You are on page 1of 28
Ee RENE ato Valo de Can ‘yg i pct hie ctl dao He Won: Una coneps datic d deservatimsnts ‘cess Meta. Ua ptagoga de ete oopeasto Comin: A smatatoca da modridado ne ees eso LulsGuepa, oder egaoro de peosamesta ico ‘Newtan anced Olvera Ante Ata Dantas eCatalog na Pungo (CP) (Clara Brora do ir, Sra m peta itr ut da etagio/ “eicsse Cun 2 Banos Hints 2, Vy, Lev Somanorich ‘aoe 1004, Thal Sic peas cups7019 {indices para catélogo sistomitico: 1 Vygotsky Bdueagéoe cutua $70.18 SeOHPeHHeeeeesenEHeeeuen 5S regge oe, d hocinentes, Rabidades © pisteciméstoe compete Inentais: a assimiagio de’ exporonots ds"tods a -numandade, ecumulada no process da hsv soil ¢ ‘tanomiia to pocasso de aprondicagem. Fodemas ot tender ‘As caracteristicas do functonamento peloldgico t- plcamente humano nfo sio ransmitidas por hereditarie- ‘dado (ponanto, nfo estio presentes desde o nasclmento o indWiduo), nom so edquirdas pasaivamente gragas & pressio do ambiente extemo. Flas sio constnuidas 20 Jongo da vida do individuo através de um prooasso de interapio do homem © sou melo fisioo e soda que 8 BSsSESETOS SESS ES bess ed SEK K DS ! TPRARAANTEMERER AER EG ERE TERETE possibilta a sproprlagdo da cultura elaborada peas gero- ‘gbes precedentes, 20 longo da milénioe. Como afirmou Leontiev: “Cada individuo aprende a ser um homem. O aque « natuoza Ine dé quando nasce nBo ne besa para. viver em sociedad, E-tne ainda preciso adquirro que fol aloangado no decuiso do desenvelvimenta histxco da sociedade humana" (Leontey, 1973, p. 267, Assi, Vygotsty,profundamente infunciado polos stlados manestas,afima que gs crigens das ava es ptcobgicas mals sofisicadas devem ser procuedas 3, nas relat s2eias do individu com o melo ertarie, Entede ds 0 et nara no 09 um podutodeseu ‘context soll, mas também um agente avo na ciagdo destecontato,Acoita quepatacomproanderastemmeg | I \ especiicamente humanas é necesséio(e possivel) das. cobrir relagdo entre a dimensto bolégte (os proceasos naturals, como: a maturagio fisica @ os mecanismos Ssensocials) @ a cultural (mscanismos gecals através do ‘gual asociedade ea historia moléam aestutura humane), Coeronte com este ponto de vite, procurow examiner origem do complexo psiquismo humano nes condiges socials do vida historiamente formadas, que, segunda lo, estdo eiacionadas ao trabalho social, ao ermprogo de ‘nstramentos eo surgimento da inguege, Betas 80 88 “errementas” que foram construldas eapereipoades pala Jhumanidade ao longo co sua histéra efazema mediago ‘entre © homem e o mundo: através delas,o homem no 96 domina o melo ambiente como o sou prtprio compor, tamento, $B poressa rato que Vygotsky procure compreender | ‘ evolugio da cultura humana (aspecto soclogenétion). oj =| ‘rocesso de desenvotvimentotndvidual aspectoontoge- ‘ético)e ge detém especialmente, no estudo do desen ry i volvimento infant, pesfodo em que estas “ferramentas ‘fo aprendides, ou sla, é nesee peiodo cue acontece 0 ‘sugimento do uso de instrumentas eda fla humana, No t6plco seguint, abordaremos mais detidamente 1 cuestéo das raizes histoico-sociais © 0 concelto de rmetlagio do desenvolvimento humano, js que estes $80 um dos veras oontrls das 60s formuladas por Vygotly. 4. AS RAIZES HISTORICO-SOCIAIS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO EA QUESTAO DA MEDIAGAO SIMBOLICA Compreende «queso da medlagfo, que caracer- 2a azelagdo do home com @ mundo © com 08 outs tremens, 6 de fundamental importincla jstamente per ca. azaés deste proceso que as fungbs psieléleas supetios, espocticamente humane, 9¢desanyo}em.. ‘Vygotsky aistinge des elmentasbisice rexponstvels por esse metiaglo:oInseumena, que tem a angio de regular as ages soos obots c 0 io, aus Tegla as agbes sobre 0 piquismo des posses ‘A avengo deans slamentos madiadors signiticos ‘eno evlutive da espélo humana, Vygotsky exclaooe die 0 uso e instumontes dos sgnos,embora deren: 12, De moto eae age pode ae ceauado eqn (0, ‘emma enema, ena Eg ou sor) gu esta ge ents Sit memo, Ou syste exes event ia, ctuapber¢ ‘Shae sads como cull amars da tno Baan, Come er enol no ogo do owe ao ara bongo go nan € noceoddo 6 ptr, san come apa po 6 we wo aot ‘reve iene io fs Beet Ag, 0 MOM anegennnasaerreegrarges POSSESSES SESS SEER EEL EE SHES SESE 180, estio mutementa lgados a0 longo da evolugéo da ‘contol humana e do desenvolvimento de cada indviduo, [Na ontogéneze esta ligagio pode ser voriicada através do expertmentos. & por Isso que ele e seus colaboradores realizaam uma sécle de pesquisas com o objetivo de investiga: e papel medlador dos instrumentos e slgnos na, atividade psiolégica eas tansformagdes que ocotrem a0 Hongo do desenvolvimento do individu, De acordo com Marx, o desenvolvimento de babii- ades @ fangées especticas do homem, assim como a origet da Sociedade humana, eo resultados do surgi ‘ento do trabalho, através do trabalho que o homer, ‘20 mesmo tempo que transforma e netureza(objetivando satsfazer suas nocescidades), se transforma, Parareslizar ‘ua aividade, o homem ge relaciona com seus semelnan- tes fabrica os meios, os instrumentos:“ous0@ a cago de meios de tabalho, emhora existam em gene em flgumas espécies animals, carectrizam de forma emi- nonte 0 trabalho humano” (Marx, 1972). Ito quer dizer ‘que.as relagbes dos homens ences ¢com anatuieza si0 ‘medias pol trabalho. Pattinda destesprinfplos, Vygotsky procura analisar a fungdo mediadora presente nos insrumentos ebors dos paraa realzagto da atividade humana. Oinstzuento 6 provooador de mudangas externas pois amplia a poss= bilidade de Sntervengéo na natureza (na cara, por exe plo, © uso da fecha permite 0 alcanco de ‘um animal distante 0, para cortar uma érvore, a utlizago de um ‘objeto cartante é mals eficiente do que as méos).Dieren: tee outras eepScies animals, os homens néo 86 produ zem seus insttumentas para a realizagio de tarefas fespectias, como também sio capazes de conservé-los ‘para uso posterio, de proservare tansmitr sus fungo BL e is al aos membros de seu grupo, de apriigar antigo insta. @--"B__‘Wygoshy dedica partouar tengo & questo da) °° rmontoe ed iar nove a € “ag _inguagem, etenida comoum sistema simlco nda | rental em odes es grupos humans, elabeado no curso} ° ” np S0t eume teasnte comput ante gq 2B ntan sn cn rnen cnn om ass ‘ago o iiacto ae insets cone aos “ap. complexes desempena um pape! impreecinivel a | aotes conctetas © a8 sgnos, que ele chama de "ineus ormagao das caractertsticas picologicas humanas. Ata on Banter, aue tm a fneto do aucar oq 5B vie da tngiogon ¢ posal desonar o objets do ae atvdadespehuias, portant, iors undo exteot (como, por exompln, «pala face que snindividuo-ainvenstosousodesignosauiaespaa —@- ea i ie um ulenstlo used na almesiagae), ao (com> Seluconsrum dado problema palestaioembrr com go ora, sda fava), quiades dor objets como fx Dar cosa, eat, eather, 2) 6 analog & inven ED ita cio S| Ug vel dapeto) 0 a que so lee As eaces ene os de estrumentos, # que agora no campo pslologk ‘objetos(tais como: abaixo, acim préximo). co, O signe age como um instumenio da atidede g, | 7 peiceldgioa de mansira a0 ‘insta 0 surgimento da linguager imprime tts mudangas | Mento no wabalho” (Vygotsky, 1064, p. B60). eo cove no oon ales coho, April | ‘om 0 audio das signos, o toma pode Se teacana ao todo qo alnguagem peri iar com ogi adi des signs, o Roma pode contoir | “® Se objpee d mundo axaaor mesmo quando elas eto capaaitads fi Delcolégioa © ampiiar sua ge. |. qusentes. Pot exemplo, a ase °O vaso caiu" petmite a | etalhes vivides, consultar um atl fae soe 1 f is tumetiepankedzaranpa |g Sehanngnt pendrin stereo as | caracterstias dos objets, eventos, stuagdo present ! @:| fa touidato Como, por empl. 0 paava “énves® |g dosigna qualaver évore (adependentermente do su a- ——_____ & ‘manho, se ¢ frtifere ou néo etc). Nesse caso, a palavra Generalize 0 objeto e o nui numa dterminada catego- | ses us on an do 1@ ta, Desse modo a linguagem no somente designs 03 {Seve ann seep nee ayn crea ois power ta lie mat LOL Sher sna agers aces ep Goto e motor do cemar oeal om emery | cere nea \ = Lg Sonsetuab «2? | ~® A tarosira est dssociada & fanolo de comunicagéo jy cenuio og homens que gaaste, cumo,consoqléncis, 2 6 82 aeee dasa Buscou também observar de forma. leis bisioas qe caractetizam a estrutura eo dasenvob- ‘monto das operag6es com signs da clang, relacionan ‘Go-os com a meméra. 0 interaee parece ipo de andlae ‘edove 0 fata dees acrditar quo "a verdelia esséncia ‘da meméris humana (que @ distingue dos animals) at fo fato de os seres humanos serem capazes de lembra, ‘atlvamente, com a ajuda de signos” (Vygotsky, 1884, p._ 4), Hobe programa de pesquisa ee coerente com a dei equea intomalizagio dos dstemes de signee (alingua- ‘gem, a eset, o sistema de mimoroe) produzidos culty: Fainetteprovoca midaness crucial 9 comporament ‘humeno. ee stra taaemisioo ase de oemages 0 ‘expences acumuladas pole humenade eevee et Agger atoms dogs ‘ia ier sod ense naa ne tiem dase sama de pcccntate declan noe pola nda dicate epectinsconoporsesnny 8 palma “piso tad 0 conto ds See Frtor ra attr, 6 ese sont sus on ‘substitui) a realidade. # justamente por tooo nga cada pecne quo a inguagem pala cosets | Sontag sous ematanas com po ea soe | Set bando de copontas, oo ure peage aa gaa | laments as quis band tage wvamonie Ses <) mn do macazcspodetioechsettar nda comne (1 de se05, gis evens eatin, ate aes || pag et.) Man tngeagom oe ei ney ‘ | designa ‘cotss, nfo distingue ages nem qualidades, | Borat, nlo 6 lnguegan na verdsdane supe oe © pala ht, 194 Te ‘Betas idelas deram oxgem a um programa de pes: {ula (nllado por Vygotsky mas eprofundedo per seus colaboradores) que visava a andlie de como rolapio ‘entre o uso de instruments ea fala (ea fungio mediacors 1 articular a percepoto, as operagdes sensério-motoras, 4 atengio, Considerando uma das fungbes de cada won, ‘rocurou investigar como a fala intodiz mudangas qua, dRatias na su forma © na sua ego com es oes See E SED E SEEK KE [par oa acto as Vpn afima qe os roosce | Getemess tonal do onan ae dor | ttre, través da mediacto sibs FECCCETAAAHEEHETARAREG BIBI bSeREDES SSIS esse modo, 09 sistemas simbéicos (ententidos ‘como sistemas do represcniaSo da Tealidade), espacial mente a inguagem,funcionam como elementos meta ‘ores que permitem a comunicagéo entre os indviduos, 0 estabelecimento de signiicados compartiiados por “determifada grupo cltural, in ‘dos objlcs, eventos © shiacbes do mundo circundante ‘A part de sua insorcio num dado contexto cull, ‘de sua interagéo com membros do seu grupo @ de sud partcpeco em préteas socials storicamente constzu- fn, ean ican atvamonto ws fas do com, portamento jé consolidadas na exporiéncia humana. ‘rmportanto sublihar quo a “cultura, entetaito, no & pensada por Vygotsky como algo pronto, um. sistama ‘otitoo 80 qual individu so submete, mas como um: ‘espécie de “palo de negociagdes", em que seus mem- Bros estdo mun constante movimento 80° & | talterpretage de informogées, conceltes e signiicndoe" (Oiiveita, 1993, p38 _ ~ 1a perpectvs wactslana, 9 itemalizagéo dag I préticas cultueis, que oonstituem 3 desenvalvinente ‘humano, assume papel de destaque. Conforme voremcs »—— @ baguir, uma de suas principals preocupagsos ea a de lanalisar@dindmica do movimento de pastagem de agtes ‘Talizaas ao plano socal 60) e, ene as Pessoa Tooligico para ou inramentais Interior do indviduo, partanto, eo. Petanto, Intrapsioogico) ' © %$, 0 pesevowymento mpanrn va PERSPECTIVA SOCIO-HISTORICA 2g WOH etubut enorme importncia eo papel da 'intoragd social no desenvolvimento do ser humane, Una ‘das mals signifleativas contbuigbes das tes afar smulou est na.tentativa de explictar (0 nio apenas ‘restupor) como oprocesso de desenvolvimento & coal ents consttufdo". Hea 6 a princi razdo de" seu Imeresse no estudo da intincia & curioso conhecer suas criticas aoe aradigmas | totes" eons” adsaos na peonan lon 1, bor as tmdaetes do Voy sto = goes sen aon oS aren sna ae es xpaneattn io od eogynga on Paps steerecesssesesetaanne ~*~ ~. ~*~ a a a » * * * * * * 7. ® « * a * * oo: ’ ’ « a 7 a assess 6gica, para expica o desenvolvimento infant. Sepundo fle, a primeia tendéncia compara o estudo da erianga & Dotinica, ou soja, entende que o desenvolvimento da ‘rianga depende de um processo de maturaglo do orga nismo como um todo. Esta concepgia se apéia na idsia Ge uo “mente exianga contr ods eels do fnuwo desonrimens nasal closenstamitaaes mia compli, experando-o momen ‘yootsy, 1908, p. 7). Pata oe, no entanto, @ ‘manurago biolégica é um fater seoundio no dese ‘complaxas do comportsinento bursa. no pols essas dependem da inaraglo da ctanca e sua cultura, ‘Afima que a segunda abordagem, apesar de mais aavangada que a anterior, 6 também equivocada na med ‘da om que busoa respostas as questdes ecbre acing, ‘partic de experiéneias no eino animal. Admite que eases ‘experimentos contibuiram para o estudo das bases bio Jegioas do comporamento humana (identicaram, por ‘exempio,elgumas semelangas nos prooessos psiclegt- ‘os olomentares entre os macacos antiopdideseacrianga ‘Pequene). Sua erica reside no fata daque econvergénda a peicologta animal e da cianea tem limites sérios para ‘explcagio das processos intelectuale mais sofistcatos, ‘que so especiicamente humance, ‘Sou ponto de vista ¢ bastante dierente das antrio- res, Segundo ela, a estrutura filolgica humana, aquilo due 6 inato, nfo € sufclente pare produ 0 individuo | 18, Vy ams a tengo pans go dono “arn oe lc, ado rsa desma os pene sme de dea i sconepato btn, 7 i) [ 4 ‘humano, na suséncia do ambient social. As caractrs- responsabizam pelo atendimento do suas nooessdades tiess individuals (modo de agi, de penser, de sont, 4B isicas Oocomoséo, abuigo, almentagio, higtee etc), valores, conhecimente, visto dé mundo etc) depends “ig. sets (ain, eng) pea fomaeo decompo: Ga nteogo do er umace com e mel ko esau @* | “meat tpleanentehunano Devo canteen na ‘gots chama atengio per a apfo rciprocaexistente q-} @ tridede motara do bebé ¢ longo o periode de depen- séncia dos adultos. Injoialmente, sua atividade psicolgica 6 bastante ‘lomentar@ determinada por sua heranga bial6gics. Vy _gotsky tessalia que 0s fatoresbiolégions vam prepondk ‘entre o organism e o melo eatibi espacial importéncia ‘20 fator humano presente no ambien, © caso varidico de duas crangas (ae chamadas *meninas-lobas') qu foram encontradas, na india ven do no meio de uma manada de Iboe, demonstra que para ‘58 humanizar 0 indviduo precise crescet num ambiente ‘social ¢interagx com outtas pessoas. Quando encontra- ‘dos preticamente nfo apresentavam um comportamento ‘numano: no conseguiam permanecer em pé, andavam ‘com 0 apoio das mice, no falavam, se alimontavam de came crua ou pode, néo sablam usar wensf (tais ‘como, capo, garfo ec) nem pensar de mado gion (Davis & Oliveira, 1990, p. 16). Quando isolado, privado do ‘comtato com outros sees, entregue apenas a suas PEO: pias condigées e a favor dos recursos da natureza ‘omem é fraco e insuficiente, ~ [Devito a essas caractorstcas empecifcamente hit- manas torna-seimpossivel considera o desenvolvimento 'do sujet como um processo previsivel, universal, near ‘0 gradual. O desenvolvimento est intimaraenta flacio- nado ao contextoa6cio cultural em que pessoa se inaere © 8e processa de forma dindmic (edialtca) através de rupturas e desequllbias provocadores de coninuas r20:- Josnizagbes por parte do Individuo, Se comperado com as demais espéoies animals, 0 ‘bob humano 60 mals indefeso e despzoparado para lidar ‘com os desafios de seu meio. A sua sobrevivinciadepen- de dos sujeltas mals experientes de seu grupo, que 62 58 paagareeeeeeeraeeerenegaas POSSESSES EEE SESE EEE DS ‘incia sobre 08 sociais coments no inicio da vida da, ctianga. Aos poucos as interacSes cam seu grupo sock com 08 objetos de sua cura paseam a goverar 0. ‘comportamento eo desenvolvimento de seu pensaminto Dosen forma, no proosso da consid humana & possvel dana “de ibaa qualtatvamente iron {es de cesonvevinenia, der cuanto & aia cige: dum ad, os procosas elorantate, quo sto de oem bolic; de ont, as fang pscibieas suport, de origem sécio-cultural. A histénie do comportamento da, ‘cianpe nese do.entelacameniodasas doas lnhas* (yas, 1988, 0.82). Desde © nascimento, 0 bebé eth em constante Anragdo com 05 adultos, que nfo aé assoyuram sua sobrevivéncla mas também medelam a sua velagdo com, (© mundo, Os adultos procuram incorporar as ciangas & ua cuba, ain 36 ultras que e formaram ao longo da nistvi, © comportamento da crianga rocebe infuncias dos costumes ¢objetos de sua cultura, como por exemplo em a caltura urbana ocidental: dome no bergo, usa roupas para se aquecere, mais tarde, taherespara comer, ‘Sepatos para andar et. Iniclalmente a elagdo da crianea 89 com o roundo dos obietos & media pale actos; por exemple, eles aproximam os objotos qu a cana et ‘panba,eitam obrinquedo que faz baulho, ainentamm: a com a mamadeta et, Com a aud do adulto, as clangas assim atva- ‘mente aquelas habildades que foram construdas pela tia cial ao longo de mlénice ela aprendea santa, a and, contolar os veneers, a fla, a aentar-os ‘esa, a comer com talares, a tomas ligudos em copos fo, Atraués das intervenges constants do adult (ede aiancas mals expetentg) 08 proctssos pi ‘ais complexoe comegam a s formar. ‘Um exemplo pers iustar 0 quanta interagto que ® individuoestabelace com o univeo soil win que lnsere,paricularmente coma oe parestoe mais expaion- tes de seu grupo, € fundamental pa « formagso do comportamento e do pensamento humane, Um pat, ao Passear como flhodeaproximademente anes, costima chiamar a atengao paza todos a8 cizos que vo encon- ‘zando no caine, Na medida em que moss © arto {ala seu nome, mateae tece autos tips de commenti Depois, om outras ocasiées, casa cana demonsta © ‘quanto Incorporou das infrmagdes que recebeu. bia. ‘ando na escola nomela com desenvotara 03 cans de bringuedo, ou passesndo com sua mée demonstra reoonheoer a5 marcas dos eatos quo avista pela rua Pode, com ito, provocarsupresae admiragao por paite os adultos que tale julguem esta competénca como lm sinal de perspitcia eu inaigéncia naa da cranga, No entanto, podemos interratar este episédio de uma outa form, como evidéncta de que as conquista ini ‘iduais esitam de um prooesso compsrulbado Podemos concur que, para Vygotaty,odasenvoti- ‘mento do sueto humane se da a part das constantes seeeeeerare AARAVVIRE LH NING a ei s ® ' See eS HHHE KG See See‘ ESS ae Intoragdes com 0 meio social em que vive, ja qua as social Assim, o desenvolvimento do pelquisme humans sempre medido pelo outto (outtas pessoas do gmupo cultura, que indica, detimita e atzibut significados & reslidado. Por intermedio dessas motiagbos, os membros Imaturos da espécie humana vo pouco’ a pouco se ‘aproptiando dos modos de funcionamento psiclbgico, do ‘compottamento ¢ da cultura, enfin, do patimdnio da ‘historia da humanidade e de cou grupo cultural, Quando nternalizades, estes processos comecam a ccomer sem 8 [bremodiapie de oes Peon, ‘Dosse modo, @ atividade que antes prodisau say 0u atlvdade inter medida (regula interps inte "Desde 03 | Tenio da ctianga, suas sividades adquirem um signi- ‘ado préprio num sistema de comportamanto social ‘sendo digas a objetivos definidos, so reftatadas a vvés do prisma do ambiente da crianga. © camino do Sicodsa cia dat dees ‘Sip eses Bo cata ie oe ated om oes de cesenrevieatotuncoments ‘ainda nas lgagées ene sta nc esta ‘soctal” (Vygotsky, 1984, p. 33), “Ana entendida como instumesto ou sone) te um paelundamersl de organza da tide deo ds ante isp ama: fr aso \ygotiy ab prcocupa on peu o deservotinento angen piace lang fas em qv com ‘flat, Sequndo ele, a verdadetaesséncta do: rewo huneto compo so ds paride dade 6 & icitica da atividade simbs pratice: “o momento de maior significado no eutso do desenvolvimento intelectual, queda oxigem Se foomes | puramente humanas de insligencia prética © abstata, Acontece quando a falae a aividade pétic, entdo dus linhas completamente independentes de dasanvotvimnen. ‘a, converge (Vygotsky, 1884p. 27, THEA TE “En sinoso, na perspeciva vygotskiana o desenval- vimento dae fungées intalectvais espectioaments uma: ‘nas é mediado sociaimento pelo aignose pelo onto, AO ‘ntemalizar as experiénciaa fomecidas pela cultura, « ‘rianga roconstéiindividualmento oe modos de a¢80 realizados oxtemamente e aprende a organiza: os ped toe provessos mentais. O indivduo deixa, poranto, do s basear em signos externas e comeca a ‘se apolar em Tecura0s intemalizados (imagens, representagées men ‘ais, concaitee ete) Concordamos com Smolka © Gées quando afmam que “o que parece fundamental nessa interpretagao da formagSo do sujeto & que 0 movimento de individuacto ‘8 Ge partir das experiéncias propiciadas pela cultura, Qddesenvoivimento envolva processes, ase constituetn mutuaniente, as_imersio na oultima e emergéncia da ‘ndividuaidade, Nur proces +z, am carder mals de revolugdo que de evolugio, 0 sujtto © ‘ean come ser disrencat outa mas eae, ‘ela com ooo: singular, as constiitosocalmen- 4, por sso mesmo, numa sompasipla adda es ‘fo homogénea" (993, p. 10) 2 & e e e @ e « e e & e e e e e e e eo eo e e e * * @ a ’ * @ * * * POSE oS: 6. RELAGOES ENTRE PENSAMENTO E LINGUAGEM estudio das elapbas entre pensamentoginguagem 4 considerado um des tornas mais complexos da pool. ia. Vygotsky se dadioou a este assunto durante muitos anos do sua vida". le o seus colaboradores trouxeram. [mportantes contibuigses sobre o tema, prinepaments ro que se refere & questio da compreensio das raizes gonétcas da relagdo entro 0 ponsamento a a linguagem, ‘tena que ala ete o pensament ea fala passa por vrs mudangas ao longo da vida do invidvo, ‘Apasa do werom erigae erento ode decenvolerem de modo independents, nima_omta alu, ot ‘nero-d clon Sut gape dua, peneamenio © 2 lnguagem se enconizam e do ergem eo modo do funclenamentapecelégio mais solslesdo tplemente humana Sgundo Vygotsky, conqusadalinguagem epre- seus in mate no decnpinen 3 onow "o spactagto expedticameate humana para a lnguogem Tua a ranges a rovdentaem instruments st Tres na sohgdo de tarfes dels, a supetrem 2380 ‘mpolte,a plangjerem e soluglo ara um piclemn ates de’ sua exeougio @ convalarem sol pdpo omportameso. Signo e palavas costituem pare a= ceinngas, prio e cia Go tad, urs meio do onto foci com outas pessoas. As fungdes cogitivas © co 28 Famer non dey re ‘eomomens engage ype “ hg ‘municativas da linguagem tomam-so, entéo, a base de uma forma nova e superior de atvidade nas exiangas, lstinguindo-as dos animals" (Vydotsky. 1984 pai) ‘Sendo essim, ‘Vejamos como isto oe processa, ‘Tanto nas erianges como nos adultos, a fungéo primordial da fala ¢ 0 Contato social, a cammunioago, to ‘quer dizer que 0 desenvoivimento da inguagem & impul- sionado pela necessidada de comunicagdo, Asim, moa ‘mo ala mals primitiva da ctisnga ésocial. Nos primeicas meses de vida, 0 balbucio, 0 1s, 0 choro, a expresses factais ou as primeitas palavras da cranga cumprem no ‘somente a fungi de alivio emocional (como par exemple tanifestag0 de confor ou inodmode) como também ‘io melos de contato com os membros de seu grupo. No fentanto, esses sons, gestos ou expressdes sio manifes tagées bastante difsas, pois ndo indicam slgnificades |, Sspeatias (per exemplo,o chorodo bohé pode signifcat | setae, fame te} Vytsychanou eta fe do. 1 re . “Antes de aprender a falar a erianga demonstra wna + ite acne em ‘agirno ambient e resolver problemas prétios, ncusive ‘com 0 auxfio de instrumentos intormedtérios (per exem= plo, ¢ capaz dese utilizar de um baldinho para encher de areia ou de subir num banco para aleangar um objeto), ‘mas sem a medio da inguagem. Segundo Vygotsky, ‘esse ¢ 0 estégio pré-ngUistico do desenvolvimento do pensamento. 4 COSSOOSSEHEHOHE esasiada TATLTALTTP ASSO LTE TAINGG Auavés de inimetas oportunidades de dislogo, o8 ‘adultos, qu jd dominam alinguagem,néo s6 interpretam fe atriouom signiicados acs gestoe, posturas, expreesOee fe sons da cranga como também a inserem no mundo [ SmRBOIGY OO TS CONS Ne medida eat que &-aTanga] {nteragee dialogs com os membros mals maduros de sia cultura, apronde a usar a linguagem como instrument do pensamento © como meio de comunicagéo. Nesse mamenio © pansament-e a ngage oo esocan, ‘conseqiertsinente o pensaiento wrnarse verbal rneioral” interessante analiser com mais detalhes as expli- apts de Vygotsky sobre ¢ processo de conqust da uutilizagto da jem como instrumento de pensamen- to, aie evidoncia 0 mado pelo qual a cranpaintetciza ‘98 padibes de compotamento fmetdos pot seu gupo cultural. Atraés do sous exporimentos, pide obsavar que este process, pesar de dinfimicoenoinesr,pessa ‘Por estiigios que obedecem & seguinte tmajetdria: a fala ‘evolil de uma fala exterior para uma fala egocdntrica , esta, para uma fla nario. A fla egpotaitcn 6 exten ida como um extgio de tansigdo ents a fala eetor |) (Gruto das atividades interpsiquicas, que ocorrem noplano (|b?! social) e @ fala interior (atividade intrapsiquica, individual). 1. vyotsy ata ue a prt ase moments 0 pense vechal pas ea preananane ra tice paca ha Na ‘oto, o pensar no val Oo wom aa ates ue ‘Gogo apenas o uso ages ps) e'2 ngoapee 2 Intake! bor ene, quando um maou rect un pana doo. ado co oabSnguagens emocceal exodinpsetes f hoe ounce com me some 65 Primeizamente a cranga viliza a fala como meio de ‘comunioago, de estabelecimento de contato com outs ‘pessoas. Para a resoluplo de um problema, por exemplo (coma eloangar um brigadeio que esta am cima de uma (eladeta), a crianga faz pelo verbalsum adilto. Nesse estigio a fala 6 global, tem mtliplasfungbe, mas nde serve ainda como um plansjamento de soqiéneias & secer reaizadas; assim nfo 6 utlizada como um instru mento do pensamento. Vygotsky chamou essa fala do dlscureo socalizado, ‘Aos poucas, a fla socalzada, que antas ea dirgida ‘20 adulto para resolver um problema, 4 Intemalizade, 00 soja, a crianga passa smh ‘edo, alm das funges emocionaise coluntcativas, 2 fala comoga a tar também a funcéo planeladora, Nesse caso, a rianga estabeloce um didlogo com ela mesma, ‘sem vocalizapdo) com vistas & encontrar uma forma do solucionar o problema (6 como so ela falaase para cla ‘mesma: "Preiso arrumar um jelto de aloangar esse doce Fosso usar uma escada ou um banc". Portant, fala ‘passa a preceder a apto o functonar oomo axflo de ira plano concebido mas ainda nia executado, ‘Ao ecendo wea a aguagem pra pls una oto tuna eoeego an dav experi ied. Eta "ao do fa” (soto no ana) ere a cans arom cpr pest ls moe (pan pat ever coma deduzir ete.) " ue ‘yootsty epiea que exe um tipo de fa inno dite qe funciona como uma epic do tacit onto 0 acute socio eo nai. A eaacetisce Bi cipal dese fala 6 que a atbmipinba a apo ove digo DREMP OLE EES ESE LET EE TEES EE 4 POSTE KK SOOTHE HS De OeewevLEDveS 20 prépro sujeito da agio™. Nesbo esto a crtang fala ‘alto mas no oe dirige a nentum interlocutor, dialogs ‘coneige mesma. Tambémm serve para planoja e soluconar ‘um problema, 96 que ¢ como se planejasse em vor ata, ‘antes ou ao longo da realizanso da atvidede (por xem. plo: "Como eu passo peyar aquele hrigadeiro que est tio Tonge? Ah... sail Vou subir na mosal") ‘Wygotsky esclaroce as caractaristias da fungao pla. nojadorada fala a partic de uma interessante analog oom 8 fala dao cxiangas enquanto desenham. AS crlangns ‘menores tendem a nomear seus desenhos Somente ands twallztlos ¢ vé-os. A decisio do que serdo ¢ assim, posterior @atvidede, Uma cranga um pouco mais vetha ‘Romela o seu desenho quando este j esta quase promt ©, mais tarde, gecalmente docidem previamonte o que ‘dosenbazéo, Neaco caso, a fla 6 anterior A atividade e, ‘prtanto,diige @ ago, Quando a fala se desioca para o Infio da atividade, uma nova rlaglo entre fala © gio 92 cestabelooe (Como fi passive verioar, na perspective esborada, ‘0 dominio da inguagem promove mudangas radicals na ‘xiang, principalmente no seu modo de se relacionar com ‘oseu melo, poss posslita novas formas de comunicagSo ‘ail opotntien 6 xaments pets Ags estar Viet Tuna arin ve egos era ids No Vet, {eum nd, 99 atm mca o0 pnts Win, et Pngt pot a tj de dase ps fe, enqucta Vygahy Fenalize qua parca @ ao fap cata oo wei” Tp = is 8 ae en 6 POPTOO SENS EHH E SO d ODE vEvEVES recondo @ linguagem escita como tal’ (Vygotsky, 1884, p. 119) CO aprendlzado da esctta, esse produto cultural cons truldo ao longo da historia da humanidade, é entendido ‘por Vygotsky como um procosso bastante complexo, que 6 inllado paraacranga “muito antes da primoira vez quo, 6 prolessorcoloca um lapis emi sua mo e mostra como forma lens” (Vygotsky, ILS, ea 1886, p. 14) | ‘om os indivduos e de organtzaplo de eeu modo de agit pensar, 7, A AQUISICAO DA LINGUAGEM ESCRITA. ‘Vygotsky afirma que nao é somente através da aqui so da linguagem falada que o individuo adquite formas mais complexas do se relaclonar com 0 mundo que o cxtca.O aprendizado da linguagem esenta representa ut [i ‘novo constderival salto no desenvolvimento da pessoa, SORAFISGRGE TSSSE PIOGSGSS OG SSSOCTRE aD fato de a excita ser um sistema de representagéo da tealidade extzomamente sofsticado, que se constitu num Conjunto de “simbolos de segunda ordem, os simbolos| scree fanclonam como designagées dos simbolos ver. bale. A compreensio da linguagem oscrita 6 efetusda, pemeitamenta, através da inguagem faleda: no entanto, (radualmente essa va ¢ reduce, abreviada, ea lingua (Jom falada desaparece como elo intermedisrio" (Vygots by, 1984, p. 131). “Aguas pesqulsas domonstaram que ete proces so ativa ume fase do desenvolvimento’ dos procoscos ‘eiconteloctusis interamente nova e muito complexa, © i «ue 0 aparecimento dastes process ogi ‘uma mu danga radical das ceracteristicas gras, psoointalectis | | dactianca*(..) Vygotsky, 1988, p. 116). 0 dominio dese [1 | stems conpiexode anos tee nov itamaat i ‘eneamento(na'medida em que aumenta a capactdace de memsta,registo de informagtes ete), propia cio. \ Fenias formas do orgarizar aa ma Sendo assim, 0 aprondizado da inguagem escrta envolve a elaboragéo de todo um sistema de repre sentaglo simbélica da redidade, & por aso que ele ‘dentca uma espécte de continuidade ent as diversas desonoe o bringue- , textos). Eni, promove meds dferentese ainda mais abetzatos de pensar, de se relaclonar com as pessoas € {com 0 connecimento | Pattindo desse pressuposta, Vygotsky faz importan- ( tes critica vis, presente tanto na Psicalogia como na i Pecagogia, que considera o apcendlzado da, pe nas como hablidade motorg: “Ensina-se as eriangas & sdeseniha letras¢ constulrpalavras com elas, mas no Se ensina a inguagom eccrita, Enfatiza-se de tal forma a mecinica de ler 0 que sth escrito quo ee aocba obscu CConsiderando a importéncia do domino da lingua {| gem eserita para o individuo, Vygoisky enfatia a neces: sidade de investigagdes que procurem desvendar @ 2c | -gBneoe da eset, o caminho que a exianga poreore para)? ler e esciover, particularmante antes que se," > 6 6 IRADRVSSAAGSHOSSTTOHEEELATTEL suubmeta go ensino sistemitioo destalinguagem na esco- Ja; “A primotra tarefa de investigagso clentifoa 6 revelar essa pré-histtia da linguagem escita; mostrar oqueleva ‘8 crlangas @ escrever; mostrar 08 pantes mporeantes pelos quals pasea esse desenvolvimonto pré-istrico © (qual aaua selagto oom oaprendizado escolar” (Vygotsy, 1984, p, 121), Esse programa de pesquisa fol realizado pot “Luria, que, tvavée de experimentos, procurou idantifioat ‘o percuso da pré-histéj da escrita, a génese da lingua ‘gem escritana erianga"™ 8. INTERACAO ENTRE APRENDIZADO E DESENVOLVIMENTO: A ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL Como vimos até agora, Vygotsky no ignora as efingbes biolégicas da espécie humana; no entanto, atribul uma enorme importénca & dimensio social, que foxnece instrumentos e simbolo (assim como todos 08 cementos presentes no amblente humano impregnados {2 signfieado cultura) que medeiam a relagdo do indi ‘duo com o mundo, ¢ que acabam por fomocer também ‘seus mecanismos psicolégios e foumas de apir nesce 19, sreatados dass bab ple st contest do ‘ieee sta “O cervneta Gea ia In “Enguope, deseyeinarto ¢sprendeagen (pes, LS "HGH p-109 Hinton cnewwat ala do Vt {np veggies ess por Lara nese 63, (Garam mutas ange com ce pose aire pl pa. ‘hc 70 Pry uals das pele eaten ene ee {bats cesar MIT, Roce (08D od GA Sao (0) I@PARADHAHETESEEAEEEEHEREREEEE POOH EOD EE SOG ESS O OOO KEES OED: mundo, O aprendizada @ consderado, assim, um aspecto ‘neoessério e fundamental n processo de desenvolvimen: to das fungbes psloalégicas superior Portanto, o desenvolvimento pleno do ser human depende do aprendizado que realiza num determinado ‘grupo cultura partir da interago com outiosindvduos {da sve espécte. Isto quer dizer que, por exemplo, um {ndividuo enado numa tbo indigena, que desconhece o sistema de esrita nfo tem nenhun tipo de contato com ‘um ambiente letrado, no 0 afabetizard, 0 mesmo care ‘coin a auisiggo da fala. ocanga s6 apronder afar se pertencet a uma comunidade de falanies, ou sea, 05 ‘condigSes oxgnicas (pdssiro aparei fonador),emhora necessiri, nfo #0 sufcientes pata. que 0 individuo ‘aéquica a linguagem, Nessa parspectiva, 60 aprendlzado que possiblita © ‘movimenta 0 proceiso de desenvolvimento: “0 apfendi- ado pressupde uma natuees sock especiica © um proceaso através do qual as cnancas penetam ne vida Intelectual daquelas que as corcam” (Vygotsky, 3984, p. 99). Desse ponto de # justemente por isso que as relagbes entxe desen: velvimentoe aprendizagem ccupam lugar de destaque na 2 Sete eo amo, ver apeineteo aig: iateegdo ez epandadn enorme i Aounapaa soil Sa monn (roe, 0p. 9-108, n obra de Vygotsky, Ele analisa essa complexa quostdo sob dots éngulos: um 6 o que se refere & compreensc da relagio geral entre o aprendizado ea desenvalvimento; © ‘otto, s pocularidades dessa relagio na perfodo eocolat ‘az esta dstingéo porque acredita que, emborao apren- ‘dizado da ctianga 6 inicio muito antes dela eqientar a ‘escola, 0 aprendizado escolar intoduz elementae novos no feu desenvoWimento, ‘Vygotsky identifica dois rivets de desenvolvimento: lum se refste &s conguistas ja efetivadas, que ele chama ‘nivel de desenvolvimento real au efetivo, © 0 otto, 0 nivel de desenvolvimento potencil, que se relaciona 8s capacidades em vias de serem constuidas, conforme explloaamas a eequi, © nivel de desenvolvimento ral pode ser entendio ‘como relerente aquelas conquistas que jéestio consai- dadas na cranga, aquelasfungdes ou ospacidades que cla jé aprendieu domins, pois consegue utiliza soz ‘ha, sem assisténcia de alguem ma experiente da caltua (pai, mae, professor, crianga mais velna ete), Bete nivel indica, assim, os processes menlas da enianga que ise esabeleceram, cicos do desenvolvimento que jee ‘completaram. esse modo, quando nos refrimos aquelas ativia- des tarefas que a ctlanga ja sabe fazer deforma indo MADHSHSHO LCST EMTTESCCHTAIEEE POOCC EET O OES eeeKODEvOvEsdoEET pendente, come por exemplo: andar de bciceta, cortar ‘Com a tesoura ou resolver determinado problema mate~ ‘nétioo, estamos tratando de um nivel de desenvolvimen- to Jf estabelecido, isto 6, estamos alhando © desen~ ‘Yolvimento retospoctivamente. Nas escola, na vida co- ‘aeiana e nas pesqulsas sobre o desenvolvimento infantil. ‘costurma-se avai @erianga somente neste nivel, to 6, fupde-so que somente aquilo que ela 6 capaz de fazer, ‘bem a colaboragéo de outros, 6 que é representatvo de ‘s0u desenvolvimento, (nivel de desenvolvimento potencial também se refere aqullo que a ctianga & capaz de fazer, 8d que mediante a ajuda de outra pessoa (adultos ou criangas mals expetiente), Nesse caso, acxanga reliza treian © foluciona problemas através do didlogo, da colaboracio, 6a imitagSo, da experiéncia compartihada e das pstas ‘que Ie so fornecidas, Como por exemplo, uma cxianga {e cinoo anes pode néo conseguir, numa primeira vez, rmontar sozinhs um quebra-cabegas que tenba mus ‘opus, mas com a asistencia de sou imo mais velho ou ‘noemo de uma eranga de eua Idado mas que jé tena ‘expariéncla neste [og0, pode realizar tarts, Este nivel 4, para Vygotsky, bem mais indicatwo de sou desenvol- vimento mental do que aquilo que ela consegue fazer sozinha. ‘A distancia entre aquilo que ela @ capaa de fazer de forma autonome (nivel de desenvolvimento real) e aquilo ‘que ela zeaiza em colaboraglo com os outtos elementos e sou grupo socal nivel do desenvolvimento potencal) ‘omactedza aquilo que Vygotsky chamou de "zona de desenvolvimento potencial ou proximal”, Neste sentido, (0 decenvolvimento da ceianga 6 visto de forma prospec- tiva pais @ "zona de desenvolvimento proximal define aguelasfung®es que alnda néo amadureceram, que esto

You might also like