You are on page 1of 8
os/12123, 16:32 RBORL - Impressio de Artigos ISSN 1806-9312 oo Brasilea de Otorrinolaringologia Terga, 5 de Dezembro de 2023 Listagem dos arquivos selecionados para impressao: Imprimir: S 2435 - Vol. 66 / Edicao 2 / Periodo: Marco - Abril de 2000 Segio: Artigos Originais Péginas: 129 2 134 Autores): CARACTERIZACAO DO PROFISSIONAL DA Henrique o. Coster, VOZ PARA O LARINGOLOGISTA. ‘André Duprat*, Claudia Eckley***, Marta A. A. e Silva*==* Palavras-chave: voz, avaliaco, profissional Keywords: voice, evaluation, professional Resumo: Introdus0: 0 profissional da voz € entidade conhecida no meio laringolégico; porém, pouco caracterizedo para fins de diagnéstico e tratamento. Objetivo: Procuramos, neste trabalho, estabelecer uma sistematica de caracterizacdo do profissional da voz segundo fatores que interfiram na sua produce vocal. Material e método: Foram estudados 151 profissionais da voz, que foram subdivididos em grupos de nivel 1 a Ill, seguindo os critérios demanda vocal, necessidade de requinte vocal, repercussio da voz sobre suas atividades e dependéncia da mesma. Foram avaliados os achados de prontuatio dos ltimos dois anos com referéncia s quelxas, exame laringolégico, tratamento ¢ orientacdo instituides. Resultados: so houve uma correspondéncia uniforme entre a profissio e a categorizacao de nivel. As principais queixas do grupo de nivel I foram referentes & poténcia 14/19 e sensibilidade 19/19; do nivel 11 foram quanto & qualidade 28/46 e sensibilidade 23/46; e no nivel III, sensibilidade 68/86 e modulacéo 75/86. Os achados laringolégicos mostraram tenso tanto no nivel 1 quanto no nivel II e refluxo gastroesofagiano no nivel IIT. Conclusio: A categorizacéo por nivels pode ser mais fidedigna do que 0 uso apenas da profissSo para determinar o uso € demanca vocais. "s achados foram diferentes em cada nivel, (© que pode indicar uma necessidade de maior estudo dos pacientes por categorias cocais ¢ no por categoria profissional. Abstract: Introduction: Although well known by the otolaryngologist, the professional voice user has lack its caracterization regarding the diagnosis and therapy. Purpose - The aim of this study is to establish a protocol of caracterization of the one who use the voice in 2 professional way, trying to obtain levels of ENT attention. Material and Methods: 151 professional voice users were grouped in levels by demand, finesse, impact, and cependence of the voice. The complains, laryngeal exam, treatment and evolution of patients followed in a private office in the last 2 years were studied. Results: There was no fixed match between profession and category. In the level I the main complains referred to potency 14/19 and sensibility 19/19; in the level II were quality 23/46 and sensibility 28/46; in the level III sensibility 68/85 and modulation 75/86. The laryngeal findings were muscular tension in levels I and II and reflux in level IIL, Conclusion: The categorization by use can be more reliable for medical use than the profession label itself. The findings were different depending on the level. This may indicate the need of more studies in each vocal category besides the profession knowledge itself. INTRODUGAO Apesar da nomeacéo, por parte dos profissionais da sade, do profissional da voz como ume entidade de interesse destacada da populacdo geral no que diz respelto & voz, em poucas oportunidades consequimos identificar na literatura quais so suas particularidades. A primeira dificuldade encontrada tem sido a definicdo deste profissional como grupo uniforme, havendo a necessidade de muitas subclassificacBes para sua compreensio. N&o nos parece correto colocar professores, atores, cantores, lelloeiros, pregadares, locutores, telefonistas © recepcionistas, entre outros, em uma mesma categoria, como premissa para diagnéstico e tratamento de suas dificuldades vocals. ‘Ao mesmo tempo, as habilidades e condicées de cada profissdo tém suas especificidades, assim como as ‘les bjork. orglconteudolacervoiprint_acervo.asp7iG=2495 118 os/12123, 16:32 RBORL - Impressio de Artigos expectativas aspiracdes de cada grupo. Na hora de estabeler uma divisdo em categorias que possa ajuder o otorrinolaringologista na sua atividace assistencial, temos uma dificuldade inicial que & a de determinar quais seriam os fatores a serem levados ‘em conta nesta tarefa, Se tomarmos para anélise apenas os fatores tempo e Intensidade de uso de fala, ndo estaremos contemplande itens importantes na atividade profissional de muitos individuos, como é 0 caso do controle, poténcia © qualidade vocals. Se, por outro lado, levarmos em conta somente 0 uso e qualidades da voz, deixamos sem a devida atengio caracteristicas preponderantes como grau de solicitacgo profissional, nivel de habilitacgo, repercussées © impacto da fala sobre sua atividade. Portanto, devide a estas dificuldade, temos nos deparado com classificacbes que acabam por limitar nosso entendimento do profissional da voz como um grupo de demandas vocais especificas. ‘A nossa visdo sobre 6 assunto procura dar um enfoque funcional para 2 prética de avaliagio destes sujeitost, levando em consideraco todo o universo vocal da pessoa, Com isso, em vez de estabelecer se a pessoa se encaixa em alguma classificagdo por seu titulo profissional, fazemos a categorlzagio por caracteristicas de uso vocal2. Com estes conceitos em mente, procuramos, neste trabalho, obter informagdes que favorecessem a criago de uma categorizacéo do profissional de voz do ponto de vista laringolégico. MATERIAL E METODO Fram estudades 151 pacientes acompanhades em clinica priveda, considerados pelos autores como profissionais da voz, que passaram por atendimento no periodo de janeiro de 1997 a julho de 1999, sendo 98 mulheres © 53 homens, com idade média de 30 anos, com o mais tendo 15 anos e a mais velha 72 QUADRO 1 - Categorias de demand vocal por horas de uso, | Dermanda Leve __Moderada___Severa Uso 6hs [AS profissdes elencadas foram: 31 coralistas,12 cantores da noite, 22 cantores profissionais, nove professores de canto, seis radialistas, trés apresentadores de TV, 19 atores, 33 professores, cinco recepcionistas, quatro politicos; cinco operadores de telemarketing e dois pregadores. Foram revistos os prontudrios de todos os pacientes, sendo observados 0 sexo e a idade, as profissées, as queixas que levaram & procura do médico, o exame do aparelho deglutofonador, a sugesto de tratamento € a evolugdo do caso. Os achados foram relacionados com os diversos niveis profissionals sugerides, que serdo discutidos a seguir. Categorias de uso vocal Para defini-las, estabelecemos quatro fatores a serem observades: demanda, requinte, dependéncia & repercussao. Quanto & demande, observamos 0 tempo e Intensidade do uso da fala, assim como local e condigées de trabalho. Quanto ao requinte, observamos 0 grau de controle e habilitacio necessérios para 0 uso profissional ca fala, canto ou interpretacao. Quanto 8 dependéncia, observamos se a atividade profissional poderia ser limitada pelas dificuldades vocals. Quanto 8 repercussio, observamos o impacto que @ voz poderia trazer nos resultados da atividace ‘les bjork. orglconteudolacervoiprint_acervo.asp7iG=2495 28 os/12123, 16:32 RBORL - Impressio de Artigos profissional. Demanda © tempo de uso vocal foi dividide em leve: moderado e severe, na dependéncia do nimero de horas de uso continuo ou semi-continuo (considerado aqui, aquele sujeito que tinha menos que 30 minutos de repouso vocal entre uma tarefa e outra). Fol chamado de leve aquele que atingia menos de quatro horas por dia; moderade, entre quatro e seis horas; severo aquele que usava a voz por mais de seis horas didrias (Quadro 1). A intensidade vocal também sofreu a mesma divisio, sendo considerada leve a que no excedia a intensidade usada no ato da consulta (cerca de 60 dBs); moderade, aquela que necessitava exceder & intensidade conversacional por periodes curtos (no mais que 15 minutos); e severa, aquela que mantinha a intensidade vocal acima ¢o nivel conversacional de maneira sistemética (Quacro 2). QUADRO 2 - Categorias de intensidade vocal. _—Inlensidade Nivel 60d -36048(1Smin) >6008 QUADRO 3 - Demanda segundo tempo e intensidade de uso vocal Demand [Tempodeuso I evocal * Pelo menos um dos itens deve ser moderado, == se 0 uso vocal for em condiges inapropiadas, a demanda moderada passaré para severa A demanda foi considerada leve quando tempo e intensidade eram leves, moderada quando pelo menos um dos dois itens fol moderado e severa quando pelo menos um dos dois itens fol considerado severo. Quando encontramos qualquer atividade que, quer quanto ao tempo ou intensidade, fosse considerada moderada, mas que fosse executada em condicdes inapropiadas (barulho, sem amplificacgo, sem retorno, ¢ fumaca, entre outros), consideramos que a demanda era severa (Quacro 3). Requinte Observamos se havia necessidade de modificacées refinadas do padrao vocal e/ou de tessiture especifica e/ou de conhecimento de técnica vocal Neste item, estabelecemos @ condic&o de ocorréncia ou no em termos de categorizacéo. Dependéncia Consideramos se 0 sujelto poderia no ter condigdes de trabalho se houvesse ruptura no padrao vocal. Neste Item, estabelecemos @ condicao de ocorréncia ou nao em termos de categorizacdo. Repercusséo Avaliamos 0 impacto positive ou negativo da qualidade da vor nas atividades do sujelto. Consideramos que ele poderia estar presente quanco fosse determinante para o sucesso profissional (por exemplo: locutor de radio ou cantor) ou indiferente (por exemplo: professora primaria) Com estes quatro aspectos em mente, estabelecemos a categoria profissional em nivels: ~ nivel I - demanda leve e/ou repercussdo indiferente, sem dependéncia ou requinte; - nivel II - demanda moderada e/ou dependéncia, com repercussio indiferente e sem requinte; , nivel IlI- demanda severa e/ou dependéncia e/ou requinte e/ou repercussao determinante. RESULTADOS ‘les bjork. orglconteudolacervoiprint_acervo.asp7iG=2495 38 os/12123, 16:32 RBORL - Impressio de Artigos Quanto a distribuige dos profissionais segundo categoria: = 19 do nivel I (oito coralistas, cols pregadores, quatro politicos, cinco recepcionistas); - 46 do nivel II (33 professores, cinco telemarketing, cinco coralistas, dois atores, um apresentador de tv); = 86 do nivel III (18 corelistas,12 cantores da noite, 22 cantores profissionais, 17 atores, nove professores de canto, sels locutores, dois apresentadores de TV). As diversas categorias profissionais mostraram as seguintes caracteristicas quanto & demanda, requinte, dependéncia e repercussao (Tabela 1). Quanto as queixas por categories: Os achados da histéria foram observados em cada uma das categorias de profissionais da voz. Também as queixas foram agrupadas para faciitar seu manuseio. {As principais queixas encontradas foram relativas & fraqueza da voz, rouquido, dor ao falar, pigarro, ar na voz, cansaco vocal e perda de agudos. Agrupamos estas queixas em: relativas & poténcie (perda de intensidade, projecdo ou estabilidade de emisséo), relativas @ qualidade (rouquidio, saltos de oltava ou quebras de sonoricade), relativas & sensibilidade (dor, ardor, quelmagio, ressecamento ou umidade), relativas 8 modulagéo (perda de tessitura, perda de controle de pitch ou loudness). [Nos profissionais de nivel 1, encontramos as seguintes queixas: 14 relatives & poténcia, 9 relativas & qualidade, 19 relatives & sensibilidade & 6 relativas & modulagéo. {As alternativas sombreadas representam 68% das quelxas, Nos profissionais de nivel Il, encontramos as seguintes queixas: 0 relativamente & poténcia, 28 relativas & qualidade, 23 relativas 4 sensibilidade, 5 relativas & modulagio. TABELA 1 - Distribuicdo das caracteristicas demanda, repercusso, requinte © dependéncia por categoria profissional. ‘les bjork. orglconteudolacervoiprint_acervo.asp7iG=2495 os/12123, 16:32 RBORL - Impressio de Artigos TABELA 2 - Distribuicéo das queixas vocais por categoria. Cateporia ‘Nivel Nivel 0 28 23 5 TABELA 3 - Distribuicdo dos achados no exame fisico por categoria, Categoria “Ache. Nivel! Nivol Nive TMC 16% 28 14% 5 RPT 18.-21R 715% he an 4 0% 19 7% Ot 12% AAP 13-20% «15 1D AAT 2 ce 2 Of 7 FIMP 4 6% 18% 10% FF o 0 4 2 Hpowmia 2 3% 18 10% 10 4% Edema 4% 1ST 10% Nolo «2 kT Polp 1 1k 8TH Bolsa 0 2 1% 105% AGE 812% 2 18% 68 24% Total 65 261 ‘TMF = tense muscular cervical; RPT assincrone precoce; AAT respiracdo predominante; AR = articulaglo restrita; AAP = ataque staque assincrono tardio; FTMP = fenda triangular médio-posterior; RGF refluxo gastroesofagofaringeano. {As alternativas sombreadas representam 95% das quelxas. Nos profissionais de nivel IIL, encontramos as seguintes queixas 8 relativas & poténcia, 23 relativas & qualidade. 68 relativas & sensibilidade 75 relativas @ modulacio. {As alternativas sombreadas representam 68% das quelxas, A totalizagdo das observagbes quanto as queixas nas trés categorias esté disposta na Tabela 2. A média de queixas por grupo foi de 2,5 no nivel 4; 1,2, no nivel Il; ¢ 2, no nivel IIL. (Os achados de exame fisico estdo apresentados na Tabela 3. ‘A média de achados por profissional em cada grupo fol de 3,4 no nivel I; 4, no nivel II; e 3, no nivel IIL Quanto & distribuigo de tratamento/ orlentacdo. Dividimos esta categoria em orlentagao quanto a aspectos especficos da produco vocal (OPV), orlentacéo de higiene vocal (OHV), fonoterapia (FT), tratamento medicamentos (TM) e tratamento cirurgico (TC). © arupo de nivel I recebeu TM em 10/53 % oportunidades; TC, em 1/5%; OPV, em 9/47%; OHV, em 19/100%; e FT, em 15/79%. O grupo de nivel II recebeu TM, em 36/64% oportunidades; TC, em 7/13%; OPV, em 9/16 %; OHV, em 46/ 82%; e FT, em 38/68%, O grupo de nivel III recebeu TM, em 72/84% oportunidades; TC, em 3/3%; OPV, em 77/ 90%; OHV, em 86/100%; € FT, em 44/51%. A totalizacao das observacdes quanto ao tratamento/ Orientagio estabelecida nas trés categorias esté disposta na Tabele 4. DiscussAo ‘les bjork. orglconteudolacervoiprint_acervo.asp7iG=2495 58 os/12123, 16:32 RBORL - Impressio de Artigos Iniciaimente, a0 elaborar este estudo, tinhamos dividas quanto & validade de filma categorizagio do profissional em grupos com especificidades definidas. Os fatores que poderiam ajudar nesta categorizagso eram bastante subjetivos e baseados no conheclmento acumulado com a experiéncia de atendimento para 2 populagao em geral Pudemes observar que 0 uso de fatores variados como demanda, requinte e impacto sobre a atividade exercida no garante a insersio da maioria das profissdes em uma ou autra categoria. Este fato nos faz questionar a utilizagao de classificagées como a de Kouffman3, 4, por exemplo, que estabelecem o nivel vocal baseando-se apenas no titulo profissional Houve duas excegies neste caso: todos os professores se encaixaram no nivel II e todos os cantores ficaram no nivel 111; de resto, as outras profissdes se distribuiram nos diversos niveis. ‘Ao analisar os resultados acima, notamos que ha diferencas essenciais entre os diversos grupos, seja no caso dos fatores para categorizaco, das queixas, ou no exame fisico. Com relaglo & categorizaco, percebemos que algumas profissées tm maior dependéncia da voz, como os cantores, atores @ professores de canto ou no; outras apresentam maior demanda, como os cantores da noite, professores de canto ou néo; algumas mostram necessidade de requinte, como o ator, professor de canto e cantores, @ ainda algumas mostram repercussdo determinante como locutor, ator e cantor. Entretanto, em poucas oportunidades estes achados foram uniformes, havendo diferencas dentro das diversas categorias profissionais. Com relago as queixas, percebemos que os profissionais de nivel I apresentam, na sua maioria, problemas relativos & sensibilidace (19/48, 40%) e poténcia (14/48, 29%), deixanco de lado os problemas relativos & qualidade (9/48, 19%) ou 4 modulacdo (6/48, 12%) 24 0 profissionais de nivel II revelaram queixas relativas 8 qualidade (28/56, 50%) e sensibilidade (23/56, 41%), no tiveram queixas quanto & poténcia e houve poucos relatos no que se refere & modulacdo (5/56, 9%). TABELA 4- Distribuigdo dos tratamentos/ orientacées por categoria, a Categoria Nivel! Nivel tl fe are nme BG OPV = orientagao quanto a produgdo vocal; OHV = orientado quanto & higiene vocal; FT = fonoterapia; TM = tratamento medicamentoso; TC = tratamento cirdrgico, Nos profissionais de nivel Ill, as queixas 8 sensibilidade (75/174, 43%) e modulacio (68/174, 39%) predominaram, enquanto problemas com poténcia (5/174, 3%) e qualidade (23/174, 13%) foram menos importantes, A sensibilidade foi, portanto, guelxa de todos os grupos, enquanto que a poténcia surgiu no nivel T; qualidade, no Il; € modulago, no IIT No tocante aos achados de exame fisico, pudemos constatar que o grupo do nivel I teve uma distribulggo de achados relativamente homogénea; porém, salientando 3 tendéncia de disfungio com hipertonicidace dada pela tensdo muscular cervical, respiracae torécica e ataque brusco. 24 0 grupo de nivel II, apresentou o mesmo padro que o anterior; porém, de maneira mais intensa e com maior frequéncia, além de apresentar alteragSes orgnicas possivelinente em decorréncia das inadequacées funcionais (nédulos, polipos, hiperemia e edema). Neste grupo, as fendas médio-posteriores apareceram em cerca de I/4 dos sujeitos, que eram em sua maioria mulheres, 38/46. Este fato pode nos fazer conjeturar que este tlpo de fenda seja favorecido em laringes que apresentem fendas triangulares quando no so submetidas as condicBes profissionais. ‘les bjork. orglconteudolacervoiprint_acervo.asp7iG=2495 ee os/12123, 16:32 RBORL - Impressio de Artigos No grupe dos profissionais de nivel 111, deparamo-nos com alteragées em todas as dreas ela producao vocal. Entretanto, nenhuma se mostrou predominante ou muito expressiva. Chamou a atenco a quentidade de achados quanto & articulacdo fechada, estatisticamente diferente dos outros grupos (p = 0,05) Neste grupo, a presenca de refluxo gastroesofagofaringeo fol bastante evidente, denotando uma tendéncia 2 vida sem muitas regras alimentares. AA terapéutica instituida variou desde a conscientizacao quanto & sadde vocal, come troca de informagdes referente aos mecanismos de controle e atuacdo da atividace vocal com nuancas especificas para a area de atuacao do interessado, até fonoterapia para melhora de eficiéncia vocal ou mesmo reabilitaco vocal; € tratamento medicamentoso para 0 refluxo e sinais inflamatérios e cirdraico, para pélipos. As indicagées terapéuticas ou de orientagéo variaram segundo o nivel. As orientagdes quanto & producéo vocal foram predominantes nos profissionais de nivel Ill, como era de se esperar; por outro lado, também apareceram com bastante frequéncia no nivel I, Isto pode ter ocorrido devido & incidéncia de corelistas neste grupo, viciando a amostragem A fonoterapia foi indicada em mais da metade dos casos nos niveis I e II; jé os profissionais de nivel 111 ndo apresentaram tantos casos nos quals 0s distirbios funcionais fossem suficientes para necessitar de terapia. A terapla medicamentosa ocorreu em todos os grupos, mas prevaleceram no nivel III, no qual 0 refluxo gastroesofagoferingeo apareceu muito, Percebemos que houve diferencas estatisticas quanto as indicagées, Enquanto 2 orientacao quanto & higiene vocal foi indicada em todos os grupos, a orientagso quanto & producdo surgiu significantemente mais no grupo de nivel III. 14 a fonoterapia foi prevalente (p 0,05) no nivel I, em rela aos outros niveis. Também 0 uso de drogas aconteceu significativamente menos do grupo I (p+0,05), em relagdo aes outros dois. conctusko Consideramos que este tipo de enfoque facilitou francamente @ nossa atuacio junto aos profissionais ca vor, favorecendo a compreensio do assunto e ajudande no intercAmbio de informagao entre nés. Observamos que nossa categorizaco encontrou correspondéncia nos achados de histéria de quelxas ¢ no exame fisico, 0 que indica que pode ser uma boa maneira de avaliar este grupo especifico de clientes. Contudo, acreditamos que ainda seja uma maneira viciada de interagir com os pacientes, uma vez que as necessidades pessoais vo além ele uma simples categorizac3o e muito ha ainda a ser feito, para melhor reconhecermos as dificuldades dos que nos procuram. Sugerimos que este seja um caminho possivel, & procuraremos trilhé-lo por algum tempo, para aumentar nossa experiéncia no assunto e tirar conclusdes mais abalizacas do mesmo. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 1. COSTA, H. 0.; SILVA, M. A. A. - Voz Cantada.- evolucdo, avaliaclo ¢ terapia fonaudiolégica. Séo Paulo. Editora Lovise, 1998. 2. FERREIRA, L. Pj OLIVEIRA, I. B.; QUINTEIRO, E. A.; MORATO, E. M,, ed. - Voz profissional. profissional da voz. Carapicuiba, Pré-Fono Departamento Editorial, 1995. 3. KOUFMAN, J. A.; ISACSON, G. - VoiceDisordens. Philadelphia, WB Saunders, 1991 apud RODRIGUES et al., 1996, p. 702. 4, KOUFMAN, 3,; BLALOCK, D. - Vocal Fatigue and dysphonie in the professional voice user: Bogat syndrome. Laringoscope, 98: 493-8, 1988. 5, MITCHELL, S. - The Professional speaking voice. In: BENNINGER; M. ; JACOBSON, B. ; JOHNSON, A., ed. Vocalarts medicine - the care and prevention of professional voice disorders. Thime Medical Publishers, New York, 1994. = Professor Adjunto do Departamento ele Otorrinolaringologia da Santa Casa ele So Paulo. ** Professor Instrutor do Departamento de Otorrinolaringologia da Santa Casa de So Paulo. ‘les bjork. orglconteudolacervoiprint_acervo.asp7iG=2495 718 os/12123, 16:32 RBORL - Impressio de Artigos == professor Assistente do Departamento de Otorrinolaringologia ela Santa Casa de Sao Paulo. =#=* professor da Faculdade de Fonoaudiologla da PUC-SP; DERDIC. Endereco para correspondéncia: Rua Polénia 442 - 01447-000 Sao Paulo/ SP. Artigo recebido em 2 de dezembro de 1999. Artigo acelto em 19 de janeiro ele 2000, Indexagées: MEDLINE, Exerpta Medica, Lilacs (Index Medicus La (Scientific Electronic Library Online) Classificagao CAPES: Qualis Nacional A, Qualls Internacional C yeamericano), SclELO *”YSGN1 npr: ‘Todos os direitos reservados 1933 / 2023 © Revista Brasil de Otorrinolaringolog ‘les bjork. orglconteudolacervoiprint_acervo.asp7iG=2495 88

You might also like