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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA

DE FAMÍLIA DA COMARCA DE TIANGUÁ- CEARÁ

IRISLINDA PRADO LEÃO, menor impúbere, devidamente representada por sua


genitora MARIA DA GLÓRIA PRADO, Brasileira, Divorciada, auxiliar de serviços
gerais, portadora da cédula de identidade R.G nº 2008152526-3 SSP-CE e inscrita no
CPF nº 082.781.942-12, ambos residentes e domiciliados na Rua 13 de maio, Nº 105,
Bairro Grijalva Costa, Ubajara-CE, CEP 62350-000, vem por meio dos seus advogado
instruídos através de procuração anexa (doc. Nº1), respeitosamente perante vossa
Excelência, com base na Lei nº5.478, de 25 de julho de 1968, propor a presente:

AÇÃO DE ALIMENTOS
Em fase de FELIZARDO LEÃO DA SILVA, Divorciado, gerente, portador da cédula
de identidade R.G nº2007103336-5 SSP-CE e inscrito no CPF nº062.893.565-10,
residente e domiciliada na Rua Conjunto Cruzeiro, nº250, Bairro Cruzeiro, Tianguá-CE,
CEP 62322-140 pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.

1. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
A autora requer, a concessão dos benefícios da justiça gratuita, com fulcro no disposto
da Lei 1.060/50 e no art. 1º da Lei nº5.478/68, bem como no art.5º, LXXIV da
Constituição Federal/1988, e declara para todos os fins de direito e sob as penas da lei
ser pessoa pobre na acepção jurídica da palavra, hipossuficiente, não dispondo de meios
para arcar com o pagamento das custas processuais, sem prejuízo do sustento próprio e
de sua família, conforme declaração anexada (doc nº 2).

2. DOS FATOS
A requerente, menor impúbere, nascida em 01 de janeiro de 2015, atualmente com idade
de 6 anos, é filha legítima do requerido, conforme certidão de nascimento em anexo
(doc nº3).
O requerido não possui outros filhos.
Ocorre que o réu não vem cumprindo o dever de colaborar financeiramente com o
sustento de sua filha, desde março de 2020, ou seja, há um ano o réu não vem prestando
assistência, repassando dessa forma toda a responsabilidade para a mãe da menor, que
tem que arcar sozinha com todas as despesas da filha.
A criação e responsabilidade da autora não deve recair somente sobre sua genitora,
sabe-se o quão difícil é o sustento da criança, principalmente nesta idade, pois as
necessidades são inúmeras, tais como: assistência médica, educação, alimentação,
vestuário, moradia, dentre outras.
Ressalta-se que executado trabalha como gerente e possui renda fixa, possuindo assim
situação financeira privilegiada, tendo condições de contribuir no sustento da sua filha,
que necessita dos meios básicos para sua existência.

3. DO DIREITO

A) DA OBRIGAÇÃO ALIMENTAR:
De acordo com o art. 1.694 do CC, é dever dos parentes prestar alimentos, de modo a
arcar com as necessidades dos demais. O executado é pai legítimo da Exequente,
conforme a certidão de nascimento da menor. Ressalta-se que o § 1º do art 1.694 é
inconfundível destacar que os alimentos são fixados conforme a necessidade e a
possibilidade, sendo este analisado com base na proporcionalidade.
No caso em tese o executado não paga nenhum valor desde março de 2020, ou seja, há
um ano não contribui de forma alguma para o sustento de sua filha, o que vem a ser
grande prejuízo para a menor, ressalta-se que as despesas de um infante torna-se diárias,
constantes e variáveis.
A requerente encontra amparo legal no Art. 1.695 do CC: “São devidos os alimentos
quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho,
à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque no
necessário ao seu sustento." Onde comprova-se que o Requerido possui condições
financeiras de arcar com a despesas e sustento da requerida, sem que haja desfalque no
seu próprio sustento, uma vez que o réu possui trabalho e renda fixa.

B) DAS NECESSIDADES DA ALIMENTADA E POSSIBILIDADES DO


ALIMENTANTE:
A requerente necessita ter acesso a tudo o que é essencial para um crescimento digno e
saudável, possui direito a receber pensão alimentícia compatível.
A autora possui necessidades evidentes no que tange à saúde, alimentação, moradia,
transporte, educação, vestiário e ao lazer. Comprovadas a documentação em anexo,
sendo claramente expostas as necessidades dentro do quantum devidamente
comprovado.
Resta-se claramente configurado que o Requerido possui excelente situação financeira,
onde o mesmo possui carro novo e motocicleta de grande cilindrada em nome próprio,
bem como ostenta em suas redes sociais grandes farras, com festas, sons e whiskys
caros sobre a mesa. Conforme fotos em anexo. O réu não possui outros filhos,
demostrando assim ausência de obrigações familiares.
Enfatiza-se a Lei nº5.478/68 onde impõe outros requisitos, além da prova do vínculo de
parentesco, dessa forma:
“ O credor, pessoalmente ou por intermédio de advogado, dirigir-se à ao juiz
competente, qualificando-se, e exporá suas necessidades, provando, apenas o parentesco
ou a obrigação de alimentar do devedor, indicando seu nome e sobrenome, residência
ou local de trabalho, profissão e naturalidade, quanto ganha aproximadamente ou os
recursos de que dispõe.”
Em relação ao valor dos alimentos, a jurisprudência fixa o valor da pensão alimentícia
em 30% dos recebimentos do genitor. Sendo assim fixado 30% sobre os rendimentos
líquidos do réu, dessa forma compatível com o binômio necessidade e possibilidade.

C) DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS


A exequente necessita com urgência da fixação dos alimentos provisórios, visto que a
genitora sozinha não possui condições financeiras de suprir todas as necessidades da
menor.
Conforme a Lei nº5.478/1968, art. 4º, ao despachar o pedido o juiz fixará desde logo os
alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor.
Não será exigido pela lei a prova da urgência para o pleito dos alimentos provisórios.
Mas entende-se que a argumentação é uma forma de reforço para que o juízo fixe o
valor da pensão próximo do pleiteado e para que não seja restritivo.
Dessa forma, faz-se necessário a fixação dos alimentos provisórios no valor de 30% dos
rendimentos líquidos totais do réu, devendo ser pagos de imediato. Oficiando-se à
empresa Venda Mais LTDA inscrita no CNPJ nº 08.280.360./0002-18 , com sede
situada na Rua 12 de Agosto nº 1135, Bairro Centro, Tianguá-CE, Cep 62320-097 para
proceder o desconto na folha de pagamento do réu e depósito na conta bancária abaixo
identificada pela titularidade da genitora da exequente:
BANCO CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Agência:0705 Operação:013 Conta Poupança nº: 24145-9
4. DOS PEDIDOS
Diante o exposto, requer:
A) A Concessão do benefício de justiça gratuita, nos termos dos arts. 98 e 99, §3º
do CPC bem como da Lei art.1º, §2º e 3º da Lei de Alimentos, sendo a autora
desprovida de recursos financeiros para custeio das despesa processuais e
honorários advocatícios, não podendo arcar com as despesas sem privar-se do
sustento de sua família e sustento próprio.
B) Cite o réu, nos termos do art. 5º da Lei nº5.478/1968, para comparecer em
audiência a ser designada por Vossa Excelência, sob pena de confissão quanto a
matéria de fatos, para, querendo, contestar a presente ação;
C) A produção de provas em direito admitidas, além das informações pesquisadas
pelo juízo diante os órgãos oficiais para que seja demostrado a realidade
financeira do réu.
D) A Intimação do Ministério Público para intervir, nos termos do art.178 do CPC.
E) Em relação aos últimos 12(doze) meses da prestação alimentícia não quitada,
para que em 3(três) dias, pague a quantia de R$ 2.400,00 (dois mil e
quatrocentos reais), já devidamente atualizados, ou provar que efetuou o
pagamento, ou justificar a impossibilidade de pagamento, sob pena de
decretação da sua prisão civil.
F) A fixação de alimentos provisório em 30% dos rendimentos totais líquidos do
Requerido. Mediante desconto em folha de pagamento, com fulcro no art. 4º da
Lei 5.478/1968 e 529 do CPC, depositando a quantia na conta bancária da
genitora da exequente.

5. DAS PROVAS
Protesta a provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidas, além
dos documentos que ora junta, depoimento pessoal do requerido, sob pena de
confesso e também da oitiva de testemunhas arroladas oportunamente, bem como as
que se fizerem necessárias.

DO VALOR DA CAUSA

Dá-se a presente causa o valor de R$2.400,00 (dois e quatrocentos reais), para todos
os efeitos legais.

Nestes Termos

Pede Requerimento

Tianguá-Ceará de 17 de março de 2021.

ADVOGADO

ADAKALINE AGUERO DE ASSIS FERREIRA


OAB nº 25.357- CE
ANA LETICIA DA SOLEDADE
OAB nº 1353-92-CE
MARINA VIEIRA FONTENELE
OAB nº 1352-91-CE
RAFAELLY ESTEFANI DA SILVA MOTA
OAB nº 2236-12-CE

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