular faz com que elas se espalhem de modo a ‘ocupar um volume maior, formando uma solugio gasosa. ‘A mistura de gases & um processo esponidneo, isso significa que ela ocorre por si 6, sem qualquer forneci- ao sistema, Quando as molé- aleatéria, hé aumento de uma quantidade termodinémica chamada entropia. Vamos examinar processos espontine- 95 € a entropia com mais profundidade no Capitulo 19. Por enquanto, é suficiente reconhecer que essa mistura leva a aumento na entropia do sistema, Além disso, 0 cequilibrio entre o aumento e a diminuigio de entalpia de um sistema ¢ o que determina se o processo € espontineo. Dessa maneira, a formacdo de solucdes ¢ favorecida pelo ‘aumento da eniropia que acompanha a mistura, Quando moléculas de diferentes tipos se rednem, & istura ocorre espontaneamente, a menos qu as molé- cular sajam impedidar por forgas intermolocutares sufi cientemente fortes ou por barreiras fisicas. Assim, gases se misturam espontaneamente & menos que sejam impe- didos pelos recipientes nos quais esto contidos, uma vez que, nos gases, as forgas intermoleculares nao sao fortes 0 suficiente para restringir as moléculas. No entanto, quan- do 0 solvente ou 0 soluto & um solide ou um liquide, as forgas intermoleculares tomam-se importantes osuficien- te para determinar se uma solugio ser formada ow nao. Por exemplo, embora ligagbes idnicas unam fons s6xio e cloreto no cloreto de sédio sélido - (Segd0 8.2), © sélido € dissolvido em agua por causa da magnitude re- lativa das forgas de atragdo entre os fons e as moléculas de fgua, No entanto, 0 cloreto de sédio ndo se dissolve na zasolina, pois as forgas intermoleculares entre 0s fons € as moléculas de gasolina sio muito fracas. Reflita Na foto de abertura do capitulo, que mostra a dlspersio do corante na égua, a entropia esta aumentando ou diminuindo? EFEITO DAS FORGAS INTERMOLECULARES NA FORMAGAO. DA SOLUGAO Qualquer uma das forcas intermoleculares, ciscuti- das no Capitulo 11, pode atuar entre particulas de soluto e solvente em uma solugdo, Essas forgas sio restmidas na Figura 13.2, Por exemplo, as forgas de dispersio dominam quando uma substancia apolar, a exemplo do Ho. € dissolvida em outra, como 0 CsH). € as Forgas fon-dipolo dominam em solugées de substincias nicas em agua. “Tes tipos de interagées intermoleculares estioenvol- vidos na formagao da solugio: 1. Asinteragbes soluto-soluto entre particulas de solu- to devem ser superadas para dispersar as particilas de soluto no solvente 2. Asinteragies solvente—solvente entre as particilas de solvente devem ser superadas para acomodar a: par ceulas de soluto no solvente As interagdes solvente—soluto entre as partictlas de soluto ¢ solvente ocorrem a medida que as paniculas se misturam, A proporgio na qual uma substincia ¢ capar de se issolver em outra depende das magnitudes reiativas desses tr€s tipos de interagdes. Solugdes sio formadas, quando a magnitude das interagdes solvente-soluo so comparaveis ou superiores as magnitudes das interagdes soluto-soluto e solyente-solvente. Por exemplo, » hep- tanto (CyHjg) € © pentano (CsH,2) se dissolvem am no outro em todas as proporgdes. Para essa discuss demos arbitrariamente chamar o heptano de sohente © 6 pentano de soluto, Ambas as substincias sio apslares, © as magnitudes das interagdes solvente-soluto iforgas de dispersio atrativas) sio compardveis as das intera- {ges soluto-soluto e solvente-solvente, Dessa forma, nfo existem forgas que impegam a mistura, ¢ a tendéncia & ristura (aumento da entropia) faz com que a solucio seja formada espontaneamente CAPITULO 13 PROPRIEDADES DAS SOLUGOES | RESOLVA COM AJUDA DA FIGURA, Por que 0 tomo de oxigénio presente no H,0 aponta em dlregSo Dispersio Dipolo—dipolo ; Acetona Cloroférmio (CHO) (CHC) Hepiano —_Pentano (Hy (CHa) ‘Figura 19.2 Interagéesintermoleculares envolvidas em solucbes. 20 Na* na interagao de fon-dipolo? Ligagio de hidrogénio Be Etanol Agua (HOM) (HO) O NaCI sélido se dissolve facilmente em gua porque as interagdes de atragio solvente-soluto entre as molécu- las de HO polares e os fons sio suficientemente fortes para superar as interagies de atragao soluto-soluto entre 05 fons presentes no NaCis), € as interagdes de atragio solvente-solvente entre as moléculas de Hz. Quando 0 NaCl 6 adicionado a égua (Figura 13.3), as moléculas de égua se orientam na superficie dos cristais de NaCl com a extremidade positiva do dipolo da gua em diego aos fons CI” e a extremidade negativa em direcéo aos fons ' fon-dipolo sio suficientenente for: tes para afastar os fons do s6lido que esto na superficie, superando as interagées soluto-soluto, Para ¢ s6lido se dissolver, algumas interagdes solvente-solvenee também ‘deve ser superadas, abrindo espago para ques fons se “encaixem” entre todas as moléculas de agua. Uma vez separados do solido, os fons Na’ e CI fi ‘cam circundados por moléculas de dgua, Interazbes como RESOLVA COM AJUDA DA FIGURA, De que maneira a orientagio das moléculas de HO em tomo do Na* diferem das em torna do Cr? Interagdes solerte—solta entre rules de eMac! permitem que 0 ico se dsolva. ve %% ge Cristal de NaCl em gua fon Cr hidratado Figura 13.9 Dissolugio do sélido ibnico NaCl em agua. ee 2. « * 93g) fon Nar hidratado 561 562 | QUIMICA: A CIENCIA CENTRAL lessas entre as moléculas de soluto ¢ solvente so conhe- cidas como solvatagao. Quando o solvente & a égua, as interagoes so conhecidas como hidratagio, Reflita Por que o NaCI ndo é dissolvido em solventes apoares, a exem plo do hexano, CoH? ENERGETICA DA FORMAGAO DE UMA SOLUCAO Processos em solugiio sio geratmente acompanhados por variagoes de entalpia. Por exemplo, quando o NaCl se dissolve na dgua, 0 processo & ligeiramente endotér- mico, Aff) = 3,9 ki/mol, Podemos usar a lei de Hess para analisar de que modo as interagdes soluto-soluto, solvente-solvente e soluto-solvente influenciam a ental- pia de solugao. «(Seco 5.6) Podemos imaginar que o processo de solugao tem trés, componentes, sendo cada um com uma variagao de ental- pia associada: um aglomerado de m particulas de solute ue devem se separar umas das outras (Soyo im aglo~ rmerado de m particulas de solvente que devem se separar tumas das outras (Moyen) € & mistura dessas particulas de soluto e solvente (Affi) 1. (soluto) =n soluto Moro 2. (solvente), =m solvente Morven 3.n soluto+m solvente =solugio Anis 4. (soluto), + (Solvent), = solugao Ao. = AH gctuio + AA solvent + AA mis Como pode ser visto, a variagio global de entalpia, Ao. epresenta a soma das trés tapas AH, 03.1) {A separagio das particulas de soluto sempre exige que energia sejaabsorvida para que sejam superadas suas interagdes atrativas. Portanto, © processo ¢ endotérmico (Aff > 0). Da mesma forma, & separagio de moéculas de solvente para acomodar as particulas de solute exige energia (AH ene > 0). O terceiro componente, qu: surge a partir das interagdes de atracao entre as particulas de soluto e as particulas de solvente, é sempre exotérmico (His <9). (Os trés termos de entalpia da Equagio 13.1 podem ser combinados, resultando em uma soma positiva ou negati- via, dependendo dos valores reais para o sistema que esté sendo considerado (Figura 13.4). Assim, a fornagio de uma solugao pode ser exotérmica ou endotérmica. Por texemplo, quando o sulfato de magnésio (MgSO,)€ adicio- nado & agua, 0 processo da solugdo € exotérmico: 4A = 91,2 kmol, Em contraste, a dissolucio de nitwto de am@nia (NHgNOs) € endotérmica: AM = 26,4 b/mol. Exses 1s principais componentes das compresses instantineas quentes¢ frias usadas para tratarlesGesespor- tivas (Figura 13.5), Essas compressas consistem em uma bolsa de dgua e o sal solido isolado da égua — MgSOq(s) ppara compressas quentes ¢ NH,NOs(s) para compressa tias. No momento em que a embalagem & apertads, a dagao que separa o solide da gua ¢ rompida e uma solugao 6 formada, aumentando ou diminuindo a temperaturt. ‘A variagio de entalpia em um processo pode ndicar extensio em que 0 processo ocorte. -- (Segao 5.4) Pro- ceessos exotérmicos tendem a ocorrer espontaneamente. Por outro lado, se © Alfa, € muito endotérmico, o soluto sono + Asotvenie + AH mis RESOLVA COM AJUDA DATIGURA Como a magnitude do Af/m, se compara & magnitude de AHyohane + Affi ata 0s processos de Solucso exotérmicos? ~~ Solvente — Solute separado Solvente separado P53] Solute pene Fl % 0950} separado S0505] | 3 So% og] TF ~ 3 ar s +| a Sohvente ¢} Soluto tu Solvente =| $] sgregado 4} agregdo 8) 5 agregado 4] sled "ll op 12 i : i a é act Processo global exotérmico Processo global endotérmico ‘Figura 15.4 Variagbes de entalpia que acompanham o processo de formacio de uma solugso. ‘Figura 19.5 Compressainstantinea ‘quente de sulfato de magnésio. pode nao se dissolver em uma extensao significativa no solvente escolhido. Assim, para que solugées se formem, a inferagio solvente-soluto deve ser forte 0 suficiente para fazer com que 0 Aig Seia compardvel em magni- tude ao somatério AH + AH otvene: Esse Fato explica por que solutos idnicos nao sio dissolvidos em solventes apolares. As moléculas de solvente apolares experimen- tam somente interagdes atrativas fracas com os fons, € esas interagdes ndo compensam as energias necessarias para separar os fons uns dos outros Seguindo por um raciocinio semelhante, um soluto liquido polar, « exempo da gua, nao € dissolvido em um solvente liquide apolar, como 0 octano (CyH). As mol culas de gua experimentam fortes ligagdes de hidroge- nio umas com as ouiras === (Segdo 11.2) — forgas de CAPITULO 13. PROPRIEDADES DAS SCLUGOES | 563, atrago que devem ser superadas, caso as maéculas de fi ersadus por todo 0 solvente octano. A ia para separar as moléculas de H;0 no 6 recuperada na formaciio das interagées atrativas entre as moléculas de H;0 e CyHis. Reflita Classfique 0s sequintes processos como exotérmices ou endo- térmico: (2) A quebra de interacbes solvente—solvente paraformar par ticulas separadas (b) A formacSo de interacbes soWvente-soluto a patir de parti culas separadas FORMAGAO DE SOLUGAO E REACOES QUIMICAS Ao discutir solugdes, devemos ter 0 cuidade de distin: guir o proceso fisico de formagao da soluglo das reagdes ‘quimicas que levam a uma solugio, Por exempl, 0 nfquel metilico se dissolve em contato com uma solucao aquosa de fcido cloridrico porque a seguinte reagio ocorre: Ni(s) +2 HCI(ag) —> NiCh(aq) + Ha(g) (13.2) Nesse exemplo, um dos solutos resultantes nao ¢ 0 nique! metilico, mas seu sal NiCl. Se a solugso for eva. porada até secar, o NiCly6 H;0(s) é recuperade (Figura, 13,6). Compostos como NiCl2.6 H0(s), com um niime ro definido de moléculas de égua na estrutura cristalina, siio conhecides como hidraios, Por outro lado, quando 0 RESOLVA COM AJUDA DA FIGURA Qual é a massa molar do cloreto de niguel hexa-hidratado, NiCl-6 HpO(s)? Niquel metilico e écido eoridrico Oni cl reage com 0 dcido clon formando o NiClag) ¢ 0H.) ico NiC1,+6 1,063) permanece quando * gsolvente é evaporade A solugio é de NiCly: nao de Nimetalico Figura 19.6 A reagio entee 0 niquel metaicae o Acido cloridrco ndo & uma simples dssolucdo. 0 odio & HCl 6 10), coe dengue) hex-hdratado, com exatarente 6 mols de 6qua de icataio na esrturacrstalina para cada onde riquel 564 | QUIMICA: A CIENCIA CENTRAL NaCls) édissolvido em deua, nao ocorre nenhuma reagio uimica, Se a solugio evapora até secar, o NaCl € recupe- rado. Neste capitulo, nosso foco sio as solugdes a partir das quais 0 soluto pode ser recuperado sem alteragoes. 13.2 | SOLUGOES SATURADAS E SOLUBILIDADE ‘Quando um soluto s6lido comega a se dissolver em um solvente, a concentracéo de particulas de soluto presentes na solugio aumenta, aumentando também as chances de que algumas particulas de soluto colidam com a superfi- Cie do s6lido € sejam recombinadas. Esse processo, que representa 0 oposto do processo de solugao, & chamado de eristalizagio. Assim, dois processos opostos ocorrem em uma soluczio em contato com o soluto nio dissolvido, Essa situaglo € representada na seguinte equacio quimica: Soluto + Solvente “=— Solugio Sune 113.3] Quando a velocidade com que oorrem esses dois processos opostos se iguala, um equilibrio dindmico & estabelecido, ¢ nio hd aumento adicional na quantidade de soluto em solugdo. «== (Segio 4.1) Uma solugao € saturada quando esté em equilibrio com o soluto nao dissolvido. Se for adicionado mais solu- to A uma solugio saturada, ele nao se dissolverd. A quan- tidade de soluto necesséria para formar uma solugd0 sa- turada, em uma dada quantidade de solvente, € conhecida como a solubilidade desse soluto, Ou seja, a solublidade de determinado soluto em determinado solvente é¢ quan- tidade mavima de soluto que pode ser dissolvido en uma dada quantidade de solvente a uma temperatura espect- fica, considerando que ha soluto em excesso. Por exem- plo, a solubilidade do NaCl em Seua a 0 °C € 35." g por 100 mL. de gua, Essa & a quantidade maxima de NaCl que pode ser dissolvida em gua para obter uma luca de equilfbrio estavel a essa temperatura Se dissolvermos menos soluto que a quantidide ne- ssairia para formar uma solugdo saturada, a solugio tor~ na-se insaturada. Assim, uma solugio que contém 10,0 2 de NaCl por 100 mL. de égua a 0 °C ¢ insaturada >orque possui capacidade de dissolver mais soluto. Sob condigies adequadas, € possivel formar sclugdes com maior quantidade de soluto que © necessitio para for ‘mar uma solugio saturada, Tas solugdes sto supersatura- das, Por exemplo, quando uma solugao saturada de wwetato de s6dio & formada a uma temperatura elevada em Se uida, resfriada lentamente todo o soluto pode perranecer dissolvido, mesmo que a sua solubilidade diminua & me- dida que a temperatura cai. Por causa de o soluto en uma soluedo supersaturada estar presente em uma conceatragio mais elevada do que a concentracio de equilforio, selugdes supersaturadas sio instaveis. No entanto, para que acrista- lizagdo ocorra, as particulas de soluto devem se ordenar de maneira apropriada para formar cristais. A adigdo de um pequeno cristal do soluto (cristal semente) fornece um mo- delo para a cristalizagio do soluto em excesso, levando a ‘uma soluglo saturada em contato com 0 s6lido em excesso Figura 13.2), RESOLVA COM AJUDA DA FIGURA Qual & a evidéncia de que a solugo na fotografia da esquerda esta supersaturada? ‘A quantidade de acetato de sédio dissobida € maior do que a sua scolblidade a essa temperatura, fy Bxcesso de actato de sido crstaliza 1a solucio. de s6do accionado & soluglo supersaturada, ‘Figura 19.7 Precipitacao de uma solucio supersaturada de acetato de soo. sono da esque fol farmada mediate a dsoluo de cca de 170 g de salem 100 mi de ua a 100 °C e, em segs, orestiamento leno para 20°C. Como a solubildae da acetato de silo na ua a 20°C ¢ de 46 g por 100 mL de gua, a solic ests supesatiada. A adi de um cistal de aetto de sé fz com que o slut em excess ej rtalzadonaslucéo Reflita 0 que acontece se um soluto ¢ adicionado a uma solucéo saturada? 13.3 | FATORES QUE AFETAM ASOLUBILIDADE ‘A extensio em que uma substincia se dissolve em outra depende da natureza das duas substincias. «= (Se- gio 13.1) Ela também depende da temperatura e, no caso dos gases, da pressio, INTERAGOES SOLUTO-SOLVENTE. A tendéncia natural das substancias de se misturar € as diferentes interagGes entre particulas de soluto € sol- vente estio envolvidas na determinagiio das solubilidades. No entanto, muitas vezes, podemos ter uma nogio das variagdes de solubilidade se nos concentrarmos na inte- ragio entre © soluto e 0 solvente. Os dados da Tabela 13.1 mostra que a solubilidade dos virios gases na égua ceresce com 0 aumento da massa molecular. As forgas de atrago enire as moléculas do gas e solvente slo prineip mente forgas de dispersio, que erescem com 0 aumento do tamanho ¢ da massa molecular. «> (Seg 13.1) (Se~ gio 11.2) Assim, 0s dados indicam que a solubilidade dos ua aumenta & medida que a atragio entre © € 0 solvente (gua) aumenta. Em geral, quan- do outros fatores sio compariveis, quanto mais forte for a atracio entre as moléculas de soluto e solvente, maior serd a solubilidade do soluto nesse solvente. Por conta das atracdes dipolo-dipolo serem favo- riveis entre as moléculas de solvente as moléculas do solu, ligutidos polares tendem a se dissolver em solven: tes polares. A Agua € polar © capaz de formar ligagdes de hidrogénio (Segao 11.2). Assim, moléculas polares, especialmente aquelas que podem formar ligagdes de hi- drogénio com moléculas de gua, tendem a ser sokiveis nesse solvente. Por exemplo, a acetona, uma molécula po- Jar com a fsrmula estrutural mostrada a seguir, mistura -s¢ em todas as proporgdes com a dgua. A acetona tem tuma ligagao C=O fortemente polar, e pares de elétrons ‘Tabela 19.1 Solubilidade de gases na dgua a 20°C, com 1 atm de pressio de gis. Massa molar Solubilidade Gis (gimo) ——_(M) Ny 280 069x107 o, 320 1.38% 107 Ar 399 1,50% 107 kr B88 279107 CAPITULO 13 PROPRIEDADES DAS SOLUGOES | nio ligantes no stomo de O, que pode formar I gagdes de hidrogénio com a gua CH;CCH; Acetona, Liquidos que se misturam em todas as proporgdes, & cexemplo da acetona ¢ da gua, sao misciveis, enquanto aqueles que nio se dissolvem em outro so imiseiveis. A gasolina, uma mistura de hidrocarbonetos, ¢ imisefvel ‘com a gua. Os hidrocarbonetos so substincias apo- lares por causa de virios fatores: as ligagdes C-C sio apolares, as ligagdes C-H sii quase apolares © as mo- Kculas sao simétricas 0 suficiente para anular boa parte 440s dipolos das ligagdes C-H, que sio fracos. A atragio centre as moléculas de gua polares © as moséculas de hidrocarboneto apolares nao ¢ suficientemente forte para permitir a formagio de uma solugao. Liguidor apolares iendem a ser insoliveis em liquides polares, conforme ilustrado na Figura 13.8 para o hexano (CeH,)e a gua, Muitos compostos orgainicos tém grupos polares li gados a uma estrutura apolar de stomos de carsono © ‘drogénio. Por exemplo, a série de compostos orgiinicos, indicada na Tabela 13.2 contém o grupo solar OH. ‘Compostos orgiinicos com essa caracterfstica molecular siio chamados de dlcoois. A ligagdo O-H & capa de for- mar ligagdes de hidrogénio. Por exemplo, mdéculas de ‘etanol (CH3CH;0H) podem formar ligagies de hiro génio com ay mokculas de gua, assim como amas com as outras (Figura 13.9), Como resultado, as interagdes soluto-soluto, solvente-solvente € soluto-solvente iio sio muito diferentes em uma mistura de CH;CH,OH e HO. Nenhuma grande mudanga ocorre nos amtientes das Hexaro Aan ‘Figura 18.8 © hexano 6 imiscivel com a Agua le 6a cada que fea em cma, porque & menos denso que a gua 566 | QUIMICA: A CIENCIA CENTRAL ‘Tabela 13.2 Solubildade de alguns scoois em gua em hexano.* ‘Acool Solubilidade na H,0 Solu ‘CHOW (metano}) oe CHyCH,OH (tana) © co (CHSCH,CHOH (propano) cy ~ Hy CH,CH,CH08 futano on 2 (CHsCH_CHCHCHOH (pentane 0,030 ~ (CHy CH CHC HC HCHO (hexanol 0.0088 co “Express em mol de dlcooV/100 g de solvente #20 °C. 0 simbolo de infinito (2) indica que 0 coo completamente mistsel com o solvent “het tee Ligaglo de hidrogénio entre Ligaglo de hidrogénio duas moléeulas de etanol centre moléculas de etanol Figura 19.9 LigagBes de hidrogénio envolvendo grupos OH. edgua moléculas quando eles sto misturados, Portanto, 0 aumen- to da entropia, quando os components se misturam, de sempenha um papel significative na formago da solugio, socutol mickclconaggua. . 1 + Observe na Tabela 13,2 que 0 ndiero de stomos de UGH, He carbon em um éeoolafeta sua solubilidade em sua HON EL YH A medida que esse mimero aumenta, o grupo OH polar HY beta tomna-se um parte ainda menor da mogul, de modo que rg cla passa a se comportar mais como um hidrocarboneto AA solubilidade do élcool na gua diminui de maneira cor- responslente. Por outro lado, a solubilidade de dlcoois em © cosnean, Gy, que nO possi grupos OH poles, € um solvente apolar, como o hexano (CH). aumenta eaten medida que a cadeia de hidrocarboneto apolar se alonga. ‘Uma forma de aumentar a solubilidade de uma subs- Lancia na égua € aumentar 0 nimero de grupos polares| Grupos OH aumentam a slibidade presentes na substancia, Por exemplo, aumentar © nil- tem dua por causa de sua capacidade de mero de grupos OH em um soluto aumenta a magnitu- formar ligagdes de hidrogénio com H,,O. de da ligagio de hidrogénio entre aquele soluto e a gua, ‘aumentando, consequentemente, a sua solubilidade. A stlicose (CyHi20q. Figura 13,10) tem cinco grupos OH CHLOH fem uma estrutura de seis carbonos, fazendo com que & —\ he molécula seja muito solivel em égua: 830 g dissolvem-se se cem 1,00 L de 4gua a 17,5 °C. O ciclo-hexano (CHa). ‘que, por sua vez, tem estrutura semelhante a da glicose, a ore mas com todos os grupos OH substituidos por H, € es- aa Oa sencialmente insolivel em gua (apenas 55 mg de cielo- a -hexano podem se dissolver em 1,00 L de dgua a 25 °C). Sis de eagto Durante anos de estudo, a anise das diferentes com aimgiaio ages solvente-solutolevou a uma generalzasioimpor- igus 19.10 Covelagie da estratura molecular ee eee ane ‘om sluldade lante: as substdneias com forcas de atragdo intermoleci- fares semethantes tendem a ser soliiveis umas mas outras. Essa generalizagdo &, muitas vezes, indicada simplesmente ECE caNUDYN ‘As vitaminas tim estrucuras quimicastnieas que afetam suas so: Iubilidades em diferentes partes do corpo humano, Por exemplo, as vitaminas C e B so soldiveis em sgua, enguanto as vitaminas, A.D, Ee K sdo soliveis em solventes apolares ¢ no tecido adi- oso (que ¢ apolar. Por causa dessa solubilidade na gua, 2s vituminas B e C nao sio armazenadas em nenhuma quantidade consideravel no corpo, de modo que os alimentos que cont cessas vtaminas deve ser ineluidos na diet dsr. As vitaminas, solliveis em gordura, por sua vez, so aemazenaulas em quaatida des suficientes para prevenir doengas causadas pela deficiéncia de vitamina, mesmo depois que uma pessoa tena consumido uma dietadeficiente em vitaminas durante um longo petfodo, CAPITULO 13 PROPRIEDADES DAS SOLUGOES | VITAMINAS SOLUVEIS EM GORDURA E SOLUVEIS EM AGUA, possivel explicar em termos de suas estruturas por que algu- ‘mas vitaminas so soldveis em égua enquanto outs 10 sao, Observe na Figura 13.11 que. vitamina A (retinol) um éleool com uma cadeia earbénica muito longa, Uma vez ae 0 grupo (OH € uma parte tio pequena da molécula, ela se assmelha aos Aleoois de cadeia longa listados na Tabela 13.2, Esa vitamina € praticamente apolar. Em contrast, a molécula de vitamina C {é menor e tem varios grupos OH que podem formarligagdes de hhidrog@nio com a gua, semelhantemente a glieose Exeretcios relacionados: 13.7, 13.48 Apenas um grupo polar Maior parte da molécula ¢ apolar para interagir com a sgua ‘Muitos grupos polars para interagir com a fgua Vitamina A Figura 19.11 Estruturas moleculares das vitaminas A e Vitamina © Como prever padrées de solubilidade Feestros ob tO AA ILON Ee} Determine se cada uma das seguintes substincias & mais suscetivel a se dissolver no solvente tetracloreto de carbo apolar (CCL) ou na gua: CpHy¢, NayS04. HCLe SOLUGAO Analise Temos dois solventes, um apolar (CC) e outro polar (HO), e deyemos determinar qual sera melhor para cada solutolistado, Planeje Ao examinar as formulas dos solutos, podemos prever se eles io idnicos ou moleculares. Também & possivel saber se ‘0s moleculares so polares ou apolares. Em seguida, podemos aplicar & ideia de que o solvente apolar seria melhor para os solutos apolares, enquanto 0 solvente polar seria melhor para 10s solutos inicos e polares Resolva © CyHlys € um hidrocarboneto; por iss0, ¢ apolar e molecular. O Na;S0g, composto que contém um metal e no metuis, € nico. O HCl, uma molécula diatdmica com dois ilo’ metais com eletronegatividades diferentes, é polar. O Is, ‘uma molécula diatdmica com stomos de mesma eleronegati- vidade, € apolar Portamto,terfamos previsto que 0 C7Hg ¢ © 1, (solutos apolares) seriam mais soliveis no CCl, apolar que ne HO polar, enquanto a égua seria 0 melhor solveate para o NazS0j ¢ 0 HC (solutos idnicos e covalentes polares). 567 568 | QUIMICA: A CIENCIA CENTRAL Paya praticar: exercicio 1 Para praticar: exercicio 2 ‘Qual dos sezuinies solventes dissolveria melhor a cera, uma nistura complexa de compostos que so, em sua maior parte, (CHy-CHy-CHy-CHy-CH? (a) Hexano, 4 é H. Nfs, i] I ee a H (b) Benzeno oO I zo Hyc7 CHy () Acetona a é aw Yer ‘a (4) Tetracloreto de earbono 0, uM (er Acua Disponha as seguintes substncias em ordem crescente 4e so Ibilidade na Sigua: ees Idaaa WULLLL,. Sorry (b) Le Se 1A thal ptt hel tL }ioydd como “semelhante dissolve semnelhante”. Substancias apo- lates s40 mais propensas a ser soldveis em solventes apo- les; solutos inicos e polares sfio mais propensos a ser soltveis em solventes polares. S6lidos de rede, como 0 dia ‘mante 0 quartzo, no sio soliveis em solventes polares, ‘ou apolares, em razio da forte ligagio no interior do sélido. Reflita Suponta que 0s hidragénios dos grupos OH presentes na glico Se (Figura 13.10) fossem substituidos por grupos metila, CHs, Voc® acha que a solublidade em agua da molécula resuitante setia maior, menor ou aproximadamente igual & da glicose? EFEITOS DA PRESSAO A solubilidade de s6lidos e liquidos néio ¢ afetada de ‘modo considerivel pela pressio, enquanto a solubilidade de um gds em qualquer solvente aumenta & medida que a pressdo parcial do gas que se encontra logo acona do solverte aumenta, Podemos entender 0 efeito da fressio sobre a solubilidade do gés considerando a Figura \3.12, que mostra 0 didxido de carbono gasoso distribusdo entre as fases gasosa e de solugio. Quando o equilibrio é esabele- cido, a velocidade com que as moléculas do gas entam na solugio ¢ igual a velocidade com que as moléculas desoluto escapam da solugio ¢ entram na fase gasosa, O nimero igual de setas para cima e para baixo no recipiente da es- querda da Figura 13.12 representa esses process0s opostos. ‘Agora, suponha que exercemos maior presse sobre © pisto © comprimimos © gas logo acima da sclugao, como € mostrado no recipiente do meio da Figura 13.12. Se reduzirmos 0 volume do gés para metade do seu valor inicial, a pressio do gis aumenta em cerca de das ve- es 0 seu valor inicial. Como resultado desse aumento de pressio, a velocidade com que as moléculas de gis atin- do liquido e entram na fase de sol CAPITULO 13. PROPRIEDADES DAS SCLUGOES | 569 RESOLVA COM AJUDA DA FIGURA Se. duplcarmos a prssao parcial de um gas lgo acima de uma solu, que vriagdo ser observada na concentracan do gs na Solucdo apds 0 ecullvio ser restabelecido? A pressio éaumentada, ‘mais CO, se dissolve © equilibrio ¢ resabelecide aumenta, Assim, a solubilidade do gas na solugto aumen- ta até que 0 equilforio seja estabelecido outra vez. Iss0 ‘que a solubilidade aumenta até que a velocidade ‘com que as moléculas de 8 velocidade com que elas escapam da solugio. Assim, solubilidade de um gas em um solvente liguido aumenta proporcionalmente a pressao parcial do gds que esté logo ‘acima da solugdo (Figuea 13.13). ‘A relagdo entre a pressio e a solubilidade do gés & ‘expressa pela lel de Henry, (134) Aqui, 8; 6 solubilidade do gas no solvente (geralmen- te expressa enn concentracdo em quantidade de matéria), Py ¢€u pressio parcial do gis que esté acima da solugdo e k & tuma constante de proporcionalidade, conhecida como cons- tante da lei de Henry. O valor dessa constante depende do soluto, do solvente ¢ da temperatura, Como exemplo, a so- lubilidade do 24s Nona dgua a 25 °C © 0,78 atm de pressio€ 4,75 X10 + M, Portanto, a constante da lei de Henry para 0 Noein dua a 25 °C (4,75 % 10 moV/L/0,78 atm = 6,1 10° mol/L-atm, Duplicando a pressio parcial do No, a ei de Henry prevé que a solubilidade na égua a 25 °C também dduplique para 9.50% 10M. Engarrafadores utilizam 0 efeito da pressio sobre a solubilidade na produgio de bebidas gaseificadas, que si0 ‘engarrafadas sob pressio de didxido de carbono superior aL atm, Quando as garrafas sio abertas, a pressfio parcial de CO; acima da solugio diminui, Assim, a solubilidade do CO> diminui, e 0 COx(2) escapa da solugdo na forma de bolhas (Figura 13.14). RESOLVA COM AJUDA DA FIGURA De que maneia a inclinacao das linhas varia de acardo com & massa molecular do gés? Expique essa tendencia, 1.00) 050) Solubilidade (mM) 0 050) 10 Pressao parcial (atm) Figura 19.19 A soubilidade de um gs na dgus & diretamente proporcional pressio parcial do gis, As Salublidades 0 em rlmal de is po iva de slug, 570 | QUIMICA: A CIENCIA CENTRAL ERCICIO RESOLVIDO 1. CAlculo da lei de Henry Caleule a concentragao de CO em um refrigerante que é engasrafado com um pressio parcial de CO; de 4,0 atm sobre 0 ljuido ‘825 “CA constante da lei de Henry para o CO; em gua a essa temperatura ¢ 3,4 x 10 mol/L-atm, SOLUGAO, ‘Amalise Com base na presso parcial d2 COs, Peo, € na cons tante da lei de Henry, k, devemos calcular a eoncentragio de CO; na solugio, Planeje A partir das informagies fornevidas, podemos usar alei de Henry, a Equacio 13.4, para caleular a solubilidade Sco, Resolva Sco, = kPco, = (yt X 107 mol/L-atm(4,0 atm) 0,14 mol. =0,14 M Confira As unidudes esido corretas para a solubilidade, ¢ a resposta tem dois algarismos significativos, de acordo tanto ‘comm a pressao parcial de COs quanto com o valor da constante de Henry. Para praticar: exercicio 1 ‘Ao duplicar a pressio parcial de um gas que est acima de ‘um Iiquido & temperatura constant, qual dessas afirmagies ¢ verdadeira? (a) A constante da lei de Henry € duplicada, (b) A constante da lei de Henry 6 reduzida pola metade, (€) Hi metade das moléculas de gs no li (4) Hi o dobro das moléculas de gs no liquide. (€) Néohé mudanca no nimero de moléeulas de gas no Para praticar: exercicio 2 Calcule a concentagdo de CO, em wm rerigerante dep que a tampa € abertae a solugio equilibrada a 25 °C sob pressio parcial de CO; de 3,0% 10 atm, Figura 19.14 A solubilidade do gis diminui a medida que a pressdo deste diminu.BoPas de CO» saem daslucio quando a garata ‘ema bebid gaseiicada& abet, porque a pressio paral do CO, aca ta slug redid, EFEITOS DA TEMPERATURA A solubilidade da maior parte dos solutos sélidos em gua aumenta a medida que a temperatura da solu- ¢do aumenta, conforme a Figura 13.18, Porém, hi excegbes & essa regra, como no caso do Cex(SO4)s, ccuja curva de solubilidade inclina-se para baixocom aumento da temperatura. Em contraste com solutos sélidos, a solubilidute de gases na dgua diminui com 0 aumento da temperatura (Figura 13.16), Se um copo de gua fria da torweira € aquecido, é possvel ver bolhas no interior do vidro Jorque ‘um pouco do ar dissolvido sai da solugao, Da mesma forma, as bebidas gaseificadas sic aque- cidas, a solubitidade do CO> diminui e 0 COs(¢) escapa da solugao, Reflita Por que as balhas se formam na parede interna de un rec piente de cozimento quando aqua & aquecida no fogéo, nesmo que a temperatura da agua fique bem abaixo do seu pento de ebuligao? 13.4 | EXPRESSANDO A. CONCENTRACAO DE UMA SOLUCAO A concentragiio de uma solugdo pode ser expressa de modo qualitativo ou quantitative. Os termos dilutdo usados para descrever uma solugio qualitativamente. Diz-se que uma solugdo com concentra- io relativamente pequena de soluto € diluida, e que uma © concentrado RESOLVA COM AJUDA DA FIGURA, Como a solubilidade do KCl a 80 °C pode ser comparada a do NaCl & mesma temperatura? 100 2228 eo Solubilidade (g de sal em 100 g de H,0) Cex$O.)s, ‘0 10 20 30 4 50 60 70 80 90 100 “Temperatura (°C) Figura 19.15 Solubilidade de alguns compostos idnicos em Agua ‘como uma fungio da temperatura. Agu © aye) Assim como a solubilidade do gis aumenta com 0 aumento da pressio, os mergulhadores que respiram ar comprimido (Fi+ gra 13.17) devem estar preacupados com a solubilidade dos, nivel do mat, suas solubilidades podem ser considersveis em maiores profundidades, onde suas presses parciais so mai res, Desse modo, os mergulhadores devem subir lentamente para evitar que os gases dissolvidos sejam liberados rapidamen: te da solugio e formem bothas no sangue ¢ em outros Muidos corporais. Essas bolhas afetam impulsos nervosos ¢ causam & doenga descompressiva, que & uma condigSo dolorosa e poten- cialmente fatal. O nitrogénio € o principal problema, pois & 0 gis! por meio do sistema respiratério. O oxigenio, por outro lado, & consumido pelo metabolism, Mergulhadores de Sguas profundas as veres substituem 0 niteo- igtnio pelo hélio no ur que respiram, uma vez que o helio te ‘uma Solubilidade muito mais baixa em fluidos bioligicos do que © N, Por exemplo, os mergulhadores que estio a uma profundi dade de 100 pés experimentam uma pressio de cerca de 4 atm. A ssa press, uma mistura de 95% de helio e 5% de oxignio dé ais abundante no are somente pode ser removido do corpo CAPITULO 13 PROPRIEDADES DAS SOLUGOES | RESOLVA COM AJUDA DA FIGUBA Onde voc® acha que o No entraria neste grafico? cH, 20 0 See ie +. Solubilidade (mM) 0 Do 0 «30 ‘Temperatura (°C) Figura 19.16 Solubidade de quatro gases na Agua camo uma fungao da temperatura, As slides eso em milimos ot io de solu para ua peso total de 1 atm constatena fase gaps GASES SANGUINEOS E MERGULHO EM PROFUNDIDADE uma pressio parcial de oxigghio de aproximadamente 0,2 atm, ‘que € a pressio pascal de oxi Sea pressio parcial de oxigénio torna-se muito grante, a neces- sidade de seapitar seduriday v CO3 udv € senmvio do corpo € ocorre envenenamento por CO. Em concentragtes excessi vas, 0 didxido de carbono atua como uma neurotoxina no corpo, inerferindo na condugio ¢ na transmissio nervosa. Exercicios relacionados: 13.59, 13.60, 13107 Figura 19.17 A solubildade do gs aumenta com o sumento da pressdo, Os megulhadares que ulzam gases compris ver Se peccupa om aslublidade dos gases no sangue 572 | QUIMICA: A CIENCIA CENTRAL solugdo com uma grande concentragio de soluto € con- centrada. Os quimicos expressam a concentraca0 quan titativamente de virias manei delas a seguir, PERCENTUAL EM MASSA, PPM E PPB Uma das expressdes quantitativas de concentragao ‘ais simples € 0 percentual em massa de um componente em uma solugao, dada por massa do componente em solug! ‘massa total da solugao em massa do componente Wie 0338) Uma solugo de dcido clorfdrico com 36% de HClem ‘massa contém 36 g de HCI para cada 100 g de solugao. Frequentemente, expressamos a concentragio de solugdes muito diluidas em partes por milhao (ppm) 4 partes por bilho (ppb). Essas quantidades sio se- rmelhantes a0 percentual em massa, mas usam 10° (um rilhao) ou 10? (um bilhao), respectivamente, em vez de 100, como um multiplicador para a razdio entre a massa de soluto e a massa de solugio, Desa forma, partes por rilho sio definidas como: massa do componente pom de em solugio componente x 10° 13.6) © massa total de solugio Uma solugio cuja concentragio do soluto é de | ppm contém 1 g de soluto para cada milhdo (10°) de gramas; de solugio ou, de maneira equivatente, | mg de soluto por quilograma de solugdo. Uma ver que a demidade da dgua é 1 g/mL, 1 kg de uma solugio aquosa diluida tem um volume muito préximo de 1 L. Assim, 1 ppm também corresponde @ 1 mg de soluto por litro de so- uo aquosa. As concentracdes miéximas aceitaveis de stbstin- cias téxicas on cancerigenas no ambiente sio, muitas| vyezes, expressas em ppm ou ppb. Por exemplo, nos, Estados Unidos, a concentragao méxima admissvel de arsénio na agua potivel € 0,010 ppm; isto ¢, 0,010 mg, de arsénio por litro de 4gua. Essa concentragio corres- ponde a 10 pph, Reflita Uma solucio de $0, em agua contém 0,00023 q de $0320 ltro de solugao, Qual é a concentracio de $0) em ppm? E em ppb? ERCICIO RESOLVIDO 13. Calculo de concentragées relacionadas 4 massa (a) Uma solugZo ¢ produzida mediante a dissolugio de 13,5 g de glicose (ClHy:0,) em 0,100 kg de dua. Qual ¢ 0 perezntual ‘de massa de soluto nessa solugo? (b) Vi partes por milhio? -ou-se que uma amostra de 2,5 g de diguas subterineas contém 5,4 yg de Zn°*. Qual é a concentragio de Za em SOLUGAA (a) Analise Com base no tnimero de gramas de soluto (13,5 g) ‘eno ndimero de gramas de solvente (0,100 kg = 100 g), deve ‘mos calcular 0 percentual de massa do solute laneje Podemos caleular o percentual de massa utiizando Equagdo 13.5. A massa da solugdo representa a soma da massa. de solute (glicose) ea massa de solvente (gua). Resolva Seem massa __ massa de glicose de glicose ~ jassa de slugio * 10° = EE x 100 = 119% T3Se + 10g * 10> 1 Comentirio O percentual em massa de dgua nessa solugio & (100 = 11,9)% = 88,1%, (b) Analise Nesse caso, temos © niimero de microgramas de soluto, Como I ug 1 10 g, 54 ug = 5.4 x 10" g, Planeje Calculamos as partes por milhio com base na Equa- io 136. Resolva ‘massa de soluto Para praticar: exercicio 1 Caleule © percentual em massa de NaC em uma solugao que contém 1,50 g de NaCl em 50.0 g de égua e indique alter: nativa correta: (a) 0,0291%, (b) 0,0300%, (€) 0,0513%, (a) 2.91%, (€) 3.00%. Para praticar: exercicio 2 ‘Uma solugao de alvejante comercial contém 3,62% de massa de hipoclorto de sédio, NaOCl. Qual éa massa de NaOCl em ‘uma garrafa que contém 2,50 kg de soluo de alvejante? FRAGAO MOLAR, CONCENTRAGAO EM QUANTIDADE DE MATERIA E MOLALIDADE Geralmente, expresses de concentragio so basea- das na quantidade de matéria, em mols de um ou mais, componentes da solugio, Agora, vamos retomar a Seco 10.6, na qual aprendemos que a fragéo molar de um com- Ponente de uma solugdo ¢ determinada do seguinte modo: quantidade de matéria de um dado componente quantidade de matéria total de todos os componentes Fragdo molar = 37) do componente simboto X costuma ser usado para a fragio molar, ‘com um subscrito para indicar o componente de interesse. Por exemplo, a fragio molar de HCI em uma solugio de fcido cloridrico € representada como Xycy. Assim, se uma solucio contém 1,00 mol de HCL (36,5 g) € 8,00 mol de qua (14 g), a fragio molar de HCI é Xie) = (1,00 mol) (1,00 + 8,00 mol) =0,111. Fragdes molares nio tém unidades porque as unidades no numerador e no denominador se cancelam. A soma das fragées molares de todos os componentes de uma solugio deve ser igual a 1. Assim, na solugio aquosa de HCl. Xiigo = 1,000 ~ 0,111 = 0,889, Fragdes molares sio muito titeis ao lidar com gases, como vimos na Seco 10.6, mas ‘tém uso limitado quando se trata de solugdes liquidas. Lembre-se do que foi visto na Segao 4.5: a concen- tragdo em quantidade de matéria (M) de um soluto em uma solugio ¢ definida como: quantidade de Concentragioem —__matéria de soluto ‘quantidade de materia ~ “ros de solugao 3.8) Por exemplo, a0 dissolver 0,500 mol de Na,CO3 em gua suficiente para formar 0,250 L de uma solugio, concentragio em quantidade de matéria do Na;COs na solugio € (0,500 moly(0.250 L) = 2.00 M. Perceba que EXERCICIO RESOLVIDO CAlculo de molalidade CAPITULO 13 PROPRIEDADES DAS SOLUGOES | essa unidade de concentragio ¢ especialmente stil para relacionar 0 volume de uma solugdo & quantidide de so- Ito contida naquele volume, como vimos na discussio sobre ligagdes. «== (Secio 4.6) ‘A molalidade de uma solucio, denotada m, € uma tunidade de concentrago que também se baseit em mols de soluto. A molalidade € igual & quantidade de matéria ‘em mols de soluto por quilograma de solvente: Molalidade — Swamtidade de solito ‘uilogramas de solvente (1! Assim, se vocé formar uma solugio mediant: a mistura ‘de 0,200 mol de NaOH (8,00 g) e 0,500 kg de signa (500 g), a concentragio da solugio € (0,200 mol)i(0.500 kg) (0,400 m (ou seja, 0,400 molal) em NaOH. As definigbes de concentraglo em quantidide de ma- téria e molalidade sio semelhantes o suficiente para que possam ser facilmente confundidas. A concertragio em ‘quantidade de matéria depende do volume dt soluao, fenquanto a molalidade depende da massa de solvent. Quando a agua € 0 solvente, a molalidade e a voncentra- ‘edo em quantidade de matéria de solugdes diluidas sio rnumericamente iguais, porque | kg de solvente & quase ‘0 mesmo que I kg de solugio € 1 kg da solugio tem um volume de cerca de I L. ‘A molalidade de determinada solugao nao varia com a temperatura, porque as massas nao diferem com a tem- peratura. Em contrapartida, a concentraco em quantidade ‘de matéria da solugio se altera de acordo com i tempera {ura, uma vez que o volume da solugio expandeou contrai ‘com a temperatura. Assim, a molalidade & muitis vezes a tunidade de concentragio escolhida quando una solugao vi ser utilizada em diferentes temperatura Reflita Se uma solugéo aquosa for muito diluida, sua moldidade seré quase igual ou menor que a sua concentracéo em quantidade de matéria? ‘Uma solugdo ¢ produzida mediante a dissolugdo de 4,35 g de glicase (Cel1y304) em 25,0 ml. de égua a25 *C. Calculea molali- dade da glicose na solugi, Lembre-se de que a agua tem densidade de 1,00 g/mL. SOLUGAO Analise Devemos calcular a concentragio da solugio em unidades de molalidade, Para fazer isso, precisamos determin a quan tidade de matéria, em mols de soluo (glicose) e o nimero de quilogramas de solvente (gua). Planeje Com base na massa molar da CHO, podemos converter gramas de glicose em mols de glicose. Utilizamos a densidade da dgua para converter mililitros de gua em q yeramas de gua, A molalidade & igual a quantidade de matéria en mols do soluto(glicose) dividida pelo niimero de quilogramas de solvente (gua). 573 574 | QUIMICA: A CIENCIA CENTRAL Resolva Utilize a massa molar da glicose, 180,2 g/mol, para converter gramas em mols mol de Cyl 180.28 de GH Q Mol de CuH¥;20¢ = (4.35 ede cat04i( 0.0241 mol de CeH,205 ‘Como a égua tem densidade de 1,00 g/mL, a massa do solvente é (25.0mL)(1.00 g/mL) = 25.0 ¢ = 0250kg Finalmente, aplicamos a Equacao 13.9 para obter a molatidade: (0.0241 mol de C4Hi:04 Mollie ds C06 = Spee 0 964 m Para praticar: exercicio 1 (©) Permanece igual imagine que voce separou uma solugdo © adicionou mais (@). Aumenta ov diminui,dependendo da massa molar do:olwo, solvene ela, de modo que a massa nical de solvente fos-(€) Nao hi como saber sem que a massa molar do solu seja ‘se duplicada, Voc8 adiciona mais soluto a essa nova solucio, cconhecida, fazendo com que a massa inicial de soluo sea duplcada. O «que acontece com a molaldade da solusdo final comparada & Para praticar: exercicio 2 molalidade inicial? (Qual é« molaidade de wma solugdo produzida mediantea dis- (a) E dplicada solucio de 365 de naftaeno (CyoHs) em 425 g de telveno () Eredurida pela metade (chy? CONVERSAO DE UNIDADES DE CONCENTRAGAO centragio, como mostra o Exereicio resolvide 13:3. Para idade ‘rio saber a densidade da solugo, io resolvido 13.6. converter molalidade em concentragio em q Se voce seguir as técnica de andlise dimensional que de matéria, sera neces aprenden no Capitulo 1, poder converter unidades de con- assim como no Exerc EXERCICIO RESOLVIDO 1 CAlculo da fragao molar e da molalidade Uma solugdo aquosa de dcido cloridrico contém 36% de HCl em massa. (a) Caleule a fragdo molar de HCI na solugio. (by Ca: cule a concentragdo em quantidade de matéria de HCI na solucio. SOLUGAO AnaiseDevemos clear a concenrao do solo HCl em das undades de concentrag relacionadas, com base apetas no peentual em massa do solo na solugto Paneje Ao converter unidades de concentraglo com base na massa ou em mols de solute olventeperentual em ms, kaglo roar e mola), il eonsidera uma eta mass oa de soko, amos supor qe hi exataente 10 gd slug, Una ‘ez que na solugio hi 36% de HCI, ela contém 36g de HCI e (100 36) ¢=68g de H,0. Deveros converter gatas de slato (HCI) em mls paracalelarafagio mola ou 4 mollidae. Tamm &necessi cenver- ter qramas de solvent (0) em mols para calcula as fagdes molates, em gilogramas par calelar a molalidade Resolva (a) Par cleular a fragGo molar do HCI, comvertemos as mess de HCI © H,O em mols. Em squid, aplicanos a qua 137 0,99 mol de HCL 365 g deHCl mol deH; 18g de Mols de HO (64nd 120)( ) = 36mols de HO mols HCL + mols de HCI %ne1= ols dH CAPITULO 13. PROPRIEDADES DAS SCLUGOES | 575 (by Para calcular a molulidade do HCI na solugio, usamos a Equagio 13.9, Calculamos a quantidade de matéria, em mols de HCL ‘no item (a), ¢ massa de solvente & de 64 g = 0,064 ke: 099moldeHCL _ 45, Molaldade do Wem LO 7 Observe que nao ¢ posstvel calcular facilmente a concentragao em quantidade de matéria da solugSo, porque no sibemos © volume de 100 g de solugzo, Para praticar: exercicio 1 Para praticar: exercicio 2 A solubilidade do gés oxigenio na égua a 40°C € 1,0 mmol Uma solugio comercial de alvejante comtém 3,62% Je massa por ltro de solugdo. Qual € essa concentragio em unidades de de NaOCl em égua. Calcul (a) a fragdo molar e (b)a molal frago molar? ‘dade de NaOCI na solucio, (a) 1,00 10° (b) 1,80 10°, (¢) 1,00% 107, (@) 1.80% 10, (€) 5,55 x 10 elepa oe naiene Calculo da concentrag4o em quantidade de matéria com base na densidade da solugéo ‘Uma solu com densidade de 0,876 g/ml. contém 5,0 g de tolueno (Cyt) © 225g de benzeno, Calcule a concenragio em «quanta de matria d slug. SOLUGAO Analse Noso objetivo 6 caleulraconcenrago em quanidae de matéia de uma solugloa par das masss de solo (50 ¢ solvent 225g) eda densiade da solugd (0.876 pL, Paneje A concenragio em quantidade de maria de una solo ¢ a quantdade de matéis em mols do soto divide pelo timer de litos de slug (Equa 13.8). quantiade de matéria em mols do volt (Cyt écaeulada com base ro nimero de gramas de soluoe sua massa mola, O volume da solu € obi com base na mass da solo (massa da slug = massa de soluto + massa de solvente= 50 g +225 = 230g) ena sua denshade Resolva A quamiade de maria, em mols de solu 6 Pesce) SO ede CoH, ) Mols de CyHy = (5,0 de C3Hy)| ‘A densidade da solugdo ¢ usada para converter a massa da solugdo em seu volume: Munda sougso = 2309) (ME agi) = 268m ‘A concentragdo em quantidade de matéra ¢ igual a mols de soluto por lito de solucao: Coeertas ea Besa) (eee eens) oot ‘quantidade de matéria ~ \Titro de solugio/ ~ \263mLde solugio) 1 L de solugdo ' Confira A magnitude da resposta érazodvel, Atredondando 0s mols em 0,05 ¢ os littos em 0.25, obtemos uma concenragdo em aquantidade de materia de (0,05 mol)(0.25 1.) = 0.2 M. ‘As unidades da resposta (moV/L esti corretas, a resposta, 0,21, tem dois algarismos signi ‘mero de algarismes signiicativos na massa do solu (ois. Comentirio Como a massa do solvente (0.225 kg) e o volume da solusio (0,263) so semelhantes em magnituce, a con- centragdo em quantidade de matéria ¢ a molalidade também s8o similares em magnitude: (0,084 mol CyH)/(0.225 ke de solvents) = 0,24 m. ativos, que correspondem ao nt- 576 | QUIMICA: A CIENCIA CENTRAL Para praticar: exercicio 1 Para praticar: exercicio 2 (© xarope de bordo (maple syrup) tem densidade de 1,325 g/mL, «© 100,00 g dele contém 67 mg de cdlcio na forma de fons Ca". Qual é a concentragao em quantidade de matéria do eéleio tno xarope de bordo? (a) 0,017 M, (b) 0,022 M, (©) 0,89 M, (@) 12,6M, (€) 45.4 M. Umma solugio contém massas iguais de glicerol (CHyC3) © 4 ‘gua tem densidade de 1,10 g/mL. Caleule (a) a molalidude do elicerol,(b) a fragao molar do glicerol,e(e) aconcentragio em |quantidade de matéria do glicerol na yolugao, 13.5 | PROPRIEDADES COLIGATIVAS Algumas propriedades fisicas das sotugdes dferem em aspectos importantes daquelas do solvente puro. Por exem plo, a agua pura congela a 0 °C, mas as solugdes aquosas congelam em temperaturas mais baixas. Aplicamos esse Comportamento quando colocamos anticongelantes & base de etilenoglicol no radiador do carro para reduzir © ponto de congelamento da solugio. O soluto adicionado também au- 'menta o ponto de ebuligdo da solugao acima da feua pura, © ue toma possivel que 0 motor funcione a wina temperatura mais elevada ‘A reduigao do ponto de congelamento e 0 aumento do ponto de ebulicio sio propriedades fisicas das solu- cgdes que dependem da quantidade (concentragio), mas no do fipo ou da identidade das particulas de solo. Tais propriedades sao chamadas de propriedades coligativas. (Coligativa significa “que depende do conjunto”, ou seja, igativas dependem do efeito conjunto do riimeto de particulas de soluto.) Além da redugao do ponto de congelamento e do au :mento do ponto de ebuligo, a redugao da pressio de vapor e a reduiio da pressio osmética também sio propriedades co- ligativas. Ao examinarmos cada uma, observe como a con- centragao do soluto afeta quantitativamente a propriedade, REDUGAO DA PRESSAO DE VAPOR Um Ifquido em um recipiente fechado estabelece equilibrio com 0 seu vapor. = (Segdo 11.5) A pressdo @Paniculas de sotvente volieis (cul de soluto nfo volsteis Adiciona-se soluto no volati => Equilforio Redugio da velocidade de vaporizagio por causa da presenga de soluto no voatil, de vapor representa a pressao exercida pelo vapor quan- do ele esti em equilibrio com 0 liquide (isto &, quando a velocidade de vaporizagao se iguala & velocidide de condensag2o). Uma substincia que nao tem uma pressao de vapor mensurdvel & considerada ndo voldiil, enquanto aquela que apresenta pressio de vapor € volati Uma solugio que consiste em um solvente Kquido volatit © um soluto ndo voldtil é formada esportanca- ‘mente em razio do aumento da entropia que acompanha a mistura. Efetivamente, as moléculas de solverte estabilizadas em seu estado liquide por esse pracesso e, portanto, tém uma tendéneia menor de escapar para © estado de vapor. Sendo assim, quando um soluto nao voltil esta presemte, a pressio de vapor do sohente & inferior & pressio de vapor do solvente puro, coxforme a Figura 13.18. dealmente, a pressio de vapor de um solvente voldtil cima de uma solugdo que contém um soluto ndo valdtil proporcional 8 concentracio do solvente na solugio. Essa relagio é expressa quantitativamente pela lei de Raoult, a qual determina que a pressio parcial exercida pele vapor de solvente acima da sOlug20, Projago, € igual a0 produto da fragio molar do solvente, Xoienes Mulkiplicaco pela pressio de vapor do solvente puro, P°ssvent 13.10) Protugio = Xeotvente P°sotvente Por exemplo, a pressio do vapor da égua pura 220°C 6 P°y,0 = 17,5 torr, Imagine manter a temperature cons- tante enquanto a glicose (CgH:0s) € adicionada ? gua, => Equilibrio reestabelecido ‘com menos moléculas na fase gasosa Figura 19.18 Redugde da pressdo de vapor. presenca de partculas de soto nd voller un sohente ido resulta na edu da pres do oper acim doliqido, de modo que as fragives molares na solugio resultante se- Jam Xy,0 = 0.800 © Xeqttys05 = 0.200, De acordo com a Equagio 13.10, a pressao de vapor da gua acima da solucio € 80,0% da pressio de vapor da Sigua pura: Proto = (0,800X17,5 tort)= 14,0 torr A presenga do soluto ndo volitil reduz a pressio de vapor do solvente voldril em 17,5 torr ~ 14,0 torr tom. ‘A redugio da pressio de vapor, AP, é diretamente proporcional a frago molar do soluto, X, sla AP= XsoiuoP? 13.1 Assim, para o exemplo da solugiio de glicose na figua, temos: CAPITULO 13 PROPRIEDADES DAS SOLUGOES | P= Xeqin,205 Pingo = (0.200)(17,5 torr) = 350 torr A redugdo da pressdo de vapor causada pela adi de um soluto ndo voldtil depende da concentragio total de particulas de soluto, independentemente de te tratar de moléculas ou fons. Lembre-se de que a redugio da pres- so de vapor & uma propriedade coligativa, portanto, seu valor para qualquer solugio depende da concentracao de particulas de soluto, ¢ ndo do seu tipo ou idemtitade. Reflita ‘A adicSo de 1 mol de NaC! para 1 kg de Squa reste a pressio de vapor de qua mais do que a adigéo de 1 mol ce CHO Explque OBS nrc Calculo de pressao de vapor de uma solugao A elceina (CyH,0s) 6 um ndo cleo no voldtil com densidade de 126 gL a25 “C. Cacule a pessio de vapors 25 °C de uma slug produzida mediante a adigfo de $00 mL de glicerina a $00.0 ml de dgua. A pressio de vapor de égua pura a25 *C 623.8 torr (Apéndice B), esa densidad, 1,0 gn. SOLUGAO ‘Anais 0 objetivo é aula presto de vapor de uma soluo, sabenoo volume do soluto edo solvents ea densidadedo soluo Planeje Podemos usar ali de Raoult (Equagdo 13.10) par aleular a presio de vapor de uma solugio. fragiomolar do solvent ma solo, Xun 4rzHo entre a quantidade de mara em mols do solvent (HO) ea quaidae de nati total da solugto (mos de CHO, + mols de HO), Reson Para cocoa frago molar de gama soluo, devemos detemina a quand de mata em mls de CHO HO: 12g dCs) (ml C0, Tatas Gu0,) Gates GOD 1.008 de He 1 mol de H,0 Mons, = soon cto oe ‘Mols de Hy = cnn e109 ) = 27800 Agora, usamos lei de Raoult para calculara presso de vapor de gua para a solugo: ‘mol de H,0 2 mol deH;0 + molde CHO, — 278 + 0.684 Kuo 0976 Pao = Xuo Pio = (0,976)(23,8 torr) = 23,2 torr Contra presso de vapor a solo foi redurda para 23,8 tor ~23,2tor=0,6 torrem relago& da gua pura. Aida da pressio de vapor pode ser calculada diretamente a partir da Equagio 13.11 e da fragdo molar do soluto, CsHgO3: AP = Xey3g04P"430™ (0024)238 tor) = 057 tor: Observe que aplicar& Equagdo 13.11 resulta em mais um lgarieno sign fleaivo gus o miner oblid no subtaia press de vapor da solugao da presto de vapc do solvent par Para praticar: exercicio 1 Para praticar: exercicio 2 ‘A pressio de vapor do benzeno, CyH, € 100.0 torr a 26,1 °C Considerando que a lei de Raoult é obedecida, quantos mols de soluto nilo volétil devem ser adicionados « 100,0 mL de ben- zeno para reduzie sua pressio de vapor em 10,0% a 26,1 °C? CConsidere a densidade do benzeno como sendo 0,8765 g/cm’ (a) 0,011237,(b) 0,11237, (€) 0,1248, (A) 0,1282, (€) 8,765, A pressio de vapor da gua pura a 110 °C € 1.070 tort Uma so- Jugto de etilenoglicol e gua tem pressfo de vapor de 1,00 atm 110°C. Considerando que a lei de Raoult & obede: 6 a frag molar de etlenoglicol na solugio? 577

You might also like