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JOSE SIQUEIRA O SISTEMA MODAL NA MUSICA’ FOLCLORICA DO BRASIL INDICAGOES BIOBIBLIOGRAFICAS. 1907 — Nasceu em Conceiggo, cidade do Estado da Parafba, a 24 de junho; filho de Jodo Baptista de Siqueira Cavalcanti e Maria Siqueira Lima. 1912 - 1915 — Curso Primério na Escola Publica de sua cidade, tendo, por mestra, sua ima Arménia, 1916 - 1918 — Faz parte, como trompetista, da’ Banda de Masica do Cordao Encarna- do, cujo Mestre foi seu pai que também ensinou-Ihe os rudimentos da Masica, 1918 — Cursa o primeiro ano no Seminario de Triunfo, Pernambuco. 1921 — Funda a Banda de Musica da vila de Bonito de Santa Fé, Paraiba, sen- do professor de todos os instrumentos e Mestre, 1922 - 1924 — Integra as Bandas de Musica das cidades de Cajazeiras e Patos, Paraiba, Viaja para Princesa, Paraiba, onde foi secretdrio do famoso chefe po- \stico José Pereira e membro da Banda de Misica local. 1925 - 1926 — Serve ao Exército, como muisico, no 229 Batalhdo dé Cacadores, Paral- ba. Integra as tropas legais que perseguiram a Coluna Prestes no Estado do Maranhéo. 1927 - 1930 — Chega ao Rio de Janeiro e, por concurso, ingresga, como trompetista, na Grande Banda de Musica da Escola Militar do Realengo. Inicia seus es- tudos de Harmonia com o Prof. Paulo Silva. Em 1928, faz exame final de Teoria @ Solfejo no Instituto Nacional de Musica. Em 1929, diplo- ma-se em Harmonia pelo mesmo Instituto. Em 1930, diploma-se em Contra-ponto e Fuga, ainda pelo mesmo Instituto. Faz curso Secundé- Tio nos’Colégios Piedade e Ottatti, Rio. Cria a Orquestra Euterpe para a misica popular, a primeira a fazer programa ao vivo na Rédio Sociedade do Rio de Janeiro, 1931 - 1933 — Deixa agExército. Matricula-se no Curso de Composigdo e Regéncia do Instituto Nacional de Musica da Universidade Federal do Rio de Janei- ro, Em 1933, conclui o curso. Fez sua estréia, como Compositor, neste ‘mesmo ano, com obras para Conjunto de Camara, no Hotel Palace, Rio. 1934 — E contratado para substituir o Prof. Arnon de Gouveia,na cadeira de Harmonia Elementar, Andlise de Contraponto e Nogdes de Insrumenta- go do Instituto Nacional de Missica. Neste mesmo ano,dé seu concerto de estréia no Saléo Leopoldo Miguez,dirigindo o primeiro concerto pi- blico da Orquestra Sinfénica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, re- cém-criada pelo Prefeito Pedro Ernesto, Lanca o livro “Canto Dado em XIV LigSes”, 1935 — Faz concurso para Docente Livre da Cadeira de Harmonia do Instituto Nacional de Musica da UFRJ. 1936 - 1942 — Exerce a Critica Musical da Revista da Semana. Em 1938, faz concurso para Prof. Catedratico e é nomeado pelo Presidente Getulio Vargas, Pro- fessor Catedrético de Harmonia da Escola de Misica da UFRJ, 1939 — Consegue que os professores interinos Luis Amabile e Jodo Nunes, da Escola Nacional de Musica, sejam nomeados professores catedréticos ¢ aposentados no mesmo Decreto. 1939 - 1940 — Idealiza, faz os estatutos e funda a Orquestra Sinfénica Brasileira. Como primeiro presidente, cria: Concertos para a Juventude; — Os Con- certos Dominicais do Cine Rex, a que 0 povo chamava de Missa Sinfé1 ca; ~ Os Concursos de Composiga0; — Os Concursos para Jovens Soli tas; — Os Grandes Concertos Coty, conjuntamente com a Rédio Glo! ~ Os Cursos de Cuttura Musical para 0 povo; ~ Os Cursos de Estética Musical para Pianistas; — As tournée; — Os Concertos em clubes como 0 Fluminense, 0 Botafogo, o Gihdstico Portugués; — Os Concertos para os presidiérios da Penitencidria Central do Distrito Federal. 1942 - Estreia do Bailado “Garcas Amazdnicas” ~ coreogratia de Maria Olene- va; regente, o autor. 1943 - Estréia do Bailado “Uma Festa na Roca’’ — coredgrafo — V. Velcheck; regente, o autor. 1944 — Dirige a Orquestra Sinfénica Brasileira no concerto inaugural da Rédio Giobo, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, sendo solista Madalena Tagliaferro. Funda, com Villa-Lobos e outros,a Academia Brasileira de Musica. Juntamente com Eugen Szenkar, seu Diretor Artistico e seu Mestre em Regéncia, cria o grande publico de musica sinfénica com mais de cinco mil sécios e torna a OSB um patriménio nacional. Pro- ~pSe, 8 Congregacdo da Escola de Musica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 0 titulo de Notério Saber 4 Professora Carmen Gomes. 1945 — Langa o livro “Curso de instrumentacao”. Ajuda Claudio Santoro a ir estadar na Europa. 1946 — Rege, pela primeira vez, nos Estados Unidos da América: ~ Orquestra SinfOnica de Detroit; ~ Orquestra Sinfénica de Filadélfia; ~- Orquestra Sinfénica de Rocheter. Rege, pela primeira vez, no Canadé: — Orquestra Sinfénica'da Rédio de Montreal. Langa o livro “‘Regras de Harmonia”. Elevado 4 cena, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, seu Bailado “Uma Festa na Roga”, com coreografia de Varslav Velstck. Contribui para que Eleazar de Carvalho fosse fazer um curso de aperfeicoamento de regéncia com Serge Koussevitch,nos Estados Unidos da América. 1947 — Cria a Caixa Auxiliadora do Pessoal da OSB. Auxilia Aldo Parisot a ir para os Estados Unidos da América, onde. hoje, ocupa a cadeira de Vio- lorcelo na Universidade de Yale. 1948 — Idealiza, redige os estatutos e cria a Sociedade Aglstca Internacional da qual € Diretor Geral. Participa do | CongressoBrasileiro de Arte, em Porto Alegre. 1949 — Idealiza, redige os Estatutos, funda e 6 Regente-Titular da Orquestra ; Sinfénica do Rio de Jansiro, Contrata, na Europa, 32 profissionais de { Orquestra que prestaram, e ainda prestam, grande servico ao Brasil. Cria, | em combinagdo com a Radio Globo, os “Grandes Concertos Toddy”’. I 1950 — Estrdia da Orquestra Sinfénica do Rio de Janeiro no Teatro Municipal. Cria os Festivais Populares que se tornaram famosos. _ 1952 ~ Rege a primeira audi¢do mundial do seu poema sinfénico “O Canto do Tabajara’’ e de sua Primeira Sinfonia. Foi Presidente da Sociedade Brasi- leira de Musica Contempordnea. 953 — Rege, pela primeira vez, na Franca: — Orquestra Radio Sinfénica de Paris. 1954 ~ 1955 - 1956 — 1956 — 1957 — 1958 — 1959 - 1962 ~ Rege, pela primeira vez, em Portugal : - Orquestra Sinfénica da Emissora Nacional. Langa o livro, em quatro volumes — “‘Masica para a Juven- tude”. Faz parte, como representante do Brasil, do Congresso de La Musica Ne! XX Secolo, em Roma, Italia. Rege a Orquestra de Camara de Florenga, no Palazzo Pitt) Italia. Rege a Orquestra Sinfénica da Radio Roma, na primeira audicao de sua II Sinfonia. Rege a Orquestra Radio Sinfénica de Paris, da Radio Difusdéo Francesa. Langa, como regente, seu primeiro disco “Melodies Brésiliens, Le Chant Du Monce”, Paris. Solista, Alice Ribeiro. Rege a Orquestra Sinfénica da Emissora Nacional de Lisboa, num con- certo em homenagem ao Tratado de Amizade e Consulta Luso-Brasilei- ro, Coliseu dos Recreios, Lisboa. Sotista, Alice Ribeiro. Integra o Jéri de Composi¢ao do Festival da Juventude e dos Estudantes para a Paz e a Amizade entre 0s Povos do Mundo Inteiro, Varsévia. Rege, durante 90 Nnoites em Haia, Amsterdam e Roterdam, Holanda, sua Cantata “XAN- GO". Coro da Brasiliana. Solista, Alice Ribeiro. Langa, como regente, sua Cantata XANGO, com Orquestra de Paris, Coro da Brasiliana. Solis- ta, Alice Ribeiro. Faz o Curso de Musicologia na Sorbonne, Paris, Na qualidade de professor Catedratico da Universidade do Brasil, tem per- missdo oficial para freqientar todos os Cursos Tedricos do Conservaté- rio de Paris, Faz Curso de Técnica de Batuta,com Eugen Bigot, do Con- servatério de Paris. Visita,pela primeira vez,a Unido Soviética. Rege a Orquestra Sinfénica do Estado da URSS.no Parque Gorky, Solista,Ali- ce Ribeiro. Rege a Orquestra Filarménica de Moscou, na Sala Tchaikovs- ky, do Conservatorio. Solista, Alice Ribeiro. Em 1965,é um dos repre- sentantes do Brasil, na quatidade de Presidente da Sociedade de Musica Contemporanea, na reunido do Conselho Internacional da Musica, Paris. Rege, em Paris.a Orquestra Colonne. Solista, Alice Ribeiro. Rege a Or- questra Sinfénica de Posnan,a Filarménica de Varsévia, sendo solistas, Alice Ribeiro e Oscar Borgerth. Rege,no Teatro Tivoli, seu primeiro concerto, com a Orquestra Sinfénica do Porto.eRege, em Lisboa, no Pa- vilhdo dos Esportes,um concerto com a Orquestra Simf6nica Nacional. Solista, Alice Ribeiro. !dealiza, redige os Estatutos, é um dos fundadores da Unio dos Musicos do Brasil e seu primeiro e atual Presidente. De- vese 8 UMB: os 10 Concursos Nacionais de Piano; 0 Movimento de Ex- pansdo Cultural: 0s Concertos Sinfénicos Itinerantes; 0 Anti-projeto de Lei que se transformou na Ordem dos Musicos do Brasil; Instalagdo da, Ordem dos Misicos do Brasil; ManutencSo, por algum tempo,da Orques- tra de Cgmara do Brasil. Membro do Jdri de Composi¢&o, em Moscou, sob a Presidéncia de Schostakovsky, no Festival da Juventude e dos Estudantes para a Paz e A Amizade, entre os Povos do Mundo Inteiro. Rege a Orquestra do Es- tado da URSS, na Sala Tchaikovsky, de Moscou. Solistas, Alice Ribeiro e Oscar Borgerth. Rege, na Unido Soviética, a Orquestra FilawnGnica de Moscou; Orquestra do Estado da URSS; Orquestra Sinfénica de Riga; Orquestra Sinfénica de Baku. Langa o livro, em dois volumes — “Musica para 2 Infancia’. Langa dois Cadernos de Misica n9S 1 e 2. Faz a Critica Musical da Revista ‘‘Leitura’’. Faz parte do Juri de Com- Posi¢do, no Festival da Juventude e dos Estudantes, para a Paz e a Ami- zade entre os Povos do Mundo Inteiro, em Viena. Visita, pela primeira vez, como convidado especial, Bucareste e Sofia. 1960 — Titulo de Cidadgo Carioca outorgado pelo Prefeito do Distrito Federal. Idealizou, fez o ante-projeto e pediu ao Presidente Juscelino Kubists- check para criar a Orquestra Sinfénica Nacional da Rédio MEC, € trans- ferido para a Catedra de Compasicao da Escola de Musica da Universi- dade Federal do Rio de Janeiro. Idealiza, faz a ante-projeto da lei que cria a Ordem dos Musicos do Brasil e foi, por decreto do Presidente da Repiblica, nomeado Membro do primeiro Consetho Federal. Eleito Pre- sidente da Ordem dos Masicos do Brasil. 1961 — Rege a Orquestra e Coro do Teatro Municipal do Rio de Janeirona pri- meira audieo mundial da opera “A Compadecida’’, com texto de Aria- no Suassuna. Nos papéis principais, tvan Senna, Assis Pacheco, Castilho. A pera é dedicada a Roberto Marinho. Rege o concerto co- memorativo do cingientendria do Teatro Municipal, tendo como soli: tas: Guiomar Novais, Arnaldo Estrela, Jacques Klein. Recebe diploma medatha de Bronze no.ano de jubileu da Radio MEC. Promove e preside ©} Congresso Nacional da Musica, 1962 ~ Sugere,ao prefeito do Recife, Miguel Arrais, a oficiatizagio da Orques- tra Sinfénica do Recife, criada por Vicente’ Fittipaldi, e, a seu pedido, fez © ante-projeto de lei. Promove, como: Presidente da Ordem dos Masicos do Brasil, o Primeiro Simpésio sabre'Musica realizado em Bra- sflia. Recebe medatha comemorativa da Marinha de Guerra do Brasil {Prémio Almirante Tamandaré). 1963 — Os misicos promovem uma homenagem especialissima,gravando um 4lbum com 10 discos fong-play de obras de sua autoria, Festival José 2 Siqueira, comemorativo de seus 30 anos de composicao. Participaram: Orquestra Sinfénica Nacional; Orquestra Sinfnica Brasileira; Orquestr Sinfonica do Teatro Municipal; Orquestra’Sinfonica da Unido dos Mi sigos do Brasil; Quarteto da Universidade Federal do Rio de Jansiro; Quarteto da Rédio MEC; Quinteto do Rio de Janeiro; Cantores e Ins- trumentistas. Recebg diploma de Grande Benemérito da Federagdo das Escolas de Samba E s6cio proprietério.da Casa da Parafba, Durante a Semana ala Musica — 13 a 19 de novembro, como presidente da Unio dos Musicos do Brasil, promove o | Festival do Compositor Brasileiro. Participaram: — Uniao dos Misicos: do Brasil; Ordem dos Misicos do Brasil; Teatro Municipal do Rio de Janeiro; Servico da Rédio Ministério da Educagao e Cultura. Patrocinio do Ministério da Educagdo e Cultura. 1966 — E contratado,como Professor de Composicao,no Instituto Villa-Lobos, Rege a Orquestra Sinfénica de Yena, Republica Democrdtica Alemé. Rege a Orquestra Sinfénica de Leipzig,na gravagdo do seu bailado “O Carnaval no Recite’’ e ““Toada’’ para cordas. 1967 — E homenageado, pela Escola de Masica da UFRS, Teatro Municipal, Sala Cecilia Meireles, pela passagem de seu 60° aniversdrio. Concertos no Teatro Municipal do Rio de Janeiro ¢ na Sata Cecitta Meireles, Primeiras audigGes: Saci Pereré, Suite com declamador; Primeiro Concerto para - Piano e Orquestra; Trés Estudos para Flauta e Piano; Trés Estudos para Qboé e Piano; Trés Estudos para Clarinete e Piano e Trés Estudos para Fagote e Piano. Ajuda a fundar a Orquestra de Camara do Brasil, da qual é Diretor Musical e Regente-Titular. £ eleito Membro da Academia Brasileira de Artes. Na posse, foi saudado por Santino Parpinelli. Propée, & Congregagao da Escola de Musica da UFR4, 0 titulo de notério saber ao Professor Iberé Gomes Grosso. 1968 — Recebe diploma de Patrono da Sociedade Beneficente Campesiana Fri- burguense, Friburgo. - 1970 — Ano Beethoven — Comemorativo do bi-centendrio do Mestre. Dé Cursos Especiais de Andlise das 32 Sonatas para Piano; dos 7 Concertos; das 16 Sonatas; das 9 Sinfonias, sob os auspicios da Embaixada Alem. (RFA). 1971 — Faz Curso Especial de Andlise das Operas de Wagner, Tanhauser, Trist3o e Isolda, Parsifal e a Tetralogia, sob os auspicios da Embaixada da Re- publica Federal Alema. 1973 — Rege a primeira audico mundial de sua Cantata Portugal, Coro da Uni- versidade de Lisboa, Orquestra Sinfénica da Emissora Nacional. Teatro Tivoli, Lisboa. Recebe diploma de Sécio Honorério do Sindicato Nacio- nal de Masicos, Portugal. Rege a Orquestra de Camara do Brasil, numa grande tournée pelo Pats. Cidades visitadas: Floriandpolis, Joinville, Cu- ritiba, Sao Carlos, Belo Horizonte, Brasilia, Goiania, Aracaju, Maceid, Recife, Jo&o Pessoa, Natal, Fortaleza, Belém, Manaus. 1974 — Faz tournée de 10 concertos na Uniso Soviética e rege: a Orquestra Sin- fénica de Moscou; a Orquestra Sinfénica de Odessa, 2 concertos; a Or- questra Sinfénica’ de Karkoff, 2 concertos; a Orquestra Sinfénica de Vilno, 2 concertos; a Orquestra Sinfénica de Irkutski; a Orquestra Sinfénica de Novosirbsck; a Orquestra Sinfénica de Ulianov. Rege a Or- questra Sinfénica de Yalta, URSS. 1975 — Rege a gravacdo,em Moscou, de seu Oratorio Candombié |. Orquestra da Radio da Televisio da URSS. Coro de Camara de Moscou. Coro In- fantil do Instituto. Solistas: Alice Ribeiro, Ludmila Simonova, Nina Postavnicheva, Wladir Majof, Wladimir Ermakov, Gevnadi Proitsky. 1976 — Realiza Cursos Especiais para Professores de Educagao Musical em Natal 2 Jodo Pessoa. . i 1977 — Rege a Orquestra Sinfénica Nacional, num concerto comemorativo de ' seu 702 aniversério. Primeiras audigSes: I11 Concerto para Violino e Or- j questra. Solista, Giancarlo Pareschi; “‘Leito de Folhag Verdes”, poema : sinfénico. Texto de Goncalves Dias; “O Dia da Criagdo”, tex @ de Vint- cius de Moraes. Coro da Rédio MEC. Declamador, Ivo Ribeiro Siqueira. i 1978 — Rege a Orquestra de Camara do Brasil.nos dois concertos comemorati- t vos do Centendrio do Teatro da Paz, Belém — Paré. Rege a Orquestra de Camara do Brasil, numa tournée promovida pelo SESG. Cidades visita- das: Fortaleza, Natal, Jodo Pessoa e Recife. ! | | i } i : f | { ' O SISTEMA MODAL WA MUSICA FOLCLORICA DO BRASIL PLANO 1 INTRODUGAO. Conceitos sobre Misica Brasileira. Suas origens. As etapas per- corridas. O nacionatismo folclérico e o nacionalismo essencial. A importancia dos trés Modos Brasileiros quando usados sistematicamente, . 1 — Exposigiio. Os trés Modos. Historico ~ Origens. lll ~ Desenvolvimento, Nova Nomenclatura, Acordes Novos. . IV — ConclusSo. Consideracdes gerais. Demonstracdes Praticas — Obras em que em- prego, largamente, o Sistema. . INTRODUCGAO Buscamos @ Masica Brasileira, Muito se tem feito e se fard, por certo, para atingir & meta desejada O essencial ¢ saber: que é Masica Brasileira? Como caracterizé-la? Ha compositores que empregam ritmos chamados brasileiros, de origem africana, Portuguesa, espanhola ou indfgena. Outros hé que pretendem alcancar o objetivo, utitizando temas do nosso Folclore, despreocupando-se, ao traté-los, com os demais elementos fundamentais da musica, Outros ainda buscam apoiar-se em formas de @companhamento ou jaracessos con- trapontisticos, ditos brasileiros, como ocorre nas imitag6es do Violdo ou do Cavaqui- nho. Finalmente, outros preferem a utilizagdo de instrumentos tipiges de percussio, tratando-se de musica de conjunto ou, ainda, de textos de origem indigena ou negra, quando a musica é vocal Sabemos que no ¢ tarefa facil ¢ que as etapas percorridas, em busca desse ideal, Preocuparam grandes espiritos. Sabemos, também, que as redfizacdes destes lumina- fes, no campo pratico, constituem, sem divida, marcos decisivos na Hittéria da Miisica Erudita Nacional. Vé-se, pois, qudo proticuo foi o trabalho realizado. J8 existe, substancialmente, o que Podemos chamar de Misica Brasileira. ‘A meu ver, porém, essas constancias r/tmicas, melédicas, polifénicas e, mesmo, harmonicas, do centro e do sul do Brasil, e que vem sendo utilizadas, sistematicamente, Pelos compositores de wirias tendéncias no so o bastante para dar 4 Musica Nacional uma feicg0 propria, capaz de torné-la uma realidade insofismével. A misica de um povo ou tem fundo folclérico, ou independe deste, No prineiro caso, temo o Nacionalismo Folelérico; no segundo caso, o Nacionalismo Essencel. Em quase todos os paises, tem-se buscado, na fonte folelorica, 0 formacdo demu a Nacional, isso porque o Nacionalismo Essencial requer condicdes espaciais de or. dem psicol6gica e subjetiva, nao sendo dado, a qualquer um, praticé-lo, E mais uma tarefa confiada aos génios, © Folelore Brasileira, dos mais encantadores, possui uma variedade que ultrapas- $2 08 limites de nossa imaginagdo. Como parte integrante deste, o do Nordeste apresen. ta caractersticas préprias que o torna o mais puro e belo do pais. Quais séo as caracteristicas proprias do Folclore Nordestino? Observa'se, naquela regio do Brasil, quer no Folelore veal, quer no instrumental, @ constéincia de trés modos diferentes, de quantos existem no Universo, Esses modos, usados sistemiaticamente, d&o, 4 melodia, uma cor prépria, alteran- do, por inteiro, 0 sistema harménico, base da tonalidade moderna em que se apdia a misica erudita, desde o século XVII. ‘A Harmonia utilizada, tomando por base ésses novos mados, nos transportaré ao atonalismo, sem recorrer a processos violentos, as vezes inaceitaveis, comuns a certos | sistemas, ora em voga, | Nao tenho a pretensdo de haver criado algo novo, nem de desfazer o que existe de concreto sobre a matéria, O que fiz foi, apenas, ordenar o emprego desses trés modos brasileiros, to comuns dos povos do Nordesta, a quem presto esta singela homenagem, | ao mesmo tempo em que espero haver contribuido para a fixagdo de algumas normas que serdo definitivas 3 formacéo da Musica Brasileira. EXPOSICAO OS TRES MODOS - HISTORIA — ORIGENS ‘Sdo trés os Modos nordestinos (reais) Ei-los | Modos: oe rosy . II Modos: . coe ut Hi] Modos: . = ie Ocorre, as vezes, a interferéncia de certas notas na melodia que dao a impres- s80 da existéncia de outros Modos, além dos que ora estudo. Embora isso seja freqtiente, aproveito esta oportunidade para estabelecer, como norma, @ utilizacdo desses supostos novos Modos, os quais, como no sistema classico. usual, distardo dos Modos reais uma terceira menor inferior. Os modos derivados séo, pois, os seguintes: 1 Modo derivado: II Modo derivado: eve ae ous tH Mode derivado: = any Também é comum encontrarem-se melodias em que os graus IV € VII aparecem, ora afterados, ora sem alteragdes, separados ou conjuntamente. A essas melodias, chamarei de mistas, fazendo, porém, mencdo, aos modos corres- pondentes as alteracGes que contiverem. ESQUEMA DO SISTEMA MODAL NA MUSICA FOLCLORICA DO BRASIL. Nomes. Notacgo GREGA Indicagao abreviada | Modo { Real CaC, comb molle IMR. - Derivada AaA, comb molle 1M.0. || Modo { Real CaC, com f dur HMR. Oerivada AaA, com f dur 1 M.0. tt Modo. {Real C aC, com b mole dur HiEM.D, Derivada Aa A, com b mole dur 4 M.D. Exemplos dos trés modos em notago usual: TMA © | Modo real corresponde, por eufonia, ao Hipoddrio do género diaténico Gre- go, ou a0 Mixolidio dos Modos Eclesidsticos, Exemplo:G aG . O I Modo real corresponde, por eutonia, ao Hipomixolido do género diaténioo Grego, ou ao Lidio dos Modos Eclestdsticos. Exempio: F a F © | Modo derivado corresponde (a0 Frigio des Modos Eclesidsticos) ou { a0 Li: dio dos Modos Gregos). Exemplo: Ea E == p 0 Ii Modo derivado corresponde (a0 Dério dos Modos Eclesidsticos) ou (a0 Fri- gic dos Modes Gregos). ww OS MODOS GREGOS. (Género diaténico) Exemplo: D aD So sete os modos gregos: Dirlo Frigio Mixatidlo Como se vé, 0 mixolidio é igual ao hipol{fdio, Correspondéncia entre a notag3o grega e a notacdo usada nos paises latinos outros: ABCODEF G LAS! DO RE MI FA SOL O il Mado real ou derivado nao tem correspondenie hist6rico, Adiante, procura- rei explicar a origem desse Modo. Todos os Modos podem ser transpostos, tomando por base qualquer nota. Nesse caso, as altera¢des adventicias decorrentes podem figurar, ou no, na armadura da clas- se, Caso 0 compositor assim 0 deseje, deverd obedecer & orientagdo seguinte: Tomando por base as notas D6-Lé: Na ordem dos sustenidos: 2 Na ordem dos bemédis. s Como se vé, a ordgm dos sustenidos e a dos beméis é a mesma adotada no ensino tradicional, com a diferenca de que, no nosso Sistema, ha, sempre, um acidente para mais, em relacdo aquele. Histérico. Pelas demonstragdes anteriormente feitas, pode-se verificar que o Modo: corresponde, por eufonia, ao Hipodério Grego ou a0 Mixolidio Eclesidstico, da mesma maneira que o Il Modo corresponde ao Hipomixolidio Grego ou ao Lidio Eclesidstica. Quero acentuar, aqui, que o II! Modo nao tem correspondents historico e que, por isso, deve ser considerado o Modo Nacional por exceléncia. Como explicar a semelhanga dos Modos Eclesiésticos com os Modos Nordestinos? E, sobretudo, por que, somente naquela reqido brasil leira, tal fato se verifica? A Historia nos indica varios caminhos, Ocupar-me-ei, somente, dos seguintes:a) In- fluéncia Jesu(tica; b) Aciistica, na parte referente as vibracGes dos corpos sonoros, E sabido que os missionérios jesuitas introduziram,entre os indigenas brasileiros Novos espécimes musicais. Educados na velha Europa, os padres Navarro, Nébrega, Anchieta e outros nao Podiam deixar de utilizar, em suas catequeses, benditos, ladainhas e outros cénticos reli- giosas escritos nos Modes Eclesidsticos, professadas pela Igreja Catélica, desde a Idade ia. O tritono, intervalo existente entre o 19 @ 0 49 graus da Escala Maior, era conside- rado "O diabo em misica” e, por isso, banido de toda a musica religiosa {catblica). Quando esse intervalo ocorre, como no Lidio Eclesidstico, determina-se 0 abaixa- mento do Si meio tom, pelo emprego do bemol. E essa, talvez, a explicagao que se po- de dar da existéncia frequente daquele acidente nas Cangées folctéricas do Nordeste. Os Jesuitas teriam generalizado 0 abaixamento do 7° Grau, 0 Si bemol. transfor- mando-o em habito. E por que ndo se verificou 0 mesmo noutras regides do Brasil que, também, rece- beram influéncia Jesuitica? Teriam os holandeses qualquer participacao no acontecimento?.. Aaui, a tarefa passa a0 campo de investigacSes mais profundas que escapa aos obje- tivos deste modesto trabalho de simples coordenacao. A origem do acidente contido no |i Modo, o Fé sustenido, creio ter, também, fun- damento religioso. O eanto-chéo ou Canto Gregoriano nfo utiliza 0 sustenido, a n3o ser por meio de transporte; 6, a meu ver, 0 que ocorre no caso em apreco. Fugindo ao “‘tritono”, teriam os Jesuitas determinado o abaixamento do Si pelo bemal, ou a elevacao do Fa pelo sustenida, donde os dois primeiros Modos Brasileiros, visto que o terteiro resulta da jun¢do das duas alteracdes. Exempio: Como, porém, os missiondrios tivessem cuidado, a0 mesmo tempo, da miisica vo- cal e da instrumental, e como a aplicagdo precedente visa mais aquela do que a esta, procurarei, em seguida, abordar 0 outro aspecto do problema. Acistica. Ressonancia dos corpos sonoros. A Série Harménica que.nos Conserva- térios tradicionais, ¢ estudada até o harménico n© 9, mas que, na realidade, se prolonga, indefinidamente, tornando-se perceptivel a0 nosso ouvide até o harmdnico n® 16, for- Nnece, a meu ver, dados positivos para uma explicacdo cientifida da origem das duas al- teragdes que interferem-nos Mados Nordestinos, Exemplo: Qs instrumentos primitivos usados pelos indigenas e pelo homem do povo, em ge- ral, so de vérios tipos, destacando-se, entre eles, as flautas rsticas de diversos tama- hos, cujo nome popular 6 Pife. Escolhi este instrumento para realizar a prova, por ser o mais popular, ainda em voga naquela regio, como parte integrante do conjunto denominado Zabumba, Cotila- da, Pifeiros ou Esquenta Muther, conforme o Estado nordestino a que pertence. O Pife é um instrumento de bambu, com sete orificios abertos a fogo, um dos quais serve de embocadura, e 0s seis restantes cobertos pelos dedos da mao direita e da esquerda do executante, permitindo o encurtamento proporcional do tubo, quando ne- cessério. Tratando-se de uma coluna de ar posta em vibrac&o através de um tubo, como acontece com a corda, 0 som fundamental ou gerador contém uma série de sons par- ciais ou harménicos, figurando, entre estes, os harménicos nS 7 e 11 que correspon: dem, respectivamente, as alteragdes contidas nos trés modos brasileiros. Uma simples pressdo dos labios do executante, com a coluna de ar vibrando em toda a extensSo do tubo, evidencia a prova. Dessa maneira,.tem-se, cientificamente, a origem das alteragSes que deram causa criac&o, agora, deste trabalho A pratica constante dos canticos religiosos ¢ outras manitestagoes musicais teriam conduzido o homem do Nordeste a uma maneira de criar sua propria musica, maneira essa que se vern arrastando através dos séculos, sem sofrer contesta¢do nem solucdo de continuidade. -. Ai, ficam dois belos temas para que outros estudiosos, mais abalizados, os desven- dem — A quem devemos os Modos do Nordeste? aos Jesuitas ou a natureza, através do fendmeno natural da ressonancia dos corpos sonoros? DESENVOLVIMENTO Nova Nomenclatura — Acordes Novos. . Nova nomenclatura. O Sistema Modal na Musica Foiclérica do Brasil destruiu,por completo o principio de Tonalidade Classica. Altera, em conseqiéncia disso, e quase por inteiro, a nomenciatura cléssica adotada hodiernamente. Assim temos: a) — As escalas maior$s ou menores, diatdnicas ou crométicas sdo substituidas pelos ‘trés modos reais ou derivados; b) — Os nomes tradicionais de ténica, superténica, mediante, Sub-Dominante, Domi- nante, Super-Dominante e Sensivel desaparecem e s&o substitu/dos por 19, 20, 39, 49, 59, 69 @ 79 graus, respectivamente; c) — Os intervalos ndo sofrem qualquer aiteracdo; 7 d) — Os acordes passam a ter as sequintes classificages: acordes de duas notas, trés, quatro, cinco, seis, sete e oito .10tas, etc.. Ndo havera mais acordes de 72 da Do- minante, 78 da Sensivel Maior ou Menor e 98 da Dominante, Maior ou Menor, vis- to terem estes titulos e funcSes desaparecido. Dessa maneira, 0 acorde passaré a definir-se assim:: reuni3o de duas ou mais notas ouvidas, simultaneamente. A hie- rarquia. total desaparece. Pode-se comegar ou terminar 2 musica com qualquer. acorde; 10 e) — os encadeamentos ou sao livres ou podem obedecer & forma cléssica, desde que se- jam praticados dentro dos Modos; f} — As cadéncias harménicas séo suprimidas; qualquer acorde servird para terminar um membro de frase, uma frase ou um perfodo; 9) - no haveré mais modulagao, visto que modular é passar de uma tonalidade a ou- tra, e, neste sistema, ndo existe tonalidade e, sim, existem Modos. As passagens de um Modo para outro denomina-se transporte ou mudanga. Acordes Novos. Os tratados de Harmonia, escritos na época atual, consagram um capitulo aos acordes novos. Chamam de acordes novos a todos aqueles que foram cons- titufdos por intervalos diferentes dos que so usadas na construcdo dos acordes da har- monia tradicional. Assim, temos: 1. Acordes por 288 maiores e menores: 2. Acordes por 488 ¢ 525 justas; por 49 aumentada e 5? diminuta; por 42 sub-diminu- ta e 58 aumentada: W 3. Acordes por 53 e 48 justas; por 68 diminuta e 48 aumentada: 4. Acordes por duas 425 justas e uma 49 aumentada; por uma 52 justa, uma 43 au- Mentada e uma 42 justa; por trés 488 justas, por uma 42 aumentada e duas 435 justas; 5. Acorde por 28 maior-.e duas 485 justas; por 28 menor, 42 justa e 43 aumsntada; por 28 maior, 48 aumentada e 4? justa; por 23 maior, 42 aumentada e 42 diminu- ta; 12 6. Acorde por 22 maior, 42 justa e 52 justa; por 29 mériér, 42 justa e 5? justa; por 29 menor, 42 aumentada e 5? diminuta: 7, Acorde por 28 maior, 58 just e 42 justa; por 28 maior, 58 diminuta e 43 aumen- tada; por 28 menor, 52 justa e 42 justa; 22 maior, 54 aumentada e 43 diminuta; 3 8. Acorde por 29 maior @ duas 525 justas; por 28 maior, 68 justa e 5? diminuta; por 28 menor, 59 aumentada e 5? diminuta: 9. Acorde por trés 585 justas; por 58 diminuta e duas 65 justas; por duas 6% justas e uma 5? diminuta; por uma 5? aumentada, uma 5? diminuta e uma 59 justa; por uma 52 justa, uma 5? diminuta e uma 5? aumentada- 4 Além dessas combinacées, outras podem ser praticadas, desde que seja_aumente- do o numero de partes, e que se utilize, exclusivamente, intervalas de 2? maior e me- nor, 43 diminuta, 42 justa e 4? aumentada; 5? justa, 59 diminuta e 5? aumentada. Assim: 2 = e ou ainda assim CONCLUSAO, Consideracdes Gerais, DemonstragSes préticas — obras em que emprego, largamen- te, 0 Sistema. | ConsideragSes Gerais. Us objetivos principais visados pelo Sistema sao, além da Melodia, a Harmonia e a Polifonia. Esta claro que nao se dispensam os demais elementos como 0 ritmo, as formas de acompanhamentg e, mesmo, certos pro- cessos de harmonizacao populares, 4 base do pedal que, de algum modo, caracte- rizam nossa masica “As melodias, harmonias e polifontas oriundas do Nove Sistema contribuirdo, deci sivamente, para a formacdo da musica erudita nacional. E evidente que de Brasilio Itiberé @ Camargo Guarnieri, passando por Alexandre Levy, Alberto Nepomuceno, Francisco Braga, Luciano Gallet, Lorenzo Fernan- | dez, Francisco Mignone, Ernani Braga, Villa-Lobos, Cléudio Santoro, Guerra Vi- | cente, Guerra Peixe e tantos outros, muito se fez, digno de todos os encdmios. 0 que este modesto trabalho pretende é, sobretudo, reforcar aquelas realizagdes, — contribuindo com trés elementos decisivos: | . a melodia, a Harmonia, a Polifo: po , || — Demonstragdes praticas. Para reforcar meu Ponto de vista, darei, agora, alguns exemplos extraidos das obras em que emprego 0 Sistema. IV Sonatina para Piano Allegretto. (dew £ nf. 7 ' Cantoria de Cego para Piano Andante P tegate Toada para Orquestra de Corda Trangwillo ‘un poco pli asso 1 Cantiga para Piano Andante molto sentimental Benedito Pretinho para Canto e Piano ee ee onsons van. 072 = ATO an ok ate sai gov 0B iam’ ob ah > go ax anf $l ol ar “est TS efor. nour disab! ar. of a ar Kak MAK WOM aK. ad lai al : arom Soo ety ab - an net ° 2 | Sonata para Violinoe Piano ~ I suet at eee A tee Allegro _risoluto | r | sae ; | = @ Poco % meno mosso 11 Sonata para Violino e Piano 19209 8 0309) 2219 FI con sore wut wt Trés Estudos para Flauta e Piano Tempo di Toadad «60 SS SEE Taniabile ~\ vest st007 OUTRAS OBRAS EM QUE EMPREGO, LARGAMENTE, OSISTEMA: Qito Cangdes Populares Brasileiras para Canto e Piano e Canto e Orquestra. Inumeras obras para Casto e Piano,como: Estrela do Mar Anica Voz A Rede Versos de José Américo de Almeida, Infancia Minha Estrela Meu Rastro Trés Melodias Populares do Brasil, para CantoePiano Uma Festa na Roca, bailado em trés partes. Cantata 8 Manoel Bandeira, para Soprano € Quarteto de Cordas e Piano. ° | — Concerto para Piano e Orquestra Il — Concerto para Piano e Orquestra {Il = Coiicerto para Piano e Orquestra | — Concerto para Violino e Orquestra 11 — Concerto para Violino e Orquestra Il — Concerto para Violino e Orquestra Quarta Danga Brasileira, para Orquestra Festa de Negros, para Piano e para Orquestra Danga Herdica, para Piano e para Orquestra Danga Nordestina, para Piano e para Orquestra Sonoras Amazénicas, para Canto e Orquestra de Camara Sonoras Nordestinas, para Quarteto de Corda Festas Natalinas do Nordeste, Cantata para Soprano, Coro e Orquestra. Preltidio e Fuga Sobre um Tema Brasileiro, para Quinteto de Sopro e Piano. A Compadecida, Opera em 3 atos. Cenas do Nordeste Brasileiro, Poema Sinfénico Toada, para Orquestra de Cordas 'l Quarteto, para Quarteto dé Cordas |, We li! Sinfonias, para Grande Orquestra Surte Infantil, para Orquestra | Suite Nordestina, para grande Orquestra Jardim de Infancia, para Declamador e Orquestra '@ Hl Sonatas para Violino e Piano Cantigas Foicléricas do Brasil Vinte Suftes para coro e diferentes conjuntos, 12 Su(te Sertaneja, para Violoncelo e Piano Prego para Onze Instrumentos Cobra Norato — Oratorio para dois Solistas, Coros Mistos,Orquestra. LAL AIL AY, V, VI, VIL, VIL IXe xX Sonatinas para Piano,

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