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TEORIAS DE CURRICULO Alice Casimiro Lopes Elizabeth Macedo das interlocusies nas reunides © debates regulaes dos grupos que _multo do que aqui aprosentado fo escrito, Alas e aos no8s08 muitos ‘lunes, de viros espacos tempos, dedicamos et livo. Rio de Janciro, abil de 2011 Alice Casino Lopes lanbtk Maco Capitulo 1 Curriculo -Embora simples, a pergunta“o que ¢ curieulo?” nao tem encan- teado resposta Fel. Desde nila do século pasado ou mesmo desde ‘um séeulo antes os esto cursculares ém definidocurfculo de formas muito divers e vias dessas defnigdes permelam o que tem sido denominado cutrculo 0 cotdiano das excols. Indo dos guiascurrci- lars propasto plas res de ensino aquilo que acontexe em sala de sul SE fom sind ene os ape “um aspecto comnts tudo so que tem sido chamado curiculoca ida de organizagio, privia ou no, de experiéncins/stuasies de aprend {um procesio educatvo. Sob ial “Gofingio”, no enfant, seeaconde ums rs ques que discutiremes ao longo deste «dos demais apitloe, que vém sero objeto de dispute na teoria curricula, Nossa premiss na construcio deste lio de que nfo possivel responder “aque écurriculo” apontando para algo que he ¢intrins ‘camente caracterstico, mas apenas para acordos sobre os sentidos de tal terme, sempre paciise lacalizads historicamente, Cada “nova dlefinigSo” no € apenas uma nova forma de descrevero objeto cure culo, mas pare de um argumento mais amplo no qual a definiglo 9 Anwee, A “nova definigio” se posciona soa rdicalmente conte, sea ‘ecplieltando sus insufciénciss, em relagao as defnigbes anteriores, smantendo-se ou no no mesme horizon tesco dela. Esse movi- mento de criaio de novos sents para 0 termo curiculo, sempre remetendo 2 sentidos prévios parade alguma forma negélos ou re: configuré-los, permearé todos os capituls e também este, no qual estacaremos alguns senidos que o termo vem assumindo 30 longo do tempo e que nos parecem mais relevantes Estudos hitricos pontam que a primeira mengio 20 trmo cur tfeulo data de 1638, quando ele aparece nos egitros da Universidade de Glasgow referindo-so ao corso inteiro sepuido pels estudantes. Em bora essa mengio ao lermo no implique propriamenteo singiment dem campo de extds de curl ¢important buervar que el due ua genio en cor : Ie stn ds expect Sona ou» idla dem plano de aprendinagen. nese nomen, oc repo norgnizr scapes escolar de sion spo = en undo Ta CONGOTERTO od Curriculo: selegio e organizago do que vale a pene ensinar cura iiocomo asexprtcasdeapentiagen plant eins eas nsuhadosdesprentzagen no dsj ormuaiostravs da cost. lo sstemtic db cosine deserts os aps sa para cvesiment contin edeleade da compe prs ese alana ‘Talvez hoe sea bv afrmar que 0 ensino predisa ser plangado ‘equ esseplanjamentoenvolvea slog de determinadssaividades/ TCHANOFTON Date es ob coco Tidy et Agen pS 2. TANNER Dees TANSE, Lau Cram nt New ok Ml 8, ne ‘eons oe oso a ‘experncias ou conte e sua organizagSo a0 Jongo da tempo de ‘Scolarizagio, Nem sempre, no entanto est iia fl tho dbvia, Ne segunds metade do século XTX, por exempo,acitava-se com trangul Tidade que as dsciplnastnkam conte /atvidades que hes eram roprios e que suas espevifcdadesditavam sun wildade para ode- senvolvimenta de certs sculdades da ment. O ensno tradicional ou jesutico operavacom tas prinelpiog defendendo que certas disciplines facltavam raiocnio ligio ou mesmo ampliavam ¢ memviia, Ape ‘pas.na viracla para o» anor 1900, com sintcio da indus i cans, ens anes 120, cam 9 movimento da Escola Nova no Basa “concepeio de que era preciso decidir sobre o que ensinar_ganha forga ‘Num momento marcado pelas demandas da industrializagio, ¢ {escola ganha novas esponsabiidades ela precisa volarse para aT Soliugio dos problemas sociais gerados pelas madancas ecoioniicasda scziedade ented aposinse {iuidos do saber. os conteidos aprendids ov 25 experincias vividas a cicola precanin ser Mas como dtr qu WIP UH fart “que? Daas swaps os contesidos mais tis? Como podem ser ondenados temperalment? Por onde comegae? No tm i tcl responder tis questies e38 muitos prspectivasassumidas longo do tempo tim ciado diferentes teva criculates "incis de eft ee aprendaljen, a RSNA CENT SETA AEN centraiada, do dir dis sa eZ comejando pelos doi mavimentossugidos nosEUA na momento em que a quesiissurgem no hotizonte de preocupaci:oeficentismo social eo progressivism, este razid par Bras pea Escola Nova, Nos anos 1219 napskcoogl, acomportamentaismo, ena adm nistrapo, otaylorsne,ganham dstaque ne ocedade amcleang que te industri Ke desnandasedbve a esclaizagio aumentam cor A demandas scbrea esolarizagio aumentam, comp forma de fazer f268 8 sipida wrbaniza sidades de trabac radores para 0 setor produtive. Surge, assim, a preocupagio com & ‘ficincia da escola que tem como fungio socalizar joven norkeame- ano segundo os parimettos da sociedade industrial em formogio, ‘parmitindo sua partcipacioma vida politica eecondmiea Pretendese, {asim, que a indusrializagao da sociedade se dé sem eupturas € em ‘lima de cooperagio. Aescola eo cutrculo so, portanto, importantes Inatrumentos de contalesocal ye ~ And ques ecientMOTEs um movimento com muitasnuangas, pode-seresmi-o pela defesa de um currculo fe associado 3 administra escolar © mia: Em 1918, Bobbit? defende um curricu= loca feo pm ar aluno para a vidaadulta économmicamente irde dos conjuntos de atvilades que devem serigualien- te cofsideradas pela cola — oquechama curiculo dcetoeas expe Héncias indielas,O formulador de currcalos dave, entS6, termina? iindes seis da atividade humana encontradas na sociedade subdividi-las em atividades menotes — os abjetivos do curso. Tarefa certamente nada {Scil, na medida em que se estaria frente © um ‘serntmero de objetvos definindo comportamentos os mais diferen- fes, dee simples hablidades até capzcidades de julgamento bem ‘mais elaboradas. Ur conjunto de espeialistas, reunicos num fora emocritico, é 0 responsive pela identifiagio das tarefasdesejaves fe por sew agrupamento em categorias. A transferinda desses presu- postos pars oensino vocacional eri taivez 0 mais influent principio curricular da primeira metade do séeulo passado, com fragmentos até hoje visiveis na prétca curricula A partir da identficagio dos com- lin programa de teariento, com jet ‘lor fancional a capacitade de resolver problenis te pode prcebr, 0 elena so mento, 9 conteidos, m3 sua sle30,d dincunsi Sabre eS porta Rigo dos alunos. Para os CieRNBE; a5 TAPES 00 ete so “NAR Wn FREANOLDS lon S-ATAS Pati TAUBMAN, Unk ning rcs Ne or eer ng 9 cram pden rome ep dentro dns ‘que, neste momento, 8 compéem os curriculos _curiculos “oficiais",0 progressiviamo conta com mecanismas econ: Tle social bem menos coertvos Mas tam para os progressivis- fs, fe eens crecteria como un mci de di iad Sf ota te ane cae es CT Reconhecem, no entanto, em niveis diferenciados, dependendo dos autores, que a distribuigSe desigual do poder na socieclade no € um Fendmeno natural, eas uma construgio social passivel de mudanga pela acio humana. Aeducsgio poderia, pots pars formar indiviGaos capaves de uae ng busca demas munlangs clonais, vsando a canstrugio de um metodo de ensino — 0 método de projetos— que, de alguma forme, hibridiza as ieias de Dewey com principios do comportamentalisma em voga. Anda que definido ape- is como método pele auto, sua contribuigdo ¢inimeras vezes toma dda como uma tori curicular progressvist exacerbando um carter tecnico que progressivism possul, mas em niveismencs acentados, i Marge Pda, 208 $m 1949, teorn curricular preduz.a mais duradoura rsposta be questbes sobre selecdo eonsanizacio de experincias/contetides ede cativas/os. Com uma abordagem ecléica, Ralph Tyler se prope a articular abordsgenstéenicas, comoaseficientsts, como pensamen- to progressivista.Ainda que sua apropriagsodo progressivismo tena sido caracterizada como instrumental e que seu pensamento esteja muito mais proximo do eficentsmo, sem dar conta da tensfo entre ‘cranga e mundo adult que earacteriza © pensamento de Dewey, a racionalidade proposta por Tylerse imp, quase sem contesacio, por mais de 20 anos, no Brasil enos FUA, (s principis de claboracio curicular de Tyler sero detahados no capitulo? Poros, nteresa-nos apenas entender como ele respon dee questles sobre cele eorganizacio das experdncias de ape sdizagem. O modelo de yler“€ um procedimento linear eadmiaisixa- tivo em quatro elapas: definiclo dos objtivos de ensino: slegSo.e ‘Sngio de expenthaias de aprendieagem spRpr i déseas experiéncas de moda a gant Wialoreficincia a0 process0 dleensino;eavalingio do curicule. Mas a racionalidadetyeriana faz mais clo que responders ques- toes at6 ent centals da teoria curricular Etabelece um vinculo es treto entre curicul e avaliagSo, proponde quea eficincia da imple- ilentaglo dos curriculos sea inferida pela avaliacko do rendimmento dos alunos: Anda que sua abordagem processual — objetivos/pro- cextoeueitivo/avaliagdo do atingsmento dos objetives — tena uma mate comportamental, tem sido wilizada na formulago de curtcu- loscom diferentes aporte eércos, como veremas no capitulo 2. Tyler ‘assim, uma nova agenda para a teora curricula, cent Tormnulagio deobjtivos, com repercussdes que, ainda hoje, podem ser vistas nos procedlnaitos de OaborIgTS de cures. Hi alguns elementos comuns& esas ts traigies do campo do cctriculo no que tange a definiglo de cutrcul. Em todas elas, €enfa- tizado 0 caréter prscitivo do currculo, visto como um planejamento ‘FAB Raph ibe ce deo oa Ale Ch, 7 ‘dus atividetes da escola realizado segundo critics objetivo ecent= leo, Todoo destaque ¢ ado 20 que veioa ser denominado mais tarde ‘eurlulo formal ou préativa. Ebam verdace que nose tata de de= {ander que tudo pode ser previsto. Tanta para Dewey Tenere quan {opara Tyler, 2constrciocurricularéum processo do qual professoes, ‘emesmosalunos, podem ou devem pariciparem diferentes momentos, Mash um nivel de decisso curricular aterir a tal participagio que ocorre numa fase de implementacio do currculo, quand 0 que & reserito passa a ser“ussdo” nas escola, A dindmicacumicularenval= Ye, entlo, dois momentos intgrados, mas distntos: a prdusso ¢ a Jmplementagdo do cunculo. Admitindo-eo caster centifico de sus laboracio,osinsucesossio,com fequinca desrtoscomio problemas de implementacao e recem sobre as escolas es docentes, primeiro siléncio: sobre hegemonia, ideolagia e poder cna esto gens apenas pr esr anhcimento referee gu como e para gute pel ose sce, as sti orgeizadas ambi de a formalin das cont, ain pro de ‘anhecimento nice admins nce, nt ute casas, pane nr rads, conta a roa, rath as pss, prt ps ss sce pln xii pla indir e evar nce ris orale nea popu, Além de enfatizaro presrto seperando concepsia e implemen tag as abordagens clentfcas do curicul sia critcadas por conce- ‘berem a escola eo curiculo como aparatos de controle social. A in- Portincia da escola para o desenvolvimento econdmico do pats, ‘essaltada em multiplos momentos, ¢ uma das expresses dessa cen ‘8,assim como odestaque quea la sedi como espago de vocilizagao dos sujeltos. Aprende-se na escola nio apenas o que & preciso saber Para entiar no mundo produtivo, mas c&lgos a partir dos quais se APPLE ee he pe Pao Age Ae Ms 97, ‘deve agir em sociedad. Ness perspectiva, 2 armonia #0 progres social So gestados também naescoe, ‘Uma das eritcas mais incisivas da escola ¢ do curtculo como aparato de controle social parte do que se convenclonow chamar de tworas da correspondéncia ou da reproduio, produsidas, principale _mente, nos anos 1970 Trats-se de torias marxistae que defender comrespondéncia entre a base econémica a superestrutute, indo de perspectivas mecanicstes, em que a corespondéncia total ¢exata, a concepgGes em que a dialtca entre economia ¢ cultura se faz mais ‘isivel,Inchem trabalhos variados do campo da socinogia, alguns ‘dos quais problematizando mais especfcaments o currieulo escolar, [Assim & que, ancorados na concepga0 de aparethos ideologicos de Estado, desenvolvida por Louis Althusser no ro Aparthos eligi ‘osde stad,em 1971, Budelote Establete Bowles eGintis,porexem- plo. analisam 2atuacio do sistema educativo na preparagto dos ujei- tos decada asse social para assumiros papéisque hes sfodestinados pelo sistema eaptalita Althusser do tata expecificamente da escola, ou dos mecanismos através dos quais cla atua como elemento de reprodugio. Ao definit 1 mecanismes pelos quais © Estado contribu para a eproduio da ‘estrutura de classes, eri 0 areabougobisico de coaceitos com os quis | teoria da eeprodugio opera. Aponta Althusser para o duplo caster de atuagio da exola na manutengio da estrutira social: dirstamente, tua como elemento auxiiar do moda de produgio como formadoca le mao de obra, iniretamente contrbui pars difundiediferencinds- mente a ideologia, que funciona como mecanismo de sooptagao das diferentes classes. Fesse carster de aparcInoideolgic ressllado por Althusser que ai constitsirocerneda torizagSo critica em currcul, ‘considerado enguanto mistifcagioideolgica O trabatho de Baudelote Establet (A escola capitate no range, 1971) assenta-se predominantemente sobre as ideias de Althusser, "ALTER oni Ain lise Ri oc: Gel 8 sn’? SSUES Cin ESTE ep pn oe as age, buscando explicitar a forma come asistema escolar atue para garan- tira diferenciacio sociale denunciandoa falsa propaganda da escola Amquanto espaco que garante oportunidades a todos, Por sua vez, © taabalho de Bowles e Gini (Esalarizago na América capitalist, 1976) trabalha a fungio seprodutora da escola, charnando a atencao para a ‘materialidade da ideologa, jd presente, como adverténcie, nos escr- tos de Althusser. Os autores estabelecem uma correspondéncia entee 4 estrutura social ea estutura de produce, identificando como as diferentes divisdes e hirarquizag es necessirias a patticipagio con trolada do trabalhader no mercado sio construidas a parr da orga- nizagio das experiéncias escolares, numa correspondéncia bastante direta, Apesar de consistentes, ambas as andlies tém forte easter determinista e no se detém na anise mais aprofundada da escola e docurriculo ‘Com uma abordagen me determinista,centrads na importin. cla dos procestos culturas na perpetuagio das relagbes de clase, Bourcieu e Passeron,” em A reprauio, datada de 197, explicitam a complevidade dos mecanismos de reprodugio social ecultural Aagso pedagéyica ¢ descrita como uma violencia simbelica que busca pro- duzir uma formacio durivel (habits) com efito de inculeagso ox reprodusio. Para os autores, aescola opera com cdigos de transmis- slo cultural faaliares apenas is classes médias, difcultando a esco larizagio das criancas de classes populates, mas, principale: turalizando esa cultura eescondendo seu caster de clase, Os sistemas dos arbitrévios culturais de uma determinada formagio sovial 80, assim, definidos como legitimos esa imposigi ¢ocultada pela deo. logla. Ness sentido, areprodugio cultural opera de forma semelha te§ reprodusio econémica:o capital cultural das clases metas, de~ nigualmente distibuido,favorece aqueles que o possuet e, com ss0, perpetun a desigualdade dessa distibuigio so Semi GETS Her Shy cs a Ln: Ra, Na trsetra das erica a0 papel eprodutiva ds escola scl logiabritinica dos anes 1970 explicita um conjnto de preocupagées «que se dreconam mais fortemente para questOes que podemos chamat de curciculares. Em 1971, ivro Conciente econtae nova diets para Sailoia da Eduone, onganizado por Michael Young langa as bases do movimento chamado Nova Socologia da Eaucagio (NSE) Para entender como. diferenciagSo sil éproduzide por interméio do curiculo, cs autores da NSE propiem questies sobre a selegioea onganizaio do conhecimento escolar Diferentementedasperspectivas tznias tas quettes buscam entender os interesses envovidos em nis processos,compreendendo que escola contribu para alegtimae so de determiinados conhecimentos e, mais especificamente, dos ‘upon qieor dei. Aaracis CuMCUEY pasa Ser pensada como "un processo soca, preso a determinacies de uma sociedade estat ficada clases, uma difereeiagio social reproduida por intermé: dio do curticlo, Ap invés de método, ocuriculo torna-e um espace ‘ereprodugosimbslics /ourateial Surgem na agenda dosestudos curricularesquesties como: por que esses nfo outros conhecimentos estonoscurrcuos:quemosdefinee em favor de quem so definidos, ue ultras so legitimadas com essa presenga e que otras so des- legitimadas por ai nio estarem. Abre-se uma nova tradigfo nesses studs, qual sj, ade entender que ocurtculo no forma apenas os alunos, mas o proprio corhecimento, a paris do momento em que selena de Roem iilresada aqullo que € OBR av exolrizagto. "No capitulo 3 abordaremes mais detdaieate a TeaGao ents ae cimentoecuriulo. E,noentanto,comapublicagiode Moga eeurcwa, por Michel Apple em 197, que asanilisesreprodutivistas passa ratarespee «ifeamentedocuriculo com enorme popularidaderaérea. No Brasil, o trabalho de Apple ganha notoriedade.nos anos 1960, tendo sido seus livros traduzidos poucos anos depose publicados.Viviamos, eno, 6 process de abertura politica depois de 15 anos de ditadura militar, TA YOUNG, Nh Keay ad ti Last smareada, no campo da educagio, pela valorizagSo da tecicismo e, ‘no curriculo, por abordagens derivadas da racionaidade tylerana, ‘A redemocratizacio trazia novos governos estaduais ereincorpora ‘va perspectvas marxisas aos dscursos educacionais. Retomavam fo cenério as formolagSes de Paulo Freie, 0 mesmo tempo que Dermeval Saviani lancava as bases da Pedagogia Histérico-Critica (04 na formulacio de José Carlos Libinco, da pedagogiacriico-sociel dos conteidos, detalhadas no capitulo 3. Como todos os teéricos da reprodusio, Apple defende a correspondéncia entse dominaio eco- rnémica e cultural. No entento, em dislogo, especialmente, com as questbesapresentadas pela NSE, o autor etoma os concetos de hege= rmonia e ideologia como forma de entender 2 agio da educagio na reprodusio das desigualdades,rejetando perspectives excessivamen: te deterministes. De Bourdieu e Passeron, taza idea de que nas 20° ciededes capitalistas no apenss as propriedades econdmicas, mas também as simbolins (0 capital cultural) sio distribuidas de for: ‘ma desigual. Defende que institugBes como as escolas contribuem para a mamutengio do controle social, na medida em que ajucam a rmanter a desigualdade dessa dstribuicso de capital simbslico, Apple preocupa-se particularmente em entender como a educagio age na economia e, nesse sentido, articula reprodugSo com producto. A re- produgdo econdmica é, pertanto, produzida também no interior da escola pela forma como homens ¢ mulheres vivers os mecenismos de dominacio no dia a dia de sus atividades. nso no quer dizer que base ca desigualdade deixe deserecondmica, masque ascontradigoes econémicas(seciais politicas) io mediadas nas situngbes de vida

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