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Terga-feira, 2 de Janeiro de 2024 I Série- N21 <# DIARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Prego deste niimero - Kz: 4.420,00 Presidente da Republica Decreto Presidencial n.2 1/24, raven Aprova as Regras de Execuc3o co Orcamento Geral do Estacio para o Exercicio Econémico de 2024. — Revoga o Decreto Presidencial n.® 73/22, de 1 de Abril, que aprova as Regras de Execucio do Orcamento Geral co Estado para 0 Exercicio Econdmico de 2022. Decreto Presidencial n.2 2/24. Aprova o Plano Anual de Endividamento para 0 Exercicio Econémico de 2024 — PAE 2024. Decreto Presidencial n.2 3/24 Autoriza a Ministra das Finangas a recorrer 3 emissio ce Obrigagées do Tesouro com as cara- teristicas e condigées técnicas previstas ro presente Diploma, até aos limites estabelecidos no Orgamento Geral do Estado para o Exercicio Econémico de 2024. Decreto Presidencial n.2 4/24 100 Autoriza a Ministra das Finangas a recorrer 3 emissio de Bilhetes do Tesouro, nos tertnos previstos ‘nos artigos 23.2 2 33.2 do Regulamento da Emissao e Gestdo da Divida Publica Directa e Incirecta, aprovaco pelo Decreto Presidencial n.° 164/18, ce 12 de Julho, até aos limites estabelecidos no COrcamento Geral do Estado para o Exercicio Econémico de 2024, DIARIO DA REPUBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 ISERIE, N21 |2 PRESIDENTE DA REPUBLICA Decreto Presidencial n.2 1/24 de 2 de Janeiro Considerando que a desconcentragao da execuc30 do Orcamento Geral do Estado, através do Sistema Integrado de Gestéo Financeira do Estado, requer uma maior responsabilizagao dos gestores das Unidades Orgamentais e dos Grgdos Dependentes, na execugao dos respectivos orgamentos; Tendo em conta que a eficdcia e materializag3o do Orcamento Geral do Estado apenas podem ser asseguradas pelo cumprimento de regras e instrugdes de execugdo or¢amental objectivas ¢ adequadas 8 conjuntura econémica; Havendo a necessidade de aprovacdo das Regras de Execucio do Orcamento Geral do Estado para 0 Exercicio Econémico de 2024, nos termos do disposto no artigo 35.° da Lei n.° 15/10, de 14 de Julho, Lei do Orcamento Geral do Estado; 0 Presidente da Republica deereta, nos termos da alinea m) do artigo 120.2 e done 4do artigo 125.2, ambos da Constituig&io da Reptblica de Angola, o seguinte: ARTIGO 1.2 {Aprovag3o) Sao aprovadas as Regras de Execugao do Orgamento Geral do Estado para o Exercicio Econémico de 2024, anexas ao presente Decreto Presidencial, de que so partes integrantes. ARTIGO 2.2 (Revogacao) E revogado o Decreto Presidencial n.° 73/22, de 1 de Abril, que aprovou as Regras de Execugao do Orgamento Geral do Estado para 0 Exercicio Econémico de 2022. ARTIGO 3.2 (Duividas e omissdes} As dtividas e omissdes resultantes da interpretagao e aplicagao do presente Diploma sdo resolvidas pelo Presidente da Reptiblica. ARTIGO 4.2 (Entrada em vigor) O presente Diploma entra em vigor na data da sua publicacao. Apreciaco em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 21 de Dezembro de 2023. Publique-se. Luanda, 20s 29 de Dezembro de 2023, © Presidente da Reptiblica, JOO MANUEL GONGALVES LOURENGO. DIARIO DA REPOBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 1 SERIE, N22 [3 CAPITULO | Disposigées Gerais ARTIGO 12 ({Objecto) O presente Diploma estabelece as Regras de Execucao do Orcamento Geral do Estado para 0 Exercicio Econémico de 2024, doravante RE-OGE/2024. ARTIGO 2° {Ambito) O presente Diploma é aplicavel a todos os Orgaos do Estado, Entidades ou Instituigdes que beneficiam de dotagdes do Orgamento Geral do Estado, nos termos da Lei. ARTIGO 32 (Regras basicas) Na execu¢ao do Or¢amento Geral do Estado, as Unidades Orcamentais e Org3os Dependentes devem respeitar, com rigor, as disposigdes combinadas dos seguintes diplomas: a) Lei n.2 15/10, de 14 de Julho ~ do Orgamento Geral do Estado, com as alteragdes da Lei n.® 12/13, de 11 de Dezembro; b) Lei n.° 37/20 de 30 de Outubro —da Sustentabilidade das Finanas PUblicas; ¢) Lei n.° 41/20, de 23 de Dezembro — dos Contratos PUblicos; d) Lei n.2 18/10, de 6 de Agosto — do Patriménio PUblico; e) Decreto Presidencial n.2 31/10, de 12 de Abril ~ que aprova o Regulamento do Pro- cesso de Preparagao, Execucdo e Acompanhamento do Programa de Investimento Puiblico; f) Decreto Presidencial n.° 40/18, de 9 de Fevereiro ~ Regime de Financiamento dos Org3os da Administrag3o Local do Estado; g) Decreto Presidencial n.2 47/18, de 14 de Fevereiro — Regime Aplicavel as Taxas, Licengas e outras Receitas Cobradas pelos Orgos da Administracao Local do Estado e aprova a respectiva Tabela; h) Decreto n.2 39/09, de 17 de Agosto — Normas e Procedimentos a Observar na Fiscalizagdo Orgamental, Financeira, Patrimonial e Operacional da Administracao do Estado e dos Orgaos que dele dependem; i) Decreto Presidencial n.? 289/19, de 9 de Outubro — que estabelece 0 Procedimento para a Operacionalizacao do Direito da Agéncia Nacional de Petrdleos, Gas e Bio- combustiveis sobre os Recebimentos da Concessiondria Nacional; J) Decreto n.2 73/01, de 12 de Outubro — que define os Orgaos, as Regras e as Formas de Funcionamento do Sistema Integrado de Gestdo Financeira do Estado; k) Decreto Executivo n. 1/13, de 4 de Janeiro ~ Procedimentos de Emiss3o da Cabi- mentagdo e de Institui¢ao da Pré-cabimentagdo e do Classificador Orgamental, de forma a assegurar uma aplicacao mais racional dos recursos ptiblicos disponiveis; DIARIO DA REPUBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 | SERIE, \4 1) Decreto Presidencial n.° 292/18, de 3 de Dezembro — que aprova o Regime Juridico das Facturas e Documentos Equivalentes; m) Decreto Presidencial n.° 213/23, de 30 de Outubro ~ gue estabelece o Regime Juridico de Incentivo 4 Produgiio Nacional. ARTIGO 4.2 (Utilizag3o e Acessos no Sistema Integrada de Gest Financeira do Estada} 1. Todo 0 funciondrio publico, agente administrativo ou pessoal contratado, adquire a qua- lidade de utilizador do SIGFE, apenas apés treinamento em matérias de execug%o orgamental, financeira e patrimonial. 2. Sem prejuizo do ntimero anterior, as novas Unidades Orgamentais, para 0 acesso e manu- seamento do Sistema Integrado do Patriménio do Estado (SIGPE), devem solicitar ao Ministério das Finangas, para © pessoal afecto a 4rea do patriménio, a participag’o em formagées sobre registo de bens patrimoniais publicos. 3.0 perfil do utilizador do SIGFE e os acessos s3o atribuidos apenas apds solicitagao e de acordo com a compatibilidade da execugao das actividades, apds homologagao do Validador do Orgio. 4. Asenha do utilizador do SIGFE tem cardcter confidencial e unipessoal. 5. Sempre que se registar mudanga de utilizador, os responsaveis das Unidades Orgamentais ou Orgdos Dependentes devem informar, no prazo maximo de'5 (cinco) dias Uteis, por offcio ou correio electrénico, ao Servico de Tecnologias de Informagao das Finangas Publicas (SETIC-FP), ao nivel central, ¢ as Delegagdes Provinciais de Financas, ao nivel local, para a desactivagao dos respectivos perfis. 6. A atribuigo de novos perfis é da competéncia do SETIC-FP. 7. Para efeitos de controlo de acesso, os gestores dos drg3os orcamentais, também designa- dos como validadores ou Secretarios Gerais, devem remeter até ao dia 31 de Janeiro de cada ano uma lista com a identificagao dos funcionarios utilizadores do SIGFE, Portal do Municipe e Portal de Servicos, bem como os respectivos perfis de acesso. 8.Alista referida no numero anterior deve ser direccionada ao SETIC-FP, com cépia & Direccdo Nacional da Contabilidade Publica (DNCP), quando enviada pelos Orgios da Administracao Central do Estado, e as Delegacées Provinciais de Financas, quando enviada pelos érgaos da administrac3o local. 9. Aatribuigdo, suspensdo e desactivacdo dos perfis de acesso ao SIGFE, Portal do Municipe © Portal de Servicos ¢ da competéncia do SETIC-FP, como conhecimento da DNCP. 10. A responsabilidade pela indicagdo dos utilizadores do SIGFE cabe aos responsaveis das Unidades Orcamentais, Grgios Dependentes e aos Validadores dos Orgies do Sistema Orcamental. 11. Todos os Servicos Executivos Directos do Ministério das Finangas que concorrern para a execugdo orgamental tém a responsabilidade de acompanhar, em fungao da especificidade orcamental, a criagdo de perfis, os utilizadores, as alteracées e as inactivagdes dos utllizadores. DIARIO DA REPOBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 1 SERIE, N22 |5 12, Toda @ qualquer actividade realizada no SIGFE, Portal do Municipe e Portal de Servicos de forma fraudulenta resultaré em responsabilidade disciplinar, administrativa, civil, financeira € criminal do respectivo utilizador, nos termos da lei. 13, Sempre que os Servigos Executives Directos ou as Unidades Orcamentais verificarem irregularidades na utilizagao dos acessos por parte do utilizador do SIGFE, Portal do Municipe @ Portal de Servicos, devern solicitar ao SETIC-FP, a0 nivel central, e as Delegagdes Provinciais de Financas, ao nivel local, a desactivagao do perfil e a inactivacao da senha, bem como espo- letar 0 respectivo processo de responsabilizacio, caso necessirio, CAPITULO I! Disciplina Orcamental ARTIGO 5.2 (Documentos do SIGFE) Os documentos para a movimentagSo dos recursos financeiros no SIGFE sdo os seguintes: a) CP —Certificado de Pagamento; b) GR— Guia de Recebimento, utilizada para o depésito de outras receitas, caugdes e devolugdes de recursos; ¢) GPT — Guia de Pagamento de Taxas, utilizada para efectuar pagamentos pelo Portal do Municipe ¢ Portal de Servigos; d) Mensagem SWIFT, utilizada para a entrada de recursos provenientes de financia- mentos internos e externos; ¢) NRF ~ Necessidades de Recursos Financeiros, utilizada para solicitar 4 Direccao Nacional do Tesouro a real necessidade de Recursos Financeiros; f) OT — Ordem de Transferéncia, utilizada pela Direcgao Nacional do Tesouro para transferéncias de recursos financeiros; g) OTE — Ordem de Transferéncia Electronica, utilizada pela Direcco Nacional do Tesouro para transferéncias de recursos financeiros de forma electronica; h) OS — Ordem de Saque, utilizada para efectuar pagamentos em nome do Estado pelo Gestor da UO; 4) OSFI— Ordem de Saque de Financiamento Interno, emitida para efectuar pagamen- tos de financiamento interno; j) OSRP — Ordem de Saque de Restos a Pagar, utilizada para efectuar pagamentos de restos a pagar; k) OSRPE — Ordem de Saque de Restos a Pagar Electrénica, utilizada para efectuar pagamentos electronicos de restos a pagar; 1) OSE —Ordem de Saque Electrénica, utilizado para efectuar pagamentos electrénicos em nome do Estado pelo Gestor da U! m) OSEN — Ordem de Saque Financeiro; DIARIO DA REPUBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 | SERIE, n) OSRB — Ordem de Saque de Reembolso, utilizada para efectuar pagamentos de reembolsos; 0) OSPD ~ Ordem de Saque para Pagamento da Divida; p) OP — Oficios de Pagamento, utilizados exclusivamente pelo Ministério das Financas para efectuar pagamentos em nome do Estado; @) NCD — Nota de Cabimentagaio de Despesa, utilizada para identificar a classificago orcamental ¢ o valor de cada despesa a efectuar em nome do Estado; 1 NACD — Nota de Anulagao de Cabimentagéio de Despesa, utilizada para anular a cabimen- taco processada, reponde 0 saldo orgamental da respectiva ribrica orgamental; 5) NLD — Nota de Liquidagao de Despesa, utilizada para verificagao do direito do cre- dor e a natureza do crédito que se deve pagar; t) MEP ~ Mensagens Electrénicas Padronizadas, utilizadas para a realizado de paga- mentos, com origem no pagador, através do sistema de liquidacao por brute em tempo real do Sistema de Pagamentos de Angola (SPA). ARTIGO 62 {Execugio da receita) 1. Todas as receitas do Estado, ineluindo as aduaneiras, as resultantes da venda do patrims- nio imobilidrio e mobilidrio do Estado, as taxas e receitas similares, devem ser recolhidas via Referéncia Unica de Pagamento ao Estado (RUPE), na Conta Unica do Tesouro, denominada CUT, independentemente de estarem ou nao consignadas a alguma Unidade Orgamental. 2. Sem prejuizo do disposto no nimero anterior, as taxas, licengas e outras receitas cobradas pelos érgéos da Administrag8o Central ¢ Local do Estado, de acordo com a respectiva legisla- 80, sfo arrecadadas por via da RUPE, ¢ dio entrada nas CUT, abertas pelo Tesouro Nacional nos bancos comerciais, também denominadas como Contas Agregadoras. 3. As receitas consulares das Misses Diplomaticas, nomeadamente embaixadas, consula- dos e representabes comerciais da Repliblica de Angola, devem ser recolhidas nas respectivas contas bancarias. 4. As receitas referidas no numero anterior destinam-se a suportar despesas, no limite da Programagao Financeira Trimestral autorizada das respectivas Missées Diplomaticas, devendo © saldo assim como o excedente nas contas bancérias sobre a Programacdo Financeira ser comunicado, por intermédio dos extractos bancarios, ao Ministério das Financas, até ao 5.2dia Ut do més subsequente, para que no momento das transferancias essas sejam efectuadas por deduce das disponibilidades declaradas. 5. A transferéncia dos recursos para as Missdes Diplomaticas e consulares é feita, em regra, trimestralmente, podendo o Ministério das Finangas, quando necessério € justificado, alterar esse procedimento para transferéncias mensais. 6. As Missdes Diplomdticas, os Institutos Publicos, os Fundos Auténomos, os Governos Provinciais e as Administragdes Municipais, bem como quaisquer érgaos da Administracao Central ¢ Local do Estado que detém receitas préprias, ficam obrigados a informar a Direccao DIARIO DA REPOBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 1 SERIE,NO2|7 Nacional do Tesouro a e Delegacao Provincial de Financas, trimestralmente, até ao 10.° dia do més anterior ao do inicio de cada trimestre, sobre as alteragées ocorridas na previsdo da receita do trimestre seguinte. 7. Salvo disposi¢io legal em contrario, as taxas e emolumentos arrecadados pelas Unidades Orcamentais que dispdem de receitas proprias deve-se aplicar o seguinte critério geral de distribuigao: a) 40% a favor do Tesouro Nacional; b) 60% a favor da entidade que arrecadar. 8. © Ministro das Finangas pode autorizar, mediante pedido fundamentado do Titular do Departamento Ministerial respectivo, a utilizagao de recursos préprios arrecadados por Instituigdes Publicas para realizar despesas de capital do mesmo sector de actividade que care- ¢am de financiamento, desde que inclufdas no Orgamento Geral do Estado, 9. 0 Ministro das Finangas pode autorizar, mediante pedido fundamentado, a aplicagaio em produtos financeiros de baixo risco, de curto prazo e com possibilidade de resgate ou mabilizacao antecipada, de receitas préprias ou arrecadadas disponiveis sob a gest8o das unidades orga- mentais, desde que a previstio da sua utilizago n8o seja imediata, devendo o resultado destas aplicagSes obedecer ao critério de distribuigio referido nas alineas do n.2 7 do presente artigo. 10. No acto de autorizagdo mencionado no ntimero anterior, o Ministro das Finangas fixa a percentagem a aplicar, tendo em conta a necessidade de manter disponivel determinado mon- tante para a prossecucdo da finalidade legal da respectiva receita, 11. As Unidades Orcamentais podem utilizar receitas prdprias arrecadadas para a realizacio de despesas com caracter de investimento piiblico em projectos em curse ou paralisados, que carecam de financiamento, mediante autorizagao do Ministro das Finangas. ARTIGO 72 {Programagao Financeira) 1. A Programagao Financeira fixa os limites para cabimentagao da despesa a favor das Unidades Orcamentais e 0 limite consolidado de recursos a afectar as Unidades Financeiras, para todos os efeitos, os respectivos créditos orcamentais. 2. As despesas para as quais 6 exigivel a cabimentagao por estimativa ou global na sua execucéio, nomeadamente, as contratuais, so inscritas na Programacao Financeira Anual no limite do crédito orcamental. 3. As Delegagdes Provinciais de Financas constituem-se como Unidades Financeiras e so responsdveis, enquanto tal, pela consolidaco dos elementos exigiveis para a Programacao Financeira das Unidades Orgamentais sediadas nas respectivas provincias, com excepgiio do Governo Provincial de Luanda. 4. Constituem-se também como Unidades Financeiras os drgios do Estado que, pela sua estrutura, sejam constituides como tal pelo Ministério das Financas, pelo que so também responsaveis pela consolidagao dos elementos exigiveis para a Programagao Financeira das Unidades Orgamentais por ela superintendidas. DIARIO DA REPUBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 | SERIE, 5. Para efeitos de fixacdo dos limites referidos nos n. 1 2 do presente artigo, as Unidades Financeiras agregar as Unidades Orcamentais, e estas os respectivos Orgdos Dependentes, sendo as despesas identificadas conforme se tratern em moeda nacional ou em moeda estrangeira. 6. Tendo em conta a capacidade de financiamento do Estado e 0 volume de recursos finan- ceiros solicitados pelas Unidades Orcamentais e pelas Unidades Financeiras, o Ministério das Finangas elabora, trimestralmente, a Programagio Financeira e, mensalmente, o Plano de Caixa, nos termos da legislacao aplicavel e das presentes Regras, os quais so submetidos a aprovagdo da Comissao Econémica e do Titular do Poder Executivo. 7. As Unidades Orcamentais ¢ as Unidades Financeiras devem, para efeitos de elaboracao da Programaciio Financeira, excepto a dos projectos do Programa de Investimentos Publico (PIP) € dos Planos de Caixa, apresentar, nos termos da Lei e através da Plataforma Informatica do SIGFE, 4 Diree¢do Nacional do Tesouro, a NRF de cada trimestre, a qual deve ineorporar 0 cro- nograma de desembolsos dos programas, projectos ¢ actividades, cujo comportamento nao seja linear, obedecendo ao cronograma da sua execugdo, as normas de prestac’o de servigo publico e outros aspectos também relevantes. 8. A elaboraco da Programagéo Financeira ¢ Planos de Caixa dos projectos do PIP obedece a0 disposto nos n.* 1, 2, 3 ¢ 4 do presente artigo. 9. Na auséncia da NRF, sao assumidos na Programacao Financeira e nos Planos de Caixa valo- res duodecimais ou distribuigdes proporcionais tendo em conta a disponibilidade financeira. 10. Os prazos para a remessa das NRF pelas Unidades Orcamentais e Financeiras a Direccao Nacional do Tesouro so os seguintes: a) Até 20 dia 10 de Dezembro do ano anterior a0 que 0 orcamento se refere, para 012 trimestre; b) Até ao dia 10 do més anterior ao do inicio do trimestre, para o 2.2, 3.2 e 4.° trimes- tres. 11. A Agéncia Nacional de Petréleo, Gase Biocombustiveis deve, para efeitos da Programacao Financeira, apresentar informagdo sobre o petréleo bruto nos termosrequerides pelo Ministério das Finangas, até 20 dia 10 de Dezembro de cada ano. 12. As parcelas dos contratos para a realiza¢ao de despesas que se distribuam por mais de um trimestre do ano corrente devem ser consideradas despesas fixas na Programagao Financeira Anual e desagregadas nas Programagées Financeiras Trimestrais, de acordo com 0 cronograma de desembolsos mensais indicado na NRF. 13, Compete as Delegagdes Provinciais de Finangas a elaboracaio da Programagao Financeira Local Trimestral, bem como dos Planos de Caixa Mensais, e autorizar os remanejamentos de quotas financeiras em despesas inscritas no orgamento, do mesmo ordenador, que concor- ram para o aumento do capital fixo, obedecendo a0 estabelecido no diploma sobre o Regime Financeiro Local. DIARIO DA REPOBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 1 SERIE, N21 |9 14, A elaboragdo da Programacao Financeira Trimestral e dos Planos de Caixa mensais das Unidades Financeiras que nao sejam Delegagdes Provinciais de Finangas compete as respecti- vas Unidades Financeiras, devendo, para o efeito, as Unidades Orgamentais remeter as NRF Unidade Financeira nos seguintes prazos: a) Até a0 dia 30 de Novembro do ano anterior ao que o orgamento se refere, para 01° trimestre; b) Até ao Ultimo dia dos meses de Fevereiro, Maio e Agosto, para 0 2.2, 03.°€ 04.2 tri- mestres, respectivamente, 15. A disponibilizagdo dos limites trimestrais de cabimentag3o e das quotas financeiras mensais derivadas da Programagao Financeira Trimestral e dos Planos de Caixa Mensais, res- pectivamente, é feita pela Direcgdo Nacional do Tesouro do Ministério das Financas, 20 nivel central e da Provincia de Luanda, e pela Delegacdo Provincial de Finangas, enquanto Unidade Financeira, ao nivel de cada uma das demais Provincias. 16. Para as Unidades Financeiras que ndo sejam Delegagdes Provinciais de Financas, a disponi- bilizagio de tais limites ¢ feita pelo 6rgio da Unidade Financeira que for designado para o efeito. ARTIGO 8.2 {Execucao Financeira) 1. As Unidades Orgamentais nao esto autorizadas a abrir e manter contas bancarias em nome préprio domiciliadas em bancos comerciais sem que tenham sido autorizadas pelo Ministro das Finangas, com base em fundamentagao apresentada pelas mesmas, incluindo as contas "Fundo Permanente” referidas no Capitulo VI. 2.0 Ministro das Finangas, ou a quem este subdelegar, pode solicitar as instituigdes finan- ceiras bancétias os extractos de contas abertas por qualquer Unidade Orgamental, bem como ordenar 0 encerramento das mesmas, quando tenham sido abertas sen o cumprimento dos Tequisitos legais para o efeito, e determinar a transferéncia dos respectivos saldos para a CUT. 3. Para a execug3o da despesa, as Unidades Orcamentais e Orgaos Dependentes nao esto. autorizadas a emnitir Ordens de Saque em nome préprio, excepto para pagamento de salarios € fundos operativos. 4. Para execugao de despesa referente A constituig’io ou reconstituigaio do Fundo Permanente, as ordens de saque devem ser emitidas em nome da Comissio Administrativa de Gestdo do Fundo Permanente. 5. A solicitagao da abertura de conta bancéria dos Orgaos da Administragao Local do Estado deve ser remetida ao Ministério das Financas, através da Delegacdo Provincial de Financas, para autorizaciio do Ministro das Financas. 6. As Unidades Orgamentais, com excepe’o dos Fundos e Institutes Publics, nao devem proceder a abertura de contas bancérias em nome proprio, em bancos comerciais.. 7. Os Fundos, Fundacdes e Institutes PUblicos que procederem a abertura de contas ban- cérias em nome préprio, em bancos comerciais, quando devidamente autorizadas, devem comunicar esse facto 4 DNCP, para a adequa¢ao do seu cadastro no SIGFE € nas contas pUblicas. DIARIO DA REPUBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 ISERIE, N24 |10 8. As Unidades Orgamentais devem remeter os processos de cadastramento de coordena- das bancdrias dos beneficidrios no SIGFE para a Direcgo Nacional do Tesouro, quando se tratar de Orgaos de Soberania e da Administracdo Central do Estado, e para as Delegagdes Provinciais de Finangas respectivas, no caso de Orgaos da Administragdio Local do Estado. 9. Para efeitos do nUimero anterior, devem os processos ser instruidos com a seguinte documentagdo: a) Comprovativo dos dados bancérios (IBAN); b) Certiddo de Registo Comercial Actualizada; ¢) Copia do Bilhete de Identidade; d) Certidao de Ndo Devedor de Imposto; €) Certidao Contributiva passada pelo INSS; f) Carta dirigida & Direcco Nacional do Tesouro do Ministério das Finangas ou a Delegacdo Provincial de Finangas, conforme forem Orgdos de Soberania e da Administragdo Central ou Local do Estado. 10. Os processos para a abona¢o das assinaturas dos Gestores das Unidades Orgamentais que validem os documentos de pagamentos e afins devem ser remetidos a Direc¢do Nacional do Tesouro, tratando-se de Orgdos de Soberania e da Administracdo Central do Estado, e para a Delegacao Provincial de Finangas, tratando-se de Orgéios da Administracio Local do Estado, competindo ao Delegado proceder 4 devida abonacio, por delegaco de competéncias. 11. Os processos para a abonagao das assinaturas dos gestores das Unidades Orgamentais devem ser instruidos com a seguinte documenta¢o: a) Carta dirigida a Direcg’o Nacional do Tesouro do Ministério das Finangas ou a Dele- gacgdo Provincial de Finangas, conforme forem Orgaos da Administragao Central ou Local do Estado, respectivamente, solicitando a abonagao de trés assinaturas, com a descri¢do dos gestores respectivos cargos, cuja assinatura se solicita abo- nacao; b) Fotocdpias coloridas dos Bilhetes de Identidade dos Gestores, cuja assinatura se solicita abonacao; ¢) Despacho de Nomeagao da entidade cuja assinatura se solicita a abonacio; d) Despacho de exoneragao, no caso de substituica0; €) Fac-simile, devidamente preenchido pelos gestores cuja assinatura se solicita abonago. 12. As Unidades Orgamentais para as quais sejam nomeados novos gestores ficam obriga- das a proceder & actualizago das assinaturas dos respectivos gestores e 4 imediata solicitac3o da anulac3o das assinaturas dos gestores cessantes. 13. Nio 6 permitida a emissio de garantias para a execug’o de despesas das Unidades Orcamentais fora dos limites do Orcamento Geral do Estado da referida Unidade. 14. As garantias emitidas para a execucdo de despesas por via de crédito documentario devem ser acompanhadas das respectivas Notas de Cabimentagao como contragarantia do compromisso firmado. DIARIO DA REPOBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 1 SERIE,N.01 | 21 15. As garantias para operacdes de perfodos superiores a 12 meses, ou operagdes nas quais © desembolso incida fora do ano fiscal corrente, apenas s4o aceites para projectos de natureza plurianual ou projectos com inscrigao orcamental assegurada para o ano seguinte, mediante competente autorizacao superior. 16. Salvo disposigdio legal em contrério, qualquer pagamento de despesa publica apenas pode ter as seguintes origens: a) CUT; b) Banco Operador; ¢) Operadores de facilidades de créditos externos. 17. Para atender as despesas urgentes e imprevistas decorrentes de guerra, de perturbagio interna ou de calamidade publica, o Tesouro Nacional deve constituir um Fundo de Emergéncia, cujas despesas 2 efectuar com a sua cobertura sdo inscritas através da abertura de Créditos Adicionais Extraordindrios pelo Titular do Poder Executivo, nos termos da Lei do Orcamento Geral do Estado. 18. Para atender & sazonalidade da execucao do pagamento de salérios no 4.2 Trimestre, © Tesouro Nacional deve constituir a respectiva Reserva Financeira, correspondente a 5% da arrecadagao didria da receita nao petrolifera. 19. Compete ao Delegado Provincial de Finangas autorizar as alteragdes de limites finan- ceiros mensais de cabimentaco por contrapartida interna (remanejamento), em despesas de funcionamento da actividade basica e de apoio ao desenvolvimento. ARTIGO 9.2 {Execucao da despesa) 1. A execugdo orcamental da despesa deve observar, sucessivamente, as etapas da cabimen- taco, liquidacdo e pagamento, devendo a etapa de cabimentaco ser precedida da gera¢o do processo patrimonial, para as categorias de bens méveis, veiculos, imévels do Dominio Privado do Estado, Iméveis do Dominio Publico e Activos Intangiveis. 2. Nenhum encargo pode ser assumido por qualquer Unidade Orgamental, sem que a res- pectiva despesa esteja devida e previamente cabimentada, de acordo com o previsto na Lei n2 15/10, de 14 de Julho, ¢ no presente Diploma. 3. Nos processos de aquisi¢ao publica, as entidades publicas contratantes devem, nos ter- mos do artigo 53.° da Lei dos Contratos Publicos, promover a contratagdo preferencial de entidades nacionais e priorizar a produgao nacional, desde que salvaguardadas as questées ligadas 4 qualidade e aos pregos dos produtos e servigos. 4. Nenhuma despesa pode ser autorizada ou paga sem que o facto gerador da obrigacao respeite as normas legais aplicéveis, disponha de inscrigéo orgamental, tenha cabimento na Programaciio Financeira, esteja adequadamente classificada e satisfaca o principio da econo- mia, da eficiéncia e da efiedcia. DIARIO DA REPUBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 | SERIE, N24 |12 5. O facto gerador de reconhecimento da divida pelo Estado é visto na perspectiva da Liquidag&o da Despesa, que tem por base a existéncia de um conjunto de documentos, tais como: a) Contrato celebrado, acordo respectivo ou factura; b) Nota de Cabimentacao; ¢) Autos de medic&o e comprovativos de entrega dos bens ou de prestagéo efectiva dos servicos; ¢ d) Relatério do fiscal, quando se tratar de empreitada de obras publicas. 6. Compete & Direcsiio Nacional do Orgamento do Estado, em relagdo aos Projectos de Investimento Publicos, ¢ as Delegacbes Provinciais de Finangas, ao nivel local, procederem a verificagao do processo de execugdo da despesa, podendo exigir aos gestores das Unidades Orcamentais, sempre que necessério, a apresentagdo, através do SIGFE, de contratos, facturas, imagens ou outros documentos que sejam relevantes, para efeitos de aprovacao da liquidacao da respectiva despesa. 7. As DPF devem proceder, até 31. de Dezembro de 2024, a0 levantamento dos pracessos de execucdio de despesas realizadas de forma incorrecta e comunicar & DNCP para a adequacao e conformagao no SIGFE. 8. Sem prejuizo do numero anterior, nao é permitida a adequagdo e conformacao de proces- sos de execucdo de despesas apés o fecho do exercicio em sistema. 9. Nao é permitida a realizacdo de despesas em moeda estrangeira, nomeadamente, despe- sas associadas ao inicio de obras, & celebrago de contratos ou 8 aquisigo de bens e servigos, salvo quando tais encargos tenham como base contrato celebrado com entidade nao residente cambial, ou que, por circunstancias que o justifiquem, resultem de autorizagio da Autoridade Cambial, mediante parecer técnico do Ministério das Financas, condicionado a disponibilidade financeira. 10. Nao é permitida a celebracao de contratos com entidades nao residentes cambiais repre- sentadas por residentes cambiais, e por estes interpostos, ou vice-versa, apenas com o fim de contratagao em moeda estrangeira. 11. Sao consideradas dividas de exercicios findos ou restos a pagar, apenas aquelas que resultem de despesas que tenham sido liquidadas no SIGFE e nao pagas até ao encerramento do exercicio financeiro. 12. O apoio financeiro do Estado as associagées e outras instituigdes apenas deve ser dado aquelas que tenham sido declaradas pelo Estado como de "Utilidade Publica", nos termos da Lei n.2 6/12, de 18 de Janeiro, observados os limites da respectiva despesa fixados pela lei anual que aprova o OGE, mediante assinatura de contratos-programa com os Departamentos Ministeriais e Governos Provinciais, os quais devem incluir clausulas de prestagdo de contas que no sendo observadas dio lugar a suspensio da atribuigao de fundos. DIARIO DA REPOBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 1 SERIE,N21 23 13, As associagdes que venham a ser declaradas como de utilidade publica s6 podem bene- ficiar de subs{dio do Orcamento Geral do Estado, se ja tiverem decorrido 12 meses desde 0 seu reconhecimento como de utilidade publica. ARTIGO 10.2 (Execugdo de Contratos Pablicos) 1. Os contratos pUblicos para a efectivagdo de despesa devem: a) Constar do Plano Anual de Contratacao (PAC) de cada Unidade Orgamental, publi- car no portal de compras pliblicas do Servico Nacional da Contratagio Publica, no prazo de 15 dias Uteis a contar da data da publicag%io da Lei que aprova o Orcamento Geral do Estado; b) Estar registados no Sistema de Gestao de Contratos e no SIGFE, devendo os contra- tos que forem reduzidos a escrito conter eléusulas sobre a existéncia de cobertura orgamental, na qual consta obrigatoriamente a classificagao funcional programa- tica. 2. Evedada a celebrac3o de contratos com vigéncla indefinida. 3. Os contratos de aquisi¢ao de bens e prestaco de servicos executados de forma continua podem ser prorrogados por iguais ¢ sucessivos periodos, até 20 prazo maximo de 48 meses, desde que resultem na obtengao de precos e condigdes mais vantajosas para a Administragao Publica, quando 0 valor acumulado da renovago do contrato nao exceda o limite do valor para escolha do procedimento que Ihe serviu de base, designadamente, o concurso limitado por convite ¢ a contratacio simplificada. 4. Findo © prazo referido no numero anterior, é obrigatoria a realizagao de um novo proce- dimento concursal. 5. E vedada a renovagao de um contrat que tenha sido celebrado mediante o procedimento de contratagao emergencial e de contratagio simplificada, com base no critério material. 6. A cabimentagao global de despesas contratuais no ano econdmico para efeitos da deduce do saldo do crédito orcamental correspondente deve subordinar-se aos limites da Programacio Financeira Anual, com desagregacdo trimestral, nos termos da Lei do Orcamento Geral do Estado. 7. Os contratos celebrados & luz da Lei dos Contratos Publicos e de financiamento externo, sujeitos a fiscalizacio preventiva nos termos da Lei que aprova 0 Orgamento Geral do Estado, apenas so considerados em conformidade e eficazes para a execucio orcamental e financeira © remessa ao Tribunal de Contas, apds emisséio de Nota de Cabimentagio autorizada pelo Ministro das Finangas. 8. Sem prejuizo do disposto nos ndmeros anteriores, no acto da assinatura do contrat de aquisigao de bens ¢ de servigos ou de empreitada por organismos do Estado, os fornece- dores ou os prestadares de servigos devem exigir destes uma via — a primeira — da Nota de Cabimentacio, declinando o Estado qualquer eventual direito de crédito reclamado por aqui- DIARIO DA REPUBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 SERIE, N22] 14 sicdo de bens e de servicos, quando o eventual fornecedor dos bens ou prestador dos servigos nao apresente 0 comprovativo da liquidago da despesa. 9. A Direcgao Nacional do Orgamento do Estado deve, mediante visto, confirmar a cabimen- taco global de despesas contratuais no ano econémico para efeitos da deducao do saldo do crédito orcamental correspondente, bem como a liquidagao das respectivas despesas. 10. Em caso de incumprimento da legislago sobre contratagio publica, 0 Servico Nacional da Contratagao Publica pode oficiar a Direcgdo Nacional do Orcamento do Estado para proce- der 0 bloqueio da despesa referente a um determinado contrato. 11. Os adiantamentos iniciais — down payment — dos contratos de empreitada de obras puiblicas fixados em fungio do objecto do contrato, a serem deduzidos proporcionalmente ao valor dos autos de medig&o dos servicos executados, ndo devemn exceder o limite de 15% do valor do contrato, podendo ser autorizados pelo Ministro das Finangas adiantamentos de até 30%. 12. O pagamento inicial — initial payment — para aquisigo de bens e servigos, no ambito da realizacao de despesas correntes, pode ir até 50% do valor do contrato, desde que devida- mente fundamentado. 13. E proibida a celebragao de adendas a contratos em execuco ou finalizados, resultantes de trabalhos a mais, cujo valor total exceda 15% do contrato inicial. 14. Sem prejuizo dos limites previstos nos n. 11 e 12 do presente artigo, a competéncia do érgao fixada para autorizaggo das despesas provenientes de alteracées de variantes, de revis6es de pregos e de contratos adicionais, que resultem em adendas, no pode ultrapassar © custo total de 15% do limite maximo da sua competéncia prevista no Anexo X do presente Diploma. 15. Quando for excedide o limite percentual definide no numero anterior, a autorizagao da despesa compete ao drgio que, nos termos da Lei dos Contratos Publicos, detém competéncia para autorizar o seu montante total, incluindo os acréscimos. 16. Os limites de competéncia para a autorizagao da despesa sujeita & contratacao publica no exercicio econdmico de 2024 sao definides no Anexo X do presente Diploma. 17. Sem prejuizo do estipulado nos numeros anteriores do presente artigo, ¢ proibida a rea- lizagao de adiantamentos nos contratas em execugao @ nesses casos o valor da factura deve correspander ao valor do auto de medicao. 18. Os processos a serem instru(dos devern conter a respectiva Nota de Cabimentagao emi- tida pelo SIGFE. 19. © Ministério das Finangas deve anular a Nota de Cabimentagao de projectos de inves- timento publico cujos vistos aos contratos tenham sido recusados pelo Tribunal de Contas, quando exigidos. 20. Os contratos de fiscalizagdo para as empreitadas de obras publicas admitem adian- tamentos ou pagamentos iniciais, até ao limite de 7,5% do valor do contrato, podendo, por raz8es justificadas, haver pagamentos iniciais até 15%, mediante autorizaciio de Ministro das Finan¢as. DIARIO DA REPOBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 1 SERIE,N.2 125 21. As Unidades Orgamentais, tendo em consideragao a necessidade de se preveniraccbes de branqueamento de capitais ¢ infraccdes conexas, no ambito do pagamento das facturas resul- tantes de contractos publicos, com valor acima de Kz: 500 000 000,00 (Quinhentos Milhées de Kwanzas) para as empreitadas de obras puiblicas e Kz: 182 000 000,00 (Cento e Oitenta e Dais Milhdes de Kwanzas) para aquisicao de bens e servicos, devem diligenciar, sempre que solici- tado pelos bancos comerciais e desde que a informagao solicitada nao seja classificada como secreta, no sentido de obter do co-contrante a seguinte informagao: a) Identificagao dos beneficidrios efectivos, isto é, pessoas singulares que detém con- trolo directo ou indirecto da empresa; b) Relatério e contas do ultimo exerciclo econémico com o parecer do auditor externo; ¢) Informagdes sobre alguma politica interna que vise principalmente a prevencao dos riscos de branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e/ou outros crimes subjacentes ao branqueamento de capitais. ARTIGO 11.2 (Pramogao e instrugdo do processo de aquisigao ou arrendamento de iméveis} 1. Os contratos de aquisicio e arrendamento de bens iméveis so promovides e instrufdos nos termos da Lei do Patriménio PUblico e respective Regulamento sobre os Procedimentos de Aquisi¢30 ou Loca¢4o Onerosa de Quaisquer Direitos Sobre Bens Iméveis. 2. 0 gestor da Unidade Orgamental que, dentro do prazo legal estabelecido, nao proceder inserigdo € regulariza¢ao dos bens patrimoniais sob sua jurisdi¢ao é responsabilizado discipli- nar e administrativamente, nos termos da Lei. ARTIGO 12° (inventariag&o do patriménio piiblico) 1. Para efeitos de inventariagio anual do patriménio publico, os organismos publicos ¢ ser- vigos que titulem, administrem ou utilizem bens publicos devem fornecer por via do Sistema Integrado de Gestdo Patrimonial do Estado (SIGPE), ao Ministério das Finangas, ao tltimo dia til do més de Fevereiro, o respectivo inventario actualizado. 2. Os Meios e Equipamentos de Transportes, Mobilidrio, Equipamentos Informaticos © Maquinas doados aos Departamentos Ministeriais e Governos Provinciais devem ser objecto de inventariagao ¢ registo, 15 dias apés a doagdo ou aquisig’o, nos termos dos artigos 27.2 a 36.° e 77.2 da Lel n.2 18/10, de 6 de Agosto, conjugados com os arti- g0s 8.2 a 12.° e 15.° do Decreto Presidencial n° 92/16, de 4 de Maio. 3. 0 inventério referido no n.2 1 do presente artigo deve fazer-se acompanhar dos seguin- tes elementos: a) Informagées sobre a existéncia, caracterizacao, valor, situao registral e matricial, ¢ estado de utilizagao dos bens; e b) Declaragao de conformidade do inventario, de acorde com o modelo constante do Anexo XI do presente Diploma. DIARIO DA REPUBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 ISERIE, N24 [16 ARTIGO 13.2 (Pagamentos ao exterior pelas Unidades Orgamentais) Os pagamentos ao exterior pelas Unidades Orgamentais devem ser efectuados através de geractio de Order de Saque em Moeda Estrangeira, desde que cumpridas as regras de contra- taco publica e as regras sobre a execugdo da despesa, bem como os requisitos legais exigidos pelas Instituiges Bancdrias Internacionais em matéria de compliance internacional. ARTIGO 14.2 (Pagamento de despesas pelo Tesouro Nacional) 1. Sdo executadas e pagas pela Direccdo Nacional do Tesouro as despesas que, pela sua natureza, estejam classificadas e orgamentadas como encargos gerais do Estado na Unidade Orcamental Operagdes Centrais do Tesouro. 2. Sdo pagas pela Unidade de Gestdo da Divida Publica as despesas de projectos de inves- timento publico ¢ despesas de capital cuja fonte de recursos sejam facilidades de créditos operacionalizados pelo Ministério das Finangas, bern como a divida interna atrasada criada pelos sectores, 3. Por deciséio do Ministro das Finangas, determinadas despesas podem ser pagas centralizada- mente pela Direceo Nacional do Tesouro, com aafectac’iodas correspondentes datagdes orgamentais. 4. Parao pagamento das despesas pela Direccao Nacional do Tesouro, nos termos do numero anterior, as Unidades Orgamentais responsdveis pela respectiva realizaciio devem apresentar a documentagao seguinte: a) Carta a solicitar o pagamento da despesa, com a identificagao do beneficidrio e a indicagdo das correspondentes coordenadas bancérias; b) Contrato comercial homologade (caso aplicdvel); ¢) Visto do Tribunal de Contas (caso aplicavel); d) Designagao do projecto conforme inscrito no OGE; e) Cronograma de execucao financeira conforme modelo constante no Anexo Ill do presente Diploma; f) Demonstrative da execugio orgamental do projecto, que deve apresentar a dotagao inicial e suas alteragdes, cabimentagdes emitidas e saldo orgamental conforme modelo constante no Anexo IV do presente Diploma. 5. Os documentos originais referenciados nas alineas b) e d) do numero anterior so con- servados ¢ arquivados pelos servigos das respectivas Unidades Orgamentais responsaveis, que remetem, para efeitos de registo, 2 Direcc’o Nacional do Tesouro do Ministério das Finangas, uma fotocépia conferida notarialmente, excepto se existir mais de um exemplar original. 6. Os processos de despesas das Unidades Orgamentais a serem executados pela Direccao Nacional do Tesouro do Ministério das Finangas sé submetidos a uma validagao prévia, que deve ocorrer até 8 (oito) dias dteis apds a sua recepgio, consubstanciada na verifica~ cdo dos documentos requeridos, no grau de urgéncia e na sua adequagao com os limites da Programagaio Financeira. DIARIO DA REPOBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 SERIE, N01 |17 7. Executado 0 pagamento, a Direcc’io Nacional do Tesouro do Ministério das Finangas pro- cede ao envio atempadoda documentagao completa eadequada paraas Unidades Orgamentais, confirmando a realizacéio do pagamento, num prazo de 5 (cinco} dias uteis. ARTIGO 15.2 {Prazo de pagamento das despesas) 1. As Unidades Orgamentais devem proceder ao pagamento célere das facturas resultantes da execugdo de contratos de empreitada de obras puiblicas e de aquisic3o de bens e servigos. 2. Os empreiteiros de obras publicas inscritos no PIP devern assegurar-se, para inicio da execugao fisica do projecto e confirmacao da existéncia de dotacao orcamental, de que tém em sua posse a respectiva via da Nota de Cabimentagao, sem a qual o Estado declina qualquer reclamagao de pagamento em atraso. 3. As facturas referentes a contratos de empreitadas de obras publicas, celebrados nos ter mos da legislagdo em vigor, em posse das Unidades Orgamentais e nao pagas até 90 dias apos a data de vencimento especificada no contrato, sdo consideradas pagamentos em atraso. 4. As ordens de saque referentes aquisi¢ao de bens e servigos efectuada em observancia dos procedimentos legais em vigor, em posse das Unidades Orcamentais e ndo pagas até 90 dias apés a data de vencimento especificada no contrato ou, na sua auséncia, apés a data de recepgao, sdo consideradas pagamentos em atraso. 5. As Unidades Orcamentais devem informar a Unidade de Gesto da Divida Publica, até 15 dias apéso fim de cada més, 0 valor global das facturas em atraso nos termos do estabelecido nos n.* 3 e 4 do presente artigo através do preenchimento do "Resumo de Pagamentos em Atraso”, conforme Modelo constante no Anexo | do presente Diploma, 6. As Unidades Orcamentais devem enviar trimestralmente & Unidade de Gesto da Divida Publica, até ao fim do més seguinte ao final de cada trimestre, o "Demonstrativo das Facturas em Atraso”, conforme Modelo constante no Anexo II do presente Diploma, evidenciando as razBes do nao pagamento atempado. 7.A Unidade de Gesto da Divida Publica deve elaborar trimestralmente a lista das Unidades Orcamentais que tenham pagamentos em atraso superiores a 90 dias. 8. Os gestores e agentes administrativos das Unidades Orcamentais que praticarem actos que originem a acumulacdo de pagamentos em atraso, nos termos do presente artigo, sdo res- ponsabilizados disciplinar e administrativamente. 9. As Unidades Orcamentais devem remeter 4 Direc¢’o Nacional do Orgamento do Estado, tratando-se de Orgaos Centrais, e 4s Delegacdes Provinciais de Finangas, tratando-se de érg3os da Administrag3o Local do Estado, até 180 dias a contar da data da publicacio do presente Diploma, as facturas do periodo compreendido entre 2013 e 2018 que nao tenham sido pagas, referentes 4 execucdo do PIP. 10. Todas as facturas ou documentos equivalentes que sejam enviados fora do prazo refe- rido no nimero anterior devem ser remetidos, para os devidos efeitos legais, a Inspecedo Geral da Administracio do Estado (IGAE). DIARIO DA REPUBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 ISERIE, N21 [18 ARTIGO 16.2 {Pagamento de atrasados) 1.0 Ministério das Finangas deve assegurar, nos termos da legislacao em vigor, no presente exercicio econdmico, 0 pagamento dos atrasados do Estado referentes as despesas dos exer cicios passados, apés devida certificagSo pela Inspecc3o Geral da Administrag’o do Estado, mediante a celebragdio de acordos de regularizagio de atrasados, cujas modalidades de paga- mento so negociadas com os credores, podendo os mesmos serem realizados em dinheiro, titulos do tesouro, compensacio € ou créditos fiscais, nos termos admitidos pela legislacSo aplicdvel sobre a matéria. 2.0 pagamento de despesas no Ambito dos atrasados abrange somente dividas que tenham sido objecto de certificacdo prévia das entidades com competéncia para 0 efeito. 3. Para efectivac3o de pagamentos de atrasados relacionados com bens patrimoniais deve- -se previamente confirmar 0 registo do bem no inventdrio do Grgao. ARTIGO 17.2 {Regularizacao do passiva laboral das empresas em processo de liquidag3o) 1. No 4mbito dos processos de liquidaco de empresas ptiblicas, conduzidos pelo Instituto de Gesto de Activos e Participagdes do Estado (IGAPE), na qualidade de entidade liquidataria, © Ministro das Finangas é autorizado a disponibilizar recursos ordinarios do Tesouro nos limites do Orcamento Geral do Estado, com vista a realizac3o das despesas referentes aos pagamentos de passivos laborais destas empresas, nomeadamente, contribuiges para a seguranga social, salarios em atraso e indemnizagées. 2. 0 previsto no ntimero anterior € apenas aplicavel as empresas cujos recursos ou patri- ménio referidos nos correspondentes diplomas de extingdo se afigurem insuficientes para a regularizacio dos respectivos passivos laborais. CAPITULO III Despesas com o Pessoal ARTIGO 18.2 (Autorizagao de horas acrescidas e subsidios e outras remuneracées) 1. Os gestores das unidades hospitalares devem autorizar a realizag3o de horas acrescidas e chamadas, no estrito curnprimento do estabelecido na legislag3o em vigor sobre a matéria e no limite do crédito orgamental na natureza econdmica da despesa “Trabalho Acrescido”. 2. O pagamento do subsidio de instalag3o, nos termos da legislac&o em vigor, 6 autori- zado pelo Gestor da Unidade Orcamental e cabimentado na natureza econémica da despesa "Subsidio de Instalag3o e Reinstalag3o" 3. O pagamento do subsidio de estimulo a que tém direito os Magistrados 6 autorizado pelo Gestor da respectiva Unidade Orcamental, no estrito cumprimento da Lei que aprova © Orcamento Geral do Estado e cabimentado na natureza econdmica da despesa “Outras Remuneracées Varidveis do Pessoal Civil". DIARIO DA REPOBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 1 SERIE,N21| 19, 4. A natureza de despesa referida nos numeros anteriores, utilizada para o pagamento de Subsidios de Instalagao, com valores de pagamento estipulados nos termos da lei, s6 pode ser reforgada por contrapartida da categoria de Bens e Servigos. 5, O pagamento das remuneragdes dos membros dos Conselhos Fiscais dos Institutos PUblicos deve ser realizado, com base nos respectivos orgamentos, a partir da natureza econémica das despesas “Outras Remuneragdes Varidveis ou Eventuais do Pessoal Civil” e garantir o reforgo por contrapartida, preferencialmente a partir da categoria orcamental de “Bens e Servicos”, ARTIGO 19.2 (Planeamento de efectivos) 1. Os Titulares dos Departamentos Ministeriais, dos Governos Provinciais e dos demais Grgdos da Administragao Central ¢ Local do Estado devem, com base no quadro organico de pessoal e orcamento de despesas com pessoal aprovado, aprovar o planeamento de efecti- vos contendo as necessidades de admissdo de pessoal e promocGo ou outro instrumento de mobilidade profissional. 2. As Unidades Orcamentais devem remeter a Direcgao Nacional do Orgamento do Estado, até 20 dia 20 de Maio, o demonstrative da existéncia de dotacao orgamental pare atribuigSo do fundo salarial para admissdes ¢ promogées na funcionalidade especifica do SIGFE, de acordo com o mapa demonstrative constante no Anexo VIII do presente Diploma. 3. Os drgaos de Recursos Humanos devem, com base no fundo salarial disponivel, apresen- tar a necessidade de adequago das vagas de admisso e promogao. ARTIGO 20.2 (Admissdo e promogao de agentes puiblicos) 1. A admissao, promocao e mobilidade dos funciondrios publicos apenas deve ser feita nos termos da Lei n.° 26/22, de 22 de Agosto, do Decreto Presidencial n.° 102/11, de 23 de Maio, do Decreto Presidencial n.° 207/20, de 3 de Agosto, e do Decreto Presidencial n.° 104/11, de 23 de Maio. 2. As admissBes, excepto para os regimes especiais da educago, do ensino superior e da satide, bem como a alteracéo de categorias dos funcionrios piblicos, nos termos do numero anterior, devem ocorrer apenas no primeira semestre do ano em causa, e quando existir vaga no quadro dos respectivos servigos ¢ nao se verificar aumento da massa salarial. 3. As admissdes e promogées do pessoal, que aumentam 0 fundo salarial em cada exercicio econémico, nos termos da Lei que aprova o Orgamento Geral do Estado, so realizadas mediante autorizago do Titular do Poder Executive, apés instrugao do Departamento Ministerial res- ponsdvel pelas Financas Publicas. 4. Os Departamentos Ministeriais, Governos Provinciais e demais Orgaos da Administragao Centrale Local do Estado, no ambito do proceso de inser¢fio na base do SIGFE dos candidatos apu- rados nos concursos de admisséo e promogdo, devern remeter & Direc¢4o Nacional do Orgamento do Estado o expediente instruido com os seguintes documentos até o dia 31 de Julho: a) Despacho de abertura do concurso; DIARIO DA REPUBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 ISERIE, N21|20 b) Constituigio do Juri; ¢) Lista definitive dos candidatos apurados; d) Cépias do Bilhete de Identidade; ¢) Contrato administrative de provimento/Nomeagao proviséria; #) Contrato de trabalho publico; g) Despachos de nomeacio definitiva para o pessoal do quadro. 5. Os Orgdos de Recursos Humanos dos Ministérios da Educago, do Ensino Superior Ciéncia € Tecnologia e Inovacio, da Satide e dos Governos Provincials, devem garantir dotagées orca- mentais para o pagamento dos agentes puiblicos a admitir nos termos do nlimero anterior, nos respectivos limites de despesa do Orcamento Geral do Estado para o ano seguinte. 6. Os Org3os de Recursos Humanos dos Governos Provinciais, das Instituigées do Ensino superior e das Unidades Hospitalares, devem proceder a inser¢oe processamento dos salarios no SIGFE dos agentes ptiblicos, admitidos nos termos do n.° 3 do presente artigo, no 1.° tri- mestre do ano seguinte. 7. As alteraces da base de dados para efeitos de insergao de agentes admitidos ou promo- vidos e 0 correspondente processamento de salérios referidos nos n.* 3 ¢ 4 do presente artigo. devem ocorrer até ao dia 30 de Setembro de cada ano. 8. Apés 0 provimento dos funcionérios admitides, os Gabinetes de Recursos Humanos dos Departamentos Ministeriais e dos Governos Provinciais, ¢ dos Institutos Publicos, devern pro- ceder a inserciio dos mesmos no SIGFE, dentro do prazo de 10 (dez) dias uteis. 9. Apés a promogao dos funcionérios, os Org3os de Recursos Humanos dos Departamentos, Ministeriais, dos Governos Provinciais ¢ dos Institutos PUblicos, devem proceder a alteragao das categorias dos mesmos no SIGFE, dentro do prazo de 10 (dez) dias dteis. 10. Apés 2 nomeagdo do pessoal dos Gabinetes dos Titulares de cargos politicos e de Direcgdo, os Orgdos de Recursos Humanos dos Departamentos Ministeriais, dos Governos Provinciais e das Administracdes Municipais, devem proceder & sua insercao no SIGFE, dentro do prazo de 10 (dez) dias cteis. 11. Apés a nomeagao do pessoal de apoio as residéncias dos Magistrados Judiciais ¢ do Ministério Publico, os Orgdos de Recursos Humanos dos Tribunais e da Procuradoria- Geral da Republica devem proceder a sua insergao no SIGFE, dentro do prazo de 10 (dez) dias tteis. 12. 0 recrutamento de professores colaboradores apenas é permitido através da celebra- ¢40 de contrato de trabalho publico nos termos da legislacao em vigor, no limite da respectiva dotacdo orcamental para pagamento de salérios. 13, Por razées justificaveis e existindo cobertura orcamental no orcamento parcelar da Unidade Orcamental, compete ao (3) Ministro(a) das Finangas autorizar a admissio de funcio- narios piblicos dos regimes especiais, no 2.° semestre de cada ano. DIARIO DA REPOBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 SERIE, N01 21 ARTIGO 21.2 (Processamento de salarios) 1. As Unidades Orcamentais, através dos respectivos érgdos de recursos humanos, devem certificar os dados relativos aos funciondrios ¢ os saldrios aprovados, processar no SIGFE 0s movimentos do més anterior ¢ emitir as respectivas folhas de saldrio para conferéncia correcgbes necessarias e, proceder ao pagamento dos salarios até ao dia 30 de cada més, obe- decendo ao calendério publicado no SIGFE pelo Ministerio das Financas. 2. Nao so considerados no més a que respeitam as alteragdes posteriores a data estabele- cida e que ultrapassem o prazo definido no numero anterior, sendo da inteira responsabilidade dos érgiios de recursos humanos as consequéncias pela néo introdugao dessas alteragdes para efeitos do processamento dos salérios. 3. Os Gabinetes de Recursos Humanos dos Governos Provincizis em coordenag&io com os érgaos de recursos humanos dos Gabinetes Provinciais de Educacéo devem assegurar a remuneracodo pes- soal unicamente nas folhas de saldrios das respectivas escolas em que prestem servico. 4. Os responsaveis maximos das instituigdes devem assegurar que conste nas respectivas folhas de salarios apenas 0 pessoal com efectividade no respectivo local de trabalho, salvo situagdes excepeionais previstas na lei. 5. Os funciondrios publicos transferides devem ser retirados, imediatamente, da folha de saldrios do organismo de origem, através da emissdio no SIGFE da Guia de Vencimentos. 6. Para a insergao na folha de saldrios do novo organismo o proceso da transferéncia de funcionédrios pUblicos constituides pelos respectivos despachos, guias de marcha, bem como as guias de vencimento emitidas através do SIGFE, contendo os respectivos nuimeros de pro- cesso, devem ser remetidos a Direccéio Nacional de Administracdo Publica, do Ministério da Administragiio Publica, Trabalhos Seguranca Social e ao organismo de destino. 7. Os drgaos de recursos humanos devem, no prazo maximo de 8 (oito) dias uteis contados a partir da data de apresentagio do funciondrio, com base no numero do proceso constante da guia de vencimento, proceder a actualizagio do vinculo do funcionario no SIGFE para pro- cessamento dos respectivos salérios. 8.0 processamento do subsidio de férias deve ser efectuado conforme o Mapa de Férias até a0 més de Novembro, sendo os érgios de recursos humanos responsaveis pelo seu correct processamento no SIGFE. 9. Aalteracao da categoria dos funciondrios, por efeito de nomeacdo ou de exoneracao para © exercicio de cargos de direccdo e chefia, € feita no SIGFE pelos érgaos dos recursos humanos dos Orgéos da Administragao Central e Local do Estado, e dos Institutos Publicos. 10. Os processos de promogiio de funciondrios publicos dos Departamentos Ministeriais ¢ Orgdos da AdministracSo Central e Indirecta do Estado sdio remetidos a Direccaio Nacional do Orgamento do Estado, e dos Orgdos da Administracdo Local do Estado as respectivas Delegagdes Provinciais de Financas, nos termos da Lei n.° 26/22, de 22 de Agosto, conjugada com 0 Decreto-Lei n.° 12/94, de 1 de Julho, para efeitos de actualizacao de categoria no SIGFE, instruidos com os seguintes elementos: a) Parecer do Ministério da Administracao Publica, Trabalho e Seguranca Social; b) Despacho de promogao emitido pelo titular do organismo. DIARIO DA REPUBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 SERIE, N21 [22 11. Para a actualizago da base de dados de processamento de salarios, nas situagSes em que o respectivo quadro de vagas de direcgao e chefia do organismo no SIGFE nao apre- sente disponibilidade, os érgdios dos recursos humanos dos Departamentos Ministeriais e dos Governos Provinciais, devem no prazo maximo de 10 (dez) dias titeis, contados a partir da data de nomeagio, remeter a Direccdo Nacional do Orcamento do Estado, para efeitos de abertura da respectiva vaga no SIGFE, 0 respectivo processo constituide por: a) Fotocépia do despacho de nomeagao; b) Fotocépia do quadro de pessoal e organigrama da instituicao constante do Estatuto Orgénico publicado em Didrio da Republica; ¢) Demonstrativos dos lugares criados e ocupados por titulares que j4 auferem as respectivas remuneragdes processadas pelo SIGFE, conforme o modelo constante no Anexo V do presente Diploma. 12. Para efeitos de actualizag3o da base de dados de processamento de salétios, os Gabinetes de Recursos Humanos dos Departamentos Ministeriais, bem como os Orgaos de Recursos Humanos dos Orgaos de Soberania, devem: a) Remeter a Direcedo Nacional do Orgamento do Estado do Ministério das Finangas, até ao dia 15 de cada més, as solicitagées de processamento dos subsidios, que nos termos do Decreto Legislativo Presidencial n.° 3/22, de 12 de Maio, carecem de verificag3o concreta das circunstancias e das condicées exigiveis do exercicio efectivo da actividade do beneficiério, anexando a respectiva legislac3o comple- mentar e especifica que atribui o direito; ¢ b) Remeter a Diree¢do Nacional do Orgamento do Estado do Ministério das Finangas, até ao dia 15 de Abril de cada ano, as solicitagées de isengo em regime especial do pagamento do imposto sobre o rendimento de trabalho, nos termos dos arti- g08 2.°%, 4.2 @ 5.2 do Decreto n.? 42/04, de 13 de Julho, conjugados com o disposto na alinea f) do artigo 5. do Cédigo do Imposto sobre o Rendimento do Trabalho, aprovado pela Lei n.° 18/14, de 22 de Outubro, com a redacgao resultante da Lei n.2 28/20, de 22 de Julho, e outras previstas por lei, sendo 0 processo constituido por: i. Declarago original de antigo combatente; ii, Fotocdpia do Bilhete de Identidade; ili, Fotocdpia do cartao de identificago como antigo combatente. iv, Relatorio Médico emitido pela Entidade Competente que atesta o grau de incapaci- dade ou invalidez, para os deficientes fisicos e mutilados de guerra. 13. Os processos para actualizagdo da base de processamento de saldrios dos Org3os da Administragio Local devem ser remetidos pelos Gabinetes de Recursos Humanos & respec- tiva Delegac3o Provincial de Financas, que consulta, se necessdrio, a Direc¢do Nacional do Orcamento do Estado do Ministério das Finangas, e a Direc¢do Nacional da Administragao Publica, do Ministério da Administragao Publica, Trabalho e Seguran¢a Social. DIARIO DA REPOBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 1 SERIE, N21 23 14, Para o processamento das subvencdes mensais vitalicias, previstas na legislacdo em vigor, devem os titulares desse direito, remeter ao Ministério das Finaneas, 0 processo consti- tuido por: a) Requerimento dirigido ao(2) Ministro{a) das Finangas; b) Despacho de nomeacao exoneracio, publicado em Didrio da Republica; ¢) Fotocépia do Bilhete de Identidade. 15. Os processos de alteraco do domicilio bancario, so apenas autorizados, apés com- provativo de inexisténcia de qualquer divida do funcionario ou agente solicitante, para com o respectivo banco, sendo que, para a Administracao Central os pedidos devem ser instruidos ¢ remetidos & Direcedo Nacional do Orgamento do Estado, e para os Orgdos da Administracao Local, as respectivas Delegagdes Provinciais de Finangas, com a seguinte documentagao: a) Fotocépia do Bilhete de Identidade; b) Comprovativo de IBAN. 16. A efectivac3o de mudanca de domicilio bancario com contas bloqueadas e transferén- cia de IBAN devem ser efectuadas pela Direccéio Nacional do Orgamento do Estado, para os OrgSos da Administragao Central, e pela DelegacSo Provincial de Financas, para os Orgaos da Administragao Local. 17. Os drgaos de recursos humanos das Unidades Orcamentais devern pracessar no SIGFE, utilizando as funcionalidades especificas desconcentradas para 0 efeito, as informagées rela cionadas com o processamento de saladrios, conforme a listagem a seguir: a) A nomeagao e exoneragao para cargos politicos e de direceao e chefia; b) A admissao e promocao de funcionarios publicos; ¢) Anomeagao € exoneragao do pessoal do quadro tempordrio; d) A passagem de pessoal do quadro provisorio para 0 quadro definitive e a extingao do vinculo laboral por aposentacao, demissao, falecimento e rescisto; €) A concessao de licenca registada, licenga ilimitada e licenga de parto, assim como © respectivo cancelamento; f) Asuspensio do processamento de salérios, devido 4 comissao de servigo no exte- rior do pais; g) A concessao do abono de familia, a que tem direito os descendentes de funciond- rios publicos e a medida de alimentos a menores em cumprimento de sentencas Judiciais; fh) O processamento do subsidio de instalagao, de estimulo, de substituicao e de iso- lamento; i) 0 processamento dos subsidios de estagio dos estudantes finalistas dos cursos da rea de medicina das Instituigdes de Ensino Superior Publicas; DIARIO DA REPUBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 IERIE, N24 [24 i) AactualizagSo da base de dados para 0 processamento de horas acrescidas e cha- madas dos profissionais do servico nacional de saude integrado nas carreiras do regime especial, do subsidio de férias, do subsidio de turno e nocturno, do subsi- dio de exame nao universitario, complemento, subsidio de diuturnidade; k) Aalteracgo do percentual do subsidio de diuturnidade a que tém direito os Magis- trados Judiciais e do Ministério PUblico; /) A op¢ao remuneratéria, 0 desconto por prestagao de servic em tempo parcial, a exclusdo do 13.2 Més € os descontos ao funcionario; m) Transferéncia de funciondrios publicos; 1n) Suspensio de recebimento de salarios. 18. Os processos relativos a isengio, em regime especial, do pagamento do imposto sobre 0 rendimento do trabalho, nos termos do Decreto n.® 42/04, de 13 de Julho, sao autorizados pela Direcgao Nacional do Orgamento do Estado do Ministério das Finangas para os drgéos da Administrago Central, e pelas Delegagdes Provinciais de Finangas para os Orgaos da Administragaio Local do Estado. 19. Nas situagdes em que se verificar funcionarios publicos, agentes ou pessoal contratado a auferirem vencimentos, subsidios e abonos indevidamente, a reposic’o pode ocorrer por uma das formas seguintes: a) Se o pagamento for voluntério, © beneficlério deve proceder na totalidade ao pagamento junto de uma Repartigdo Fiscal, bastando para o efeito preencher o formulario de restituiges e indemnizagdes, efectuar o depdsito bancario e pos- teriormente apresentar 0 comprovativo aos érgdos de recursos humanos para efeitos de cessaco dos descontos no SIGFE; b) Nas situagdes de no pagamento voluntario pelo beneficidrio, a Direc¢ao Nacional do Orgamento do Estado, ao nivel central, e as Delegacdes Provinciais de Finan- ¢25, a0 nivel local, procedem a reposigo dos valores auferidos indevidamente, através de descontos nas remuneragdes mensais dos funcionarios visados, por via da funcionalidade especifica no SIGFE, para o Tesouro Nacional; ¢) Os descontos referidos na alinea anterior equivalem a 1/3 da remuneragao mensal do funcionério por cada prestacao devida, sendo que, nas situagdes em que o recebimento indevido resultar de uma operagao fraudulenta, o limite do desconto pode ser superior a um tergo. 20. Os processos relativos as alteragdes de nomes dos funcionarios publicos, agentes ou pessoal contratado dos érgaos da administragao central e local do Estado, na folha devem ser remetidos, a Direcgéio Nacional do Orgamento do Estado, ¢ a Delegacao Provincial de Finangas, respectivamente. 21. Os processos relativos 8 validagao das ocorréncias do pessoal em provimento provisd- rio para 0 quadro definitive dos Orgaos da Administracao Central e Local do Estado, devem DIARIO DA REPOBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 1 SERIE, N21 25 ser remetidos, a Direcc’io Nacional do Orgamento do Estado, ao nivel central, e a Delegacao Provincial de Finangas, 20 nivel local, contendo a seguinte documentacao: a) Despacho de Nomeaco Publicado em Didrio da Republica ou Despacho de Nomea- 80 Assinado pelo Ministério de Superintendéncia ou pelo Governador Provincial; b) Fotocépia do Bl. 22. Os processos relatives & validacdo das ocorréncias de mobilidade em comissao de ser~ vigo, para 0 exercicio de cargo de direcgdo e chefia, nos termos da legislacdio em vigor, dos Grgéos da Administracaio Central e Local do Estado, devemn ser remitidos, a Direcgao Nacional do Orgamento do Estado, ao nivel central, e a Delegacdo Provincial de Finangas, ao nivel local, contendo a seguinte documentacao: a) Despacho de Nomeacio; b) Fotocépia do Bilhete de Identidade. 23. Os processos relativos a validagio de ocorréncias de despromogao funcional defini- tiva dos Orgaos da Administracao Central e Local do Estado, devem ser remetidos, a Direcc3o Nacional do Orgamento do Estado, ao nivel central ¢ & Delegagao Provincial de Finangas, ao nivel local, contendo a seguinte documentaco: a) Titulo de provimento provisério; b) Fotocopia do Bl; ¢) Despacho de despromogao devidamente assinado pelo Ministério de Superinten- déncia ou pelo Governador Provincial. 24, Os processos relativos ao pagamento de salarios atrasados aos agentes administrativos € funcionarios puiblicos, devem ser instrufdes e remetides & Delega¢do Provincial de Financas com periodicidade nao superior 2 6 meses e acima deste 4 Direccdo Nacional do Orgamento do Estado. 25. Compete as Delegagées Provinciais de Finangas o cancelamento e abertura das folhas de salario no SIGFE, apés solicitagao dos Orgaos da Administracao Local do Estado. ARTIGO 22.2 {Transig&o de vagas no SIGFE) No final de cada exercicio econémico, salvo situagdes excepcionais, as vagas nao utlizadas transitam para o exercicio seguinte, no limite do fundo salarial criado, por cada Organismo. ARTIGO 23.2 (Recadastramento de funcionarios puiblicos) Sempre que for necessaria a realizagio de recadastramento de funcionarios publicos, devem 0s Departamentos Ministeriais responsavels pelas Finangas Publicas, e Administragao Publica, Trabalho e Seguranga Social, definir por acto conjunto os critérios a observar e criar as condi- bes para a respectiva materializagao. DIARIO DA REPUBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 ISERIE, N21|26 CAPITULO IV Ajuste Orgamental ARTIGO 24.2 {Créditos orgamentais) 1. 0 Orgamento Geral do Estado é executado por intermédio de créditos orgamentais ini- ciais ¢ adicionais. 2. Os créditos adicionais so suplementares, quando destinados ao reforgo de dotagao orga- mental @ especiais, quando destinados a atender despesas para as quais no haja dotac3o especifica na lel orcamental. 3. Os créditos adicionais s6 podem ser propostos a considerag&o da entidade competente para as autorizar desde que devidamente justificados a indispensdvel contrapartida esteja assegurada. 4. As dotagdes orcamentais ¢ eventuais saldos orgamentais em despesas com o pessoal somente podem constituir contrapartida de créditos adicionais na mesma categoria de despesa. 5. A Reserva Orcamental somente € utilizada apés esgotadas todas as possibilidades de can- celamento das dotagdes de despesas correntes e de capital do respectivo Orgao Orcamental. 6. 0 acto que autorizar 0 crédito adicional deve especificar 0 tipo de crédito, a importancia e a origem dos recursos disponiveis de contrapartida. 7. Todas as alteragdes orcamentais devem ser solicitadas pelos Orgdos Dependentes as res- pectivas Unidades Orcamentais através da plataforma informatica SIGFE, devendo o espelho do processo estar devidamente assinado pelas entidades competentes, bern como observar as opgdes de tipos de alteragdes orgamentals (crédito adicional ou contrapartida Interna). 8. Para a incluso de nova célula orcamental deve ser efectuado o pré-cadastro no SIGFE, obedecendo a classificaco orcamental em vigor, seguida de solicitag3o de aprovac’io ao Secretario Geral (ou equiparado) do Orgao da Administracao Central e ao respectivo Delegado Provincial de Finangas para os Orgdos da Administrag3o Local. 9. Os Orgaos Sectoriais e Provinciais do Sistema Orgamental (Gabinetes de Estudo, Planeamento e Estatistica dos Departamentos Ministeriais e dos Governos Provinciais © 6rgao equiparados da Presidéncia da Reptblica, da Vice-Presidéncia da RepUblica e dos Tribunais Superiores) responsdveis pela elaboragdo do orgamento das Unidades Orgamentais devem proceder & anélise técnica das solicitagdes de créditos adicionais das respectivas Unidades Orcamentais e Grgios Dependentes sobre os aspectos legais, de programagao e execug’o orcamental e sobre a efectiva necessidade de atribuigio do crédito adicional. 10. A Direc¢8o Nacional do Orgamento do Estado, com base nas informagSes prestadas, deve avaliar a necessidade do crédito adicional solicitado ¢ a disponibilidade de recursos de contrapartida, solicitar informagdes adicionais ou desencadear os procedimentos legais esta- belecidos para a decisdo competente de autorizacao ou indeferimento. DIARIO DA REPOBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 1 SERIE, N22] 27 11. As solicitacdes de alteragées orgamentais, com recurso 8 contrapartida da reserva orca- mental, excepto em despesas com o pessoal que dao entrada no Ministério das Financas apés 0 dia 15 de Outubro do exercicio corrente, nao sdo consideradas. ARTIGO 25.2 {Créditos adicionais por contrapartida da reserva orcamental) 1. As alterades orgamentais em Despesas de Funcionamento e Despesas de Apoio a0 Desenvolvimento por contrapartida da “Reserva Orcamental” devem conter os seguintes dados de fundamentagao: a) Execugo do crédito inicial e as razBes que deram origem a insuficiéncia orgamen- tal; b) Fotocdpia do contrato, que originou ou originaram a despesa e respectivo visto do Tribunal de Contas, nos termos dos limites de despesas fixados para fiscalizagao preventiva na Lei que aprova o Orcamento Geral do Estado; ¢) Base de cdlculo da solicitagao de crédito adicional por natureza econémica da des- pesa, conforme o modelo constante no Anexo VII do presente Diploma; d) Demonstrativo do nivel arrecadagao e existéncia de recursos disponiveis no caso de receitas préprias; €) Consequéncias do nao atendimento da solicitagéo. 2. Os processos de crédito adicional em despesas com pessoal devem ser instrufdos ape- nas com as informag6es das alineas a), b) e c), mediante a apresentacao e preenchimento dos Mapas de Planeamento de Efectivos e demonstrativos da necessidade anual, conforme mode- los constantes nos Anexos VI e IX do presente Diploma. 3. As solicitagdes de créditos adicionais das Unidades Orgamentais dos Orgios de Soberania ¢ da Administragao Central do Estado devem ser remetidas pelos Titulares dos Orgios de Soberania e dos Departamentos Ministeriais, apés a emissdo de parecer pelos Secretarios Gerais, que evidencia a necessidade de avaliacao subsequente pelo Ministro das Finangas. 4. As solicitagdes de créditos adicionais das Unidades Orgamentais da Administracdo Local do Estado devem ser remetidas pelos Governadores Provinciais, as respectivas Delegacdes Provinciais de Finangas, para emissio de parecer, que deve evidenciar a execugao orgamental e financeira da Unidade Orcamental e insuficiéncia orgamental, antes da remessa do processo a0 Gabinete do Ministro das Financas. 5. O Parecer referido nos n.* 3 € 4 do presente artigo deve ter o seguinte conteddo: a) Introdugao; b) Indicaco e breve referéncia a base legal da despesa especifica a realizar; ¢) Créditos adicionais ja autorizados no ano econémico a Unidade Orgamental; d) Peso percentual do crédito adicional ¢ do total de créditos adicionais j4 autoriza- dos, em relagdo as despesas de funcionamento da Unidade Orgamental; e) Sintese das razBes da atribuicio do crédito adicional. DIARIO DA REPUBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 ISERIE, N24 [28 6. As Unidades Orgamentais devem remeter as solicitagSes de créditos adicionais aos res- pectivos Departamentos Ministeriais para apreciagéio e cumprimento do estabelecido no presente artigo. 7. As solicitagbes de eréditos adicionais em despesas com o pessoal das Unidades Orgamentais dos Orgdos de Soberania e da Administragdo Central e Local do Estado devem ser remetidas, pelos Secretarios Gerais ou Entidades Equiparadas dos Orgaos de Soberania dos Departamentos Ministeriais e dos Governos Provincias, 4 Direccio Nacional do Orcamento do Estado do Ministério das Finangas. 8. Os créditos adicionais que resultem em aumento acima de 30% do Limite de Despesa da respectiva Unidade Orgamental, aprovado pela lei anual do OGE, excepto as de pessoal de projectos de investimento publico, séio autorizados pelo Titular do Poder Executivo. 9.0s créditos adicionais que resultem em aumento, até 10%, do Limite de Despesa da respec- tiva Unidade Orgamental, aprovado pela lei anual do OGE, excepto as de pessoal e de projectos de investimento piblico, so autorizados pelo Secretdrio de Estado para o Orcamento, pas- sando para o nivel de autorizagio do Ministro das Finangas os créditos adicionais que resultem em aumento entre 11% e 30% do Limite de Despesa inicial da respectiva Unidade Orcamental; 10. Os créditos adicionais para Projectos de Investimento Publico superiormente aprovados © com financiamento garantido, séio aprovados pelo Ministro das Finangas. 11. Os eréditos adicionais destinados a projectos ¢ actividades financiados com recursos proprios s&0 aprovados pelo Ministro das Finangas. 12, Para efeitos do numero anterior, as solicitagdes de créditos adicionais devern conter os dados de fundamentago previstos no n.° 1 do presente artigo. 13. Os créditos adicionais em despesas como pessoal dos Orgdos de Soberania eda Administraco Central e Local do Estado sto autorizados pelo Director Nacional do Orgamento do Estado. ARTIGO 26.2 (Créditos adicionais por contrapartida interna) 1. As solicitages de alteragdes orcamentais, com recurso 4 contrapartida interna, excepto em caso de despesas com pessoal e projectos com finalizagdo de execugdo financeira e fisica no periodo, devem ser solicitadas mediante revise orgamental trimestral, devendo obedecer © seguinte: a) Relativamente ao 1.2 trimestre, até ao dia 25 de Fevereiro; b) Para o 2.° trimestre, até a0 dia 25 de Maio; ¢) Para 0 3.° trimestre, até ao dia 25 de Agosto; d) Para 0 4.2 trimestre, até ao dia 17 de Dezembro. 2. As solicitagdes que derem entrada no Ministério das Finangas apés 0 dia 17 de Dezembro do exercicio corrente ficam sem efeito. 3. As alteragdes orgamentais por contrapartida interna devem conter os seguintes dados de fundamentacao: a) Motivos da subavaliacao da dotagio orgamental; DIARIO DA REPOBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 1 SERIE, N21] 29 b) Reavaliag3o quantitativa ou qualitativa da despesa; ¢) Resultados esperados com 0 remanejamento de dotacao orcamental; d) Motivo da sobreavaliagao da dotacdo orgamental proposta como contrapartida; e) Repriorizagao das accdes que levem a economia de recursos; f) Implicacdes da nao aceitacao da solicitacao. 4. As alteragdes orcamentais por contrapartida interna em despesas de funcionamento da actividade basica dos Orgios de Soberania e da Administragao Central do Estado devem ser solicitadas pelos titulares das respectivas Unidades Oreamentais, 20 titular do respectivo érgao orgamental e autorizadas por este, apds parecer favordvel da Secretaria Geral do Departamento Ministerial, desde que estejam inseridos no mesmo projecto ou actividade. 5. As alteragdes orcamentais por contrapartida interna em despesas de funcionamento da actividade basica dos Grgaios da Administra¢ao Local so autorizadas pelo Gestor da Unidade Orcamental ou OrgSo Dependente, desde que estejam inseridas no mesmo projecto ou acti- vidade e no mesmo acordo. 6. As alteracBes orcamentais por contrapartida interna em Despesas de Funcionamento e, em Despesas de Apolo ao Desenvolvimento dos Orgdos de Soberania e da Administracao Central, que n&o estejam inseridas no mesmo projecto de aetividade, devem ser solicitadas pelos titulares das respectivas Unidades Orcamentais 8 Direce’o Nacional do Orgamento do Estado do Ministério das Finangas, constando do processo o parecer da Secretaria Geral do respectivo Departamento Ministerial. 7. As alteracdes orgamentais por contrapartida interna em Despesas de Funcionamento e Despesas de Apoio ao Desenvolvimento dos Orgios da Administrac&o Local que nao estejam inseridas no mesmo projecto ou actividade devem ser solicitadas pelos titulares das respec- tivas Unidades Orcamentais as Delegagdes Provinciais de Finangas, constando do processo 0 parecer da Secretaria Geral do respectivo Governo Provincial. 8. Compete ao Delegado Provincial de Finangas autorizar as seguintes alteragdes orgamen- tais por contrapartida interna dos érgios da Administragao Local do Estado: a) Alteragdes orcamentais por contrapartida interna em despesas de funcionamento da actividade basica, entre Orgaos Dependentes da mesma Unidade Or¢amental, mediante solicitagao do titular da Unidade Orcamental; b) Alteragdes orgamentais por contrapartida interna em despesas de apoio ao desen- volvimento, entre Orgdos Dependentes da mesma Unidade Orgamental, constando do processo 0 parecer do Secretdrio Geral do Governo Provincial ou equiparado; ¢) Alteragdes orcamentais por contrapartida interna em despesas de funcionamento da actividade basica dos servicos periféricos e desconcentrados dos Ministérios, excepto das Delegacdes Provinciais de Financas desde que constem do mesmo projecto ou actividade, mediante solicitagao do titular da Unidade Orgamental. DIARIO DA REPUBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 ISERIE, N24 | 90 9. As dotagdes e eventuais saldos orgamentais em Despesas de Funcionamento e de Apoio a0 Desenvolvimento, no Ambito dos Recursos Préprios, podem apenas constituir contraparti- das de créditos adicionais desde que integrem a mesma fonte de recurso. 10. As dotagées e eventuais saldos orcamentais em Despesas de Apoio ao Desenvolvimento no 4mbito do Or¢amento dos Municipes somente podem constituir contrapartidas de créditos adicionais desde que no mesmo acordo (OM-Municipe). 11.Asdotagdes orgamentaiseeventuais saldos orgamentais do Programa de Desenvolvimento Local e Combate 4 Pobreza somente podem constituir contrapartidas de créditos adicionais desde que estejam integradas no rnesmo acordo (PNLCP — Combate a Pobreza). 12. As alteragdes orgamentais por contrapartida interna em despesas com pessoal dos Orgaos da Administragao Central e dos Orgaos da Administragao Local do Estado devem ser solicitadas pelos titulares das Unidades Orcamentais e so autorizadas por este, mediante a apresentagao e preenchimento dos Mapas de Planeamento de Efectivos justificativo e demons- trativos da necessidade anual, conforme modelo constante no Anexo IX do presente Diploma. 13. As alteragdes orcamentais entre Orgaos Orcamentais, destinadas a realizagio de des- pesas do mesmo sector de actividade, séo solicitadas pelos respectivos Titulares dos Orgdos e autorizadas pelo Ministro das Finangas, desde que devidamente fundamentadas. 14, Todas as alteragées orcamentais por contrapartida interna no previstas nos nume- ros anteriores devem ser remetidas a0 Ministério das Financas pelos respectivos Titulares do Departamento Ministerial da Administracdo Central e da Administra¢ao Local do Estado, cons- tando do proceso o parecer do Secretario Geral ou Equiparadodo respectivo Orgiio Orcamental, elaborado nos termos do n.° 1 do presente artigo e sto autorizados pelo Secretario de Estado responsdvel pelo Orgamento. 15. Os créditos adicionais por contrapartida interna assegurada em projectos do PIP, que resultem em alteracao da fonte de recurso, sdo autorizados pelo Ministério das Financas e efectivadas pela Direccao Nacional do Orcamento do Estado. 16. As dotacdes orcamentais e eventuais saldos orgamentais com despesas de investimen- tos Publicos podem constituir contrapartidas de eréditos adicionais em diferentes categorias de despesa, desde que constem do mesmo ordenador de despesa. 17. Os ajustes orgamentais por contrapartida interna no mesmo projecto do PIP solicita- dos pelas Unidades Orgamentais dos drgdos da Administragdo Central sao efectivadas pela Direcgio Nacional do Orgamento do Estado. 18. Os ajustes orgamentais por contrapartida interna no mesmo projecto do PIP solicitadas pelas Unidades Orcamentais dos érgaos da Administragao Local sdo efectivadas pelo Delegado Provincial de Finangas. 19. Os ajustes orgamentais por contrapartida interna em projectos diferentes do PIP soli- citadas pelas Unidades Orcamentais dos érgaos da Administragéio Local sao efectivados pelo Delegado Provincial de Finangas, desde que estejam no mesmo acordo. DIARIO DA REPOBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 1 SERIE,N21| 31 CAPITULO V Programa de Investimento Publico ARTIGO 27.2 {Execugao de projectos em geral) 1. O inicio da execugao fisica e financeira de um projecto do PIP carece de autorizagao pré- via do Ministério das Finangas, mediante apresentago cumulativa dos seguintes documentos: a) Fotocépia completa do contrato ou contratos inerentes ao projecto assinado(s) e homologado(s) pelos Orgaios competentes, e respectivos anexos; b) Fotocépia do cronograma fisico e financeiro de execugao do projecto, com desdo- bramento trimestral e do respectivo cronograma de desembolsos; ¢) Fotocépia do relatério final do processo de formagio do contrato ou contratos; d) Fotocépia do despacho de autorizagao da despesa exarado pelo érgio competente nos termos da Lei dos Contratos Puiblicos; e €) Fotocépia do visto do Tribunal de Contas, nos termos dos limites de despesa fixa- dos na Lei que aprova o Orcamento Geral do Estado. 2. Evedado 0 inicio da execugao fisica dos contratos relativos aos projectos do PIP, cujas fon- tes de financiamento no estejam asseguradas ¢ inscritas no Orgamento Geral do Estado. ARTIGO 28.2 (Dotacées orgamentais para execucdo de projects) 1. As dotagdes orgamentais a inscrever na Programacao Financeira e nos Planos de Caixa do Tesouro devem estar de acordo com os cronogramas financeiros de desembolso dos projec- tos do PIP, devendo para o efeito as Unidades Orgamentais executar a solicitagdo no Sistema Informatico do Programa de Investimento Puiblico (SIPIP) do Ministério das Finangas. 2. As Unidades Orcamentais devem solicitar por via do SIPIP do Ministério das Finangas, trimestralmente, até ao dia 10 (dez) do més anterior ao inicio do trimestre de referéncia, a pro- posta de Programacdo Financeira Trimestral dos seus projectos inseridos no PIP e inscritos no OGE, diferenciando as despesas a liquidar en moeda nacional e aquelas que representam res- ponsabilidade directa de liquidacao ao exterior. 3. A Direcco Nacional do Orcamento do Estado deve validar as propostas de Programacao Financeira Trimestral dos projectos do PIP das Unidades Orcamentais para enquadramento no Plano de Caixa até ao dia 12 do més anterior ao inicio do trimestre de referéncia. Dentre os critérios para validagao dos projectos, deverd ser verificada a existéncia de actividades promo- toras do género. 4. Na proposta de Programacdo Financeira Trimestral, no Plano de Caixa e na utilizagiio da Quota Financeira disponibilizada, tem prioridade a execugSo de projectos em curso. 5. A formago dos contratos relatives aos projectos de investimento publico inscritos no Orcamento Geral do Estado deve ser feita nos termos da Lei dos Contratos Publicos e demais legislagdes em vigor. DIARIO DA REPUBLICA DE 2 DE JANEIRO DE 2024 ISERIE, N.2 1/92 6. Os adjudicatdrios das propostas ligadas aos projectos de investimento piiblico devem apresentar uma garantia de boa execucdo dos contratos, nos termos da Lei dos Contratos Puiblicos. 7. 0 pagamento de equipamentos e material duradouro adquiridos directamente de for necedores no estrangeiro deve ser feito, necessariamente, com a abertura de um crédito documentério em banco de primeira linha e contra o embarque da mercadoria, nos termos da legislac&o cambial. 8. O acompanhamento da execugio fisica dos projectos compete aos Departamentos Ministeriais, Governos Provinciais e Administragdes Municipais de tutela e as Unidades Orgamentais contratantes, através dos érgaos técnicos sectoriais e provinclais de planeamento, em articulagio com as Delegacdes Provinciais de Financas e Servicos Executivos do Ministério das Finangas. ARTIGO 39.2 {Pagamentos decorrentes da execugdo de projectos) 1. Os pagamentos decorrentes da execuco dos contratos inerentes ao PIP so realizados nos termos do respectivo contrato, de acordo com a Lei dos Contratos Publicos. 2. As facturas e os autos de medic&o devem necessariamente ser validados pelos responsé- veis das Unidades Orcamentais demandantes dos servigos, bens e empreitadas, obedecendo ao seguinte: a) No final de cada més os prestadores de servicos, os fornecedores de bens e os empreiteiros devem remeter as respectivas Unidades Orcamentais os autos de medi¢ao do més ou documento equivalente, devidamente visado pela fiscalizago € pelo gestor do projecto, caso estejam em conformidade; b) 0 responsével pela Unidade Orcamental ou pessoa delegada, responsdvel pelo con- trato, avalia o auto de medigio e caso esteja de acordo com o espaco or¢amental cabimentado, assina com a designag3o “avalizado para a emiss3o de factura”; ¢) Os prestadores de servigos, os fornecedores de bens e os empreiteiros, emitem a factura correspondente aos autos de medi¢So avalizados e encaminham a Uni- dade Orgamental demandante dos servigos para pagamento. 3. A Unidade Orcamental responsdvel pelo contrato remete a factura e autos de medica0 validados para a DireceSo Nacional do Orcamento do Estado, ao nivel central, e as DelegacSes Provincias Finangas, ao nivel local, que, apés a recepeSo, os remete a seguir a esta Direccio. 4. Apés a validacao das facturase autos de medicao remetidos pelas Unidades Orgamentais e Delegacdes Provinciais de Finangas, aDirecco Nacional do Orcamentodo Estado encaminha-os: a) A Direcg’io Nacional do Tesouro para efeito de atribuig3o da quota financeira ou instrug3o de pagamento via Encargos Centrais, em caso de financiamento por Recursos Ordinarios do Tesouro; b) A Unidade de Gestio da Divide Publica para efeitos de desembolso do crédito, no caso de financiamento interno e externo.

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