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‘Walia PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE CZ Sistema Municipal de Ensino EpucAcAO ae Conselho Municipal de Educagao PROCESSO N° 0083/2011 DELIBERAGAO N° 02/2011 APROVADA EM 17/05/2011 CAMARA DE EDUCAGAO BASICA. INTERESSADO: SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE PINHAIS ASSUNTO: Normas e principios para o Ensino Fundamental - Anos Iniciais no Sistema Municipal de Ensino de Pinhais - Criagdo, autorizagéo para funcionamento, renovagdo, verificagao e cessagao de atividades escolares. RELATORES: Marcia da Luz Corréa Galindo, Andréa Cruz do Prado, Solange do Rocio Penna e lrenilde Soloviev. © CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCACAO DE PINHAIS, usando das atribuigdes que Ihe sao conferidas por Lei, e tendo em vista 0 que consta no Parecer n.° 04/2011 da Camara de Educagao Basica, a que este se incorpora, e ouvida a Camara de Legislacao e Normas: DELIBERA: CAPITULO! DOS FUNDAMENTOS E PRINCIPIOS Art. 1° O Ensino Fundamental se traduz como um direito publico subjetivo de cada um e como dever do Estado e da familia sua oferta a todos. § 1° E dever do Estado garantir a oferta do Ensino Fundamental pubblico, gratuito e de qualidade, sem requisito de selegao. ena PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO A a, ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE Sistema Municipal de Ensino EDUCACAO ae Conselho Municipal de Educagao — Art. 2° A educagao enquanto direito inaliendvel, ao proporcionar o desenvolvimento do potencial humano, permite 0 exercicio dos direitos civis, politicos, sociais e do direito diferenga, sendo ela mesma também um direito social, e possibilita a formacao cidada e o usufruto dos bens sociais e culturais. § 1° 0 Ensino Fundamental deve comprometer-se com uma educagao com qualidade social, igualmente entendida como direito humano. § 2° A educagao de qualidade, como um direito fundamental, é, antes de tudo, relevante, pertinente e equitativa. | — A relevancia reporta-se a promogdo de aprendizagens significativas do ponto de vista das exigéncias sociais e de desenvolvimento pessoal. Il-A pertinéncia refere-se a possibilidade de atender as necessidades e as caracteristicas dos educandos de diversos contextos sociais e culturais e com diferentes capacidades e interesses. II — A equidade alude a importancia de tratar de forma diferenciada o que se apresenta como desigual no ponto de partida, com vistas a obter desenvolvimento e aprendizagens equiparaveis, assegurando a todos a igualdade de direito a educagao. Art. 3° As politicas educativas e agdes pedagdgicas para o Ensino Fundamental, no Sistema Municipal de Ensino sao norteadas pelos principios: | — Eticos: de justiga, solidariedade, liberdade e autonomia; de respeito a dignidade da pessoa humana e de compromisso com a promogo do bem de todos, contribuindo para combater e eliminar quaisquer manifestagdes de preconceito de origem, raga, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminagao. | - Politicos: de reconhecimento dos direitos e deveres de cidadania, de respeito ao bem comum e a preservacao do regime democritico e dos recursos ambientais; da busca da equidade no acesso a educagao, satide, ao trabalho, aos bens culturais e outros beneficios; da exigéncia de diversidade de tratamento para assegurar a igualdade de direitos entre os educandos que apresentam diferentes necessidades; da redugao da pobreza e das desigualdades sociais e regionais. PREFEITURA MUNICIPAL DE PI. CONSELHO ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE te Sistema Municipal de Ensino Epucacho /—. HE Conselho Municipal de Educacho ee Ill - Estéticos: do cultivo da sensibilidade juntamente com o da racionalidade; do enriquecimento das formas de expressao e do exercicio da criatividade; da valorizagao das diferentes manifestagdes culturais, especialmente ada cultura brasileira; da construgao de identidades plurais e solidarias. Art. 4° De acordo com esses principios, e em conformidade com o art. 22 e 32 da Lei n° 9.394/96 (LDB), as propostas curriculares do Ensino Fundamental visaréo desenvolver 0 educando, assegurando-the a formagao comum indispensavel para 0 exercicio da cidadania e fornecendo-lhe os meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores, mediante os objetivos previstos para esta etapa da escolarizagao, a saber: | - 0 desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios basicos 0 pleno dominio da leitura, da escrita e do calculo; ll - a compreensao do ambiente natural e social, do sistema politico, das artes, da tecnologia e dos valores em que se fundamenta a sociedade; lll — a aquisigdo de conhecimentos e habilidades, e a formagao de atitudes e valores como instrumentos para uma visdo critica do mundo; IV = 0 fortalecimento dos vinculos de familia, dos lagos de solidariedade humana e de tolerancia reciproca em que se assenta a vida social. CAPITULO II DA MATRICULA E CARGA HORARIA Art. 5° O Ensino Fundamental sera ofertado em periodo diurno, em jornada parcial ou integral, para educandos na faixa etaria dos 6 (seis) anos completos ou a completar até 0 dia 31 de marco do ano em que ocorrer a matricula e aos 14 (quatorze) anos e onze meses de idade. Em periodo noturno e diumo, na modalidade de Educagao de Jovens e Adultos, a partir dos 15 anos completos, para aqueles que, na idade propria ndo tiveram condig6es de frequenté-lo. § 1° € obrigatoria a matricula no Ensino Fundamental de criangas com 6 (seis) anos completos ou a completar até 0 dia 31 de marco do ano em que ocorrer a matricula, nos termos da Lei e das normas vigentes. PRI IRA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO 5 _ ESTADO DO PARAN, MUNICIPAL DE zB ‘Sistema Municipal de Ensino Epucacho /——. ae Consetho Municipal de Educagao a § 2° As criangas que completarem 6 (seis) anos apés essa data deverao ser matriculadas na Educagao Infantil (Pré-Escola).. § 3° Os educandos com necessidades educacionais especiais serao matriculados em todos os niveis e modalidades de ensino, respeitado o seu direito a atendimento adequado, por meio de servigos e apoios especializados. § 4° A carga horaria minima anual do Ensino Fundamental sera de 800 (citocentas) horas relégio, distribuidas em, pelo menos, 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar. § 5° Para a populacdo a partir de 15 (quinze) anos completos far-se-4 0 atendimento em turmas de Educagao de Jovens e Adultos Fase I, com carga hordria minima de 1.200 (um mil e duzentas) horas, considerando para tal as suas caracteristicas, interesses, condigSes de vida e de trabalho mediante cursos, conforme estabelece o art. 37, § 1°, da Lei n? 9.394/96. Art. 6° No Sistema Municipal de Ensino de Pinhais a jornada escolar do Ensino Fundamental sera progressivamente ampliada para atendimento em periodo integral, organizado em 9 (nove) horas dirias perfazendo uma carga horaria anual de 1.800 (mil e oitocentas) horas. Paragrafo Unico. Enquanto a Escola em Tempo Integral nao for universalizada, nos polos que ofertam educagéo em tempo integral a matricula sera priorizada para educandos em situagao de vulnerabilidade social, conforme instrugéo emitida pela Secretaria Municipal de Educagao - SEMED. CAPITULO II DO CURRICULO Art. 7° O curriculo do Ensino Fundamental é entendido como constituido pelas experiéncias escolares que se desdobram em tomo do conhecimento, permeadas pelas relagdes sociais, buscando articular vivéncias e saberes dos educandos com os conhecimentos historicamente acumulados e contribuindo para construir as identidades destes. way PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO A Ce ESTADO DO PARAN. MUNICIPAL DE Sistema Municipal de Ensino EDUCACAO ae Consetho Municipal de Educagao aad § 1° 0 foco nas experiéncias escolares significa que as orientagées e as propostas curriculares que provém das diversas instancias s6 teréo concretude por meio das acées educativas que envolvem os educandos. § 2° As experiéncias escolares abrangem todos os aspectos do ambiente escolar: aqueles que compdem a parte explicita do curriculo, bem como os que também contribuem, de forma implicita, para a aquisigéo de conhecimentos socialmente relevantes. Valores, atitudes, sensibilidade e orientagdes de conduta so veiculadas nao sé pelos conhecimentos, mas por meio de rotinas, rituais, normas de convivio social, festividades, pela distribuigéo do tempo e organizagao do espaco educative, pelos materiais utilizados na aprendizagem e pelo recreio, enfim, pelas vivéncias proporcionadas pela Unidade de Ensino. § 3° Os conhecimentos escolares so aqueles que as diferentes instancias produzem orientagdes sobre o curriculo, as escolas e os professores selecionam € transformam a fim de que possam ser ensinados e aprendidos, ao mesmo tempo em que servem de elementos para a formagao ética, estética e politica do educando. SEGAO! Base Nacional Comum e Parte Diversificada Art. 8° O curriculo do Ensino Fundamental tem uma base nacional comum, que podera ser complementada pelo Sistema de Ensino e em cada Unidade de Ensino por uma parte diversificada Art. 9° A base nacional comum e a parte diversificada do curriculo do Ensino Fundamental constituem um todo integrado e nao podem ser consideradas como dois blocos distintos. Art. 10 Voltados a divulgacao de valores fundamentais ao interesse social e preservapao da ordem democratica, os conhecimentos que fazem parte da base nacional comum a que todos devem ter acesso, independentemente da regio e do lugar em que vivem, asseguram a caracteristica unitéria das orientagdes curriculares nacionais, das propostas curriculares dos Estados, do Distrito EDUCACAO Paha Pt ITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO l MUNICIPAL DE EE mn ae Conselho Municipal de Educacao Federal, dos Municipios, e dos Projetos Politicos Pedagégicos das Unidades de Ensino Art. 11 O curriculo da base nacional comum do Ensino Fundamental deve abranger, obrigatoriamente, conforme o art. 26 da Lei n° 9.394/96, o estudo da Lingua Portuguesa e da Matematica, o conhecimento do mundo fisico e natural e da realidade social e politica, especialmente a do Brasil, bem como o ensino da Arte, a Educagao Fisica e o Ensino Religioso. Art. 12 Os componentes curriculares obrigatorios do Ensino Fundamental = Anos Iniciais, no Sistema Municipal de Ensino de Pinhais, seréo assim organizados: a) Lingua Portuguesa; b) Matematica; c) Educagao Fisica; d) Arte; e) Ciéncias Naturais; ) Historia; 9) Geografia; h) Ensino Religioso. § 1° O ensino de Histéria do Brasil levara em conta as contribuigses das diferentes culturas e etnias para a formagao do povo brasileiro, especialmente das matrizes indigena, africana e europeia (art. 26, § 4°, da Lei n® 9.394/96). § 2° A histéria e as culturas indigena e afro-brasileira, presentes, obrigatoriamente, nos contetidos desenvolvidos no ambito de todo o curriculo escolar e, em especial, no ensino de Arte, Literatura e Historia do Brasil, assim como a Historia da Africa, deverao assegurar o conhecimento e 0 reconhecimento desses povos para a constituigao da nagao (conforme art. 26 - da Lei n° 9.394/96, alterado pela Lei n° 11.645/2008). Sua inclusdo possibilita ampliar 0 leque de referéncias culturais de toda a populagao escolar e contribui para a mudanga das suas concepgdes de mundo, transformando os conhecimentos comuns veiculados pelo curriculo e contribuindo para a construgao de identidades mais plurais © solidarias. PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO DO DO PARANA MUNICIPAL DE i Sistema Municipal de Ensino Epucacho /—. ae Consetho Municipal de Educacdo nae § 3° A Misica constitui conteido obrigatério, mas nao exclusive, do componente curricular Arte, 0 qual compreende também as artes visuais, 0 teatro ea danga, conforme o § 6° do art. 26 da Lei n° 9.394/96. § 4° A Educagao Fisica, componente obrigatério do curriculo do Ensino Fundamental, integra 0 Projeto Politico Pedagégico da escola e seré facultative ao aluno apenas nas circunstancias previstas no § 3° do art 26 da Lei n° 9,394/96. § 5° O Ensino Religioso, de matricula facultativa ao aluno, é parte integrante da formagao basica do cidadao e constitui componente curricular dos hordrios normais das escolas publicas de Ensino Fundamental, assegurado o respeito a diversidade cultural e religiosa do Brasil e vedadas quaisquer formas de proselitismo, conforme o art. 33 da Lei n® 9.394/96. Art. 13 Os componentes curriculares e as areas de conhecimento devem articular em seus contetidos, a partir das possibilidades abertas pelos seus referenciais, a abordagem de temas abrangentes e contempordneos que afetam a vida humana em escala global, regional e local, bem como na esfera individual Temas como satide, sexualidade e género, vida familiar e social, assim como os direitos das criangas e adolescentes, de acordo com o Estatuto da Crianga e do Adolescente (Lei n° 8.069/90), preservagao do meio ambiente, nos termos da politica nacional de educacéo ambiental (Lei n° 9.795/99), educagao para o consumo, educagao fiscal, trabalho, ciéncia e tecnologia, e diversidade cultural devem permear o desenvolvimento dos contetidos da base nacional comum e da parte diversificada do curriculo. § 1° Outras leis especificas que complementam a Lei n° 9.394/96 determinam que sejam ainda incluidos temas relativos 4 condigo e aos direitos dos idosos (Lei n° 10.741/2003) e a educagao para o transito (Lei n° 9.503/97) § 2° Aos érgaos executivos dos Sistemas de Ensino compete a produgao e a disseminagao de materiais subsidiarios ao trabalho docente, que contribuam para a eliminagao de discriminagées, racismo, sexismo, homofobia e outros preconceitos e que conduzam a adogo de comportamentos responsaveis e solidarios em relagao aos outros e ao meio ambiente. PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO ESTADO DO PARAN. MUNICIPAL DE i Sistema Municipal de Ensino Epucacho /“———. Consetho Municipal de Educagéo —s Art. 14 O curriculo da escola de tempo integral, concebido como um projeto educativo integrado implica a ampliacdo da jorada escolar didria mediante o desenvolvimento de atividades como 0 acompanhamento pedagégico, o reforgo & © aprofyndamento da aprendizagem, a experimentagao e a pesquisa cientifica, a cultura e as artes, 0 esporte e o lazer, as tecnologias da comunicagao e informagao, a afirmagao da cultura dos direitos humanos, a preservagéo do meio ambiente, a promogao da saude, entre outras, articuladas aos componentes curticulares e as areas de conhecimento, a vivéncias e praticas sociocutturais. § 1° As atividades serao desenvolvidas dentro do espago escolar conforme a disponibilidade da escola, ou fora dele, em espagos distintos da cidade ou do territério em que esta situada a Unidade de Ensino, mediante a utilizagao de equipamentos sociais e culturais existentes e 0 estabelecimento de parcerias com 6rgaos ou entidades locais, sempre de acordo com o respectivo Projeto Politico Pedagégico. § 2° A parte diversificada do curriculo deve ser desenvolvida sob a forma de oficinas multidisciplinares, com a finalidade de aprimorar, ampliar, fortalecer ou enriquecer os saberes, integrados aos componentes curriculares que agregam a Proposta Pedagégica Curricular Municipal. SEGAO II Projeto Politico Pedagégico Art. 15 © curriculo do Ensino Fundamental exige a estruturagao de um projeto educative coerente, articulado e integrado, de acordo com os modos de ser e de se desenvolver das criangas e adolescentes nos diferentes contextos sociais. Art. 16 As Unidades de Ensino deverao formular 0 Projeto Politico Pedagégico de acordo com a proposta curricular do Ensino Fundamental por meio de processos participativos relacionados a gestéo democratic § 1° O Projeto Politico Pedagégico da Unidade de Ensino traduz a proposta educativa construida pela comunidade escolar no exercicio de sua autonomia, 8 PREFEITURA MUNICIPAL, DE PINHAIS CONSELHO ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE [Z Sistema Municipal de Ensino Epucacho /—— eS Consetho Municipal de Educagao Laaaiee com base nas caracteristicas dos educandos, nos profissionais e recursos disponiveis, tendo como referéncia as orientagées curriculares nacionais e do Conselho Municipal de Educagao. § 2° Ser assegurada ampla participagdo dos profissionais da Unidade de Ensino, da familia, dos educandos e da comunidade local na definigdo das orientagées imprimidas aos processos educativos e nas formas de implementa- las, tendo como apoio um processo continuo de avaliagao das agées, a fim de garantir a distribuigdo social do conhecimento e contribuir para a construgéo de uma sociedade democratica e igualitéria. § 3° O regimento escolar deve assegurar as condigées institucionais adequadas para a execugdo do Projeto Politico Pedagégico e a oferta de uma educagao inclusiva e com qualidade social, igualmente garantida a ampla participagao da comunidade escolar na sua elaboragao. Art. 17 No Projeto Politico Pedagégico do Ensino Fundamental o educando deve ser o centro do planejamento curricular, sendo considerado como sujeito que atribui sentidos a natureza e a sociedade nas praticas sociais que vivencia, produzindo cultura e construindo sua identidade pessoal e social. Art, 18 O trabalho educativo no Ensino Fundamental deve empenhar-se na promogao de uma cultura escolar acolhedora e respeitosa, que reconhega e valorize as experiéncias dos educandos, atendendo as suas diferencas e necessidades especificas, de modo a contribuir para efetivar a inclusao escolar € o direito de todos a educagao. Art. 19 O Projeto Politico Pedagégico da unidade amparado na legislagao vigente, deverd contemplar a melhoria das condigées de acesso e de permanéncia dos educandos com deficiéncia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades nas classes comuns do ensino, intensificando o processo de incluso buscando a universalizagéo do atendimento. Paragrafo unico. Os recursos de acessibilidade séo aqueles que asseguram condig6es de acesso ao curriculo dos educandos com deficiéncia mobilidade reduzida, por meio da utilizago de materiais didéticos, dos espagos, 9 CONSELHO woe mobiliarios € equipamentos, dos sistemas de comunicagao e informagao, dos transportes e outros servigos. Art. 20 O atendimento educacional especializado aos educandos da Educagao Especial sera promovido e expandido com o apoio dos érgaos competentes. Ele no substitui a escolarizagao, mas contribui para ampliar o acesso ao curriculo, ao proporcionar independéncia aos educandos para a realizagao de tarefas e favorecer a sua autonomia (conforme Decreto n° 6.571/2008, Parecer CNE/CEB n° 13/2009 e Resolugao CNE/CEB n° 4/2009). Art. 21 A proposta educacional da Escola em Tempo Integral promovera a ampliagao de tempos, espacos e oportunidades educativas e o compartilhamento da tarefa de educar e cuidar entre os profissionais da Unidade de Ensino e de outras reas, as familias e outros atores sociais, sob a coordenagao da gestao da Unidade de Ensino e de seus professores, visando alcangar a melhoria da qualidade da aprendizagem e da convivéncia social e diminuir as diferengas de acesso ao conhecimento e aos bens culturais, em especial entre as populagdes socialmente mais vulneraveis. Art. 22 Para elaboragéio do Projet Politico Pedagégico as Unidades de Ensino valer-se-do das orientagées contidas na Deliberagao CEB/CME n° 03/2010 de 16/11/2010. CAPITULO IV . DO PROCESSO DE VERIFICACAO SECAO! Das Finalidades Art. 23 A verificagao & 0 processo de constatagao, no local e em carater formal, da existéncia das condigdes indispensaveis a autorizagdo para funcionamento e renovagao da autorizacao de funcionamento de que atendem ao Ensino Fundamental — Anos iniciais, no Sistema Municipal de Ensino. 10 PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE (ie ‘Sistema Municipal de Ensino Epucacio /———. ae Consetho Municipal de Educacéo ner Paragrafo Unico. A verificagao se destina, também, a instruir 0 processo de cessagao das atividades escolares, constituindo seu relatério pega integrante e indispensavel do respectivo processo. Art. 24 A verificagao pode ser: | — previa; I -adicional; Il — complementar; IV - especial Art. 25 A verificacao prévia é a que se destina a constatar 0 atendimento das condigées basicas para o funcionamento da Unidade de Ensino, com vistas & autorizagao inicial para funcionamento. Paragrafo unico. A verificagéo prévia se fara somente apds o encaminhamento de Requerimento a Secretaria Municipal de Educagao - SEMED, nos termos desta Deliberagao Art, 26 A verificagao adicional ¢ a que se destina a constatar a existéncia das condiges basicas para a implantagdo de nova modalidade de estudo, ano, periodo, etapa do Ensino Fundamental - Anos Iniciais, em estabelecimento autorizado. Art. 27 A verificagao complementar é a que se destina a constatar a existéncia das condigdes de pleno funcionamento das atividades educativas, sob todos os aspectos, com vistas a renovagdo da autorizagao de funcionamento. Art. 28 A verificagao especial é a que se destina a apurar dentincia de situagao irregular em Unidade de Ensino ou a instruir proceso de cessagao de atividades ou a apurar situagdes referentes a processo em tramitagao no CME. Art, 29 Em qualquer de suas formas, a verificagao se realiza por comissao designada por ato do érgao proprio do Sistema de Ensino. § 1° A comissao de verificagao serd composta por, no minimo, trés (3) professores ou especialistas. § 2° Nao podera integrar a comissao de verificagao a) membro diretivo da entidade mantenedora; ul PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE te Sistema Municipal de 1 eEpucacha /——_ ae Conselho Municipal de Educagao For b) membro do corpo docente, técnico ou administrative da Unidade de Ensino Art. 30 A comisséo de verificagaéo cabe constatar, no plano da documentacao e dos requisitos e especificagdes materiais, 0 contido nos Artigos 34 e 36 da presente Deliberagao. | = no plano da documentagao, verificar a forga probante de cada documento. Il = no plano dos requisitos e especificagdes materiais, verificar sua existéncia objetiva e sua adequabilidade ao nivel de ensino pretendido; Pardgrafo unico — A analise do item II s6 se fara apés cumprido e satisfeito © disposto no item I. Art. 31 A comisséo de verificagéo prévia deve redigir relatorio comprobatério da veracidade das declaragées contidas no processo e sobre a existéncia das condigdes basicas para inicio das atividades escolares pretendidas, ou sobre o fim a que se destinou a comissao. Art, 32 A comissdo de verificagéo complementar deve redigir relatério atestando a existéncia dos recursos institucionais, fisicos, humanos e pedagégicos que assegurem as atividades propostas, a regularidade da gestao administrativa e o cumprimento do projeto pedagégico em processo. Art. 33 A comissao de verificago para instruir processo de cessagao de atividades escolares deve reportar suas causas e caracteristicas, analisar a situagéo da documentagao escolar e encaminhar, se for o caso, as situages pendentes para regularizagao. SEGAO II Da Matéria de Verificagao Art.34 No plano da documentagao, constitui objeto de verificagao: | quanto a Unidade de Ensino: a) cépia do ato de criacdo; istema Municipal de Ensino EDUCACA Consetho Municipal de Educagdo mane PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO 5 "_ESTADODOPARANK =———MUNICIPAL DE A ae _ b) prova do ato de autorizagao para funcionamento, quando se tratar de verificagao adicional ou complementar; c) descrigdo do tipo de escrituragao e arquivamento que assegurem autenticidade, regularidade e validade a vida escolar de cada aluno; d) descrigdo da oferta do curso pretendido e 0 modo de implantagao, esclarecendo se é gradativo ou simultaneo. Il — quanto a legitimidade de constituig&o e representagao: a) nomeagao do diretor (ata constitutiva da diregao ou instrumento publico de nomeagao); Ill — quanto ao imével: a) certidao de propriedade emitida pelo cartorio de registro de iméveis da comarca: b) prova de direito de uso do edificio, no caso do imével nao ser préprio; ¢) planta de localizagao em escala que permita visualizagao (planta baixa) da area construida e do terreno onde se situa o imovel; d) laudo atualizado expedido pelo Corpo de Bombeiros; ¢) licenga da Vigilancia Sanitaria; f) alvaré expedido pela Prefeitura Municipal; g) em caso de diferentes mantenedoras num mesmo prédio, anexar documento firmado entre as mantenedoras provando: 1) 0 direito do uso do prédio; 2) delimitagao com exatidao da area de atuacao de cada mantenedora: o que esta sendo objeto da cess4o e quais as condigdes de gozo do direito de uso, tanto em termos de duragao, quanto de limitagées impostas. IV — quanto ao pessoal docente e técnico: a) fotocépia do diploma em nivel médio modalidade normal ou fotocdpia do diploma de licenciatura plena com habilitagao para o magistério dos anos iniciais do Ensino Fundamental; b) fotocépia do diploma de licenciatura plena em Pedagogia ou Normal Superior com habilitagao para o magistério dos anos iniciais do Ensino Fundamental; 13 PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO ‘ADO DO PARANA MUNICIPAL DE ie Sistema Municipal de Ensino Epucacio /7—. ae Consetho Municipal de Educagao reasons ©) fotocépia do diploma de licenciado em Educagao Fisica, com habilitagao para os anos iniciais do Ensino Fundamental, para professor(a) de Educagao Fisica; d) fotocépia comprovando a habilitagao, dos profissionais que ministram as diferentes formas de artes. Art.35 No plano dos requisitos e especificagdes de recursos materiais e ambientais constituem objeto de verificagao: | instalagdes adequadas para: a) sala de aula com, no minimo, 1,00 m? por aluno; b) complexo higiénico-sanitario, com, no minimo, dois (2) banheiros, contendo um total de dois (2) bebedouros, quatro (4) pias, cinco (5) vasos sanitarios e dois (2) mictérios para cada grupo de 120 educandos; c) salas ambiente adequadas de acordo com o Projeto Politico Pedagégico. Il — instalages especificas com salas para: a) administracao; b) servigos técnico-pedagégicos; c) corpo docente; Ill ~ area livre para a pratica de Educagao Fisica e recreacao; IV — mobiliério e equipamentos que atendam as finalidades do Projeto Politico Pedagogico; V - acervo bibliografico atualizado e adequado para atendimento das finalidades pedagégico educativas do curso pretendido; VI — acesso e disponibilidade dos meios de comunicagao: telefone, internet, equipamentos para informatica. Paragrafo unico. O imével devera apresentar condigées adequadas de localizagao, acesso, seguranga, salubridade, saneamento, higiene e acessibilidade em total conformidade com a legislagao que rege a matéria. Art. 36 A SEMED, pelos seus érgaos proprios, estabelecera formularios com os requisitos e especificagdes exigiveis em cada uma das situagdes previstas de acordo com o estabelecido nesta Deliberagao. Sistema Municipal de Ensino EpucAcio aE Conselho Municipal de Educagéo alii PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE be. CAPITULO V DO FUNCIONAMENTO ~ DISPOSIGOES GERAIS Art. 37 A criagdo, a autorizago para funcionamento dos anos iniciais do Ensino Fundamental, a renovagao, a verificagao, a cessagao de atividades escolares das Unidades de Ensino Fundamental pertencentes ao Sistema Municipal de Ensino de Pinhais ficam sujeitos as normas desta Deliberagao Art. 38 A instituigao das Unidades de Ensino Fundamental que ofertam os anos iniciais e Educagao de Jovens e Adults faz-se mediante os seguintes sucessivos atos: 1- ato de criagao; Il ato de autorizagao para funcionamento; III - ato de renovagdo da autorizagao de funcionamento. Art. 39 Os atos de que trata o artigo anterior e a cessagao das atividades escolares devem ser necessariamente, precedidos pela verificagao das condi¢ses de funcionamento das respectivas Unidades de Ensino. Paragrafo unico. A verificagao € atribuigao da SEMED em conformidade com as normas estabelecidas pelo Conselho Municipal de Educagao — CME. Art. 40 Os atos de criagao, autorizacao para funcionamento, renovagao da autorizagio de funcionamento e cessagao das atividades escolares correspondem, cada um, a processos independentes. Paragrafo unico. A orientagdo a administrago municipal para a montagem dos processos proprios previstos nesta Deliberacao é atribuigo da SEMED. ‘Art. 41 A autorizagao para funcionamento do Ensino Fundamental - Anos Iniciais e de Educagao de Jovens e Adultos é ato de competéncia do (a) Secretario (a) Municipal de Educagao, mediante parecer prévio do CME. Paragrafo Unico. As Unidades de Ensino sao obrigadas a afixar, em local visivel ¢ acessivel ao publico, cépia dos atos oficiais que atestem a autorizagao para o funcionamento. 15 Sistema Municipal de Ensino EDUCACAO Consetho Municipal de Educacao rehire PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO S "_ESTADODOPARANA MUNICIPAL DE zB ~ s - Art. 42 Considera-se em situagao irregular a Unidade de Ensino ou curso no autorizado, ou cujo prazo de autorizagao esteja vencido. § 1° Tanto os atos realizados quanto os documentos expedidos por Unidades de Ensino em situagao irregular nao tém validade escolar, nao dao direito a prosseguimento dos estudos, nao conferem grau de escolarizacao, nao sero aceitos ou registrados nos érgéos competentes. § 2° Os prejuizos causados aos educandos em virtude de irregularidade so da exclusiva responsabilidade da entidade mantenedora e da administracao da unidade que, por eles, responderao nos foros competentes. § 3° Os representantes legais e os responsaveis pela administragdo escolar que forem responsabilizados pelo funcionamento da Unidade de Ensino ou curso em situagao irregular serdo, apés 0 devido proceso, declarados inidéneos para o exercicio de atividades de administragdo ou de diregéo, no caso de pessoas fisicas, e para qualquer pleito junto ao Sistema Municipal de Ensino. CAPITULO VI DA CRIAGAO DE UNIDADE DE ENSINO Art, 43 A criagdo de uma Unidade de Ensino publica dos anos iniciais do Ensino Fundamental, 6 0 ato expresso e especifico pelo qual 0 Poder Publico Municipal expressa a disposigao de manter a unidade educacional, na conformidade da legislacéo em vigor e integrando-a e sujeitando-a ao Sistema Municipal de Ensino. Art, 44 O ato de criagéo de uma nova Unidade de Ensino municipal se efetiva por Lei, Decreto ou Ato equivalente, do Prefeito do Municipio de Pinhais. Paragrafo unico, O ato de criagao nao autoriza o funcionamento do ensino, que depende de processo especifico, aprovado pelo CME, seguido pela expedigao de ato autorizatério do (a) Secretério (a) Municipal de Educagao. 16 PREFEITURA MUNICIP. PINHAIS. CONSELHO ~~ ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE t Sistema Municipal de Ensino epucacho /——_ ws Conselho Municipal de Educagéo — CAPITULO IV DA AUTORIZAGAO PARA FUNCIONAMENTO ‘Art. 45 A autorizacao para funcionamento ¢ ato mediante o qual o Poder PUblico Municipal, por meio da Secretaria Municipal de Educago, no exercicio de sua obrigagao de zelar pelo padrao de qualidade da educagao publica, apos processo especifico com Parecer favoravel do Conselho Municipal de Educacao, permite © funcionamento de atividades escolares em Unidades de Ensino integrando-as ao Sistema Municipal de Ensino. Art. 46 O ato de autorizagao para funcionamento é indispensavel para a instalagao de: 1 = nova Unidade de Ensino municipal dos anos iniciais do Ensino Fundamental e suas modalidades; Il — novo nivel ou modalidade de ensino em unidade municipal j4 em funcionamento, em especial, a oferta da Educagao de Jovens e Adultos e servigos da Educagao Especial; Il — oferta de Ensino Fundamental dos anos iniciais onde apenas funcionava modalidade de Educagao Infantil; Paragrafo Unico. Quando o instituidor for 0 Poder Publico Municipal, a criagao e a autorizagao para funcionamento poderéo constituir um Unico e mesmo ato, conquanto sejam respeitadas as exigéncias estabelecidas para ambos os processos. Art. 47 O pedido de autorizagao para funcionamento de curso dos anos iniciais do Ensino Fundamental e suas modalidades deve ser instruido pelos seguintes documentos: | - requerimento ao (a) Secretario (a) Municipal de Educagdo, assinado pelo representante legal da unidade; || justificativa para implantag4o do curso pretendido; Ill - documentacao da instituigao; IV — legitimidade de constituigao e representagao da instituigao; 7 Sistema Muni EDUCACAO Conselho Municipal de Educacdo — PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO ESTADO DO PARAN MUNICIPAL DE LE de Cm, ae \V- imével, abrangendo documentacao, plantas, descrigao das instalagdes e demais informagoes necessarias 4 avaliagéo da sua adequabilidade a proposta pedagégica; VI laudo do Corpo de Bombeiros; VIl = licenga da Vigilancia Sanitaria; VIII - regimento escolar; IX - projeto politico pedagégico; X = recursos humanos e materiais disponiveis; XI— plano de formagao continuada Pardgrafo unico. Tratando-se de Unidade de Ensino mantida pelo Poder Publico, devera ser apresentada anuéncia do Conselho Escolar, quando este ja estiver legalmente constituido. Art. 48 Protocolado 0 pedido de autorizagéo para funcionamento, a SEMED, por seus 6rgaos competentes, deve, dentro do prazo de sessenta (60) dias, adotar as seguintes providéncias: | constituir comissao para verificagdo prévia ou adicional; Il = elaborar relatério, com base nos trabalhos desenvolvidos pela Comissao de Verificagao, atestando a veracidade das informagées prestadas, mediante parecer especifico; lil - encaminhar o proceso ao Conselho Municipal de Educagao, Art. 49 © setor competente da SEMED deve proceder a analise do proceso, encaminhando as diligéncias que forem necessérias, a fim de formular parecer conclusivo, favoravel ou no, ao pedido de autorizagao, antes de envid-lo ao CME. § 1° - Sendo favoravel, 0 processo sera encaminhado ao (a) Secretario (a) Municipal de Educagao que encaminharé para registro nos arquivos do CME. § 2° - Sendo desfavoravel, 0 processo sera devolvido ao requerente, que podera: a) Solicitar reconsideragéo do parecer, apresentando argumentagao lastreada em fatos novos relevantes, dentro do prazo de trinta (30) dias uteis apos © recebimento do proceso; 18 wag PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE iE Sistema Municipal de Ensino Epucacio /—. Consetho Municipal de Educacdo al ae ‘pa ‘ b) __ingressar com novo pedido reformulando 0 processo nos aspectos deficitarios ‘Art. 50 Nenhuma Unidade de Ensino podera, em hipétese alguma, iniciar suas atividades ou as de novo curso, modalidade, etapa ou periodo, sem ato expresso de autorizacao exarado pelo (a) Seoretario(a) Municipal de Educagao. Pardgrafo Unico. Ocorrendo funcionamento irregular, s4o invalids e nulos todos os atos escolares praticados, devendo o responsdvel responder pelos danos que vier a causar na vida escolar e pessoal dos educandos. Art. 51 Quando se tratar de pedido de autorizagdo para funcionamento de novo nivel, modalidade, etapa, periodo, no ambito do Ensino Fundamental - Anos Iniciais e de Educacao de Jovens e Adultos, a instituigéo deveré encaminhar a SEMED, para ciéncia, copia do Regimento Escolar com as alteragées pertinentes. Art. 52 - A autorizacao para funcionamento sera concedida pelo prazo de trés (3) anos § 1° A prorrogagao do prazo podera ser pleiteada pela instituigao, sendo da competéncia do (a) Secretario (a) Municipal de Educagao concedé-la, a vista de parecer favoravel do CME. § 2° A prorrogagao do prazo de autorizagao poderd ser por periodo idéntico ou inferior ao concedido no ato de autorizagao. Art. 53 A Unidade de Ensino, curso, modalidade, etapa, periodo, que nao for implantado no decorrer do prazo estabelecido, tera sua autorizacdo para funcionamento cancelada mediante ato revogatério. Art. 54 A solicitagdo de autorizagao de renovagéo de autorizagao de funcionamento devera ocorrer 120 (cento e vinte) dias antes do término da autorizagao de funcionamento, obrigatoriamente. CAPITULO V DA CESSAGAO DAS ATIVIDADES ESCOLARES 19 Sistema Municipal de ae Conselho Municipal de Educagéo Posen ‘Art. 55 A cessagao das atividades escolares de Unidade de Ensino, de qualquer nivel ou modalidade autorizada, € 0 ato pelo qual se determina a cessagao gradativa ou simultanea de sua oferta, deixando de integrar 0 Sistema Municipal de Ensino, podendo decorrer de’ | — decisdo voluntaria do Poder Publico Municipal, denominando-se, "Cessagao Voluntaria de Atividades Escolares", 1 — determinagao do Poder Executivo, da SEMED ou do CME, mediante ato expresso, decorrente da pratica de irregularidades graves por parte da unidade educacional, denominando-se "Cessagéo Compulséria de Atividades Escolares." Art. 56 A cessag&o gradativa ou simulténea das atividades escolares pode ser: |= temporaria; Il — definitiva; lil - parcial; IV - total Paragrafo Unico. Cabe ao érgao competente da SEMED orientar, no que for necessério, as Unidades de Ensino, no processo de cessagao das atividades escolares. ‘Art. 57 A cessagao voluntaria se inicia com o encaminhamento a SEMED, de solicitagao, em nome da mantenedora pelo diretor legalmente constituido, apés ouvido o Conselho Escolar, de expediente especifico contendo exposigao de motivos e os procedimentos a serem adotados, para a salvaguarda dos direitos dos educandos, § 1° © expediente referido no caput deve ser protocolado com antecedéncia minima de 120 (cento e vinte) dias Uteis, antes da data da cessaga0 pretendida. § 2° Apés andlise do pedido pelo setor competente da SEMED, o processo sera encaminhado para o CME para apreciagao, havendo parecer favoravel, 0 (a) Secretério (a) Municipal de Educagéo expedird ato proprio autorizando a 20 ‘yi PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE te Sistema Municipal de Ensino epucacho /@——— ae Consetho Municipal de Educagao — cessagao das atividades e determinando as medidas cabiveis para a salvaguarda dos documentos e da vida escolar dos educandos. § 3° Expedido 0 ato de cessagao, no prazo maximo de dez (10) dias utels, co estabelecimento deve comunicar o fato, por escrito, aos pais ou responsaveis. § 4° A cessagéo de atividades somente sera autorizada apés a conclusdo do periodo letivo em andamento. § 5° E responsabilidade da Unidade de Ensino cumprir, com exatidao, © plano de execugdo da cessagao, garantindo os direitos dos educandos, com particular atengdo para a expedigdo e guarda da documentacao escolar: ‘Art. 58 O descumprimento das determinagdes e compromissos contidos no artigo anterior implica no indeferimento compulsério dos pedidos em tramite da mesma entidade mantenedora, ou de qualquer outra que venha a ser sua sucessora. ‘Art. 59 Quando a cessagdo das atividades escolares for temporaria, 0 respectivo ato autorizatério devera indicar 0 periodo de vigéncia de sustacao das atividades, que nao poder ser superior a dois (2) anos. § 1° Uma vez decortido esse perfodo, a instituigao a) deverd retomar as atividades escolares, sem necessidade de qualquer novo ato, exceto se a autorizagao para funcionamento estiver vencida ») solicitar prorrogagio do prazo de vigéncia da sustag4o por mais um nico periodo de 2 (dois) anos, se for 0 caso; ¢) solicitar cessagao definitiva das atividades. § 2 A documentagéo escolar, durante 0 periodo de sustagao das atividades, deve permanecer na respectiva Unidade de Ensino, sob a guarda ¢ a responsabilidade da Secretaria Municipal de Educagao, § 3° Enquanto perdurar a sustagao de atividades, a Unidade de Ensino é responsével pela expedigao valida de documentagao escolar eventuaimente solicitada pelos educandos dela egressos. § 4° Caso a Unidade de Ensino fique totalmente desativada temporariamente, a SEMED se responsabilizara pela guarda e expedi¢ao de documentos dos educandos egressos. 21 PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE fE Sistema Municipal de Ensino epucacio ‘7. ae Conselho Municipal de Educagéo a ‘Art. 60 A cessag&o compulséria das atividades da Unidade de Ensino ocorrera de forma simultanea e definitiva quando: 1 — expirar 0 prazo para a renovagao da autorizagao de funcionamento por omissdo do responsavel pelo estabelecimento em solicité-Io; | expirar 0 prazo da autorizacao para funcionamento e esta nao tiver sido prorrogada; Ill — for negado, apés o proceso devido, a autorizacao para funcionamento pleiteada; IV = expirar 0 prazo de validade da autorizagao para funcionamento © constatada auséncia de condiges para a renovagao; \V — apés processo competente de apuragao de irregularidades, a restar comprovado comprometimento da qualidade do ensino no Sistema Municipal § 1° Em qualquer caso de cessaao compulséria, 0 estabelecimento fica proibido de receber, matriculas para curso, ano, etapa ou modalidade de ensino. § 2° A SEMED deve credenciar Unidade de Ensino publica com habilitagao elou curso reconhecido para expedir aos educandos documentos escolares pertinentes. Paragrafo unico. A cessagdo compulsoria das atividades da Unidade de Ensino ocorrera quando for assim definido pelo Poder Publico Municipal, ouvido o Conselho Escolar ou a comunidade local, e apés Parecer do CME, tendo em vista os indices de baixa demanda ou problemas de ordem técnica e de seguranga do € no prédio, de reorganizagao das unidades educacionais, ou que nao justifiquem sua manutengao. ‘Art. 61 No caso de cessagao definitiva das atividades escolares de uma Unidade de Ensino, mediante revogagao dos atos de autorizagao para funcionamento, a SEMED devera adotar as seguintes medidas de cautela, para resguardo do interesse e direito dos educandos: | — verificar situagao da vida escolar dos educandos concedendo-Ihes, se for o caso, a transferéncia para outras Unidades; Il = proceder ao recolhimento dos arquivos da unidade, salvaguardando sua autenticidade e integridade; Sistema Municipal de Ensino EDUCACAO Consetho Municipal de Educacéo PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHATS CONSELHO ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE EE Se Ill — em caso de cessago apenas de curso, periodo, modalidade, orientar @ fiscalizar a guarda da documentagao sob a responsabilidade da propria Unidade. IV — para qualquer situagao acima, informar os pais dos educandos ¢ a comunidade local sobre a quarda e expedigao dos documentos dos educandos. CAPITULO VI DAS IRREGULARIDADES Segao! Da Apuragao e das Sangées ‘Art. 62 A irregularidade consiste na agao ou omissdo contraria a qualquer Deliberagio do CME relativa ao funcionamento de Unidade de Ensino sujeito a jurisdigao do Sistema Municipal. Paragrafo Unico. O indicio de irregularidade pode ser procedente de: a) verificagao da SEMED ou do CME; b) noticia divulgada pelos meios de comunicagao; ¢) dendncia formal encaminhada a SEMED ou ao CME; d) solicitagdo de outro érgaio do Poder Publico. ‘Art. 63 A apuragdo de irregularidade serd realizada por Comissao de Sindicancia designada pelo (a) Secretario (a) Municipal de Educagao ou por pedidg dele ao setor competente da prefeitura § 1° A comissdo que tratara exolusivamente de questOes educacionais, sera constituida por trés (3) membros, no minimo, entre os quais um professor integrante do Quadro Proprio do Magistério, que devera, obrigatoriamente, ter a mesma ou maior graduagao funcional que indiciado, quando este for servidor pubblico. § 2° Aplicam-se & comissao as mesmas vedagdes constantes no § 2°. do Art. 29, desta deliberacao. 23 PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE bt ma Sistema Municipal de Ensino EDUCACAD ae Consetho Municipal de Educagio oer § 3° A comisséo deve apresentar, dentro do prazo fixado no ato de designacéo, relatério sobre os fatos e propor, ou nao, ao (a) Secretario (a) Municipal de Educagao a aplicagdo de sangées previstas na legislacdo em vigor, se 0 indiciado nao exercer cargo publico. § 4° Tratando-se de servidor piblico, a comissao encaminhara o relatério ao (a) Secretario (a) Municipal de Educagao, propondo, se for 0 caso, © afastamento da fungdo e a instauracao de processo administrative, na forma da legistagao propria. § 5° Em todas as fases da sindicancia deve ser assegurado ao indiciado 0 direito de ampla defesa. ‘Art. 64 As sangées cominadas as irregularidades sao: | =A Unidade de Ensino: a) adverténcia, tendo em vista a natureza e 0 alcanoe da irregularidade; b) proibigdo da oferta das atividades irregulares; ©) intervengao temporaria; Il —Aos responsaveis pela Unidade de Ensino: a) adverténcia, tendo em vista a natureza e o alcance da irregularidade; b) destituigao do cargo, a bem da educagao; ©) impedimento para 0 exercicio de qualquer cargo ou fungao relativos a0 ‘ensino em unidades sob a jurisdigao do Sistema Municipal de Ensino. § 1° Todas as decisées, que apliquem, ou nao, qualquer sangao, devem ser motivadas sob pena de nulidade. § 2° Se a imegularidade apresentar indicio de ilicito penal, a SEMED, ou CME, encaminharé cépia integral do respectivo proceso @ Procuradoria Geral da Justiga. ‘Art. 65 Sempre que a sindicancia tiver sido realizada por solicitagao do CME, 0 ato do (a) Secretério (a) Municipal de Educagao competente para determinar a sindicdncia, devera fazer referencia ao Parecer do CME. SECAO I Da garantia do padrao de qualidade do ensino 24 yiy PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO “~~ ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE tE Sistema Municipal de Ensino epucacio /@——. ae Conselho Municipal de Educacao roses ‘Ast. 66 Compete ao Poder Publico Municipal garantir e avaliar a qualidade do ensino ofertado pelos estabelecimentos integrados ao Sistema Municipal de Ensino, bem como sua conformidade aos seguintes principios: | — liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar 0 pensamento, a cultura, a arte e o saber; Il_— pluralismo de ideias e de concepgdes pedagégicas; Ill = gestéo democratica do ensino piblico, de acordo com as peculiaridades proprias da comunidade onde se insere a Unidade de Ensino; IV ~ valorizagao dos profissionais dedicados ao ensino e respeito as garantias dos profissionais da educagao; V — nao admissao de formas de discriminagéo ou segregagao, de qualquer tipo ou sob qualquer alegacao; Vi-— conhecer e seguir as metas e os objetivos previstos na Lei n° 1.059/09 que criou 0 Sistema Municipal de Ensino em relagao ao previsto para o Ensino Fundamental. Paragrafo tnico. Todas as Unidades de Ensino integrantes do Sistema Municipal esto sujeitos, a qualquer momento, a inspegao do Poder Publico Municipal, ‘Art. 67 Cabe a SEMED orientar e supervisionar o cumprimento, por parte das unidades sob sua jurisdigo, no que se refere a proposta pedagdgica © administrativa, em consonancia com as diretrizes que regem o Sistea Municipal de Ensino. Paragrafo unico. A fim de atender ao disposto no presente artigo, @ SEMED, além das verificagdes anteriormente previstas, estabelecera, por seus érgdos competentes, um acompanhamento continuado das atividades das Unidades de Ensino, coordenando e promovendo medidas que possam avaliar € aprimorar seu padréo de desempenho e sanar irregularidades eventualmente constatadas. 25 PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE ie Sistema Municipal de Ensino EDUCACAO a, Conselho Municipal de Educagdo For CAPITULO VII DAS DISPOSIGOES GERAIS E TRANSITORIAS ‘Art. 68 So nulos os atos escolares praticados: | antes da autorizagdo para funcionamento de estabelecimento ou curso; Il —apés a cessacao da autorizagao para funcionamento; iil —apés a revogagio dos atos de autorizagao para funcionamento; IV —apés o vencimento do ato de autorizagao de funcionamento. § 1° Curso, etapa ou modalidade implantada em estabelecimento autorizado sem o respectivo ato da autoridade competente, além de nao produzir atos escolares validos, néo tera autorizagao para funcionamento nos fermos desta Deliberaco, enquanto perdurarem as agées infracionarias. § 2° Os danos causados aos educandos por infragoes aqui descritas sao de exclusiva responsabilidad do diretor ou servidor quando praticados em desacordo com as normas legais ou orientagdes da SEMED, podendo responder administrativamente por elas. ‘Art. 69 Qualquer modificagdo, que altere caracteristicas na organizagao de estabelecimento autorizado, nos aspectos descritos no Art. 35 desta Deliberagao, deveré ser comunicada & SEMED. § 1° Se a alteragao for de carater interferente nas condigdes originais de funcionamento da Unidade de Ensino, a SEMED poderd determinar abertura de processo de reconsideragao do ato de autorizacao. ‘Art. 70 Cabe & SEMED, nos termos da lei, zelar pelo cumprimento desta Deliberagao ‘Art. 71 Qualquer ato oficial exarado pela SEMED e/ou CME somente sera considerado definitive apés garantido amplo direito de defesa aos interessados. Paragrafo Unico. 0 prazo de defesa sera de trinta (30) dias Uteis, a partir da ciéncia do ato oficial pelo representante legal da instituigae. ‘Art. 72 AS Unidades de Ensino detentoras de ato de reconhecimento devem ajustar-se as disposigées desta Deliberaao PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE te Sistema Municipal de Ensino epucacho /@—— ae Consetho Municipal de Educagao pe ‘Art. 73 As Unidades de Ensino integrantes do Sistema Municipal adotaréo nomenclatura conforme legislagao vigente. Art, 74 Sao de uso obrigatorio os modelos de Histérico Escolar, Guia de Transferencia, Relatorio Final, Ficha Individual, Requerimento de Matricula e Certificados proposto pela SEMED. ‘Art. 75 Em todo documento escolar expedido por Unidade de Ensino deve constar, obrigatoriamente, o nimero do ato de autorizacao para funcionamento ‘Art. 76 Questées do Ensino Fundamental referentes a matricula de ingresso @ por transferéncia; 0 aproveitamento de estudos; a classificagao © a rectassificagao; a adaptagao de estudos; a revalidacao e equivaléncia de estudos feitos no exterior, € regularizagao de vida escolar e outras matérias relativas a Vida escolar, EJA, Educagao Especial, € outras, teréo normas fixadas em uma Deliberagap especifica. ‘Art. 77 Os casos omissos sero resolvidos, se de natureza administrativa pelo (a) Secretério (a) Municipal de Educagao e, se de cardter normativo, pelo CME. Conselho Municipal de educagao, 17 de maio de 2011. PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE fe a Sistema Municipal de Ensino EDUCACAO Conselho Municipal de Educacao Pen rR PROCESSO N° 0083/2011 PARECER N° 04/2011 APROVADO EM 09/03/2011 CAMARA DE EDUCAGAO BASICA INTERESSADO: SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE PINHAIS [ASSUNTO: Normas e principios para o Ensino Fundamental — Anos Iniciais no Sistema Municipal de Ensino de Pinhais — Criagao, autorizagao para funcionamento, renovagao, verificagao e cessagao de atividades escolares. RELATORES: Marcia da Luz Corréa Galindo, ‘Andréa Cruz do Prado, Solange do Rocio Penna e Irenilde Soloviev. 1-Histérico ‘0 CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAGAO por meio da Camara de Educagao Basica, buscando orientar a Secretaria Municipal de Educagao quanto ao estabelecimento de normas e principios para 0 Ensino Fundamental - Anos Iniciais, no Sistema Municipal de Ensino de Pinhais bem como 0S atos de criagao, autorizagéo para funcionamento, renovagao, verificagao © cessacao de atividades escolares, buscou fundamentar-se teoricamente para emitir normas especificas € de acordo com a realidade local. ‘A Camara de Educacao Basica iniciou seus trabalhos em 09 de margo de 2041, Participaram nas discuss6es intemas todos os seus membros conselheiros: Marcia da Luz Corréa Galindo, Andréa Cruz do Prado, Solange do Rocio Penna & Irenilde Soloviev. Na primeira reuni8o de trabalho, realizou-se pesquisa © estudo da e na legislagao vigente sobre 0 Ensino Fundamental — ‘Anos Iniciais buscando compreender sua historicidade, avangos e desafios bem como analisando dados 28 Sistema Municipal de Ensino EDUCACAO Conselho Municipal de Educacao tear PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE te Cama ae e informagées que viabilizassem a visualizagao do panorama local de atendimento a este nivel de ensino. Na sequéncia, buscou-se referéncia de profissionais da Secretaria Municipal de Educagao, Departamento de Ensino, especificamente da Geréncia de Ensino Fundamental. Desta reuniao foram tiradas sugestoes indicativos para continyidade dos trabalhos. Il Fundamentagao A partir de um diagnéstico do Ensino Fundamental no Brasil constata-se que 0 mesmo tem como base © pressuposto da garantia dos direitos constitucionais e, estes por sua vez, dever ser priorizados por meio de politicas publicas ‘A Constituigéio Federal estabelece a educago como direito de todos ¢ dever do Estado, ¢ declara como princfpios do ensino nao sé a igualdade de condigées de acesso e permanéncia, mas a correspondente obrigagao de oferta de uma escola com um padrao de qualidade, que possibilte a todos os brasileiros © brasileiras, indistintamente, cursar uma escola com boas condigoes de funcionamento e de competéncia educacional, em termos de recursos humanos, materials, financeiros e projeto pedagégico, que thes permita identificar © reivindicar a “escola de qualidade social" de direito de todos os cidadaos. ‘Assim, a insergéo da crianga na escola de Ensino Fundamental gratuito deve ser entendida ndo s6 como uma matricula "potencial", a vaga em “alguma" escola, mas como a tradugo do oferecimento das condigoes "plenas" que permitam a todos os educandos a sua frequéncia & escola, condigoes de igualdade pedagogica e social Nesta perspectiva, a andlise de dados estatisticos ajuda a compreender a realidade brasileira educacional. Os dados disponiveis no site do Ministério da Educagao em relagao a0 Ensino Fundamental demonstram que: no Brasil, em 3003 - ultimo ano com dados disponiveis consolidados ~ existia cerca de 34,4 mmilhées de educandos matriculados no Ensino Fundamental, dos quals 31,2 milhdes em escolas piblicas, ou seja, cerca de 90% do atendimento escolar 29 ‘innit PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE fe Sistema Municipal de Ensino EDUCACAO /’—m ee ae Conselho Municipal de Educacao fundamental € feito pelo Poder Publico, ¢ 3,3 milhées de educandos, aproximadamente, somente (10%) sdo educandos de escolas privadas. Esse dado, independentemente de outras consideragoes, precisa ser comemorado, pois representa que as politicas educacionais para universalizagao do ensino esto sendo alcangadas e continuam sendo perseguidas continuamente Outro dado relevante diz respeito a0 processo de municipalizagao do ensino publico fundamental nos anos/séries iniciais que ja S40 responsabilidad indiscutivel das redes municipais de ensino no Brasil, pois dos 17,18 milhoes de educandos atendidos, 72,3% (12,42 milndes) estéo sob @ responsabilidade municipal e, somente 27,7% (4,75 milhdes de educandos) representam atendimento estadual. © Ensino Fundamental - Anos Iniciais, no municipio de Pinhais, apresentou expanstio de quatro para cinco anos, mediante matricula de criangas com seis anos de idade, no primeiro ano, conforme definido pela Lei n° 14.27.4106 de 6 de fevereiro de 2006, que altera a Lei de Diretrizes ¢ Bases da Educagao Nacional, no ano de 2007. ‘As analises comparativas de dados do Ensino Fundamental — Anos Iniciais, no municipio de Pinhais, no periodo de 2001 a 2010, indica que, enquanto nas escolas municipais de Pinhais houve um crescimento no numero de matriculas na ordem de 3,2%, ao mesmo tempo, no Estado do Parana e no Brasil 6 numero de matriculas diminuiu, tendo sido de menos 3.2% no Parana e menos 2,0% no Brasil Em relagao a evolugéo das matriculas iniciais no Ensino Fundamental, entre 2001 € 2006, apresentam-se de certa forma estavels, com pequena oscilagao para mais ou para menos, de um ano para outro, nese periodo de tempo. Essa manutengao indica que a educagao de Pinhais realizou o atendimento da demanda do municipio na faixa-ctaria de 7 a 14 anos, universalindo-o. No ano de 2007, com a implantagao do Ensino Fundamental de 9 (nove) anos, a taxa de crescimento das matriculas foi de 14%, pela insergao de 1.312 criangas na faixa etaria de 6 anos de idade nesta etapa. Tal incluso trouxe novos 30 ‘yaliig Sistema Municipal de Ensino EDUCACAO ae Conselho Municipal de Educacao ene PREFEITURA MUNICIPAL DE. PINHAIS CONSELHO ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE bk am desafios para esse nivel de ensino, pois 0 atendimento as criangas com a idade entre cinco e seis anos demanda orientagdo especial, seja 72 organizagao do trabalho pedagogico, nas formas de organizagao e estruturagao dos ambientes ¢ tempos educativos, no proceso de avaliagdo © acompanhamento do desenvolvimento biopsicossocial da crianga. Enfim, gerou toda uma mobilizagdo dos técnicos da Secretaria Municipal de Educagao, gestores e professores no exercicio de se pensar © fazer uma educagao que atendesse a nova demanda e diversidade decorrente Passando para a analise de indicadores de movimentagdo de educandos, tabela 14 (Proposta Pedagégica Curricular, 2010), no periodo de 2003 a 2007, verificoy-se que esta foi de 12,9%. Observa-se que o numero de transferéncias expedidas ao longo dos anos, com excegao de 2003, foi maior que numero de criangas admitidas. Essa mobilidade apresenta varias causas, centre as duals $6 pode elencar: busca de emprego, vulnerabilidade social © familiar e escape da possibildade de uma reprovagdo. As transferéncias expedidas sa0 pars escolas do préprio municipio, de municipios vizinhos @ até para outros estados, com menor incidéncia. Quanto ao indice de abandono, este sofreu, no periodo de cinco anos, notavel redugao, com excegae do ano de 2004, que apresentou pico de elevagao (0,17%). Esse indice tem sido, portanto, residual Os dados da reprovagao apresentam um desafio especial, uma vez que expressam um bolsao de dificuldade a ser superada. No que tange 2S taxas de aprovagéo, observa-se uma certa consténcia, com uma média de 94,6% no periodo analisado. 31 PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE i ema Municipal de Ensino epucacio /——— PnaaiePR Conselho Municipal de Educagao ae ‘Tabela 14 Ensino Fundamental: MatriculaInicial, Texas de Abandono, Aprovacio e Repeténcia, de 2003.2 2008 3 8 3 _ aah, 3 a g 88 ¢— 3 3 5 § a ofbG ae hae Poce 3 se f of 3 2 Sj) ape eq fhe |e Ve 3 2 & Fs # nos ng eSsTSSCiS:*C:«iTSS G4 coca abet) 4008 «| 4140 | 44 | TBR | 8135/8874) | GOR! | OF eae eT mS) a) meee | Br 0. se 044788 st 2742 laos moMes iin s DSH NRO.DZ coy aes 1OSCSSSC<“‘ STO: (OHA 8G] OT dj 38 lisp ila gS ume4 26 Nis) /ARN NS con oes ~t008SC«Cage:SCt«SCBGCSCE!:SCTE GTO FONTE: Prefeitura Municipal de Pinhais! Secretaria Municipal de Educacao NOTA: No ano de 2007 nBo esto includes os valores do 1” Ano do Ensino Fundamental de 9 Anos Em referéncia a distorcao idade-série, verifica-se que houve um esforco significative no sentido da diminuigao deste indicador entre os anos de 2004 a 2007, que baixou de 10,4% em 2001 para 3,1%, em 2007 Conforme se observa na Tabela 15 (Proposta Pedagégica Curricular, 2010),Pinhais promoveu uma diminuigao de 49.4% da taxa de distorgao idade série, nesse periodo no Brasil no Parana foi menor ainda, de apenas 25.4%. Ensino Fundamental Rede Municipal, de 2003 a 2009 Tabela 15~ Taxa de Distorcao Idade-Série no. 7009 Evolugo ons C0 ~C«OSSSC*~«OOSCS:COO 2008 Brasil 333% 31.2% «© 902% =i ald nid nid 9.2% Parana 100% 105% | 10.4% nid nid) nd iid 48% RMC 38% «8.2% «= 8.0% nid ald nd nd -10,1% Pinhais 56% 5.0% | 88% | 64% | atm 51% nid 54% FONTES: 2003 a 2005 - MEC/ INEP (hitp:/nvww.edudatabrasiinep.gov.br/) fe Distorgdo Idade/Serie 2006 ¢ 2008 - Prefetura Municipal de Pinhais/ SEMED/ Demonstrativos d std — dado no divulgado Os indicadores educacionais revelam que @ melhoria dos indicadores de aprovagao, permanéncia e distorgdo idade série apresentamn-se bem melhores .sforgo no sentido de erabilidade a 32 que os da média nacional expressando os resultados do e: identificar, monitorar e acompanhar os possiveis casos de vuln ‘vialitiy PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS: CONSELHO ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE i aa Sistema Municipal de Ensino EDUCACAO ae Conselho Municipal de Educagao fore excluséio, bem como em transformar a escola em espago de convivéncia includente e aprendizagem significativa, mediante ensino de qualidade, pelos quais seus educandos possam preparar-se para 0 exercicio da cidadania, conforme proposto na legislacao educacional. Essa melhoria dos indicadores educacionais emerge das diretrizes da Secretaria Municipal de Educagao em relagao a atualizagao do curricula; melhoria de infraestrutura das escolas, inclusive com garantia da oferta de tecnologias educacionais em multimidia; implementagao de espagos de difusao de cultura & conhecimento; formagao continuada dos profissionais da educagso; concepcao emancipadora de avaliagao; acompanhamento € monitoramento quantitative € qualitativo dos processos de ensinar e aprender; valorizago profissional por meio do Plano de Cargos e Salérios do Magistério e assessoria na reformulagao do Projeto Politico Pedagogico como instrumento norteador das praticas educativas. Outro grande desafio assumido e trabalhado pela educagao de Pinhals, diz respeito a oferta de Escola em Tempo Integral com vistas a0 atendimento do contido na LDB 9.394/96, em seus Artigos 34 € 87, que preveem o aumento progressivo da jornada escolar do ensino fundamental, no sentido de conceber a ampliagéio de tempos, espagos © oportunidades educacionals, por melo da realizagao de atividades que possam favorecer a aprendizagem, bem como desenvolver agdes inerentes ao desenvolvimento da cidadania De acorfo com a Proposta Pedagégica Curricular, 2010, os objetives da Escola em Tempo Integral remetem-se a =Promover a formagao integral do educando, ao mesmo tempo em que educa para a cidadania ativa, favorecendo a participagao critica no cotidiano da soviedade que esta inserido. sPromover e ampliar tempos oportunidades educacionals, sociais, culturais, esportivas e de lazer, garantindo a qualidade de ensino € aprendizagem, acesso a educagao e aumento do nivel de escolaridade da populacao; “Transformar o tempo pedagégico em situagoes de aprendizagens ativas, signficativas, reais e voltadas para 0 fortalecimento da autoestina © do convivio social harménico; ‘walig PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE te Sistema Municipal de Ensino epucacho /“— rar ae Consetho Municipal de Educacao sDesenvolver atividades que oportunizem 0 aprofundamento das areas cognitivas do educando; sOportunizar vivencias pedagogicas atrativas e ages capazes de desenvolver o espirito de solidariedade, cooperagao mitua, equidade e dislogo: «-Construir solugées politicas e pedagogicas que contribuam para o combate as desigualdades sociais e para a promogao da inclusao educacional, “sFormar cidaddos que intervenham na realidade em que viver, tendo uma completa consciéncia de si mesmo, do outro e do mundo; sOportunizar atividades que envolvam regras de convivencia, situagdes complexas relacionadas @ justiga e injustiga, direto © responsabilidade, participagao social, possibilitando aos educandos novos questionamentos em seu modo de pensar, agir e posicionar-se, ampliando, assim, 0 seu repert6rio cultural ¢ possibilidades de escolha ao longo da vida Nesta perspectiva, no ano de 2010, deu-se a efetivagao do Plano de Agao para atendimento do programa Escola em Tempo Integral, 0 qual atendeu 230 educandos na Escola Municipal Antonio Andrade, ocorrendo paralelamente © atendimento na Educagao Infantil nas seguintes unidades: CMEI Jane Ana (com as turmas do pré-escolar Il), CME! Pequeno Principe (com turmas do pré-escolar 1), na Escola Antonio Alceu Zielonka (com as turmas do pré-escolar Il) © @ continuidade do atendimento no CMEI Monteiro Lobato Em 2011 houve a ampliagao do atendimento com a criagao de mals 3 (trés) polos que contribuirdo decisivamente para a formagao de educandos completos, independentes, autnomos, dotados de saberes, de valores, atitudes © comportamentos saudaveis na perspectiva de construca0. © exercicio da cidadania ‘Agsim sendo, compete ao Ensino Fundamental proporcionar um proceso de formagao integral que viabilize 0 desenvolvimento de praticas reflexivas, participagao ativa e critica dos educandos na vida em sociedade, 34 : 4 — pREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE te Sistema Municipal de Ensino epucachd {=~ ae Conselho Municipal de Educacao reaaere Ml Merito Considerando que, as politicas piblicas brasileiras mais recentes foram tragadas com vistas a garantir a ampliagao do acesso a educagao, 0 nivel de escolaridade da populagao ¢ a melhoria na qualidade do ensino no intuito de minimizar as desigualdades sociais, Considerando que, no municipio de Pinhais, as taxas de matriculas, segundo dados estatisticos, indicam que ja ocore @ universalizagéo do atendimento da demanda de criangas para o Ensino Fundamental ~ Anos Iniciais, Considerando que, cabe a Secretaria Municipal de Educagao além de, assegurar a universalizagdo, garantir aos educandos sua permanéncia, aprendizagem ¢ a concluséo com sucesso, bem como, oferecer 80S educandos foco da Educagao de Jovens e Adultos a oportunidade dessa etapa participar Considerando, a necessidade de bem informar e esclarecer as familias sobre todas as questées que envolvem o atendimento dos educandos nas escolas da rede publica, faciitando 0 proceso de incluso © permanéncia. E, considerando 0 objetivo de assegurar 0 acesso ao Ensino Fundamental — Anos Iniciais como direito publico subjetivo da crianga e reiterar a competéncia do municipio em relagao ao recenseamento da populagao em idade escolar e 0s jovens e adultos que a ele nao tiveram acesso: a realizagao de chamada publica e © zelo, junto aos pais e responsaveis, pela frequéncia a escola promovendo uma transformagao de qualidade, permitindo 0 exercicio da cidadania IV Voto dos Relatores ‘Avista do exposto, a Camara de Educagao Basica apresenta a0 Conselho Pleno a proposta de Deliberagao, em anexo, a qual institul nomas © principios para o Ensino Fundamental ~ Anos Inicials, no Sistema Municipal de Ensino de Pinhais, bem como, os atos de criagao, autorizagao pare funcionamento, renovago, vetificagao e cessagao de atividades escolares E 0 Parecer. PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO ESTADO DO PARANA won B me Zs Sistema Municipal de Ensino Conselho Municipal de Educacao Camara de Educagao Basica, 09 de margo de 2011. oe Marcia da Luz Corréa Galindo Presidente da CEB - Relatora ila Solange do Racio Penna - Relatora Andréa Crud do Prado - Relatora ‘oloviev - Relatora V DECISAO DA CAMARA A Camara de Educagao Basica aprova, encaminha para o Conselho Pleno. por unanimidade, o Parecer © Ute * Marcia da Luz Corréa Galindo Presidente da CEB (Camara de Educagao Basica, 09 de margo de 2011. 36 wala PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE te Sistema Municipal de Ensino epucacho /——. =e Consetho Municipal de Educacao — VI DECISAO DO CONSELHO PLENO ‘Apés analise, 0 Plenario do Conselho Pleno aprova por unanimidade 0 Parecer n° 04/2011 da Camara de Educagao Basica. Presidente y 7 5* Maria Amélia|das Neyes Conselhaira CNB . Marcia da Luz Corréa Galindo Conselheira Francielle tau. Oliveira Conselheira Conselho Municipal de Educaco 17 de maio de 2011. hn Bott. om cvore de. Wa Consgihéi - Adriana Angela de Lima Conselheira thsi. Solange focio Penna Conselheira ; rosomary nS Kissilevitch Miranda Conselheira 37 PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS CONSELHO ESTADO DO PARANA MUNICIPAL DE ie Sistema Municipal de Ensino epucacio SE Consetho Municipal de Educacao reer BIBLIOGRAFIA BRASIL. Lei n2 939496. Lei de Diretrizes e Bases da Educagao Nacional. MEC: Brasilia, 1996. CONFERENCIA MUNICIPAL DE EDUCAGAO DE PINHAIS - COMEP, I, 2010, Pinhais. Construindo o Sistema Articulado de Educacao Plano Municipal de Educagdo, suas diretrizes e estratégias de agao. SEMED, junho de 2010. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAGAO. Resolugao n° 7, de 14 de dezembro de 2010. Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. MEC/CNE-CEB, 2010 CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAGAO DO PARANA. Deliberagso ne 004, de 05 de marco de 1.999. Estabelece normas para criagao, autorizagéo para funcionamento, reconhecimento, renovagao de reconhecimento, verificagao, cossagao de atividades escolares de estabelecimentos de ensine fundamental ¢ medio, ¢ experiéncia pedagégica do Sistema Estadual de Ensino do Parana. Curitiba/Parana. CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAGAO DE PINHAIS. Parecer CME/CEB n° 01/10, de 19 de outubro de 2010. Idade de corte para matricula no 1° ano do Ensino Fundamental de 9 (nove) anos na Rede Municipal de Ensino para 0 ano letivo de 2011 CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCACAO DE TOLEDO. Deliberagao n°003/05, de 09 de maio de 2008. Estabelece normas para criagao, autorizagao de funcionamento, renovagao da autorizagao funcionamento, verificagao, cessagao de atividades escolares de estabelecimentos dos anos inicials do Ensino Fundamental, e de experiéncia pedagégica do Sistema Municipal de Ensino de Toledo, Estado do Parana. Toledo! Parana 38 i " PREFEJTURA MUNICH) E PINHAIS. CONSELHO ESTADO DO PARANA wuwicrPal DE Ze Sistema Municipal de Ensino ae Conselho Municipal de Educacao PINHAIS. Proppsta Pedagégica Curricular, Iniciais, Pinhais - Parana: SEMED, 2010. 2010, Ensino Fundamental Anos 39

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