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I CONGRESSO BRASILEIRO DE FILOSOFIA DA RELIGIAO 15a 18 de novembro de 2005 OT ema ee) Auditério FINATEG Brasilia-DF ron rte eRe enreg ea EVEL) | CONGRESSO BRASILEIRO DE Bra OO ae 00) ISSN 1808-995% Anais do I Congresso Brasileiro de Filosofia da Religiao Brasilia-DF, novembro de 2005 ww ANPOF epee de Hain CComissio organizadora: Agnaldo Cuoco Portugal e Scott Randel Pane CComissio avalladora dos trabalhos: Dr. Eduardo Gross (UFIP, Dr. Lule pe Pond (PUC-SP) © Dr Seott Randal Paine (UnB) Projeto grifico, capa, lstragées e editoragdo: Epacca Elitora Présimpressfo,Impressio eacabamento:Crificae ElitoraItaarati Brasla-DF, novernbro de 2005 2914 C7498 Congest de Hs lg (2005: rat fs do| Congreso Bas de loo da Rigo /veaeado pelo Departamento de Fw da Universidade de Brae Asocgho Nadonl de Pb produ era, Flsofa. Sass" Unverstade de Basa, 2008 1550 1000-985% “losofia da Relglaa cou EDITORIAL (01 Congresso Brasileiro de Filosofia da Relig visa reunir professo- res, pesquisadores e estudantes de pés-graduacio do Brasil que lidam com a Filosofia da Religizo para divulgar e discutiros trabalhos em andamento de modo a mativar e aperfeicoar essa érea no pass. “Trata-se da primeira iniciativa de reunir pesquisadores em Filosofia dda Religido no Brasil, uma drea que tem crescido em importancia no mundo inteiro, mas que ainda esta pouco desenvolvida no Brasil, apesar da enorme importancla que esse fendmeno tem em nossa cultura esociedade. Esse evento @ fruto de uma articulaggo de pesquisadores programas de p6s-graduacao em Filosofia que se deu a partir de 2003. Naquele ano, realizou-se na UnB o Col6quio sobre Probat ‘dade na Ciéncia e na Religiso e Y0OKII| Semana de Filosofia da Un8, ‘Além da presenca de Richard Swinburne, um dos mais importantes ‘ilésofos da religiao de lingua inglesa na atualidade, o evento possi- bilitou o contata entre o grupo de flosofia da rligiso da UnB, enzo em ormacio, como Prof. Luiz Felipe Pondé, da PUC-SP ‘Talcontato se revelou extremamente promissor,!é em 2004, partici- amos juntos de um evento promovido pelo Niicleo de Estudos e Pesquisa em Filosofia da Religizo do Programa de Pos-graduacéo em Ciéncias da Religiéo da UFIF, em Juiz de Fora, o simpésio Schelling € sua Influéncia na Filosofia da Religido. Em outubro desse mesmo ‘ano, durante © XI Encontro Nacional de Filosofia da ANPOF, os contatos se ampliaram ainda mais, possibiitando a criagdo de um Grupo de Trabalho em Filosofia da Religio na Associagéo Nacional de Pés-graduacéo.em Filosofia, E a partir desse GT da ANPOF que fol organizado este | Congresso Brasileiro de Fllosofia da Reigido. Com poucos recursos de divulga- ‘co, foi felta uma chamada de trabalhos para apresentacio © 2 resposta foi surpreendente: mals de setenta trabalhos foram apre- sentados para avaliagio da comissio julgadora. Desses, foram aceitos sessenta, dos quais vine e cinco sao de doutores, sem contar ‘0s quatro professores canvidados aapresentaras conferéncias maio- res. © Congresso conta ainda com exposigoes de mestrandos & doutorandos em Filosofia de programas de pés em todo o pais.A programagio é extensa e variada e esperamos que interesse nao apenas aos pesquisadores em Filosofia, mas também ao pablico em eral Comissio Organizadora. 1 eongrete Sri de Filsefida Rais [5] r SUMARIO Editorial, Resumo dos trabalhos 0 seorado na religigo grega antiga: a vsies de Rudolf (tte Karl Kerény.-crisine Aimela de Azer (a razdo ao €xtas:flosofiaereligido em Platine. Pula Csr Lage de Ora Contempo e escese em Pltin.- Gavia gal ‘Afirmago david como nova espiituaidade,Vitalidade © esprtualidace. - Jas a Gosia ior © Cristanismo come décadence-rligon. Uma abardagen da cbra 0 Anicristo - Rodrigo Mendes Rogues ‘Arthur Schopenhauer: odlalogo cam o budisme « ‘onsideragdes sobre crisGanisma Heber Moria Katz @ Kuhn: uma aproximagioepisterolégica para uma anise contextualista da experiencia mistca Cars Abert Arai de Sousa Realism econtextallsmo numa abordagem Bayesian da lstemlogia da crenga em Deus. - Agate Cucc Portal Prtca mistica rite sensusdviaitatis:comparacéo entre Wiliam Alston e Alva Parting em busca de uma taoria gerl des credercias epittmica do tlsma. Nasu Mota Sabor Pinte ‘A Imagem alvinae pb da terra: huranismosagrado © 4 critica da madernidae em A, J Heschel. ~ Aexanare Leone Eistncia,fnitudee ortolosa: um estilo a partir do pensamento de Pau! Tlch, ~ na Pala Morea da Siva ‘A. inversao_no Jardim das Deliclas de Hyeronymus Bosch, ian art ‘A presenga de mulheres intelectual no pensamento flosicorreliaioso medieval. - mares Revert Nunes Costa Santa Hildegard von Bingen: fascinaggo musical - Daniel Lins O lugar de Deus ne critica da razdo pure. ose Hopi Tabla Criéros hegelianes para ura telogia da lbertacso Pur Gera pareia Novel 1 ConretzoBrsniv ge Fiesta da lito |? Filosofia da religido, cifacas da relia etelegia: comvergincias edveratneas. Set Randal Paine Pode ase racional? Meditatioo vida mandsten: a escola de Bec nose: Xt Pale artes Homens Divines entre rligi ¢ filsoia: fara uma tstria compara do term no mun antigo, SGnasticama e Nelsen Rodrigues. Beare Leme Curace ‘A experitcia da alma amorosa em tristeza do Mechthild de Magdeburg. - Mara os Calle do Anaral Fldsofos Visiondros: bn Sina bn Gabirel ¢ Subravard (Ceuta Ctra Cae de cede ‘A experiéncia do conhecimento em Frane Rosenzweig Mana Cristina Maran Guanirt (© conceito de teologa na tess “Sabre o conceit de histria de Walter Benjamin - rer verano Teologia¢ materialism histévco: dimansbes da ilostia da historia benjainiana, = Carole Wirth Sobre retigiao e natureza: algunas consieragées flosfieas.- clacla Cerca do Rosaie A religito do deus-natureza de Gorthe, - Hubert 8 cto Faso, religidoe sociedad em Benjamin Franklin: lluminisma eiluminagae na formagae de Novo Mundo ‘na atl ite Sanches ‘4 revelagio core pala na taolagia sic eit lca vergoa Fito Monotisme e vooicia: a doutrna da revelagso como efesa da justia dvina ante desafo da ma. Fab dos Sato Cede Lene "inferno como incapacldade de ora’, Uma apraciagse sabre o anosticisme de Ciaran. Rodrig Inca A exioéncia de Deus @natureza do mal, = José Maria rts || canoes Brasaie de Fas de tle 9 20 at 3 2 on 35 36 28 Ey “0 a 2 45 46 a Ex EADEM VENA Mestre Eckharte a equbvaléncia entre filostiaetelogia,- Rosca Guerin istvio do sor ecimensie rligiosa em Martin Heidegger Pa Afose ae aio Rump a uma ilosfia pésmetasca de relist, Si Paul Tavares Zale ‘Acivindade em alarm. - Rose Mebeuar san dela Cruz © Kandinsky: vies o vate Cleara Canta Beaerea| Die Endlichket it na sich selbst die Strafe. A finitude é em si tmaama a condenacéo.- Jair Barteza [deolooi ereligiso ern Mav. - Maur Casta Branca de Mora Uma tora, ua experanga - Harkhelmer eo rencontro fam a tmaginagée reigns, - tance Rise de Moraes ror ‘A corscinciareligiosa em Abraham J. Heschel Maria de Gla Hazan ‘A questi da despersonalizagta © a religiz0 no mundo modern segura Aleeu Amoroso Lim. - Lule Henrie Eterer Uma histvia sobre a morte de Deus. - ao Sampaio ‘A critica de Dostaiva a lle em Os Dembnios Sasqueline eum Sebarats Uma radografa da alma andlise do texto sobre a conwersdo do pecador de Blaise Pascal ‘el Venturi ats (0 Euem Pascal, - Ana Clan Pato! Marranos,reformades¢hereges drama da niversalidade da salva na obra de Espinosa Rachel ysne FORE [As conseqncia dese entender 0 pensarenta de Esplnasa cerna monista.~ seit Laie Sueno ‘Aintrpretagie de Nietzsche sobre ofundament primordial Ge Cristiane. - Renato Nunes Bhtenourt Nictesehe ea morte de Deus - luan Car Matos eames 0 ave € regio? Linas alteriade © uniidade. einge Searaie 56 55 Py aL 62 4 ry 6 o «Congress Brive de Fiesta de Reto 19) ‘A nogo de ntelramente outro em Wax Hortheimer. Bate Cori ies Uma inierpretagao de “A Pade segundo GH* com vistas & lscussao sobre © prablema da religifena aueldade, ar Gree Designo, expicagdoe ardem natural em Hume. Marcos Rodrigues Sita A histéria natural da veligo de Davie Hume e sua "expleacan das origens ca crena relia. - Jimi Conte Reloio e politica no pensamenta de Mauiavel Jes Lu Anes Heidegger e a Metatsca como Ontoteoosia, FemandoFrsczn Filosofia dante dos mits biblcos, Rudolf Butmann, Karl Jaspers e a questo da desmitologiacio Gerson sree indice dos Autores {Indice dos Trabalhos Anotages Programagio |10|1 cergesoBraseiro ae Festa da liso 6a 69 70 n n 6 4 75 al a7 105 RESUMOS © SAGRADO NA RELIGIAO GREGA ANTIGA: AS VISOES DE RUDOLF OTTO E KARL KERENY! Cristiane Almeida de Azevedo - UBF e-mail: virmelavolta@hotmail.com A partir da experiéneia grega dos mitos, tomada aqui como uma reli ido antiga, o trabalho pretende pensar a vivéncia do sagrado nessa religiosidade antiga. Para tanto, seréo contrapostas duas visées sobre o sagrado que aparecem, em um primeiro momento, como opostas: aquela trabalhada por Rudolf Otta em *O Sagrado" e a desenvolvida por Karl Kerény/, ef "A Religiéo Antiga’. Ao pensar 0 sagrado a partir da categoria do numinoso, Otto vé o divino como totalmente outro, como realidade inating{vel,Inefavel, incognosc!= vel, Sendo assim, no é possive falar desse sagrado, e sim dos senti- rmentos queo Numien provocane homem, 44 Kerényi pensa em uma relagdo direta entre homens e deuses. Para 0s gregos, o fundamental esté no conhecer compreender, endo.n0 sentit. Esse conhecer/compreender ¢ um saber contemplative quese Tefere ao divino: © homem religioso sabe coisas divinas e a0 agir gulando-se por elas, participa do divin. Viséo que coloca em questéo.o divino comoalgoinatingivel, inefvel eincognoscivel 1 ongress Basic de Florofa da lao [23] DA RAZAO AO EXTASE: FILOSOFIA E RELIGIAO EM PLOTINO Paulo César Lage de Oliveira - UFMG ‘e-mail: lageolivelra@bol.com. br Herdeiro da flosofia grega representada pelo platonismo, aristote- lismo e estoicismo, Plotino procurow manter-se em continuidade ‘com essa tradicio em pelo menos dois aspectos: formulando uma ‘metafisica fundada em um extremo esforco racional e também esta- belecendo como fim titimo da atividade filosdfica a realizacio da esséncia humana. O fundador do neoplatonismo concebeu esta realizagao em termos de uma identificacéo supra-tacional da alma com o primeito principio, 0 Uno, elaborando assim uma teologia ou hhenologia mistica. Em funco desta, alguns intérpretes apontaram Para uma ruptura entre Plotino © a racionalidade grega. Zeller chegou a tentar mostrar uma profunda incompatibilidade entre a teoria plotiniana do éxtase e a tradiczo classica representada na ‘metatisica de Plotino. Esta aparente divergéncia entre o caminho da Fazio e 0 da purifiagéo, complica-se ainda mais em funcio da ‘obscura e ainda pouco esclarecida relacao entre Plotina € os antigos altos de mistério, principalmente os mistérios de Isis, Em determi- rnadas passagens das Enéadas, Plotino parece considerar 05 tos € ‘uitos religiosos como supérfluos, mas em outras, ele explica a unifi- cagfo da alma com 0 Uno utilizando-se justamente da linguagem dasreligides de mistéro. presente trabalho tem como objetivo investigar em que sentido Plotino compreendeu a relagao entre filosofia€ religiao, 20 estabe- Jecer como meta da vida a contemplagio do Uno e quaissf0 as just- ficalivas racionals apresentadas para sustentar esta henologia [141 Congress Brat de Filosofia da Reto RESUMOS CONTEMPLAGAO E ASCESE EM PLOTINO Gabriela Bal - PUC-SP ‘e-mail: bal@uol.com.br ‘A contemplagio € para Plotino o mesmo que caminho. Uma via de ‘acesso que conduz “do Um 2o Um". Ao vislumbrarmos 0 termo “contemplagio” somos convidados a realizar aquilo a que este se ppropée, ou seja, @ visdo, pois na lingua grega estes dois termos ccorrespondem a um Gnico termo theoria. Se num primeito momento a contemplacéo nos permite vislumbrar osurgimento das realidades, umas a partir das outras, do inteligivel ao sensivel, é a0 reconhecermos a nés mesmos em cada uma das etapas que reali- zamos aquilo que corresponde & esséncia da idéia plotiniana da ‘contemplagio - a converséo do olhar. Assim ao contemplarmas aquilo que nos antecede e dé origem, o Principio, ¢ a nés mesmos realizamos a unificacao da nossa Alma e retornamos aEle. Por outro lado se convergimos 0 olliar na outra direcéo, ou seja, aquilo que no somos e que no corresponde ao Principio que nos originow, criamos uma outra realidade, diferente de nés mesmos e do Prin pio. Neste estudo pretendemos esclarecer de que maneira a cosma- Jogiaplotiniana associa-se aidéia de ascese. 1 camgressa rasa de Festa de Relize [25] AFIRMACAO DA VIDA COMO NOVA ESPIRITUALIDADE. VITALIDADE E ESPIRITUALIDADE Josias da Costa Jinior - PUC-RIO ‘e-mail josiascosta|r@bol.com.br © objetivo do trabalho é apresentar brevemente linkas do pensa- ‘mento modemo, cujo elemento norteador 6 binémio religiéoevita- lidade. © ponto de partida & 2 oposigio radical de pensadores modernos ao espirito medieval, pois entenderam que o modo de iver relgiosidade, soba tensZo corpo/ spirit, inbia a vitaldade. ‘A aproximagio ao tema se dard por meio de trés pensadores:Frie~ dtich Nietzsche, Paul Tillch e JOrgen Moltmann. Nesta achega ‘expomos a crtica contundente de Nietzsche a religido, sobretudo ao iistianismo, Para ele, areligiocercela aliberdade da vida eo cristia- rnismo, por seu turno, condenou tudo que era prazer e valor aqui na ‘terra, Neste sentido, ha possiblidade de se conjugar vitalidade e reli ‘80? Para Tilich, a vitaidade deve ser situada entre o fim em si ‘mesmo e o meio para. fim, comisso ele unea "forcada vida” coma “intencionalidade da vida” dentro dos contetidos de sentidos. Em ‘Moltmann hé uma tentativa de superar as tensoes entre religifo @ vitalidade, que significa recuperar uma cosmoviséo hebralca, que fala do (re)encontro com o Espirito libertador paraa vida. Isto implica rompimento com uma vida espirtualizadaem Deus, que inibe a vita- lidade, [611 cones Gras de Fist ds Re go © CRISTIANISMO COMO DECADENCE-RELIGION UMA ABORDAGEM DA OBRA O ANTICRISTO Rodrigo Mendes Rocrigues - UFS! e-mail: humanismo@uol.com.br © escopo de nosso trabalho é o de re-vistar a obra © Anticiso, ‘Anétema sobre oCristianismo, de F W. Nietzsche, na qual buscamos, compreender os meandros da andlise do Cristianismo (Christent- hum) como Décadence-Religion. Doravante, pretendemos, ao investigar sua critica ao homem ocidental, buscar subsidios para desenvolver uma andlise de sua linha l6gica de reflexao, tendo em vista o Cristianismo como reflexo da/na cultura ocidental, como referencial aos valores vigentes. ‘Analisando er sua rflexdo sobre a moral judaico-crist, vemos que esta presta uma critica a modemidade (cienifismo) e ao homem «ristio, abordando neste as varias relagbes entre forca e poder. Concluindo que a cultura moderna tera sido gerada pela consol- ddacao ao longo do projeto civizatrio,levado & cabo pelo Cristia- nismo do fenémeno religioso hegeménico no ocidente em suas implicagbese relagBes com onilismo (nih. Entendemos aqui 0 Nilismo enquanto ‘religiéo,filosofia, mora, [ciéncia,] producdo artistca, movimento socal, convuisio politica, violéncia revolucionaria', constituintes de uma WSgica comum @ ‘todos estes processos, valores da cultura ocidental, endo.como cons- tituigio da verdade, o nada AA genealogia nietzscheana da cultura ocidental pode ser vista, essencialmente, como uma critica & moral crsté e & modernidade, como um método de investigacdo, que compete desvendar as condigies e crcunstandas de surgimento de nossos supremos valores eideais. 1 Congreso Sasi de lia dl Rei 27 ARTHUR SCHOPENHAUER: O DIALOGO COM O BUDISMO E CONSIDERAGOES SOBRE O CRISTIANISMO Helberle Hirsgberg Horécio - UFOP e-mall:quintushoratius@bol.com.br © presente trabalho tem por objetivo apresentar 0 diflogo que ‘Arthur Schopenhauer trava com o cristianismo, e qual aimportancia dobudismo em seu pensamento, © pensador alemao observa que o mundo seria apenas representa- Bes, meros fendmenos para o sujeito. Schopenhauer aborda & pr6pria coisa-em-si dos fendmenos (representacdo) - a Vontade - que seria independente destas representacées. Vontade a qual aparece intrinseca em todas as relacées, sendo percebida pelo filé- sofo como um querer iracionaleinconscient, destituldo de um fim Dentro desta perspectiva, o Homer, que & objetivacio da Vontade, 6 reflexo deste querer incansavel. Sendo-o, disputa com outros hhomens esta necessidade imitado, este desejoinfnito de querer, mas tal situago olevaa dor. Para Schopenhauer, a arte € um caminho para a supressio da dor, orém provis6ria. Outro caminho para esta supressio, bem mais estével, no entanto, é 0 do Nirvana budista, que reduz 0 Eu a umn ‘minimo de desejo e vontade, pois compreendem o individuo como ‘mero fendmeno, e quea realidade 60 Ser Infnito, sem divsdes. Schopenhauer aponta também, como ocrstianismo jéhavia consta- {ado essa Vontade que leva 0 homem & dor, e faz consideracées,

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