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: ea > Auditivo = uma nova abordagem aE M anaes 4 Terapia € ORIENTACAO a compreender a terapia dos disturbios de percepcao da fala e preciso comecar pelo comeco: o desenvolvimento da percep- cdo da fala. Desenvolvimento, a meu ver, Passa pelo processo de- nominado agao comunicativa. Explicando: 0 bebé quando nasce rem um potencial a ser desenvolvido que sé acontecera se estiver em interagao social. A cada a¢gdo do bebé dar-se-4 uma interpre- tacao do adulto e, num crescente, essas interpretagdes vao dando oportunidades de 0 bebé se expressar e também interpretar as agdes do adulto. O desenvolvimento fisico, biolégico é favorecido pelo contato com o adulto, assim como o seu psiquismo s6 vai se formar nas interagées, se apropriando e reproduzindo o conheci- mento de geracdes e geracoes. A cada contato com o mundo real sera acrescentada mais uma sinapse no sistema nervoso central, assim como sera mais um foco de atencado, mais um conhecimento, mais uma repre- sentagao mental, mais um dado na memoria. O processo tera- peutico deve ser da mesma forma, tendo como ponto de partida ° €stabelecimento de focos de atencao, 0 que resultara em mais uma sinapse, levando a uma especializagdo de um feixe de fibras ~ Mais garantia de reconhecimento, de memorizagao gyLVIA FREITAS MACHADO e mencionado anteriormente, a representacao men. jnumeras informacgoes perceptivas e Motoras, do contexto lingtistico, pertinentes ao co. a. Assim, © conceito de numero s6 existirg nga que estiver na escola, mesmo que saiba contar ate para a oe nao implica saber somar, dividir, multiplicar, dimj. a oeolucionat problemas. A medida que as experiéncias vag acontecendo, novas informagoes serao acrescentadas, modifican- do o conceito original. Isto éa representacao do tipo de contar 1, 2,3, 4 etc. sera modificada por representacdes Ocorrentes no dis- curso, na linguagem, na interagao, na interlocu¢ao. Se uma crian¢a desenvolve a linguagem sem se dar conta de ‘onema de forma inadequada, faltan- que esta pronunciando um f do determinado tra¢o distintivo, ou esta escrevendo errado, isso } indica que 0 processamento dos sons da fala esta alterado. E no sao “negociadas” as estratégias pa- discurso, na interlocugao que | ra adequar a produgao de determinado som que se trabalha. A terapia dos disturbios do processamento baseia-se no fato de que algumas habilidades auditivas fundamentais devem ser desenvolvidas. Estas sao: independéncia das vias nervosas que conduzem os sinais de fala, fus4o ou somacao binaural, localiza- cdo auditiva dinamica, percep¢ao de mudancas rapidas no sinal actistico, reconhecimento de palavras misturadas num ruido & outras. Tais habilidades nao sao cognitivas, mas relativas ao fun- cionamento das vias nervosas do sistema auditivo central, que garantem e estabilizam o processamento dos sinais de fala. Por tanto, por principio treina-se ou estimula-se a transmiss40 do nal pela via nervosa, desde a porcéo mais periferica até os cer” tros de associagao. : Para melhorar 0 desempenho é fundamental ¢ via por vez, por meio de fones, com microfone ou 10" dentr nhecimento da pe: abalhar uma firas. 122 PROCESSAMENTO AUDITIVO ndo um molde intra-aural para eliminar a audi¢4o de uma relhas OU. ainda, usando aparelho de amplificagao com um das 0 . ano pequeno Mas freqtiéncias da fala. Qualquer uma dessas ganhe ras possibilita a estimulagdo monoaural para serem treina- yciliza mane! das aS nabilidades inerentes a0 processamento auditivo, as quais possibilitam as habilidades cognitivas auditivas. Aabordagem depende muito da formacao do terapeuta. Alguns nao gostam de trabalhar com exercicios preestabelecidos, en- yanto outros Nao sabem trabalhar sem algo concreto. Isso nao L faz tanta diferenga, pois percebemos que as criangas se saem muito bem quando tém um contato eficiente na terapia, em que o vinculo € muito mais importante do que usar ou nao exercicios. A formagao do fonoaudidlogo depende da linha assumida na fa- culdade, onde os professores, pela coordenacao pedagogica, deck dem se a abordagem sera mais técnica ou mais discursiva. tem diferentes maneiras de ensinar, diferengas na sistemati das familias de encarar a educacao das criangas, 0 que leva a dil rentes escolhas de escola e terapeutas. Por isso é importante f de exercicios para tratar as dificuldades de percep¢ao auditiva. As pessoas com disturbio de processamento auditivo n sitam de clareza, ouvir uma coisa por vez e de outros cuide nas interlocugées. Inicialmente sugerem-se trés jogos prop! para desenvolver a atengao de forma geral Conforme a id as possibilidades da crianga, é sempre bom fazer uma rodad Que o terapeuta lé as perguntas ou frases e 0 paciente resp € depois os papéis so trocados: 0 paciente lé e o terapeute Ponde. Pode-se, inclusive, pedir para a crianga propor, pois ie me oportunidade para, juntos, descobrirem qual @ izada quando a atividade requer apenas ouvir. SYLVIA FREITAS MACHADO ATeNGAO r rapidamente sim ou nao; ou bater uma Palma a) Responde ‘i : : ) e duas para nao, ou ficha azul para sim e ver. para sim melha pata nao: Cachorro voa? Gato mia? Copo quebra? cad a Bola pula? Vocé tem trés pés? Frio é quer Lampada queima? Uma bola é redonda?__|A chuva Uma cadeira € para O céu esta em cima de |Um telefoné sentar? nds? | agua motha? Uma porta abre e Um aviao p fecha? O céu € vermelho? Os carros correm? A casa and Os patos nadam? A grama cresce? Um passari ; Uma nuvem é dura?__|Barco nada? Dois passal Agrama évermelha? _|Os barcos flutuam? _|Em cima & b) Descubra a palavra errada e repita a frase co! Suzana esta brincando com sua loreca loira. Joao quer ledar o bolo em cima da mesa. Tomas deu comida aos gababos no zoolégico, Eu gosto de comer pao com manceida. Nos tomamos café com cheine de manha. Maria foi para a escola de valo. Vocé come com arfo e crada Mamée lotusta com agulha e linha. Quando chove, eu crescino de capa e guardaz Vera comeu todos os gisvoidos. 124 PROCESSAMENTO AUDITIVO cobrindo palavras dentro da outra: : Ovi sapé tem a palavra pé dentro dela. ave camaro tem a palavra nl 4 mamao tem a palavra Apalavea Apalavra boneca tem a palavra Apalavra passagem tem as palavras... e. Apalavra casaco tem a palavra. Apalavra parede tem a palavra. Apalavra marreta tem as palavras... e... Apalavra panela tem a palavra... Apalavra macarrao tem a palavra... Apalavra sapato tem a palavra... Asegunda sugestao seriam quatro jogos proprios para desen- volver a habilidade de andlise dos sons da fala. Do mesmo modo, conforme a idade e as possibilidades da crianca, € sempre bom trocar os papéis, alternando quem lé e quem responde, e estimu- lara participagao da crianga na criacao de novos exercicios. Andlise € siNTESE a) Descubra qual palavra tem a silaba pedida: salada - pato ~ ovo; silaba “pa” batalha - posto - ruim; silaba “ta” trés ~ pimenta - tela; silaba “te” Carogo ~ quer ~ fogo; silaba “ca” macaco ~ nariz - no; silaba “na” mesa ~ carro ~ garagem; silaba “sa” Pasta - buzina ~ goma; silaba “go” bola - escola - Passeio; silaba “bo” pilha ~ martelo ~ ninho; silaba “Iha” 'Tlg0 - pao ~ molho; silaba “mo” SYLVIA FREITAS MACHADO Usando material concreto ~ fichas ou blocos de m b) Usa pedir para a crianga alinhar conforme o numero labas de uma palavra ou de acordo com o numero ‘adeira de gi. de pa. lavras de uma frase. Pedir para a crianga adivinhar a palavra que serg dita por meio dos fonemas um a um, como se faz no Método de alfabetizagao montessoriano. Comegar com Palavras mo- nossilabas, como pé (p - intervalo de um Segundo - @, lg, da etc., depois de duas silabas, corno dedo, boca coisas que estejam presentes no meio ambiente der dar pelo menos duas alternativas para a respo: d) Usando material concreto de dois tipos - um p tonicas e outro para atonas -, pedir para a nha-los, colocando um para cada silaba, sendo a tonica. Exemplos: “pateta” = ficha amarela / vermelha / amarelas bloco grande / bloco pequeno. Trabalhar a memGria é algo que deve ser feito destaque de alguns tragos mneménicos, ou seja, ensina que ajudem a evocar palavras, categorias semanticas, } gundo Vygotsky, entre as funcdes da linguagem esta a bilita aprender, estabelecendo Novas relagdes conceit Banizando as percepgoes. A memé6ria imediata, ou p de trabalho, ja descrita, aquela que até mesmo pi das tém, pois esta diretamente influenciada pelos ambiente. Seria, Poderiamos dizer, a meméria nat mano, aquela com a qual ele nasce e que se m desenvolvimento fisico, comportamental e cult fungdes psiquicas Superiores. 126 PROCESSAMENTO AUDITIVO ymportante lembrar que as modificagdes que nos interes. rabalho Com disturbios de processamento sao as que rar 1 estimulo externo e, sendo este sinalizado pela crianca adem 8€ tornar em estimulacao autogerada, isto 6, a estratégia eutica pode criar comportamentos que vao ser modificados les mMeSMOS. A seguir sao apresentados alguns exercicios que ser adaptados para 0 conhecimento real da crianga ft E mm not rem de ur reraps por el podem Evocagao € MEMORIA a) Depois de verificar se a crianga conhece os pares de pa- lavras que costumam ocorrer associados, dar apenas 0 primeiro vocabulo para a crianga completar 0 par: boca e narizZ garfo e faca gato e cachorro agulha e linha ao com manteiga__|_ papel e lapis preto e branco corte e costura lapis e borracha arroz com feijao cdo e gato pai e mae calga e camisa martelo e prego sala e quarto meia e sapato Agua e sabao ponto e virgula cara ou coroa copa e cozinha fruta e verdura ouro € prata café com leite porta e janela pée mao branco no preto mesa e cadeira b) Contar historias curtas, pedindo antes para a crianca “guardar na cabeca” determinados nomes. Por exemplo, combinar com a crianga que ela deve guardar o nome de uma coisa que em geral fica no banheiro e aparece na se- guinte historia 127 SYLVIA FREITAS MACHADO 4 usando material concreto - fichas ou blocos de ™adeirg eTO de gi. TO de pa. pedir para a crianga alinhar conforme o nim, abas de uma palavra ou de acordo com o num lavras de uma frase. Pedr para a crianga adivinhar a palavra que sera dita Por meio dos fonemas um a um, como se faz no MEtOdo de alfabetizacao montessoriano. Comegar com Palavras mo- nossilabas, como pé (p - intervalo de um segundo — On, da etc, depois de duas silabas, corno dedo, boca, mala podendo-se assim aumentar a dificuldade. £ bom escother coisas que estejam presentes no meio ambiente para po der dar pelo menos duas alternativas para a resposta. qd Usando material concreto de dois tipos - um para silabas tonicas € Outro para atonas -, pedir para a crianca ali- nha-los, colocando um para cada silaba, sendo destacada a tonica. Exemplos: “pateta” = ficha amarela / vermelha / amarela; “bola” = bloco grande / bloco pequeno. Trabalhar a memoria é algo que deve ser feito mediante o destaque de alguns tragos mneménicos, ou seja, ensinando pistas que ajudem a evocar palavras, categorias semanticas, temas. Se- gundo Vygotsky, entre as funcdes da linguagem esta a que possi- bilita aprender, estabelecendo novas relagdes conceituais e reot Banizando as percepcoes. A memoria imediata, ou procedural ou de trabalho, ja descrita, é a quela que até mesmo pessoas iletra- das (ém, pois esta diretamente influenciada pelos estimulos do ambiente. Seria, poderiamos dizer, a memoria natural do ser ht mano, aquela com a qual ele nasce e que se modifica durante © desenvolvimento fisico, comportamental e cultural, formando a fungoes psiquicas superiores. 126 PROCFSSAMENTO AUDITIVO tante lembrar que as modificagdes que nos inter E TeS- gE impor 0 com disturbios de processamento sao as que p: yar- nO srabalh am estimulo externo e, sendo este sinalizado peta crianca vem de rem 4 _ adem Se rornar em estimulagaéo autogerada, isto 6, a estratégia pe erapeutica pode criar comportamentos que vdo ser modificados ql por eles mesmos. A seguir S40 apresentados alguns exercicios que podem ser adaptados para 0 conhecimento real da crianca. Evocacko € MEMORIA ) Depois de verificar se a crianga conhece os pares de pa- lavras que costumam ocorrer associados, dar apenas 0 primeiro vocabulo para a crianga completar 0 par: a) boca e nariz sarfo e faca gato e cachorro | agulha e linha pao com manteiga papel e lapis preto e branco corte e costura lapis e borracha arroz com feijao cao e gato pai e mae calca e carnisa martelo e prego sala e quarto meia e sapato | agua e sabao ponto e virgula cara ou coroa copa e cozinha fruta e verdura ouro e prata café com leite porta e janela bee mao branco no preto mesa e cadeira b) Contar historias curtas, pedindo antes para @ crianga “guardar na cabega” determinados nomes. Por exemplo, combinar com a crianca que ela deve guardar 0 nome de uma coisa que em geral fica no banheiro e aparece na se- guinte historia: 127 cem ni 128 SYLVIA FREITAS MACHADO, Ruhao € um macaco superespert Janeiro. Sabe, ele conhece quase nhece. ele sabe o que é 1 © Ele Vive ng tudo que uma Adto de pitha, escova de ake 0 que € astronauta. Seu sonho é ir Para a Lua dente, = Tuma eg, Instrugao: guarde na cabeca os nomes de Cores que ssa historia Pare. Os jogos abaixo sao Propostos em Vygotsky (1989, PP. 46-50): ©) Nesse jogo, a crianga deve responder as questoes sem usar determinadas palavras, e apenas uma Para respon- der, com e sem o apoio de algumas fichas de cores: 1. N&o pode usar os nomes das cores verde e amarelo. responder com uma unica palavra e sem apoio de fichas: a) Vocé tem amigo? 5) Qual é a cor de sua camisa? © Vocé ja viajou de trem (ou 6nibus)? d) Qual é a cor dos vagoes (ou do 6nibus)? ©) Vocé quer crescer? f) Voce ja foi alguma vez ao teatro (ou cinema, OU Circo)? ®) Voce gosta de brincar no quarto (ou rua)? h) Qual é a cor do chao? 1) E das paredes? ee ee re PROCESSAMENTO AUDITIVO ) Vocé sabe escrever? ) Voce ja viu uma flor chamada lilas? 1) Qual éa cor do lilas? m) Vocé gosta de doces? n) Vocé ja esteve num sitio? 0) Quais as cores das folhas? p) Vocé sabe nadar? | q) Qual a sua cor preferida? 1) Para que usamos lapis? As palavras proibidas sao: azul e vermelho, mas sao ofe- recidos cartées dessas cores. Continua valendo que so pode ser usada uma palavra para responder, e acrescen- nao se pode repetir 0 nome de tase uma nova regra cor que ja tenha sido usada em resposta anterior. Vocé costuma passear na rua? Qual é a cor das casas? O sol esta forte hoje? Qual é a cor do céu? Vocé gosta de bala? f) Vocé ja viu uma rosa? g) Vocé gosta de verdura? h) Qual é a cor do tomate? a) b) © d ge i) Ede um caderno? j) Vocé quer brinquedos? k) Vocé joga bola? 1) Equal é a cor da bola? m) Vocé vive na cidade? n) Vocé viu o jogo de futebol? ©) Qual era a cor da camisa do seu time? SYLVIA FREITAS MACHADO ) Voce tem um livro de historias? Qual é a cor da capa? 1» Quando é que fica escuro? 3 As palavras proibidas sao as mesmas, assim - perguntas @ a regra de iesponder com uma Unica pa Javra, porém acresc emtam-se Oito cartées Coloridos MO as entre eles as cores proibidas e umas Perguntas para avaliar a) Como €, vocé acha que ganhou 0 jogo? b) O que é que vocé nao poderia fazer pat ©) Eo que mais? Quando se trata de crianca com disturbio de proces auditivo, a orientagdo a ser dada aos pais, as pessoas de mais frequente e a escola deve tomar por base o de to visto como uma a¢ao comunicativa, ou seja, na sar apenas na audicao, mas no entorno, o que in ciais € emocionais da crianga e sua familia. Cot criancga que tem alguma dificuldade no desenvolvi vezes, bastante dificil, mas organizando a comuniea (a0 € a interlocugao, traz um alivio para todos p sentir a competéncia de cada um, eliminando as sionadas pelas dificuldades da crianga. Em primeiro lugar, o desenvolvimento nao é isolado, a nao ser que pensemos em desenvolvi Alé este precisa do convivio para amadurecer, p dizagem que os sistemas funcionais organicos racao de forma social Da mesma manei organicos determinam os Produtos de aprend minam o desenvolvimento das habilidades do: Nais organicos. Para entender essa afirmacgao, 130 PROCESSAMENTO AUDITIVO a audigado, da visdo, da inteligéncia, da dade de interagir. desenvolvimento como a¢aéo comunica- mtece "2 falta di e ou da capaci ci morte o ensamos 0 Qu iderar mais de uma pessoa no proceso. Se- cons! 2 eas proprias de um grupo de pessoas, incluindo a que motivarao 0 processo de desenvolvimento. A moti- po vai determinando a competéncia interativa da | crianca, ist0 é, a capacidade de participar das interacées feitas pelos acoes e pelo discurso, sendo este funcional, contextual. (Os processos de amadurecimento e de aprendizagem percor- rem uma série irreversivel de estagios, sendo marcados por cri- ses. A cada crise solucionada de forma produtiva, 0 desenvolvi- mento se afasta dos perigos de se tornar patolégico (ou mais patologico), correndo em direcéo de uma autonomia crescente, com marcas da consciéncia individual e coletiva. Es: rade se ver a educacao inclusiva, em que 0 que im| soa com suas necessidades proprias, sejam elas ndo, suas competéncias, sua expressdes, enfim, crian¢as | yacao desse grul comunicativa. O comportamento do animal, do ponto de vii tem duas formas fundamentais de manifesta¢ao: herdada de todas as geracées anteriores (a abelha aranha tece sua teia), € a outra € 0 que o animal a @ vida (0 cachorro aprende a sentar, 0 macaco ee ae a crianga e 0 papagaio aprende! forma de pe do homem, eee exist portamento adquirido durante a vida ee 'quirindo comportamentos que nao sao a| 8, biolégicos, como nos animais, mas com ee * Rie | SYLVIA FREITAS MACHADO. rem a atividade, seja dos animais ou do homem A bac re seu grupo, totalmente ligada a sobrevivencig: Sin © fator mais importante do desenvolvime, Nto do que marca a diferenga do desenvolvime; home ; ie do animal ¢ o °° ranst orma, pe! as is. A mente ci cape ge e sinati, " ma gradativa, fransformé.ig = sinal interno. Por exemplo, a acéo de beber agua no Copo € ane hzada em inumeras experiéncias compartilhadas com OS adultos, ate ser internalizada pela crianca. Ela nao aprende a beber gua Ne Copo porque € uma capacidade inata do homem, mas Porque © seu aparato fisico permite reproduzir uma acéo compartilhada, motivada pelo grupo. nismo de apropriagao, aquele que as e ruturas externas em interna: algo no mundo externo e, de for Conforme ja visto, sinalizar significa dirigir a atencao para algo no mundo externo de acordo com um referente da Ppreferén- cia do mundo interno, relacdo esta real num universo simbilico, por onde passam as a¢des comunicativas. O desenvolvimento so- Ciolingiiistico se da por fases que comec¢am com as expectativas de acdes comunicagoes, a interpretacao delas, sempre seguindo @ diregao da inclusdo e interpretagao dos papéis sociais, com- preendidos desde o nascimento pela capacidade interativa dos Sujeitos envolvidos. Aprender conceitos, fazer associagdes mentais e operagdes logicas do pensamento nao sao Possiveis s6 porque a crianga se submete ao aprendizado formal, mas porque ela adquire as expe- rencias de forma generalizada pela linguagem. Compartilhando om 0 adulto as experiéncias de aprendizado, na familia e na es Cola, cla chegara a fazer as Seneralizagdes conceituais e logicas. Entretanto, ae ; 60 Ssencla do desenvolvimento da linguagem & : desenvolvimento das habilidades fundamentais do discurso. !ni- 132 ecidas as relacdes simples de som-conteu- nivel intermediario de estabelecimento das cais e, finalmente, o conjunto de funcoes crianga na comunidade lingiiistica ente, $40 estabel cal™ gando Pot um do. 5 jexico-gramatl eo agem integra aa Da aprendizagem se da pelo mecanismo de apropria- com ea gendo. portanto, uma atividade compartilhada, essas fun- 0. “ fel, ‘, 7 40 adquiridas num movimento dos persona- ¢ yes da inguage™ : vidos NO processo de desenvolvimento, ou seja, janca. A funcao reguladora, por exemplo, € a primeira o adulto controla 0 comportamento do bebé, undo ao seu redor, tes- Q ns envol adultos & cn asef aprendida - do-o, nomeando as coisas do mt etc. Depois virao as outras fungoes, até interpretan' tando seu conhecimento chegat a0 dominio do discurso, que inclui todas as fungées: ins- rrumental, interacional, pessoal, heuristica € informativa. A cada etapa do desenvolvimento, formas particula rividade colocam a crian¢a diante de problemas que de uma solugao. Esta, compartilhada com © adulto, serve forgo positivo”, revelando tanto para a propria crianca para o adulto a eficiéncia da solucdo. O desvio para 0 dest mento patolégico ocorre quando adulto e crianga vem lugéo como algo ineficiente. Se © adulto esta sempre “nao, nao é assim” para a crian¢a, ela nao se vé efi escolha da solucdo, nem o adulto vé a crianga como € sendo a aco comunicativa, portanto, ineficiente, ou wl (40 ineficaz. ee ee eficaz, o adulto vai interpretar q desenvolincne dy do contexto e dentro da zona pro one rey daquele momento concreto € daquel a e tee incorporada a linguagem introduz , analisar e atuar no mundo, que sao impos cer no isolamento de situacdes, como fazer a crianga repe. acontet tir inumeras vezes uma lista de 9. Se o adulto da a pista de como se produz tal fonema, palavras com determinado fone. ma sonor indicando sonoro € Se qual a diferenga marcante entre a producao do fonema uu Oposto surdo, podera iniciar uma negociagao que é eficaz durante uma conversa qualquer, pois 0 conhe- istas acusticas pode ser resgatado nos momentos cimento das pt oportunos de aprendizagem (zona de desenvolvimento proximal) A linguagem, que encerra a experiéncia e 0 conhecimento de pertinente € geracdes e geragdes, intervem no processo de desenvolvimento da crianca desde o inicio e enquanto houver possibilidade de aprendizado. A interlocucao leva a aquisi¢ao de um sistema lin- giistico, possibilita a reorganizacao de todos os processos mentais da crianga, tanto do ponto de vista social quanto bioldgico. Enfim, o que deve ser pontuado aqui € o fato de que nao se pode tratar um disturbio do processamento como se fosse algo isolado. E um fato verdadeiro e irrefutavel que a terapia se realiza pela linguagem e na linguagem, negociando com a crianga as estratégias para o melhor desempenho, sem colocar problemas insoluveis, como repetir palavras de uma lista. Tive a oportunidade de ler na internet uma crOnica que trata- va da metafora da borboleta e a psicopedagogia. Era mais ou menos isso: alguém descobre um casulo exatamente no momen- to an que a borboleta comegava a romper o invélucro para de 1a sair. Como € um processo demorado, a inabilidade em lidar com @ espera fez com que essa pessoa resolvesse esquentar 0 casulo See borboleta se arrastando com ane ant: hi ean 8 © corpo tremendo no esforco de 134 Pe | PROCESSAMENTO AUDITIVo, desdobrar as asas. Mas foi inutil 0 esforco em Continuar bafej do em cima da borboleta, ou mesmo de coloca-ta Na palm 2jan- mao para esquenta-la; a borboleta Morreu. O desrespeito a : = natureza impediu a realizacdo do Nascimento da borboleta, embo- rao processo tenha sido praticamente Natural, A lagarta se alimen- tou para crescer, passou por um longo Periodo de transformacao para tornar-se um casulo. Mas nao conseguiu completar o fenéme- no natural de sobrevivéncia por interferéncia inabil do homem A competéncia da transformacao esta diretame nada ao tempo, as experiéncias, a apropriaga Os disturbios da aprendizagem, incluindo n mento auditivo, séo como 0 alimento que a Fante 0 processo de transformacao, as etapas fungao do tempo e de uma ordem preestabele competente admite o fator tempo, leva em um conhecimento reconhecer as pistas audit elas podem ser oferecidas como estratégia: Negociadas entre adulto e crianga, e recuperat Sarias para que ocorra a apropriacao desse sab Intervir no processo de desenvolvimento 4¢40 comunicativa, em que existe co-autoria, entre o terapeuta, a crianga, sua familia e p ®sa € a forma de se fazer da avaliagao do pro voum instrumento significativo, que vale a pel

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