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286 todo o mundo ¢ aos movimentos sociais que mailitam Jexto 11 Nazis «on-line» ‘A Internet tem um enorme potencial para a luta contra 2 discriminaclo, pelo que € simplesmente cerrado entrar a pés juntos no debate centrando-o no ‘uso que os militantes do édio racial fazem ou podem fazet das ferramentas cletrOnicas no mundo globali- zado, Seria como comegar ¢ acabar a discussio da importancia das redes vidrias Himitando-a & avaliagio do comportamento dos loucos do volante. ‘Averdade € que, 86 no espago a que pertencemos, foram dados nos Glkimos meses bons passos no sen- ‘ido de tsér mais e melhor a Net para realizar os obje- tivos que justificaram a criagio do Observatério Europea contra 0 Racismo ea Xenofobia (btp:/Jenme. aint). A rede de informardo Raxen, gerida pelo Observatério, fornecera novas armas aos cidadios de uso. inteligente da Internet para defesa ativa e pela positiva de uma causa essencial. \Nada disto significa que devamn ser subestimados os petigos decorrentes dos usos perversos que as redes, globais também propiciam: (.) 'No novo contexto, as ONGS e os cidadios podem interagir com os poderes piblicos muito mais facilmente, havendo exemplos notiveis de «ativismo antirracista» ‘coroado de sucesso. Quando a Ligue Internacionale con- trele Racsme etT Antisémitisnte €a Union des Etudiants Juifs de France pediram ao Tribunal de Grande Instincia de Paris que proibisse 0 Yahoo de incluir objetos nazis no seu servigo ruidial de leildes, abriu-se um debate darié cador que, lentamente, ajudou a decantar conceites ¢ @ visibilizar as fronteiras entre 0 possivel e oimpossivel, contra a barbétie, constituinde um bom exemplo de sto 13. Governar a Internet ‘As caracteristicas da Internet parecem convertéla ‘num meio adverso a missfo de um direito ede institi- Ges reguladoras de base territorial concebidos por € para uma sociedade assente em bers tangiveis. N3o surpreendentemente, a sua emergéncia fezse acompa- ‘nhar por um debate sobre a forma mais adequada de a regular, Houve quem encarasse a Internet como um espaco natural de liberdade, rebelde a qualquer tipo de normatividade externa e apenas compativel com regras e institugbes geradas no seu préprio sci isto & com ‘uma autorregulagio, Nzo demorou, no entanto, 2 a- rmarse a convicsio da necessidade e da validade, tam- ‘nit ai, dos principios ¢ regras reconhecidos pels sociedades democraticas ¢ da responssbilidade dos Fstados de 08 defenderem sob pena de serem postos em cquse valores como a ordem piiblica eas liberdades fandamentais dos cidadios. ‘Ateotia ea prticatendem, no obstante, pensar a regulacio da Intemet & luz do conceito de governangs, cenvolvendo tim mista de control estatal, de cooperaczo {internacional e de autorregulagéo. A Internet tem propi- ciado, incusivamente, orecureo a ura método de regula- go inovador. a comregulacto (ver “Uma instituicso Original: o Férum des Droits sur Intemet’). ‘A Internet constitu hoje, de facto, um espago orga- nizado ¢regulado & escala internacional. No plano wni- versal, 2 sua regulaclo recai fundamentalimente na fesfera técnica (protocolos de Internet rogldos pela Internet Assigned Numbers Authority (JANA); nomes de dominio sob a égide da Intemet Corporation for ‘Assigned Names and Numbers (ICANN). & no plano europe que se tem ido mais longe na regulagto da uti- Tizagdo da rede nas esferas econdmica e socal ob 2 et Mogaes (200), Hom Seplen~Cenasdo Vida no Craps ‘ston, Quta ites, pp. 285-286 4 ‘A regulagio da Internet pela Unio Europeia ‘A agio reguladora da Unio Furopeia no que 1es+ peita a ‘Sociedade da informacio", incuindo as “autoestradas da informacio", tem sido pautada por

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