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pater Autores. ‘Agradecimentos Diogo Ayres-de-Campos Introdugio... Siglas,Maénimos eAbreviaturas. ‘Obie ies nes da, 11. CONSULTA DE ENFERMAGEM EM SAODE MATERNA E OBSTETRICA: PRE-CONCECAO. 1.4 Consulta pré-conceciona... (Olga Pousa, Catarina Freitas Amaral e Ana Margarida Maia 2. CONSULTA DE ENFERMAGEM EM SAUDE MATERNA E OBSTETRICA PRE-WATAL DE BAIXO RISCO 2.1. Primera consulta (antes das 12 semanas). cs ‘Sénia Barbosa da Racha, Isabel Fereira, Vitor Varela, Ana Margarida Maia e Olga Pousa 2.2 Consultas 12-28 semanas ‘Sénia Barbosa da Rocha, isabel Fereta, Vitor Varela, Ana Margarida Maia e Olga Pousa 23 Consultas 28-36 semanas. ‘Sénia Barbosa da Racha, Isabel Fertera, Vitor Varela e Olga Pousa 2.4 Consultasa partir das 36 semanas... : ‘Sénia Barbosa da Rocha, kabel Ferera, Vitor Varela e Olga Pousa 2.5. bxecusio e andlise do teste pido de urn ‘Olga Pouso Albina Sequeira, Alexandra Seabra, Maria de Fatima Sobral ‘eAna Salomé Morera 2.6 Monitrizaéo da altura uterna... = ‘Alexandra Seabra, Albina Sequeira, Catarina Sousa, Mrla de Fatima Sobral, Olga Fousa «Carolina Miguel G. Henriques 2.7. Avaliagio da apresentago fetal etamanho do bebé: Manobras de Leopold ‘Albina Sequeira, Carolina Miguel G. Henriques, Alexandra Seabra, Olga Pousa, Catarina Sousa e Maria de Fétima Sobval 2.8 Monitorizagio da frequéncia cardiaca fetal com doppl = ‘Albina Sequelta, Alexandra Seabra, Catarina Sousa, Olga Pousa eAnastca Tbelra 29) Montorizagao da cardiotocograia extema... ‘Albino Sequeiro, Alexandra Seabro, Catarina Sousa, Sénia Brando ¢ Olga Pousa 13. CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM SAUDE MATERNA E OBSTETRICA NA URGENCIA DE OBSTETRICIA 3.1, Hemorragias do 1. 2.°trimestres. Catarina Belo, Elsa Camelto, Alexandrina Barros e Catarina Freitas Amaral 6 » 30 B 36 3 3 Procedimentos de Enfermagem em Satide Matera ¢ Obstétrica 3.2 Hemorragias do 3.°ttimeste wenn Catarina Belo Catarina Freitas Amaral 33. Prolapso do condo umbilical. Caterina Belo, Catarina Freitas Amaral Alexandrina Barros, Esa Carneiro Albina Sequeira 3.4 Reanimacio cardorrespiatéria da grivida... Nuno Ferreira e Sofa Ferreira PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM EM SAUDE MATERNA E OBSTETRICA NO TRABALHO DE PARTO. 4.1 Diagnéstico de inicio de trabalho de parto. tor Varela Catarina Freitas Amaral, Mara Elsabete Santos, Cristina Madruga, Nuno Fereitae Sofi Ferreira Rotura artifidal de membranas (ammiotoMia) ea eennennne Albina Sequeira, Maria de Fétima Sobral, Ana Paula Prato Teresa satina Correa, Maria Jodo Monteiro e Carolina Miguel G. Henriques Usiizagio dos métodos nao farmacol6gicos de avi da dor no trabalho de parto Maria Jodo Monteiro, Marta Santos, Ana Paula Prata e Albina Sequeira Posicionamentos e mobilidade da gravida a Vera Cardoso, Ana Leonor Minelr, Sara Cartacha, Vitor Varela, Maa Jodo Monteiro, Marta Santos, Elsa Camero, Albina Sequeira e Maria Ellsabete Santos Imersdo em gua. Isabel Ferreira, Sénia Barbosa da Rocha e Vitor Varela Walking epidural. = Albina Sequeira, Conceicdo Freitas, Alexandra Seabra e Teresa lsaltina Coreia PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM EM SAUDE MATERNA E OBSTETRICA NO PARTO .. 5.1 Assistrparto vagina... Cotarina Freitas Amaral, Nuno Ferreira, Maria Jodo Monteiro e Ela Bulcbo ‘5.2 Posicionamento da parturiente no periodo expulsvo, Vera Cardoso, Ana Leonor Mineiro, Sara Carracho, Maria Jodo Monteiro, Marta Santos, Elsa Camera, Vitor Varela, Albina Sequeira e Maria Elisabete Santos Fsforos exptsi05 coon = See Helota Pacheco e Manuela Nené Feridacinirgica perineal seletva(epsiotomi) Carlos Mascarenhas Maria Pua Comrie da feria perineal (cirgica — epsiotomia/traumstica — aceracdo de 1.°€ 2. graus) Carlos Mascarenhas Colheta de sangue do condo umbilical para gasimetra ‘Albina Sequeira, Alexandra Seabra, Dolores Sardo, Sénia Brande Vitor Varela Colheta de sangue do cordo umbilical para células estaminais..... ‘Albina Sequeira, Maria ae Montel, Carolina Miguel G Henriques Aleandra Seabr, ‘Adriana Moura e RuiCamelo 6 w % a 2 101 107 us ns 13 BI 37 49 153 ees nas La. 5.8 Teceiroestédio do trabalho de parto(dequitadura).. Albina Sequeira, Ana Paula Pata, Teresalsaltina Correia, Carolina Miguel G. Henriques ‘Maria Jodo Monteiro -ASSISTENCIA EM SITUAGAO DE EMERGENCIA OBSTETRICA: PARTO... 6.1 Distcla de ombros. Carlos Mascarenhas, Maria José Lemos e Catarina Freitas Amaral 6.2. Hemorragia pés-parto/Atonia uteri Carlos Mascarenhas, Catarina Freitas Amaral, Albina Sequeita e Maria Rua VIGILANCIA No PUERPERIO DE BAIXO RISCO.. 7.1. Assisténcia no puerpétioimediato.... ‘Maria Jsé Santos, Alona Sequeire, Conceicdo Freitas, Ana Paula Pratae Susana Lopes 7.2. aliago do estado das mamas... Teresa saitina Corea, Maria José Santos, Conceio Freitas, Susana Lopes ce Angela Lages Pinto 7 17.3. aliagéo da involugéo uterin... : ‘Albina Sequeira, Maria José Santos, ConcegeoFretas, Ana Paula Prtae Susana Lopes | 74. raliaglo do estado do perineo ‘Maria José Santos, Susana Lopes, Ana Paula Prat, Albina Sequeira, Conceigdo Freitas eMénico Maciel Carvalho 75 Avaliag dos lquios. ‘Maria José Santos, Teresa ialtina Coreia, Ana Paula Prata, Albina Sequera, Susana Lopes e Conceigao Freitas, PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM EM SAUDE MATERNA E OBSTETRICA AO RECEM-NASCID( 8.1 Cuidadosimetiatos ao recém-nascido Mario Rua, Ménica Maciel Carvalho, Maria José Santos e Catarina Freitas Amaral 82 Reanimacio neonatal ‘Ménica Maciel Carvalho, Mércia Goncalves, Marla Rua, Maria ose Santos Catarina Freitas Amaral 83 -Avalaciocefalocaudal do ecém-nascid. ‘Maria José Santos, Albina Sequeire, Raquel Marcolino, Olga Pousae Vera Moura 8.4 Colheita de sangue por puncio capilar norecém-nascido.. (Olga Pousa, Alexandra Seabro, Teresa Isaltina Correia, Albina Sequelia ‘Maria José Santos 85 Bxecusio da ténica dos 5 para acalmar orecém-nascido. Albina Sequeira, Olga Pousa, Alexandrina Barros, Conceicao Freitas ea Oliveira 86 Banho do recém-nascio. Albina Sequeia, Dolores Sardo, Teresa Isaltina Correia, Olga Pousa, Concelgio Freitas, Alexandra Seabra e Alexandrina Barros m m 18 9 cL 25 m or) 22 260 Procedimentos de Enfermagem em Satide Materna e Obstétrica 8.7 Limpeza do coto umbilical do recém-nascido.. ‘Albina Sequeira, Alexandra Seabr, Catarina Sous, razela Mendes Olga Pousa, Teresa lsltina Correia Susana Lopes ‘88 Rasteiocardiao ao recém nascid ss Albina Sequeira, Alexandra Seabra, Olga Pousa e Teresa lsaltina Correia 89 Teste de Guthrie ‘Albina Sequeira, Carolina Miguel G Henriques, Fatima Cost, Grace andes, (lg Pousa e Ana Luisa Cunha 8.10 VaCina G80 nn ga Pousa ALEITAMENTO MATERNO..... 9.1. Técnica de amamentagio. Albina Sequeira, Dolores Sardo, Olga Pousa, Carolina Miguel. Henriques, Teresa lsltina Correia, Carlos Mascarenhas e Catarina Freitas Amaral 9.2 Maceracaoe issura mami. i (ga Pousa, Carolina Miguel G. Henriques, Teresa sata Corel, Carlos Mascarenhas, Dolores Sardo, Catarina Freitas Amaral e Albina Sequeira 93 Ingurgitamento mamétio.... ‘Albina Sequeira, Carolina Miguel G. Hentiques, Olga Pouso, Carlos Mascarentos, Catarina Freitas Amaral, Dolores Sardo, Conceigdo Freitas e Teresa lsaltina Corea 94 Estimulagio e extragio de lite materno.. Carolina Mique! G. Henriques, Olga Pousa, Teresa Ialtina Correia, Albina Sequeira, Dolores Sardo, Carlos Mascarenhas, Catarina Freitas Amaral e Conceigdo Freitas ‘ALEITAMENTO ARTIFICIAL. 101. Preparacio dos bibet625..1en Fétima Costa, Grazela Mendes, Olga Pousa-e Ana Lusa Cunha PREPARACAO PARA A ALTA DO RECEM-NASCID 11.1 Transporte do recém-nascido em automével pés-alta hospital... (Olga Pousa e Catarina Sousa ‘CONSULTA DE ENFERMAGEM EM SAUDE MATERNA E OBSTETRICA POS-PARTO... 12. Visitacdodomicia a Fatima Costa, Grasel Mendes Olga Pousae na Luisa Cunha ‘indice Remissivo....... “Cie Edbes ens Lda Introdugéo A gravidez ¢ 0 naseimento devem ser vivenciados pelo casal como experiéncias positivas. Para tal, 6 essencial que os cuidados sejam centrados na mulher, no bebé e na familia. Amulher e a sua familia tém o direlto de ser tratadas com dignidade e respeito. Os cuidados prestados devem ter por base as melhores evidéncias cientificas, promovendo uma relaca0, ‘com conflanga reciproca, entre a mulher, a.sua familia ¢ a equipa. Desde a concecdo até ao parto, o objetivo principal do sistema de satide 6 assegurar que a sgravider, culmine no nascimento de uma crianca saudével, sem prejuizo para a satide materna. [Assim sendo, os cuidados prestados devem ser seguros, pautados pela fisiologia do parto, minimizando 0 risco de erro ou dano (efetivos, oportunos, eficientes), de modo a produzirem ‘0s maiores beneficios possiveis, com 0 uso adequado de recursos e de tecnologia, de forma ‘equitativa e centrada na mulher e no bebé. Elaboramos este livro com o intuito de promover uma prestardo de cuidados obstétricos e neonatais de qualidade. Acroditamos que a implementacao de procedimentos de prestacio de ccuidados, baseados em boas evidéncias clentificas, deve fazer parte de qualquer programa de melhoria continua de cuidados de satide em Obstetricia. Para tal, contanos couros conheci- mentos e a experiéncia de varios autores, que integram diferentes instituicdes de satide e de ensino, de norte a sul do pafs. Esperamos que esta obra seja itil para diversos atores, pelo que servird aos estudantes da licenciatura, aos estudantes de mestrado e da especialidatle de Enfermagem de Satide Materna ¢ Obstéitrica, bem como a todos os profissionals que exercam Tungées nesta area. ( presente livro pretende ser um instrumento de facil consulta, pelo que se encontra organi- zado em 12 capftulos, que integram 52 procedimentos. Em termos gerais, aborda procedimen- tos na drea da pré-concecio, vigilaneia prénatal de baixo risco, trabalho de parto, parto, puerpério e recémnascido, Os procedimentos esto estruturados de forma sequencial, acom- panhados com imagens elucidativas, e foram escritos de acordo com as recomendagées nacionais ¢ internacionais, integrando a evidéncia cientifica. Desta forma, pretende-se com esta obra colmatar uma lacuna na bibliografia existente, Este livro pretende ser um recurso de aprendizagem, contribuindo para a atualizagio de ‘conhecimentos necessérios a uma uniformizaedo de algumas priticas e promovendo uma pré- tica clinica mais segura e eficiente. 5 (t6enica) AcOG ADHS AgiIBs AMBU APEO aU BCG (vacina) BIS bpm BSG BSR. Br CPE cow com cre DAE DB Des DPP DPPNI DTPa (vacina) DTPattib (vacina) DTPaHibVIP (vacina) DTPaHibVIPVHB (vacina) - DIPaVIP (vacina) DUM = BESMO SeRc gPsMo = FAME Siglas, Acronimos e Abreviaturas Swaddling, Side/Stomach position, Shushing, Swinging e Sucking American College of Obstetricians and Gynecologists Arizona Department of Health Services Pesquisa do antigénio de superficie do virus da hepatite B Artificial manual breathing unit Associacao Portuguesa dos Enfermeiros Obstetras ‘Albura uterina Bacillus Calmette-Guérin Boletim individual de satide Batimentos por minuto Boletim de satide da grivida Boletim de sade reprodutiva Bilirrubina total Classificagdo Internacional para a Pritica de Enfermagem Citomegaloviras Cielos por minuto Cardiotocografia Desfibrilhador automético externo Défice de bases Direcdo-Geral da Saide Data provével de parto Descolamento prematuro da placenta normalmente inserida Difteria, tétano e tosse convulsa (pertiissis) Difteria, tétano, tosse convulsaedoencainvasiva por Haemophilus ingluenzae do serotipo b Difteria,tétano, tosse convulsa, doenca invasiva por Haemophilus influenzae do serotipo b e poliomielite Difteria, tétano, tosse convulsa, doona invasiva por Haemophilus ‘njluenzae do serotipo b, poliomielite e hepatite B Difteria, tétano, tosse convulsaee poliomielite Data da iitima menstruagao Enfermeiro especialista em satide materna e obstétriea European Resuscitation Council Enfermagem em saride materna e obstétriea Federacién de Asociaciones de Matronas de Espatia © Procedimentos de Enfermagem em Satide Matema e Obstétrica FAO FOF FIGO HELPERR (protocolo) Hi (vacina) HPP HPV (vacina) Iew 16 iM Mc MCEESMO ‘MenB (vacina) ‘Men (vacina) NICE NZCOM OE coms PCBA Por Phi (vacina) Pn23 (vacina) PNDP PTOG QD Onganizagio das Nagbes Unidas para a Alimentacao e a Agricultura Frequéncia cardfaca fetal Federacdo Internacional de Ginecologia e Obstetricia Call for Help, Bvaluate for Episiotomy, Legs ~ The McRoberts Manoenwre, Suprapubic Pressure, Enter Internal Manoewnres, Remove the posterior arm, Roll the woman Doen¢a invasiva por Haemophilus influenzae do serotipo b Hemorragia pos-parto Virus do papiloma humano International Couneil of Nurses Idade gestacional Imunoglobulina G Imunoglobulina M Indice de massa corporal ‘Mesa do Colégio da Especialidade em Enfermagem de Saride ‘Matema e Obstétrica : Doenea invasiva meningoedcica do grupo B Doen¢a invasiva por Neisseria meningitidis do serograpo C National Institute for Health and Care Excellence New Zealand College of Midwives Ordem dos Bnfermeiros COrganizagio Mundial da Savide Patient-Controlled Epidural Anaigesta Paragem cardiorrespirat6ria Infegdes por Streptococcus pneumoniae de 13 serotipos Infecoes por Streptococcus pneumoniae de 23 serotipos Programa Nacional de Diagnéstico Precoce Prova de tolerdncia oral 3 glicose Quadrante inferior direito Quadrante inferior esquerdo Quadrante superior direito Quadrante superior esquerdo Restrigdo do crescimento fetal Royal College of Midwives Royall College of Obstetricians and Gynaecologists ‘Reanimagéo cardiopulmonar Suporte avangado de vida Suporte basieo de vida sieultura Roberts oeuvres, ob e Satide OC SoB sno p02 spp SRC TAM "Tal (vacina) ‘Tapa (vacina) Ter TSA ‘UNICEF ‘VAP (vacina) ‘VAR (wacina) VAS (vacina) VASPR (vacina) wD VDRL VHB (vacina) vin VPP (vacina) veP ‘Otel - Es Wns Streptococcus B hemolitico do grupo B Sistema nervoso central Saturagao do oxigénio no sangue Sociedade Portuguesa de Pediatria Sistema de retencio para criangas ‘Técnica assética médica ‘Tétano ¢ difteria ‘Tétano, difteria ¢ tosse convulsa ‘Tubo endotraqueal ‘Teste de sensibilidade aos antibiéticos Fundo das Nacdes Unidas para a Infancia, YVacina atenuada contra 2 poliomielite Rubéola Sarampo Sarampo, parotidite epidémica e rubéola Visita domicilisria Venereat Disease Research Laboratory Hepatite B ‘Virus da imunodeficiéncia humana Vacina inativada contra a poliomielite Ventilagao com pressao positiva Siglas, Acronimos e Abreviaturas Procedimentos de Enfermagem em Satide Materna e Obstétrica 2.5 Execucao e anilise do teste rapido de urina Olga Pousa, Albina Sequeira, Alexandra Seabra, Maria de Fatima Sobral eAna Salomé Moreira NOTA INTRODUTORIA Durante a gravidez ocorrem alteragées fsiolégicas e anatomicas que predispSem a infegdes do ‘rato urindrio, em particular na segunda metade da gestagdo, por isso torna-se essencial, emt todas as consultas de vigilancia da gravidez, executar e analisar 0 teste répido de urina. Por outro lado, através desta andlise podem ser detetadas situagdes como pré-eclampsia, se, para além de outros sintomas, houver anmento da excreco de proteinas (Sampaio, Cunha & Maga- ino, 2008). Ocxame de urina, feito através de fitas teste reagentes, proporciona informagdes importantes ‘sobre patologias renais e do trato urinario, permitindo também avaliar a fungdo renal ao forne- cer indicios sobre a etiologia da disfuncao. Este é considerado ura exame de rotina simples, de aixo custo e facil execucdo (Colombeli & Falkenberg, 2006), Com 2s fitas teste reagentes de urina, 6 possivel obter 10 ou mais andlises bioqufmicas clinica- mente importantes, como pH, proteinas, gucose, cetonas,blirrubina, urabilinogénio,nitritos, Aensidade, leuedcitos e sangue (Colombeli & Falkenberg, 2006) PROCEDIMENTO Inrevencko 0€ ENFERWAGEM 1. Exeoutarlavagam das méos, antes e ands o proceeimento, 2, Informer a arévidatcasal sot o provediento, 3. Solctar o consentimento pea areelzagao do procedment, 4, Fomecer copo ou recente de plstico descartavel& grévida, 5. 6. 1. ‘Soitar& gravida que urine para o recipient CCalgar lvas limpas Inserra rea da ita teste regents na urna. rea de medio (se af ever durante muito tempor urna, 2 letra incoeta, porque es substncia quimicasimpregnacas podem ser disolvidas produc letra errads). 8, Retirara ia teste reagente da urn, tocando com a fa nes bordos do recisent. 8, Colocar afta teste reagents numa superficie plana sobre um pape absonente, 0. Colocar afta test reagente em posicSo vertical posicionanso-2 a lado do asco para fazer altura dos resu- tados Figura 25.1), Ficuta25.1 Fiasco test pido de una com fa ote reagent (continua) conti) 1. Aguerda o temp *2 Compara fat 3 Aletura dove s (20 segundos). (4120 segundos). Rejeltar a urna 5 Tia os residuos Sel regis MATERIAL > Prasco de > Copo oti re > Toalhete a > Relogio co > Luvas limp EVIDENCIA CIENT reste répido de sizia e eritrocitért stilidade de apen sacdes elevadas ¢ >esame de urina sssintomética, cu sielonetrite (até 3 Seninnem as situa OBSERVACOE Narealizagao do t sos da fita tester excesso de urina s > tempo de esper sme a Tabela 2 ‘sonas de teste ou para diagnéstico. 3 : : i z 3 Frasco de teste répido de urina com fitas teste reagentess > Copo ou reeipiente de plistico descartavel limpo e seco: > Toalhete absorvente; > Reldgio com ponteiro de segundos; > Luvas limpas. EVIDENCIA CIENTIFICA © teste rdpido de urina permite um diagnéstico de presuncao na presenga de ntritos, leucoct sirlae eritrocitiria. No entanto, embora apresente uma elevada especificidade, tem uma sen: ‘Ghilidade de apenas 60-70%. E, apesar de barato e répido, & necessdria a presenca de concen- cages elevadas de bactérias para ser positivo (Sampaio et al, 2008). ‘© oxame de urina constitai, na gravidez, teste de referéncia para 0 diagndstico da bacteritiria, ‘essintomatica, cuja incidéncia é de 2-10% na gravida. Quando nao tratada, est associada a pielonefrite (até 30%). O diagndstico e terapéutica atempados reduzem estas complicagies & Siminuem as situagbes de baixo peso ao nascer (DGS, 2013). OBSERVACOES Narealizacdo do teste rpido de urina é necessitio verificar se a urina cobre todos os para ros da fita teste reagente. Esta deve ser colocada sobre um papel absorvente, de forma que © excesso de urina seja absorvido, evitando, assim, conspurcar 0 frasco do teste rapido de urina. ‘O tempo de espera deve ser respeitado, para ndo haver leituras e diagndsticos incorretos, con- comme a Tabela 2.5.1. Qualquer alterago de cor que apareca apenas nas partes laterais das conas de teste ou que apareca ap6s 0 tempo de espera indicado nao tem qualquer significado para diagnéstico. ide ge cas, 1 Consulta de Enfermagem em Satde Materna e Obstétrica: Pré-Concegao 1.1 Consulta pré-concecional (0lga Pousa, Catarina Freitas Amaral e Ana Margarida Maia NOTA INTRODUTORIA No Plano Nacional de Satide, a melhoria da qualidade dos cuidados prestados & gravida/ ccasal e recém-nascido 6 uma das areas de intervencdo prioritaria (Direcao-Geral da Satide {DGS), 2006]. Assim, a consulta pré-concecional tem sido considerada um fator determi- ‘ante para melhorar 0 prognéstico da futura gravidez e até mesmo para 0 parto, uma vez ‘que muitos dos fatores que condicionam negativamente 0 futuro de uma gestacdo podem Sor detetados, modificados ou eliminados antes de a mulher engravidar (DGS, 2006). Estes cuidados pré-concecionais devem ser integrados na prestacio de cuidados em satide ceprodutiva e, embora tenham como alvo preferencial as mulheres/casals que desejam engravidar, devern abranger todas as mulheres em idade fértil (DGS, 2006; Lowdermilk & Perry, 2008), ‘Como refere Martins (2004), na consulta pré-concecional é proporcionada informagao impor. tante que ajuda os casais a decidirem o seu futuro reprodutivo. Moos (2003, citado por Lowdermilk & Perry, 2008) refere ainda que o aconselhamento e orientagao dados nestas con- ssllas ajudam os casais a adotar comportamentos saudaveis e reforcam a gestiio do risco, promovendo, assim, o benvestar da mulher e do potencial feto. Esta consulta deve ser realizada antes de parar a contracego e deve ser programada uma consulta subsequente, para avaliar os resultados dos exames realizados e das intervenges propostas (DGS, 2015). 0 desenvolvimento de uma boa relagéi entre a mulher/casal e os profissionais de satide, antes da gravidez, encoraja a confianga e a comunicacdo (DGS, 2006), melhorando assim a adesio 298 cuidados de satide. PROCEDIMENTO INTERVENCKO DE ceovenuncen [SS angela ie. a a eal 4. Assegure pivaidadelGer ambient 2, Estabeloverrlordoterapéutica: cumnrimentarautetelacomparhante e apresentr-se pelo seu nome ¢catege- ‘a profsiona. 3. Questonar sobre o nome peo qual gostaia de ser tratade, 4, Valdar com 0 caso dese de engravier. 5 6 Incetivaro envolvimento do cure progeniter/oessoasignifcative na consulta Soltero cari de cdado/passeporta,toltim individual de sade (BIS), boltim de sade da gravida (B56) (Ge grevidez anterior, se foro caso) e boletim de saide reprodutva (BSR), (contiua) ) Procedimentos de Enfermagem em Sailde Materna e Obstétrica (contiouapto) 7. Realizar entrevista para recolhe dados possoais@histria clinica, expicando a importéncia da recohe destes dads Icenticagéo da utente dopregentor masculino (nome, idade, estado cil profsto, esccardade, moreda, contac), > Eni, nivel socioecondmica @ composi¢do do sgregad fama, Antecedentes pessoes da utente (alerglas, datologis,tratamentosicrurgas anteriores elou outros) >> Antecedents ginecotgios (cco hormonal, menarca,catanénio, clzmenorcle,patologiase ug gine ‘olégicas,conracocdo, histra de inferilidade, mutlegao genital femining) Antecadentes obstétics (indice obstético, tipo de patos, complicages em gravider ou pertos anteriores); Antecedantesfamifares da utente (ciabeos, tipatensSo, anomala congénitaeou outs), 8. Avalaroriscoreprodutiv da utenilcesa: > resenca de doengas crnica (diabetes, hipatonsao, dooneas autormunes, epllepsa, ec. pare referencia- ‘glo alusto de mecicago compativel com futura grade); > Defcéncias nuicionas Infogdes evisvels pla vacinarso; > Consumo uso de substancis psioatves; > Rtscos ambientas » Fatoces gondticos, > Gravidez nos extremos da idade produ: > Inf de trnsiissdo sexual > Inforidade ou subfertitade; > Mutlagso genital feminina; > Perturbagdes da sade mental > Viclncia nas retagbes de intmidade 8. \etticar a estato vacnal da utente, com atencéo 20 tstano, cra, ubsoao sarampo. 10. Identcar fetores de soo psioossocial (especial atongdo a pobreza, imiareréo,desemprego, refugiados, condi (es habtaconaisprecdrise voloncia fami). 11, Realizar o xame fisioo: ‘1.4 Monitorizar tenseo atrial {1.2 Montarzar peso, atura, indice de massa corporal IMC) e rspotvavaragéo ponderal 11.3 Realzar exame mama. ‘14. Realzar exame ginacolégico com colheita de ctoogia, se no fol efetuedo ha menos de 3 anos 12. Avalar conhecimenios sobre: > Habiosalmentarese estlos do vida saudvel, > Avda seal, identficacdo do perioco ft, anatomiao fisiologia da reprodugio; Importanca das vantagens da asistencia prénatalprecocee continuada, > Rscos na futua gravidez (poluentes, raografias, tabaco, alcool, eutomedioapzo, droga) > Doengas infciosas [profiaia da ovoplasmose, ciomagalovrus (CMV) erubéola nes mulheres néo imunes} > Importncia da atualzacan do estado vaca. Atvalzar avacina enttetano, ubéole@ hep 8, de acordo com Programa Nacional de Vacnagéc; > Contato horro dos profssionais @ irstiuicdes de referénia, 13, EnsinarOrintefnfomar de acordo com as necessiades identficadas, 14, Prescrover meis auxiiares de diagnéstic, segundo orantago da DGS: grupo eanguineo e for RMD, hemo- rama, gicemia em jjum, rastreo das hemoglobinopatss, rast ca sil, hepatte B, us daimunodaficién- ‘ia humana (VIM), serlogias da rubéola,toxopiasmosa © OM, 18, PrescreverRecomendarsuplementagdo de ido fo e ind, conarme crentago da DGS, 18. Recomendar o registo da data das menstuagies. 17, Aculare referencia para equipa multidsciplinar quando deiticades fares de rsco pera a futura gravidez (mécizo,assistonte social, pscbogo, nutccnista). 18, Efotuarrgistos nos sstoras de nfomagao e no BSR. 19. Agendar com autenaleasa a proxi consulta a zesgine- terior) frencia- 2s, cond lunes, eecordo >, nemo defcibn- Consulta de ESMO: Pré-Concesao MATERIAL Esfigmomanémetro aneroide ou eletrénico; Estetosc6pio; Balanga; Laivas estérels e nao estéreis; ‘Marquesa (preferencialmente ginecolégica), Rolo de papel de marquesa; Espécuio vaginal, Gel lubrificante; Desinfetante de maos; Material didatico de apoio & consulta. yyyyyvvyvy EVIDENCIA CIENTIFICA Segundo dados da Organizagio Mundial da Satide (OMS), as consultas pré-concecionais con- scbuem para a reduedo da mortalidade e da morbilidade maternas, neonatais e infantis, ¢ pro- seovem a satide da mae e da crianga, seja om paises desenvolvidos ou em desenvolvimento Estudos comprovam também a importancia da consulta pré-concecional nas mufheres com benca erénica, como diabetes, hipertensio, cardiopatia, doenca renal e da tiroide, hemoglo- ‘Smopatia, artrite reumatoide, epilepsia, tuberculose, asma, depressio, doenca bipolar, esqui- _softenia, episédio anterior de tromboembolismo e outras que podem afetar a gravider pela sua Ssiopatologia, ou como resultado da medicacio utilizada no tratamento (DGS, 2015). No entanto, o estudo realizado por Barbosa (2008) revela que € necessério motivare sensibilizar ‘= populagio em idade féril para os beneficios das consultas pré-concecionais, uma vez que 0s resultados obtidos demonstram que a maforia dos elementos da amostra da importancia & con- > Histriasobstéicas e de amamenlaco que rodeiam a grvidaloasal (famiares, mae da grévide, ages) Inimidade sexval nici da atvdade sexual, relagd0 com o corpo, pres, hist de abuse) > Paretaidade: comoartamentoe papéis parentas existentos efou esperados, mados e insegurangas relacio~ nados com o papel parental 9, Moriterizar iso cinco através da apicarzo da escala de Goodin modtcade (Tabola 2.13; ver “Observarbes") 10, Identcarfatores de sco psleossocal especial etengdo a pobreza, migragao, desempreg,refugiados, cond 6es habltacionais prcériase violencia fami), ‘1 Interpreter resuitado de meios auxliares de diagnésticn, caso exitam. 12, Roalzaro exame fisico: 121 Monitorizar tenso atrial 42.2 Monitozar pas, aura, INC e resplva variagéo ponderal (Taba 2.14; ver ‘Observaptes 423 Execute © analsar parzmettos ra urna aravés do test répido ce urina(Procedimenton.?2.5). 124 Pesquisa ederas 4125 Realzar exame ginecoléico com cahelta de ciolocia (Tabela 2.18; verObservagtes). 428 Monitizar AU (se 228 semanas) (Procedmento n° 2.6). 427 Moritonzar requéncia cerlaca fete FF) (se >12 semanes) (Proedinenton* 28) 48, Ensinar e promover a auloavalanio de sins e sintomas fsiolgcns e patoigicos 20 nivel psiconeuro- -enderno-imunolégico. 14, Promoieraidentfcagdo de recurses bioligcns internos da gravida (capacidade de coping, fot and ight sys- tam e equlitro naurcendcting, sistema fetoplacenta) 45, Prommver a ideiticagao de recursos externas (relar0 conugal, pci familar © social, profisionase insur Ges de sate). 46. idence egerrcronges, mits © medos na grvidelosal ‘7, Avabar conhacimentos sobre: > Impertanca da assisténca penal e BSG; Niamero minimo o percdicidado das consuls (Tabela 21.6; ver “Observaes) Consita de FSMO Pré-tal de Baio RCO corto) IGe per: 30 (DUM) Meios auriares de diagnéstico recomendados, nomeadamente no 1." imeste, e rastreio de cromassomo- pats (Tebela 215; ver “Ovsorvagbes), a (AU), Desenvcvimento embionéioe feta > Gostio de sintomas associa & raver (Tabla 2.1.7; ver “Observagbes’) Sinai sintomes de alae, lerdade, ‘Auocuidado na gravidez (alimentarao sauce, avidadefsca © repouso higienee vestuio,atvdede labora laze) > Paps e desafos fares e parents ; > Segurance rodovitialviagens; es > Sousldede na gravidez > revengao da toxopasmose ou outas doengasinfociosas; Vacinagao na grave (Tabla 2.18; verObservaries"): > Suplomentago na grader (Tbela 21.9; ver“Observages"); > Legislagdo de apoio & parentaiade ecireios soies; merc, Contact de profssionais ensuites de referéncia. oe “8. EnsinaOrentainfomar de acoréo com as necessdadesidentcades. “2 Identfcar ardvidasiasais que necossiam de cuidaosadcionais eeftuar a espeiva referencia. 2 Prescrever melas auiiares de clagnéstco do 1. timeste(Tabea 2.1.5 ver“Observates") — © OfientarReferencar pra ret de cromossomopatas (Tabla 2.15; ver"Observagbes). © PrescreverRecomenter splentagao (Tabela2.19; ver "Observers. sts) | ZA Weta egetve nos domes de iomagio 0 BS. para 2s, Agenda com a grvdalcasa apréxina consulta ses), | - ‘MATERIAL, > Esfigmomandmetro aneroide ou eletrénico; vas) > Bstetoseéplo; 5, cond > Fita métrica; > Doppler fetal e gel para ultrassons ou estetosedpio fetal; > Frasco de teste rapido de urina com ftas teste reagentes; > Teste rapido de gravidezs > Copos deseartaveis; > Luvas estéreis © nao estéreis, | > Marquesa (preferencialmente ginecoléica); | > Rolo de papel de marquesa; | > Material para citologia (espéeulos, escovilhao, laminas/meto liqnido); | > Balanca; arg > Estadiémetro; | > Gel nbrificante; patsy. > Desinfetante de maios; = > Material didatico de apoio a consulta. sins 3 = EVIDENCIA CIENTIFICA 4 gravidex 6 um perfodo de grandes modificacdes na vida da mulher e nos papéis que esta = cxerce: numa primeira gravidez, vé-se confrontada com o facto de deixar de ser s6 filha para = passar a ser também me; pode verse confrontada com xeminiscéncias de experiéneias ante- = Tres, ao nivel intiruo e/ou obstétrico; ha, por vezes, necessidade de reajustar 0 seu relacion- Procedimentos de Enfermagem em Satide Materna e Obstetrica mento conjugal, a sua situagio socioecondmica e/ou a sua atividade profissional (Piccinini, Gomes, Nardi & Lopes, 2008), 0 1° trimestre consiste, essencialmente, na adaptacio da mulher a'sua nova condigao de grévida, uma adaptacao constituida nao s6 pela parte fisica (alteragbes “orginieas), mas também pela parte emocional (psique), social, cultural e até mesmo espiritual. Os sistemas neurolégico, endécrino e imunolégico da mulher respondem, assim, ndo 86 2 adaptagio fisica necesséria (priorizando a criacdo das condicdes necessirias & viabilidade rreprodutiva), mas também as vivencias da gravida ao nivel emocional, social, cultural e espii- ‘tual (Schmid, 20072), ‘Tal como referido na nota introdut6ria, é primordial que a assisténcia pré-natal efetnada pelo EESMO seja feita num contexto de continnidade de cuidados (Sandall et al, 2016). A filosofia de cuidados em satide matema e obstétrica deve ser centrada na mulher (NICE, 2008) e baseads ‘num modelo de assisténeia em que o EESMO/parteira trabalha em parceria com a mesma (Bar radas et al., 2015), utilizando modelos de empowerment que maximizam 0 potencial de saide de cada mulher/familia. _Aos profissionais de satide, como promotores da satide e da homeostasia, durante 0 ciclo sxavidico-puerperal—periodo em que a mulher e futurame enfrenta intimeros desafios, medos e expectativas ~ compete-Ihes estabelecer uma relacdo de ajuda, de forma a promover a satide ‘eo bemestar das familias (Correia et al., 2007; Monforte & Mineiro, 2006; Silva, 2008). Segundo Silveira e Ferreira (2011), 08 profissionais de satide possuem um papel importantissimo na ‘igikincia e suporte da gravida e respetiva familia, estando despertos para possiveis desequill- brios ¢ perturbagSes, nio $6 a nivel fisico, mas também psicolégico e emocional. E importante {que os profissionais de satide reconhecam as necessidades sociais e econdmicas, os problemas de relacionamento com o maride/corapanheiro, o baixo nivel educacional, a falta de apoio da familia e até antecedentes psiquiétricos que influenciam os cuidados de satide durante a gravi- dez (Santos & Cardoso, 2010, citados por Santos, 2012). Um referencial para a conducao dz entrevista poderd ser encontrado no Manual de orientacdo para profissionais de savide: Pro- ‘mogdo da saiide mental na gravider e primeira infiincia (DGS, 2005). 0 ciclo gravidico puerperal € fisiologicamente um estado de stress no corpo da mulher, pelas constantes transformagoes ¢ adaptagées fisiolégicas necessirias ao sucesso da reproducao, Este sucesso esté relacionado nao £6 com 0 sucesso fisico (mae e bebé vivos no final), mas também com o sucesso emocional (vineulacio entre mae e bebé), na medida em que, biologi- ‘camente, nentuim recém-nascido é capaz de sobreviver sem uma mae (Schmid, 2007b). Enten- der estas transformacdes ao nivel psico-neuro-endécrino-imunolégico (Dematte, 2003; Brun- ‘ton & Russel, 2010; Brunton & Russel, 2011) tomarse, desta forma, fundamental para 2 saide materno-fetal (e posteriormente materno-neonatal), assim como para a prevencéo e detecio atempada de problemas, ‘Todos os fenémenos fisiol6gicos de adaptacZo so subconscientes e instintivos, sendo regula dos pelo eérebro primario, que os programa para assegurar a sobrevivéncia do ser hamano, O cérebro recebe mensagens do contexto ambiental e transforma-as em reag0es no corpo e com- portamento, de forma a garantir uma interacdo apropriada e segura com o ambiente. Estes fenémenos estio particularmente ativos durante todo o processo reprodutivo, assim como nos ‘momentos em que 0 ser humano sente a sua sobrevivéncia ameacada ou viveneia mudaneas significativas na sua vida (Schunid, 20072). Quando o EESMO esté a acompanhar uma mulher gravida, tem de ter em consideragao este sistema primério de adaptacdo da mulher e também o do préprio bebé, que esté aindaem cons- truco e é muito sensfvel a infiuéneias internas e externas. A andlise das manifestacoes fisiol6- ‘dicas ¢ comportamentais destes dois sistemas adaptativos primarios pode ser uma ferramenta rnuito ttl para a pritica do EESMO. E fundamental que o EESMO seja capaz de identificar as, nal (Piccinini, oda mulher -a(alteracbes cno espiritual sim, ndo s6 2 2 Viabilidade sural e espiri- efetuada pelo 6). Afilosofia, 908) ebaseada. mesma (Bare scial de satide szante 0 ciclo -saflos, medos mover a satide 08). Segundo antissimo na veis desequili- E importante _os problemas za de apoio da arante a gravi- -conducao da de sate: Pro- -saulher, pelas a reproducio. no final), mas = que, biolog- 2007). Enten- re, 2008; Brun J para a saide scho € detecio _ sendo regula ser humano. O o corpo e com mbiente. Estes ssim como nos nia mudancas sideracio este aindaem cons- siacbes fisiol6- sna ferramenta je idemtiicar as Consulta de ESMO Pré-Natal de Baixo Risco “sesapbes em que um determinado sinal ou sintoma na gravida esté associado a equilibrio ou a “Ssenilibrio, pois, na verdade, um mesmo sinal ou sintoma, dependendo da circunstancia, “Goo se pode revelar um sinal de satide ou de risco. Para compreender bem como este equili- ‘Seo funciona, é necessério conhecer aprofundadamente os pilares biol6gicos da satide, que se “Sscxam poderosos recursos biolégicos da mulher e do feto durante o ciclo gravidico-puerperal, semeadamente a psique e 0s sistemas neurol6gico, endécrino, imunologico ¢ fetoplacentar Schmid, 20072). ‘OBSERVACOES en hasaorareatae so Sirs de presungo ‘Amenorreia, nduseas, voritos, polaquiira, hipersensibifidade mamaria, fadiga, sonolér Se es [sso bate | Auman te permer dvi, sal o Gost (anda oc), shel do Caer alos) pg e otras a emanate de rier Seas docoreza __Balimentos cartiacos fetes, diagndsoo eoograco (ae aan: p16; D65,2015) L-_ Ez 1 _Apartr do primero da da DUM, conta némero de semanas e dias até ao dia da consuta oP Pela DUM 40 semanas contdas 2 pati do primero cia da DUMA Pola Regrade Nagle Subtar 3 meses ao més da DUM, aticionar 7 dias 20 primeio dia da DUM l ‘Outro métedo consiste em adcioner 9 meses 07 dias aDUM 40s cals acimarefrds s8o vidos para muheres com cos regulars (2860 da) 2 Em caso de desconhecimento da DUM ou ils imeglares, ecomenda-se uma ecografiaapés 0 dagnéstico de ravidez para datagdo cometa da mesma | 3.AG ea DPP podem também se aerides pela data aproximada de concegéo, caso a mesma seja conhecida, esl cas, adcionam-se 38 semanas pera a DPP “Em casos do proctaggo medicamente assist, a IG e a OPP devem sor alos tendo om considerapao a dado do embrigo (no da da rensfrénca ea dala de tenseréncia (DGS, 2015) I eae ern cc re 200 cd porta 20%6) eo Sees s toes Pete a eee = Aborto habitual (23 consecutivos) es : ea )) Procedimentos de Enfermagem em Satide Materna e Obstétrica ‘tie Escala de Goodivin modificada Sarva, 2000, ctado por Org, 2016) Hitéria obstticaantrior Hemorragiapés-parto (HPPYdequtaduramenual RRecém-asido 24000 gr Pre-eclanpsaledampsia (Cesariana anterior Feto merte/mort necnatal ‘Trabaho we paro prolonged ou dl Patologia assocada Crug gineoogica anterior Doanga renal rinica Diabetes oestacional Diabetes melts Dosnga cartiaca Outras(bronauit,Kpus, et.) Indice de acordo com a gravidede raider a Hemoregias <20semanes Hemorogias 20 somanas Anemia (109) Gravdexprolongata 242 semanas Hipertenstio otra premature Ge membranas Hidernios ‘Araso de crescent ntauiino ‘presenta pica Isoimuizaga Ra Beto eo 0-2 Wo co 6A co 27 MCpecocend | Gabo depembel | Gaede po mi no203 Wee Sees ‘25819 are reer Peso normal SAB Kg | Covca de 04 igisemana 185 sIMC 5249 Excoss0 de peso 715k Corea de 0:3 koeemana sINC<239 Obesidade 59k9 Cetea de 02 koeemana uc 230 * Para 1 teste, esera-se um aumento de0.5 22h. tie ies nc, a Consulta de ESMO Pré-Natal de Baixo Risco ae Lag ST ROA T conf earendgi do Pano Nara eProp ea | pov cms Doowos eotgeas 0010 intr da Sai, | Coit de Said 8 Coren Nasa pr Downes Orsigces, 007 press moe: ho gaas or Sse Coons et —— orion ohm ; seroal eas Resch Lalo WOR | > Serlogia da rbéoa (9G ial) Se desconhecido ou nao inane = Seriogia da toxoplasmose (ae lal) __ Se desconhacido ou nao mune = Stcorpos VIM 162 | % Peszuisa do anigénio de supercie do virus | 35 anos; rastreo bioquimico postvo;antecedentes | pessoals ou familres de doenga genética, anomala cromos- | sémica ou matformagées;histiria obsttica (abertamentos do repetigdo, marie fetal ou neonatal, malfrmagdes); consangu- nidade (doengas aulossoicas recessivas);iade patema >45 ‘anos noose 13 sans +6 4. OMS 2016) recomenda um minimo de oito consultas pré-natais. A DGS (2015) recomenda qx a vigilancia pré-natal seja efetuada com a seguinte periodicidade: ‘Namero minim e penodicdade das conslas (OMS, 2 ‘Acada 4-6 semanas catia 23 semanas | Acada 12 semanas det con inst Procedimentos de Enfermagem em Satide Matera e Obstétrica ‘esto de sntomasassoclador&gravider (OMS, 2016) esconforo/Snioma | Recomendar _[otsoractes acter essintomatica _ Antbioterapia Proven oe pari rb temo. __peso a nasconga Nauseas.e vomitos | Gengitre,caromila,vtamina BS, aeupuntura | ia ‘Aiiido ode ser ofrecdo @ muheres mantém sintomas ape. aor clita © esto de vea Caibras | Megnésio, co ou ratamentes nfo farmacolé- |= io | = Lombalgia © dor pétvica | Execicio regula, sicterapia,ecupuntra = Obstpacio Ingest de farelo cu cutos suplementos de f= Pode ser oferecto @ mulheres bras mantém sintomas.2p6s. alto i | diatae esto de via Varies © edema Moias de compressao, elevagéo dos membros, | imerséo em gu RBM seesee Vee ee 4 Tétero, diteria e osse conulsa (Tépa) Ente as 20¢a536 semanas, ideal DGS, 20% _ mento antes das 22 semanas Tetano editeria (Td) | uaizar esquoma vecnal ee ne- | ONS, 2016, 065, | cessatio Hepaite B (VHB), Polomisite (VIP), Doonga in- | Administ, s indices Des, 2015, vasiva por Neisseria meningitis do serogrupo (MenC),Infegdes por Strepfaconcus pneumoniae de 13 serotipos (Pn) infogdes por Steptoco0- cus pneumoniae de 23 sertios (F123) | Virus do paplome humeno (HPV) Nao recomendada ‘Sarampo,parotiiteepiémica erubéola (VASPR) | Contraindicada TTT Suptementacae na eravides iporrotina) ‘Suplomenio | Dose Referéncat0bservanées es ee ‘Acido Fafco | 400unlia DGS, 2015 ~ O mais recocementepossiel, idealnente pré-conceci OMS, 2016 lod __150-200 ugleia | DGS, 2015 Na auséncia de contraindcecbes pera ofezer Ferro 80-60 mglia DGS, 2015 ~ Na ausind do carandcarbes pea o fazer, OMS, 2016; NCE 2006 (stma ateiza;a0 em 2017) ~Néo deve ser cercis por rofna ‘ViaminaD | 10ygidia——_NICE, 2008 tia atualzeno em 2017) —Miiheres com pele negra cu oom = {gb & exposigo solar (ongos peiodos dei do edficios cu que usem 0 coe coberto por rezies curs); OMS, 2018 — Nao recomenciado (eo Stormo e babo bores que p68, aterrem mulheres que | 28 atrarem DGS, 2018 ‘Consulta de ESMO Pré Natal de Baixo Risco SH ESOS EEE) 92 STE SERS 1520q° | OMS, 2016 ~ Em muheres com dita pobre em cio (nrevegBo de pr eclampsia} ‘OMS, 2016 — Apes recomendado em znas onde a defi de vilarina A «6 comprovadamonte um problema de sae pice NICE, 2008 Recomenda | que 2s mulheres sejam informadas de que doses >700 yg/tfa de vitamina A _ podem ser oreogenicas E | OMS, 2016--Aponas ecomendado num cnt de inestigep20gorsa Biacrince |- | os, 2016 - No recomendado mms | OS, 2018 Nap reomendato MeeesEec|- OMS, 2016 - Nao recomendato SEFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Ses A, Torzal, A L,, Gaudencio, AP, Prates, A, Madruga, C, Clara, B. .. 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Disponivel em: hitps:/www.nice.org.ul/guidance/eg62/resources/antenatal- | _> Numero minimo e peridicidade das consutas; Direitos soca da grévidevoasl; Ge OPP: q Mois ania de ciagnéstizorecorendados, nomeadementeno2°timeste(Tabele22.1ver'Obsenates), | Dessnvelvimento fetal sistemafetolacentar, nomeademente no 2° timeste; i esto de sintomas associados & ravidez, Papéis © desefos famieres e parentas, Aulouidado ne gravidez(alimentarSo saudével afvidade fisicae repouso,higiene evestutio, laze Seguranga rodovaiavagens; Senualdade na gradez, 4 Prevengo da foxoplasrase (se no mune) elou outras doencas infeciosas Vacinacéo na gender, Moviments felis Trabalho de parto par Amamentagoe cudads ao bebé, Plano de pao; ‘Sess5es em grup e utos recursos da comunidad relacionados com a preperago para onascimento ea parentalidede; Contacto de profsionase insiuigdes de refeéncia, 18. EnsinaiOrentrlnformar de aoord com as necessidades detetadas. 16. denticar grévidasleasais que necesstam de cudacos aciconalse eetur a respelivareferenciagdo. 17, Prescrevermeios auciare de diagnéstica do 2° timeste (bela 22 1; ver ‘Observagies) 18, Efetuar os regstos nos sistemas de informaeao eno BSG 19, Agendar com a grévidalcasal a prxima consulta MATERIAL. > Esfigmomanémetro aneroide ou eletrénico; macdo que a. Estetosedpio; nal associada 20 1% Fita métrica: 2° trimestre. Sa Doppler fetal e gel para ultrassons ou estetose6pio fetal; Sa que as experiéag Balanga; B= erivida) podem | Frasco de teste répido de urina com fitas teste reagentes; anol6gico, ¢ > > > > > > > Luvas esiéreis e nio estéreis; > > > > > Copos descartiveis, Sass, 2007 : Marquesa (preferencialmente ginecol6gica); = Rolo de papel de marquesa; Gel lubrificante; z= Desinfetante de maos : Material didatico de apoio & consulta, el psico-neuro- so, lezen; Snascimento 8a Consulta de ESMO Pré-Natal de Baivo Rico EVIDENCIA CIENTIFICA “4 assisténcia de satide prénatal procura, sobretudo, avaliar a saride materno-fetal em todas 2s Saas dimensdes (lisioldgica ~ psico-neuro-endécrino-imunolégica -, social, cultural e espirt- tral) identificando os fatores promotores de satide, assim como possivels fatores de risco que possam complicar 0 curso normal da gravidez, (Schmid, 2007b). Desta forma, possibilita a Etervengio precoce do EESMO, no sentido de prevenir complicagdes major e eneaminhar erévida para niveis de referéncia de maior complexidade, que assegurem o tratamento precoce os fonémenos de risco identificados (Soares, 2008). © 2° trimestre é considerado 0 mals estiivel do ponto de vista emocional (Melo & Lima, 2000), ‘so porque, sendo o 1° trimestre um periodo de adaptacao (psiconeuro-end6erino- snunol6giea) da mulher 3 gravider, éde esperar que, numa gravidez em que a mulher se adapta sna condigdo gravidica, a maioria dos desconfortos do 1.” trimestre desaparecam ou se eacontrem diluidos. ‘© impacto dos primeiros movimentos fetais € um fenémeno central neste trimestre: é a pri suvira ver que a raulher sente o feto como uma realidade conereta dentro de si, um ser sepa- cate deta e, ainda assim, ta dependente, mas j4 com caracteristicas proprias. Por outro ado, a0 mesmo tempo que a gravida sente os primeiros movimentos fetais, também ocorre Gnecessidade de mudanga de vestuério, anunciando ao mundo a sua nova condigao de gré Sita CLothian, 1999). O tempo em que se inicia a percecio dos movimentos fetais pela gré wha coincide com a aceitagao do bebé pela mae, dando inicio a0 desejo de vinculacio, pelo que amae cria espaco interno apenas para o bebé (Schmid, 2007a). Continua a ser 0 bebé que irae sustenta a comunieacdo com a mae, através dos seus movimentos, podendo comunt- ar alegria e confianca, negligéncia e medo, ou quaisquer outros sentimentos, pelo que 0 ivel de recegao ¢ resposta da mie ir influenciar a qualidade da relacdo imediata e futura Schmid, 20078). ‘tm 2. trimestre saudével é, por exceléncia, um trimestre rico em estrogénios (responsaveis pelo aumento do liquide amnistico, volume uterino, lubrifieacdo vaginal, Ubido), pelo que o EESMO deverd procurar reconhecer e validar a presenca/auséncia destes sinais de satide e/ ou outros de relevancia durante a assisténcia clinica, ‘A discussiio do plano de parto (incluindo 0 local) eo aconselhamento em matérias como Sarto, parentalidade e amamentacdo devem ser iniclados tao precocemente quanto possivel |S nao flearem restringidos ao 3.° trimestre, pela proximidade do término da gravidez, De Scordo com NICE (2008), 0 inicio da discussdo/aconselhamento sobre estes temas deve Scontecer nas consultas do 1.* trimestre. Apesar disso, considerando a quantidade de infor: suagdo que a gravida recebe no inicio da gravidez, assim como a propria turbuléncla emocio- al associada ao L.° trimestre, considera-se uma opcao valida o adiamento para as consultas Go 2° trimestre. Salvaguarda-se, no entanto, que o EESMO deve sempre considerar a infiuén- cia que as experiéncias anteriores de parto, parentalidade e amainentaco (ou as que rodeiam gravida) podem ter no proprio decurso da gravidez, ao nivel psico-neuro-endécrino- “muunol6gico, e abordar estes temas desde a primeira consulta, se sentir necessidade (Sch mid, 2007). ‘ete - Les War, Procedimentos de Enfermagem em Saude Matera e Obstétrica OBSERVAGOES TU nara ae danstco na 2 mes OS 20) [Fests ati ES | Mamata 1 Sel obi (960 Ene as 18082 sere (on mates onus) 2.Tete Coon deo Ene a 20 28 sonen Tiersen Eo 0 20 2sornes 4, Prova de tlerncia orl & gicose(PTOG) com 76 gr Ente as 24 e 9s 28 semanas aheove (01 e 2heres) 5, Seologia da oxoplasmose IgG el) Enite as 24 as 28 semanas (em mulheres nao imunes) | Enive as 20 as 2 semenas * 6 des Eongata tinea 2" sre REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Diecio-Geral da Satde, (2015), Programa nacional para a vigiléncia da gravides de batvo risco. 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Amaneira como uma mulher sente a gravidez e o nascimento esté relacionada com a ideia que tem de si mesma e faz parte da sua natureza sexual (Kitzinger, 1984). 0 EESMO, garantindo a continuidade de enidados ao longo da assisténcia pré-natal, tem, assim, a oportunidade de conhecer de forma mais aprofundada a mulher, 0 que the permite, relacionando fenémenos, diagnosticar e intervir precocemente em situacdes com desvios da normalidade. No3."e timo trimestre de gravidez, conhecido como “fase de separacao”, a mulher comeca a ppersarno trabalho de parto e/ou.no momento em que vai ser mae. Neste periodo de trés meses, a ansiedade tem alguma probabilidade de aumentar, relacionada com o momento do parto ou mesmo com a parentalidade e amamentagio (Marchao & Soares, 2016). Neste periodo, 2 rulher refere-se ao bebé como um ser individual, com tragos de personalidade tinleos (Cor bets, 2008, citado por Silva, 2014), comeca a preparar 0 enxoval, o quarto e tudo o que necessita para cuidar do bebé (Silva, 2014). Os tiltimos meses sio também muito importantes para @ preparacao psicologica da Separaclo entre mae e bebé, como um ser real e distinto da mie. AA viveneia saudavel desta fase 6, assim, importante para a mulher, para que o momento de separacdo (parto) ndo seja vivido como uma perda de parte de si, mas como uma extensio de propria (Monforte & Mineixo, 2006). 4 intervencao do EESMO toma-se fundamental neste Ultimo trimestre, para controlar e geri os fatores de ansiedade, assim como para capacitar 2 mulher para a tomada de decisdo (Marchéo & Soares, 2016), Avalorizagao do papel do pai em todo o processo gravidico reveste-se também de importancia. Hoje em dia, so cada vez mais os homens que acompanham a evoluco da gravidez, as consul tas, os exames pré-natais e as aulas de preparacéo para o parto e para parentalidade, demons- trando interesse na aprendizagem, querendo envolverse nos preparativos para a chegada do filho e manifestando o desejo de estarem presentes na sala de partos (Pousa, 2012), Este procedimento pressupée a preexisténcia de consults no 1.°e 2.°trimestres; caso se trate de uma primeira consulta, consultar também os Procedimentos n.2° 2.1 ¢ 2.2 PROCEDIMENTO. InTERVENGAO DE evewucen a 1. AssegurerprvecdaderGerir ambient, 2 Estabelecr regio terepéutca 3. Solcter 8SG © meios auciares do agnostic sfetuados. seeeeegee =e, embora so na reali- . 2014). De process e cuidados, alideia que srantindo a nnidade de fenémenos, reomega a enecessita ntes para a ato da mie. somento de =xtensiio de ental neste capacitar a mportancla, za consul- Je, demons- chegada do aso setrate Ee “ete = Epes Wor Consulta de ESMO Pré-Natal de Baixo Risco ) conan) 4, Intrpretar mes auciores de cagnéstico, 5 Realzar oexame isin 5.1 Monitizartensao ate, 5.2 Monitizr peso evatiao ponderal 53 Eyocutar ¢ anaisarpardmetros na urna aves do teste rapido de urna (Procedimenton* 2.5), 54 Pesquisa edemas. 155 Moniorizar AU (Procedimento n225) 535 Executar manobras de Leopold (Prooedmenton.°2.7). [57 Montorizar FOF (Procedimento n° 28) 58 ldetfcar movimentos fais lou peroegdn dos movinentos fetais pea revi. 5 Realizar engevista& graviafeasal,recolhendo infrmagéo clinica sobre a evoluggo da gravid, que 20 nivel {isco quer ao nivel pico-neuro-endécrino-Imunclégico. 7 Ensinar © promnover © euloavaianlo de shis e sinlomas fsioligicos e patoiéices ao nivel psioo-neuro- -ervéetinomunclgico. 8, Promover a idenficago de recursos botgiosintrnos da gravida 9, Promover a dentfcagdo de recursos extras. 4. Idenicare grr crenges, mies e medos na grévdalcasl “1 Veriicar administragao de imunogloulina ant-D &s grvidas Rh negative as 28 semanas (ou eins) “2. Vetfcaradinstrap3o da vacina Tépa (ou edminista) i “. Moniterizar sco de acorco com escala de Goodwin modicada a semana 26 Procedimento n? 2). “4, Avalar connecimentos sobre Impertinca da assisténia présnatal e BSG, [Nomero minimo e peridildade des consuls (apbs as 30 semanas, acada 23 semanas); Dirotos socials da grvidacasal; IGeper; Mois euxiires de clagnéstico recomendados, nameadamenteno 3. timeste (Tabola 2.3.1; ver“Obser- vogées") Desenvolvimento fetal e sistema fetoplarentar, > Gestio do sintomas associacns &gravidez; » Pept e desfios famitaes e parents; ‘Autocuidedo na gravid (lmantagao saudave,aiviade sia erepouso, rigienee vestuéri, lazer; > Seguranca odoviriaviegens > Senuaidade na gravidez, ~ PrevengSo da toxopismese (se nto imune) lou curas doengas infeiosas; > Vacnagona gravidez; > Trabalho de pao e pero; > Pano de part Amamentacio, Cidacs imediats ao bebe, oroflaia da vtamina Ke rasteos recomendados; > Periodo pés-natal epossbiidade de baby Dues; Preperago (sca ¢ emocional para paro; Contacto de profssionais inatitigdes ce eferncia, 45, EnsinafOrientafnformar de evordo com a8 necessidades detetadas. +5. ontfcargrvidaslcasais que necesstam de cudados adcionalse efetuar a respetva referencia. “7. Prescrever mos auriares de dagndstco do 3. vimeste (Tabela 23.1; ver “Observartes’) 48. Eftuar os registos nos sistemas de infrmagao © no BSG. 49, Agendar com a grvidalcasal a proxima consulta Procedimentos de Enfermagem em Satide Materna e Obstétrica MATERIAL Bsfigmomanémetro aneroide ou eletrénico; > Estetoseépio; Fita métrica; Doppler fetal e gel para ultrassons ou estetoscdpio fetal; Balanca; Fiasco de teste rapido de urina com fitas teste reagentes; Copas descartaveis; Luvas estéreis e nd estéreis; ‘Marquesa (preferencialmente ginecoldgica); Rolo de papel de marques; Gel lubriffeante; Desinfetante de maos; Material didético de apoio & consulta. EVIDENCIA CIENTIFICA No 3° trimestre, fatores sociodemograficos, obstétricos e psicossociais parecer influenctar ‘autonomia, autoeficacia e poder de decisio da grévida, ou seja, a sua capacitacao para o parto ‘e matemidade. Segundo Silva (2014), 0 apoio social e as expectativas positivas e negativas perante o parto, no final da gravidez, determinam 0 nivel de empowerment da grévida, sendo {que o enfermeiro € 0 profissional de referéncta para um culdado empoderador, transmitindo informaedo, confianca, autonomia e poder para a tomada de decisao e, assim, capacitando = ‘mulher para o parto e maternidade, Segundo a DGS (2015), os profissionais de satide deve: tomar a aprendizagem e a partilha de informacio componentes de cada consulta de vigilancia, ‘com amulher e respetiva faruflia. A OMS define educacao para a satide como uma combinagic de aprendizagens que tera como objetivo ajudar os individuos e as comunidades a melhorarex: ‘asua satide, através do aumento da literacia em satide e do desenvolvimento de competéncias (DGS, 2015). Por outro lado, de acordo com Kitzinger (1984), as mulheres grividas nao sic apenas “pacientes da matemidade", corpos gravidos nos quais se investiga a patologia, nen alunas prénatais” que aprendem as téenicas para levar a cabo o trabalho de parto, nem seque= ‘eras candidatas a mes. Assim, é importante que 0 EESMO estabeleca uma relacao de parce Hla com a mulher, empoderando a sua condicao inata para a gravidez, parto, parentalidade amamentagéo. Neste trimestre, os movimentos fetais mudam, tém 0 seu préprio ritmo, independente do ritmo materno, ou seja, o bebé assume-se como ser individual com as suas caracteristicas préprias. Por outro lado, o bebé vai assumindo a sua posicao para 0 nascimento, através de movimentos de flexao, extensao e rotaco da cabeca, comunicando a mae que 0 momento fem que os dois serdo separados est proximo (Schmid, 2007a). Por outro lado, através dos: movimentos fetais é possivel aferir o seu nivel de satide, asua reagio e capacidade de coping, ‘assim como o seu temperamento e futura participacdo no parto (Milani, 1986, 1997, eitado por Schmid, 2007b). ‘Anivel hormonal, sabe-se que na gravidez ocorre um grande aumento de estrogénios e de pro- ‘gesterona, cujo Teflexo comportamental na mulher pode ser observado, por exemplo, mum maior concentraeao no lar e familia, em detrimento da carreira profissional (Brizendine, 2007). No.3. trimestre, ocorre ainda o aumento de ocitocina, o que, por sua vez, estimala a producio de prolactina. A primeira “treina” o Utero e induz um comportamento proativo na mae, no sen tido de eriar condicdes fisicas para receber 0 bebé (“criar o ninho"), sendo também conhecida luenciar a r2.0 parto negativas da, sendo esmitindo citando a de devem vigilancia snbinagao sThorarem, peténcias S niio $30 ogia, nem =m sequer de parce- cidade e dente do ceristicas sravés de momento ravés dos iecoping, u1, eitado se de pro- plo, numa ne, 2007). produgio 2, no sen- conhecida. Consulta de ESMO Pré-Natal de Baixo isco] sor ser a “hormona do amor”, pois esté relacionada com sentimentos de amor carinho. “segunda prepara a mulher para o processo (fisico e emocional) da amamentacao ¢ parenta- ‘Stade, facilitando o instinto matemal (Schmid, 2007). ‘OBSERVACOES HIT aa oats & satan OOS) Resteios analtcos eee erograma completo com paquetas Ente os 320 as 4 semanas 2 AgHBs Ente 083 eos 4 serena (8 no vacnada @ com resto negavo no Pinas) 3 Anticorpos VIH 162 7 Entre as 320 as 24 semanas voRL Ene 28 320 as 3 semanas = Serlgadatooplnmose gGe aM) | Ente os 32 s 34 seranas (sno ure) £5 Pesquisa de Steplococass Grupo B_ | Ente a8 35. a8 37 semanas (1/3 exe da vagina anoetal) Ey nee a a Ercgfafiaobstétca do 3° rimeste Envean Se a 32sonanas +608 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Srizendlne, L (2007). 0 eérebro feménina, Lisboa: Aletheia Bditores, Diacedo-Geral da Sate. (2015). Programa nacional para a vigildncla da gravides de baizo risco. 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Ferreira, tor Varela e Olga Pousa NOTA INTRODUTORIA A sravidez 6 um periodo de grandes transformacoes, durante o qual a mulher se depara com -snccessidade de se sintonizar com 0 seu corpo e com 0 bebé que cresce dentro dela (Nor ‘arup, 2009). No final de uma gestacao fisiologica, mae e bebé encontrant-se numa verdadeira -aubiose endégena, ou seja, 0s seus organismos tomaram-se similares nas fungdes basicas Schmid, 2007a). Por esta altura, a mie encontra-se psicol6gica e biologicamente muito pré- ima do bebé, recetiva as suas estimulacdes e preparada para se adaptar aos seus comport entos e linguagem no verbal (Schmid, 2007a). Por outro lado, ainda vivemos uma cultura se medo do momento do parto, o que pode influenciar de forma menos positiva toda a fisiolo- ‘22 da gravider e a ligacdo mac-filho. O parto fisiol6gico 6 nada mais do que a expressa0 da selacdo e comunicacao entre mae e filho, sendo o processo bioldgico do parto determinado, Selo nivel de harmonia e comunicagao entre os dois (Schmid, 2007a). Para que seja possivel ‘sx parto fisiol6gico ¢ necessério que “a mae confie no seu corpo e que esteja em ligacdo com sodas as suas partes, tem de amar e querer o bebé, tem de compreender que o parto é urn vento sexual e sentirse a vontade com a sua sexualidade, tem de se sentir segura precisa, saber que as pessoas a sua volta aceitam 0 seu corpo e a natureza sexual do que esti fazer e io se sentem envergonhadas por isso e no vio interferir no processo, precisa saber que pode mergulhar para dentro e regressar em seguranca, se nunca la tiver estado antes, precisa S amor estabilizador da familia e dos amigos que, se necessirio, a chamarao de volta” Bethany, citada por Northrup, 2009, p. 419). 0 ESMO tem, assim, wm papel fundamental santo na promogao de uma gravidez fisiolégica como na promoco de um parto/nascimento SSol6gico, nomeadamente num contexto de assisténcia continua durante todo 0 ciclo sravidico-puerperal Este procedimento pressupée a preexisténcia de consultas; caso se trate de uma primeira con- sslta, ver também os Procedimentos n- 2.1, 2.2 e 2.3. PROCEDIMENTO INTEAVENGAO DE EAFERMAGEM 4. Assegurer pivacidade(Gerr ambiente. 2. Esiabeocerrelaraoteréutia, 3. Soller BSG e mei auxliares de diagnésico efetuados. 4 5 Intrpretarmeios autres de diagrsio. Reakzar 0 exame fis: 5.1 Monitorizr tenso arterial, 5.2 Monitorizar paso evatiao ponderal 53 Executaro anaisar parémotos na urna través do taste répido de urna (Procedimento n° 25}. 54 Pesquisa edemas. 55 Monitorzar AU (Procedimenton. 26}. 56 Executar manobras de Leopold (Procadimento 27) 57. Monitorizer FCF (Procedimenton.° 2.8). 5.8 Identicr movimentosfetzis eau percegdo dos movimentos fetis pela grvida, el tes a aa )) Procedimentos de Enfermagem em Saude Matema e Obstétrica (contnagao) 6. Realzar entrevista &grvidalcasa, ecohendo ifoxmaraocnca sobre a evga de gravioz, quer a ae fisico quer ao nivel psico-neuo-endécrnoimunclégioo. Ensner e promover a auloavaliegzo de sinaise siniomas fsioligioos © patolgicos 20 nivel psio-neuo- -end6cinoimunolégica, Promoveraidentficarao de recursos binégicosintenos da gravida, Promover a entica;zo de recutsos extern, Identicar e garrcrengas, mits e medos na gravidacasa Moollrizar isco de acordo com escala de Goodin modiicada 8s 36 semanas (Procedimento 2.1), Executarexame vaginal apart das 40 semanes, Avalar conhecimentos sobre: > Inpornca da asisincia pale BSG; > Peroicidade das consuls (a cada 12 semanas) > Dies socials da grvidacasa, > IGeDPP; Desenvohimeni fetal sistem floplacentar, Papésedesafos familiares e parents; ‘Aufocuidado na grevidez(elimentag saudivel,afvidade fica eropouso, higienee vest lazer): Seguranca rodoig‘alvagens; > Seniaiade na grevidez; Prevencéo da toxoplastrose (seni une) eou utes doengasinfciosas; Steptococeus e profiaia de infagdo neonatal (se posit); Preparer fica e emociona para o prt; Trabalho de pao eparto(importrcia da fisiotogla, nclundoo corte taro do coro umbica) > esto da dor no trabalho de pao (opg6esfamacogics © no farmacolégicas} Anameniago(importncia do contacto pelea pele eamemontagao na primera hora d vis ‘Cuidadosimeciats 20 bebé,proflaa da vtamina K, restos ¢ igidncia de saide infant recomendace; Prado pisnatle possible de aby bes; > Grevidezprolongadae pbs e contras das diferentes op¢besdsponives,romeadamente atte expectants 1. indugdo de trabalho depart (etodos naturals eoufermacclégicos}; > Plano depart; Contacto de profssonaseinstiigdes de referencia, Ensina/Oventarntomar de ecordo com as necessidades detetaes, identicerqvidasleasais que necessiam de cuidados adconase efetuararesptva referencia. . Prescrever pesquisa de Streptococcus no exsudado vaginal e rea entre as 35 e as 37 semanas (ee ainda no fiver sido soca). Efetuarosregisios nos stems de informagdo e no BSS. 3. gender com a gravidalcesl a prtxima consulta, MATERIAL Esfigmomanémetro aneroide ou eletrénieo; Estetoscépio; Fita métrica; Doppler fetal e gel para ultrassons ou estetosc6pio fetal; Balanga; Frasco de teste répido de urina com ftas teste reagentes; Copos descartaveis; Luvas estérels e mio estérels; ‘Marquesa (preferencialmente ginecoldgica); Rolo de papel de marquesa; consltade ESMO PE Netal deBavo Rico. (DD > Gel lubriftcante; > Desinfetante de mios; > Material didatico de apoio & consulta. EVIDENCIA CIENTIFICA bemestar fetal a termo est diretamente relacionado com a atividade fetal. No final da gra- Stor, a maioria das mulheres descreve os movimentos fetais como fortes @ poderosos, ‘ecionando-os com pressao intema. Ineluir as percecdes das mulheres sobre os movimento Tics 1a avallagao obstétrica permite obterinformagao vélida sobre o estado fetal (Radestad t Indgren, 2012), no entanto, a recomendaczo para contagem de movimentos fetals nao tem Seporte cientitico (OMS, 2016; NICE, 2008a). Quer a OMS (2016) quer o NICE (2008s) nio roto iam ecografia ou eardiotocografia (CTG) de rotina a termo para monitorizar 0 bem-estar ‘Sal, por auséncia de evidencia cientifica que suporte 0 seu us0- 4 gravidez tem uma duragdo média de 40 semanas, sendo aceite que uma gravidea ¢ de terme ‘ccc as 37 semanas e zero dias e as 42 semanas ¢ zero dias corretamente datadas [American Gottege of Obstetricians and Gynecologists (ACOG), 2013], As mulheres devem ser infonnadas So que-a maioria entra em trabalho de parto espontaneo antes das 42 semanas (NICE, 20080). S cravidez prolongada (-42:semanas e zero dias) est associada a maior probabilidade ge com Seeacoes materno-feais (Gilmezoglu, Crowther, Middleton & Heatley, 2012), pelo que, por we aa semana 28, as mulheres devem ser informadas acerca dos riscos da gravides prolon- ic das suas opebes (NICE, 20080). De acordo com a DGS (2015), deve ser proposto 3rulher Sis que atnja a 41 semanas completas 0 termo da gravider por indugio farmacologica do “Eixitno de patto, nio sendo considerada a opcao de conduta expectante. Por outro lado, 0 SICE (20080) considera que a conduta expectante é uma opeao para a mulher (mesmo Pars oom das 42 semanas), desde que néo haja nenhum outro motivo clinico e seja oferecida a pos Sdade de uma vgilancia mais frequente a partir das 42 semanas, com CTG e ecografia pelo cnas das vezes por semana. O toque vaginal para avaliagio do indice de Bishop no tem’ siirsveaitivo, pelo que o mesino nao é recomendado por rotina (NICE, 20080). Também io seer ieidancta de que o descolamento de membranas a termo evite que a gravidez se prolore So para Id das 42 semanas, e 0 mesmo esté relacionado com dor, desconforto e sangramento. SSakir aim, consierase aceitavel que esta intervencBo possa sex proposta na semana.4l, com se ctjetivo de evitar uma possivel indugdo farmacolégica (NICE, 2008). Setativamente ao rastreio de Streptococcus, em Portugal o mesmo é recomendado a. todas as Savidas pela DGS (2015), assim como a profiaxia com antibistico a todas as grévidas com Sri posilivo. Pelo contrario, o NICE (20082) nao recomenda o rastrelo universa}, por con aarine existirevidencia cientifica que suporte essa indicacdo. Ohlsson ¢ Shah 2014), na AE! nisteética efetnada, referem ndo cxistirevidéncia para o uso de antibidtico em mulhe- tlonizadas por Streptococcus, sublinhando ainda que apenas uma minoria das mulheres e Smiatho de parto e com exame positive para Streptococcus B hemolitico do grupo B (SG) SEA eb infetado com Streptococcus e que 0 uso de antibisticos (apenas pela colonizaco) Save cansar efeitos prejudiciais, como reagdes alérgicas matemas graves, surgimento do or8a <= Since resistentes aos antibidticos, exposicao dos recém-nascidos a bactérias resstenies & Srsimento de infecdes maternas © neonatais por fungos. Alguns pafses, como Tnlaterra NICE, 20088), recomendam a profilaxia seletiva na presenca de outros fatores de risco, para sea io Streptococcus, como, por exemplo, rotura prolongada de membranas (>18 horas), ‘Sbre intraparto ou parto prematuro. © pat fsiolégico, levado a termo apenas pela mulher comt os seus meios © as suas PrOprias © vrmonas, sem perturbagoes extemas, promove a forge a confianga de que a mulher precisa Procedimentos de Enfermagem em Sauide Matema e Obstétrica ara cuidar do seu bebé. Interferéncias ¢ disrupdes danificam os instintos maternais, podendo influenciar, por consequéncia, a satide do recém-nascido (Schmid, 20078). Em Portugal, a analgesia de parto (epidural) é atualmente recomendada pela maioria dos pro- fissionais de satide e solicitada pela maior parte das mulheres em trabalho de parto (Loureiro, 2014); no entanto, nem sempre a analgesia epidural esta associada a uma experiéncia de parto positiva (Ilidaka & Callister, 2012). A dor no parto é real, mas nem serapre a solugio passa pela via farmacolégica. Com bom suporte, liberdade de movimentos, respiragao e técnicas de rela xamento e som (vocalizages), a maioria das mulheres pode dar a si propria ¢ ao bebé o pre- sente de us» naseimento sem drogas (Bueldey, 2016). 0 uso de gua, nomeadamente a imersio em gua durante o trabalho de parto e o parto, também deve constituir uma opcéo para a mulher, na medida em que a evidéncia cientifica sugere ser seguro para maes e bebés (ver Pro- cedimento n.° 4.5), com beneficios na duracio da fase ativa do trabalho de parto e na gestao da dor/desconforto, REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS American College of Obstetricians and Gynecologists. 2013). ACOG Committee Opinion No 57: Def tion of term pregnancy. Obstet Gimecol, 1285), 1189-40. Buckley, S. (2016). Epidural: Real risks for mother and baby, Birth International. Disponivel em: https? birthinternational eonvarticlo/birth/epidurals-reabrisks formotherand-baby, Dinegio-Geral da Satie. (2015). Programa nacional para a vigildncia da gravides de baixo risco. Dis ponfvel_ em: htqps:/www:dlgs ptem- Frasco de teste rapido de urina com fitas teste reagentes; > Copo ou recipiente de plistico descartavel limpo e seco; > Toalhete absorvente; > Relégio com ponteiro de segundos; > Luvas limpas. EVIDENCIA CIENTIFICA © teste répido de urina permite um diagnéstico de presungdo na presenca de nitritos, leucoci- aria e eritrocitiiria. No entanto, embora apresente uma elevada especificidade, tem uma sen- “sbilidade de apenas 60-70%. E, apesar de barato e répido, é necessédria a presenca de concer scagdes elevadas de bactérias para ser positivo (Sampaio et al., 2008). Sexame de urina constitui, na gravider, 0 teste de referéncia para o diagnéstico da bacteritiria sssintomética, eyja incdéncia é de 2-10% na gravida. Quando nio tratada, esté associada a sselonctrite (até 30%). O diagndstico e terapéutica atempados reduzem estas complicacoes ¢ iminuem as situacées de baixo peso ao nascer (DGS, 2013). ‘OBSERVACOES Na realizacdo do teste répido de urina é necessério verifiar se a urina cobre todos os parame- ros da fita teste reagente. Esta deve ser colocada sobre um papel absorvente, de forma que 0 excesso de urina seja absorvido, evitando, assim, conspurcar 0 frasco do teste répido de urina. © tempo de espera deve ser respeitado, para nao haver lelturas e diagnésticos incorretos, con some a Tabela 2.5.1. Qualquer alteracio de cor que aparega apenas nas partes laterals das ‘sonas de teste ou que apareca apés o tempo de espera indicado nao tem qualquer significado para diagndstico. Procedimentos de Enfermagem em Satide Materna e Obstétrica 2.5 Execucao e anilise do teste rapido de urina Olga Pousa, Albina Sequeira, Alexandra Seabra, Maria de Fatima Sobral eAna Salomé Moreira NOTA INTRODUTORIA Durante a gravidez ocorrem alteragées fsiolégicas e anatomicas que predispSem a infegdes do ‘rato urindrio, em particular na segunda metade da gestagdo, por isso torna-se essencial, emt todas as consultas de vigilancia da gravidez, executar e analisar 0 teste répido de urina. Por outro lado, através desta andlise podem ser detetadas situagdes como pré-eclampsia, se, para além de outros sintomas, houver anmento da excreco de proteinas (Sampaio, Cunha & Maga- ino, 2008). Ocxame de urina, feito através de fitas teste reagentes, proporciona informagdes importantes ‘sobre patologias renais e do trato urinario, permitindo também avaliar a fungdo renal ao forne- cer indicios sobre a etiologia da disfuncao. Este é considerado ura exame de rotina simples, de aixo custo e facil execucdo (Colombeli & Falkenberg, 2006), Com 2s fitas teste reagentes de urina, 6 possivel obter 10 ou mais andlises bioqufmicas clinica- mente importantes, como pH, proteinas, gucose, cetonas,blirrubina, urabilinogénio,nitritos, Aensidade, leuedcitos e sangue (Colombeli & Falkenberg, 2006) PROCEDIMENTO Inrevencko 0€ ENFERWAGEM 1. Exeoutarlavagam das méos, antes e ands o proceeimento, 2, Informer a arévidatcasal sot o provediento, 3. Solctar o consentimento pea areelzagao do procedment, 4, Fomecer copo ou recente de plstico descartavel& grévida, 5. 6. 1. ‘Soitar& gravida que urine para o recipient CCalgar lvas limpas Inserra rea da ita teste regents na urna. rea de medio (se af ever durante muito tempor urna, 2 letra incoeta, porque es substncia quimicasimpregnacas podem ser disolvidas produc letra errads). 8, Retirara ia teste reagente da urn, tocando com a fa nes bordos do recisent. 8, Colocar afta teste reagents numa superficie plana sobre um pape absonente, 0. Colocar afta test reagente em posicSo vertical posicionanso-2 a lado do asco para fazer altura dos resu- tados Figura 25.1), Ficuta25.1 Fiasco test pido de una com fa ote reagent (continua) conti) 1. Aguerda o temp *2 Compara fat 3 Aletura dove s (20 segundos). (4120 segundos). Rejeltar a urna 5 Tia os residuos Sel regis MATERIAL > Prasco de > Copo oti re > Toalhete a > Relogio co > Luvas limp EVIDENCIA CIENT reste répido de sizia e eritrocitért stilidade de apen sacdes elevadas ¢ >esame de urina sssintomética, cu sielonetrite (até 3 Seninnem as situa OBSERVACOE Narealizagao do t sos da fita tester excesso de urina s > tempo de esper sme a Tabela 2 ‘sonas de teste ou para diagnéstico. 3 : : i z 3 Frasco de teste répido de urina com fitas teste reagentess > Copo ou reeipiente de plistico descartavel limpo e seco: > Toalhete absorvente; > Reldgio com ponteiro de segundos; > Luvas limpas. EVIDENCIA CIENTIFICA © teste rdpido de urina permite um diagnéstico de presuncao na presenga de ntritos, leucoct sirlae eritrocitiria. No entanto, embora apresente uma elevada especificidade, tem uma sen: ‘Ghilidade de apenas 60-70%. E, apesar de barato e répido, & necessdria a presenca de concen- cages elevadas de bactérias para ser positivo (Sampaio et al, 2008). ‘© oxame de urina constitai, na gravidez, teste de referéncia para 0 diagndstico da bacteritiria, ‘essintomatica, cuja incidéncia é de 2-10% na gravida. Quando nao tratada, est associada a pielonefrite (até 30%). O diagndstico e terapéutica atempados reduzem estas complicagies & Siminuem as situagbes de baixo peso ao nascer (DGS, 2013). OBSERVACOES Narealizacdo do teste rpido de urina é necessitio verificar se a urina cobre todos os para ros da fita teste reagente. Esta deve ser colocada sobre um papel absorvente, de forma que © excesso de urina seja absorvido, evitando, assim, conspurcar 0 frasco do teste rapido de urina. ‘O tempo de espera deve ser respeitado, para ndo haver leituras e diagndsticos incorretos, con- comme a Tabela 2.5.1. Qualquer alterago de cor que apareca apenas nas partes laterais das conas de teste ou que apareca ap6s 0 tempo de espera indicado nao tem qualquer significado para diagnéstico. ide ge cas,

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