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1 INTRODUÇÃO
Tratar de drenagem urbana é abordar sobre o manejo das águas pluviais urbanas, ou
seja, aquele volume de água disposto em meio terrestre e que muitas das vezes está associado
a grandes problemas ao homem. A drenagem urbana surge com o propósito de controle do
fluxo de água, por minimizar o risco de enchentes sendo de grande valia a elaboração de
projetos estruturais adequadas de galerias de escoamento e não-estruturais também, como a
adoção de planos de gerenciamento de resíduos sólidos adequado, contundo, essa realidade
não é evidenciada em muitas cidades, ficando evidenciado o ineficaz sistema que as cidades
dispõem.
Constantemente observa-se que os centros grandes centros urbanos ficam cada vez
mais passíveis a ocorrência de desastres de ordem ambiental, mesmo que com uma crescente
industrialização, aparato tecnológico e consequente urbanização, sendo por isso, o principal
fator que justifica a necessidade de intervenções nos ambientes naturais para que sejam
edificadas estruturas que atendam adequadamente as necessidades da população inserida no
espaço. Porém, identifica-se que a própria urbanização não traz apenas benefícios, sendo ela
própria uma das grandes causadoras de problemas e agravamentos sociais, devido a
modificação dos espaços, identificado pela implantação de calçadas, edifícios, praças
públicas, retirada de áreas verdes, excesso de impermeabilização do solos e vários outros
fatores que fazem com que caraterísticas naturais, tal como a percolação do solo, seja perdida,
e, com isso, seja originado problemas em respostas às mudanças impostas. Tal fato passou a
despertar interesse no aspecto de relação antrópica e alteração da paisagem natural, e, por
isso, agressão ambiental, refletindo por exemplo em elevadas vazões de escoamento
superficial e desordem urbana.
O estudo surge com o objetivo principal de propor melhorias na situação do sistema de
galerias pluviais para drenagem urbana na Avenida Colares Moreira da cidade de São Luís em
função das principais vias de escoamento de tráfego. Tendo em vista esse cenário, torna-se
necessário também analisar o plano diretor da cidade e mecanismos legais que permitam uma
administração eficiente do sistema de drenagem da cidade, constatar os pontos críticos de
alagamento das vias do estudo de caso, verificar os dispositivos de drenagem existentes para a
via e dimensionar um sistema de drenagem que conduza adequadamente as águas pluviais do
local de estudo.
Tendo em vista que avanço tecnológico e crescimento dos centros urbanos,
desencadeiam alterações não só na paisagem, mas também contribui para alterações de cunho
ambiental, com isso, a necessidade de ocupação, muitas das vezes sem planejamento, faz com
que diversos problemas impactem a vida social, fazendo surgir uma grande necessidade dos
poderes públicos a agirem por meio de manutenções corretivas e preventivas, ocasionando
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Aluno Concludente do Curso de Engenharia Civil – Email: contato.samuelmonteiro@gmail.com
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Orientador – Mestre – Email:
inclusive em elevados gastos financeiros.
Muitas das vezes as obras são desenvolvidas apenas com a finalidade de serem um
objeto que irá atender a uma finalidade específica, por exemplo, uma estrada que atende a
fluidez de veículos, contudo, quando pensadas, mesmo que passem por um planejamento,
algumas das vezes alguns pontos não são considerados, pois pensa-se apenas no objeto, mas
não muito na influência que acarretará em determinada região. Assim, não considerando essa
problemática, faz-se surgir problemas não tão esperados, como as enchentes nos centros
urbanos, ocasionados pela péssima estrutura de drenagem urbana e de gerenciamento dos
resíduos sólidos. Diante disso, torna-se necessário compreender não só os aspectos estruturais,
mas também a dinâmica de ocupação e as medidas necessárias para o combate da
problemática, de modo que seja estipulado estratégias a serem seguidas, visando o bem social,
econômico e de meio ambiente.
2 METODOLOGIA
Segundo Vaz (2004) drenagem urbana é todo aquele processo de gerenciamento de água
da chuva que escoa no meio urbano, envolvendo diversas medidas cujo objetivo é minimizar
os riscos que as populações possam passar quando sujeitos a inundações, possibilitando além
do mais um certo grau de desenvolvimento urbano de forma harmônica e sustentável. Com o
passar dos anos, atrelado às consequências geradas pelo crescimento econômico e somados ao
aumento populacional tiveram como consequência uma deficiência nos recursos-hídricos, tal
fato encontra embasamento pela grande frequência e magnitude de inundações no meio
urbano, cuja ação promove uma degradação ambiental.
Ainda segundo Vaz (2004) destaca que a visão acerca da drenagem se mudou do cenário
antigo (base de análise apenas econômica) para o novo, sendo este identificado por se tratar
de uma compreensão integrada do meio ambiente (social, legal, institucional e tecnológica)
com o intuito de resolver as problemáticas com o extinto político.
O Brasil, infelizmente, ainda lida com a fata de tratamento de esgoto, transferência de
inundação na drenagem e falta de controle de resíduos sólidos e atrelado a isso, deve-se
mencionar que a quantidade da água na drenagem pluvial contém uma enorme carga de
poluentes devido as vazões envolvidas (TUCCI, 2008). O limitado poder de disposição de
recursos hídricos em algumas bacias para a realização do uso para atividades básicas para a
população só reforça o fato de que o controle de poluição, concomitantemente, faz parte do
cenário de drenagem, já que este serve como um guia para a dispersão de agentes poluentes
no decorres do percurso hídrico (MARTINS, 2012). É de chamar atenção o fato que devido ao
aumento desenfreado da urbanização, o despejo de efluentes, por exemplo, nos recursos
hídricos acabam por voltar a sua origem (rio) totalmente contaminados, tal fato é de chamar
atenção para a necessidade para a realização de um plano de gerenciamento de drenagem
urbana a fim de minimizar a problemática, pois a consequência é a deterioração dos
mananciais e a redução da quantidade de água da população (VAZ, 2004).
Não se pode tratar em drenagem sem mencionar o fato dos planos diretores. Basicamente,
a gestão de drenagem urbana compreende aspectos relacionados aos 3P: Planejamento,
procedimento e preparo. A priori, o planejamento refere-se a parte mais complicada do
processo. O planejar, refere-se à elaboração dos planos diretores, implantação de sistemas e
projetos. Ressalta-se que os planos diretores devem englobar os aspectos específicos para
drenagem urbana bem como os planos municipais e os projetos integrados, envolvendo
saneamento agregando aos planos existentes (MARTINS, 2012).
A drenagem, por diversas vezes, é vista como inimiga do meio social, bem como a
urbanização é vista como inimiga da sustentabilidade, conforme afirma Vaz (2004, pág. 1):
“A urbanização causa enchentes para a própria urbanização”. Segundo Martins (2012), a
ocupação desordenada das várzeas eliminou as naturais áreas de armazenamento e
escoamento, mostrando que administrar o problema de drenagem consiste em resolver um
problema de alocação de espaço (volume). A limitada disponibilidade hídrica em algumas
bacias para atendimento de todas as demandas humanas também ensina que o controle da
poluição faz parte do problema ‘drenagem’, já que esta é um vetor para a condução e
dispersão de poluentes no meio hídrico.
Ainda na linha de análise, deve-se ter noção dos tipos de poluição. Consideremos cargas
pontuais (levemente controladas) e difusas (geradoras de materiais transportados com
facilidade para os corpos hídricos), devem ser tratadas com atenção, pois se tornam um
grande desafio no que tange a questões de inundações e interrupção de via de tráfego,
portanto é necessário o reconhecimento dos resíduos sólidos como um problema de drenagem
(MARTINS, 2012).
Outro ponto relevante dentro dessa temática é a impermeabilização do solo. Esse
processo é responsável direto pelo tempo de concentração e pelo aumento de escoamento
superficial das bacias em zona urbana. Em estudos realizados de forma inovadora no país,
Campana et al. (1994) constatou que a densidade populacional tem uma forte relação com as
taxas de impermeabilização do terreno, pois foi visto que os resultados tendiam a um teor de
65% a partir de 100 habitantes/hectare, enquanto que considerado a verticalização nas cidades
esse teor aumentava.
A impermeabilização da bacia causada principalmente pela expansão desenfreada dos
espaços urbanos tem provocado a diminuição da capacidade de retenção, armazenamento, de
infiltração, consequentemente tem ocasionado um aumento no escoamento superficial o que
gera uma grande problemática nos grandes centros urbanos que são as inundações. De modo
geral, a ocupação do espaço urbano sem a devida consideração das limitações ambientais da
região, tem ocasionado efeitos diretos no meio ambiente antrópico (RIGHETTO, 2009).
4 PLANEJAMENTO URBANO
Com o passar dos anos o desenvolvimento urbano acelerou, tal efeito ficou evidenciado
principalmente em meados do século XX com a concentração da população nas grandes
cidades, acarretando cada vez mais em espaços reduzidos, produzindo excesso de competição
pelos mesmos recursos naturais (solo e água), destruindo parte da biodiversidade natural. O
pleno desenvolvimento sustentável urbano tem a missão de melhorar a qualidade de vida da
população e a conservação ambiental, ressalta-se ainda que é essencialmente o papel
integrador na medida em que a qualidade de vida somente é possível com um ambiente
conservado que atenda às necessidades da população, garantindo harmonia do homem e da
natureza (MARTINS, 2012).
Segundo Tucci (2008), na esfera do ambiente urbano, deve-se atentar ao conjunto de
ações que o tornaram para tal, nesse contexto, para ter ciência de um bom cenário, devem-se
apontar os principais componentes socioambientais, são estes: planejamento e gestão do uso
do solo, infraestrutura viária, água, energia, comunicação, transporte e gestão socioambiental.
Os espaços urbanos de modo geral, configuram-se como sendo espaços comuns de consumo e
moradia. O desenfrear industrial acarreta cada vez mais em desenvolvimento econômico
gerando uma batalha contra o processo de urbanização. No que tange as áreas urbanas, Tucci
(2008) define que o planejamento urbano é mais direcionado para a cidade formal, enquanto
nos pequenos polos, as cidades informais, o que é mais conveniente é apenas a observação das
tendências de ocupação.
5 RESÍDUOS SÓLIDOS
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999.
RIGHETTO, A. M. Manejo de Águas Pluviais Urbanas. Rio de Janeiro, RJ: ABES, 2009.