You are on page 1of 76
‘armas com br Aono cue de 2 826061 LUZ CARLOS BREW, Iazrsimg@oma com em 130820202045.30 NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 16868-1 Primeira edigao 10.08.2020 Alvenaria estrutural Parte 1: Projeto ‘Structural masonry Part 1: Design Ics 91,080.30 ISBN 978-65-5659-996-8 [ASSOCIAGAO Numero de referéncia BRASILEIRA ABNT NBR 16868-1:2020 DENORM a TECNICAS 70 paginas © ABNT 2020 Fut. ‘Noma com or enon ecto de 21402 386-31. CARLOS BRE, por futramebgmetcom| am 1182020204890 ‘armas com br Aono cu de 24 26001 LUZ CARLOS BREW, arom oma com em 18082020204530 ABNT NBR 16868-1:2020 ‘@ABNT 2020 ‘Todos 0s direitos reservados. A menos que especiicado de outro modo, nenhuma parte desta publicagao pode ser reproduzida ou utilzada por qualquer meio, aletrdnico ou mecanico, incluindo fotocépia e microfiime, sem permissao por escrito da ABNT. ABNT ‘Av-Treze de Maio, 13 - 28° andar 2031-201 - Rio de Janeira - RJ Tel: +55 21 3974-2300 Fax: + 55 21 3974-2346 abnt@abnt.org.br ‘wwwabnt.org.br {© ABNT 2020 - Todos os dls reservados : g i i i ‘armas com br Aono cue de 2 826061 LUZ CARLOS BREW, Iazrsimg@oma com em 130820202045.30 ABNT NBR 16868-1:2020 Sumario Pagina Prefacio 1 ESCOPO srenssmnennnmennennennsnenee a 2 Referéncias normativas. 3 Termos e definicdes 4 ‘Simbolos e abreviaturas. 5 Requisitos 6 Propriedades da alvenaria e de seus componentes. 7 ‘Seguranga e estados-limite.. 8 Agées na andlise estrutural...nneennmnnv a 9 Andlise estrutural 10 Limites para dimensées, deslocamentos € fissuras «0... a 1" Dimensionamento 12 Disposi¢es construtivas e detalhamento ‘Anexo A (normativo) Dano acidental e colapso progressivo... At Principi A2 Danos acidentai A3 Verificagao do colapso progressivo. A4 Detalhes construtivos .nsunnnnnnee ‘Anexo B (normative) Alvenaria protendida Ba Dimensionamento de alvenaria protendida. = B2 Execugao de alvenaria protendida... Anexo C (normativo) Parede com indice de esbeltez superior a 30 C4 Especificagées.. C2 Determinagao do momento de calculo total c3 Calculo do destocamento de primeira ordem Ao. ‘Anexo D (informativo) Alvenaria participante Da Genoralidades..eiennennnnnsen SAEEE a D2 Paredes participants Anexo E (informativo) Painel sob agdo lateral fora do plano... EA Generalidades. E2 Coeficiente de ortogonalidade. E3 Calculo dos esforgos.. E4 Alvenaria nao armada ES Alvenaria armada Anexo F (informativo) Especificagao dos materi FA ESpecificagao vasesmmmnmnmnrnenennn eee eeneneenee 9 jografia.. (© ABNT 2020 - Todos 05 direitos reservados il snebgmetcom| am 20202048 0 Nomascom ic Acer rcv de 2 38-BHLIZ CARLOS BREA, ar ‘armas com br Aono cue de 2 826061 LUZ CARLOS BREW, Iazrsimg@oma com em 130820202045.30 ABNT NBR 16868-12020 Prefacio AAssociagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalizacao. As Normas Brasileiras, cujo contetido é de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizacao Setorial (ABNT/ONS) e das Comissées de Estudo Especiais (ABNT/CEE), so elaboradas por Comissées de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da normalizagao. Os Documentos Técnicos ABNT sao elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2. AABNT chama a atencao para que, apesar de ter sido solicitada manifestacao sobre eventuais direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados 4 ABNT a qualquer momento (Lei n° 9.279, de 14 de maio de 1996) Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO ¢ IEC), so voluntarios e nao incluem requisitos contratuais, legais ou estatutarios. Os Documentos Técnicos ABNT nao substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuarios devem atender, tendo precedéncia sobre qualquer Documento Técnico ABNT. Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citagéo em Regulamentos Técnicos. Nestes casos, os 6rg4os responsaveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as datas para exigéncia dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT. AABNT NBR 16868-1 foi elaborada no Comité Brasileiro da Construgao Civil (ABNT/CB-002), pela Comissao de Estudo de Alvenaria Estrutural (CE-002:123.010) em conjunto com o Comité Brasileiro de Ceramica Vermelha (ABNT/CB-179). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n° 02, de 19.02.2020 a 20.04.2020. AABNT NBR 16868-1 cancela e substitui as ABNT NBR 15812-1:2010 e ABNT NBR 15961-1:2011 Esta ABNT NBR 16868-1:2020 nao se aplica aos projetos de construgao que tenham sido protocolados para aprovacéo no érgéo competente pelo licenciamento anteriormente a data de sua publicagdo como Norma Brasileira, nem aqueles que venham a ser protocolados no prazo de até 180 dias apés esta data. AABNT NBR 16868, sob 0 titulo geral “Alvenaria estruturaf’, tem previsdo de conter as seguintes partes: — Parte 1: Projeto; — Parte 2: Execucdo e controle de obras; — Parte 3: Métodos de ensaio; — Parte 4: Estrutura em situagao de incéndio; — Parte 5: Projeto para ages sismicas. iv (© ABNT 2020 - Todos os dries reservados FLA Nomascom ic Acer rca de 82 386-O1LIZ CARLOS BREM, pr ztrm@gmal cn em 190820202048 30 ‘armas com br Aono cue de 2 826061 LUZ CARLOS BREW, Iazrsimg@oma com em 130820202045.30 ABNT NBR 16868-1:2020 (© Escopo em inglés da ABNT NBR 16868-1 6 0 seguinte: Scope This Part of ABNT NBR 16868 establishes the requirements to the design of masonry structures. This Part of ABNT NBR 16868 also applies to the analysis of structural elements of masonry inserted into other structural systems. This Part of ABNT NBR 16868 does not include requirements to avoid limit states generated by actions such as earthquakes, impacts, explosions and fire. This Standard applies only to olay block and brick masonry and concrete block masonry. (© ABNT 2020 - Todos 05 direitos reservados v i : i 8 i Narmoscom Abst excl oe 4 82 38-811 LUZ CARLOS BRE ‘armas com br Aono cue de 2 826061 LUZ CARLOS BREW, Iazrsimg@oma com em 130820202045.30 NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 16868-1: Alvenaria estrutural Parte 1: Projeto 1 Escopo Esta Parte da ABNT NBR 16868 estabelece os requisitos para 0 projeto de estruturas de alvenaria. Esta Parte da ABNT NBR 16868 também se aplica a andlise do desempenho estrutural de elementos de alvenaria inseridos em outros sistemas estruturais. Esta Parte da ABNT NBR 16868 ndo inclui requisitos para evitar estados-limite gerados por ages como sismos, impactos, explosdes e fogo. Esta Norma s6 é aplicavel a alvenaria de blocos e tijolos ceramicos e de blocos de concreto. 2. Referéncias normativas Os documentos a seguir so citados no texto de tal forma que seus contetidos, totais ou parciais, constituem requisites para este Documento. Para referéncias datadas, aplicam-se somente as ediges citadas. Para referéncias nao datadas, aplicam-se as edigdes mais recentes do referido documento {incluindo emendas). ABNT NBR 5738, Concreto — Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova ABNT NBR 5739, Conoreto - Ensaio de compresséo de corpos de prova cilindricos ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto — Procedimento ABNT NBR 6120, Cargas para o calculo de estruturas de edificages ABNT NBR 6123, Forgas devidas ao vento em edificagdes ABNT NBR 6136, Blocos vazados de concreto simples para alvenaria ~ Requisitos ABNT NBR 7480, Aco destinado a armaduras para estruturas de concreto armado — Especificagao ABNT NBR 8681:2003 Versdo Corrigida:2004, Ades e seguranea nas estruturas ~ Procedimento ABNT NBR 13281, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos — Requisitos ABNT NBR 15270-1, Componentes cerdmicos — Blocos e tijolos para alvenaria — Parte 1: Requisitos ABNT NBR 16868-2, Alvenaria estrutural — Parte 2: Execugao e controle de obras ABNT NBR 16868-3, Alvenaria estrutural — Parte 3: Métodos de ensaio 3. Termos e definigées Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definigées. © ABNT 2020 — Todos os direitos reservados 1 FL7. ‘armas com br Aono cue de 2 826061 LUZ CARLOS BREW, Iazrsimg@oma com em 130820202045.30 ABNT NBR 16868-1:2020 34 amarragao direta de paredes padrao de ligacdo de paredes por intertravamento de blocos ou tijolos, respeitando a superposi¢ao em toda a espessura NOTA1 comprimento de superposigdo tem no minimo 9 cm eno minimo 1/4 do comprimento dos blocos ou tijoios. NOTA2 A amarragdo direta de paredes é obtida com a interpenetracao alternada de 50 % das fiadas de uma parede na outra ao longo das interfaces comuns. 3.2 amarragao direta no plano da parede padréo de distribuigao dos blocos ou tijolos no plano da parede, no qual as juntas verticais se defasam em no minimo 9 cm e no minimo 1/4 do comprimento dos blocos ou tijolos 33 amarracio indireta de paredes padrao de ligacéio de paredes com junta vertical a prumo, em que o plano da interface comum 6 atravessado por armaduras normalmente constituidas por grampos metélicos devidamente ancorados em furos verticais adjacentes grauteados ou por telas metalicas ancoradas em juntas de assentamento 3.4 area bruta rea de um componente ou elemento, considerando-se as suas dimensées externas e desprezando-se a existéncia dos furos e vazados 35 rea efetiva parte da rea liquida de um componente ou elemento, sobre a qual efetivamente é disposta a argamassa adicionada a area grauteada 36 rea liquida rea de um componente ou elemento, com desconto das areas dos furos e vazados 37 bloco componente bésico da alvenaria com altura maior ou igual a 115 mm, podendo ser vazado, perfurado ou macigo 38 cinta elemento estrutural armado apoiado continuamente na parede, ligado ou ndo as lajes, vergas ou contravergas. 3.9 componente menor parte constituinte dos elementos da estrutura NOTA Os principais componentes so: bloco ou tijolo, junta de argamassa, graute e armadura 2 © ABNT 2020 — Todos os direitos reservados FLe. ‘armas com br Aono cue de 2 826061 LUZ CARLOS BREW, Iazrsimg@oma com em 130820202045.30 ABNT NBR 16868-1:2020 3.10 contraverga elemento estrutural armado colocado sob 0 vao de abertura, com a fungao de prevenir de fissurago nos seus cantos 3.14 coxim elemento estrutural nao continuo, apoiado na parede, para distribuir cargas concentradas 3.42 elemento parte da estrutura suficientemente elaborada, constituida da reunido de dois ou mais componentes 3.13 elemento de alvenaria armado elemento de alvenaria no qual sao utilizadas armaduras passivas que so necessérias para resistir aos esforcos solicitantes 3.14 elemento de alvenaria nao armado elemento de alvenaria no qual nao ha armadura dimensionada para resistir aos esforgos solicitantes 3.45 elemento de alvenaria protendido elemento de alvenaria no qual sao utilizadas armaduras alivas 3.16 enrijecedor elemento vinculado a uma parede estrutural, com a finalidade de produzir um enrijecimento na diregao perpendicular ao seu plano 3.47 excentricidade distancia entre 0 eixo de um elemento estrutural e a resultante de uma determinada aco que atue sobre ele 3.18 flange comprimento de trecho de alvenaria, fora do plano da se¢ao, considerado para aumento de rigidez da segdo transversal (ver Figura 5) 3.19 graute material cimenticio fluido, utilizado para preenchimento de espacos vazios da alvenaria, com a finalidade de solidarizar armaduras a alvenaria ou aumentar a sua capacidade resistente 3.20 junta de argamassa ‘componente utilizado na ligagao dos blocos ou dos tijolos, © ABNT 2020 — Todos os direitos reservados 3 FLo. ‘armas com br Aono cue de 2 826061 LUZ CARLOS BREW, Iazrsimg@oma com em 130820202045.30 ABNT NBR 16868-1:2020 3.21 junta nao amarrada no plano da parede padrao de distribuigo de blocos ou tijolos no plano no qual as juntas verticais se defasam menos que 9 cm e menos 1/4 do comprimento dos blocos ou tijolos NOTA — Usualmente as juntas verticais so alinhadas a prumo nessa configuragao. 3.22 parede elemento laminar que resista predominantemente a cargas de compressao e cuja maior dimenséo da ego transversal exceda cinco vezes a menor dimensao 3.23 parede estrutural toda parede admitida como participante da estrutura 3.24 parede no estrutural toda parede nao adi fa como participante da estrutura 3.25 pequena parede ‘corpo de prova que tenha no minimo um comprimento equivalente a dois blocos ou dois tijolos e altura equivalente a cinco vezes a espessura do bloco ou tiolo, e nao inferior a 70 cm 3.26 pilar elemento linear que resiste predominantemente a cargas de compresso e cuja maior dimensao da segao transversal nao excede cinco vezes a menor dimensao NOTA — Excluem-se desta definicao os trechos entre janelas com altura até 160 cm. 3.27 prisma corpo de prova obtido pela superposicao de blocos ou tijolos unidos por junta de argamassa 3.28 prisma cheio prisma de blocos vazados ou perfurados, preenchido por grauteamento 3.29 Prisma oco prisma de blocos vazados ou perfurados, sem grauteamento 3.30 componente basico da alvenaria com altura menor que 115 mm, podendo ser perfurado ou macigo 3.31 verga viga alojada sobre abertura de porta ou janela,com a funcdo exclusiva de transmissao de cargas verticais, para os apoios adjacentes a abertura 4 © ABNT 2020 — Todos os direitos reservados -FLI0- ‘armas com br Aono cue de 2 826061 LUZ CARLOS BREW, Iazrsimg@oma com em 130820202045.30 ABNT NBR 16868-1:2020 3.32 viga elemento linear que resiste predominantemente a flexdio e cujo vao seja maior ou igual a trés vezes a altura da segdo transversal 4 Simbolos e abreviaturas Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes simbolos e abreviaturas: 4.1 Letras minusculas a distancia ou dimenséo b largura br comprimento efetivo do flange bm largura da mesa de uma segao T @ altura util excentricidade e, _ excentricidade resultante do plano de flexdo f —_tensdo normal da armadura longitudinal fey _ tensdo normal da armadura transversal fs tesisténcia a compressao simples de cdlculo da alvenaria f, —_tesisténcia caracteristica a compressao simples da alvenaria fs tensdo nominal no cabo de protenséo fx resisténcia caracteristica de compresso simples do prisma foo resisténcia caracteristica de compressa simples da pequena parede fx resisténcia caracteristica de tragao na flexao fa resisténcia de calculo de tracao na flexao fa resisténcia caracteristica ao cisalhamento fq resisténcia de calculo ao cisalhamento da alvenaria fa tesisténcia de calcul de escoamento da armadura h altura he altura efetiva J Coeficiente para permitir transformagao de flexao obliqua em flexéo reta ks Coeficiente de dilatagao térmica da alvenaria k, —coeficiente de ditatacdo térmica do ago Vo ou comprimento ou espagamento fo vao efetivo Pp _ dimensao da segao transversal na diregao perpendicular ao eixo x q dimensao da segdo transversal na direao perpendicular ao eixo y © ABNT 2020 — Todos os direitos reservados 5 “Fut. ‘armas com br Aono cue de 2 826061 LUZ CARLOS BREW, Iazrsimg@oma com em 130820202045.30 ABNT NBR 16868-1:2020 Asw espagamento das barras da armadura transversal espessura espessura efetiva altura da linha neutra profundidade da regio de compresséo uniforme brago da alavanca Letras maidsculas rea bruta da seco transversal rea da seco transversal da armadura longitudinal de tracdo rea da seedo transversal da armadura longitudinal de compressao area da segao transversal da armadura de cisalhamento area da segdo transversal da armadura comprimida na face de maior compressao rea da segdo transversal da armadura na face oposta a de maior compressao rea da segdo transversal dos cabos de protensao fluéncia especifica médulo de elasticidade médulo de elasticidade da alvenaria médulo de elasticidade do ago do cabo de protenséo resultante das forgas de compressao na alvenaria valor de calculo de uma agao resultante das forgas axiais na armadura tracionada resultante das forgas axiais na atmadura comprimida valor caracteristico das agdes permanentes valor caracteristico de uma ago valor caracteristico da aco variével i altura indicador de tragao direta fator majorador da resisténcia de compressao na flexao da alvenaria vao ou comprimento momento fletor resistente de calculo momento fletor em torno do eixo x ‘momento fletor em torno do eixo y momento fletor efetivo em torno do eixo x momento fletor efetivo em torno do elxo y © ABNT 2020 — Todos os direitos reservados “FL2. ‘armas com br Aono cue de 2 826061 LUZ CARLOS BREW, Iazrsimg@oma com em 130820202045.30 momento fletor de caloulo de 2* ordem forca normal resistente de calculo coeficiente redutor devido a esbeltez esforgo resistente de cdlculo esforgo solicitante de calculo forga cortante absorvida pela alvenaria forca cortante de calculo médulo de resisténcia de flexao Letras gregas razo entre os médulos de elasticidade do aco e da alvenaria coeficiente auxiliar para célculo de espessura efetiva variagdo da temperatura variagdo média da tensao de protensao deformagao na armadura tracionada deformagao maxima na alvenaria comprimida diametro coeficiente de ponderacao das agdes permenentes coeficiente de ponderacao das agées varidveis coeficiente de ponderagao das resisténcias Indice de esbeltez coeficiente para redugao de agdes variaveis taxa geométrica de armadura longitudinal tensdo normal tensao normal de tracdo tensao normal de compressao tensao de cisalhamento tensao de calculo convencional de cisalhamento rotagao Angulo de desaprumo © ABNT 2020 — Todos os direitos reservados “FLI3. ABNT NBR 16868-1:2020 ‘armas com br Aono cue de 2 826061 LUZ CARLOS BREW, Iazrsimg@oma com em 130820202045.30 ABNT NBR 16868-1:2020 5 Requisitos 5.1 Qualidade da estrutura A solugao estrutural adotada em projeto deve atender aos requisitos de qualidade estabelecidos relativos A capacidade resistente, ao desempenho em servico e a durabilidade da estrutura, conforme 5.1.12 5.1.3. 5.1.1 Capacidade resistente © projeto deve ser consistente de modo a assegurar a seguranga a ruptura. 5.1.2 Desempenho em servico A estrutura nao pode apresentar danos que comprometam em parte ou totalmente 0 uso para o qual foi projetada e deve ter capacidade de manter-se em condigées plenas de utilizacao durante sua vida tt 5.4.3. Dural idade da estrutura A estrutura deve ter capacidade de resistir as influéncias ambientais previstas e definidas em conjunto pelo projetista estrutural e seu contratante, no inicio dos trabalhos de elaboragao do projeto. 5.2 Qualidade do projeto projeto de uma estrutura de alvenaria deve ser elaborado, adotando-se: a) sistema estrutural adequado a fungao desejada para a edificacao; b) ages compativeis e representativas; c) dimensionamento e verificagdo de todos os elementos estruturais presentes; d) _especificagao de materiais e componentes apropriados e de acordo com os dimensionamentos efetuados; ) _procedimentos de controle para projeto. projeto estrutural, antes de ser liberado para execugao, deve ser devidamente compatibilizado com os projetos das demais especialidades técnicas. As interferéncias desses outros projetos em elementos de alvenaria estrutural devem ser solucionadas antes de sua aprovacao final. 5.3 Documentagao do projeto © projeto de estrutura de alvenaria deve ser constituido por desenhos técnicos e especificagées. Esses documentos devem conter todas as informagées necessarias a execugao da estrutura de acordo com os critérios adotados, conforme descrito em 5.3.1 5.3.2 5.3.1 Desenhos técnicos © projeto deve apresentar desenhos técnicos detalhando as fiadas diferenciadas, exceto na altura das aberturas, e as elevagdes de todas as paredes. Em casos especiais de elementos longos repetitivos (como muros, por exemplo), plantas @ elevagdes podem ser representadas parcialmente. Devem ser apresentados, sempre que presentes: a) _posicionamento dos blocos ou tijolos especiais; b) detalhes de amarragao das paredes; 8 ‘© ABNT 2020 — Todos os direitos reservados “Ft. ‘armas com br Aono cue de 2 826061 LUZ CARLOS BREW, Iazrsimg@oma com em 130820202045.30 ABNT NBR 16868-1:2020 ©) localizagao dos pontos grauteados e das armaduras; 4) posicionamento das juntas de controle e de dilatagao. 5.3.2 Especificagdes As especificacées de projeto devem conter as resisténcias caracteristicas @ compressao dos prismas 008 e prismas cheios, e grautes, as faixas de resisténcia média a compressao (ou as classes conforme a ABNT NBR 13281) das argamassas, assim como a categoria, classe e bitola dos agos a serem adotados. Também podem ser apresentados os valores de resisténcia sugeridos para os blocos ou tijolos, de forma que as resisténcias de prisma especificadas sejam atingidas. planejamento e procedimentos de controle devem atender a ABNT NBR 16868-2 5.4 Avaliagao da conformidade do projeto 5.4.1 Entende-se por avaliagao de conformidade do projeto de estruturas de alvenaria a verificagao ea andlise critica do projeto, realizadas com o objetivo de avaliar se 0 projeto atende aos requisitos aplicaveis. 5.4.2 Aavaliagdo da conformidade do projeto de estruturas de alvenaria deve contemplar, entre outras, as seguintes atividades (integral ou parcialmente) a) _verificar se as premissas adotadas para o projeto estéio de acordo com o previsto nesta Parte da ABNT NBR 16868 e se todos os seus requisitos foram considerados; b) analisar as consideragées de calculo e verificar os resultados dos célculos; ¢) _analisar os desenhos que compdem o projeto, inclusive os detalhes construtivos. 5.4.3 A avaliacéo da conformidade do projeto deve ser realizada por profissional habilitado e independente em relagao ao projetista da estrutura. A avaliacdo deve ser registrada em documento especifico que deve acompanhar a documentacao do projeto citada nesta Parte da ABNT NBR 16868, 5.4.4 Arresponsabilidade pela escolha do profissional que for realizar a avaliacao da conformidade do projeto cabe ao contratante do projeto da estrutura. Esta responsabilidade pode ser do proprietario da obra, que, no caso de nao ter os conhecimentos técnicos necessarios para a escolha do profissional responsavel pela avaliacao da conformidade do projeto, pode designar um representante ou preposto para substitul-lo nesta atribuicao. 5.4.5 A avaliagado da conformidade do projeto é obrigatéria e deve ser realizada antes da fase de construgao e, de preferéncia, simultaneamente com a fase de projeto. NOTA — Erecomendavel que o profissional escolhido para realizar @ avaliagdo da conformidade do projeto possua experiencia em estruturas de alvenaria, 5.4.6 Recomenda-se ao projetista da estrutura alertar o seu contratante sobre a obrigatoriedade da avaliagao da conformidade do seu projeto nos termos previstos nesta subsecao. Cabe ao contratante informar ao projetista da estrutura quem é o profissional responsavel pela avaliagdo da conformidade do projeto. © ABNT 2020 — Todos os direitos reservados 9 -FLIS. ‘armas com br Aono cue de 2 826061 LUZ CARLOS BREW, Iazrsimg@oma com em 130820202045.30 ABNT NBR 16868-1:2020 6 Propriedades da alvenaria e de seus componentes 6.1 Componentes 6.1.1 Blocos e tijolos A especificagao dos blocos de concreto deve ser feita de acordo com a ABNT NBR 6136. A especificagao dos blocos e tijolos ceramicos deve ser feita de acordo com a ABNT NBR 15270-1. 61.2 Argamassa ‘As argamassas destinadas ao assentamento devem atender aos requisitos estabelecidos na ABNT NBR 13281. Para evitar risco de fissuras, recomenda-se especificar a resisténcia & compressdo da argamassa limitada a 1,5 vez da resisténcia caracteristica especificada para bloco. Aresisténcia da argamassa deve ser determinada de acordo com a ABNT NBR 13279. Alternativamente, podem-se utilizar as especificagdes da ABNT NBR 16868-2:2020, Anexo A. 6.1.3. Graute Quando especificado o graute, sua influéncia na resisténcia da alvenaria deve ser verificada em laboratério, nas condiges de sua utilizagao. A avaliacéo da influéncia do graute na compressao deve ser feita mediante o ensaio de compressdo de prismas, pequenas paredes ou paredes. Para consideragao das sugestées da Tabela F.1, a resistencia a compresso caracteristica deve ser especificada com valor minimo de 15 MPa. A resisténcia caracteristica do graute deve ser determinada de acordo com as ABNT NBR 5738 e ABNT NBR 5739. 6.1.4 Ago A especificagao do ago deve ser feita de acordo com a ABNT NBR 7480, Na falta de ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, pode-se admitir 0 médulo de elasticidade do aco igual a 210 GPa. 6.2 Alvenaria 6.2.1 Propriedades Os valores das propriedades da alvenaria podem ser adotados de acordo com a Tabela 1 Com relagao a geometria, a parede construida com junta amarrada no plano da parede pode ser estrutural. Toda parede com junta nao amarrada no seu plano deve ser considerada nao estrutural, salvo se existir comprovagdo experimental de sua eficiéncia. 10 ‘© ABNT 2020 — Todos os direitos reservados “Fu. ‘armas com br Aono cue de 2 826061 LUZ CARLOS BREW, Iazrsimg@oma com em 130820202045.30 ABNT NBR 16868-1:2020 Tabela 1 — Propriedades da alvenaria ‘Componente Propriedade Valor 800 fx Se fy, $20 MPa Moédulo de deformagao longitudinal 750 fp $e fay = 22 © 24 MPa 700 fix $0 fix 226 MPa Coeficiente de Poisson 0,20 Bloco de _ | Coeficiente de dilatagao térmica linear 9,0 108°C7 concreto | Coeficiente de deformagao unitaria por retracao da alvenaria® Osuna Coeficiente de fluéncia especifica (considerando tens6es na area liquida, ajustar os valores para area bruta conforme 0 caso). 0,36 mmim/MPa Médulo de deformagao longitudinal 600 fa. Coeficiente de Poisson 0,45 Coeficiente de dilatagao térmica linear 6,0 108°C" Bloco = 5 i ce, | Coeficiente de expansao por umidade 300 x 10% mmimm z Coeficiente de fluéncia especitica i (considerando tensées na rea liquida, i ausar os valores para area bruta CDT 5 conforme 0 caso) e Médulo de deformagao longitudinal 600 foe 2 Coeficiente de Poisson 0.5 : Tilo | Coeficiente de dilatagao térmica linear 60% 100°C 3 ceraimico : Coeficiente de expansao por umidade 300 x 10® mm/mm 3 Coeficiente de fluéncia especifica 0,15 mm/m/MPa 4 ® Este valor deve ser aumentado para 600 x 10 mm/mm quando os blocos forem produzidos sem cura i ‘a vapor e na verificagao de perdas quando a protensao for aplicada antes de 14 dias apés a execucao da : parede. a i 6.2.2 Resisténcias 5 6.2.2.1 Valores de calculo A resisténcia de calculo 6 obtida pela resisténcia caracteristica dividida pelo coeficiente de ponderagao das resisténcias. 6.2.2.2 Coeficientes de ponderacao das resistencias Os valores para verificagao no estado-limite ultimo (ELU) esto indicados na Tabela 2 € s4o adequados para obras executadas de acordo com as especificagdes da ABNT NBR 16868-2. © ABNT 2020 — Todos os direitos reservados 1 “Fur. ‘armas com br Aono cue de 2 826061 LUZ CARLOS BREW, Iazrsimg@oma com em 130820202045.30 ABNT NBR 16868-1:2020 Tabela 2— Valores de yn ‘Combinagoes Alvenaria | Graute ‘Aso Normals 2.0 2.0 1.15 Especiais ou de construgao, 16 15 1.15 Excepcionais 18 18 1.0 Para verificagdes do ELS, deve ser utiizado 0 valor yn = 1,0. 6.2.2.3 Compressao simples A resisténcia caracteristica 4 compressao simples da alvenaria f, deve ser determinada com base no ensaio de paredes (ver ABNT NBR 16868-3). No caso de alvenaria de blocos de 190 mm de altura e junta de argamassa de 10 mm, esse valor pode ser estimado como 70 % da resisténcia caracteristica de compressao simples de prisma fyx ou 85 % da pequena parede fox. No caso de uso de tijolos, a resisténcia caracteristica 4 compressdo simples da alvenaria pode ser estimada como 60 % da resisténcia caracteristica de compressao simples de prisma fri. As resisténcias caracteristicas de paredes ou prismas devem ser determinadas de acordo com as especificagdes da ABNT NBR 16868-3. ‘Se as juntas horizontais forem assentadas com argamassa parcial (argamassa horizontal disposta apenas sobre as paredes longitudinais dos blocos) e se a resisténcia for determinada com base no ensaio de prisma ou pequena parede, moldados com a argamassa aplicada em toda a area liquida dos blocos, a resistencia caracteristica & compressao simples da alvenaria deve ser corrigida pelo fator 0,80. Quando a geometria do bloco no permitir alinhamento vertical entre os septos transversais dos blocos na elevagao da parede, 0 calculo deve ser feito considerando argamassa parcial. Pontos eventuais de desalinhamento podem ser desconsiderados. As correlagées indicadas nesta subsecao podem ser alteradas, desde que justificadas por resultados de ensaios. 6.2.2.4 Compressio na flexio As condig6es de obtencao da resisténcia fy devem ser as mesmas da regio comprimida da peca no que diz respeito & porcentagem de preenchimento com graute e a direcdo da resultante de compressao relativa a junta de assentamento. Na verificagdo de tensées localizadas, na diregdo normal as juntas de assentamento, considerando a distribuigdo linear de tensées sem plastificagao, a resisténcia a compressdo na flexao pode ser admitida: — na flexo fora do plano da parede: igual a 1,5 f, para trecho nao grauteado de alvenaria e a 2,0 f: para trecho totalmente grauteado de alvenaria; — na flexo no plano da parede: igual a 1,5 f, para trecho nao grauteado de alvenaria e a para trecho grauteado de alvenaria. 12 © ABNT 2020 — Todos os direitos reservados “Fue. maaan ‘armas com br Aono cue de 2 826061 LUZ CARLOS BREW, Iazrsimg@oma com em 130820202045.30 ABNT NBR 16868-1:2020 Quando a compresséo ocorrer em diregao paralela as juntas de assentamento (como no caso usual de vigas), a resisténcia caracteristica na flexdo pode ser: a) igual a resisténcia compressao na diregdo perpendicular as juntas de assentamento, se a regio comprimida do elemento de alvenaria estiver totalmente grauteada: b) igual a 50 % da resisténcia a compressao na diregao perpendicular as juntas de assentamento, em caso contrario. 6.2.2.5 Tragdo na flexdo Permite-se a consideragao da resisténcia a tragao da alvenaria sob flexao, segundo os valores caracteristicos especificados na Tabela 3, valida para assentamento com juntas verticais preenchidas. Tabela 3— Valores caracteristicos da resisténcia a tragao na flexao — fx fa Resisténcia média a cif ‘compressao da diko asics argamassa apa cutee ete Diregao da tracao paralela a fiada Entre 153.4 MPa 0.10 0,20 Ente 3,5 € 7,0 MPa 0.20 0.40 ‘Acima de 7,0 MPa 0,25 0,50 6.2.2.6 Cisalhamento na alvenaria As resisténcias caracteristicas ao cisalhamento em juntas horizontais de paredes sao os valores apresentados na Tabela 4, em fungdo da faixa de resisténcia da argamassa. Os valores sao validos para assentamento com juntas verticais preenchidas durante o assentamento Tabela 4 — Valores caracteristicos da resisténcia ao cisalhamento em juntas horizontais de paredes (fu) Resisténcia média a compressao da argamassa a Entre 159.4 MPa 0,10 +0,5 0510 Entre 3.5 ¢ 7,0 MPa 0,15 +05 0514 ‘Acima de 7,0 MPa 0,35 + 0,6 0517 @ @ a tensio normal de pré-compressao na junta, considerando-se apenas as ag5es| Permanentes ponderadas por coeficiente igual a 0,9 (aca favoravel) A resisténcia caracteristica ao cisalhamento na interface vertical de paredes com juntas amarradas pode ser igual a 0,60 MPa. Para peas de alvenaria estrutural submetidas @ flexéo e quando existirem armaduras perpendiculares ao plano do cisalhamento e envoltas por graute, a resisténcia caracteristica ao cisalhamento pode ser obtida por: f= 0,35 + 17,5 p 0,7 MPa © ABNT 2020 — Todos os direitos reservados 13 “Fue. i i : ‘armas com br Aono cue de 2 826061 LUZ CARLOS BREW, Iazrsimg@oma com em 130820202045.30 ABNT NBR 16868-1:2020 Sendo p = a a taxa geométrica de armadura, limitada ao valor maximo igual a 2 %; onde A, 6a area da armadura principal de flexao; b @alargura da segdo transversal; dé altura util da segao transversal. 6.2.2.7 Aderéncia (s valores da resisténcia caracteristica de aderéncia podem ser adotados de acordo com a Tabela 5 Tabela 5— Resisténcia caracteristica de aderéncia em fungao do tipo de barra de aco Resisténcia caracteristica de aderéncia Tipo de aderéncia MPa Barras corrugadas Barras lisas Entre ago e argamassa 0,10 0,00 7 Seguranga e estados-limite 7.4 Critérios de seguranca Os critérios de seguran¢a desta Parte da ABNT NBR 16868 baseiam-se na ABNT NBR 8681. 7.2. Estados-limite Devem ser considerados todos os estados-limite ultimos ¢ estados-limite de servico. 7.3 Estados-limite ltimos (ELU) ‘A seguranga deve ser verificada em relagao aos seguintes EL a) ELU da perda do equilibrio da estrutura como corpo rigido; b) ELU de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no todo ou em parte; c) ELU de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no todo ou em parte, considerando os efeitos de segunda ordem; 4) ELU provocado por solicitagées dindmicas; ) ELU de colapso progressivo (ver Anexo A para detalhes de critério normativo); f) outros ELU que possam ocorrer em casos especiais. 14 © ABNT 2020 — Todos os direitos reservados ‘armas com br Aono cv de 214 8226001 LUIZ CARLOS BREW, aroma com em 130820202045 52 ABNT NBR 16868-1:2020 7.4 Estados-limite de servico (ELS) Os estados-limite de servigo esto relacionados a durabilidade, aparéncia, conforto do usuério e funcionalidade da estrutura. Devem ser verificados os ELS relativos a: a) danos que comprometam apenas o aspecto estético da construgdo ou a durabilidade da estrutura; b) _deformagées excessivas que afetem a utilizagdo normal da construgao ou seu aspecto estético; c) _vibragéo excessiva ou desconfortavel. 8 Agées na anilise estrutural 8.1 Disposigées gerais Para ages na andlise estrutural deve-se considerar ABNT NBR 8681. Na andlise estrutural deve ser considerada a influéncia de todas as agdes que possam produzir efeitos significativos para a seguranga da estrutura, levando-se em conta os possiveis estados-limite tltimos 08 de servigo. As agées a serem consideradas classificam-se em: a) _agdes permanentes; b) agées varidveis; ©) _agdes excepcionais. 8.3 Ages permanentes So agdes que apresentam valores com pequena variagdo em tomo de sua média durante praticamente toda a vida da estrutura 8.3.1 Ages permanentes diretas 8.3.1.1 Peso especifico Na falta de uma avaliagdo precisa para o caso considerado, podem-se utilizar os seguintes valores como peso especifico aparente de alvenarias, sem revestimentos, devendo-se acrescentar o peso do graute, quando existente: a) valor de 14 kNim* para a alvenaria de blocos de concretos vazados; b) valor de 12 kNim® para a alvenaria de blocos cerémicos vazados com paredes vazadas; ) valor de 14 kNim* para a alvenaria de blocos ceramicos vazados com paredes macigas; d) valor de 18 kN/m* para a alvenaria de tijolos macigos. © ABNT 2020 ~ Todos os direitos reservados 15 ‘armas com br Aono cv de 214 8226001 LUIZ CARLOS BREW, aroma com em 130820202045 52 ABNT NBR 16868-1:2020 8.3.1.2 Elementos construtivos fixos e instalagées permanentes, ‘As massas especificas dos materiais de construgao usuais podem ser obtidas na ABNT NBR 6120. ‘As agdes devidas &s instalagdes permanentes devem ser consideradas com os valores nominais fomecidos pelo fabricante. 8.3.1.3 Empuxos permanentes Consideram-se permanentes os empuxos que provém de materiais granulosos ou liquidos néo removiveis. Os valores para @ massa especifica dos materiais granulosos mais comuns podem ser obtidos na ABNT NBR 6120. 8.3.2 Agdes permanentes indiretas ‘S40 ages impostas peles imperfeigdes geométricas, que podem ser consideradas locais ou globais 8.3.2.1 Imperfeigdes geométricas locais Sao consideradas quando do dimensionamento dos diversos elementos estruturais. 8.3.2.2 Imperfeigdes geométricas globais. Para edificios de andares miitiplos, deve ser considerado um desaprumo global, pelo Angulo de desaprumo @,, em radianos, conforme apresentado na Figura 1 Figura 1— Imperfeig6es geométricas globais © Angulo de desaprumo é calculado conforme descrito a seguir = 40H H_— éaaltura total da edificagao, expressa em metros (m). 16 ‘© ABNT 2020 — Todos os direitos reservados maaan ‘armas com br Aono cv de 214 8226001 LUIZ CARLOS BREW, aroma com em 130820202045 52 ABNT NBR 16868-1:2020 8.4 Agoes varidveis ‘So aquelas que apresentam variagao significativa em torno de sua média durante toda a vida da estrutura, 8.5 Cargas acidentais As cargas acidentais so aquelas que atuam sobre a estrutura de edificacSes em funcdo do seu uso (pessoas, méveis, materiais diversos, vefculos etc). Seus valores podem ser obtidos na ABNT NBR 6120. 8.6 Acao do vento As forgas devidas ao vento devem ser consideradas de acordo com a ABNT NBR 6123. 8.7 Acdes excepcionais Consideram-se excepcionais as agdes decorrentes de explosées, impactos, incéndios, sismos etc. No caso de considerar agdes como explosées e impactos, recomendagées sao indicadas em A.2. 8.8 Valores das acées 8.8.1 Valores representativos As agées s40 quantificadas pelos seus valores representativos, que podem ser: a) valores caracteristicos Fx, conforme a ABNT NBR 8681; b) valores convencionais excepcionais, que sdo os valores arbitrados para agdes excepcionais; ©) valores reduzidos de ages varidveis, em fungao de combinagdo de agdes, conforme 8.8.2. 8.8.2 Valores reduzidos de acées variéveis Considerando-se que é muito baixa a probabilidade de que duas ou mais agdes variéveis de naturezas diferentes ocorram com seus valores caracteristicos de maneira simulténea, podem ser especificados os valores reduzidos para essas agdes. Para 0 caso de verificagdes de estados-limite titimos, esses valores so woF (conforme 8.9.8), Os valores de yo constam na ABNT NBR 8681:2003 Versao corrigida:2004, Tabela 6, ou no resumo apresentado na Tabela 6 desta Parte da ABNT NBR 16868, para alguns casos mais comuns. Tabela 6 — Coeficientes para reducao de acées variaveis [one Eaticagiea e Edificios residenciais 05 Cargas acidentais : ars Edificios comerciais 7 Biblioteca, arquives, ofcinas e garagens | 0.8 Vento Ealficagées em geral 06 © ABNT 2020 — Todos os direitos reservados 17 ‘armas com br Aono cv de 214 8226001 LUIZ CARLOS BREW, aroma com em 130820202045 52 ABNT NBR 16868-1:2020 8.8.3 Valores de calculo Os valores de calculo Fy 840 obtidos por meio dos valores representativos apresentados em 8.8.1, multiplicados por coeficientes de ponderacéo que constam na ABNT NBR 8681:2003 Verséo corrigida:2004, Tabelas 1 a 5, ou no resumo apresentado na Tabela 7 desta Parte da ABNT NBR 16868 para alguns casos mais comuns. Tabela 7 — Coeficientes de ponderagao para combinagées normais de agdes ia Categoria da ago Tip de ota : Desfavoravel Favoravel Cages Too ope emwral | 138 08 Parana sees Tp 17 porns om ow Edificagées Tipo 2” 1,40 0,9 Eanes Tipo 1" poss enigaral | 1.50 = Edificagdes Tipo 2° 1,40 = 7 Bian Tp te qui en se rar cea ee SH 8.9 Combinagao de agées 8.9.1 Para cada tipo de carregamento, devem ser consideradas todas as combinagdes de ages que possam acarretar os efeitos mais desfavoraveis para o dimensionamento das partes de uma estrutura 8.9.2 As ages permanentes devem ser sempre consideradas. 8.9.3 As agbes varidvels deve ser consideradas apenas quando produzirem efeitos desfavoraveis para a seguranga. 8.9.4 As agées varidveis méveis devem ser consideradas em suas posigdes mais desfavoraveis para a seguranga. 8.9.5 Recomendagées informativas para prevencao de danos contra colapso progressivo decorrente de agdes como impactos e explosdes sao encontradas no Anexo A. 89.6 As agdes incluidas em cada combinagéo devem ser consideradas com seus valores representativos multiplicados pelos respectivos coeficientes de ponderagao. 8.9.7 As combinagdes de agées sdo apresentadas na ABNT NBR 8681 para as combinagées ultimas das ages € para combinacdes de utilizacao ou servico. 8.9.8 As combinagées ultimas para carregamentos permanentes e varidveis devem ser obtidas por: Fa= YFox + % (Fors + ZyoFais) onde. Fa € 0 valor de calculo para a combinagao ultima; * 0 ponderador das agdes permanentes (ver Tabela 7); Fox €0 valor caracteristico das agdes permanentes; 18 {© ABNT 2020 — Todos os direitos reservados ‘armas com br Aono cv de 214 8226001 LUIZ CARLOS BREW, aroma com em 130820202045 52 ABNT NBR 16868-1:2020 % € 0 ponderador das agées varidveis (ver Tabela 7); Farx 0 valor caracteristico da ago varidvel considerada principal; oF ox representa os valores caracteristicos reduzidos das demais ages variaveis (conforme 8.8.2 e Tabela 6). 8.9.9 Devem ser consideradas todas as combinagdes necessdrias para que se obtenha o maior valor de Fz, alternando-se as agées varidveis que s4o consideradas como principal e secundaria. 9 Analise estrutural 9.1. Disposigées gerais. 9.41.4 Objetivos da andlise estrutural A analise de uma estrutura de alvenaria deve ser realizada considerando-se sempre o equilibrio de cada um dos seus elementos e na estrutura como um todo, bem como 0 caminho descrito pelas agdes, sejam elas verticais ou horizontais, desde o seu ponto de aplicagao até a fundaco, ou onde se suponha que seja o limite da estrutura de alvenaria, 9.1.2 Premissas da andlise estrutural A analise de uma estrutura de alvenaria deve ser realizada sempre considerando 0 equillbrio tanto em ‘cada um dos seus elementos quanto na estrutura como um todo. © caminho descrito pelas agées, sejam elas verticais ou horizontais, deve estar claramente especificado desde 0 seu ponto de aplicagao até a fundago, ou onde se suponha que seja 0 final da estrutura de alvenaria. 9.1.3 Estabilidade global de edificios A verificagao da estabilidade global de edificios deve atender a condigao de que os efeitos de 2* ordem no sejam superiores a 10 % dos efeitos de 1# ordem, Essa verificagéio pode ser feita pelo parametro 7, conforme a ABNT NBR 6118. NOTA Esta especificagao nao elimina a necessidade de verificacao de efeitos locais de 2* ordem. 9.1.4 Hipdteses basicas A anélise das estruturas de alvenaria pode ser realizada considerando-se um comportamento elastico- linear para os materiais, mesmo para verificagao de estados-limite tltimos, A consideragéo aproximada da nao linearidade fisica pode ser realizada admitindo a rigidez dos elementos estruturais com os seguintes valores: a) _vigas: (E:!)sec = 0,4 Eal; b) _paredes e pilares: (Esl)sec = 0,8 Eal © ABNT 2020 — Todos os direitos reservados 19 smebgmo com} om 19108202020 4852 Narmescom te Asst excl oe B14 82 38-81 LUZ CARLOS BREW or ‘armas com br Aono cue de 24 2601 LUZ CARLOS BREW, arog com em 8082000204582 ABNT NBR 16868-1:2020 A dispersao de qualquer aco vertical concentrada ou distribuda sobre um trecho de um elemento ocorre por uma inclinagao de 45°, em relagao ao plano horizontal, podendo-se utilizar essa especificagao tanto para a determinacao da parte de um elemento que efetivamente trabalha para resistir a uma aco quanto para a parte de um carregamento que eventualmente atue sobre um elemento, conforme a Figura 2. h / Ny uuu % Z UCI TTT TTTTTTNTTT TUTTE APTTTTAPTTTTT TTT T Tr TITTY Figura 2— Dispersdo de acées verticais 9.1.5 Disposigées especificas para os elementos Elementos em alvenaria devem ser verificados conforme as disposicées em 9.2 a 9.7. ‘Sempre que os deslocamentos forem relevantes para o elemento considerado, seus efeitos devem ser incorporados, estabelecendo-se o equilibrio na configuragao deformada. 92 Vigas 9.2.1 Vio efetivo © vao efetivo deve ser tomado como a distancia livre entre as faces dos apoios, acrescida de cada lado do vao do menor valor entre: a) metade da altura da viga; b) distancia do eixo do apoio a face do apoio. 9.2.2 Carregamento para vigas, © carregamento pode ser considerado de acordo com o principio geral de dispersao das agdes no material alvenaria que ocorre por um Angulo de 45°, conforme 9.1.4, respeitando-se as consideracdes de 9.7, conforme a Figura 3. 20 © ABNT 2020 — Todos os direitos reservados Narmescom Asst xc oe 4 82 S881 LUZ CARLOS BREW po Hlzteineal cr ot 13082020204652 ‘armas com br Aono cue de 24 2601 LUZ CARLOS BREW, arog com em 8082000204582 ABNT NBR 16868-1:2020 Legenda altura da viga | vao da viga a distancia livre entre apoios Figura 3— Determinagao da regiao que carrega a viga ‘segundo a regra de dispersdo de cargas verticais 9.2.3 Flecha imediata Para uma avaliagéo aproximada da flecha imediata em vigas, pode-se utilizar a expresso de inércia equivalente dada a seguir: 3 Jeop I, @ 0 momento de inércia da se¢ao bruta de alvenaria; ly € 0momento de inércia da seco fissurada de alvenaria; M, 0 momento maximo no vao da viga, considerando 0 estado-limite de servigo na combinagéo quase permanente; (fut ou) M, 6.0 momento de fssuragso = “2 Te onde fe @ a resisténcia de tragao na flexdo; © ABNT 2020 — Todos os direitos reservados a ‘armas com br Aono cv de 214 8226001 LUIZ CARLOS BREW, aroma com em 130820202045 52 ABNT NBR 16868-1:2020 ox 6 atensao de compressao axial aplicada na segao; y 6addistancia do centréide da segao nao-fissurada ao bordo mais tracionado. 9.2.4 Deformagao por fluéncia Para estimar a deformagao por fluéncia, pode-se considerar: Flecha final = Flecha inicialx{ 1» 1 1450p" Ay * Bade ee . " na segdo central para vao de viga com dois apoios ou no apoio para vao em balango. Co m Pb 9.3 lares 9.3.1 Altura efetiva Altura efetiva (h.) de um pilar, em cada uma das diregdes principais da sua seco transversal, deve ser considerada igual: a) altura do pilar, se houver travamentos que restrinjam os deslocamentos horizontais ou as rota¢des das suas extremidades, na direcdo considerada; b) ao dobro da altura, se uma extremidade for livre e se houver travamento que restrinja o deslocamento horizontal e a rotagao na outra extremidade, na diregao considerada, 9.3.2 Segdo transversal Para 0 calculo das caracteristicas geométricas, a seqao transversal deve ser calculada desconsiderando- se 0s revestimentos. 9.3.3 Carregamento para os pilares Excentricidades nos carregamentos sobre pilares devem ser consideradas, sendo necessério, nesse caso, dimensionar os pilares sob flex4o composta. 9.4 Paredes 9.4.1 Altura efetiva Altura efetiva (hg) de uma parede deve ser considerada igual: a) para casos em que nao haja travamento lateral transversal a parede: — altura da parede, se houver travamentos que restrinjam os deslocamentos horizontais das suas extremidades superior e inferior; — a0 dobro da altura, se uma extremidade for livre € se houver travamento que restrinja conjuntamente o deslocamento horizontal e a rotagao na outra extremidade superior ou inferior. 22 ‘© ABNT 2020 — Todos os direitos reservados ‘armas com br Aono cv de 214 8226001 LUIZ CARLOS BREW, aroma com em 130820202045 52 ABNT NBR 16868-1:2020 b) para casos em que haja travamento lateral transversal a parede: he Say -h e he 0,7-foy Peay -T Devendo ser considerado o menor valor de h,. onde a 60 Coeficiente de esbeltez vertical: = 1,0 se houver travamentos que restrinjam os deslocamentos horizontais das suas duas extremidades superior e inferior; = 2,5 se houver travamentos que restrinjam os deslocamentos horizontais em uma das extremidades superior ou inferior @ 0 Coeficiente de esbeltez horizontal: = 1,0 se houver travamentos que restrinjam os deslocamentos horizontais das suas duas extremidades esquerda e direita: = 2,5 se houver travamentos que restrinjam os deslocamentos horizontais em uma das extremidades esquerda ou direita; h @aaltura do painel; J alargura do painel. As paredes de travamento devem ter comprimento minimo (calculado descontando a espessura da parede sendo travada) igual a 1/5 da altura da parede sendo travada e no minimo a mesma espessura desta. Além disso, as paredes de travamento devem ter travamentos que restrinjam os deslocamentos horizontais das suas extremidades superior e inferior. 9.4.2 Espessura efetiva Aeespessura efetiva ({.) de uma parede sem enrijecedores correspondente a sua espessura ({), ndo sendo considerados os revestimentos. A espessura efetiva de uma parede com enrijecedores regularmente espacados deve ser calculada de acordo com a expressao: t= ot onde te € a espessura efetiva da parede: 6 um coeficiente calculado de acordo com a Tabela 8 e pardmetros dados pela Figura 4; t éaespessura da parede na regido entre os enrijecedores. © ABNT 2020 — Todos os direitos reservados 23 ‘armas com br Aono cv de 214 8226001 LUIZ CARLOS BREW, aroma com em 130820202045 52 ABNT NBR 16868-1:2020 Tabela 8 — Valores do coeficiente 5(interpolar para valores intermediarios) fear | @enr ftenr t= 4 tone t= 2 tear! t= 3 6 1.0 1a 2.0 8 1.0 13 17 10 1.0 1.2 14 15 10 44 12 20 ou mais 10 1,0 10 onde, fon 60 espagamento entre os eixos de enrijecedores adjacentes; Con 6 a espessura dos enrijecedores; tow — &0 comprimento dos enrijecedores; t 6a espessura da parede. eo oojoojoloer 4 Ad ojoo)T | te Figura 4— Parametros para célculo da espessura efetiva de paredes A espessura efetiva é utiizada apenas para 0 calculo do indice de esbeltez da parede, conforme 10.1.2, e nao pode ser utiizada para o calculo da drea da segao resistente quando @ parede apresentar enrijecedores. 9.5 Secdo resistente A secdo resistente de uma parede é sempre calculada desconsiderando-se os revestimentos, salvo projeto especifico de reforgo. 9.6 Interacdo entre elementos de alvenaria A interagao de elementos adjacentes deve ser considerada quando se assegurar que as forcas de interagao podem se desenvolver entre esses elementos e que ha resisténcia suficiente na interface para transmit-las. © modelo de calculo adotado deve ser compativel com o proceso construtivo. Caso seja considerada a interagéo de paredes, deve ser verificada e assegurada a resisténcia de cisalhamento das interfaces. ‘A abertura cuja maior dimenséo seja menor ou igual a 61 cm e menor que 1/4 do menor valor entre a altura € 0 comprimento da parede na qual se insere pode ser desconsiderada para efeito de interacao, 24 ‘© ABNT 2020 — Todos os direitos reservados maaan ‘armas com br Aono cv de 214 8226001 LUIZ CARLOS BREW, aroma com em 130820202045 52 ABNT NBR 16868-1:2020 desde que as extremidades da abertura estejam afastadas pelo menos 60 om de cada extremidade da parede, Quando houver mais de uma abertura na mesma parede, essa consideragdo sé é permitida quando 0 trecho de parede entre duas aberturas for superior a 60 cm. 9.6.1 Interagao para cargas verticais 9.6.1.1 Interagao de paredes em cantos e bordas (amarracao “L”, “T” e “X”) Deve-se considerar que existe a interacao quando se tratar de borda ou canto com amarracéo direta. Em outras situag6es de ligago, que nao a de amarraco direta, a interagao nao pode ser considerada 9.6.1.2 Interagao pelas aberturas As interagdes pelas aberturas em paredes podem ser consideradas. As dimensdes das aberturas devem ser descontadas da érea da parede no dimensionamento. 9.6.2 Interacao para agées horizontais 9.6.2.1 Interagao em flanges Considera-se que existe a interacdo quando se tratar de flange com amarracao direta. Em outras situagdes de ligacdo, que ndo a de amarracao direta, a interaco nao pode ser considerada © comprimento de cada flange nao pode exceder 0 limite apresentado em 10.1.3. Em nenhuma hipétese pode existir superposicao de flanges no dimensionamento. Os flanges devem ser utilizados tanto para 0 calculo da rigidez do painel de contraventamento quanto para 0 célculo das tensdes normais devidas a flexao, provenientes das agdes horizontais, nao sendo permitida a sua contribuigéo na absoreao dos esforgos cortantes no dimensionamento. 9.6.2.2 Interagao pelas aberturas As interagdes pelas aberturas em paredes podem ser consideradas. As dimensdes das aberturas devem ser descontadas da area da parede no dimensionamento. Na associagao de painéis de contraventamento, 6 obrigatéria a verificagao dos esforgos internos ou das tensées resultantes nos elementos de ligacao, como os trechos sob e sobre as aberturas. 9.7 Interagdo entre a alvenaria e as estruturas de apoio © carregamento resultante para estruturas de apoio deve ser sempre coerente com 0 esquema estrutural adotado para o edificio, representando a trajetoria prevista para as tensdes. ‘So proibidas redugées nos valores a serem adotados, como carregamento para estruturas de apoio, baseadas na consideragao do efeito arco, sem que sejam considerados todos os aspectos envolvidos nesse fendmeno, inclusive a concentragao de tenses que se verifica na alvenaria, o cisalhamento na interface, tensées normais axiais ¢ de flexéo e de cisalhamento na estrutura de apoio, e demais solicitagdes. As concentragdes de tensdes na alvenaria nas regides proximas aos apoios devem ser sempre consideradas. Na verificagao dessas tensées, pode-se considerar aumento no valor de fi multiplicado pelo valor K indicado em 11.5.2. © ABNT 2020 — Todos os direitos reservados 25 xm com be Aase ues df GRR 380-01] LUZ CARLOS BREN, ar zesi@yret cam 18042020 2040.82| ABNT NBR 16868-1:2020 10 Limites para dimensées, deslocamentos e fissuras 10.1 Dimensées-limite 10.1.1 Espessura efe iva de paredes ou Para edificaces de mais de dois pavimentos, nao se admite parede ou pilar estrutural com espessura efetiva inferior a 14 om 10.1.2 Esbeltez indice de esbeltez é a razAo entre a altura efetiva @ a espessura efetiva da parede ou pilar, calculado conforme descrito a seguir: A= hel te A Tabela 9 apresenta os valores maximos permitidos para a esbeltez, Tabela 9— Valores maximos do indice de esbeltez de paredes e pilares Paredes e pilares indice de esbeltez Nao armados * 242 ‘Armados = (devem respeitar armaduras minimas em 12.2) Sem limite, desde que seja seguido 0 Paredes muito esbeltas Hee eee ® Em casos de construgdes habitacionais térreas, admitem-se paredes néo armadas com indice de esbeltez menor ou igual a 30, desde que o coeficiente ponderador da resistencia da alvenaria, seja considerado igual a 7m = 3,0. 10.1.3 Comprimento efetivo de flanges em painéis de contraventamento ‘© comprimento efetivo de flange em painéis de contraventamento deve obedecer ao limite by < 6t, conforme a Figura 5. Flanges Flange ae = 7 Va ‘ ge Alma of ay Figura 5— Comprimento efetivo de flanges 26 © ABNT 2020 — Todos os direitos reservados ‘armas com br Aono cv de 214 8226001 LUIZ CARLOS BREW, aroma com em 130820202045 52 ABNT NBR 16868-1:2020 10.2 Cortes e juntas 10.2.1 Cortes em paredes Qualquer corte em paredes deve ser previsto no projeto estrutural. Qualquer trecho cortado deve ser descontado da se¢ao da parede no projeto. Cortes verticais de comprimento superior a 60 cm determinam elementos distintos. Nao so permitidos condutores de fluidos embutidos em paredes estruturais, exceto quando a manutengao nao exigir corte. 10.2.2 Juntas de dilatagao Recomenda-se prever juntas de dilatagdo no maximo a cada 24 m da edificagao em planta. Esse limite pode ser alterado, desde que se faca uma avaliacao dos efeitos da variagao de temperatura e retragao sobre a estrutura, incluindo a eventual presenca de armaduras adequadamente alojadas em juntas de assentamento horizontals, 10.2.3 Juntas de controle Deve ser analisada a necessidade da colocacéo de juntas verticais de controle de fissuragéo em elementos de alvenaria, com a finalidade de prevenir 0 aparecimento de fissuras provocadas por variagao de temperatura, retragdo, expansdo, variagdo brusca de carregamento e variacao da altura ou da espessura da parede. Para painéis de alvenaria contidos em um Unico plano e na auséncia de uma avaliacdo precisa das condigdes especificas do painel, recomenda-se dispor juntas verticais de controle com espagamento maximo que nao ultrapasse os limites da Tabela 10. Tabela 10 — Valores maximos de espacamento entre juntas verticais de controle Espagamento maximo entre juntas verticais de controle m Material Localizagao do at a Alvenaria com taxa de armadura elemento Ivenaria sem armadura | ‘horizontal maior ou igual a 0,04 % da horizontal : ‘secao transversal (altura - espessura) tet4em | t =| b Figura 13 — Flexocompressao ~ Secao retangular ‘Quando for necessério considerar o elemento submetido a uma flexo composta obliqua, como no caso de indice de esbeltez maior que 16, pode-se dimensionar uma seco retangular, com relagao entre dimensao lado maior e lado menor até 5 e com armadura simétrica, mediante a transformagao em uma flexao reta composta, aumentando-se um dos momentos fletores, de acordo com as seguintes equagdes: M,=M,+j2M, para My My oy, q po 4 qd 1M, M,+j2M, para Ms < tigen Po 4 onde M, 0 momento fletor em toro do eixo x; 38 © ABNT 2020 ~ Todos os direitos reservados -FLAd. ‘Nera com br Aono nce do 214 R280 LUZ CARLOS BREN or srem@arat com em 19082000204007 ABNT NBR 16868-1:2020 M, momento fietor em torno do eixo y; M', 60 momento fletor efetivo em tomo do eixo x; My, & 0 momento fletor efetivo em tomno do eixo y; p éadimensdo da segdo transversal na diregdo perpendicular ao eixo x; q 6a dimensdo da seco transversal na direcdo perpendicular ao elxo y; J €0coeficiente fornecido na Tabela 11. Tabela 11 — Valores do coeficiente j Valor de Nai(A fi) 11.5.4 Elementos esbeltos No caso de elementos comprimidos com indice de esbeltez superior a 16, o dimensionamento deve ser feito de acordo com 11.5.3, sendo que, aos efeitos de primeira ordem, é necessdrio adicionar os efeitos de segunda ordem, na diregao de menor inércia conforme Figura 14. Na auséncia de determinagao mais precisa, o momento de segunda ordem pode ser aproximado por: —Nalhs? 24°" "3 600t onde Ny a forga normal de calculo; hy € aaltura efetiva do elemento comprimido; t 6a dimensao da seco transversal da peca no plano de flexao. Moa / JOS Sji7 | / / Figura 14— Momento de 2° ordem © ABNT 2020 — Todos os direitos reservados 39 FS. ‘Nera com br Aono nce do 214 R280 LUZ CARLOS BREN or srem@arat com em 19082000204007 ABNT NBR 16868-1:2020 11.5.5 Paredes com flexdo obliqua, considerando a verificagao por faixas No caso especifico de paredes, permite-se substituir a verificagao da segao em flexao obliqua pela verificacao por faixas submetidas a flexocompresséo fora do plano da parede. O comprimento de cada faixa deve ser igual a 5 vezes a espessura da parede e limitado a 100 om. ‘Aforga normal atuante em cada faixa correspondente deve considerar as tensdes de compressao simples somadas ao valor médio das tensdes de flexao no plano, ponderadas conforme o caso. indice de esbeltez e eventual momento de 2* ordem deve ser calculado para cada faixa, considerando a altura efetiva (h.) conforme cada caso descrito a seguir: a) quando no houver travamento lateral do trecho inteiro conforme 9.4.1 a); b) quando houver travamento lateral do trecho inteito conforme 9.4.1 b), porém considerando o menor valor de (he) entre o her calculado com as caracteristicas do trecho inteiro € 0 her calculado ‘considerando o lado intemo livre e o outro lado conforme painel inteiro, tomando a largura do painel @ igual a distancia entre o apoio e a face mais interna da faixa, conforme a Figura 15. Faixa em paine irteiro Calcular h,corsideranco as duas situacées abalio e ado‘ar o menor valor Considerareste lado como bord ive Figura 15 — Caracteristicas do painel para cdlculo de her de faixas intermediarias cdilculo da faixa deve considerar eventual momento fora do plano (my na Figura 16), além da forga normal. Para casos usuais de edificios, mys usualmente é devido a forga lateral de vento, empuxo de terra ou liquido, ou devido a efeitos de 2° ordem conforme 11.5.4. 40 ‘© ABNT 2020 — Todos os direitos reservados Fs. maaan ‘Nera com br Aono nce do 214 R280 LUZ CARLOS BREN or srem@arat com em 19082000204007 ABNT NBR 16868-1:2020 Faixas verticais £88, a) Esforcos solicitantes b) Distribuicdo aproximada dos esforgos normais n,(x) devidos a Nye Mis Figura 16 — Consideragao de esforgos por faixa 12 Disposigées construtivas e detalhamento 12.1 Cobrimentos minimos As barras de armadura horizontais dispostas nas juntas de assentamento devem ter protecdo contra corrosao como galvanizagao, uso de ago inoxidavel ou outras, exceto no caso de elementos construidos em classe I de agressividade ambiental, conforme a ABNT NBR 6118, quando admite-se uso de armadura convencional totalmente envolvida pela argamassa, com um cobrimento minimo de 15 mm na horizontal da face externa da parede. No caso de armaduras envolvidas por graute, 0 cobrimento minimo & de 15 mm, considerando apenas as dimensdes da regiao grauteada. 12.2 Armaduras minimas Em elementos predominantemente fletidos, como vigas de alvenaria armada, a area da armadura longitudinal principal nao pode ser menor que 0,15 % b x d. Em vigas altas, a armadura minima deve ser igual a 0,10 % b x d, podendo ser levada em conta toda a area de armadura longitudinal até a altura de 0,5 d. Em paredes de alvenaria armada, a area da armadura longitudinal principal nao pode ser menor que 0,10 % da area da seco transversal, tomada como a area da alma, Essa armadura minima deve ser disposta nna regido tracionada. Esta especificagdo de armadura minima pode ser prescindida quando a armadura efetivamente disposta levar a um momento resistente de cdlculo maior ou igual a 1,4 vez 0 momento solicitante de céloulo: Mrs 1,4 x Msa- Em paredes de alvenaria armada calculada no Estadio Ill, deve-se dispor uma armadura secundéria, perpendicular a principal, com area minima de 0,05 % da segao transversal correspondente. No caso de paredes calculadas no Estadio Il, dispensa-se a exigéncia de armadura secundaria minima. © ABNT 2020 ~ Todos os direitos reservados 41 FLAT. ‘Nera com br Aono nce do 214 R280 LUZ CARLOS BREN or srem@arat com em 19082000204007 ABNT NBR 16868-1:2020 Em pilares de alvenaria armada, a area da armadura longitudinal no pode ser menor que 0,30 % da area da segao transversal Em vigas com necessidade de armadura transversal, esta deve ter taxa minima entre 0,07 % ¢ 0,14 % da rea da seco, igual ao produto da largura da viga pelo espacamento da armadura de cisalhamento, para graute de resisténcia caracteristica a compressao de 15 MPa e 40 MPa, respectivamente, podendo 0s valores das taxas ser interpolados para outras resisténcias de graute. NOTA As indicagoes b e d sao, respectivamente, a largura e a altura itil da segao, 12.3 Armadura maxima Armaduras alojadas em um mesmo espago grauteado (furo vertical ou canaleta horizontal) néo podem ter area da secdo transversal superior a 8 % da area correspondente da se¢4o do graute envolvente, considerando-se eventuais regides de traspasse. 12.4 Diametro maximo das armaduras ‘As barras de armadura nao podem ter diametro superior a 6,3 mm, quando dispostas ao longo de cordées de argamassa em juntas de assentamento, ¢ 25 mm em qualquer outro caso. 12.5 Espagos entre barras As barras de armaduras devem estar suficientemente separadas, de modo a permitir 0 correto langamento e compactagao do graute que as envolve. A distancia livre entre barras adjacentes nao pode ser menor que: a) 0 diémetro maximo do agregado mais 5 mm: b) 1,5 :vez 0 diametro da armadura; ) 20mm. 12.6 Estribos de pilares Nos pilares armados, deve-se dispor estribos com diametro minimo de 5 mm e espacamento que nao exceda 50 vezes 0 diametro do estribo. Quando se consideram armaduras comprimidas, deve-se verificar 0 espagamento dos estribos conforme 11.2.2 e 11.5.3. Os detalhes construtivos dos estribos, previstos em projeto, devem assegurar 0 efetivo contraventamento da armadura longitudinal. 12.7 Ancoragem 12.7.1 Nos elementos fletidos, excetuando-se as regides dos apoios das extremidades, toda barra longitudinal deve se estender além do ponto em que nao é mais necessaria, pelo menos por uma distancia igual ao maior valor entre a altura util d ou 12 vezes o diametro @ da barra. 42 © ABNT 2020 — Todos os direitos reservados Lae.

You might also like