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Dados internacionais de Catalogago na Publicago (CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Tamamoto, Marilda Vile Relagdes socials © servigo social no Brasil; esboro de uma interpretagdo histrico-mefodolégica / Marilda Villela Iamamoto, Ral de Carvalho, ~ 4, ed Sdo Peulo Cortez, 2014. Bibi ISBN975-85-249-1706-6 1, Politica social 2. Servigo social 3. Servigo social — Brasil 4. Servigo Social como profssa I. Titulo. moma CoD-361.0023 Indices para catéiogo sistemético: 1. Servigo social como profissio 361.0023, aa anemone Marilda Villela lamamoto Raul de Carvalho RELACOES SOCIAIS E SERVICO SOCIAL NO BRASIL Esboco de uma interpretacao histérico-metodolégica 4Mediggo ereimpresio Sesion Parte | PROPOSTA DE INTERPRETACAO HISTORICO-METODOLOGICA | | CSie » _ CAPITULO! Uma Concepgao Tedrica da Reproducao das Relagées Sociais Para situar o significado da profisséo de Servigo Social no processo de reprodugio das relagées sociais, faz-se necessdtio, inicialmente, pro- ‘curar aprender 0 movimento no qual e através do qual se engendram e se renovam as relagdes sociais que peculiarizam a formacéo social capi- falista. Buscar detectar no processo da vida social s1a realidade substan- cial e as formas que reveste 6 uma tarefa preliminar. E este referencial te6rico que fornecerd os subsidios para andlise do objeto de estudo. Trata-se, portanto, de um primeiro nivel de reflexéo mais geral e de maior nivel de abstragéo, para, em seguida, voltar & pro- fissio, captando-a na sua significagao hist6rica. 1.AProdugéo Captalista é Producdo e Reproducio das RelacbesSociais de Producéot # na vida em sociedade que ocorre a produgio. A produgito é uma atividade social. Para produzir e reproduzir os meios ce vida ede producio, os homens estabelecem determinados vincuilos e relagdes muituas dentro T.Esta concep est presente no conjunto das obras de ar Man Ver espelamente:K. Mars EI ‘Capital Crtca dela Economia Pelica. Mésc: Fondo de Cultura Econdmica, 2.04, Seipressi, tomas, 6 lawaMoro CARVALHO @ por intermédio dos quais exercem uma ago transformacora da natu- reza, ou seja, realizam a produgio. A produgéo do individuo isolado 6 ‘uma abstragao. A relagdo entre os homens na produgao ena troca de suas " atividades varia de acordo com o nivel de desenvolvimento dos meios de produgéo. Tais relagGes se estabelecem, portanto, em condigdes hist6- ticas determinadas, nas quais os elementos da produgio articulam-se de forma especifica. Assim sendo, a produgio social é essencialmente hist6rica. Aqui, trata-se de uma produgio social na sua especificidade: a producao capitalista. “(..) as relagbes sociais, de acordo com as quais os individuos produzem, as relagSes sociais de produgio alteram-se, transformam-se com a modifi- cagio e 0 desenvolvimento dos meios materials de produgio, das forgas rodutivas. Em sua totalidade as relagées de producio formam 0 que se ‘chama relagGes sociais:a sociedade e, particularmente, uma sociedade num determinado estégio de desenvolvimento histérico, uma sociedade com um carater distintivo particular (..) O Capital também é uma relagio social de produgio. B uma relagdo burguesa de producio, relacio de produglo da sociedade burguesa”? © processo capitalista de producéo expressa, portanto, uma maneira historicamente determinada de os homens produzirer e reproduzirem as condicdes materiais da existéncia humana ¢ as relagées sociais através das quais levam a efeito a produgio. Neste proceso se reproduzem, concomitantemente, as ideias e representagdes que expressam estas rela- es eas condigdes materiais em que se produzem, encobrindo o antago- nismo que as permeia. Assim, a produgio social ndo trata de produgdo de objetos materiais, mas de relagdo social entre pessoas, entre classes sociais que personificam determinadas categorias econémicas.? 1975; Elcapto Lino, Captuo Wnt). Buens Aires Stlo XK 3. ed, 1973;"Ttabalho assaleriadoe ce tl: K ManceF Engels Tetos 3.Sto Paul: Ed, Soil, 1977, p.6033. 2K Mane “Tabatha, 0p. .69. 3: economia no tata do eons, mas de ragées entre passas, e em ttima Instncla entre lasses secilsembora estas laces steam sempreligadas colasaperegam comocoiss% Engels RELAGOES SOLAS SERMIGO SOCIAL NO BRASIL ” Na sociedade de que se trata, 0 capital & a relasfo social determinante que dé a dindmica e a inteligibilidade de todo o piocesso da vida social Sendo o capital uma relagao social, supe o outro termo da relacio: ‘trabalho assalariado, do mesmo modo que este supe o capital. Capital ¢ trabalho assalariado so uma unidade de diversos; um se expressa no outro, um rectia 0 outro, um nega o outro. O capital pressupée como parte de si mesmo 0 trabalho assalariado. ’ “Capital nao é uma coisa material, mas uma dete-minada relacao social de produ¢io, correspondente a urna determinada formacao hist6rica da socie~ dade, que toma corpo em uma coisa materiale Ihe infunde um carter social ‘especifico. O capital éa soma dos meios materiais de producio produzidos. E 0 canjunto dos meios de produpto comvertides em capital, que, em si, tern to pouco de capital como o ouro e a prata, como tas, de dinkeiv. 0 conjunto dos mmeios de produgio moropolizados por uma determinada parte da socedade, os produtos eas condigees de exerccio da forga de trabalho substantiondos frente ‘orga de trabalho von e 1 que este antagonismo personifca como capital” * Arreificagio do capital, isto 6, sua identificacéo com coisas materiais (0s meios de produgio) é tipica daqueles que nac conseguem distinguir as formas em que as relagdes se expressam destas mesmas relacdes. O capital se expressa através de mercadorias (meios de produgioe de vida) e do dinheito. Estas formas que o representam sto necessfrias porque criadas e recriadas no movimento mesmo da produgio. Tais formas ex- teriores sdo aparéncias necessérias que fazem parte dos proprios fendme- nos, através das quais se manifesta a substancia real dos mesmos. Ao ‘mesmo tempo que as expressam, as encobrem, po's as relagées aparecem. invertidas naquilo que realmente sio: apatecem como relagdes entre mercadorias, embora nao sejam mais que expresses de relagdes entre classes sociais antag6nicas. As relacdes sociais aparecem, pois, mistificadamente, como relagées entre coisas, esvaziadas de sua historicidade. A reificagao do capital é, “Contbulgtod etic da Economia Poitca'de Kel Mack n:K. Mare oF Engel. estos 3. St Paul: Soci p. 311 4K Movs Capital Cticade a Economia Poltica,op.c, tl p75 8 UMAMOTO-CARVALHO pois, a forma mistificada em que a relagéo social do capital aparece na superficie da sociedade’ Cabe, porém, a indagagao: Por que a producto e reprodugio do capital é sma relagto social historicamente dada que aparece como producto e reprodugio de coisas? Para responder a esta questao, vamos partir do capital como merca- doria, tentando desvendar o mistério que acompanha esta forma social tipica da sociedade burguesa. Em seguida, procuraremosdetectar em que ‘condigées as mercadorias se transformam em capital, desvendandoo que ‘corre no mercado e no processo de trabalho caracteristicos da sociedade capitalist. Finalmente, nos deteremos na reprodugao do capital como reprodugdo ampliada das relagGes de dominagao e as mistificagbes que a acompanham. Appartir deste quadro analitico poderemos levantar algumas hipéte- ses sobre 0 Servico Social e a Reprodugao das Relagbes Sociais. 2.0 Capital como Relagao Socal 2.1 0Coptalea Forma Mercadorie © Capital se expressa sob a forma de mercadorias: meies de produgio (matérias-primas ¢ auxiliares ¢ instrumentos de trabalho) e meios de vida ecessiirios a reprodugio da forga de trabalho. 7 5."Os economists, prsonaos das epresentaches nas quals se movem os agentes caitalstas de Prod, core em um “guid pro quo" dupe, porém recipocamente concclonado Por uma parte, trasformam o apt de logo, em uma coisa, em um conjuntocde mecadores quaint medida em ‘que servem como condgbei de nove abulho se denominam capital.) For outa pat. ransformam as -4. Tempodetrabahoaialmente nacesiria 6 squelequeserequerpara produzi:umalorqualgue, nascondigSes normals da produgdoecomograu méthode dstreza intended de vebalhoimperants ra sociedade" Mant ET Ceptol Cia dele EconoanaPoltca,op elt Lcap. bp. 6e7- *° JWAMOTO-cARVALHO de forma de expresso do valor das mercadorias, incorporou-se ao ouro, que se converteu em mercadoria dinheito. ‘Os produtos assumem, historicamente, a forma de mercadoria porque sio produtos de trabalhos privados que necessitam ser trocados.? $a0 valores de uso para outros, enquanto, para seu possuidor, néo tém outra utilidade que a de ser valor de troca e, portanto, meio de troca. Porérn, sendo asmercadorias produto de trabalhos privados, tém um cardter social que decorre do fato de que: a) por um lado, sendo produtos de um trabalho uitil, tém que satis- fazer uma determinada necessidade social e, portanto, integrar-se no trabalho coletivo da sociedade, dentro da divisao social do trabalho; b) por outro lado, este trabalho s6 pode satisfazer uma necessidade de seu produtor a medida que possa ser trocado por outro trabalho itil, que Ihe seja equivalente (jé que so ndo valores de uso para quem os produz, e sim para outros). Para que seja possivel a troca de produtos de qualidades diferenciadas, fruto de trabalhos de qualidades determinadas, tem-se que abstrair da desigualdade real destes trabalhos materializados nos objetos para que apareca, subjacente a eles, sua igualdade a todos os ‘outros tipos de trabalho, enquanto desgaste de forca humana de trabalho — trabalho humano geral. 5 Este duplo cardter social do trabalho 6 o que permite aos diversos produtores equipararem seus produtos no ato da troca como valores. O que fazem, ao trocar suas mercadorias, é equiparar seus divergos produ- tos como modalidades do mesmo trabalho, embora nao o saibam.” 97Para que estas cosas se relalonem ums com a5 outas,€necesvio que seus quads se rel ‘Conern entre sicoma personas cj vontodermaram naqueles objets datal medo que cada posuldor ‘deuma meredris6 poss apoderavseda de outro por vontade deste desprendervo-se da sua prep Isto por meio de um ato de vontade comum a ambos. € necessria por consegunte, que amb as esscas se reeonhecam como proptetios prvados. sta relagtofrdca que tem por forma de expressioo conta, eache-se ou no legalmenteregul- imentada, 6 uma rela de vntade em que se rele a relacio ecandmia.Ocontetido desta relogSojt- denoudevontedeée de lagi econdmica mesma. Aq as pesoass6 exrtom Umse paras outascomo representants de suas mercado sto 6, come pesuidore de mercadoas"K. Marx Capital Crea de a fconam Pltcoop. cit, Leap p48. Gos do aut. Y0.K Mark E\CopitalCrtica de la concmta Plea, op. ct, 1c. p.38. si ELAGOES SOCASESERVIGO SOCAL NO BRASIL “ Nas relagdes que os homens estabelecem através da troca de seus trabalhos equivalentes, materializados em objetos, 0 cardter social de seus trabalhos aparece comosendo relacio entre os produtos de seus trabalhos, entre coisas, independentes de seus produtores."* (© que aparece como relagio entre objetos materiais € uma relagéo social conereta entre homens, oculta por tras das coisas. Constata-se, pois, um cardter misterioso das mercadorias, mistério esse que faz. com que as relagées sociais entre pessoas, expressas através de relagées materiais entre coisas, aparegam invertidas. Isto é, aparecam. como relagdes materiais entre pessoas e relacSes sociais entre coisas, alheias de seus produtores. De onde decorre esse caréter misterioso das mercadorias? Ao responder a esta questo, o autor afirma nao decorrer nem do valor de uso, nem das determinagdes de seu valor, mas sim da propria ‘forma mercadoria. Isto porque, na mercadoria, jaldade dos trabalhos humanos fica disfargada sob a forma de igual- dade dos produutos do trabalho como valores;a medida, por meio da dura- «#0, de dispéndio da forca humana de trabalho, toma a forma de quantida- de de valor dos produtos do trabalho; finalmente, as relagdes entre 08 produtores, nas quais se firma o carater social de seus trabalhos, assumem a forma de relagio social entre os produtos do trabalho” * Este fetiche da mezcadoria simples reaparece sob novas formas novas determinagdes na mercadoria produto do capital, dando origem a0 que 0 autor denomina “mistificagao do capital’. “TIA forma mercadri a ela de valor do produts do trabalto am que et forma se corpor- ‘cana tim nada ver com seucardter leo nem comasreagées mates que deste carder deta. (Ocqueaqureveste aos aos dos homens 2 forma ontasmagerica de une rela entre obetos mates ‘no é mae que uma relagho socal concreta estabeecida entre os mesmos homens Por ssa sequisermos ‘encontrar ura arslogia este fendrnanastremos que rementar As reeidesnebulosas do mundo dare- lial, onde os produtos da mente humana assemelarn ze sees dotados de vido prdpria de eastncia Incepandentee relacionados ente se com os homens Assim aconteceno mundo das mercadorias com ‘0s produtos da mo do homem. Asta eu cham flichimo, sb © quel Se apesentam os produtos do trabalho, ogo se clam na forma demercaderiasque ¢Inseparsve.consequentemente deste modo deprodusao’K Mare. opie Clea dela Economie Potica op. cyt cap. 4 B38. 12 Adotow seaqua tadughobrasra:0 Copital — Cicada EconemiaPaltea row. 3. 08 Tad, de Reginaldo Senthnna. io de Jeno: Cvizago Basa, 1975.p.37 e |AMAMOTO- CARVALHO 2.24 Transformagao da Mercadoria em Capital © valor capital se expressa em mercadorias: meios de produgdo e ‘meios de subsisténcia. Mas nem toda soma de mercadorias é capital.® O ca- pital supde 0 monopélio dos meios de produgdo e de subsisténcia por ‘uma parte da sociedade — a classe capitalista — em confronto com os trabalhadores desprovidos das condigées materiais necessérias & mate- sializagdo de seu trabalho. Supée, 0 trabalhador, que, para sobreviver, s6 tem a vender a sua forga de trabalho. O capital supde o trabalho assalariado este, o capital. O capital na sua forma elementar de dinheiro ou mercadoria 6 é potencialmente capital; deve se transformar em capital real e efetivo no proceso de producao, mediante a incorporagao da forca de trabalho viva, que conserva os valores das mercadorias que ingressam no processo produtivo e cria novos valores. Enquanto o dirheiro representa uma soma dada de valores, isto 6, tem uma magnitude constante, o capital 6 uma soma de valor que tende a crescer. E empregado tendo em vista a sua conservacdo e o seu engran- decimento, O'produto da produgéo capitalista no 6 apenas um valor de ‘uso, nem um produto que tem valor de troca, “Seu produto é a mais-va- Jia; ou seja, seu produto so mercadorias que possuem mais valor de roca, isto 6, representam mais trabalho que o que foi adiantado para a sua produgio sob a forma de mercadoria ou de dinheiro”.* A funcio especifica do capital a producio de um sobrevalor ou de um valor maior gue aquele adiantado no inicio do ciclo produtivo. Este sobrevalor ou 13."Como, eno, uma soma de mercado de valores de toc, se transforma em capital] Conse ‘vando-se, mvlipicando-como forasoril independant, ito & come orga de uma parle dasocedode, através do toca pla fr de tabaho ined, viva. A exsnca de uma Caste que posi apenas su fossa de wabstho€ uma condo prelminarnecessriaa0 capa Exclsivament dominio dotrabalho acumuledo,pastada mateializae,sbreo trabalho Imediao vive que transforms orbalho acumulado ‘em copitalk Man. Tabalho atalariadoe capa’ op. ct. 70 14. nossa intengo desenvolver conceltuaimente esta afmatva inca. © desenvolvimento do r2- ‘ocnio que aqui se segue ets basen prncipsimente eK. Manel Copia bro. Coptulo Vn), opie p.4-10%. 15. K Marx EICoptal Lio CaptuoW nel), pct p33. RELAGOESSOCIA SRVIGO SOCIAL NO BRASIL « mais-valia 6 0 fim e o resultado do processo capitalista de producto. Significa substancialmente materializaco de tempo de trabalho éxceden- te, trabalho no pago apropriado pela classe capitalista.'* ‘Attransformagio do dinheiro em capital decompie-se em trés proces- 03 inter-relacionados, mas independentes, no tempo e no espago. O pri- smeiro: a compra e-vendia dos meios de produgioe da forga de trabalho que se desenvolve no mercado. O segundo, que se efetiva no processo de pro- ducio onde, mediante o consumo produtivo da capacidade de trabalho, os. meios de producdo transformamse em produtos, cs quais, além de conte- rem ovalor do capital adiantado, contém, ainda, a mais-valia criada. Tem-se af a producio e reproducao de capital. E 0 terceira proceso, que ocorre novamente na érbita da circulagio, onde se realizao valor do capital e da ‘mais-valia, mediante a transformagéo de mereadotia em dinheiro.” No primeiro processo tem-se a transformacao do dinheiro nas mer- cadorias que constituem os fatores de produgio. & um ato de troca de mercadorias, premissa do processo global de producio. O valor capital Jngressa no processo de producio sob a forma de mercadorias determi: nadas, revestindo a dupla forma de valores de uso e de troca, nas quais, intervém determinacées mais complexas que as diferenciam da merca- doria simples. "167A nica cata que dtingve uns tpesecondicos de socedas de outros (.)€ 2 frma em que ‘st trabalho excadante arancao do produtsimediato 0 tabahacorK. Mar. Ceptl ita de a zona Politic op cap IL. 168, ind: trabalho exceante no fl invent pel capstal Onde querque uma parte da scledade possus. monopdlidos mis de produgio nos encontramoscomofendmano deque.otrabalhad ve ‘uescraviada, tem que acrescentar ao tempo de trabalho necesilo paw poder vive uma quantidade de tempo suplementar, durante e qu! rabalha pea proc o mels de Wa destinados a propsetriodos mmeios de preduzéo, dando no mesma qu ete propretro sj. stoners teocrataetuso, ov ‘manus batio normanvdo, o excravitarorte-ereicano, obelado da valiqula, 0 propitifo de teres moderne ou oceptalsta. Sem diva 6 evdente que naquelassodedades econdmicas em quero redo mina © voor da roca, mae 0 valor dou do produto o trabalho excecente se achava crenszito a um Setor ras ou menos ampio de necesideds, em que docaritermesmada produgebote uma fore inse- cibvel de tebahoexcedente. Mar ECapta. Cre dla Economia Pllca op. yeap. Vp. 18%. 17. todo este process, 2 transformagSo do nhero em capt parse naérbita da celasso@ io opera nea, Oper-se por melo da circulars, pols est condcinade pela compro de fogade trabalho ‘ro mercado de mercado. Na se opera na cculea, pore este process no fa masque fiir © process de vloizag,cujocentrorerde na étitada product K Man Capital. Crea dela Economia Polen opi. L.ca.V, P1456, “ AMAWOTO -CARYALHO Enquanto as mercadorias isoladas devem ter qualquer valor de uso, de modo a atender a uma necessidade social, a forma valor de uso do _ capital 6 determinada pela natureza do processo de trabalho, devendo ‘constituir-se dos elementos do mesmo: objetos e meios de trabalho. Deve constituir-se de meios de producéo objetivos (instrumento de producéo, matérias-primas e auxiliares) e forga de trabalho com uma especialidade determinada, correspondente ao particular valor de uso dos meios de producdo, capaz de transformé-los em produtos. Esta forca de trabalho é a condicéo subjetiva da producao. A tansformacéo do dinheiro em capital exige, portanto, que os pos- suidores de dinheiro encontrem no mercado nao s6 os meios objetivos de produc&o como mercadorias, mas também uma mercadoria especial: a forga de trabalho, cujo valor de uso tema qualidade de ser fonte de valor, isto 6, cujo consumo é ao mesmo tempo materializacio de trabalho e, portanto, criagdo de valor. Tal fato supe que o capitalista encontre no mercado o trabalhador livre,” isto é livre de outros vinculos de dominacéo extraeconémicos, Proprietétio de sua pessoa, a fim de que possa enfrentar-se no mercado ‘com os possuidores do dinheiro, em unia relacdo entre possuidores juri- dicamente iguais de mercadorias, através das quais entram em zelacio (0 dinheiro, expresso dos meios de subsisténcia, e a forga'de trabalho): 0 proprietério da forga de trabalho a cede ao comprador para 0 seu uso durante certo perfodo de tempo. Esta €2 condigio para que se manterha como proprietério de sua mercadoria, podendo tomar a vendé‘la. A esta condicéo se alia outra, qual seja,o trabalhador (classe trabalhadora) sev8 obrigado a vender, para sobreviver, a tinica mercadoria que possui: sua 18Entendemas por coped ou fogs detrabaloo conjurto de condbes sas esprtuaisque se dio na corporeidade, na pesonaldade viva de um homem e que ete pe em abo 20 pk valores ‘deus de qualquer dass" Marc E Copal Crtica dela zone Poa op. cap 121 19."Para converter dinero em capt 0 possuidor do dino tem, pots, que encontrar 00 ‘mercado eptre as mercadorias,com otrabalhador ive; ive ers um duplo sentido, poss de um lado ters {que poder disper livemente de sus fora de trabalho como su prépie mercdoris; ede outo fade ia deve te ote mercado para vender deveréencontrerse portant, Fede todos os objeto parareai- 2arpor conta prépriasu fora de trabalho" K Mane £/Coptl Critica dela eenemia Police, op... wp.r2. ELAGOESSOCINS ESERVIGO SOCIALNO RASA, 4s forca de trabalho. Ou seja, vende parte de si mesmo, jé que de outro lado se Ihe enfrentam como propriedade alheia todos 03 meios de producto e condiges de trabalho necessirios a materializagao deseu trabalho, assim como os meios necessérios & sua subsisténcia. Para sobreviver, o homem precisa produzir ¢s seus meios de subsis- téncia e, para isso, tem que dispor dos meios necessérios a sua producai ‘Quando o trabalhador est4 desprovido dos meiosde produgio, esté, tam- ‘bém, desprovido dos meios de subsisténcia. A medida que estes se con- ‘trapdem ao trabalhador, como propriedadealheia monopolizados por uma parte da sociedade —a classe capitalista —ndo Ihe resta outra alternativa, sendo vender parte de si mesmo em troca do valor equivalente aos meios necessrios para sua subsisténcia e de sua familie” expressos através da forma do salério. A condigéo hist6rica para o surgimento do capital ¢ 0 pressuposto essencial para a transformagao do dinheiro em capital é a existéncia no mercado da forga de trabalho como mercadoria. Na esfera da circulago de mercadorias se estabelece uma relagio contratual —de compra e venda— entre possuidores juridicamente iguais de mercadorias equivalentes: a forga de trabalho e os meios de subsistén- cia sob a forma de dinheiro. Mas o que ocorre naesfera de producéo? O processo de produgio do capital considerado como um proceso que, por meio do trabalho titil, eria novos valores de wso, € um Process0 de Trabalho. Mas um processo de consumo da forga de trabalho pelo 20 Segundo Maro valor da forgade trabalho ééeterminas como de qualquer cura meradti, Jsiog pelotempode timbabnazocalmentenecesiio para ua produ Incurdo asa reprodugio. Como _afergade trabalho née este separadacolndiduo sua prodursocoresponded produgéoe 2 reprodugio do trabahadar Neste sno, valor daforg de trabalho equvale 20 rmpo de vabalhonecesirio pare a prods dos melee de subsctncia ndeponsSvcls pra atatsagso de necesidadesbéscas do taba- Thadore desua fala (aimentacieeducar,habtao et. cll areproduciodaproledotebaador, pois, para qua a forca de trabalo se rnove contnuamente no mercado como mercado, énecesil0 ‘que su vendedor se perpetue través do proctiagSo.O mirimo val pas atonder as necesidades bisicas ‘eo modo de satis vera deacorde com one de cultura deur pase com os hibites, condi ‘eriginlascaclasetabehadoa,O valor da forgace trabalho contém um dadohistrcormorasendoun fator io numa épce eps deterinados.K Mar EICoptl Crea de aFzonomlaPattica op. cap. ‘N.p. 1285 fosumolive. 21." No process de trabalho atvidade do homem consegue, alendo-sedonstrumentocorres- ‘pondente tanserma o objeto sole o qua versa o trabalho de acoreo com o im petseguid Este pro- “6 laMAMoTO-cARvALHO capitalista. Assim sendo, é um processo de trabalho com caracteristicas cespecificas, historicamente diferenciadas, jé que: .,_ 8)Asmercadorias compradas pelo capitalista para serem consumidas ‘no processo de producéo sdo sua propriedade; é 0 seu dinheiro transfor- mado em mercadorias. E um modo de existncia de seu capital sob a forma em que realmente pode funcionar como capital. Isto se aplicaria também ao trabalho? A forca de trabalho em aco — isto 6, o trabalho — 6 uma fungio pessoal do trabalhador, enquanto gasto de sua forga vital, realizacao de suas capacidades produtivas. Porém, enquanto criador de valores, pertence ao capitalista que comprou a forca de trabalho para empregé-le, produtivamente, durante um certo perfodo de tempo. A forca de trabalho é uma poténcia que s6 se exterioriza em contato com os meios de produgio; 86 sendo consumida, ela eria valor. O consumo da forca de trabalho pertence ao capitalista, do mesmo modo que lhe per- tencem os meios de producao. Assim € que o trabalhador trabalha sob o controle do capitalista a ‘quem pertence o seu trabalho. A producéo capitalista supdea cooperacio em larga escala e a concentracio e centralizacao dos meios de producéo. com que se defronta o trabalhador como uma propriedade alheia. Ao capitalista e/ou a seus prepostos cabe, portanto, a furigio de direcao e vigilancia do trabalhador coletivo, seja garantindo o erprego racional dos meios de producio para evitar desperdicios, seja garantindo a maior intensidade possfvel de exploragio da forca de trabalho. Como as condigées de trabalho e o préprio trabalho pertencem ao capitalista, este recebe também, gratuitamente, a forga prodiativa do tra- balho social derivada cla cooperagio, que se apresenta como forga produ- tiva do capital ess desembocs num prodita, Seu produto é um vler de uo, uma matérisoferecida pela natureza € ‘daptado s neessdades humanas mente ume mudanca de forma. O rab se compenetr@con- funde com objetos. ateaiza-seno objeto & medida qué este elaboraéo £0 que no trabalhador era ‘inamismo 6, agora plasmado no produto quietude.O vabulhador 6 otceder eo produto teidorK Marx Copital Crtic de la zonomia alte, opt cap\, p13. ta 6 caracersica de qualquer processo de trabalho consderado nos sous elamentos gers 22.‘Como pessoesindependentes 0s tebalhadores so Indvduos que entra na rlag4o comm © ‘mesmo capital, mas néo ene st Sua coaperarto comeca no process detrbalha sto 6, quando} dea RELAGOES SOCIAIE SERVI SOCAL NO BRAS, a Assim como o trabalho é propriedade do capitalista 0 é, também, 0 produto do trabalho b) Enquanto os meios de produgio entram noprocesso de produgio da mesma forma titil que revestiam na circulagic, o mesmo no ocorre com a parte varidvel do capital que é trocada pels forca de trabalho. O dinheiro, aqui, é uma forma modificada dos me‘os de subsisténcia do trabalhador, existente no mercado; esta parte do capital sé se transforma em capital varidvel quando é trocada pelo trabalho, que é a substéncia criadora de valor. Assim, a forma de valor de uso desta parte do capital nna circulago (meios de subsisténcia) é completamente diferente da forma de valor de uso com que ingressa na producio propriamente dita (como trabalho vivo em acio). Aanilise do processo de produgio capitalista como processo de traba- Iho esclarece o fundamento da mistificacao que considera o capital como coisa. Ela decorre da forma titil, de meios de producdo, que o valor capital tem, necessariamente, que assumir no processo de trabalho. Consideran- do-se, simplesmente, 0 substrato material do valor do capital, substrato este determinado pela natureza do processo de tra2alho, considerando-o, entretanto, isolado das relagies sociais e das relacies de propriedade que se estabelecem entre a classe capitalista e a classe trabalhadora na produ- fo, considerar o capital como coisa ¢ abstrair de cua historicidade. © processo de produgao capitalista nao é apenas um processo de trabalho, de produgio de valores de uso mediante 0 consumo de um. ‘am depertencera sl mezmos. Ao entra no process de trabalho ste absvidos pele capital. Como toba- ‘adores que ccoperam pee um resuitado, como membros do organism tabalhader, nso 0 mals qut ama madalidade de extend de capital para qual tabelham Por conseguinte, orga produtiva deen \olvda pelo trabalhadar como um tabathodor scl ole) &forga produ do epltal. Esta oa rodutve sca do trbatho se desenvole, gratuitamente, ti logo os raalhadores se veer setts 2 ‘eterminadas conde, aque o capital os submete E como for pdutiva soa do trabalho nfo ‘usta nada ao capitalist. que, ademals 0 rabahadornio a deservove antes que o seu tabaho pe- tenga ao capitalist, proce, primaia vista, como se esa fore ose fora produtvainerentepornotureza ‘a capitals frgaprodutv nat esto" Mare. fl CoptalCitea dela cenemia Pca, Op. 39. Xi p.268-9 fos do auto. 123." Oprocessedetabao um proceso entre obetos comprods pelo capitalist, entre obetos partencentesa ele. € 0 prodita deste procasso pert 0 capitalists, da mesms forma quethe pertence ‘produto dafermentagiadovnino de sua odega". Mari ECoptal Crea dela Economia Poltica, op, thapp.17. «® {RMAMCTO “CARVALHO trabalho de qualidade especifica (trabalho concreto). £, ao mesmo tempo, ‘um processo de valorizagio: de criagdo e conservacio de valor. Nesta 6itica de andlise, o que interessa é o valor de troca do capital, que se diferen- ‘cia do valor de troca das mercadorias, que ingressam, como tas, no pro- cesso de producio. O importante, para perceber essa diferenca, 6 verificar ‘0 que ocorre com a parte varidvel do capital, ou seja, aquela que 6 troca- da pela forca de trabalho. O valor de troca da mercadoria forga de traba~ Iho, seu custo diério de conservasio, é definido antes mesmo que esta mercadoria ingresse na circulagao. Ble se expressa no seu prego, ou seja, no salério, Jé 0 seu valor de uso— que ¢ 0 préprio trabalho — s6 se ex- pressa no seu consumo. A realizagio deste consumo supée a existéncia dos meios de produgio, nos quais a capacidade de trabalho se materiali- 2a, Porém, ao ser consumida, a forga de trabalho jé néo pertence mais a0 trabalhador e sim ao capitalista que a comprou, temporariamente, sendo uma forma de existéncia de seu capital. O que busca o capitalista é, pois, o valor de uso especifico desta mercadoria que Ihe permite ser fonte de valor e, portanto, criar um valor superior ao seu preco; mas, para que crie valor, a forca de trabatho deve ter um caréter titil, enquanto apta para produzir objetos de qualidades especificas. O que se verifica, pois, 6 que o valor da forga de trabalho na circulagio é diferente da magnitude de valor que cria na produco. Esta parte do valor adiantado na producéo, a0 ser transformada em trabalho vivo em acao, adquire tima magnitude varidvel; af, tem-sendo mais um valor, mas a valorizagito enquanto processo. trabalho vivo nao s6 conserva os valores dos meios de producéo (tra balho acumulado), mas reproduz o valor do capital varidvel ¢ gera um incremento de valor: a mais-valia. Trata-se da forga de trabalho em acéo que se apresenta em proceso de realizacio. O trabalho, como formador de valor, é aqui abstraido de seu valor de uso particular (trabalho concre- to) € considerado como trabalho socialmente necessério, indiferencidvel na sua qualidade, mas diferencifvel na sua quantidade; trabalho que agrega valor proporcionalmente a sua duragao. Trata-se do tempo de trabalho socialmente necessario™ que alcanca sua expresso auténoma 247A fimde que tempo de trabalho do tabahdor gre vale preporconalasun duredo, deve ser tempo de trabalho sociaimente necessrlo, sto 6, trabalhador deve executar, em um tempo dete Sdsoibasiacact ana “sn alba ELACOES SOC SERVIGO SOCIAL NO BRASIL * no dinheiro, no prego da mereadoria forga de trabalho, Por isso, interessa a0 capitalista aumentar a duracao e intensidade do trabalho, seja prolon- gando a sua jornada (mais-valia absoluta), seja fotenciando o trabalho acima do grau médio (mais-valia relativa), para cue obtenha um tempo de trabalho superior Aquele necessério a reposicao do saléio. Deve-se ter claro, entretanto, que esta segmantaco entre trabalho concreto e socialmente necessério, tendo fundamerito na realidade e em termos analiticos, ndo deve ser encarada como uma dualidade, de modo dicotmico. Trata-se de uma unidade de contrérics, em que um trabalho se expressa através do outro. O mesmo trabalho é, ao mesmo tempo, conereto e abstrato; o tempo de trabalho socialmente necessério s6 se expressa através de trabalhos titeis determinados. O fato deo trabalhador ser forgado a produzir um trabalho exceden- te determina mudangas na forma de valor de uso com que o capital se apresenta no processo produtivo. Em primeiro lugar, os meios de produ- ‘do devem estar disponiveisem uma quantidade suficiente para absorver o trabalho necessétio e 0 sobretrabalho. Em segundo lugar, a duracio ea intensidade do processo de trabalho se modificam. Finalmente, as relacbes entre o trabalhador e os meios de producéose alteram, substancialmente. Se, do ponto de vista do processo de trabalho, 6 0 trabalhtador quem em- rega os meios de produgo, como instrumento para a realizagao de seu trabalho, transformando-os em produto, no processo de valorizagao a relacio se inverte. Aqui, trabalho vivo é mero meio de valorizagio dos valores existentes expressos nos meios de produto. ‘nada, quantum socialmente normal de trabalho itil paras ocaptalst obriga ao rabslhador que :eutrabalho alcance,no minima, ograumédio deintensidade conforms nosma socal Procurréaumen= ‘to acima deste mfnimo e extra do trabalhador, em wm tempo dade, > maior wabalho pose, que tedaintenscagio do trabalho superior a grauéio Ie oferace masala Tatars ademas de proion- ‘aroma’ posivelo process de trabalho,masalém dosfmitesem que’ necesita pata repor ‘capital valve oslo” K Marx. ET Capita ro Capita edo), ct 16 25."0 capital ado consste em que o trabalho eeumilad seve de meio de trabtho vivo para nov redo, Conssteem queotiablho vivo srvae melo ao trabalho acumulada, patamantereaumentr ‘valor de toca deste ima’ K Marc“ rabahoasealarada e capt op, 7. “Aabsorio pelo tiablho cbjetvado, pasado, do trabalho vivo consttuo proceso de autovaloza- #0 sua trasformacio em capita K Mar E Copal br Capo V fn, op. ck, p28 Ey LUMAMOTO CARVALHO Estes valores 56 se conservam e se acrescentam mediante a absorgo do trabalho vivo, que se toma meio de valotizagio de todo o capital. ‘Trata-se do dominio do trabalho objetivado nos meios de producio, nas ‘coisas, sobre o trabalho vivo, ou seja, sobre o trabalhador™ Ai o capita- lista s6 funciona como personificacao do capital e o trabalhador como personificacao do trabalho.” No decorrer da presente reflexao, destacamos o processo de produ- Bo do capital como processo de trabalho ede valorizapto;néo se trata de dois processos indepencentes, mas de duas dimensdes do mesmo proceso. Nao se trabalha duas vezes para produzir um produto witil e para criar valor e mais-valia. O que cria 0 valor é 0 trabalho real que, tendo uma dada intensidade, materializa-se no produto em determinadas quantida- des; que transforme os meios de producéo em produtos de qualidades especificas. Ou seja, o processo imediato de produgao é unitiade do pro- cesso de trabalho e de valorizacéo, assim como a mercadoria é unidade de valor de uso e valor de troca, Porém, na formaco social capitalista, 0 processo de trabalho é meio do processo de valorizacao, j4 que o objetivo primordial da produgao no é a satisfagdo de necessidades sociais, mas a produgio de mais-valia, a valorizaco do préprio capital. No processo de produgao do capital, os meios de produgao, por meio de trabalho vivo, se transformam em produtos que séo miercadorias, mas ‘so mercadorias produto do capital que contém novas determiinagSes que as diferenciam da mercadoria individual, premissa da produgdo capitalista, visto que: 26. "No processo de trabalho eftivoo trabslhadorconsome os melas de trabalho como velculo de seu trabalho eo objeto de trabalho como matéra na qual se expressao seu trabalho. Preiamente por sto transforma os melos de produso na forma adequada a um fer, do produto. Do panto de vita do proceso de valoiza; so, as coisas, prem se apresantam diferentemente. Mio 0 trabathador quem er rege 0s mos de produ, sfo os meles de produgio que empregam o tabalhado .)€o trabalho material qu se conserva eve acrescenta melantesucio de trabalho vivo graas,oqualseconverteer ‘lor que se valoriza. em capt funciona como aK Man EICoptal Lv Coptuo Wei) opt, pw 27.7Asfungdes que exerce ocaplalista no séo out cols que as fungtes do capital mesmo, exerl= ‘das com consclncae vontadeO capaisa #6 funcona enquanto capital personificad, #0 capital en= ‘quanto pasica:do mesmo modo que. vabsthaer funciona unimente enquanto trabalho personifies ‘do,que ele petence enquantosuplo, porém que petence ao cepts corn substincia cadena @ ecrecentadoradeiqueza K Mar capital bro Caputo Vi nédto, opp 19. FELAGOES SOCIASESERVICO SOCIAL NO BEASL ” a) Contém trabalho pago ¢ no pago; parte do trabalho nela objetiva- do equivale ao salério, enquanto a outta 6 trabalho excedente, mais-valia. b) Cada mercadoria se apresenta como parce integrante da massa total de mercadorias, como parte aliquota do produto total do capital que pode ser considerado como uma tinica mercadoria, que contém o valor do capital adiantado e a mais-valia. ©) Para que se realize o valor do capital e da mais-valia, o volume de mercadorias vendido €, aqui, essencial.* Amedida que o valor capital se expressa sob forma de mercadorias, tem que cumprir as fungies destas: tém que ser vendidas, convertidas em dinheiro, para que o valor passe a circular, e reiniciar 0 éiclo produti- vo sob novas formas. Opera-se ai uma mudanga na forma do valor: este, que existia sob a forma de produtos, existe agora sob a forma de dinhei- ro, mas de capital—dinheiro que expressa o valordos meios de produgéo invertidos no produto e o sobrevalor criado no processo produtivo. Esta metamorfose do valor da forma mercadoria na forma dinheiro, que é, ao mesmo tempo, a realizagio do valor criado no proceso produtivo, ocorre na esfera da circulagi. No “modo de producao especificamente capitalista”, tem-se a gene- ralizagdo da mercadoria, que se torna a forma geal de toda a riqueza, e a alienagio do produto, a forma necesséria para a sua apropriagio. A propria substancia da produgao tomna-se mercadoria (endo s6 o exceden- te produzido) e as condigdes da produgio se mercantilizam, inclusive a forga de trabalho. 3.As RelagGes Sociais Mistificadas e 0 Ciclo do Capital ‘Oprocesso que acabamos de apresentar, de trensformagéo do dinhei- ro em capital, néo é algo mecAnico, de simples mudancas de formas do "78, Sobre a mercado produto do capital, ver K. Mare. E Copal bro Capitulo V7 Onélto, op.

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